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AULA DE CONSTITUCIONAL E QUESTÕES

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CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
1
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Aula 4: 
Fala pessoal, como vão os estudos??? 
Daremos início agora a nossa aula 5. A aula de hoje é um tema 
crucial para a prova. Veremos: 
Poder Judiciário: disposições gerais; Supremo Tribunal 
Federal; tribunais superiores, tribunais regionais federais e 
juízes federais, tribunais e juízes eleitorais, tribunais e juízes 
estaduais e do Distrito Federal e territórios. Conselho Nacional 
de Justiça: composição e competência. 
Funções essenciais à justiça: Ministério Público. 
Vamos começar logo essa brincadeira: 
Poder Judiciário: 
Pessoal, por favor, esses art. 118 ao 120 devem estar 
completamente decorados... É essencial para o concurso! 
Vamos lá: 
TSE: 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no 
mínimo, de sete membros, escolhidos: 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal; 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de 
Justiça; 
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes 
dentre seis advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu 
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre 
os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
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Vamos esquematizar:
- mediante eleição, pelo voto secreto: 
• 3 juízes dentre os Ministros do STF; 
• 2 juízes dentre os Ministros do STJ; 
- Por nomeação do Presidente da República: 
• 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo STF. 
1. (FCC/Analista - TRE - PI/2009) Tribunal Superior Eleitoral 
compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos mediante 
eleição, pelo voto secreto, sendo, 
a) dois juízes dentre os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais. 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
c) três juízes dentre os membros do Ministério Público Federal. 
d) três juízes dentre os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais. 
e) quatro juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Esse é o tipo de questão comum em concursos para TRE. Seja 
CESPE, FCC, ou qualquer outra banca. 
É uma questão direta sobre composição do tribunal, que deve estar 
completamente decorada. 
Gabarito: Letra B. 
2. (CESPE/TRE-BA/2010) O TSE deve ser composto, no 
mínimo, por sete membros, escolhidos mediante eleição pelo voto 
secreto de três juízes entre os ministros do STF, dois juízes entre os 
ministros do STJ e, por nomeação do presidente da República, dois 
juízes entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade 
moral, indicados pelo STF. 
Comentários: 
Exatamente. Dispôs corretamente sobre toda a composição do TSE. 
Aproveitamos para fazer uma esquematização: 
Destes, o TSE elegerá 1 para
presidente e outro para vice‐
presidente.
Destes, o TSE elegerá 1 para
Corregedor Eleitoral.
 
 
 
 
 
 
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PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
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STF (somos t ime de f utebol) 11 
STJ (são t rês juntos) No mínimo, 33 
TST (t rinta sem t rês) 27 
STM (são t odas moças - 15 
anos) 
15 
TSE No mínimo 7 
TRE 7 
TRT No mínimo 7 
TRF No mínimo 7 
Veja que todo tribunal tem uma frase pra nos ajudar a decorar, 
quando não tiver, é porque o número de membros é 7 (no mínimo). 
Obs. Segundo a doutrina, o número de membros do TRE, pode ser 
superior a 7. Porém, a Constituição estabeleceu como apenas 7, e o 
CESPE, recentemente, em 2010, considerou que este número deva 
ser taxativamente 7. 
Gabarito: Correto. 
TRE, Juízes de Direito e Juntas Eleitorais 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital 
de cada Estado e no Distrito Federal. 
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de 
Justiça; 
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo 
Tribunal de Justiça; 
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na 
Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, 
de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal 
Regional Federal respectivo; 
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois 
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e 
o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. 
 
 
 
 
 
 
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Assim, para os TREs a formação ocorre do seguinte modo: 
- o TJ escolhe mediante eleição, pelo voto secreto: 
• 2 juízes dentre os desembargadores do TJ; 
• 2 juízes dentre juízes de direito; 
- o TRF escolhe: 
• 1 juiz do TRF com sede na Capital do Estado/DF, ou, não 
havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo TRF 
respectivo; 
- o TJ indica e o Presidente da República nomeia: 
• 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral. 
3. (CESPE/ Analista Judiciário TRE-AP/2008) Os tribunais 
regionais eleitorais devem ser compostos por 7 membros, entre os 
quais, dois devem ser da carreira dos advogados e nomeados pelo 
presidente da República, após indicação do respectivo conselho 
regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) 
Comentários: 
Quem indica os 2 advogados no caso do TRE é o TJ respectivo e no 
caso do TSE, será o STF, nunca será a OAB. 
Gabarito: Errado. 
4. (CESPE/TRE-GO/2009) Haverá apenas um TRE na capital de 
cada estado e no Distrito Federal. 
Comentários: 
Esse item explora o conhecimento do art. 120 da Constituição 
Federal. 
Gabarito: Correto. 
5. (CESPE/TRE-GO/2009) É inconstitucional a previsão 
legislativa de que a eleição de juízes para compor os TREs se faça 
mediante eleição por voto secreto dos tribunais de justiça dos 
estados, tendo em vista o princípio da publicidade. 
Comentários: 
Destes, o TRE elegerá 1 para
presidente e outro para vice‐
presidente.
 
 
 
 
 
 
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Existe no art.120 a disposição que legitima o uso do voto secreto 
para a escolha dos desembargadores que ocuparão o TRE, não 
podemos falar em inconstitucionalidade deste artigo, já que é uma 
norma originária da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
6. (CESPE/TRE-GO /2009) A presidência e a vice-presidência 
dos TREs devem recair sempre sobre os membros desembargadores. 
Comentários: 
É o disposto no art. 120 § 2º: O Tribunal Regional Eleitoral elegerá 
seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. 
Gabarito: Correto. 
7. (CESPE/TRE-GO/2009) Os membros dos TREs oriundos de 
nomeação, pelo presidente da República, serão escolhidos entre seis 
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo respectivo tribunal de justiça. 
Comentários: 
Existem advogados compondo tanto o TRE quanto o TSE, em ambos, 
serão escolhidos 2 escolhidos dentre 6 advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral. Em ambos, ainda, serão nomeados pelo 
Presidente da República, diferencia-se que no caso do TSE a indicação 
dos 6 se faz pelo STF, e no TRE pelo TJ - art. 120, §1, III CF. 
Gabarito: Correto. 
8. (FCC/Técnico- TRE - SE/2007) Fazem parte da composição 
dos Tribunais Regionais Eleitorais dois juizes, dentre os 
desembargadores do Tribunal de Justiça, escolhidos mediante eleição 
e voto secreto pelo Tribunal de Justiça. 
Comentários: 
Exatamente o que dispõe o art. 120 §1º, "a" da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
Organização e competências 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e 
competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas 
eleitorais. 
§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os 
integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas 
 
 
 
 
 
 
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funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas 
garantias e serão inamovíveis. 
De acordo com o Código Eleitoral, art. 36, as juntas eleitorais serão 
formadas por 1 Juiz de direito que será o presidente, mais 2 ou 4 
cidadãos de notória idoneidade. 
Perceba que gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis 
inclusive esses cidadãos integrantes das juntas eleitorais no 
exercício de suas funções. 
9. (FCC/Técnico - TRE - PI/2009) Lei complementar disporá 
sobre a organização e competência dos Tribunais, dos Juízes de 
Direito e das Juntas Eleitorais. 
Comentários: 
A lei complementar é a lei escolhida pela Constituição para tratar de 
assuntos "organizatórios". É necessário lei complementar para 
organizar as competências dos órgãos eleitorais, também para 
estabelecer o "estatuto da magistratura", o "estatuto do Ministério 
Público" e diversas outras. 
Gabarito: Correto. 
10. (FCC/Técnico - TRE - PI/2009) Os membros dos Tribunais, 
os Juízes de Direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no 
exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de 
plenas garantias e serão removíveis. 
Comentários: 
O correto seria dizer que gozarão de plenas garantias e serão 
inamovíveis (CF, art. 121 §1º). 
Gabarito: Errado. 
Serviço na justiça eleitoral: 
§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo 
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por 
mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos 
escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria. 
Aplica-se tanto ao TRE quanto ao TSE. 
 
