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PORTUGUÊS IV AP1 2015 2

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GABARITO – AP1 – PORTUGUÊS 4 
 
1) De uma maneira geral, Morfologia significa o estudo da forma das palavras. Entretanto, 
como se trata de uma definição bastante ampla, deve-se pensar na Morfologia como sendo o 
estudo das formas das palavras de uma língua, considerando uma das faces do signo 
linguístico: o significante. A Morfologia relaciona-se, ainda, com três disciplinas da área da 
Linguística: a Sintaxe – disciplina que estuda as relações entre os termos, nos limites da 
oração, e entre as orações nos limites do período, além da colocação, da concordância e da 
regência dos termos; a Fonologia – disciplina que, grosso modo, estuda o sistema sonoro de 
uma língua e a maneira como os falantes utilizam esse sistema; e a Semântica - disciplina que 
se ocupa dos significados dos vocábulos. 
 
2) Formas livres são aquelas que, sozinhas, funcionam como um enunciado completo, uma vez 
que têm em si mesmas significado suficiente para estabelecer comunicação. É o caso, por 
exemplo, de avião, peito e barriga. Por formas presas, entende-se aqueles elementos que, 
sozinhos, não possuem significado e precisam estar ligadas a outras formas para fazer sentido. 
É o caso da desinência de gênero da palavra outro, que, sozinha, não constitui significado; o 
mesmo acontece com a desinência de infinitivo da forma verbal chamar. Mattoso Câmara, 
diferentemente do que postula Bloomfield, inclui, ainda, o que chamou de formas 
dependentes, que nada mais são do que formas que, sozinhas, não constituem significado 
pleno, mas também não dependem exclusivamente de outras formas, com as quais se ligam, 
para fazer sentido. É o caso do artigo a e da preposição de. 
 
3) JORNALISTA – jornal – radical 
- ist – sufixo derivacional 
- a – vogal temática 
 
PERSONALIDADES – personal – radical 
- idade – sufixo derivacional 
- s – desinência de número 
 
CENTENÁRIA – centen – radical 
ária – sufixo derivacional 
a – desinência de gênero 
 
PERCORRER – corr – radical 
per – prefixo 
e – vogal temática 
r – desinência de infinitivo 
 
4) As vogais finais das palavras sedentária e preguiça possuem uma classificação morfológica 
diferente. O - a - de preguiça é uma vogal temática, afinal, não existe uma forma masculina 
*preguiço, já a vogal de sedentária é desinência de gênero, uma vez que há o par opositor 
sedentário. 
 
5) Alomorfia é o fenômeno pelo qual um único morfema pode ser expresso por vários morfes, 
que nada mais são do que a representação física daquele. Tal fato ocorre com a flexão de 
plural dos vocábulos pai, compositor, animal e avião. Geralmente, o morfema indicador de 
plural é o -s, acrescido ao final das palavras variáveis quando se quer flexioná-las em número; 
é o que ocorre, por exemplo, com a palavra pai. Já o plural da palavra compositor é formado 
pelo acréscimo do alomorfe -es. O plural da palavra animal também é formado por um 
processo distinto, uma vez que há a queda do -l final da palavra e o acréscimo do alomorfe -is. 
O plural da palavra avião é, da mesma forma, formado de uma maneira distinta: há a redução 
do ditongo -ão a uma vogal nasal -õ e, após esse processo, o acréscimo do alomorfe -es. 
 
6) A informação está incorreta, uma vez que há substantivos na Língua Portuguesa que 
possuem gênero único, logo, não se flexionam em gênero, como é o caso de exemplo ou ainda 
da palavra programa. O mesmo ocorre com a flexão de número, pois há substantivos em nossa 
língua que possuem a mesma forma tanto para o singular quanto para o plural. Podemos citar, 
por exemplo, a palavra lápis e também a palavra ônibus. 
 
7) A flexão de gênero parece ser uma questão bastante complexa em língua portuguesa. 
Embora várias gramáticas e livros didáticos informem que uma das características dos 
substantivos da Língua Portuguesa seja flexionar-se em gênero e número, apenas um 
relativamente pequeno número de substantivos, que se referem a seres animais, são passíveis 
de flexão de gênero: aqueles de gênero masculino aos quais se pode adicionar a desinência de 
gênero –a para se obter forma feminina. A palavra baleia é exclusivamente feminina e se 
refere ao mamífero marinho de sexo feminino; possui um par heteronímico pouco usado – 
caxarelo – que distingue o mamífero da mesma espécie de sexo masculino. A palavra animal, 
no entanto, possui um gênero único, mesmo que designe uma espécie no masculino ou no 
feminino. A palavra tartaruga tem gênero feminino – para diferenciar-se o sexo do animal, 
acrescenta-se, sempre em posição imediatamente posterior, o adjetivo fêmea ou macho, 
embora toda a concordância se faça com o gênero feminino. O gênero das palavras jornalista e 
atleta é dado pelo determinante que se usa antes dele: se se quer falar de uma jornalista 
mulher, usa-se, por exemplo, o artigo a. Se se quer dizer, entretanto, de um atleta homem, 
pode-se usar o determinante um antes deste.

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