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Aula 02 Lingua Portuguesa provas Comentadas da Banca ESAF prof fernando Pestana

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Língua Portuguesa 
Provas Comentadas da ESAF 
Prof. Fernando Pestana – Aula 02 
 
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AULA 02 
 
Salve, salve!!! 
 
 Como certamente você já percebeu, a ESAF se repete, se repete e 
se repete ao longo de suas provas, certo? Por isso, creio que, a partir 
desta aula, você já saberá de cor e salteado o que a ESAF pode aprontar. 
Portanto, não a tema, parta para dentro dela, que a vaga está à sua 
espera. 
 
 Vamos a mais uma prova, com vontade!!! 
 
 
ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012 
 
Leia o texto abaixo para responder às questões 1 e 2. 
 
A situação fiscal brasileira é bem melhor que a da maior parte dos países 
desenvolvidos, mas bem pior que a da maioria dos emergentes, segundo 
números divulgados pelo FMI. Para cobrir suas necessidades de 
financiamento, dívida vencida e déficit orçamentário, o governo brasileiro 
precisará do equivalente a 18,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste 
ano e 18% no próximo. A maior parte do problema decorre do pesado 
endividamento acumulado ao longo de muitos anos. Neste ano, as 
necessidades de cobertura correspondem a pouco menos que o dobro da 
média ponderada dos 23 países – 9,5% do PIB. Países sul-americanos 
estão entre aqueles em melhor situação, nesse conjunto. O campeão da 
saúde fiscal é o Chile, com déficit orçamentário de 0,3% e compromissos 
a liquidar de 1% do PIB. As previsões para o Peru indicam um superávit 
fiscal de 1,1% e dívida a pagar de 2,5% do PIB. A Colômbia também 
aparece em posição confortável, com uma necessidade de cobertura de 
3,9%. Esses três países têm obtido uma invejável combinação de 
estabilidade fiscal, inflação controlada e crescimento firme nos negócios. 
 
(Adaptado de O Estado de São Paulo, Notas & Informações. 21 de abril de 2012) 
 
1- Infere-se das relações entre as ideias do texto que 
 
a) países emergentes apresentam, geralmente, uma relação de baixo PIB 
e alto superávit fiscal. 
b) inflação controlada provoca crescimento firme nos negócios, o que 
resulta em estabilidade fiscal. 
c) países sul-americanos apresentam pouco mais que a metade da média 
ponderada de outros países. 
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d) o Brasil tem demonstrado vigor para superar, dentro de dois anos, os 
três países sul-americanos com melhor saúde fiscal. 
e) a situação fiscal de um país não é, necessariamente, proporcional ao 
seu desenvolvimento. 
 
2- No texto acima, provoca-se erro gramatical ou incoerência na 
argumentação ao 
 
a) inserir o termo do depois de “melhor” (l.1) e de “pior” (l.2). 
b) suprimir o artigo indefinido antes de “superávit” (l.12). 
c) substituir o termo “do problema” (l.6) por sua correspondente flexão 
de plural: dos problemas. 
d) substituir o travessão depois de “países” (l.9) por uma vírgula. 
e) substituir a preposição “Para” (l.3) pela locução Afim de. 
 
3- Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações de 
concordância no texto abaixo. 
 
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou um período 
de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucratividade das 
empresas foi decisiva para os resultados fiscais favoráveis. Elevaram-se, 
de forma significativa e em valores reais, deflacionados pelo Índice de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as receitas do Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), 
e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O 
crescimento da massa de salários fez aumentar a arrecadação do Imposto 
de Renda Pessoa Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da 
previdência social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de 
capital, responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF. 
 
(Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/ 
carta05/7, acesso em 29/4/2012) 
 
a) Na linha 4, o uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de 
plural em “deflacionados” (l.4). 
b) O plural em “resultados” (l.3) é responsável pela flexão de plural em 
“Elevaram-se” (l.3). 
c) Na linha 1, emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as 
regras de concordância com “economia” (l.1). 
d) O singular em “a arrecadação” (l.8) é responsável pela flexão de 
singular em “fez aumentar” (l.8). 
e) A flexão de plural em “foram” (l.10) justifica-se pela concordância com 
“relevantes”. 
 
Leia o fragmento de entrevista abaixo para responder às questões 4 e 5. 
 
CARTA CAPITAL: Como o senhor avalia a economia brasileira? Roberto 
Frenkel: A queda do crescimento da economia teve a ver com três 
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acontecimentos. A situação nos EUA está mais positiva, há otimismo no 
mercado norte-americano, as ações subiram e estão no pico pós-crise, 
mas ainda é uma recuperação modesta. Na zona do euro, serão dois 
trimestres consecutivos em queda, o que, de acordo com a definição 
convencional, caracteriza recessão. E a China está claramente em 
desaceleração. Essas realidades tiveram um efeito negativo sobre o 
crescimento brasileiro ao longo do segundo semestre de 2011. Outro fator 
foi a valorização cambial. No fim do ano passado, o real chegou a 
acumular a maior valorização cambial desde o início da globalização 
financeira, ou seja, desde o fim dos anos 1960; e isso tem um efeito 
muito negativo sobre a indústria e a atividade de modo geral. 
 
(Trecho adaptado da entrevista de Roberto Frenkel a Luiz Antonio Cintra, Intervir para 
ganhar. Carta Capital, 18 de abril de 2012, p.78) 
 
4- Analise as seguintes possibilidades para apresentar, de maneira 
resumida, a argumentação da resposta do entrevistado: 
 
A queda no crescimento da economia no Brasil 
 
I. tem motivos causados pela desvalorização do real: otimismo no 
mercado americano (depois da crise); nova definição de recessão na zona 
do euro e a China com desaceleração do mercado. 
II. pode ser relacionada a quatro fatores: otimismo no mercado 
americano, recessão na zona do euro, desaceleração na China e 
valorização cambial do real. 
III. deve-se a acontecimentos internacionais, como a alta das ações 
americanas, a desindustrialização da China, a queda na zona do euro, 
com valorização cambial. 
 
Preservando a coerência e a correção gramatical, 
 
a) apenas I e III estão corretas. 
b) apenas III está correta. 
c) apenas I e II estão corretas. 
d) apenas II está correta. 
e) apenas II e III estão corretas. 
 
5- Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas 
no texto. 
 
a) O uso de “ainda” (l.5) indica que a “recuperação modesta” (l.5) tem 
expectativas de vir a melhorar. 
b) A flexão de singular em “há” (l.3) deve-se à concordância com 
“otimismo” (l.3). 
c) Preservam-se a coerência e a correção gramatical do texto, conferindo-
lhe mais formalidade, ao substituir a expressão “teve a ver” (l.2) por viu. 
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d) O uso do tempo e modo verbais em “serão” (l.5) sugere hipótese, 
possibilidade na declaração, incerteza de que isso venha a acontecer. 
e) O pronome “isso” (l.12) retoma a ideia expressa por “globalização 
financeira” (l.13 e 14). 
 
6- Assinale a opção que apresenta erro gramatical inserido na transcrição 
do fragmento abaixo. 
 