 
 
 
 
 
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Decisões do TSE: 
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior 
Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as 
denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de 
segurança. 
Decisões dos TRE: 
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais 
somente caberá recurso quando: 
I - forem proferidas contra disposição expressa desta 
Constituição ou de lei; 
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou 
mais tribunais eleitorais; 
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de 
diplomas nas eleições federais ou estaduais; 
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos 
eletivos federais ou estaduais; 
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, 
"habeas-data" ou mandado de injunção. 
Estes recursos serão ao TSE, e, segundo o Código Eleitoral, os dois 
primeiros casos acima ensejarão recurso especial e os demais 
ensejarão recurso ordinário. Perceba que quando falamos em recurso 
especial estamos sempre falando de divergências a disposições 
legais. 
11. (FCC/Técnico - TRE - PI/2009) Em regra, são recorríveis 
todas as decisões do Tribunal Superior Eleitoral. 
Comentários: 
A regra é não serem recorríveis, a exceção se faz quando for uma 
decisão que esteja negando o seguimento de um habeas corpus ou 
mandado de segurança, quando então caberá recurso ao STF. 
Gabarito: Errado. 
2 anos ‐ mínimo
4 anos – máximo para permanecer de
forma consecutiva
 
 
 
 
 
 
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12. (FCC/Técnico - TRE - PI/2009) Das decisões dos Tribunais 
Regionais Eleitorais caberá recurso quando anularem diplomas ou 
decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais. 
Comentários: 
Embora a regra seja a irrecorribilidade das decisões dos TRE´s, neste 
caso caberá recurso ao TSE, por expressa permissão do art. 121 §4º, 
IV da Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
13. (CESPE/TRE-MA/2009) Não caberá recurso da decisão do 
TRE que conceder habeas corpus, mandado de segurança, habeas 
data ou mandado de injunção. 
Comentários: 
Questão maldosa. O recurso só caberá da decisão que denegar o 
remédio constitucional. Não caberá recurso se o remédio for 
concedido. É o que dispõe o art. 121 §4º, V da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
14. (FCC/Assessor Jurídico - TCE-PI/2009) Prevê 
expressamente a Constituição Federal que compete aos Tribunais 
Regionais Federais 
a) julgar, em recurso ordinário, causas em que forem partes Estados 
estrangeiros, de um lado, e de outro Município ou pessoa residente 
ou domiciliada no país. 
b) processar e julgar os juízes federais da área de sua jurisdição nos 
crimes comuns e de responsabilidade, excluídos os da Justiça Militar e 
os da Justiça do Trabalho. 
c) julgar os habeas corpus quando a autoridade coatora for juiz 
federal ou órgão fracionário do próprio Tribunal. 
d) processar e julgar conflitos de competência entre juízes estaduais 
e juízes federais vinculados ao próprio Tribunal. 
e) julgar, em grau de recurso, causas decididas pelos juízes estaduais 
no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. 
Comentários: 
O TRF tem poucas competências, vale a pena ler e reler o art. 108. 
Vejamos: 
Letra A - Tá errado! Litígio com Estado estrangeiro ou Organismo 
internacional ter dois caminhos diferentes: 
• Se o litígio for com a União, Estado, o DF ou Território - 
Julgado pelo STF 
 
 
 
 
 
 
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• Se o litígio for com Municípios ou pessoas residentes no país - 
Julgado pelos Juízes Federais, cabendo recurso ordinário ao 
STJ. 
Logo, a competência é do Juiz Federal, não do TRF. 
Letra B - Errado, os crimes excluídos são apenas os eleitorais, os 
crimes militares e do trabalho são incluídos (CF, art. 108, I, a). 
Letra C - Errado, segundo o art. 108, I, d o TRF só julgará habeas 
corpus quando o coator for juiz federal. Não tem essa de "quando o 
coator for órgão fracionário do próprio TRF" (órgão fracionário é 
aquele órgão que não é o pleno, ou seja, são as diversas turmas, 
câmaras e etc. onde se dividem os juízes no "dia-a-dia"). No caso de 
uma coação feita por um órgão do TRF, ainda que fracionário, o 
habeas corpus será julgado pelo STJ (CF, art. 105, I, c). 
Letra D - Errado. Segundo o art. 108, I "e", os TRF vão julgar 
somente os conflitos de competência entre juízes federais vinculados 
ao Tribunal. 
Letra E - Está correta, é o gabarito, isso tá lá no 108, II. Existem 
alguns lugares onde não há juízes federais, então vão ser chamados 
alguns juízes estaduais para atuar na competência da justiça federal. 
Este juiz estadual atuando em competência federal vai ficar sujeito ao 
TRF respectivo, cabendo, assim, a este TRF julgar os recursos contra 
os julgamentos deste juiz estadual em exercício de competência 
federal. 
Gabarito: Letra E. 
15. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos juízes e 
desembargadores é vedado o exercício da advocacia no juízo ou 
tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quarenta dias do 
afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração. 
Comentários: 
Essa disposição sobre aimpossibilidade do exercício da advocacia no 
juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos certo tempo 
do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração, é a 
chamada "quarentena" para os juízes (também aplicável aos 
membros do MP). Porém, esta "quarentena" não é de quarenta dias, 
e sim de 3 anos (CF, art. 96, parágrafo único, V). 
Gabarito: Errado. 
16. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) A chamada 
quarentena para juízes, introduzida na CF pela Emenda Constitucional 
n.º 45/2004, veda ao juiz aposentado o exercício da advocacia no 
 
 
 
 
 
 
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juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do 
afastamento do cargo por aposentadoria. 
Comentários: 
Essa questão cai muito em provas... coloquei essa aqui só para fixar! 
Agora está correto. 
Gabarito: Correto. 
17. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos 
juízes, que ocorre de entrância para entrância, alternadamente, por 
antiguidade e merecimento, é obrigatória para juiz que figure por três 
vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, 
desde que o juiz tenha dois anos de exercício na respectiva entrância 
e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo 
se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por 
outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo 
tais requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além 
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido 
despacho ou decisão. 
Comentários: 
A questão é uma boa revisão, pois traduz com perfeição vários 
princípios do estatuto da magistratura, no que tange a promoção. 
Este conteúdo pode ser encontrado na Constituição Federal, em seu 
art. 93, II. 
Gabarito: Correto. 
 
