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CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 4: Fala pessoal, como vão os estudos??? Daremos início agora a nossa aula 5. A aula de hoje é um tema crucial para a prova. Veremos: Poder Judiciário: disposições gerais; Supremo Tribunal Federal; tribunais superiores, tribunais regionais federais e juízes federais, tribunais e juízes eleitorais, tribunais e juízes estaduais e do Distrito Federal e territórios. Conselho Nacional de Justiça: composição e competência. Funções essenciais à justiça: Ministério Público. Vamos começar logo essa brincadeira: Poder Judiciário: Pessoal, por favor, esses art. 118 ao 120 devem estar completamente decorados... É essencial para o concurso! Vamos lá: TSE: Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 2 www.pontodosconcursos.com.br Vamos esquematizar: - mediante eleição, pelo voto secreto: • 3 juízes dentre os Ministros do STF; • 2 juízes dentre os Ministros do STJ; - Por nomeação do Presidente da República: • 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF. 1. (FCC/Analista - TRE - PI/2009) Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos mediante eleição, pelo voto secreto, sendo, a) dois juízes dentre os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais. b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. c) três juízes dentre os membros do Ministério Público Federal. d) três juízes dentre os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais. e) quatro juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal. Comentários: Esse é o tipo de questão comum em concursos para TRE. Seja CESPE, FCC, ou qualquer outra banca. É uma questão direta sobre composição do tribunal, que deve estar completamente decorada. Gabarito: Letra B. 2. (CESPE/TRE-BA/2010) O TSE deve ser composto, no mínimo, por sete membros, escolhidos mediante eleição pelo voto secreto de três juízes entre os ministros do STF, dois juízes entre os ministros do STJ e, por nomeação do presidente da República, dois juízes entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF. Comentários: Exatamente. Dispôs corretamente sobre toda a composição do TSE. Aproveitamos para fazer uma esquematização: Destes, o TSE elegerá 1 para presidente e outro para vice‐ presidente. Destes, o TSE elegerá 1 para Corregedor Eleitoral. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 3 www.pontodosconcursos.com.br STF (somos t ime de f utebol) 11 STJ (são t rês juntos) No mínimo, 33 TST (t rinta sem t rês) 27 STM (são t odas moças - 15 anos) 15 TSE No mínimo 7 TRE 7 TRT No mínimo 7 TRF No mínimo 7 Veja que todo tribunal tem uma frase pra nos ajudar a decorar, quando não tiver, é porque o número de membros é 7 (no mínimo). Obs. Segundo a doutrina, o número de membros do TRE, pode ser superior a 7. Porém, a Constituição estabeleceu como apenas 7, e o CESPE, recentemente, em 2010, considerou que este número deva ser taxativamente 7. Gabarito: Correto. TRE, Juízes de Direito e Juntas Eleitorais Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 4 www.pontodosconcursos.com.br Assim, para os TREs a formação ocorre do seguinte modo: - o TJ escolhe mediante eleição, pelo voto secreto: • 2 juízes dentre os desembargadores do TJ; • 2 juízes dentre juízes de direito; - o TRF escolhe: • 1 juiz do TRF com sede na Capital do Estado/DF, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo TRF respectivo; - o TJ indica e o Presidente da República nomeia: • 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. 3. (CESPE/ Analista Judiciário TRE-AP/2008) Os tribunais regionais eleitorais devem ser compostos por 7 membros, entre os quais, dois devem ser da carreira dos advogados e nomeados pelo presidente da República, após indicação do respectivo conselho regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Comentários: Quem indica os 2 advogados no caso do TRE é o TJ respectivo e no caso do TSE, será o STF, nunca será a OAB. Gabarito: Errado. 4. (CESPE/TRE-GO/2009) Haverá apenas um TRE na capital de cada estado e no Distrito Federal. Comentários: Esse item explora o conhecimento do art. 120 da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 5. (CESPE/TRE-GO/2009) É inconstitucional a previsão legislativa de que a eleição de juízes para compor os TREs se faça mediante eleição por voto secreto dos tribunais de justiça dos estados, tendo em vista o princípio da publicidade. Comentários: Destes, o TRE elegerá 1 para presidente e outro para vice‐ presidente. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 5 www.pontodosconcursos.com.br Existe no art.120 a disposição que legitima o uso do voto secreto para a escolha dos desembargadores que ocuparão o TRE, não podemos falar em inconstitucionalidade deste artigo, já que é uma norma originária da Constituição. Gabarito: Errado. 6. (CESPE/TRE-GO /2009) A presidência e a vice-presidência dos TREs devem recair sempre sobre os membros desembargadores. Comentários: É o disposto no art. 120 § 2º: O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. Gabarito: Correto. 7. (CESPE/TRE-GO/2009) Os membros dos TREs oriundos de nomeação, pelo presidente da República, serão escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo respectivo tribunal de justiça. Comentários: Existem advogados compondo tanto o TRE quanto o TSE, em ambos, serão escolhidos 2 escolhidos dentre 6 advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. Em ambos, ainda, serão nomeados pelo Presidente da República, diferencia-se que no caso do TSE a indicação dos 6 se faz pelo STF, e no TRE pelo TJ - art. 120, §1, III CF. Gabarito: Correto. 8. (FCC/Técnico- TRE - SE/2007) Fazem parte da composição dos Tribunais Regionais Eleitorais dois juizes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça, escolhidos mediante eleição e voto secreto pelo Tribunal de Justiça. Comentários: Exatamente o que dispõe o art. 120 §1º, "a" da Constituição. Gabarito: Correto. Organização e competências Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. § 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 6 www.pontodosconcursos.com.br funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis. De acordo com o Código Eleitoral, art. 36, as juntas eleitorais serão formadas por 1 Juiz de direito que será o presidente, mais 2 ou 4 cidadãos de notória idoneidade. Perceba que gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis inclusive esses cidadãos integrantes das juntas eleitorais no exercício de suas funções. 9. (FCC/Técnico - TRE - PI/2009) Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos Tribunais, dos Juízes de Direito e das Juntas Eleitorais. Comentários: A lei complementar é a lei escolhida pela Constituição para tratar de assuntos "organizatórios". É necessário lei complementar para organizar as competências dos órgãos eleitorais, também para estabelecer o "estatuto da magistratura", o "estatuto do Ministério Público" e diversas outras. Gabarito: Correto. 