Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1� www.pontodosconcursos.com.br � Aula 2: Olá Pessoal, como vão os estudos? Hoje veremos um dos principais assuntos do curso, aquele que estatisticamente é o mais cobrado em qualquer concurso: Direitos e Garantias Fundamentais (direitos e deveres individuais e coletivos; direitos sociais; nacionalidade; cidadania e direitos políticos; partidos políticos). Vamos nessa... Direitos e Garantias Fundamentais: A Constituição Federal de 1988 estabeleceu cinco espécies de direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos; direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; e direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos. Embora "direitos humanos" e "direitos fundamentais" sejam termos comumente utilizados como sinônimos, a distinção ocorre pelo fato de que o termo "direitos humanos" é de aspecto universal, supranacional, enquanto "direitos fundamentais" são aqueles direitos do ser humano que foram efetivamente reconhecidos e positivados na Constituição de um determinado Estado. A doutrina costuma elencar como características destes direitos: historicidade (foram conquistados ao longo dos tempos), inalienabilidade (intransferíveis), imprescritibilidade (não se extinguem com o tempo), irrenunciabilidade (podem até não estar sendo exercidos, mas não poderão ser renunciados). Estes direitos não se restringem a particulares, podendo, alguns, ser garantidos também a pessoas jurídicas, até mesmo de direito público, como, por exemplo, o direito de propriedade. Historicamente, estes direitos se constituem em uma conquista de uma proteção do cidadão em face do poder autoritário do Estado (daí serem classificado como elementos limitativos da Constituição). Porém, atualmente, já se vislumbra o uso de tais direitos nas relações entre os próprios particulares, no que chamamos de eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Desta forma, temos: Eficácia vertical Proteção do particular em face do Estado. Eficácia horizontal Proteção do particular em face de outro particular. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 2� www.pontodosconcursos.com.br� É comum que a doutrina classifique os direitos fundamentais em dimensões, principalmente em 1ª, 2ª e 3ª dimensões (antes o termo usado era gerações, mas atualmente o uso deste termo é repudiado pelo fato de induzir ao pensamento de que uma geração acabaria por substituir a outra - o que é incorreto - e, ainda, que os direitos foram conquistados exatamente na ordem exposta, o que não é exatamente verdade em muitos países). Grosso modo, podemos fazer uma correlação de que forma esses direitos foram surgindo e a fase pela qual o mundo passava. Vejamos: Dimensão Direitos Fase Marco Mundial Marco no Brasil 1ª Liberdade: Direitos civis e políticos Estado Liberal Revolução Francesa e Independência dos EUA Incipiente na CF/1824 e fortalecido na CF/1891 2ª Igualdade: Direitos Sociais, Econômicos e Culturais. Estado Social Pós 1ª Guerra Mundial - Constituição Mexicana (1917) e Weimar (1919). CF/1934 3ª Solidarieda de (fraternida de): Direitos coletivos e difusos. Estado Democrático Pós 2ª Guerra Mundial. CF/1988 Dicas para memorizar: x As dimensões estão na ordem do lema da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, e fraternidade. x Os direitos Políticos são os de Primeira dimensão. x Os direitos Sociais, Econômicos e Culturais (SEC - Lembre-se de "second") são os de segunda dimensão. 4ª dimensão - O professor Paulo Bonavides também propôs que já existiria a 4ª dimensão dos direitos, ou seja, os direitos que se CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 3� www.pontodosconcursos.com.br� vinculam à idéia de democracia, especialmente a democracia direta, incluindo o direito à informação e o direito ao pluralismo. Esta dimensão foi alcançada através da universalização dos direitos promovida pela globalização. Noberto Bobbio também já faz alusão a uma possível quarta dimensão dos direitos fundamentais, mas, de forma diversa de Bonavides. Para o autor, a quarta dimensão estaria materializada nos direitos relativos à biotecnologia e ao patrimônio genético dos indivíduos. 5ª dimensão - O professor Bonavides ainda vislumbra a quinta dimensão dos direitos fundamentais, segundo ele, pela necessidade de se colocar em maior destaque o direito à paz, principalmente devido aos recentes atentados terroristas a partir do 11 de Setembro nos Estados Unidos. Outros diversos autores tratam dos direitos de quinta geração como os direitos “virtuais” ou “cibernéticos”, ou seja, aqueles relativos ao comércio e contratos eletrônicos, publicidade virtual, e os interligados à defesa da honra e da dignidade da pessoa humana no meio da internet, entre outros correlatos. 1. (CESPE/MMA/2009) Os direitos e garantias fundamentais encontram-se destacados exclusivamente no art. 5º do texto constitucional. Comentários: Primeiramente, o art. 5º da CF diz respeito apenas aos direitos e deveres individuais e coletivos, os direitos fundamentais estão expressamente elencados do art. 5º ao 17. Além disso o rol do art. 5º não é um rol taxativo, pois por força do seu §2º, não excluem os direitos e garantias decorrentes dos regimes e princípios adotados pela constituição ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte, assim existem diversos outros direitos individuais e coletivos, inclusive, também protegidos como cláusula pétrea, espalhados ao longo do texto constitucional, como, por exemplo, as limitações ao poder de tributar do art. 150. Gabarito: Errado. 2. (CESPE/Analista Administrativo - MPU/2010) Sendo os direitos fundamentais válidos tanto para as pessoas físicas quanto para as jurídicas, não há, na Constituição Federal de 1988 (CF), exemplo de garantia desses direitos que se destine exclusivamente às pessoas físicas. Comentários: Nós vimos que em uma primeira visão, os destinatários dos direitos fundamentais são as pessoas físicas. Porém, percebe-se que alguns CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 4� www.pontodosconcursos.com.br� princípios são também extensíveis as jurídicas, como o direito de propriedade. Nem todo direito fundamental, porém, pode ser exercido por pessoas jurídicas, como por exemplo o direito de "ir e vir" ou de "que os presos permaneçam com os filhos durante a amamentação". Assim, alguns direitos fundamentais são, logicamente, inviáveis de serem exercidos por pessoas jurídicas. Gabarito: Errado. 3. (ESAF/ATRFB/2009) Pessoas jurídicas de direito público não podem ser titulares de direitos fundamentais. Comentários: Mais uma vez, esses direitos e garantias, sempre que possível são aplicados às pessoas jurídicas. Gabarito: Errado. 4. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) Os direitos e garantias fundamentais não se aplicam às relações privadas, mas apenas às relações entre os brasileiros ou os estrangeiros residentes no país e o próprio Estado. Comentários: Outro assunto que já vimos, os direitos e garantias individuais podem ser invocados de duas diferentes formas: Relação vertical = Particular X Estado (este tem posição preponderante em relação aos particulares, pois representa o interesse público); Relação horizontal = Particular X Particular. Gabarito: Errado Direitos e Garantias Individuais Como se trata de assunto extenso e basicamente apoiado na dobradinha "literalidade e jurisprudência" vamos ver a teoria ao longoque as questões forem surgindo: 5. (CESPE/ANAC/2009) A CF assegura a validade e o gozo dos direitos fundamentais, dentro do território brasileiro, ao estrangeiro em trânsito, que possui, igualmente, acesso às ações, como o mandado de segurança e demais remédios constitucionais. Comentários: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 5� www.pontodosconcursos.com.br� Item anulado. Preliminarmente foi considerada correta. A Constituição estabelece: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Embora a literalidade expresse o termo “residente”, o STF decidiu que deve ser entendido como todo estrangeiro que estiver em território brasileiro e sob as leis brasileiras, mesmo que em trânsito. Assim o estrangeiro em trânsito estará amparado pelos direitos individuais, e poderá inclusive fazer uso de “remédios constitucionais” como habeas corpus e mandado de segurança. Porém, a questão cometeu um pequeno deslize, que acarretou sua anulação: o termo "demais remédios constitucionais". Ao empregar este termo, acabou incluindo o estrangeiro como titular do direito de impetrar ação popular, e veremos que isso está errado, já que somente o cidadão brasileiro é que poderá fazer uso de tal remédio. Se fosse usado o termo "outros remédios" e não "demais remédios", o que dá a idéia de "todos os outros", a questão estaria correta. Gabarito: Anulado. 