O dinamismo da indústria ao longo do ano, particularmenteno setor de 
veículos automotores, metalurgia e produtos minerais, assegurou o 
crescimento real da receita de Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI) em 14%. Contaram, também, como fatores impulsionadores da 
receita, as ações administrativas desenvolvidas pela Receita Federal e 
pela Procuradoria da Fazenda no trabalho de recuperação de débitos 
atrasados. Houve, também, mudanças na legislação tributária. Contribuiu, 
ainda, para o aumento da arrecadação, o recebimento de concessões para 
exploração de petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel celular, 
a receita de dividendos da União e a receita de cota-parte de 
compensações financeiras, em decorrência da elevada cotação do preço 
do petróleo no mercado internacional em parte deste ano. 
 
(Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/ 
carta05/7, acesso em 29/4/2012) 
 
a) vírgula depois de “minerais” (l.2). 
b) flexão de singular no verbo “Contribuiu” (l.7). 
c) preposição “em” (l.4) antes de 14%. 
d) iniciais maiúsculas em “Imposto sobre Produtos Industrializados” (l.3). 
e) repetição da conjunção “e” na enumeração das linhas 9 e 10. 
 
Leia o seguinte texto para responder às questões 7 e 8. 
 
A oferta total de crédito na economia brasileira dobrou nos últimos oito 
anos. A queda da inflação, a diminuição da taxa básica de juros e também 
a criação de novas modalidades de financiamento, como o consignado, 
contribuíram para o aumento da disponibilidade de crédito. Isso foi 
decisivo para o crescimento do consumo e tem sido um dos principais 
dínamos do PIB. Mas começam a ficar evidentes os sinais de fadiga nessa 
expansão econômica baseada no endividamento. Mesmo com o 
barateamento do dinheiro provido pelo Banco Central, o crédito ficou mais 
caro para os consumidores. Preocupado com a falta de vigor da economia, 
o governo determinou que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal 
reduzissem as suas taxas. No cheque especial e no financiamento de 
veículos, por exemplo, os juros que agora serão cobrados pelos bancos 
públicos são praticamente a metade das taxas médias de mercado. 
 
(Adaptado de Veja, 18 de abril, 2012) 
 
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7- Assinale a opção que fornece uma continuidade gramaticalmente 
correta e coerente para a argumentação do texto. 
 
a) Essa e outras medidas teriam a finalidade de aquecer de novo a 
economia, por meio do estímulo ao consumo e impulso para os 
investimentos. 
b) Mas essas medidas foram eclipsadas pelo aumento dos spreads 
bancários como é chamada a diferença entre o juro que o banco paga e o 
juro que cobra. 
c) Ou seja, esses bancos passaram a pagar menos pelo dinheiro que 
captam no mercado, aumentando as possibilidades de conssessão de 
empréstimos. 
d) Provisões para cobrir essa inadimplência e o peso da tributação 
responde por mais da metade do custo do dinheiro – que os bancos 
repassam aos consumidores. 
e) No entender dos analistas essas medidas com respeito às taxas 
excessivas traz a ameaça de causar prejuízos que mais tarde terão que 
ser cobertos pelo Tesouro. 
 
8- Provoca-se erro gramatical e/ou incoerência textual ao fazer a seguinte 
alteração nos verbos do fragmento acima. 
 
a) reduzam em lugar de “reduzissem” (l.11). 
b) têm contribuído em lugar de “contribuíram” (l.4). 
c) vem sendo em lugar de “tem sido” (l.5). 
d) dobrara em lugar de “dobrou” (l.1) 
e) virão a ser em lugar de “serão” (l.12). 
 
Leia o texto abaixo para responder às questões 9 e 10. 
 
O Brasil vive uma situação intrigante: enquanto a economia alterna altos 
e baixos, a taxa de desemprego cai de forma consistente. Uma das 
possíveis causas é a redução do crescimento demográfico, que desacelera 
a expansão da população apta a trabalhar. Com menos pessoas buscando 
uma ocupação, a taxa de desemprego pode cair mesmo com o baixo 
crescimento. Isso é bom? Depende. Por um lado, a escassez de mão de 
obra reduz o número de desempregados e aumenta a renda. Por outro, 
eleva os custos e reduz a competitividade das empresas, o que pode levá-
las a demitir para reequilibrar as contas. É uma bomba-relógio que só 
pode ser desarmada com o aumento da produtividade – para manter o 
emprego, os trabalhadores precisarão ser treinados para produzir mais. 
 
(Adaptado de Ernesto Yoshida, Outro ângulo. Exame, ano 46, n. 7,18/4/2012) 
 
9- Provoca-se erro gramatical, com consequente incoerência textual, ao 
alterar as relações de coesão no texto, inserindo 
 
a) o pronome nossa antes de “economia” (l.1). 
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b) o pronome suas antes de “contas” (l.9). 
c) o pronome seu antes de “baixo crescimento” (l.5 e 6). 
d) o termo para o Brasil depois de “bom” (l.6). 
e) o termo desse desemprego depois de “causas” (l.3). 
 
10- Desconsiderando os necessários ajustes nas letras iniciais maiúsculas 
e minúsculas, provoca-se erro gramatical e/ou incoerência textual ao 
 
a) substituir o sinal de interrogação depois de “bom” (l.6) por um sinal de 
ponto e vírgula. 
b) inserir uma vírgula depois de “cair” (l.5). 
c) retirar o sinal de dois pontos depois de “intrigante” (l.1) e, ao mesmo 
tempo, substituir a vírgula depois de “baixos” (l.2) pelo sinal de dois 
pontos. 
d) substituir o ponto depois de “Depende” (l.6) pelo sinal de dois pontos 
e, ao mesmo tempo, substituir o ponto depois de “renda” (l.7) por ponto 
e vírgula. 
e) substituir o travessão depois de “produtividade” (l.10) pelo sinal de 
dois pontos. 
 
11- Assinale a opção em que a reescrita do trecho sublinhado preserva a 
correção gramatical e a coerência do texto. 
 
O “jogo” civilizatório da redistribuição melhorou de forma espetacular a 
inclusão social, ampliou o mercado interno e funcionou muito bem 
aumentando a demanda global. Infelizmente não acompanhamos o 
mesmo ritmo e, com a mesma disposição, a ampliação da oferta global. 
Está esgotado o espaço disponível. O resultado natural é que a diferença 
entre a demanda e a oferta globais se dissipa, inexoravelmente, em um 
aumento da inflação interna nos preços dos bens não transacionáveis (os 
serviços) e externamente, em uma ampliação do déficit em conta 
corrente. O efeito colateral muito importante desse processo é a imensa 
valorização da relação câmbio nominal/salário nominal, que é o indicador 
do câmbio “real”. 
 