10. (FCC/Técnico - TRE - PI/2009) Os membros dos Tribunais, os Juízes de Direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão removíveis. Comentários: O correto seria dizer que gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis (CF, art. 121 §1º). Gabarito: Errado. Serviço na justiça eleitoral: § 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. Aplica-se tanto ao TRE quanto ao TSE. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 7 www.pontodosconcursos.com.br Decisões do TSE: § 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança. Decisões dos TRE: § 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção. Estes recursos serão ao TSE, e, segundo o Código Eleitoral, os dois primeiros casos acima ensejarão recurso especial e os demais ensejarão recurso ordinário. Perceba que quando falamos em recurso especial estamos sempre falando de divergências a disposições legais. 11. (FCC/Técnico - TRE - PI/2009) Em regra, são recorríveis todas as decisões do Tribunal Superior Eleitoral. Comentários: A regra é não serem recorríveis, a exceção se faz quando for uma decisão que esteja negando o seguimento de um habeas corpus ou mandado de segurança, quando então caberá recurso ao STF. Gabarito: Errado. 2 anos ‐ mínimo 4 anos – máximo para permanecer de forma consecutiva CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 8 www.pontodosconcursos.com.br 12. (FCC/Técnico - TRE - PI/2009) Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais caberá recurso quando anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais. Comentários: Embora a regra seja a irrecorribilidade das decisões dos TRE´s, neste caso caberá recurso ao TSE, por expressa permissão do art. 121 §4º, IV da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 13. (CESPE/TRE-MA/2009) Não caberá recurso da decisão do TRE que conceder habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção. Comentários: Questão maldosa. O recurso só caberá da decisão que denegar o remédio constitucional. Não caberá recurso se o remédio for concedido. É o que dispõe o art. 121 §4º, V da Constituição. Gabarito: Correto. 14. (FCC/Assessor Jurídico - TCE-PI/2009) Prevê expressamente a Constituição Federal que compete aos Tribunais Regionais Federais a) julgar, em recurso ordinário, causas em que forem partes Estados estrangeiros, de um lado, e de outro Município ou pessoa residente ou domiciliada no país. b) processar e julgar os juízes federais da área de sua jurisdição nos crimes comuns e de responsabilidade, excluídos os da Justiça Militar e os da Justiça do Trabalho. c) julgar os habeas corpus quando a autoridade coatora for juiz federal ou órgão fracionário do próprio Tribunal. d) processar e julgar conflitos de competência entre juízes estaduais e juízes federais vinculados ao próprio Tribunal. e) julgar, em grau de recurso, causas decididas pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. Comentários: O TRF tem poucas competências, vale a pena ler e reler o art. 108. Vejamos: Letra A - Tá errado! Litígio com Estado estrangeiro ou Organismo internacional ter dois caminhos diferentes: • Se o litígio for com a União, Estado, o DF ou Território - Julgado pelo STF CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 9 www.pontodosconcursos.com.br • Se o litígio for com Municípios ou pessoas residentes no país - Julgado pelos Juízes Federais, cabendo recurso ordinário ao STJ. Logo, a competência é do Juiz Federal, não do TRF. Letra B - Errado, os crimes excluídos são apenas os eleitorais, os crimes militares e do trabalho são incluídos (CF, art. 108, I, a). Letra C - Errado, segundo o art. 108, I, d o TRF só julgará habeas corpus quando o coator for juiz federal. Não tem essa de "quando o coator for órgão fracionário do próprio TRF" (órgão fracionário é aquele órgão que não é o pleno, ou seja, são as diversas turmas, câmaras e etc. onde se dividem os juízes no "dia-a-dia"). No caso de uma coação feita por um órgão do TRF, ainda que fracionário, o habeas corpus será julgado pelo STJ (CF, art. 105, I, c). Letra D - Errado. Segundo o art. 108, I "e", os TRF vão julgar somente os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal. Letra E - Está correta, é o gabarito, isso tá lá no 108, II. Existem alguns lugares onde não há juízes federais, então vão ser chamados alguns juízes estaduais para atuar na competência da justiça federal. Este juiz estadual atuando em competência federal vai ficar sujeito ao TRF respectivo, cabendo, assim, a este TRF julgar os recursos contra os julgamentos deste juiz estadual em exercício de competência federal. Gabarito: Letra E. 15. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos juízes e desembargadores é vedado o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quarenta dias do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração. Comentários: Essa disposição sobre aimpossibilidade do exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos certo tempo do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração, é a chamada "quarentena" para os juízes (também aplicável aos membros do MP). Porém, esta "quarentena" não é de quarenta dias, e sim de 3 anos (CF, art. 96, parágrafo único, V). Gabarito: Errado. 16. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) A chamada quarentena para juízes, introduzida na CF pela Emenda Constitucional n.º 45/2004, veda ao juiz aposentado o exercício da advocacia no CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 10 www.pontodosconcursos.com.br juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria. Comentários: Essa questão cai muito em provas... coloquei essa aqui só para fixar! Agora está correto. Gabarito: Correto. 17. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. Comentários: A questão é uma boa revisão, pois traduz com perfeição vários princípios do estatuto da magistratura, no que tange a promoção. Este conteúdo pode ser encontrado na Constituição Federal, em seu art. 93, II. Gabarito: Correto. 18. (CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos servidores daquele tribunal. Comentários: Para tal ato, o TRT deverá enviar expediente ao TST, e este sim é que deverá encaminhar o projeto ao Congresso, já que o encaminhamento, segundo a Constituição, deverá ser feito pelo STF ou pelo respectivo tribunal superior, de acordo com o art. 99 §2º, I da CF. Gabarito: Errado. 19. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O TJRJ tem autonomia administrativa e financeira, devendo elaborar a sua própria proposta orçamentária, dentro dos limites estipulados conjuntamente com os CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 11 www.pontodosconcursos.com.br outros poderes, na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a por meio de seu presidente. Comentários: A Constituição estabelece no seu art. 99. que ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira e depois dispõe no § 1º deste mesmo artigo que os tribunais deverão elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. A última disposição é encontrada no § 2º, II deste artigo que diz que o encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. Gabarito: Correto. 20. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um advogado que, em virtude do quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a necessidade de aguardar dois anos de exercício. Comentários: A questão começa falando do "quinto constitucional". Trata-se daquela art. 94 da Constituição: "Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes"; "Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação" Esquematizando: Lista SÊXTUPLA, formada pelas representações da classe. (6) O tribunal recebe e forma uma lista TRÍPLICE. (3) O Poder Executivo recebe a lista e em 20 dias escolhe 1. (1) CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 12 www.pontodosconcursos.com.br Lembrando que no caso de TJ, quem nomeará é o Governador, mas no TJDFT SERÁ O PRESIDENTE, pois a cabe à União manter o Poder Judiciário do DF. Outro ponto abordado pela questão é a vitaliciedade: O art. 95 da Constituição diz que os juízes gozam das seguintes garantias: I. Vitaliciedade: que no primeiro grau, só será adquirida após 2 ANOS de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II. Inamovibilidade: salvo por motivo de INTERESSE PÚBLICO, na forma do art. 93, VIII. III. Irredutibilidade de subsídio: ressalvado as hipóteses constitucionais (ultrapassou o teto, efeito cascata e etc.). Veja que para adquirir a vitaliciedade o juiz precisa de apenas 2 anos de exercício, diferente da estabilidade dos servidores públicos, que é adquirida após 3 anos. Antes, era tudo 2 anos, mas a EC 19 aumentou o prazo para estabilidade e não tocou na vitaliciedade. Desta forma, quando vocês forem decorar os prazos de estabilidade, quarentena, vitaliciedade... Lembrem-se: A regra é tudo ser 3 anos, só que a vitaliciedade é diferente da estabilidade, aí vocês lembrarão: Ahhh, a vitaliciedade é só 2 anos!!! ok? Agora entra um fato curioso: vamos relacionar a vitaliciedade com o quinto constitucional. A Constituição estabelece que: "no primeiro grau" a vitaliciedade só será adquirida após 2 ANOS de exercício - Ora, o advogado ou membro do MP que entrar pelo quinto constitucional não entrará no primeiro grau, mas direto no segundo grau. Então, o posicionamento doutrinário e jurisprudencial sobre o tema, é que eles adquirem a vitaliciedade automaticamente...Isso mesmo!!! Gabarito: Correto. 21. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A prática de atos jurisdicionais de mero expediente é indelegável, a exemplo dos atos decisórios, por serem eles inerentes à atividade judicante. Comentários: Segundo a Constituição em seu art. 92, XIV, os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, é delegável tal função. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 13 www.pontodosconcursos.com.br 22. (CESGRANRIO/Advogado-BNDES/2004) No âmbito do Poder Judiciário, para que um tribunal possa constituir órgão especial para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da competência do tribunal pleno, por quantos julgadores, no mínimo, deve ser composto? (A) 21 (vinte e um). (B) 26 (vinte e seis). (C) 31 (trinta e um). (D) 36 (trinta e seis). (E) 41 (quarenta e um). Comentários: Quando um Tribunal "nasce" e começa a fazer suas funções, ele tem um certo número de juízes que são o suficiente para suprir a demanda. Conforme a demanda aumenta, deve também aumentaro número de juízes. Acontece que chega um momento que fica muito difícil continuar a trabalhar, sempre tendo que reunir todo o tribunal para votar alguns projetos. Imagine reunir 100 juízes para que se possa decidir pela constitucionalidade de uma lei. Então, a Constituição permite (art. 93, XI), que nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá ser constituído órgão especial (OE), com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros. Assim o OE absorve as funções que antes eram exclusivas do pleno (reunião da totalidade dos membros) para que consigam dar maior celeridade aos processos. Assim, o gabarito da questão é letra B, pois somente após 25 membros (pelo menos 26) é que a Constituição permite que se crie um OE. 23. (CESPE/PGE-AL/2008) Ainda há muitas discussões nos tribunais pátrios acerca da cláusula constitucional de reserva de plenário. Ainda prevalece o entendimento de que não há violação a essa cláusula quando a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em parte, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade. Comentários: Cláusula da reserva de plenário é o estabelecido no art. 97 da Constituição. Ou seja, para que um TRIBUNAL (não vale para juízos, apenas para os tribunais) declare uma lei como inconstitucional, ele só poderá fazer isso através de seu pleno, ou então de seu órgão CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 14 www.pontodosconcursos.com.br especial. Além disso, depende ainda da maioria absoluta dos votos do referido pleno ou órgão especial (OE). Sempre foi então pacífico que os órgãos fracionários não poderiam declarar a inconstitucionalidade de leis, somente o pleno ou OE, o que não era pacífico é se os órgãos fracionários poderiam "afastar a aplicação da lei" ao referido caso. Ou seja, eles não iriam declarar a inconstitucionalidade da lei, mas afastariam a sua aplicação àquele referido caso. Pacificou então o STF através da súmula vinculante de nº10: a decisão de órgão fracionário de tribunal que afasta a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em parte, ainda que sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade, viola a Constituição. Desta forma, trata-se de entendimento pacífico e sumulado. Gabarito: Errado. 24. (CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF submete-se a regime de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa. Comentários: Segundo o STF (Pet 3087 AgR/DF) a competência originária do STF submete-se a regime de direito restrito, consistindo em um complexo de competências dispostos em relação "numerus clausus" - rol taxativo. Gabarito: Correto. 25. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o estado, o Distrito Federal (DF) ou território será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Comentários: Neste caso o competente será originariamente o STF, através da atribuição conferida pelo art. 102, I, "o" da Constituição. Atenção!!! Sempre que aparecerem questões sobre a competência para julgar conflito envolvendo organismo estrangeiro, deve-se seguir a regra: • Conflito com a União, Estados, DF ou TF Æ STF; • Conflito com Município ou pessoa domiciliada no Brasil Æ Juiz Federal podendo chegar ao STJ por rec. ordinário; CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 15 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Errado. 