18. (CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT 
encaminhar projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional cujo 
objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos 
servidores daquele tribunal. 
Comentários: 
Para tal ato, o TRT deverá enviar expediente ao TST, e este sim é que 
deverá encaminhar o projeto ao Congresso, já que o 
encaminhamento, segundo a Constituição, deverá ser feito pelo STF 
ou pelo respectivo tribunal superior, de acordo com o art. 99 §2º, I 
da CF. 
Gabarito: Errado. 
19. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O TJRJ tem autonomia 
administrativa e financeira, devendo elaborar a sua própria proposta 
orçamentária, dentro dos limites estipulados conjuntamente com os 
 
 
 
 
 
 
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outros poderes, na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a 
por meio de seu presidente. 
Comentários: 
A Constituição estabelece no seu art. 99. que ao Poder Judiciário é 
assegurada autonomia administrativa e financeira e depois dispõe no 
§ 1º deste mesmo artigo que os tribunais deverão elaborar suas 
propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias. A última disposição é encontrada no § 2º, II deste 
artigo que diz que o encaminhamento da proposta, ouvidos os outros 
tribunais interessados, compete no âmbito dos Estados e no do 
Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de 
Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. 
Gabarito: Correto. 
20. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um advogado que, em virtude do 
quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de 
justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a 
necessidade de aguardar dois anos de exercício. 
Comentários: 
A questão começa falando do "quinto constitucional". Trata-se 
daquela art. 94 da Constituição: "Um quinto dos lugares dos 
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito 
Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério 
Público, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados de notório 
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva 
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de 
representação das respectivas classes"; "Parágrafo único. Recebidas 
as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder 
Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus 
integrantes para nomeação" 
Esquematizando:
Lista 
SÊXTUPLA, 
formada pelas 
representações 
da classe. 
(6) 
O tribunal 
recebe e 
forma uma 
lista 
TRÍPLICE. 
(3) 
O Poder 
Executivo 
recebe a lista e 
em 20 dias 
escolhe 1. 
(1) 
 
 
 
 
 
 
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Lembrando que no caso de TJ, quem nomeará é o Governador, mas 
no TJDFT SERÁ O PRESIDENTE, pois a cabe à União manter o Poder 
Judiciário do DF. 
Outro ponto abordado pela questão é a vitaliciedade: 
O art. 95 da Constituição diz que os juízes gozam das seguintes 
garantias: 
I. Vitaliciedade: que no primeiro grau, só será adquirida após 2 
ANOS de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse 
período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver 
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada 
em julgado; 
II. Inamovibilidade: salvo por motivo de INTERESSE PÚBLICO, na 
forma do art. 93, VIII. 
III. Irredutibilidade de subsídio: ressalvado as hipóteses 
constitucionais (ultrapassou o teto, efeito cascata e etc.). 
Veja que para adquirir a vitaliciedade o juiz precisa de apenas 2 anos 
de exercício, diferente da estabilidade dos servidores públicos, que é 
adquirida após 3 anos. Antes, era tudo 2 anos, mas a EC 19 
aumentou o prazo para estabilidade e não tocou na vitaliciedade. 
Desta forma, quando vocês forem decorar os prazos de estabilidade, 
quarentena, vitaliciedade... Lembrem-se: A regra é tudo ser 3 anos, 
só que a vitaliciedade é diferente da estabilidade, aí vocês lembrarão: 
Ahhh, a vitaliciedade é só 2 anos!!! ok? 
Agora entra um fato curioso: vamos relacionar a vitaliciedade com o 
quinto constitucional. 
A Constituição estabelece que: "no primeiro grau" a vitaliciedade só 
será adquirida após 2 ANOS de exercício - Ora, o advogado ou 
membro do MP que entrar pelo quinto constitucional não entrará no 
primeiro grau, mas direto no segundo grau. Então, o posicionamento 
doutrinário e jurisprudencial sobre o tema, é que eles adquirem a 
vitaliciedade automaticamente...Isso mesmo!!! 
Gabarito: Correto. 
21. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A prática de atos jurisdicionais 
de mero expediente é indelegável, a exemplo dos atos decisórios, por 
serem eles inerentes à atividade judicante. 
Comentários: 
Segundo a Constituição em seu art. 92, XIV, os servidores receberão 
delegação para a prática de atos de administração e atos de mero 
expediente sem caráter decisório. Assim, é delegável tal função. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
 
 
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22. (CESGRANRIO/Advogado-BNDES/2004) No âmbito do 
Poder Judiciário, para que um tribunal possa constituir órgão especial 
para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da 
competência do tribunal pleno, por quantos julgadores, no mínimo, 
deve ser composto? 
(A) 21 (vinte e um). 
(B) 26 (vinte e seis). 
(C) 31 (trinta e um). 
(D) 36 (trinta e seis). 
(E) 41 (quarenta e um). 
Comentários: 
Quando um Tribunal "nasce" e começa a fazer suas funções, ele tem 
um certo número de juízes que são o suficiente para suprir a 
demanda. 
Conforme a demanda aumenta, deve também aumentaro número de 
juízes. Acontece que chega um momento que fica muito difícil 
continuar a trabalhar, sempre tendo que reunir todo o tribunal para 
votar alguns projetos. Imagine reunir 100 juízes para que se possa 
decidir pela constitucionalidade de uma lei. 
Então, a Constituição permite (art. 93, XI), que nos tribunais com 
número superior a 25 julgadores, poderá ser constituído órgão 
especial (OE), com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros. 
Assim o OE absorve as funções que antes eram exclusivas do pleno 
(reunião da totalidade dos membros) para que consigam dar maior 
celeridade aos processos. 
Assim, o gabarito da questão é letra B, pois somente após 25 
membros (pelo menos 26) é que a Constituição permite que se crie 
um OE. 
23. (CESPE/PGE-AL/2008) Ainda há muitas discussões nos 
tribunais pátrios acerca da cláusula constitucional de reserva de 
plenário. Ainda prevalece o entendimento de que não há violação a 
essa cláusula quando a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta 
a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em 
parte, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade. 
Comentários: 
Cláusula da reserva de plenário é o estabelecido no art. 97 da 
Constituição. Ou seja, para que um TRIBUNAL (não vale para juízos, 
apenas para os tribunais) declare uma lei como inconstitucional, ele 
só poderá fazer isso através de seu pleno, ou então de seu órgão 
 
 
 
 
 