(Adaptado de Antonio Delfim Netto, Emergência e Reformas. Carta Capital, 18 de abril 
de 2012, p. 37) 
 
a) Vem daí, como resultado natural, a diferença entre a demanda que 
dissipa a oferta global dissipa inexoravelmente, em um aumento da 
inflação interna nos preços dos bens não transacionáveis – os serviços – e 
externamente, há uma ampliação do déficit em conta corrente. 
b) Daí naturalmente resulta que a diferença entre a demanda e a oferta 
globais, inexoravelmente, se dissipam por um aumento da inflação 
interna nos preços dos bens não transacionáveis (os serviços) e uma 
ampliação externa do déficit em conta corrente. 
c) O resultado natural da diferença entre a demanda interna e a oferta 
global se dissipa, inexoravelmente, em um aumento da inflação 
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internamente (nos preços dos bens não transacionáveis – os serviços) e 
externamente, em uma ampliação do déficit em conta corrente. 
d) Como resultado natural, há, internamente, um aumento da inflação 
nos preços dos bens não transacionáveis (os serviços) e, externamente,uma ampliação do déficit em conta corrente; isso dissipa, 
inexoravelmente, a diferença entre a demanda e a oferta globais. 
e) Daí resulta, naturalmente, uma ampliação do déficit em conta corrente 
que vem da diferença entre a demanda e a oferta globais e se dissipa, 
inexoravelmente, em um aumento da inflação interna nos preços dos 
bens não transacionáveis (os serviços). 
 
12- Com relação ao uso das estruturas linguísticas ou da grafia das 
palavras, assinale o trecho em que o texto adaptado de Júlio Miragaya, 
Desindustrialização e baixo crescimento econômico (Correio Braziliense, 
23 de abril de 2012), foi transcrito corretamente. 
 
a) A valorização do real e o custo Brasil, que têm reduzido a 
competitividade de nossos produtos industriais no mercado internacional, 
ao mesmo tempo que torna o mercado interno mais vulnerável à 
concorrência de produtos de outros países com consequências ruins não 
só para a balança comercial, mas também para os níveis de emprego e de 
renda para a arrecadação de tributos. 
b) No custo Brasil consta os elevados preços da energia elétrica e do gás 
natural; a insuficiência e relativamente precária malha de transportes; o 
baixo nível de investimentos em tecnologia; e uma estrutura tributária 
que incide sobre a produção e o consumo e não sobre a renda e a 
riqueza. 
c) O fato é que o setor industrial ficou estaguinado em 2011, puxando 
para baixo o crescimento do PIB, sendo o mais baixo entre todos os 
países sul-americanos. E as perspectivas são de novo crescimento do 
produto industrial próximo a zero – com um tímido crescimento do PIB. 
d) O elevado custo de nossa logística é outra causa que não vêm sendo 
devidamente enfrentada. O barateamento do custo da energia e dos 
transportes requerem a ampliação dos investimentos públicos, 
necessidade que se choca com um dos pilares da política econômica. 
e) Em suma, não há como ampliar substantivamente os investimentos 
públicos sem uma redução drástica nos gastos com pagamento dos juros 
da dívida pública. Também se deve buscar ampliação do investimento em 
inovação, condição essencial para o aumento da produtividade. 
 
13- Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas 
no texto abaixo. 
 
Inicialmente, é necessário considerar __(1)__ o crescimento da oferta de 
crédito deve ocorrer sempre de maneira sustentada e sem aumento 
__(2)__ riscos sistêmicos. A recente crise do subprime nos EUA e os 
problemas fiscais na zona do euro são evidências claríssimas dos riscos do 
excesso de alavancagem e da imprudência na concessão de crédito 
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__(3)__ bancos. Medidas do governo para forçar os bancos – públicos ou 
privados – a __(4)__ mais com taxas artificialmente baixas __(5)__ levar 
à formação de bolhas no mercado de crédito __(6)__ conseqüências 
imprevisíveis para a estabilidade financeira sistêmica. 
 
(Adaptado de Gustavo Loyola, Baixar “spreads” exige medidas sustentáveis. O Estado de 
São Paulo, 21 de abril de 2012) 
 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
 
14- No que diz respeito ao uso do sinal de crase, assinale a opção que 
preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. 
 
Uma mera observação __(1)__olho nu já basta para constatar que 
parcela relevante do spread está ligada, direta ou indiretamente, __(2)__ 
políticas públicas, sejam tributárias regulatórias ou de outra natureza. 
Parece, pois, difícil avançar na questão dos spreads, sem que tais políticas 
sejam, no mínimo, reavaliadas, obviamente não perdendo de vista os 
legítimos objetivos de cada uma delas. 
 
Por outro lado, o aumento da eficiência do sistema bancário é igualmente 
relevante para __(3)__ queda dos spreads. Isso sugere que “parte da 
bola”, pelo menos, está com os bancos, públicos e privados, que devem 
se tornar cada vez mais eficientes nas funções de intermediários 
financeiros. Em suma, é necessário um permanente diálogo entre o setor 
bancário e o governo, com vistas __(4)__ implementação de medidas 
sustentáveis para redução de spread, objetivo que deve ser atingido sem 
ameaças __(5)__ estabilidade financeira. 
 
(Adaptado de Gustavo Loyola, Baixar “spreads” exige medidas sustentáveis. O Estado de 
São Paulo, 21 de abril de 2012) 
 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
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15- Assinale a opção em que o preenchimento das lacunas do fragmento 
abaixo preserva a correção gramatical e a coerência entre os argumentos 
do texto. 
 
O principal componente dos juros é a taxa Selic. É referência de custo de 
captação: ______(1)_______ em títulos públicos, o depositante não 
aceitará do banco remuneração muito inferior à Selic. 
 
Para o banco, a Selic sinaliza o custo de oportunidade: 
________(2)_______ ao Tesouro à taxa Selic, só emprestará a terceiros 
a juros maior, pois maior é o risco. 
 
(Adaptado de Joca Levy, Juros, demagogia e bravatas. O Estado de São Paulo, 21 de 
abril de 2012) 
 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
 
16- Assinale a opção em que o preenchimento da lacuna com o conectivo 
abaixo resulta em erro gramatical ou incoerência textual no seguinte 
fragmento. 
 
A dívida pública brasileira é uma velha herança. ____(A)_____aumentou 
consideravelmente nos anos 80, ____(B)_____ os juros internacionais 
subiram muito. Mais de 40 países foram arrastados pela crise da dívida, a 
partir de 1982. ____(C)____ seus governos foram capazes de reorganizar 
as contas públicas e de reduzir o peso da dívida. ____(D)____o Brasil 
continuou prisioneiro do endividamento inflado naquele período e, além 
disso, permitiu o aumento de seu peso nos anos seguintes. ____(E)____, 
a carga tributária brasileira é maior que a de todos ou quase todos os 
países emergentes e até mais pesada que a de algumas economias 
avançadas, como os EUA e o Japão. 
 
(Adaptado de O Estado de São Paulo, Notas & Informações. 21 de abril de 2012) 
 
a) Portanto 
b) quando 
c) Porém 
d) Mas 
e) No entanto 
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17- Assinale a opção em que ao menos uma das duas formas 
apresentadas para preencher as lacunas do texto provoca erro gramatical 
ou incoerência textual. 
 