6. (CESPE/MMA/2009) No constitucionalismo, a existência de discriminações positivas é capaz de igualar materialmente os desiguais. Comentários: A questão aborda o "princípio da isonomia", ou "princípio da igualdade". O princípio da isonomia ou igualdade se manifesta de duas diferentes formas: isonomia formal e isonomia material. x Isonomia formal - Todos poderão igualmente buscar os direitos expressos na lei. x Isonomia material - É a igualdade real (que na prática não existe), vai além da igualdade formal. A busca da igualdade material acontece quando são tratadas desigualmente as pessoas que estejam em situações desiguais. Geralmente usada para favorecer alguns grupos que estejam em posição de desvantagem. Obviamente ela só será válida se for pautada em um motivo lógico e justificável. Ex. Destinação de vagas especiais para deficientes físicos em concursos públicos. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 6� www.pontodosconcursos.com.br� A doutrina também costuma diferenciar outras duas formas de isonomia (ambas comportadas pela Constituição): x Igualdade perante a lei - Com a lei já elaborada, esta igualdade direciona o aplicador da lei para que a aplique sem fazer distinções (isonomia formal). x Igualdade na lei - É o princípio que direciona o legislador a não fazer distinções entre as pessoas no momento de se elaborar uma lei. A questão está correta, já que se referiu a existência de discriminações com o intuito de se alcançar a isonomia no aspecto material. Gabarito: Correto. 7. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF assegura a liberdade de expressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitação por meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção da juventude. Comentários: Nenhuma lei poderá restringir a liberdade de expressão, esta deve observar apenas as restrições de ordem constitucional. Assim, então, estabelece a Constituição em seu art. 5º, IX que Independe de licença ou censura para que possa se expressar em atividades artísticas, intelectuais, científicas, ou em meio de comunicação. E ainda no art. 220: A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto na CF. ̇ Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social. ̇ É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. ̇ A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade. Professor, mas que doidera! Quer dizer então a liberdade de expressão está acima da proteção à Juventude? De forma alguma! Aí que entra saber fazer concurso. Veja o que a questão afirma: "apesar de possibilitar, expressamente...". A Constituição faz isso expressamente? Não. A liberdade de expressão deve estar contida pelos outros direitos e interesses individuais e coletivos, porém, esta avaliação é feita no caso concreto. O famoso princípio da harmonização ou da CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 7� www.pontodosconcursos.com.br� concordância prática - no caso concreto, os direitos podem "colidir" e assim, um sobressairá sobre o outro. Mas veja, isso não tem NADA HAVER com a questão. A questão fala de limitação expressa pela CF, o que não existe!!! certo? Gabarito: Errado. 8. (CESPE/MEC/2009) É livre a manifestação de pensamento, assim como é permitido o anonimato nos meios de comunicação, o que abrange matérias jornalísticas e notícias televisivas. Comentários: A Constituição veda o uso do anonimato através do disposto em seu art. 5º, IV. Gabarito: Errado. 9. (CESPE/PGE-AL/2008) Sabendo que o § 2.º do art. 5.º da CF dispõe que os direitos e garantias nela expressos não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte, então, é correto afirmar que, na análise desse dispositivo constitucional, tanto a doutrina quanto o STF sempre foram unânimes ao afirmar que os tratados internacionais ratificados pelo Brasil referentes aos direitos fundamentais possuem status de norma constitucional. Comentários: A regra é que os tratados internacionais após serem internalizados serão equivalentes às leis ordinárias, mas, o art. 5º §3º diz que os tratados e convenções internacionais serão equivalentes às emendas constitucionais, caso atendam os seguintes requisitos: ̇ Versem sobre direitos humanos; e ̇ Forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, da mesma forma que uma emenda constitucional, ou seja: x Em dois turnos; e x Por 3/5 dos votos de seus respectivos membros; Atualmente, o STF entende que os tratados internacionais sobre direitos humanos, caso não passem pelo rito de votação de uma EC, não irá adquirir o status constitucional, porém, por si só já possuem um status de “supralegalidade” podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 8� www.pontodosconcursos.com.br� 10. (CESPE/PGE-AL/2008) A EC n.º 45/2004 inseriu na CF um dispositivo definindo que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados no Congresso Nacional com quorum e procedimento idênticos aos de aprovação de lei complementar serão equivalentes às emendas constitucionais. Comentários: Para adquirir status de emenda devem ser votados pelo mesmo rito de uma emenda constitucional e não pelo procedimento de uma lei complementar. Gabarito: Errado. 11. (CESGRANRIO/Técnico de Nivel Superior -Jurídico - EPE/2007) O instrumento de controle jurisdicional da Administração que se caracteriza por ser a medida hábil contra a inércia do Poder Público em expedir regras necessárias e indispensáveis ao exercício de direitos e liberdades constitucionais é o: a) mandado de injunção. b) habeas corpus. c) habeas data.d) ação popular. e) ação civil pública. Comentários: A questão fala literlamente de um remédio previsto na Constituição que será usado "contra a inércia do Poder Público em expedir regras necessárias e indispensáveis ao exercício de direitos e liberdades constitucionais". Que remédio seria esse? Seria o Mandado de Injunção. Precisamos tercer mais comentários sobre ele, pois tomou grande repercussão a partir de 2007 e atualmente é um dos mais cobrados em concurso. Antes disso, vamos falar de cada um dos institutos e termos que a questão cobrou: a) mandado de injunção Motivo: Falta de norma regulamentadora tornando inviável o exercício: ̇ Dos direitos e liberdades constitucionais; ̇ Das prerrogativas inerentes à: o Nacionalidade; CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 9� www.pontodosconcursos.com.br� o Soberania; e o Cidadania. Quem pode usar: Qualquer pessoa. Quem pode sofrer a ação: A autoridade competente para editar a norma em questão; Modos de MI: ̇ Individual: Impetrado em nome de uma única pessoa; ̇ Coletivo: NÃO ESTÁ PREVISTO NA CF! Mas é admitido, devendo cumprir os mesmos requisitos do MS Coletivo. OBS 1 - NORMA é sentido amplo, não precisa ser lei, pode ser qualquer ato normativo, inclusive os infralegais como portarias, decretos e etc. OBS 2 - Até meados de 2007, o efeito das decisões de MI ‘s emanadas pelos tribunais se limitavam a declarar a mora do legislador e pelo princípio da independência dos poderes, não havia como obrigar tal autoridade a legislar e nem mesmo poderia o judiciário agir como legislador e sanar a mora existente. Essa situação era o que chamamos de posição não-concretista do Poder Judiciário. Porém, ao julgar os Mandados de Injunção 670, 708 e 712, sobre a falta de norma regulamentadora do direito de greve dos servidores públicos, o STF abandonou sua antiga posição e declarou: “enquanto não editada a lei especifica sobre o direito de greve dos servidores públicos, estes devem adotar a norma aplicável aos trabalhadores da iniciativa privada”. Assim, o STF passou a adotar a teoria concretista, pois sanou a mora existente e “ressuscitou” aquele que era chamado de “o remédio constitucional mais ineficaz”. b) habeas corpus. ̇ Motivo: Violência ou coação da liberdade de locomoção; (Abuso contra o direito que todos possuem de ir, vir, permanecer, estar, passar e etc.) ̇ Quem pode usar: Qualquer pessoa; ̇ Quem pode sofrer a ação: Qualquer um que use de ILEGALIDADE ou ABUSO DE PODER. ̇ Modos de HC: o Preventivo: Caso haja ameaça de sofrer a coação; o Repressivo: Caso esteja sofrendo a coação. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 10� www.pontodosconcursos.com.br� ̇ Custas: (LXXVII) São gratuitas as ações de "habeas-corpus"; c) habeas data. Motivo: a) Conhecimento de informações relativas à PESSOA DO IMPETRANTE; (após ter pedido administrativamente e ter sido negado) b) Retificar dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso administrativamente ou judicialmente. Quem pode usar: Qualquer pessoa. Quem pode sofrer a ação: Qualquer entidade governamental ou ainda não-governamental, mas que possua registros ou bancos de dados de caráter público. Custas: (LXXVII) São gratuitas as ações de "habeas-data"; OBS 1 - Deve-se ter muita atenção, pois as bancas constantemente tentam confundir o candidato com este remédio constitucional. O habeas data é usado para se requerer informações sobre a PESSOA DO IMPETRANTE que constam em banco de dados públicos, são aquelas informações pessoais. Primeiramente deve-se pedir administrativamente e se negado, impetra-se o HD. Não confunda com o caso de se negarem o direito de receber informações em órgãos públicos, assegurado pelo art. 5º XXXIII, já que estas informações podem não ser pessoais ao impetrante, nem com o indeferimento do direito de petição ou de obter certidões – art. 5º, XXXIV. Nestes casos, será impetrado mandado de segurança e não habeas data. d) ação popular. Quem pode propor: Qualquer CIDADÃO, ou seja, somente aquele em pleno gozo de seus direitos políticos; Motivo: Anular ato lesivo: ̇ Ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado participe; ̇ À moralidade administrativa; ̇ Ao meio ambiente; ̇ Ao patrimônio histórico e cultural. Custas judiciais: Fica o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 11� www.pontodosconcursos.com.br� OBS - Não é qualquer pessoa que pode propor, mas, apenas o cidadão, ou seja, quem está em pleno gozo de seus direitos políticos. e) ação civil pública. Não é um remédio constitucional propriamente dito, é uma ação que pode ser interposta para proteção de interesses sociais difusos e coletivos (lei 7.347/85), não pelo cidadão, mas por algumas entidades, sendo outra arma para proteção de interesses da sociedade. Diferentemente da Ação penal pública, a AÇÃO CIVIL PUBLICA NÃO É PRIVATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO, podendo ser, além do Ministério Público, intentada por: X Qualquer ente federativo ( União, Estados, Municípios e DF); X Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista ou Empresa Pública; X Defensoria Pública; X Associação constituída há pelo menos um ano e que possua como finalidade a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio histórico e etc. OBS- Não precisa decorar essa lista dos legitimados para propor a ação civil pública, mas apenas saber que não é o cidadão, e nem é privativa do Ministério Público. A questão não cobrou, mas vamos comentar outro remédio: x) mandado de segurança (Segundo a Constituição Federal) Motivo: Proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD. Quem pode usar: Qualquer pessoa (PF, PJ ou até mesmo órgão público – independente ou autônomo). Quem pode sofrer a ação: Autoridade pública ou agente de PJ no exercício de atribuições do poder público que use de ILEGALIDADE ou ABUSO DE PODER. Modos de MS: ̇ Individual: Impetrado em nome de uma única pessoa; ̇ (LXX) Coletivo: Impetrado por: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 12� www.pontodosconcursos.com.br� o Partido Político com representação no CN; o Organização sindical; o Entidade de classe; ou o Associação, desde que esta esteja legalmente constituída e esteja em funcionamento há pelo menos um ano. Desta forma, o gabarito da questão foi: letra A! 12. (CESPE/MMA/2009) Um promotor de justiça, no uso de suas atribuições, poderá ingressar com ação popular. Comentários: O legitimado ativo da ação popular é o cidadão, para o exercício da cidadania, assim, o promotor poderá impetrar ação popular como cidadão brasileiro e não usando as suas atribuições de promotor de justiça. Gabarito: Errado. 13. (CESPE/FINEP/2009) Somente o brasileiro nato possui legitimação constitucional para propositura de ação popular, desde que esteja em dia com seus deveres políticos. Comentários: O requisito que a Constituição exige é apenas ser "cidadão", ou seja, brasileiro em pleno gozo de direitos políticos, para isso, independe de a pessoa ser um brasileiro nato ou naturalizado. Gabarito: Errado. 14. (ESAF/AFRFB/2009) Consoante entendimento jurisprudencial predominante, não se exige negativa da via administrativa para justificar o ajuizamento do habeas data. Comentários: No art. 5º, XXXV da CF temos: "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". O entendimento deste artigo é que, por este princípio, alguém poderáacessar o Poder Judiciário sem necessariamente esgotar as esferas administrativas e será apenas o Poder Judiciário que fará a “coisa julgada” em definitivo, típico do direito inglês, diferentemente do franCês, onde há o “Contencioso administrativo”. (no contencioso administrativo, a esfera administrativa é capaz de proferir decisões definitivas, sem que sejam apreciadas pelo Poder Judiciário). CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 13� www.pontodosconcursos.com.br� Existem exceções a este princípio? Sim: A) CF, art. 217 §1º ń O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. B) Em se tratando de Habeas Data, só será admitida a propositura deste remédio depois de negado o pedido pela autoridade administrativa. (entendimento do STF - HD 22/DF, entre outros - e STJ - Súmula nº2) Desta forma, o gabarito é ERRADO. 15. (ESAF/AFRFB/2009) Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de concessionárias de serviço público. Comentários: Recentemente, em 7 de agosto de 2009, foi publicada a nova lei do Mandado de Segurança, a lei 12016/09. Desta lei, colocarei abaixo os pontos que podem ser cobrados no concurso de DIREITO CONSTITUCIONAL (Para a disciplina de direito processual tem que ler o resto da lei): Objeto do MS: Proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, devido a ilegalidade ou abuso de poder. Quem pode impetrar: Qualquer pessoa física ou jurídica, de forma preventiva ou repressiva. Contra quem pode impetrar: Autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Equiparam- se às autoridades: x Os representantes ou órgãos de partidos políticos; x Os administradores de entidades autárquicas; x Os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. Não cabimento: Não cabe mandado de segurança contra: x Os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. x Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 14� www.pontodosconcursos.com.br� x Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; x Decisão judicial transitada em julgado. Prazo para propor: 120 dias contados da ciência do ato. (prazo decadencial). OBS: Este prazo de 120 dias não se aplica, obviamente, ao MS preventivo, pois se a lesão ainda nem ocorreu, como poderíamos começar a contagem do prazo? Mandado de segurança coletivo: Pode ser impetrado por: x Partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária; ou x Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Demais súmulas relevantes para o Mandado de Segurança: Jurisprudência do STF: SÚMULA Nº 266 Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. SÚMULA Nº 267 Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição. SÚMULA Nº 268 Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. SÚMULA Nº 429 A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade. SÚMULA Nº 624 Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de outros tribunais. SÚMULA Nº 625 CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 15� www.pontodosconcursos.com.br� Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança. SÚMULA Nº 629 A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. SÚMULA Nº 630 A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. SÚMULA Nº 632 É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança. Jurisprudência do STJ: SÚMULA Nº 105 Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em honorários advocatícios. SÚMULA Nº 333 Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública. Voltando à questão, vimos que, segundo a lei 12016/09, não cabe mandado de segurança contra: x Os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. x Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; x Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; x Decisão judicial transitada em julgado. Gabarito: Correto. 16. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O mandado de segurança se presta a impugnar lei em tese. Comentários: Trata-se da súmula nº 266 do STF: "Não cabe mandado de segurança contra lei em tese". Isto porque o mandado de segurança é uma ação CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 16� www.pontodosconcursos.com.br� para tutelar direitos subjetivos líquidos e certos. Impugnar uma lei em tese, é impugnar a propositura de uma lei, de forma objetiva, sem olhar para casos concretos (problemas subjetivos) trazidos por ela. Impugnar objetivamente uma lei é papel da ação direta de inconstitucionalidade e não do mandado de segurança. Gabarito: Errado. 17. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O mandado de segurança não constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária. Comentários: Trata-se da súmula nº 213 do STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária. Gabarito: Errado. 18. (CESPE/ TCE-AC/2009) O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública. Comentários: Neste caso o remédio utilizado deverá ser o habeas data, logo, não se poderá usar o Mandado de Segurança, já que a Constituição veda o uso do MS quando o objeto for de habeas corpus ou habeas data. Gabarito: Errado. 19. (CESPE/Procurador-AGU/2010) O habeas corpus constitui, segundo o STF, medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal. Comentários: Na jurisprudência do Supremo, o habeas corpus pode ser usado contra qualquer ato ilegal, ou com abuso de poder que possa levar o indivíduo a ter a sua liberdade de locomoção, cerceada, ainda que não diretamente. É o caso da questão, a quebra de sigilo, embora não seja medida que diretamente se oponha à liberdade de locomoção, pode indiretamente contribuir para o constrangimento a tal direito. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 17� www.pontodosconcursos.com.br� 20. (ESAF/AFRFB/2009) Consoante entendimento jurisprudencial dominante, o SupremoTribunal Federal adotou a posição não concretista quanto aos efeitos da decisão judicial no mandado de injunção. Comentários: Até meados de 2007, o efeito das decisões de MI ‘s emanadas pelos tribunais se limitavam a declarar a mora do legislador. Essa situação era o que chamamos de posição não-concretista do Poder Judiciário. Porém, ao julgar os Mandados de Injunção 670, 708 e 712, sobre a falta de norma regulamentadora do direito de greve dos servidores públicos, o STF abandonou sua antiga posição e passou a adotar a teoria concretista. A partir de então, caberia ao Poder Judiciário, desde logo, permitir que o impetrante exercesse seu direito, sanando a mora existente. Vamos esquematizar este importante assunto: Posição Não- concretista O Judiciário se limita a declarar a mora do legislador Posição Concretista Geral O judiário desde já faz com que o direito possa ser exercido e de forma erga omnes Individual O judiciário decide de forma inter partes Intermediária O Judiciário assenta um prazo para que o Legislativo edite a norma faltante – quando usado foi de 120 dias Direta O Judiciário desde logo faz com que a parte pedinte possa exercer o seu direito, geralmente usando-se de analogia a outras normas CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 18� www.pontodosconcursos.com.br� Gabarito ERRADO. Atualmente a posição do Supremo é concretista "tendendo" para ser geral. Mas, já foi usada a individual direta em alguns julgados. 21. (CESPE – Procurador Municipal Natal - 2008) Considerando a atual jurisprudência do STF quanto à decisão e aos efeitos do mandado de injunção, notadamente nos casos em que se discuta o direito de greve dos servidores públicos, é correto afirmar que, na decisão de um mandado de injunção, compete ao Poder Judiciário a) elaborar a norma regulamentadora faltante. b) proferir simples declaração de inconstitucionalidade por omissão, dando conhecimento ao órgão competente para a adoção das providências cabíveis. c) garantir o imediato exercício do direito fundamental afetado pela omissão do poder público. d) fixar prazo razoável para que o ente omisso supra a lacuna legislativa ou regulamentar, sob pena de responsabilização. Comentários: Letra A - Errado. Judiciário não é legislador, ele deve julgar, não legislar. Em que pese a sua atribuição atípica de poder legislar, fazer seus regimentos e regulamentos, não poderá nunca elaborar uma norma cuja competência está estabelecida no âmbito do Poder Legislativo ou Executivo. Letra B - Errado, pois assim seria a não-concretista. Letra C- Perfeito, trata-se da concretista, sem entrar no mérito de ser geral ou individual. Letra D - Errado. Assim seria a posição concretista individual intermediária, que era adotada minoritariamente no supremo, onde o Min. Néri da Silveira defendia que se determinasse um prazo de 120 dias para a regulamentação. 22. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O STF adota a posição de que o mandado de injunção não tem função concretista, porque não cabe ao Poder Judiciário conferir disciplina legal ao caso concreto sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes. Comentários: Como vimos, atualmente (a partir de 2007) o STF vem adotando a posição concretista do mandado de injunção, ou seja, quando se CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 19� www.pontodosconcursos.com.br� entra em juízo com um mandado de injunção, a autoridade julgadora deverá decidir o caso concreto, fazendo com que desde já o impetrante consiga exercer o direito que está sendo impedido pela omissão normativa. Gabarito: Errado. 23. (CESPE/Procurador - Pref. Boa Vista/2010) A previsão constitucional de regras diferenciadas de aposentadoria para quem exerça atividades sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física carece de regulamentação infraconstitucional. Por essa razão, caso a regulamentação não seja produzida, os servidores que exerçam atividades nocivas podem solicitar a aplicação, por analogia, das regras do regime geral de previdência. Comentários: É isso aí, essa questão foge do tema "direitos individuais" mas coloquei aqui pois é um exemplo de adoção da teoria concretista pelo STF. O STF julgou diversos mandados de injunção nos quais servidores públicos pleiteavam o seu direito constitucional à aposentadoria especial. No julgamento, o STF adotou teoria concretista e conferiu o direito dos servidores usarem a analogia das regras do RGPS, aplicáveis aos trabalhadores celetistas. Gabarito: Correto. 24. (CESPE/AGU/2009) Segundo o STF, a falta de defesa técnica por advogado, no âmbito de processo administrativo disciplinar, não ofende a CF. Da mesma forma, não há ilegalidade na ampliação da acusação a servidor público, se, durante o processo administrativo, forem apurados fatos novos que constituam infração disciplinar, desde que rigorosamente observados os princípios do contraditório e da ampla defesa. O referido tribunal entende, também, que a autoridade julgadora não está vinculada às conclusões da comissão de processo administrativo disciplinar. Comentários: O primeiro período trata da súmula vinculante de nº 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Em relação ao segundo e terceiro períodos , trata-se da completa literalidade do julgado do recurso em mandado de segurança (RMS) 24526 / DF - DISTRITO FEDERAL: "...1.Não há ilegalidade na ampliação da acusação a servidor público, se durante o processo administrativo forem apurados fatos novos que constituam infração disciplinar. O princípio do contraditório e da ampla defesa deve ser rigorosamente CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 20� www.pontodosconcursos.com.br� observado. 2. É permitido ao agente administrativo, para complementar suas razões, encampar os termos de parecer exarado por autoridade de menor hierarquia. A autoridade julgadora não está vinculada às conclusões da comissão processante. Gabarito: Correto. 25. (CESPE/Auditor-TCU/2009) De acordo com a CF, caso os integrantes de determinada associação pretendam reunir-se pacificamente, sem armas, em um local aberto ao público, tal reunião poderá ocorrer, independentemente de autorização, desde que não frustre outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. Comentários: É o que disciplina o art. 5º XVI da Constituição. É necessário ter atenção ao requisitos de exercício: Inciso muito cobrado em provas. Deve-se atentar aos seguintes requisitos: - seja pacificamente; - sem armas; - não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local; - avise a autoridade competente. Gabarito: Correto. 26. (CESPE/TRT-17ª/2009) A CF assegura a todos o direito de reunião pacífica em locais abertos ao público, desde que mediante autorização prévia da autoridade competente e que não se frustre outra reunião prevista para o mesmo local. Comentários: Questão clássica de concursos públicos. Está incorreta pelo fato de que não precisa de autorização, basta simples aviso (CF, art. 5º XVI). Gabarito: Errado. 27. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com a doutrina e jurisprudência, a tutela jurídica do direito de reunião eventualmente atingido se efetiva por intermédio do habeas corpus. Comentários: Frustrar o direito de reunião não é um impedimento à liberdade de locomoção e sim um impedimento de se exercer um direito, direito este assegurado constitucionalmente, assim deve serimpugnada esta ofensa através de mandado de segurança. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 21� www.pontodosconcursos.com.br� Gabarito: Errado 28. (CESPE/Advogado OAB–SP/2008) Segundo a Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível: a) a prática da tortura b) a prática do racismo c) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins d) o definido em lei como hediondo Comentários: A Constituição prevê expressamente 3 grupos de crimes: TODOS ELES SÃO INAFIANÇÁVEIS. São eles: XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Como disse, perceba que todos eles são inafiançáveis. Agora, existe uma diferença nos outros tratamentos. Deste modo, eu proponho um "macete" em meu livro "Constituição Federal Anotada para Concursos": eu costumo dizer que os crimes se dividiriam em 3 grupos: racismo, ação de grupos armados, e o que chamaria de 3TH (tortura, tráfico, terrorismo e hediondos). A Constituição estabeleceu para eles o seguinte tratamento: x ação de grupos armados contra o Estado – imprescritível; x racismo – imprescritível e sujeito a reclusão (R – racismo X R – reclusão) x 3TH – insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do “H” – “A–GA”– para lembrar de “Graça” ) Comentado cada uma das assertivas: a) a prática da tortura – É um dos “T” do 3TH. b) a prática do racismo – Resposta CERTA e como visto ainda sujeita o infrator à reclusão. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 22� www.pontodosconcursos.com.br� c) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins – É um dos “T” do 3TH. d) o definido em lei como hediondo – É o “H” do 3TH Gabarito: Letra B 29. (FCC/MPE–RS/2008) Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Comentários: Usando o método que eu propus, vemos que a questão está correta. Gabarito: Correto. 30. (ESAF/CGU/2008) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. Comentários: Da mesma forma, trata-se da perfeita disposição do que vimos. Gabarito: Correto 31. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) Segundo a Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível a prática da tortura. Comentários: A prática de tortura não seria imprescritível, seria insuscetível de graça ou anistia. Gabarito: Errado. 32. (CESPE/MMA/2009) Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização e publicação, mas não o de reprodução, não podendo a transmissão desse direito aos herdeiros ser limitada por lei. Comentários: A questão contraria o disposto no art. 5º, XXVII que garante aos autores o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, e que diz ainda que o direito será transmissível aos herdeiros mas somente pelo tempo que a lei fixar. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 23� www.pontodosconcursos.com.br� 33. (ESAF/ATA-MF/2009) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo, por determinação judicial após as 18 horas e durante o dia para prestar socorro, em caso de flagrante delito ou desastre. Comentários: No caso de mandado judicial, poderá apenas durante o dia (CF art. 5º, XI). Durante a noite, só pode entrar na casa se for: x com consentimento do morador, ou x para prestar socorro ou x no caso de flagrante delito; ou x no caso de desastre. Atenção!!! Lembro a vocês que: “Casa”, segundo o STF, tem sentido amplo, aplica-se a qualquer recinto particular não aberto ao público como o escritório, consultório etc. Porém, nenhum direito fundamental é absoluto, desta forma, o STF decidiu pela não ilicitude das provas obtidas com violação noturna de escritório de advogados para que fossem instalados equipamentos de escuta ambiental, já que os próprios advogados estavam praticando atividades ilícitas em seu interior. Desta forma, a inviolabilidade profissional do advogado, bem como do seu escritório, serve para resguardar o seu cliente para que não se frustre a ampla defesa, mas, se o investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição não fornece guarida para a prática de crimes no interior de recinto. (Para quem quiser pesquisar mais o assunto, foi o que o STF decidiu no Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 20-11-08, Plenário, Informativo 529). Gabarito: Errado. 34. (ESAF/ATRFB/2009) A garantia constitucional da inviolabilidade de domicílio não inclui escritórios de advocacia. Comentários: Veja que aqui a pergunta foi bem diferente da observação que fizemos na questão anterior. Sabemos que o conceito de “casa” previsto no art. 5°, XI da Constituição tem sentido amplo, compreende qualquer recinto fechado, não aberto ao público tais como escritórios de advocacia, consultórios médico e etc. Assim, a resposta a ser marcada seria errado. Irá incluir sim os escritórios de advocacia. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 24� www.pontodosconcursos.com.br� A observação que fizemos é um caso excepcional onde os advogados estão cometendo crimes dentro de seu escritório. A regra é não ser violável quaisquer consultórios ou escritórios, excepcionalmente isso não acontecerá quando estes recintos estiverem albergando a prática de crimes em seu interior. Gabarito: Errado. Veja a questão do CESPE. 35. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocacia seja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia. Comentários: Agora sim entra a exceção que tratamos, ok? Veja a importância de estar atualizado! Neste caso a prova não seria ilícita. Gabarito: Errado. 36. (CESRANRIO/Oficial de Justiça-TJ/RO/2008) A Constituição afirma que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador” (Art. 5, XI). A esse respeito, considere as afirmativas a seguir. I - É permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, mesmo sem o consentimento do morador, desde que haja autorização judicial para tanto. II - É permitido penetrar na casa, a qualquer hora do dia, em caso de desastre ou para prestar socorro. III - É permitido penetrar na casa quando houver flagrante delito, mas somente durante o dia. IV - O conceito de casa deve ser interpretado de forma restritiva, não incluindo, por exemplo, quarto de hotel. Tendo em vista o direito fundamental citado, de acordo com a própria Constituição, e com a jurisprudência do STF, é(são) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s) (A) II (B) III (C) I e IV CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 25� www.pontodosconcursos.com.br�(D) I, II e IV (E) I, III e IV Comentários: Item I - Errado. Com o consentimento do morador, poderá entrar na casa, qualquer hora, agora, sem o seu consentimento, precisa de: 1- Ordem judicial - somente durante o dia. 2- Prestar socorro, ocorrer um desastre ou for caso de flagrante delito - nestes casos pode ser inclusive durante a noite. Item II - Correto. É o que acabam de ver acima. Item III - Errado. Vimos ao comentarmos o item I, que no caso de flagrante delito, poderá ser até mesmo durante a noite. Item IV - Errado. “Casa”, segundo o STF, tem sentido amplo, aplica-se a qualquer recinto particular não aberto ao público como o escritório, consultório etc. Gabarito: Letra A. Somente a II está correta. 37. (CESPE/MMA/2009) Se um indivíduo, ao se desentender com sua mulher, desferir contra ela inúmeros golpes, agredindo-a fisicamente, causando lesões graves, as autoridades policiais, considerando tratar-se de flagrante delito, poderão penetrar na casa desse indivíduo, ainda que à noite e sem determinação judicial, e prendê-lo. Comentários: Segundo a Constituição em seu art. 5º, XI, a casa do indivíduo (sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que: ̇ Tenha o consentimento do morador; ou ̇ Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou ̇ Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o dia. Como se trata de flagrante delito, não necessita de exigência de ser apenas durante o dia. Gabarito: Correto. 38. (CESPE/MMA/2009) Se um brasileiro nato viajar a outro país estrangeiro, lá cometer algum crime, envolvendo tráfico ilícito de CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 26� www.pontodosconcursos.com.br� entorpecentes, e voltar ao seu país de origem, caso aquele país requeira a extradição desse indivíduo, o Brasil poderá extraditá-lo. Comentários: O brasileiro nato nunca poderá ser extraditado, isso já é suficiente para acertar a questão, mas, a título de informação lembramos que caso ele fosse naturalizado, isso poderia acontecer, já que a CF diz em seu artigo LI que nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de: ̇ Crime comum, praticado antes da naturalização; ou ̇ Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; Gabarito: Errado. 