 
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especial. Além disso, depende ainda da maioria absoluta dos votos do 
referido pleno ou órgão especial (OE). 
Sempre foi então pacífico que os órgãos fracionários não poderiam 
declarar a inconstitucionalidade de leis, somente o pleno ou OE, o 
que não era pacífico é se os órgãos fracionários poderiam "afastar a 
aplicação da lei" ao referido caso. Ou seja, eles não iriam declarar a 
inconstitucionalidade da lei, mas afastariam a sua aplicação àquele 
referido caso. 
Pacificou então o STF através da súmula vinculante de nº10: a 
decisão de órgão fracionário de tribunal que afasta a 
incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo 
ou em parte, ainda que sem declarar expressamente a sua 
inconstitucionalidade, viola a Constituição. 
Desta forma, trata-se de entendimento pacífico e sumulado. 
Gabarito: Errado. 
24. (CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF 
submete-se a regime de direito estrito, não comportando a 
possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites 
fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa. 
Comentários: 
Segundo o STF (Pet 3087 AgR/DF) a competência originária do STF 
submete-se a regime de direito restrito, consistindo em um complexo 
de competências dispostos em relação "numerus clausus" - rol 
taxativo. 
Gabarito: Correto. 
25. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O litígio entre Estado 
estrangeiro ou organismo internacional e a União, o estado, o Distrito 
Federal (DF) ou território será julgado pelo Superior Tribunal de 
Justiça (STJ). 
Comentários: 
Neste caso o competente será originariamente o STF, através da 
atribuição conferida pelo art. 102, I, "o" da Constituição. 
Atenção!!! 
Sempre que aparecerem questões sobre a competência para julgar 
conflito envolvendo organismo estrangeiro, deve-se seguir a regra: 
• Conflito com a União, Estados, DF ou TF Æ STF; 
• Conflito com Município ou pessoa domiciliada no Brasil Æ
Juiz Federal podendo chegar ao STJ por rec. ordinário; 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: Errado. 
26. (CESPE/FINEP/2009) Cabe ao Supremo Tribunal Federal 
(STF) processar e julgar o presidente da República por crime comum, 
havendo perpetuação dessa competência quando cessar o mandato, 
circunstância que não acarreta a remessa dos autos à justiça de 1.º 
grau. 
Comentários: 
Nas palavras do Supremo em diversos julgados: "...Depois de 
cessado o exercício da função, não deve manter-se o foro por 
prerrogativa de função, porque cessada a investidura a que essa 
prerrogativa é inerente, deve esta cessar por não tê-la estendido 
mais além a própria Constituição. (...) declara-se a incompetência 
desta Corte para prosseguir no processamento deste inquérito, 
determinando-se a remessa dos autos à Justiça (...) de 1º grau. 
Gabarito: Errado. 
27. (CESGRANRIO/Oficial de Justiça-TJ/RO/2008) O órgão 
competente para julgar conflito de competência entre o Superior 
Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) é o: 
(A) Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 
(B) Supremo Tribunal Federal (STF). 
(C) Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
(D) Tribunal Superior do Trabalho (TST). 
(E) Tribunal Regional Federal (TRF). 
Comentários: 
Conflito de competências ocorre sempre que dois órgãos do Poder 
Judiciário alegam que são os competentes para uma certa causa, ou 
ambos alegam que são incompetentes para julgar tal causa. 
Geralmente devido à questões de jurisdição territorial ou devido a 
matéria objeto da causa. 
Assim, caberá a uma autoridade "superior" a eles decidir quem será o 
competente. Como a questão trata de Tribunais Superiores, somente 
o STF é que poderá dirimir este conflito de competência. 
• Quando falar em conflito de "competência" = "briga" entre 
órgãos do Judiciário: 
- Se entre tribunais superiores, a competência é do STF 
- Se entre tribunais de segundo grau, competência do STJ. 
 
 
 
 
 
 
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• Quando falar em conflitos de "atribuições" = "briga" entre 
autoridades administrativas X autoridade judiciárias de entes 
diversos. Neste caso, o competente é o STJ. 
• Quando falar em conflito entre União X Estado, Estado X 
Estado, ou Estado X DF = conflito federativo, o competente é 
o STF. 
Gabarito da questão é a letra B. 
28. (CESPE/Procurador-AGU/2010) O STF reconhece sua 
competência originária para julgar ação judicial tendo como partes 
entidade da administração indireta federal, de um lado, e estado-
membro, de outro, na hipótese de discussão acerca de imunidade 
recíproca. 
Comentários: 
O art. 102, I, f da Constituição diz que o STF é o competente para 
processar e julgar as causas e os conflitos entre a União e os Estados, 
a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as 
respectivas entidades da administração indireta. 
Em relação a este dispositivo, o STF tem um entendimento, bem 
interessante. Segundo o Supremo, tal dispositivo autoriza o tribunal a 
conhecer originariamente de causas que estejam "colocando em 
xeque" o pacto federativo. Assim, o conflito entre uma autarquia 
federal e um Estado-membro pode ter 2 caminhos: 
• Competência originária do STF - Se colocar em risco o pacto 
federativo. 
• Competência da Justiça Federal - Se não colocar em risco o 
pacto federativo. 
Na Jurisprudência do tribunal, a imunidade recíproca (imunidade que 
impede a tributação através de impostos de forma recíproca entre os 
entes da federação) é uma questão essencial ao pacto federativo, 
assim, o gabarito da questão é: correto. 
29. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete ao STJ julgar as 
causas e os conflitos entre a União e os estados, a União e o DF, ou 
entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da 
administração indireta. 
Comentários: 
Como vimos, os conflitos federativos, conforme o disposto no 
enunciado, são julgados pelo STF (CF, art. 102, I, "f"). 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
 
 
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www.pontodosconcursos.com.br30. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete ao STF julgar 
mandado de segurança contra ato ilegal e abusivo praticado pelo 
CNJ. 
Comentários: 
A Constituição (CF, art. 102, I, r) estabelece que competirá ao STF 
processar e julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e 
contra o Conselho Nacional do Ministério Público. Desta forma está 
correto o enunciado. 
Gabarito: Correto. 
31. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) São 
de competência originária dos Tribunais Regionais Federais os 
julgamentos de: 
a) mandados de segurança contra ato do próprio Tribunal. 
b) membros do Ministério Público da União que oficiem perante 
tribunais. 
c) ações contra o Conselho Nacional de Justiça. 
d) extradições solicitadas por Estado estrangeiro. 
e) conflitos entre a União e os Estados. 
Comentários: 
Letra A - Correto. Foi o entendimento do Supremo que o levou a 
editar a sua Súmula nº 624: Não compete ao STF conhecer 
originariamente o mandado se segurança contra atos de outros 
tribunais. Assim, decidiu-se que a competência para apreciar o 
mandado de segurança contra atos e omissões de tribunais seria do 
próprio tribunal. 
Letra B - Errado. A regra para julgar os membros do MP é simples: 
Regra - quem julga os membros do MP são os Tribunais: 
Se for membro do MP Estadual - TJ 
Se for membro do MP da União - TRF 
Agora: Se esses membros do MPU oficiarem perante Tribunais o 
julgamento "sobe um nível" ou seja: 
Membro do MPU que oficie perante tribunal - STJ 
Resta agora apenas 1 caso, o do PGR. O PGR é o chefe do MPU! o que 
vimos sobre o julgamento da mais alta cúpula da administração? 
Crimes de responsabilidade - Senado; 
Crimes comuns - STF. 
 
 
 
 
 
 
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Assim a letra B está errada, já que se o membro do MPU estiver 
oficiando perante tribunais, ele será julgado pelo STJ e não pelo TRF. 
OBS 1 - quem julga o crime de responsabilidade de Deputados e 
Senadores é a própria casa legislativa de cada um - Senado julga o 
Senador e Câmara julga o Deputado. 
OBS 2 - Crime de reponsabilidade do Governador é julgado pela 
Assembléia Legislativa. 
OBS 3 - O prefeito é julgado pelos crimes comuns pelo Tribunal de 
Justiça. 
Letra C - Errado. O CNJ é um órgão atua administrativamente 
vinculando quase todo o Judiciário, ele "obedece" somente ao STF. 
Assim, só é o STF que julga as ações contra o CNJ e contra o CNMP 
(conselho nacional do Ministério Público). 
Letra D - Errado. Essa é atribuição do STF. Aproveito aqui para deixar 
uma observação: 
Com a EC 45/04, a competência para homologar as sentenças 
estrangeiras e conceder o exequatur (cumpra-se) às cartas rogatórias 
passou do STF para o STJ. 
Assim, quando uma autoridade estrangeira condenar alguém ou pedir 
o cumprimento de algo, será o STJ que irá homologar a sentença e 
expedir o "cumpra-se" do pedido. ATENÇÃO - QUEM É RESPONSÁVEL 
POR EFETIVAMENTE CUMPRIR (processar e julgar) É O JUIZ 
FEDERAL, o STJ apenas homologa e concede o exequatur. 
Essa observação que fiz acima é muito cobrada em concursos! 
Letra E - Errado. Sempre que houver um conflito federativo, será 
competência do STF. 
Gabarito: Letra A. 
 