É mais do que evidente que a persistente supervalorização do real colocou 
setores importantes da indústria brasileira “fora do negócio”: primeiro 
___(A)___ as importações (chinesas substancialmente, mas com 
fronteiras abertas aos demais concorrentes), ____(B)____ da produção 
nacional voltada para o mercado interno; em segundo lugar, 
____(C)____ as exportações brasileiras porque bloqueou a capacidade de 
competição de nossa indústria no exterior, em mercados ____(D)____ 
tínhamos forte presença. Os regimes democráticos têm uma 
característica: ____(E)____ pode mobiliza legalmente suas forças na 
defesa de seus interesses. Não devemos ter ilusões. 
 
(Adaptado de Antonio Delfim Netto, Emergência e Reformas. Carta Capital, 18 de abril 
de 2012, p. 37) 
 
a) facilitando/facilitou 
b) em prejuízo/com prejuízo 
c) prejudicando/prejudicou 
d) onde/os quais 
e) quem/aquele que 
 
18- Assinale a opção em que foi inserido erro gramatical na transcrição do 
texto abaixo. 
 
Deve-se rejeitar o argumento de que(A) uma das causas da baixa 
competitividade da indústria seja(B) o alto custo do trabalho. Não se 
combate a perda(C) de competitividade com redução de direitos 
trabalhistas. Pelo contrário, foi(D) precisamente a elevação(E)dos 
salários e a crescente formalização do trabalho os fatores responsáveis 
pelo aumento do poder aquisitivo da população e a ampliação de nosso 
mercado interno. 
 
(Adaptado de Júlio Miragaya, Desindustrialização e baixo crescimento econômico - 
Correio Braziliense, 23 de abril de 2012) 
 
a) (A) 
b) (B) 
c) (C) 
d) (D) 
e) (E) 
 
19- Assinale o conectivo que provoca erro gramatical e/ou incoerência 
textual ao preencher a lacuna do fragmento abaixo: 
 
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A dívida pública mobiliária tem algumas características específicas. No 
que diz respeito à participação dos indexadores da dívida, continua 
crescendo a participação dos títulos atrelados à Selic (64,6% do total), 
___________ sua alta rentabilidade, segurança e liquidez; enquanto os 
títulos prefixados mantêm uma posição em torno de 35,5%. Quanto ao 
prazo, os títulos emitidos pelo BCB e pelo Tesouro Nacional têm prazo 
médio de 40,19 meses. 
 
(http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/carta05/7 - acesso em 
29/4/2012) 
 
a) ademais de 
b) em face de 
c) devido à 
d) em função de 
e) haja vista 
 
20- De acordo com a argumentação do texto abaixo, assinale o fator que 
não contribui diretamente para a expressiva queda dos juros: 
 
Mudanças mais amplas nas leis materiais e processuais são 
imprescindíveis. Deve-se mitigar os exageros de leitura do direito de 
ampla defesa, permitindo a rápida apropriação de garantias, assegurado 
ao devedor o direito de posterior discussão. Litígios de devedores de má-
fé, esmagadora maioria, praticamente desapareceriam. Com maior 
previsibilidade na execução dos contratos, a queda dos juros seria 
expressiva. 
 
(Adaptado de Joca Levy, Juros, demagogia e bravatas. O Estado de São Paulo, 21 de 
abril de 2012) 
 
a) A diminuição dos exageros de leitura do direito de ampla defesa. 
b) Os litígios da maioria de devedores de má-fé. 
c) O direito de posterior discussão pelo devedor. 
d) A rápida apropriação de garantias. 
e) A maior previsibilidade na execução de contratos. 
 
 
GABARITO COMENTADO 
 
 
Leia o texto abaixo para responder às questões 1 e 2. 
 
A situação fiscal brasileira é bem melhor que a da maior parte dos países 
desenvolvidos, mas bem pior que a da maioria dos emergentes, segundo 
números divulgados pelo FMI. Para cobrir suas necessidades de 
financiamento, dívida vencida e déficit orçamentário, o governo brasileiro 
precisará do equivalente a 18,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste 
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ano e 18% no próximo. A maior parte do problema decorre do pesado 
endividamento acumulado ao longo de muitos anos. Neste ano, as 
necessidades de cobertura correspondem a pouco menos que o dobro da 
média ponderada dos 23 países – 9,5% do PIB. Países sul-americanos 
estão entre aqueles em melhor situação, nesse conjunto. O campeão da 
saúde fiscal é o Chile, com déficit orçamentário de 0,3% e compromissos 
a liquidar de 1% do PIB. As previsões para o Peru indicam um superávit 
fiscal de 1,1% e dívida a pagar de 2,5% do PIB. A Colômbia também 
aparece em posição confortável, com uma necessidade de cobertura de 
3,9%. Esses três países têm obtido uma invejável combinação de 
estabilidade fiscal, inflação controlada e crescimento firme nos negócios. 
 
(Adaptado de O Estado de São Paulo, Notas & Informações. 21 de abril de 2012) 
 
1- Infere-se das relações entre as ideias do texto que 
 
a) países emergentes apresentam, geralmente, uma relação de baixo PIB 
e alto superávit fiscal. 
b) inflação controlada provoca crescimento firme nos negócios, o que 
resulta em estabilidade fiscal. 
c) países sul-americanos apresentam pouco mais que a metade da média 
ponderada de outros países. 
d) o Brasil tem demonstrado vigor para superar, dentro de dois anos, os 
três países sul-americanos com melhor saúde fiscal. 
e) a situação fiscal de um país não é, necessariamente, proporcional ao 
seu desenvolvimento. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de interpretação de texto. 
 
“Inferir” significa deduzir, concluir, com base nas informações de um 
texto. Portanto, vamos às opções: 
 
a) Nada se fala sobre “alto superávit fiscal” dos países emergentes. Houve 
uma extrapolação do texto. A única parte que fala sobre superávit é esta: 
“As previsões para o Peru indicam um superávit fiscal de 1,1%”. Não creio 
que 1,1% seja “alto”. 
 
b) Os países mencionados no texto estão em situação confortável devido 
a “combinação de 1) estabilidade fiscal, 2) inflação controlada e 3) 
crescimento firme nos negócios”, logo não podemos dizer que a “inflação 
controlada provoca crescimento firme nos negócios, o que resulta em 
estabilidade fiscal”. 
 
c) Note que o trecho “as necessidades de cobertura correspondem a 
pouco menos que o dobro da média ponderada dos 23 países – 9,5% do 
PIB” diz respeito ao Brasil, mencionado nos períodos anteriores. Por isso, 
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é um país sul-americano em pior situação que os demais. Além disso, o 
texto diz que “países sul-americanos estão entre aqueles em melhor 
situação, nesse conjunto”. Logo, não faz sentido dizer que “países sul-
americanos apresentam pouco mais que a metade da média ponderada 
de outros países”. 
 
d) Ocorre extrapolação na afirmação desta alternativa, pois não se pode 
inferir, em nenhuma parte do texto, que “o Brasil tem demonstrado vigor 
para superar, dentro de dois anos, os três países sul-americanos com 
melhor saúde fiscal”. Muito pelo contrário, a situação fiscal do Brasil é 
uma das piores dos países sul-americanos. Note que este trecho nada diz 
sobre superação: “Para cobrir suas necessidades de financiamento, dívida 
vencida e déficit orçamentário, o governo brasileiro precisará do 
equivalente a 18,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e 18% no 
próximo”. Se a diferença por ano for de 0,5%, vai demorar muito tempo 
até o Brasil se igualar aos demais países sul-americanos em boas 
condições citados no texto. 
 
e) Há um trecho fatídico que corrobora esta opção como correta: “A 
situação fiscal brasileira é bem melhor que a da maior parte dos países 
desenvolvidos, mas bem pior que a da maioria dos emergentes, segundo 
números divulgados pelo FMI”. Por isso, podemos dizer que “a situação 
fiscal de um país não é, necessariamente, proporcional ao seu 
desenvolvimento”. 
 