26. (CESPE/FINEP/2009) Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar o presidente da República por crime comum, havendo perpetuação dessa competência quando cessar o mandato, circunstância que não acarreta a remessa dos autos à justiça de 1.º grau. Comentários: Nas palavras do Supremo em diversos julgados: "...Depois de cessado o exercício da função, não deve manter-se o foro por prerrogativa de função, porque cessada a investidura a que essa prerrogativa é inerente, deve esta cessar por não tê-la estendido mais além a própria Constituição. (...) declara-se a incompetência desta Corte para prosseguir no processamento deste inquérito, determinando-se a remessa dos autos à Justiça (...) de 1º grau. Gabarito: Errado. 27. (CESGRANRIO/Oficial de Justiça-TJ/RO/2008) O órgão competente para julgar conflito de competência entre o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) é o: (A) Conselho Nacional de Justiça (CNJ). (B) Supremo Tribunal Federal (STF). (C) Superior Tribunal de Justiça (STJ). (D) Tribunal Superior do Trabalho (TST). (E) Tribunal Regional Federal (TRF). Comentários: Conflito de competências ocorre sempre que dois órgãos do Poder Judiciário alegam que são os competentes para uma certa causa, ou ambos alegam que são incompetentes para julgar tal causa. Geralmente devido à questões de jurisdição territorial ou devido a matéria objeto da causa. Assim, caberá a uma autoridade "superior" a eles decidir quem será o competente. Como a questão trata de Tribunais Superiores, somente o STF é que poderá dirimir este conflito de competência. • Quando falar em conflito de "competência" = "briga" entre órgãos do Judiciário: - Se entre tribunais superiores, a competência é do STF - Se entre tribunais de segundo grau, competência do STJ. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 16 www.pontodosconcursos.com.br • Quando falar em conflitos de "atribuições" = "briga" entre autoridades administrativas X autoridade judiciárias de entes diversos. Neste caso, o competente é o STJ. • Quando falar em conflito entre União X Estado, Estado X Estado, ou Estado X DF = conflito federativo, o competente é o STF. Gabarito da questão é a letra B. 28. (CESPE/Procurador-AGU/2010) O STF reconhece sua competência originária para julgar ação judicial tendo como partes entidade da administração indireta federal, de um lado, e estado- membro, de outro, na hipótese de discussão acerca de imunidade recíproca. Comentários: O art. 102, I, f da Constituição diz que o STF é o competente para processar e julgar as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta. Em relação a este dispositivo, o STF tem um entendimento, bem interessante. Segundo o Supremo, tal dispositivo autoriza o tribunal a conhecer originariamente de causas que estejam "colocando em xeque" o pacto federativo. Assim, o conflito entre uma autarquia federal e um Estado-membro pode ter 2 caminhos: • Competência originária do STF - Se colocar em risco o pacto federativo. • Competência da Justiça Federal - Se não colocar em risco o pacto federativo. Na Jurisprudência do tribunal, a imunidade recíproca (imunidade que impede a tributação através de impostos de forma recíproca entre os entes da federação) é uma questão essencial ao pacto federativo, assim, o gabarito da questão é: correto. 29. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete ao STJ julgar as causas e os conflitos entre a União e os estados, a União e o DF, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta. Comentários: Como vimos, os conflitos federativos, conforme o disposto no enunciado, são julgados pelo STF (CF, art. 102, I, "f"). Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 17 www.pontodosconcursos.com.br30. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete ao STF julgar mandado de segurança contra ato ilegal e abusivo praticado pelo CNJ. Comentários: A Constituição (CF, art. 102, I, r) estabelece que competirá ao STF processar e julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público. Desta forma está correto o enunciado. Gabarito: Correto. 31. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) São de competência originária dos Tribunais Regionais Federais os julgamentos de: a) mandados de segurança contra ato do próprio Tribunal. b) membros do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais. c) ações contra o Conselho Nacional de Justiça. d) extradições solicitadas por Estado estrangeiro. e) conflitos entre a União e os Estados. Comentários: Letra A - Correto. Foi o entendimento do Supremo que o levou a editar a sua Súmula nº 624: Não compete ao STF conhecer originariamente o mandado se segurança contra atos de outros tribunais. Assim, decidiu-se que a competência para apreciar o mandado de segurança contra atos e omissões de tribunais seria do próprio tribunal. Letra B - Errado. A regra para julgar os membros do MP é simples: Regra - quem julga os membros do MP são os Tribunais: Se for membro do MP Estadual - TJ Se for membro do MP da União - TRF Agora: Se esses membros do MPU oficiarem perante Tribunais o julgamento "sobe um nível" ou seja: Membro do MPU que oficie perante tribunal - STJ Resta agora apenas 1 caso, o do PGR. O PGR é o chefe do MPU! o que vimos sobre o julgamento da mais alta cúpula da administração? Crimes de responsabilidade - Senado; Crimes comuns - STF. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 18 www.pontodosconcursos.com.br Assim a letra B está errada, já que se o membro do MPU estiver oficiando perante tribunais, ele será julgado pelo STJ e não pelo TRF. OBS 1 - quem julga o crime de responsabilidade de Deputados e Senadores é a própria casa legislativa de cada um - Senado julga o Senador e Câmara julga o Deputado. OBS 2 - Crime de reponsabilidade do Governador é julgado pela Assembléia Legislativa. OBS 3 - O prefeito é julgado pelos crimes comuns pelo Tribunal de Justiça. Letra C - Errado. O CNJ é um órgão atua administrativamente vinculando quase todo o Judiciário, ele "obedece" somente ao STF. Assim, só é o STF que julga as ações contra o CNJ e contra o CNMP (conselho nacional do Ministério Público). Letra D - Errado. Essa é atribuição do STF. Aproveito aqui para deixar uma observação: Com a EC 45/04, a competência para homologar as sentenças estrangeiras e conceder o exequatur (cumpra-se) às cartas rogatórias passou do STF para o STJ. Assim, quando uma autoridade estrangeira condenar alguém ou pedir o cumprimento de algo, será o STJ que irá homologar a sentença e expedir o "cumpra-se" do pedido. ATENÇÃO - QUEM É RESPONSÁVEL POR EFETIVAMENTE CUMPRIR (processar e julgar) É O JUIZ FEDERAL, o STJ apenas homologa e concede o exequatur. Essa observação que fiz acima é muito cobrada em concursos! Letra E - Errado. Sempre que houver um conflito federativo, será competência do STF. Gabarito: Letra A. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 19 www.pontodosconcursos.com.br 32. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Compete ao STJ proceder à homologação de sentença estrangeira. Comentários: Como vimos, tal competência, que antes era do STF, passou com a EC 45 ao STJ, juntamente com a competência para conceder o exequatur às cartas rogatórias. Gabarito: Correto. 33. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, a) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal. b) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta. c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for Governador de Estado, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. d) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória. e) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão. Comentários: Questão bem interessante que dá para tirarmos muitos aprendizados e macetes. Letra A - Os comandantes das Forças Armadas (FFAA) antigamente eram Ministros, assim, eles possuem praticamente as mesmas prerrogativas constitucionais dos Ministros de Estado. Dica: Os Ministros (incluo aqui os comandantes das FFAA),assim como qualquer pessoa, podem praticar atos (chamarei de coator) ou sofrer atos (chamarei de paciente). Assim, a competência para julgamentos será da seguinte maneira: Se coator - STJ Se paciente -STF Como a questão fala "contra ato do Ministro", ele foi coator, logo será o STJ e não o STF. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 20 www.pontodosconcursos.com.br Letra B - Correto. Já vimos na questão anterior que sempre que falar em conflito federativo, o competente para resolver será o STF. Letra C - Errado. Ministro coator = STJ! Letra D - Errado. Recurso contra remédio constitucional denegado por Tribunais de 2º grau = STJ. Recurso contra remédio constitucional denegado por Tribunais Superiores = STF. Letra E - Errado. Idem à letra D. Gabarito: Letra B. 34. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente os mandados de segurança contra ato dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio tribunal. Comentários: Teor do mandamento constitucional (CF, art. 105, I, "c"). Facilmente resolvida seguindo o macete que propus: "Em se tratando de Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas - sempre que se falar em “paciente” Æ STF, sempre que se falar em “coator” (contra atos) Æ STJ". Gabarito: Correto. 35. (CESGRANRIO/Petrobrás/2008) Sobre a súmula vinculante, criada pela Emenda Constitucional nº 45/2004 ( Reforma do Poder Judiciário ), assinale a afirmativa correta. a) Da decisão judicial que contrariar uma súmula vinculante, em qualquer grau de jurisdição, caberá recurso extraordinário ao STF. b) A súmula vinculante trata apenas de questões constitucionais e somente poderá ser editada após reiteradas decisões do STF, todas no mesmo sentido. c) O efeito vinculante atinge apenas os órgãos do Poder Judiciário. d) O STF pode anular um ato administrativo federal contrário a uma súmula vinculante e determinar que outro seja editado, agora com a devida aplicação da súmula. e) O STF só pode editar uma súmula vinculante se for provocado por aqueles órgãos e entidades que podem ajuizar a ação direta de inconstitucionalidade ( art. 103, CRFB ), mas pode, de ofício, proceder à sua revisão ou cancelamento. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 21 www.pontodosconcursos.com.br Comentários: A súmula vinculante foi uma novidade trazida pela EC 45/04. Agora, o STF nãoprecisa mais pedir que o Senado suspenda a norma que ele declarou inconstitucional no caso concreto para que os efeitos sejam alcançados para todos. Assim, basta após reiteradas decisões, editar uma súmula vinculante. O nome vinculante é devido ao fato de se tornar obrigatória (vincular) para os demais órgãos do Poder Judiciário e do Poder Executivo, que não poderão mais fazer nada que contrarie o disposto na súmula. Caso a súmula não seja cumprida por algum destes órgãos, qualquer cidadão poderá usar a "reclamação" perante o Supremo. Assim dispõe o art. 103-A da CF: O STF poderá, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula (também poderá revê-la ou cancelá-la), de ofício ou por provocação, mediante decisão de 2/3 dos seus membros; Observe os requisitos: - Precisa de reiteradas decisões sobre matéria constitucional; - Pode ser de ofício ou por provocação; - Precisa de decisão de 2/3 dos seus membros. Efeitos: Art. 103-A (Continuação do caput) A partir de sua publicação na imprensa oficial terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Estes efeitos alcançados pela súmula vinculante, são os mesmos efeitos da decisão proferida em uma ADI ou ADC. (Lei 11.417/06) Æ Essa publicação se fará no prazo de 10 dias após a sessão em que editar, rever ou cancelar enunciado da súmula em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. Objetivo do enunciado da súmula vinculante: § 1º - A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 22 www.pontodosconcursos.com.br Legitimação ativa: § 2º - Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. Segundo a Lei 11.417/06, são legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento: Todos os legitimados da ADIN; O Defensor Público-Geral da União; Qualquer Tribunal (T. Sup., TJ ‘s, TRF ‘s, TRT ‘s, TRE ‘s e os Tribunais Militares). O Município Æ mas apenas incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, o que não autoriza a suspensão do processo. Reclamação: § 3º - Caberá reclamação ao STF do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar. Se o STF julgá-la procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. (Lei 11.417/06) Æ Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas. (STF - SÚMULA Nº 734) Æ Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do STF. Comentários sobre a questão: Letra A - Errado. A via de impugnação será a reclamação e não o R. Extraordinário. Letra B - Correto. A súmula, que é na verdade a consolidação de uma jurisprudência, só pode ser editada após reiteradas decisões neste sentido. Letra C - Errado. Atinge aos demais órgãos do Poder Judiciário (não atinge o próprio STF) e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 23 www.pontodosconcursos.com.br Letra D - Errado. Realmente o STF pode anular um ato administrativo federal contrário a uma súmula vinculante, mas não poderá determinar que outro seja editado, pois iria ferir o princípio da independência entre os Poderes. Letra E - Errado. Vimos que segundo a lei 11.417/06, são legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento: Todos os legitimados da ADIN; O Defensor Público-Geral da União; Qualquer Tribunal (T. Sup., TJ ‘s, TRF ‘s, TRT ‘s, TRE ‘s e os Tribunais Militares). O Município Æ mas apenas incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, o que não autoriza a suspensão do processo. Gabarito: Letra B. 36. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O enunciado de súmula vinculante editado pelo STF, mediante decisão de dois terços de seus membros, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, mas não vinculará o próprio STF nem a administração pública. Comentários: É correto dizer que não vinculará o próprio STF, porém, vinculará sim a administração pública, seja ela direta ou indireta, de qualquer das esferas de governo, vide art. 103-A CF. Gabarito: Errado. 37. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços de seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e às administrações públicas direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder a sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. Comentários: A súmula vinculante é de edição privativa do STF (CF, art. 103-A). Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 24 www.pontodosconcursos.com.br 38. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante pode ser aprovada mediante decisão da maioria absoluta dos seus membros. Comentários: A Constituição exige o quórum de 2/3 dos membros. Gabarito: Errado. 39. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante não pode ser revista ou cancelada de ofício pelo próprio STF. Comentários: Como vimos, a súmula pode ser aprovada, revista ou cancelada, de ofício ou por provocação (CF, art. 103-A). Gabarito: Errado. 40. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) Contra decisão judicial que tenha contrariado súmula vinculante aplicável a caso concreto cabe reclamação ao CNJ. Comentários: A reclamação deve ser dirigida ao STF (CF, art. 103-A, §3º). Gabarito: Errado. 41. (CESPE/AJAA-STF/2008) A Emenda Constitucional n.º 45/2004 introduziu a súmula vinculante no direito brasileiro. Para ter o efeito vinculante, a súmula deve ser aprovada por quorum qualificado de dois terços dos ministros do STF. Comentários: Perfeito, não é pessoal? Essa foi só para fixar de vez... Gabarito: Correto. 42. (CESGRANRIO/Advogado-BNDES/2004) O recurso especial tem a função de: (A) manter a autoridade e unidade da lei federal. (B) tutelar a autoridade e integridade da lei magna federal. (C) uniformizar a jurisprudência das diferentes câmaras ou turmas de um mesmo tribunal. (D) reexaminar acórdão não unânime proferido por outro tribunal. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 25 www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Um tribunal tem 2 tipos de competência, a competência originária - aquelas que tem origem diretamente no tribunal, e a competência recursal, aquela que se iniciou em outro órgão e chegou ali através de um recurso. Bom, geralmente os recursos são ordinários, seguem a ordem normal das coisas... Há, porém, 2 recursos "diferenciados": O recurso especial ao STJ e o recursoextraordinário ao STF. O STF é o guardião da Constituição, assim, deverá julgar em R.Ex. todas as causas decididas por tribunais em que a decisão tenha "contrariado" a constituição federal ou tenha decidido pela permanência de uma lei em face da Constituição. Por ex. Julgou que uma lei é válida face a CF - A lei "brigou" com a Constituição e o tribunal decidiu que a lei é válida = manda para o STF analisar. Se o tribunal decidisse que a lei era inconstitucional, nem caberia recurso, pois prevaleceu a CF sobre a lei. Assim o art. 102, III da Constituição diz que cabe ao Supremo julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (EC 45/04). As alíneas "a" e "c", como eu dito, trata do Supremo como guardião da Constituição. Ele também atua na forma da alínea "b" em favor da preservação do ordenamento infraconstitucional federal. A alínea "d" foi incluída pela EC 45, antes dela, esta competência pertencia ao STJ, mediante recurso especial, assim a redação do art. 105, III, b dizia ser o STJ competente para decidir o recurso da decisão que julgasse válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal. A partir da EC 45, passou-se a entender que no conflito "lei fedeal X lei local" estaria ocorrendo um conflito federativo, pois estavam se chocando leis de ordenamentos jurídicos autônomos, desta forma, caberia então ao STF decidir a controvérsia, continuando no âmbito do STJ apenas o conflito "ato de governo local X lei federal". Assim como o STF é o guardião da Constituição, o STJ é o guardião do ordenamento "infraconstitucional", fazendo com que as leis federais prevaleçam e uniformizando a sua jurisprudência. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 26 www.pontodosconcursos.com.br Assim o art. 105, III da Constituição diz que cabe ao STJ julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal (EC 45/04). c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Percebe-se claramente pelas alíneas "a" e "b", o STJ como guardião do ordenamento federal infraconstitucional, e segundo a alínea "c", a ele caberá uniformizar a aplicação das leis federais. Lembrando que: ATO local X Lei Federal = R. Esp. no STJ. LEI local x Lei Federal = Conflito federativo = R.Ex no Supremo. Assim, o gabarito da questão é a letra A. Já que: Letra B - Competência do Supremo Letra C - Uniformiza entre os diversos tribunais, não dentro de um mesmo tribunal. Letra D - Viajou completamente... 43. (CESPE/FINEP/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, do Distrito Federal e territórios, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal. Comentários: Recurso extraordinário é recurso privativo do STF, o STJ possui como recurso privativo o recurso especial, e não o recurso extraordinário. Gabarito: Errado. 44. (CESPE/ANAC/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados dos tribunais regionais federais. Comentários: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 27 www.pontodosconcursos.com.br Cada tribunal julga as ações rescisórias e as revisões criminais de seus próprios julgados. Compete então ao próprio TRF esse julgamento e não ao STJ. Gabarito: Errado. 45. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) O controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes é competência constitucionalmente atribuída ao: a) Tribunal de Contas da União. b) Supremo Tribunal Federal. c) Superior Tribunal de Justiça. d) Conselho Nacional de Justiça. e) Conselho da Justiça Federal. Comentários: Quem poderia confundir na questão era o Conselho da Justiça Federal. Este é um órgão a quem cabe, segundo a CF art. 105, II, exercer a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça FEDERAL de PRIMEIRO e SEGUNDO graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. Porém, A resposta certa é o Conselho Nacional de Justiça. O CNJ é um órgão atua administrativamente, controlando administrativa e financeiramente o Poder Judiciário e o fazendo cumprir os deveres funcionais dos juízes. (CF, art. 103-B, §4º). CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 28 www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Letra D. 46. (CESPE/PGE-AL/2008) Junto ao STF funciona o Conselho da Justiça Federal, cuja função é exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da justiça federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. Comentários: Tal conselho funciona junto ao STJ, nos termos da Constituição em seu art. 105, parágrafo único, II. Gabarito: Errado. 47. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O CNJ é composto apenas por membros do Poder Judiciário e tem competência, entre outras, para exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Comentários: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 29 www.pontodosconcursos.com.br Em sua atual formação, após a EC 61/09, além de membros do Judiciário, o CNJ deve ser integrado por 1 membro do MPU, 1 membro de MPE, 2 advogados e 2 cidadãos. Assim, o erro da questão encontra-se logo no seu início ao dizer que o "CNJ é composto apenas por membros do Poder Judiciário". Esquematizando: O presidente do STF Æ presidirá também o CNJ O STF indica O STJ indica O TST indica O PGR O Conselho Federal da OAB indica 2 advogados; Cada uma das Casas Legislativas indica 1 cidadão, de notável saber jurídico e reputação ilibada (formando um total de 2 cidadãos); Gabarito: Errado. 48. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os membros do CNJ são julgados por crime de responsabilidade no STF. Comentários: Como se trata de um órgão de cúpula, serão julgados pelo Senado (CF, art. 52, II). Gabarito: Errado. 49. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Compete ao CNJ exercer o controle externo da atividade policial. Comentários: Esta é uma função do Ministério Público (CF, art. 129, VII). 1 Desembargador de TJ; 1 Juiz estadual; 1 Ministro do próprio STJ; Æ Função de Ministro-Corregedor 1 Juiz de TRF; 1 Juiz federal; 1 Ministro do próprio TST; 1 Juiz de TRT; 1 Juiz do trabalho; Indica 1 membro do MPU; Escolhe 1 membro do MPE dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 30 www.pontodosconcursos.com.brGabarito: Errado. 50. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Cabe ao presidente do CNJ receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, até mesmo contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados,sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo, após aprovação da maioria dos conselheiros, promover a ação penal contra os responsáveis. Comentários: Se observarmos o que a Constituição estabelece em seu art. 103-B, III, vemos que compete ao CNJ receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa. Assim, não é previsto a competência para promover ação penal contra os responsáveis, função esta que caberá ao Ministério Público. Gabarito: Errado. 51. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) O Conselho Nacional de Justiça exerce função jurisdicional em todo o território nacional. Comentários: A função do CNJ não é jurisdicional e sim administrativa, fiscalizadora e correicional. Importante destaca uma recentíssima decisão do STF, que ratifica a sua jurisprudência: Segundo o STF, embora o CNJ esteja incluído na estrutura constitucional do Poder Judiciário, sua natureza é meramente administrativa. Desta forma, o CNJ, sob pena de extrapolar suas competências, não pode interferir em atos de conteúdo jurisdicional emanados de quaisquer magistrados ou de Tribunais. Ainda que em análise de deliberações administrativas, se elas estiverem impregnadas de conteúdo jurisdicional não caberá ao CNJ o apreço, já que o órgão não é capaz de interferir no desempenho da função típica do Poder Judiciário1. Gabarito: Errado. 1STF, MS 28598 AgR‐MC/DF, rel. Min. Celso de Mello, 14/10/2010 ‐ Informativo. 604. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 31 www.pontodosconcursos.com.br Funções Essenciais à Justiça Conceito e Funções institucionais do MP: Assim estabelece a Constituição: Conceito Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Princípios Institucionais do Ministério Público § 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. Autonomia funcional e administrativa § 2º - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela EC 19/98) (O art. 169 refere-se aos limites de despesa com pessoal). Orçamento do Ministério Público § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. § 4º - Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do §3º. (Incluído pela EC 45/04) § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela EC 45/04) § 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 32 www.pontodosconcursos.com.br obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela EC 45/04) Abrangência do MP Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. Funções Institucionais do Ministério Público (Não é um rol taxativo, pois a CF estabelece, no inciso IX, que cabe ao MP exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada: • A representação judicial; e • A consultoria jurídica de entidades públicas. Estas funções são dos Advogados da União e dos Procuradores dos Estado/ DF, e não do MP, que é na verdade o “fiscal da lei”, e não advogado). Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 33 www.pontodosconcursos.com.br documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. § 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela EC 45/04 que abriu a possibilidade de autorização do chefe da instituição para a relativizar a necessidade de residência na comarca de lotação) § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em suarealização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela EC 45/04 que incluiu, tal como ocorreu para os Juízes, a necessidade de prática jurídica de 3 anos) Organizando: • concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da OAB em sua realização; • bacharelado em direito; • no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e • observância da ordem de classificação nas nomeações. § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela EC 45/04) (Art. 93 dispõe sobre o "Estatuto da Magistratura") § 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela EC 45/04) CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 34 www.pontodosconcursos.com.br Ministério Público junto aos Tribunais de Contas Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. (No entendimento do STF, o Ministério Público junto aos Tribunais de Contas é instituição distinta do Ministério Público). Baseado nisso, surgem as principais questões, vejamos: 52. (FCC/Técnico-MPE-RS/2008) O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis. Comentários: A questão trouxe o teor do art. 127, que nos mostra o conceito do Ministério Público, instituição que atua em nosso sistema jurídico como fiscal da lei e protetor dos interesses da sociedade. Interesses individuais indisponíveis são aqueles que não podem ser renunciados pela pessoa, como direito à vida, à saúde, à moradia, à educação, ao laser, à cidadania, dentre outros. Gabarito: Correto. 53. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete representar a União, judicial e extrajudicialmente. Comentários: Quem representa a União, judicial e extrajudicialmente, é a advocacia geral da União e não o Ministério Público (CF, art. 131). Inclusive a Constituição estabelece no art. 129, IX, que é vedado aos membros do MP a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Gabarito: Errado. 54. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal integra o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Comentários: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 35 www.pontodosconcursos.com.br Segundo o STF, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas é instituição distinta do Ministério Público. Gabarito: Errado. 55. (FCC/Técnico-MPE-RS/2008) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. Comentários: Literalidade do art. 127, §1º da Constituição, que nos traz os 3 princípios básicos da instituição "Ministério Público": • Unidade → Cada MP (MPU,MPE) integra um único órgão, sob chefia única de seu procurador–geral. • Indivisibilidade → Dentro de cada MP, os membros poderão, sem arbitrariedades, ser substituídos uns pelos outros, não há divisibilidade de seus membros. • Independência funcional → Não existe vinculação dos órgãos do MP a pronunciamentos processuais anteriores de outros membros que o antecederam. Gabarito: Correto. 56. (ESAF/MPU/2004) O princípio da independência funcional significa, entre outras considerações, que cada membro e cada órgão do Ministério Público gozam de independência para exercer suas funções em face dos outros membros e órgãos da mesma instituição. Comentários: O pronunciamento processual de um membro feito anteriormente não vinculará a atuação do outro. Gabarito: Correto. 57. (ESAF/MPU/2004) Pelo princípio da unidade, todo e qualquer membro do Ministério Público pode exercer quaisquer das atribuições previstas na legislação constitucional e infraconstitucional. Comentários: Isto seria relacionado com o princípio da “indivisibilidade”. Gabarito: Errado. 58. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos estados e do DF. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 36 www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Segundo a Constituição em seu art. 128. O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. E ainda os Ministérios Públicos dos Estados. Assim: Ministério Público= MPE + MPU Gabarito: Errado. 59. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e os ministérios públicos estaduais e do DF e territórios. Comentários: Aqui jogou-se com a literalidade: Ministério Público = a MPU + MPE. O MPDFT (Distrito Federal e Territórios) está compreendido pelo MPU (CF, art. 128, I). Gabarito: Errado. 60. (FCC/Técnico-MPE-RS/2008) O Ministério Público está financeiramente subordinado à Secretaria de Estado da Justiça, à qual apresentará a sua proposta orçamentária, após ter sido aprovada pelo Colégio de Procuradores de Justiça e pelo Conselho Superior do Ministério Público. Comentários: O MP é financeiramente autônomo, pois segundo o art. 127 § 2º da Constituição, ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado os limites de despesa, propor diretamente ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira. No que tange à proposta orçamentária, também caberá ao MP levar o pleito ao Executivo, observados os dispositivos constitucionais estabelecidos no art. 127, §§ 3º ao 6º. Gabarito: Errado. Ministério Público Federal; Ministério Público do Trabalho; Ministério Público Militar; Ministério Público do DF/TF. CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 37 www.pontodosconcursos.com.br 61. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Comentários: A Constituição expressamente ordena, em seu art. 127 §3º que o Ministério Público elabore sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias Gabarito: Errado. 62. (ESAF/TCU/2006) A Constituição autoriza o Poder Executivo a, unilateralmente, ajustar a proposta orçamentária do Ministério Público Federal, se ela for encaminhada em desacordo com os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Comentários: O Poder Executivo é o orgão responsável por compilar a proposta orçamentária e enviá-la ao Legistaltivo para aprovação. Desta forma, não só para o Ministério Público, mas também para os demais órgãos, estabelece a Constituição: Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados LDO, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Gabarito: Correto. 63. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) O Ministério Público tem como funçõesinstitucionais, dentre outras, a de promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição. Comentários: Trata-se da chamada "ADI interventiva". Ou seja, a ação proposta pelo Procurador Geral quando um ente da federação está ofendendo os princípios constitucionais sensíveis (CF, art. 34, VII). O que dará ensejo a uma intervenção federal caso o Poder Judiciário dê provimento à representação (CF, art. 129, IV). Gabarito: Correto. 64. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Ao MP compete promover privativamente a ação civil pública para a defesa do meio ambiente. Comentários: CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRE-ES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 38 www.pontodosconcursos.com.br O erro da questão é o termo "privativamente". A ação penal pública é uma ação privativa do Ministério Público, porém a ação civil pública não é, ela poderá ser interposta também por outras entidades e conforme o art. 5º da lei 7.347/85 com redação dada pela lei 11.448/2007, são elas: • qualquer ente federativo (União, Estados, Municípios e DF); • Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista ou Em- presa Pública; • Defensoria Pública; • Associação constituída há pelo menos um ano e que possua como finalidade a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio histórico e etc. Gabarito: Errado. 65. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF enumera, em rol taxativo, as funções institucionais do MP. Comentários: Não é um rol taxativo, pois a Constituição estabelece, no art. 129 , IX, que cabe ao MP exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade. Gabarito: Errado. 66. (ESAF/CGU/2006) Lei complementar federal, de iniciativa exclusiva do Presidente da República, estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União. Comentários: Segundo o art. 128 § 5º da Constituição, leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, devendo observar: Gabarito: Errado. Pronto!!! Fim de papo... Fim de curso... Espero que tenham gostado do curso! Desejo do fundo do coração muito sucesso e uma excelente prova pra vocês. Precisando de mim, sabem que podem me procurar! Ahh.... Não esqueçam de me comunicar da aprovação, hein?! Grande abraço e bons estudos Vítor Cruz
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