 
 
 
 
 
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32. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Compete ao STJ proceder à 
homologação de sentença estrangeira. 
Comentários: 
Como vimos, tal competência, que antes era do STF, passou com a 
EC 45 ao STJ, juntamente com a competência para conceder o 
exequatur às cartas rogatórias. 
Gabarito: Correto. 
33. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe 
processar e julgar, originariamente, 
a) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de 
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica ou do próprio Tribunal. 
b) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o 
Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas 
entidades da administração indireta. 
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for Governador de 
Estado, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, 
Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da 
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
d) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do 
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória. 
e) os mandados de segurança decididos em única instância pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do 
Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão. 
Comentários: 
Questão bem interessante que dá para tirarmos muitos aprendizados 
e macetes. 
Letra A - Os comandantes das Forças Armadas (FFAA) antigamente 
eram Ministros, assim, eles possuem praticamente as mesmas 
prerrogativas constitucionais dos Ministros de Estado. 
Dica: Os Ministros (incluo aqui os comandantes das FFAA),assim 
como qualquer pessoa, podem praticar atos (chamarei de coator) ou 
sofrer atos (chamarei de paciente). Assim, a competência para 
julgamentos será da seguinte maneira: 
Se coator - STJ 
Se paciente -STF 
Como a questão fala "contra ato do Ministro", ele foi coator, logo será 
o STJ e não o STF. 
 
 
 
 
 
 
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Letra B - Correto. Já vimos na questão anterior que sempre que falar 
em conflito federativo, o competente para resolver será o STF. 
Letra C - Errado. Ministro coator = STJ! 
Letra D - Errado. 
Recurso contra remédio constitucional denegado por Tribunais 
de 2º grau = STJ. 
Recurso contra remédio constitucional denegado por Tribunais 
Superiores = STF. 
Letra E - Errado. Idem à letra D. 
Gabarito: Letra B. 
34. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ 
processar e julgar originalmente os mandados de segurança contra 
ato dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do 
próprio tribunal. 
Comentários: 
Teor do mandamento constitucional (CF, art. 105, I, "c"). 
Facilmente resolvida seguindo o macete que propus: "Em se tratando 
de Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas - sempre 
que se falar em “paciente” Æ STF, sempre que se falar em “coator” 
(contra atos) Æ STJ". 
Gabarito: Correto. 
35. (CESGRANRIO/Petrobrás/2008) Sobre a súmula vinculante, 
criada pela Emenda Constitucional nº 45/2004 ( Reforma do Poder 
Judiciário ), assinale a afirmativa correta. 
a) Da decisão judicial que contrariar uma súmula vinculante, em 
qualquer grau de jurisdição, caberá recurso extraordinário ao STF. 
b) A súmula vinculante trata apenas de questões constitucionais e 
somente poderá ser editada após reiteradas decisões do STF, todas 
no mesmo sentido. 
c) O efeito vinculante atinge apenas os órgãos do Poder Judiciário. 
d) O STF pode anular um ato administrativo federal contrário a uma 
súmula vinculante e determinar que outro seja editado, agora com a 
devida aplicação da súmula. 
e) O STF só pode editar uma súmula vinculante se for provocado por 
aqueles órgãos e entidades que podem ajuizar a ação direta de 
inconstitucionalidade ( art. 103, CRFB ), mas pode, de ofício, 
proceder à sua revisão ou cancelamento. 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: 
A súmula vinculante foi uma novidade trazida pela EC 45/04. Agora, 
o STF nãoprecisa mais pedir que o Senado suspenda a norma que 
ele declarou inconstitucional no caso concreto para que os efeitos 
sejam alcançados para todos. Assim, basta após reiteradas decisões, 
editar uma súmula vinculante. 
O nome vinculante é devido ao fato de se tornar obrigatória (vincular) 
para os demais órgãos do Poder Judiciário e do Poder Executivo, que 
não poderão mais fazer nada que contrarie o disposto na súmula. 
Caso a súmula não seja cumprida por algum destes órgãos, qualquer 
cidadão poderá usar a "reclamação" perante o Supremo. 
Assim dispõe o art. 103-A da CF: 
O STF poderá, após reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, aprovar súmula (também poderá revê-la ou 
cancelá-la), de ofício ou por provocação, mediante decisão 
de 2/3 dos seus membros; 
Observe os requisitos:
- Precisa de reiteradas decisões sobre matéria constitucional; 
- Pode ser de ofício ou por provocação; 
- Precisa de decisão de 2/3 dos seus membros. 
Efeitos:
Art. 103-A (Continuação do caput) A partir de sua 
publicação na imprensa oficial terá efeito vinculante em 
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, 
estadual e municipal. 
Estes efeitos alcançados pela súmula vinculante, são os mesmos 
efeitos da decisão proferida em uma ADI ou ADC. 
(Lei 11.417/06) Æ Essa publicação se fará no prazo de 10 dias 
após a sessão em que editar, rever ou cancelar enunciado da súmula 
em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. 
Objetivo do enunciado da súmula vinculante: 
§ 1º - A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação 
e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja 
controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e 
a administração pública que acarrete grave insegurança 
jurídica e relevante multiplicação de processos sobre 
questão idêntica. 
 
 
 
 
 
 
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Legitimação ativa:
§ 2º - Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a 
aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser 
provocada por aqueles que podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade. 
Segundo a Lei 11.417/06, são legitimados a propor a edição, a 
revisão ou o cancelamento: 
ƒ Todos os legitimados da ADIN; 
ƒ O Defensor Público-Geral da União; 
ƒ Qualquer Tribunal (T. Sup., TJ ‘s, TRF ‘s, TRT ‘s, TRE ‘s e 
os Tribunais Militares). 
ƒ O Município Æ mas apenas incidentalmente ao curso de 
processo em que seja parte, o que não autoriza a 
suspensão do processo. 
Reclamação: 
§ 3º - Caberá reclamação ao STF do ato administrativo ou 
decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que 
indevidamente a aplicar. Se o STF julgá-la procedente, 
anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial 
reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou 
sem a aplicação da súmula, conforme o caso. 
(Lei 11.417/06) Æ Contra omissão ou ato da administração pública, 
o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias 
administrativas. 
(STF - SÚMULA Nº 734) Æ Não cabe reclamação quando já houver 
transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado 
decisão do STF. 
Comentários sobre a questão: 
Letra A - Errado. A via de impugnação será a reclamação e não o R. 
Extraordinário. 
Letra B - Correto. A súmula, que é na verdade a consolidação de uma 
jurisprudência, só pode ser editada após reiteradas decisões neste 
sentido. 
Letra C - Errado. Atinge aos demais órgãos do Poder Judiciário (não 
atinge o próprio STF) e à administração pública direta e indireta, nas 
esferas federal, estadual e municipal. 
 