GABARITO: E. 
 
2- No texto acima, provoca-se erro gramatical ou incoerência na 
argumentação ao 
 
a) inserir o termo do depois de “melhor” (l.1) e de “pior” (l.2). 
b) suprimir o artigo indefinido antes de “superávit” (l.12). 
c) substituir o termo “do problema” (l.6) por sua correspondente flexão 
de plural: dos problemas. 
d) substituir o travessão depois de “países” (l.9) por uma vírgula. 
e) substituir a preposição “Para” (l.3) pela locução Afim de. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida. 
 
Esse tipo de questão trabalha vários assuntos gramaticais ao longo das 
opções. Observe: 
 
a) O termo “do” antes da conjunção comparativa “que” é facultativo, logo 
não há qualquer problema em sua inserção no texto. 
 
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b) Com a retirada do artigo indefinido, a ideia genérica ainda se mantém, 
por isso, na maior parte das vezes,é possível suprimir o artigo indefinido 
antes de qualquer substantivo. 
 
c) Pelo contexto, a forma plural não alteraria o sentido do texto, 
tampouco provocaria erro gramatical. 
 
d) O aposto explicativo separado por travessão pode igualmente ser 
separado por vírgula, logo não há incorreção nessa troca. 
 
e) A preposição “Para” indica finalidade, logo a locução prepositiva que 
mantém o mesmo sentido é “A fim de”. A expressão “Afim de” não indica 
finalidade, pois “afim” (escrito junto) é um adjetivo ligado à ideia de 
afinidade, não finalidade. 
 
GABARITO: E. 
 
3- Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações de 
concordância no texto abaixo. 
 
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou um período 
de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucratividade das 
empresas foi decisiva para os resultados fiscais favoráveis. Elevaram-se, 
de forma significativa e em valores reais, deflacionados pelo Índice de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as receitas do Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), 
e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O 
crescimento da massa de salários fez aumentar a arrecadação do Imposto 
de Renda Pessoa Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da 
previdência social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de 
capital, responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF. 
 
(Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/ 
carta05/7, acesso em 29/4/2012) 
 
a) Na linha 4, o uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de 
plural em “deflacionados” (l.4). 
b) O plural em “resultados” (l.3) é responsável pela flexão de plural em 
“Elevaram-se” (l.3). 
c) Na linha 1, emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as 
regras de concordância com “economia” (l.1). 
d) O singular em “a arrecadação” (l.8) é responsável pela flexão de 
singular em “fez aumentar” (l.8). 
e) A flexão de plural em “foram” (l.10) justifica-se pela concordância com 
“relevantes”. 
 
COMENTÁRIO: 
 
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Questão de concordância. 
 
Só a afirmação da letra A está correta. Entenda: 
 
a) O particípio “deflacionados”, que constitui uma oração subordinada 
adjetiva reduzida, está no masculino plural para concordar com “valores”, 
portanto a afirmação da banca procede. Para facilitar sua visão, veja o 
trecho na ordem direta: “As receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica 
(IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a 
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) 
elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, deflacionados pelo 
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”. 
 
b) A forma verbal “Elevaram-se” está no plural para concordar com o 
sujeito composto “As receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica 
(IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a 
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)”. 
 
c) O verbo deve concordar com o núcleo do sujeito; veja: “O bom 
desempenho do lado real da economia proporcionou...”. O termo 
“economia” é núcleo do adjunto adnominal “da economia”. 
 
d) Novamente: O verbo deve concordar com o núcleo do sujeito. Reveja: 
“O crescimento da massa de salários fez aumentar a arrecadação...”. O 
termo “arrecadação” é núcleo do objeto direto “a arrecadação”. Não 
confunda as bolas, hein! 
 
e) Cuidado com o deslocamento do sujeito para depois do verbo!!! Além 
disso, o núcleo do sujeito tem de apresentar valor substantivo, portanto 
“relevantes” jamais poderia ser o sujeito com o qual o verbo concordaria. 
Reveja o trecho: “Não menos relevantes (predicativo do sujeito) foram 
(verbo) os elevados ganhos de capital (sujeito)...” 
 
GABARITO: A. 
 
Leia o fragmento de entrevista abaixo para responder às questões 4 e 5. 
 
CARTA CAPITAL: Como o senhor avalia a economia brasileira? Roberto 
Frenkel: A queda do crescimento da economia teve a ver com três 
acontecimentos. A situação nos EUA está mais positiva, há otimismo no 
mercado norte-americano, as ações subiram e estão no pico pós-crise, 
mas ainda é uma recuperação modesta. Na zona do euro, serão dois 
trimestres consecutivos em queda, o que, de acordo com a definição 
convencional, caracteriza recessão. E a China está claramente em 
desaceleração. Essas realidades tiveram um efeito negativo sobre o 
crescimento brasileiro ao longo do segundo semestre de 2011. Outro fator 
foi a valorização cambial. No fim do ano passado, o real chegou a 
acumular a maior valorização cambial desde o início da globalização 
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financeira, ou seja, desde o fim dos anos 1960; e isso tem um efeito 
muito negativo sobre a indústria e a atividade de modo geral. 
 
(Trecho adaptado da entrevista de Roberto Frenkel a Luiz Antonio Cintra, Intervir para 
ganhar. Carta Capital, 18 de abril de 2012, p.78) 
 
4- Analise as seguintes possibilidades para apresentar, de maneira 
resumida, a argumentação da resposta do entrevistado: 
 
A queda no crescimento da economia no Brasil 
 
I. tem motivos causados pela desvalorização do real: otimismo no 
mercado americano (depois da crise); nova definição de recessão na zona 
do euro e a China com desaceleração do mercado. 
II. pode ser relacionada a quatro fatores: otimismo no mercado 
americano, recessão na zona do euro, desaceleração na China e 
valorização cambial do real. 
III. deve-se a acontecimentos internacionais, como a alta das ações 
americanas, a desindustrialização da China, a queda na zona do euro, 
com valorização cambial. 
 
Preservando a coerência e a correção gramatical, 
 
a) apenas I e III estão corretas. 
b) apenas III está correta. 
c) apenas I e II estão corretas. 
d) apenas II está correta. 
e) apenas II e III estão corretas. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de coerência e correção gramatical. 
 
Normalmente, resolvemos esse tipo de questão observando apenas o 
aspecto da correção gramatical, ou seja, devemos perceber se a 
pontuação ou a concordância estão corretas, se a regência e crase estão 
corretas, se a ortografia e a acentuação estão corretas, etc. 
 