39. (CESPE/FINEP/2009) Dispõe a CF que nenhum brasileiro pode ser extraditado, nem concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. Comentários: Em regra, nenhum brasileiro pode ser extraditado, mas, de forma absoluta, isso só vale para o brasileiro nato, ou seja, a questão peca ao afirmar "nenhum brasileiro pode ser extraditado", já que poderá sim, desde que seja um brasileiro naturalizado. A segunda parte que fala "nem concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião" está correta, já que, embora o estrangeiro possa, sem grandes empecilhos, ser extraditado, isso não ocorrerá, por vedação constitucional, quando se tratar de crime político ou de opinião. Gabarito: Errado. 40. (CESPE/TRT-17ª/2009) O Brasil se submeterá à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar adesão. Comentários: Correto. Foi uma inovação trazida pela EC 45/04 que incluiu o §4º no art. 5º da Constituição. Gabarito: Correto. 41. (CESPE/TRT-17ª/2009) Não há deportação nem expulsão de brasileiro. Comentários: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 27� www.pontodosconcursos.com.br� Deportação é a "devolução" do estrangeiro que tentou ingressar ilegalmente no país. Expulsão é a "retirada" do estrangeiro que cometeu algum ato no país que torna a sua permanência inconveniente. Assim, são dois institutos não aplicáveis ao brasileiro. Gabarito: Correto. 42. (CESPE/FINEP/2009) As ações de habeas corpus e habeas data são gratuitas. Comentários: Organizando as gratuidades e imunidades do art. 5º: Direito de petição e de obter certidões ń Isento do pagamento de taxas; Ação Popular ń Isenta de custas judiciais e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé. Habeas Corpus e Habeas Data ń Gratuitos. Atos necessários ao exercício da cidadania ń Gratuitos, na forma da lei. Registro de NASCIMENTO e CERTIDÃO DE ÓBITO ń Gratuitos aos reconhecidamente pobres Assistência Jurídica integral pelo Estado ń Gratuita a quem comprove insuficiência de recursos. Gabarito: Correto. 43. (ESAF/AFRFB/2009) Segundo a Constituição de 1988, a prisão civil por dívida é cabível em se tratando de depositário infiel. Comentários: Olha a maldade! Isso tá certo ou está errado? Está perfeito. Embora não se conceba mais no Brasil a prisão civil por dívida do depositário infiel, devido ao Pacto de San Jose da Costa Rica, o enunciado pediu expressamente que fosse dada a resposta "SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO". Desta forma, está correta a afirmativa, já que o texto constitucional não foi alterado pelo pacto. O pacto tem força "supralegal" e não força de emenda constitucional, o que só teria acontecido se ele fosse votado pelo rito de uma emenda. Lembro que recentemente foi editada uma Súmula Vinculante, a SV 25 que possui o seguinte enunciado: "É ILÍCITA A PRISÃO CIVIL DE DEPOSITÁRIO INFIEL, QUALQUER QUE SEJA A MODALIDADE DO DEPÓSITO". CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 28� www.pontodosconcursos.com.br� Professor, você ainda diz que questão tá certa? Sim, pois nem o pacto, nem a súmula, têm o poder de "revogar" a Constituição e excluir o teor do texto constitucional. Logo, como a questão pediu "segundo a Constituição" está correto, mesmo não sendo mais admitida no Brasil tal prisão. OBS. A prisão civil por dívida relativa ao descumprimento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia continua intocada, sendo perfeitamente válida. Gabarito: Correto. 44. (CESPE/ANAC/2009) Embora seja possível a restrição da liberdade de locomoção dos indivíduos nos casos de prática de crimes, é vedada a prisão civil por dívida, salvo, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando se tratar de obrigação alimentícia ou de depositário infiel. Comentários: Nem vou comentar esta. Só mostrar que agora está falando " segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal", ou seja, o gabarito é errado! Deve-se aplicar a jurisprudência da SV 25: "É ILÍCITA A PRISÃO CIVIL DE DEPOSITÁRIO INFIEL, QUALQUER QUE SEJA A MODALIDADE DO DEPÓSITO". Chamo atenção para um fato: A questão não precisava ter falado "segundo a jurisprudência". Isso foi só para reforçar. Ok? Gabarito: Errado. 45. (CESPE/ TCE-AC/2009) Os tribunais de contas não podem determinar a quebra de sigilo bancário de administrador público investigado por superfaturamento de preço praticado em licitação, no âmbito do controle externo realizado. Comentários: Como vimos, o sigilo bancário das pessoas só podem ser relativizados, com a devida fundamentação, por: ̇ Decisão judicial; ̇ CPI; ̇ Autoriadade Fazendária, no caso de processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso, de acordo com a LC 105/01, em se tratando de informações indispensáveis ao procedimento – e segundo o STJ [R.Esp 531.826], somente é possível essa hipótese a partir da publicação desta lei; e CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 29� www.pontodosconcursos.com.br� ̇ Muito excepcionalmente, pelo Ministério Público, mas somente quando estiver tratando de aplicação das verbas públicas devido ao princípio da publicidade. Gabarito: Correto. 46.(CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê a inviolabilidade do sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas em caráter absoluto. Comentários: Vimos que nenhum direito fundamental é absoluto. Segundo a Constituição (CF, art. 5º, XII), a interceptação telefônica poderá ocorrer, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer (lei 9.296/1996), por ordem judicial e apenas se tiver o objetivo de: x investigação criminal; ou x instrução processual penal. Embora não previsto constitucionalmente, o STF também admite que as outras comunicações também possam ser relativizadas no caso de interesses sociais "mais fortes" (isso só é visto no caso concreto, não se pode simplesmente dizer que um interesse X é mais forte que um Y, sem avaliar o caso concreto) como por exemplo a disciplina prisional, onde se admite devassar o sigilo da correspondência enviada ao preso, para resguardar interesses da sociedade. Gabarito: Errado. 47. (ESAF/AFT/2003) Segundo a jurisprudência do STF, a inviolabilidade do sigilo das correspondências, das comunicações telegráficas e dos dados não é absoluta, sendo possível sua interceptação, sempre excepcionalmente, com fundamento em razões de segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, quando este direito estiver sendo exercido para acobertar práticas ilícitas. Comentários: Dispensarei maiores comentários, pois foi o que acabamos de ver na questão anterior. Expus esta questão pois a considero com um enunciado muito auto-explicativo. Gabarito: Correto. 48. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Apesar da ausência de autorização expressa na CF, a interceptação das correspondências e CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 30� www.pontodosconcursos.com.br� comunicações telegráficas e de dados é possível, em caráter excepcional. Comentários: Segundo o STF nenhum direito fundamental pode ser respaldo para a prática de atos ilícitos, assim, ainda que aparentemente absolutos, eles poderão ser relativizados diante do caso concreto. Desta forma, é aceito a quebra de sigilo de correspondências, por exemplo, no caso de disciplina prisional, onde a autoridade fica licitamente autorizada a devassar o sigilo da comunicação feita ao preso para fins de manutenção da ordem e de interesses coletivos. Gabarito: Correto. 49. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com o STF, a comissão parlamentar de inquérito pode proceder à quebra de sigilo bancário da pessoa investigada, ainda que baseada em fundamentos genéricos, sem a indicação de fatos concretos e precisos. Comentários: Primeiramente, vamos fazer um resumo sobre o entendimento do STF neste tema: CPI pode: ? Determinar quebra de sigilo bancário,telefônico ou fiscal (só por maioria absoluta da CPI); ? Convocar Ministro de Estado para depor (qualquer comissão pode); ? Determinar a condução coercitiva de testemunha que se recuse a comparecer; CPI não pode: ? Determinar indisponibilidade de bens do investigado. ? Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em flagrante); ? Determinar interceptação/escuta telefônica; ? Determinar o afastamento de cargo ou função pública durante a investigação; ? Decretar busca e apreensão domiciliar de documentos; Agora, voltemos a questão que trata de uma exceção. Nas palavras do Supremo: "a quebra de sigilo que se apóia em fundamentos genéricos e que não indica fatos concretos e precisos referentes à pessoa sob investigação, constitui ato eivado de nulidade. A CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 31� www.pontodosconcursos.com.br� quebra do sigilo inerente aos registros bancários, fiscais e telefônicos, por traduzir medida de caráter excepcional, revela-se incompatível com o texto da Constituição, quando fundada em deliberações emanadas de CPI, cujo suporte decisório apóia-se em formulações genéricas, muitas vezes padronizadas, que não veiculam a necessária e específica indicação da causa provável, que constitui pressuposto de legitimação essencial à válida ruptura, por parte do Estado, da esfera de intimidade a todos garantida pela Carta Política". Gabarito: Errado. 50. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimento do STF, a atual CF recepcionou o dispositivo da Lei de Imprensa que estabelece limitação quanto à indenização devida pela empresa jornalística, a título de dano moral, na hipótese de publicação de notícia inverídica, ofensiva à boa fama da vítima. Comentários: O STF decidiu em 2009, através do julgamento de uma ADPF que a lei de imprensa não estaria recepcionada pelo atual ordenamento jurídico, estando revogada. Gabarito: Errado. 51. (CESGRANRIO/Investigador - Polícia Civil do RJ/2008) Entre os direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, inclui-se a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. Nesse contexto, a criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, ressalvada a possibilidade de serem compulsoriamente dissolvidas por: a) decisão judicial, apenas após o trânsito em julgado. b) decreto específico do Governador do Estado. c) orientação do Ministério Público. d) determinação da Autoridade Policial em sede de inquérito. e) portaria da Presidência da República ou do Ministério da Justiça. Comentários: A questão é de resposta direta: letra A. Isso pode ser encontrado no artigo 5º XIX. Atenção a esta regra: De forma COMPULSÓRIA, ou seja, independente da vontade dos associados: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 32� www.pontodosconcursos.com.br� x Para que tenham suas atividades SUSPENSAS å Só por decisão judicial; x Para serem DISSOLVIDAS å Só por decisão judicial TRANSITADA EM JULGADO Disposições importantes sobre o direito de associação: 1. É livre a associação somente para fins LÍCITOS, sendo vedada a paramilitar; 2. É vedada a interferência estatal em seu funcionamento e nem mesmo precisa-se de autorização para criá-las; 3. Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado; 4. Para que tenham suas atividades compulsoriamente suspensas - Só por decisão judicial; (“simples”) 5. Para serem compulsoriamente dissolvidas - Só por decisão judicial TRANSITADA EM JULGADO; 6. Podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seus associados: x Judicialmente; ou x Extrajudicialmente. Gabarito: Letra A. 52. (CESPE/Auditor-TCU/2009) A administração pública, no exercício do seu poder de fiscalização, quando estiver diante de uma ilegalidade, poderá, independentemente de decisão judicial, dissolver compulsoriamente ou suspender as atividades das associações. Comentários: O Estado não pode influir no exercício das associações, para que se suspenda ou se dissolva associações de forma compulsória, precisa- se sempre de ordem judicial, e que no caso de dissolução deverá ainda transitar em julgado (CF, art. 5º, XVIII). Gabarito: Errado. 53. (CESGRANRIO/DECEA/2009) A Constituição Brasileira garante o direito de propriedade (art. 5o, XXII), que, por seu turno, deverá a atender a sua função social (art. 5o, XXIII). Nesse sentido, é correto afirmar que a Constituição: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 33� www.pontodosconcursos.com.br� (A) não admite a expropriação de terras, nem o confisco de bens. (B) assegura que a pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objetode penhora para pagamentos de débitos decorrentes de sua atividade produtiva. (C) permite a desapropriação de imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, que incluirá as benfeitorias úteis e necessárias. (D) permite, em caso de iminente perigo público, o uso de propriedade particular por autoridade pública, assegurado o pagamento de indenização pelo uso da propriedade. (E) permite a desapropriação de imóvel urbano, por interesse social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida pública. Comentários: Letra A - Errado. Expropriação é o mesmo que de desapropriação, mas é usada geralmente para versar sobre a tomada de terras sem qualquer indenização que o poder público promove quando a propriedade esteja cultivando plantas psicotrópicas ilícitas. A expropriação, bem como o confisco de bens, pode sim ser feito no Brasil. Abaixo esquematizo os casos de desapropriação: 1- (Art. 5º XXIV) Se houver necessidade ou utilidade å PÚBLICA; ou Se houver interesse å SOCIAL. Necessita ainda de uma lei para estabelecer o procedimento de desapropriação; INDENIZAÇÃO: ̇ Justa; ̇ Prévia; ̇ Em dinheiro. x Essa é a desapropriação ordinária. x O poder competente será o executivo de qualquer esfera de poder. x É bom prestar atenção na literalidade: por interesse SOCIAL e não público. x E lembre-se que a indenização precisa conter esses três requisitos: ser justa, prévia e em dinheiro senão padecerá de vício de inconstitucionalidade. x Desapropriação por interesse social = ocorre para dar assentamento a pessoas. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 34� www.pontodosconcursos.com.br� x Necessidade pública = A desapropriação é imprescindível para alcançar o interesse público. x Utilidade pública = Não é imprescindível, mas, será vantajosa para se alcançar o interesse público 2- (CF art. 182 §4) No caso de solo URBANO não edificado ou sub-utilizado; Competente: PODER MUNICIPAL; Precisa de lei específica municipal nos termos de lei federal; A área deve estar incluída no Plano Diretor; A desapropriação é o último remédio após o município promover: o Parcelamento ou edificação compulsórios do terreno; o IPTU progressivo no tempo até alcançar certo limite da lei; INDENIZAÇÃO: o Mediante títulos da divida pública com prazo de resgate de até 10 anos. o A emissão dos títulos deve ser previamente aprovada pelo Senado Federal; o As parcelas devem ser anuais, iguais e sucessivas. x Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel urbano. x A regra acima é apenas para o imóvel subutilizado e etc., REGRA GERAL será å As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. x Plano Diretor é o instrumento aprovado pela Câmara Municipal que serve para nortear o desenvolvimento e a expansão urbana, e é obrigatório se o município tiver mais de 20 mil habitantes. 3- (CF art. 184) Para fins de REFORMA AGRÁRIA: Competente: UNIÃO; Também é por interesse social; Somente o imóvel que não estiver cumprindo sua função social; INDENIZAÇÃO: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 35� www.pontodosconcursos.com.br� a) Justa; b) Prévia; c) Em títulos da divida agrária resgatáveis em até 20 anos; d) Se houver benfeitorias ÚTEIS ou NECESSÁRIAS, estas devem se indenizadas em dinheiro; e) O resgate dos títulos é a partir do segundo ano de sua emissão. x Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel rural. 4- (CF art. 243) Se houver cultivo ilegal de plantas psicotrópicas: Haverá expropriação IMEDIATA sem direito a qualquer indenização; Finalidade: As “glebas” serão especificamente destinadas ao assentamento de colonos para que cultivem produtos ALIMENTÍCIOS ou MEDICAMENTOSOS. x Essa desapropriação é chamada de confisco (por alguns autores); x Para que ocorra a expropriação, o cultivo deve ser ilegal, ou seja, não estar autorizado pelo órgão competente do Ministério da Saúde, e não atendendo exclusivamente a finalidades terapêuticas e científicas; x (Art. 243 §Único) å Qualquer bem de valor econômico que seja apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será revertido para tratamento e recuperação de viciados e para custeio das atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão ao tráfico. Letra B - CORRETO. A Constituição assegura em seu art. 5º, XXVI: a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; Letra C - Errado. Vimos ao comentarmos a letra A que no caso de desapropriação de imóvel rural, a indenização será: a) Justa; b) Prévia; CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 36� www.pontodosconcursos.com.br� c) Em títulos da divida agrária resgatáveis em até 20 anos; d) Se houver benfeitorias ÚTEIS ou NECESSÁRIAS, estas devem se indenizadas em dinheiro; Letra D - Aqui não se trata mais de forma de desapropriação, pois diferentemente do que ocorre nesta, na requisição, o dono da propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente para que use temporariamente o imóvel no caso de perigo público iminente. Segundo a CF em seu art. 5º, XXV: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; (A indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à propriedade). Letra E - Por interesse social, que como visto, é aquela que ocorre para dar assentamento a pessoas. A indenização será sempre justa, prévia e em dinheiro. A desapropriação que se indeniza em títulos da dívida pública é aquela de solo não-edificado ou sub-utilizado. Gabarito Letra B. 54. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Na desapropriação, a indenização justa e prévia deve traduzir a mais completa recomposição o valor retirado do patrimônio do expropriado e, nesse sentido, reconhece o STF a legitimidade do pagamento de indenização pelas matas existentes, até mesmo aquelas integrantes da cobertura vegetal sujeita a preservação permanente. Comentários: É o entendimento do STF, que é reconhecido através do preceito constitucional de que a indenização deve ser "justa". Gabarito: Correto. 55. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF prevê que as glebas nas quais forem localizadas culturas de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas, sem indenização ao proprietário. O STF entende que, nessa hipótese, o termo gleba se refere apenas à área efetivamente cultivada e não a toda a propriedade, de modo que a gleba não poderia ser considerada o todo, mas somente a parte objeto do plantio ilegal. Comentários: ATENÇÂO: Na jurisprudência do STF, toda a área da gleba deve ser desapropriada, e não somente a área do cultivo. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 37� www.pontodosconcursos.com.br� 56. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007) No ordenamento jurídico vigente, a legislação infraconstitucional, ainda quando de ordem pública, não pode retroagir para alcançar ato jurídico perfeito. Comentários: Dispõe o art. 5º, XXXVI: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Segundo o STF no julgamento da ADIN 493: o disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal,se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva. Assim, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito aplicam-se inclusive às leis de ordem pública - leis de ordem pública são aquelas que, em um Estado, estabelecem os princípios, cuja manutenção se considera indispensável à organização da vida social, ou seja, regidas pelo Direito Público e não privado. O correto, segundo a doutrina é apenas dizer que não há direito adquirido individual que prevaleça sobre o interesse geral. Gabarito: Correto. 57. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha que Maria, viúva de servidor público estadual, estivesse recebendo, com base em lei estadual, pensão de 100% do valor da remuneração do cargo efetivo do falecido marido e que lei estadual superveniente tenha reduzido esse percentual para 50% do valor da remuneração do cargo. Nessa situação hipotética, a redução legal alcança o benefício recebido por Maria, já que não há direito adquirido a regime jurídico. Comentários: Errado. Este frase "não há direito adquirido em relação a regime jurídico" foi fruto de uma discussão em relação a servidores que haviam ingressado em certa carreira, e que ainda não tinham adquirido certos direitos previstos para seu regime jurídico. Aconteceu uma mudança do regime jurídico, alterando os direitos previstos no regime anterior. Ora, a pessoas adquirem os direitos previstos, e não o direito a fazer jus a direitos. Assim, não podemos falar em direito adquirido a regime jurídico, pois ninguém tem direito adquirido a fazer jus a direitos previstos. No caso em tela, a pensionista já está com o seu direito adquirido, fruindo dele, não pode ser alcançada pela retroação da lei. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 38� www.pontodosconcursos.com.br� Direitos Sociais: Os direitos sociais são normas programáticas, pois a sua simples previsão na Constituição não gera direitos imediatos aos indivíduos mas estabelecem diretrizes, programas para o governo seguir, realizando a sua eficácia ao longo do tempo. Importante é salientar que para concretizá-los não basta uma norma regulamentadora, mas também ações administrativas neste sentido. 58. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Constituem direitos sociais a distribuição de renda, a cesta básica e o vale-transporte. Comentários: Tais direitos não estão arrolados como direitos sociais. Nos termos do art. 6º da Constituição, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Consti- tuição. ATENÇÃO AO TERMO "ALIMENTAÇÃO", RECENTEMENTE INSERIDO NESTE ROL PELA EC 64/10. Gabarito: Errado. 59. (CESPE/ANATEL/2006) Os chamados direitos sociais de segunda geração, ou dimensão, são caracterizados pela existência de direitos positivos, que fazem nascer para o Estado a obrigação de atuar ativamente de forma a diminuir as desigualdades materiais. É exemplo dessa categoria de direitos fundamentais a norma constitucional que assegura o direito de atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade. Comentários: Antes de comentarmos a questão, vamos relembrar as dimensões (ou gerações) de direitos. Esquematizando, podemos dizer que os direitos se dividem basicamente da seguinte forma: Dimensão Direitos CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 39� www.pontodosconcursos.com.br� 1ª Liberdade: Direitos civis e políticos 2ª Igualdade: Direitos Sociais, Econômicos e Culturais. 3ª Solidariedade (fraternidade): Direitos coletivos e difusos. Dicas para memorizar: x As dimensões estão na ordem do lema da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, e fraternidade. x Os direitos Políticos são os de Primeira dimensão. x Os direitos Sociais, Econômicos e Culturais (SEC - Lembre-se de "second") são os de segunda dimensão. Voltando a questão: A questão quando foi feita estava correta, porém, em 2006, a EC 53 reduziu a idade de 6 para 5 anos. Por este motivo - gabarito: Errado. 60. (CESPE/DPE-ES/2009) Os direitos de primeira geração ou dimensão (direitos civis e políticos) — que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais — realçam o princípio da igualdade; os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) — que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas — acentuam o princípio da liberdade; os direitos de terceira geração — que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais — consagram o princípio da solidariedade. Comentários: Inverteram-se os princípios referentes à primeira e segunda gerações. A primeira dimensão materializa a liberdade, já a igualdade é referente à segunda dimensão. Gabarito: Errado. 61. (CESPE/Advogado - CEHAP/2009) A evolução cronológica do reconhecimento dos direitos fundamentais pelas sociedades modernas é comumente apresentada em gerações. Nessa evolução, o CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 40� www.pontodosconcursos.com.br� direito à moradia está inserido nos direitos fundamentais de terceira geração, que são os direitos econômicos, sociais e culturais, surgidos no início do século XX. Comentários: Opa!!! Obrigado Vítor não esqueço mais... Os direitos sociais, econômicos e culturais são direitos de segunda geração e não de terceira (esta geração é marcada pelos direitos coletivos e difusos). Gabarito: Errado. 62. (CESPE/Analista - DPU/2010) Acerca dos direitos sociais, assinale a opção correta. a) O cerceamento à liberdade de expressão é uma clara afronta aos direitos sociais capitulados na CF. b) Os direitos sociais são exemplos típicos de direitos de 2.ª geração. c) O direito à vida e o direito à livre locomoção são exemplos de direitos sociais. d) Os direitos sociais são exemplos de liberdades negativas. e) Os direitos sociais contemplados na CF, pela sua natureza, só podem ser classificados como direitos fundamentais de eficácia plena, não dependendo de normatividade ulterior. Comentários: ...Olha o SECond aí denovo... Gabarito é a letra B !!! Vamos analisar o resto: Letra A - Errado. Trata-se de direito individual, não social. Letra C - Errado. Mais uma vez, são individuais, não sociais. Letra D - Errado. As liberdades negativas são os direitos individuais, são uma proteção. Os direitos sociais são "positivos" (necessitam que se faça uma ação). Letra E - Errado. Os direitos sociais são em regra de eficácia LIMITADA, precisam que se façam leis e ações administrativas para que possam ser concretizados. Gabarito: Letra B. 63. (ESAF/CGU/2008) O Estado brasileiro também é regido por um princípio de estatura constitucional que visa a impedir que sejam frustrados os direitos políticos, sociais, culturais e econômicos já concretizados, tanto na ordem constitucional como na infraconstitucional, em atenção aos objetivos da República Federativa do Brasil, que são os de promover o bem de todos, sem quaisquer formas de discriminação, constituir uma sociedade livre, justa e CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 41� www.pontodosconcursos.com.br solidária, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
Compartilhar