 
 
 
 
 
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Letra D - Errado. Realmente o STF pode anular um ato administrativo 
federal contrário a uma súmula vinculante, mas não poderá 
determinar que outro seja editado, pois iria ferir o princípio da 
independência entre os Poderes. 
Letra E - Errado. Vimos que segundo a lei 11.417/06, são legitimados 
a propor a edição, a revisão ou o cancelamento: 
ƒ Todos os legitimados da ADIN; 
ƒ O Defensor Público-Geral da União; 
ƒ Qualquer Tribunal (T. Sup., TJ ‘s, TRF ‘s, TRT ‘s, TRE ‘s e 
os Tribunais Militares). 
ƒ O Município Æ mas apenas incidentalmente ao curso de 
processo em que seja parte, o que não autoriza a 
suspensão do processo. 
Gabarito: Letra B. 
36. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O enunciado de 
súmula vinculante editado pelo STF, mediante decisão de dois terços 
de seus membros, terá efeito vinculante em relação aos demais 
órgãos do Poder Judiciário, mas não vinculará o próprio STF nem a 
administração pública. 
Comentários: 
É correto dizer que não vinculará o próprio STF, porém, vinculará sim 
a administração pública, seja ela direta ou indireta, de qualquer das 
esferas de governo, vide art. 103-A CF. 
Gabarito: Errado. 
37. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ poderá, de ofício 
ou por provocação, mediante decisão de dois terços de seus 
membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, 
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, 
terá efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e às 
administrações públicas direta e indireta, nas esferas federal, 
estadual e municipal, bem como proceder a sua revisão ou 
cancelamento, na forma estabelecida em lei. 
Comentários: 
A súmula vinculante é de edição privativa do STF (CF, art. 103-A). 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
 
 
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38. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF 
com efeito vinculante pode ser aprovada mediante decisão da maioria 
absoluta dos seus membros. 
Comentários: 
A Constituição exige o quórum de 2/3 dos membros. 
Gabarito: Errado. 
39. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF 
com efeito vinculante não pode ser revista ou cancelada de ofício pelo 
próprio STF. 
Comentários: 
Como vimos, a súmula pode ser aprovada, revista ou cancelada, de 
ofício ou por provocação (CF, art. 103-A). 
Gabarito: Errado. 
40. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) Contra decisão 
judicial que tenha contrariado súmula vinculante aplicável a caso 
concreto cabe reclamação ao CNJ. 
Comentários: 
A reclamação deve ser dirigida ao STF (CF, art. 103-A, §3º). 
Gabarito: Errado. 
41. (CESPE/AJAA-STF/2008) A Emenda Constitucional n.º 
45/2004 introduziu a súmula vinculante no direito brasileiro. Para ter 
o efeito vinculante, a súmula deve ser aprovada por quorum 
qualificado de dois terços dos ministros do STF. 
Comentários: 
Perfeito, não é pessoal? Essa foi só para fixar de vez... 
Gabarito: Correto. 
42. (CESGRANRIO/Advogado-BNDES/2004) O recurso especial 
tem a função de: 
(A) manter a autoridade e unidade da lei federal. 
(B) tutelar a autoridade e integridade da lei magna federal. 
(C) uniformizar a jurisprudência das diferentes câmaras ou turmas de 
um mesmo tribunal. 
(D) reexaminar acórdão não unânime proferido por outro tribunal. 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: 
Um tribunal tem 2 tipos de competência, a competência originária - 
aquelas que tem origem diretamente no tribunal, e a competência 
recursal, aquela que se iniciou em outro órgão e chegou ali através 
de um recurso. 
Bom, geralmente os recursos são ordinários, seguem a ordem normal 
das coisas... 
Há, porém, 2 recursos "diferenciados": O recurso especial ao STJ e o 
recursoextraordinário ao STF. 
O STF é o guardião da Constituição, assim, deverá julgar em R.Ex. 
todas as causas decididas por tribunais em que a decisão tenha 
"contrariado" a constituição federal ou tenha decidido pela 
permanência de uma lei em face da Constituição. Por ex. Julgou que 
uma lei é válida face a CF - A lei "brigou" com a Constituição e o 
tribunal decidiu que a lei é válida = manda para o STF analisar. Se o 
tribunal decidisse que a lei era inconstitucional, nem caberia recurso, 
pois prevaleceu a CF sobre a lei. 
Assim o art. 102, III da Constituição diz que cabe ao Supremo julgar, 
mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou 
última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei 
federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em 
face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
(EC 45/04). 
As alíneas "a" e "c", como eu dito, trata do Supremo como guardião 
da Constituição. Ele também atua na forma da alínea "b" em favor da 
preservação do ordenamento infraconstitucional federal. 
A alínea "d" foi incluída pela EC 45, antes dela, esta competência 
pertencia ao STJ, mediante recurso especial, assim a redação do art. 
105, III, b dizia ser o STJ competente para decidir o recurso da 
decisão que julgasse válida lei ou ato de governo local contestado em 
face de lei federal. A partir da EC 45, passou-se a entender que no 
conflito "lei fedeal X lei local" estaria ocorrendo um conflito 
federativo, pois estavam se chocando leis de ordenamentos jurídicos 
autônomos, desta forma, caberia então ao STF decidir a controvérsia, 
continuando no âmbito do STJ apenas o conflito "ato de governo local 
X lei federal". 
Assim como o STF é o guardião da Constituição, o STJ é o guardião 
do ordenamento "infraconstitucional", fazendo com que as leis 
federais prevaleçam e uniformizando a sua jurisprudência. 
 
 
 
 
 
 
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Assim o art. 105, III da Constituição diz que cabe ao STJ julgar, em 
recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do 
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes 
vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face 
de lei federal (EC 45/04). 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe 
haja atribuído outro tribunal. 
Percebe-se claramente pelas alíneas "a" e "b", o STJ como guardião 
do ordenamento federal infraconstitucional, e segundo a alínea "c", a 
ele caberá uniformizar a aplicação das leis federais. 
Lembrando que: 
ATO local X Lei Federal = R. Esp. no STJ. 
LEI local x Lei Federal = Conflito federativo = R.Ex no Supremo. 
Assim, o gabarito da questão é a letra A. Já que: 
Letra B - Competência do Supremo 
Letra C - Uniformiza entre os diversos tribunais, não dentro de um 
mesmo tribunal. 
Letra D - Viajou completamente... 
43. (CESPE/FINEP/2009) Compete ao Superior Tribunal de 
Justiça (STJ) julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância pelos tribunais regionais 
federais ou pelos tribunais dos estados, do Distrito Federal e 
territórios, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei 
federal. 
Comentários: 
Recurso extraordinário é recurso privativo do STF, o STJ possui como 
recurso privativo o recurso especial, e não o recurso extraordinário. 
Gabarito: Errado. 
44. (CESPE/ANAC/2009) Compete ao Superior Tribunal de 
Justiça processar e julgar, originariamente, as revisões criminais e as 
ações rescisórias de julgados dos tribunais regionais federais. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Cada tribunal julga as ações rescisórias e as revisões criminais de 
seus próprios julgados. Compete então ao próprio TRF esse 
julgamento e não ao STJ. 
Gabarito: Errado. 
45. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) O controle da 
atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do 
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes é competência 
constitucionalmente atribuída ao: 
a) Tribunal de Contas da União. 
b) Supremo Tribunal Federal. 
c) Superior Tribunal de Justiça. 
d) Conselho Nacional de Justiça. 
e) Conselho da Justiça Federal. 
Comentários: 
Quem poderia confundir na questão era o Conselho da Justiça 
Federal. Este é um órgão a quem cabe, segundo a CF art. 105, II, 
exercer a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça 
FEDERAL de PRIMEIRO e SEGUNDO graus, como órgão central do 
sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter 
vinculante. 
Porém, A resposta certa é o Conselho Nacional de Justiça. O CNJ é 
um órgão atua administrativamente, controlando administrativa e 
financeiramente o Poder Judiciário e o fazendo cumprir os deveres 
funcionais dos juízes. (CF, art. 103-B, §4º). 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: Letra D. 
46. (CESPE/PGE-AL/2008) Junto ao STF funciona o Conselho da 
Justiça Federal, cuja função é exercer, na forma da lei, a supervisão 
administrativa e orçamentária da justiça federal de primeiro e 
segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes 
correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. 
Comentários: 
Tal conselho funciona junto ao STJ, nos termos da Constituição em 
seu art. 105, parágrafo único, II. 
Gabarito: Errado. 
47. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O CNJ é composto apenas por 
membros do Poder Judiciário e tem competência, entre outras, para 
exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder 
Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Em sua atual formação, após a EC 61/09, além de membros do 
Judiciário, o CNJ deve ser integrado por 1 membro do MPU, 1 
membro de MPE, 2 advogados e 2 cidadãos. Assim, o erro da questão 
encontra-se logo no seu início ao dizer que o "CNJ é composto apenas 
por membros do Poder Judiciário". 
Esquematizando:
ƒ O presidente do STF Æ presidirá também o CNJ 
ƒ O STF indica 
 