Observe que, em I, há erro de pontuação, pois termos enumerados 
devem ser separados por vírgula. 
 
ERRADO: A queda no crescimento da economia no Brasil tem motivos 
causados pela desvalorização do real: otimismo no mercado americano 
(depois da crise); nova definição de recessão na zona do euro e a China 
com desaceleração do mercado. 
 
CERTO: A queda no crescimento da economia no Brasil tem motivos 
causados pela desvalorização do real, otimismo no mercado americano 
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(depois da crise), nova definição de recessão na zona do euro e a China 
com desaceleração do mercado. 
 
No entanto, para resolver essa questão, como um todo, é preciso ir além 
da correção gramatical, é preciso entender o texto. A partir do momento 
que isso acontece, o trecho III também é invalidado, sobrando apenas o 
trecho II, como correto. 
 
Observe que o autor cita que ‘a queda do crescimento da economia no 
Brasil teve a ver com três motivos mais um’: 
 
1) Otimismo no mercado americano: “A situação nos EUA está mais 
positiva, há otimismo no mercado norte-americano”. 
 
2) Recessão na zona do euro: “Na zona do euro, serão dois trimestresconsecutivos em queda, o que, de acordo com a definição convencional, 
caracteriza recessão”. 
 
3) Desaceleração da China: “E a China está claramente em 
desaceleração”. 
 
4) Valorização cambial do real: “Outro fator foi a valorização cambial. No 
fim do ano passado, o real chegou a acumular a maior valorização 
cambial desde o início...”. 
 
GABARITO: D. 
 
5- Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas 
no texto. 
 
a) O uso de “ainda” (l.5) indica que a “recuperação modesta” (l.5) tem 
expectativas de vir a melhorar. 
b) A flexão de singular em “há” (l.3) deve-se à concordância com 
“otimismo” (l.3). 
c) Preservam-se a coerência e a correção gramatical do texto, conferindo-
lhe mais formalidade, ao substituir a expressão “teve a ver” (l.2) por viu. 
d) O uso do tempo e modo verbais em “serão” (l.5) sugere hipótese, 
possibilidade na declaração, incerteza de que isso venha a acontecer. 
e) O pronome “isso” (l.12) retoma a ideia expressa por “globalização 
financeira” (l.13 e 14). 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida. 
 
Observe que esta questão tratou de a) interpretação, b) concordância, c) 
paráfrase, d) emprego de tempos e modos verbais, e) coesão. Vejamos: 
 
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a) Observe o contexto: “... as ações subiram e estão no pico pós-crise, 
mas ainda é uma recuperação modesta”. O advérbio de tempo “ainda” 
indica que se espera uma melhora no cenário, portanto a afirmação da 
banca procede. 
 
b) O verbo “haver” (= existir) não varia, é impessoal, não tem sujeito e 
fica na 3ª pessoa do singular, obrigatoriamente. Portanto, não faz sentido 
dizer que “a flexão de singular em ‘há’ deve-se à concordância com 
‘otimismo’”. Mais do que isso, nesse caso, “otimismo” é o objeto direto do 
verbo haver. E, como já sabemos, a concordância se dá entre o verbo e o 
sujeito. 
 
c) É impossível parafrasear “teve a ver” por “viu” no contexto 
apresentado, pois a regência ficará comprometida: “A queda do 
crescimento da economia teve a ver (viu (???)) com três 
acontecimentos.” 
 
d) O futuro do presente do indicativo (serão) indica um fato futuro certo, 
portanto a afirmação da banca não procede. Se fosse “seriam” (futuro do 
pretérito do indicativo), aí, sim, haveria hipótese. 
 
e) Na verdade, o “isso” retoma o fato de “o real ter chegado a acumular a 
maior valorização cambial desde o início da globalização financeira”. 
 
GABARITO: A. 
 
6- Assinale a opção que apresenta erro gramatical inserido na transcrição 
do fragmento abaixo. 
 
O dinamismo da indústria ao longo do ano, particularmente no setor de 
veículos automotores, metalurgia e produtos minerais, assegurou o 
crescimento real da receita de Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI) em 14%. Contaram, também, como fatores impulsionadores da 
receita, as ações administrativas desenvolvidas pela Receita Federal e 
pela Procuradoria da Fazenda no trabalho de recuperação de débitos 
atrasados. Houve, também, mudanças na legislação tributária. Contribuiu, 
ainda, para o aumento da arrecadação, o recebimento de concessões para 
exploração de petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel celular, 
a receita de dividendos da União e a receita de cota-parte de 
compensações financeiras, em decorrência da elevada cotação do preço 
do petróleo no mercado internacional em parte deste ano. 
 
(Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/ 
carta05/7, acesso em 29/4/2012) 
 
a) vírgula depois de “minerais” (l.2). 
b) flexão de singular no verbo “Contribuiu” (l.7). 
c) preposição “em” (l.4) antes de 14%. 
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d) iniciais maiúsculas em “Imposto sobre Produtos Industrializados” (l.3). 
e) repetição da conjunção “e” na enumeração das linhas 9 e 10. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida, em que se trabalhou a) pontuação, b) concordância, c) 
emprego de preposição, d) ortografia, e) emprego da conjunção. 
 
Esta é uma das questões da ESAF que me causam profunda revolta com a 
banca. Pergunta que não quer calar: “Por que a ESAF não anula questões 
que precisam ser anuladas?” Se você está pensando que eu sou maluco, 
aguarde meu comentário sobre a letra B, que, inclusive e absurdamente, 
é o gabarito. 
 
a) Observe que, entre o sujeito e o verbo, há uma expressão intercalada: 
“O dinamismo da indústria ao longo do ano (sujeito), particularmente no 
setor de veículos automotores, metalurgia e produtos minerais, assegurou 
(verbo)...”. A vírgula após “minerais” está correta para separar todo o 
adjunto adverbial intercalado (sublinhado). 
 
b) Chegou a hora!!! Escute (!) bem o que tenho a dizer: “NENHUM 
GRAMÁTICO DIZ QUE O VERBO NÃO PODE CONCORDAR COM O NÚCLEO 
MAIS PRÓXIMO DO SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO AO VERBO!!!” 
Portanto, por que a ESAF considerou errada a concordância atrativa entre 
“Contribuiu” (verbo na 3ª pessoa do singular) e o primeiro núcleo do 
sujeito composto “o recebimento (3ª pessoa do singular) de concessões 
para exploração de petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel 
celular, a receita de dividendos da União e a receita de cota-parte de 
compensações financeiras”???? Se você souber a resposta, 
pelamordedeus, diga para o Pestaninha aqui. Todos os melhores 
gramáticos brasileiros consultados por mim abonam a concordância entre 
o verbo e o núcleo mais próximo do sujeito composto que vem após o 
verbo. Portanto, tanto faz “Contribuiu/Contribuíram, ainda, para o 
aumento da arrecadação, o recebimento de concessões para exploração 
de petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel celular, a receita 
de dividendos da União e a receita de cota-parte de compensações 
financeiras, em decorrência da elevada cotação do preço do petróleo no 
mercado internacional em parte deste ano.” 
 
O que mais posso dizer de uma banca que não anula questões anuláveis? 
“Garrei” um ódio da ESAF... 
 
c) Segundo Domingos Paschoal Cegalla, o uso da preposição “em” antes 
de numeral percentual está correto quando forma uma locução que 
modifica verbo transitivo, por isso o seu emprego no contexto está certo. 
Se o verbo for intransitivo, não obstante, dispensa-se a preposição “em”. 
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Exemplo: “Ele melhorou 100%”. Detalhezinho bobinho, não é?! Bem-
vindo à língua portuguesa culta! 
 
d) Nada desabona o uso de maiúsculas no caso de uma expressão com 
este grau de importância. Sobre siglas e letras maiúsculas, veja isto: 
www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/gdfaz/dicas.../Siglas-gdfaz.doc. 
 
e) Cada “e” tem sua função. Observe de novo: “... o recebimento de 
concessões para exploração de petróleo e gás natural e serviços de 
telefonia móvel celular, a receita de dividendos da União e a receita de 
cota-parte de compensações financeiras...” 
 
O primeiro “e” liga ‘petróleo’ a ‘gás natural’, núcleos do complemento 
nominal do substantivo ‘exploração’. 
 
O segundo “e” liga os complementos nominais do substantivo 
‘concessões’: ‘para exploração de petróleo e gás natural’ a ‘(para) 
serviços de telefonia móvel celular’. 
 
O terceiro “e” liga o penúltimo núcleo do sujeito composto (receita (de 
dividendos)) ao último (receita (de cota-parte)). 
 
GABARITO: B. 
 
Leia o seguinte texto para responder às questões 7 e 8. 
 
A oferta total de crédito na economia brasileira dobrou nos últimos oito 
anos. A queda da inflação, a diminuição da taxabásica de juros e também 
a criação de novas modalidades de financiamento, como o consignado, 
contribuíram para o aumento da disponibilidade de crédito. Isso foi 
decisivo para o crescimento do consumo e tem sido um dos principais 
dínamos do PIB. Mas começam a ficar evidentes os sinais de fadiga nessa 
expansão econômica baseada no endividamento. Mesmo com o 
barateamento do dinheiro provido pelo Banco Central, o crédito ficou mais 
caro para os consumidores. Preocupado com a falta de vigor da economia, 
o governo determinou que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal 
reduzissem as suas taxas. No cheque especial e no financiamento de 
veículos, por exemplo, os juros que agora serão cobrados pelos bancos 
públicos são praticamente a metade das taxas médias de mercado. 
 
(Adaptado de Veja, 18 de abril, 2012) 
 
7- Assinale a opção que fornece uma continuidade gramaticalmente 
correta e coerente para a argumentação do texto. 
 
a) Essa e outras medidas teriam a finalidade de aquecer de novo a 
economia, por meio do estímulo ao consumo e impulso para os 
investimentos. 
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b) Mas essas medidas foram eclipsadas pelo aumento dos spreads 
bancários como é chamada a diferença entre o juro que o banco paga e o 
juro que cobra. 
c) Ou seja, esses bancos passaram a pagar menos pelo dinheiro que 
captam no mercado, aumentando as possibilidades de conssessão de 
empréstimos. 
d) Provisões para cobrir essa inadimplência e o peso da tributação 
responde por mais da metade do custo do dinheiro – que os bancos 
repassam aos consumidores. 
e) No entender dos analistas essas medidas com respeito às taxas 
excessivas traz a ameaça de causar prejuízos que mais tarde terão que 
ser cobertos pelo Tesouro. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de continuidade textual. 
 
Observe a coerência e, principalmente, a correção gramatical, para 
otimizar nosso tempo. 
 
a) Além de o trecho estar gramaticalmente correto, note que os 
elementos coesivos “Essa (medida) e outras medidas” se referem a algo 
anterior, que se pode ver em: “o governo determinou que o Banco do 
Brasil e a Caixa Econômica Federal reduzissem as suas taxas”. Com isso, 
a coesão e a coerência se mantém adequadas. Note também que a ideia 
de ‘redução de taxas’ está ligada, do ponto de vista argumentativo, ao 
trecho “teriam a finalidade de aquecer de novo a economia, por meio do 
estímulo ao consumo e impulso para os investimentos”. 
 
b) Erro de pontuação. Veja como deveria ficar: “Mas essas medidas foram 
eclipsadas pelo aumento dos spreads bancários, como é chamada a 
diferença entre o juro que o banco paga e o juro que cobra”. A vírgula 
separa a oração que explica, como um aposto, a expressão anterior 
spreads. Além disso, só há uma medida (“o governo determinou que o 
Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal reduzissem as suas taxas”), 
e não “essas medidas”. 
 
c) Erro de ortografia. “Concessão” se escreve com C, logo esta opção já 
está errada. Não perca tempo no dia da prova. Viu o erro, avance. 
 
d) Erro de concordância. Veja como deveria ficar: “Provisões para cobrir 
essa inadimplência e o peso da tributação respondem...”. Sujeito 
composto antes do verbo = verbo no plural. 
 
e) Erro de pontuação e de concordância. Veja como deveria ficar: “No 
entender dos analistas, essas medidas com respeito às taxas excessivas 
trazem a ameaça de causar prejuízos que mais tarde terão que ser 
cobertos pelo Tesouro”. A vírgula serve para separar o adjunto adverbial 
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deslocado. O verbo deve concordar no plural com o núcleo do sujeito 
‘medidas’. Para fechar: alguns gramáticos, como Manoel Pinto Ribeiro, 
dizem ser coloquial a expressão “ter que + infinitivo” indicando 
obrigatoriedade, preferindo “ter de + infinitivo”. No entanto, a ESAF 
ignora isso! 
 
GABARITO: A. 
 
8- Provoca-se erro gramatical e/ou incoerência textual ao fazer a seguinte 
alteração nos verbos do fragmento acima. 
 
a) reduzam em lugar de “reduzissem” (l.11). 
b) têm contribuído em lugar de “contribuíram” (l.4). 
c) vem sendo em lugar de “tem sido” (l.5). 
d) dobrara em lugar de “dobrou” (l.1) 
e) virão a ser em lugar de “serão” (l.12). 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de emprego de tempos e modos verbais. 
 
a) A forma “reduzam”, presente do subjuntivo, está correta no contexto, 
pois apresenta correlação verbal com “determinou”, pretérito perfeito do 
indicativo: “... o governo determinou que o Banco do Brasil e a Caixa 
Econômica Federal reduzam as suas taxas”. 
 
b) O gabarito é outro. Esta opção não foi considerada errada. Sendo 
assim, inferimos que o pretérito perfeito simples (contribuíram), 
dependendo do contexto, pode ser substituído pelo pretérito perfeito 
composto (têm contribuído). Vamos entender isso melhor, analisando o 
contexto. 
 