ƒ O STJ indica 
ƒ O TST indica 
ƒ O PGR 
ƒ O Conselho Federal da OAB indica 2 advogados; 
ƒ Cada uma das Casas Legislativas indica 1 cidadão, de notável 
saber jurídico e reputação ilibada (formando um total de 2 cidadãos); 
Gabarito: Errado. 
48. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os membros do CNJ são 
julgados por crime de responsabilidade no STF. 
Comentários: 
Como se trata de um órgão de cúpula, serão julgados pelo Senado 
(CF, art. 52, II). 
Gabarito: Errado. 
49. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Compete ao CNJ exercer 
o controle externo da atividade policial. 
Comentários: 
Esta é uma função do Ministério Público (CF, art. 129, VII). 
1 Desembargador de TJ; 
1 Juiz estadual;
1 Ministro do próprio STJ; Æ Função de Ministro-Corregedor 
1 Juiz de TRF; 
1 Juiz federal; 
1 Ministro do próprio TST; 
1 Juiz de TRT; 
1 Juiz do trabalho;
Indica 1 membro do MPU; 
Escolhe 1 membro do MPE dentre os nomes indicados pelo órgão 
competente de cada instituição estadual; 
 
 
 
 
 
 
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www.pontodosconcursos.com.brGabarito: Errado. 
50. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Cabe ao presidente do 
CNJ receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos 
do Poder Judiciário, até mesmo contra seus serviços auxiliares, 
serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro 
que atuem por delegação do poder público ou oficializados,sem 
prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, 
podendo, após aprovação da maioria dos conselheiros, promover a 
ação penal contra os responsáveis. 
Comentários: 
Se observarmos o que a Constituição estabelece em seu art. 103-B, 
III, vemos que compete ao CNJ receber e conhecer das 
reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive 
contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de 
serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder 
público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e 
correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em 
curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria 
com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e 
aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa. 
Assim, não é previsto a competência para promover ação penal 
contra os responsáveis, função esta que caberá ao Ministério Público. 
Gabarito: Errado. 
51. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) O Conselho Nacional 
de Justiça exerce função jurisdicional em todo o território nacional. 
Comentários: 
A função do CNJ não é jurisdicional e sim administrativa, fiscalizadora 
e correicional. 
Importante destaca uma recentíssima decisão do STF, que ratifica a 
sua jurisprudência: Segundo o STF, embora o CNJ esteja incluído na 
estrutura constitucional do Poder Judiciário, sua natureza é 
meramente administrativa. Desta forma, o CNJ, sob pena de 
extrapolar suas competências, não pode interferir em atos de 
conteúdo jurisdicional emanados de quaisquer magistrados ou de 
Tribunais. Ainda que em análise de deliberações administrativas, se 
elas estiverem impregnadas de conteúdo jurisdicional não caberá ao 
CNJ o apreço, já que o órgão não é capaz de interferir no 
desempenho da função típica do Poder Judiciário1. 
Gabarito: Errado. 
1STF, MS 28598 AgR‐MC/DF, rel. Min. Celso de Mello, 14/10/2010 ‐ Informativo. 604.
 
 
 
 
 
 
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Funções Essenciais à Justiça 
Conceito e Funções institucionais do MP: 
Assim estabelece a Constituição: 
Conceito 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, 
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a 
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Princípios Institucionais do Ministério Público 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a 
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
Autonomia funcional e administrativa 
§ 2º - Ao Ministério Público é assegurada autonomia 
funcional e administrativa, podendo, observado o disposto 
no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção 
de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por 
concurso público de provas ou de provas e títulos, a política 
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre 
sua organização e funcionamento. (Redação dada pela EC 
19/98) (O art. 169 refere-se aos limites de despesa com 
pessoal). 
Orçamento do Ministério Público 
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias. 
§ 4º - Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva 
proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei 
de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, 
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, 
os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados 
de acordo com os limites estipulados na forma do §3º. 
(Incluído pela EC 45/04) 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for 
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na 
forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes 
necessários para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual. (Incluído pela EC 45/04) 
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não 
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de 
 
 
 
 
 
 
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obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente 
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares 
ou especiais. (Incluído pela EC 45/04) 
Abrangência do MP 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
I - o Ministério Público da União, que compreende: 
a) o Ministério Público Federal; 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
c) o Ministério Público Militar; 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
II - os Ministérios Públicos dos Estados. 
Funções Institucionais do Ministério Público 
(Não é um rol taxativo, pois a CF estabelece, no inciso IX, 
que cabe ao MP exercer outras funções que lhe forem conferidas, 
desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada: 
• A representação judicial; e 
• A consultoria jurídica de entidades públicas. 
Estas funções são dos Advogados da União e dos 
Procuradores dos Estado/ DF, e não do MP, que é na verdade o 
“fiscal da lei”, e não advogado). 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na 
forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos 
serviços de relevância pública aos direitos assegurados 
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a 
sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e 
de outros interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou 
representação para fins de intervenção da União e dos 
Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das 
populações indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos 
de sua competência, requisitando informações e 
 
 
 
 
 
 
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documentos para instruí-los, na forma da lei complementar 
respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na 
forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração 
de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de 
suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde 
que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a 
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades 
públicas. 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis 
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas 
mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e 
na lei. 
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser 
exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na 
comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe 
da instituição. (Redação dada pela EC 45/04 que abriu a 
possibilidade de autorização do chefe da instituição para a 
relativizar a necessidade de residência na comarca de 
lotação) 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á 
mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em suarealização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 
três anos de atividade jurídica e observando-se, nas 
nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela 
EC 45/04 que incluiu, tal como ocorreu para os Juízes, a 
necessidade de prática jurídica de 3 anos) 
Organizando: 
• concurso público de provas e títulos, assegurada a 
participação da OAB em sua realização; 
• bacharelado em direito; 
• no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e 
• observância da ordem de classificação nas nomeações. 
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o 
disposto no art. 93. (Redação dada pela EC 45/04) 
(Art. 93 dispõe sobre o "Estatuto da Magistratura") 
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será 
imediata. (Incluído pela EC 45/04) 
 
 
 
 
 
 
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Ministério Público junto aos Tribunais de Contas 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção 
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. (No 
entendimento do STF, o Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas é instituição distinta do Ministério 
Público). 
Baseado nisso, surgem as principais questões, vejamos: 
52. (FCC/Técnico-MPE-RS/2008) O Ministério Público é 
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, 
dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis. 
Comentários: 
A questão trouxe o teor do art. 127, que nos mostra o conceito do 
Ministério Público, instituição que atua em nosso sistema jurídico 
como fiscal da lei e protetor dos interesses da sociedade. Interesses 
individuais indisponíveis são aqueles que não podem ser renunciados 
pela pessoa, como direito à vida, à saúde, à moradia, à educação, ao 
laser, à cidadania, dentre outros. 
Gabarito: Correto. 
53. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado 
brasileiro, a CF estabeleceu que o Ministério Público é instituição 
permanente, essencial à justiça, à qual compete representar a União, 
judicial e extrajudicialmente. 
Comentários: 
Quem representa a União, judicial e extrajudicialmente, é a advocacia 
geral da União e não o Ministério Público (CF, art. 131). Inclusive a 
Constituição estabelece no art. 129, IX, que é vedado aos membros 
do MP a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades 
públicas. 
Gabarito: Errado. 
54. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público junto ao Tribunal de 
Contas do Distrito Federal integra o Ministério Público do Distrito 
Federal e Territórios. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Segundo o STF, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas é 
instituição distinta do Ministério Público. 
Gabarito: Errado. 
55. (FCC/Técnico-MPE-RS/2008) São princípios institucionais do 
Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência 
funcional. 
Comentários: 
Literalidade do art. 127, §1º da Constituição, que nos traz os 3 
princípios básicos da instituição "Ministério Público": 
• Unidade → Cada MP (MPU,MPE) integra um único órgão, sob 
chefia única de seu procurador–geral. 
• Indivisibilidade → Dentro de cada MP, os membros poderão, 
sem arbitrariedades, ser substituídos uns pelos outros, não há 
divisibilidade de seus membros. 
• Independência funcional → Não existe vinculação dos órgãos 
do MP a pronunciamentos processuais anteriores de outros membros 
que o antecederam. 
Gabarito: Correto. 
56. (ESAF/MPU/2004) O princípio da independência funcional 
significa, entre outras considerações, que cada membro e cada órgão 
do Ministério Público gozam de independência para exercer suas 
funções em face dos outros membros e órgãos da mesma instituição. 
Comentários: 
O pronunciamento processual de um membro feito anteriormente não 
vinculará a atuação do outro. 
Gabarito: Correto. 
57. (ESAF/MPU/2004) Pelo princípio da unidade, todo e qualquer 
membro do Ministério Público pode exercer quaisquer das atribuições 
previstas na legislação constitucional e infraconstitucional. 
Comentários: 
Isto seria relacionado com o princípio da “indivisibilidade”. 
Gabarito: Errado. 
58. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Segundo a CF, o MP 
brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos estados e do 
DF. 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: 
Segundo a Constituição em seu art. 128. O Ministério Público abrange 
o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério 
Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério 
Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. 
E ainda os Ministérios Públicos dos Estados. 
Assim: 
Ministério Público= MPE + MPU 
Gabarito: Errado. 
59. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O Ministério Público abrange 
o Ministério Público da União e os ministérios públicos estaduais e do 
DF e territórios. 
Comentários: 
Aqui jogou-se com a literalidade: Ministério Público = a MPU + MPE. 
O MPDFT (Distrito Federal e Territórios) está compreendido pelo MPU 
(CF, art. 128, I). 
Gabarito: Errado. 
60. (FCC/Técnico-MPE-RS/2008) O Ministério Público está 
financeiramente subordinado à Secretaria de Estado da Justiça, à 
qual apresentará a sua proposta orçamentária, após ter sido 
aprovada pelo Colégio de Procuradores de Justiça e pelo Conselho 
Superior do Ministério Público. 
Comentários: 
O MP é financeiramente autônomo, pois segundo o art. 127 § 2º da 
Constituição, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional 
e administrativa, podendo, observado os limites de despesa, propor 
diretamente ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos 
e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira. 
No que tange à proposta orçamentária, também caberá ao MP levar o 
pleito ao Executivo, observados os dispositivos constitucionais 
estabelecidos no art. 127, §§ 3º ao 6º. 
Gabarito: Errado. 
Ministério Público Federal; 
Ministério Público do Trabalho; 
Ministério Público Militar; 
Ministério Público do DF/TF. 
 
 
 
 
 
 
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61. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O MP, apesar de dotado 
de autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Comentários: 
A Constituição expressamente ordena, em seu art. 127 §3º que o 
Ministério Público elabore sua proposta orçamentária dentro dos 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias 
Gabarito: Errado. 
62. (ESAF/TCU/2006) A Constituição autoriza o Poder Executivo 
a, unilateralmente, ajustar a proposta orçamentária do Ministério 
Público Federal, se ela for encaminhada em desacordo com os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
O Poder Executivo é o orgão responsável por compilar a proposta 
orçamentária e enviá-la ao Legistaltivo para aprovação. Desta forma, 
não só para o Ministério Público, mas também para os demais órgãos, 
estabelece a Constituição: Se a proposta orçamentária de que trata 
este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados 
LDO, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins 
de consolidação da proposta orçamentária anual. 
Gabarito: Correto. 
63. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) O Ministério Público tem como 
funçõesinstitucionais, dentre outras, a de promover a ação de 
inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da 
União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição. 
Comentários: 
Trata-se da chamada "ADI interventiva". Ou seja, a ação proposta 
pelo Procurador Geral quando um ente da federação está ofendendo 
os princípios constitucionais sensíveis (CF, art. 34, VII). O que dará 
ensejo a uma intervenção federal caso o Poder Judiciário dê 
provimento à representação (CF, art. 129, IV). 
Gabarito: Correto. 
64. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Ao MP compete promover 
privativamente a ação civil pública para a defesa do meio ambiente. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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O erro da questão é o termo "privativamente". A ação penal pública é 
uma ação privativa do Ministério Público, porém a ação civil pública 
não é, ela poderá ser interposta também por outras entidades e 
conforme o art. 5º da lei 7.347/85 com redação dada pela lei 
11.448/2007, são elas: 
• qualquer ente federativo (União, Estados, Municípios e DF); 
• Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista ou Em-
presa Pública; 
• Defensoria Pública; 
• Associação constituída há pelo menos um ano e que possua como 
finalidade a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao 
patrimônio histórico e etc. 
Gabarito: Errado. 
65. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF 
enumera, em rol taxativo, as funções institucionais do MP. 
Comentários: 
Não é um rol taxativo, pois a Constituição estabelece, no art. 129 , 
IX, que cabe ao MP exercer outras funções que lhe forem conferidas, 
desde que compatíveis com sua finalidade. 
Gabarito: Errado. 
66. (ESAF/CGU/2006) Lei complementar federal, de iniciativa 
exclusiva do Presidente da República, estabelecerá a organização, as 
atribuições e o estatuto do Ministério Público da União.
Comentários: 
Segundo o art. 128 § 5º da Constituição, leis complementares da 
União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos 
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e 
o estatuto de cada Ministério Público, devendo observar: 
Gabarito: Errado. 
Pronto!!! Fim de papo... Fim de curso... Espero que tenham gostado 
do curso! Desejo do fundo do coração muito sucesso e uma excelente 
prova pra vocês. Precisando de mim, sabem que podem me 
procurar! 
Ahh.... Não esqueçam de me comunicar da aprovação, hein?! 
Grande abraço e bons estudos 
Vítor Cruz

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