Note que o primeiro período diz “nos últimos oito anos”. Isso significa que 
até o momento da declaração contida no primeiro período isso ainda vem 
ocorrendo, ou seja, dizer que “A oferta total de crédito na economia 
brasileira dobrou nos últimos oito anos” equivale a dizer que “A oferta 
total de crédito na economia brasileira tem dobrado nos últimos oito 
anos”. No período seguinte, usa-se a forma contribuíram, como se 
indicasse um passado concluído, mas não não faz sentido concluirmos que 
os fatores contributivos para o aumento da disponibilidade de crédito 
cessaram, ou seja, não mais apresentam sua contribuição para o 
aumento da disponibilidade de crédito. O que corrobora tal interpretação 
é a manutenção do aspecto durativo pela forma de pretérito perfeito 
composto do período seguinte: “Isso foi decisivo para o crescimento do 
consumo e tem sido um dos principais dínamos do PIB”. Ou seja, se o 
fato contido no segundo período tem sido um dos principais dínamos do 
PIB, é porque tem contribuído para tanto. Desse modo, os contextos 
anterior e posterior ao segundo período (A queda da inflação, a 
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diminuição da taxa básica de juros e também a criação de novas 
modalidades de financiamento, como o consignado, contribuíram para o 
aumento da disponibilidade de crédito) indicam que o fato de “contribuir” 
se iniciou no passado e se estende até o momento da declaração, 
equivalendo a “têm contribuído”. 
 
c) Toda locução verbal de tempo composto formada por “ter/haver 
(presente do indicativo) + particípio” pode ser substituída por “ir 
(presente do indicativo) + gerúndio”, logo “tem sido” = “vem sendo”. 
 
d) Eis o gabarito! Não se pode substituir pretérito perfeito do indicativo 
(dobrou) por pretérito mais-que-perfeito do indicativo (dobrara), pois este 
indica um fato passado a outro fato passado, já aquele indica um fato 
passado concluído. Tal substituição fere a coerência. 
 
e) As formas “virão a ser” e “serão” têm o mesmo sentido de futuro do 
presente do indicativo, logo uma pode substituir outra, sem que isso 
incorra em erro gramatical ou incoerência. 
 
GABARITO: D. 
 
Leia o texto abaixo para responder às questões 9 e 10. 
 
O Brasil vive uma situação intrigante: enquanto a economia alterna altos 
e baixos, a taxa de desemprego cai de forma consistente. Uma das 
possíveis causas é a redução do crescimento demográfico, que desacelera 
a expansão da população apta a trabalhar. Com menos pessoas buscando 
uma ocupação, a taxa de desemprego pode cair mesmo com o baixo 
crescimento.Isso é bom? Depende. Por um lado, a escassez de mão de 
obra reduz o número de desempregados e aumenta a renda. Por outro, 
eleva os custos e reduz a competitividade das empresas, o que pode levá-
las a demitir para reequilibrar as contas. É uma bomba-relógio que só 
pode ser desarmada com o aumento da produtividade – para manter o 
emprego, os trabalhadores precisarão ser treinados para produzir mais. 
 
(Adaptado de Ernesto Yoshida, Outro ângulo. Exame, ano 46, n. 7,18/4/2012) 
 
9- Provoca-se erro gramatical, com consequente incoerência textual, ao 
alterar as relações de coesão no texto, inserindo 
 
a) o pronome nossa antes de “economia” (l.1). 
b) o pronome suas antes de “contas” (l.9). 
c) o pronome seu antes de “baixo crescimento” (l.5 e 6). 
d) o termo para o Brasil depois de “bom” (l.6). 
e) o termo desse desemprego depois de “causas” (l.3). 
 
COMENTÁRIO: 
 
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Questão de coesão e coerência. 
 
Esta questão deveria ter sido anulada, pois não há erro gramatical algum, 
em nenhuma das substituições. Observe o que o enunciado diz: “Provoca-
se erro gramatical, com consequente incoerência textual”. Logo, a banca 
quer que se marque a opção com ERRO e INCOERÊNCIA. “Pestana, se 
não há erro gramatical em nenhuma opção, como assim a banca não 
anulou a questão?” Simples, meu nobre: porque ela não quis. Detalhe: 
tanto a letra C quanto a letra E apresentam incoerência textual, logo há 
dois gabaritos. Existe questão meio certa?! ☺ Sem comentários... 
 
Vejamos: 
 
a) O uso de “nossa” antes de “economia” está correto, pois se refere ao 
Brasil. 
 
b) O uso de “suas” está correto, pois se refere à empresa. 
 
c) Ambiguidade pura. Baixo crescimento da população ou da taxa de 
desemprego. Além disso, observe que se gera uma incoerência absurda 
com o uso de “seu”, pois “a taxa de desemprego pode cair mesmo com 
o seu baixo crescimento”???? 
 
d) “Isso é bom para o Brasil? Depende.” Note que não há mudança de 
sentido, nem incorreção gramatical, pois o adjetivo “bom” exige a 
preposição “para”, além disso, o contexto se refere ao Brasil. 
 
e) Não deveria ser “desse desemprego”, mas sim “dessa queda” ou 
“dessa taxa”, para manter a coerência. De qualquer modo, não há erro 
gramatical. 
 
Bem-vindo à ESAF! 
 
GABARITO: E. 
 
10- Desconsiderando os necessários ajustes nas letras iniciais maiúsculas 
e minúsculas, provoca-se erro gramatical e/ou incoerência textual ao 
 
a) substituir o sinal de interrogação depois de “bom” (l.6) por um sinal de 
ponto e vírgula. 
b) inserir uma vírgula depois de “cair” (l.5). 
c) retirar o sinal de dois pontos depois de “intrigante” (l.1) e, ao mesmo 
tempo, substituir a vírgula depois de “baixos” (l.2) pelo sinal de dois 
pontos. 
d) substituir o ponto depois de “Depende” (l.6) pelo sinal de dois pontos 
e, ao mesmo tempo, substituir o ponto depois de “renda” (l.7) por ponto 
e vírgula. 
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e) substituir o travessão depois de “produtividade” (l.10) pelo sinal de 
dois pontos. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de pontuação. 
 
a) Com a retirada do sinal de interrogação, vai haver incoerência, porque 
haverá mudança de sentido (de interrogação para afirmação) e causará 
estranheza ao contexto. Note: “Isso é bom; depende.” Não é possível 
afirmar algo de maneira taxativa e logo depois relativizar, dizendo 
“depende”. Isso gera incoerência. 
 
b) É possível colocar uma vírgula após “cair” para separar o adjunto 
adverbial de concessão: “... a taxa de desemprego pode cair, mesmo com 
o baixo crescimento.” Esta vírgula é facultativa, pois o adjunto adverbial 
aparece após o verbo. 
 
c) Com a mudança de pontuação, não houve incorreção alguma nem 
mudança de sentido. Veja: “O Brasil vive uma situação intrigante 
enquanto a economia alterna altos e baixos: a taxa de desemprego cai de 
forma consistente.” Note que os dois-pontos ainda continuam 
introduzindo uma explicação. 
 
d) Segundo a sugestão desta alternativa, a redação ficaria assim: “Isso é 
bom? Depende: por um lado, a escassez de mão de obra reduz o número 
de desempregados e aumenta a renda; por outro, eleva os custos e reduz 
a competitividade das empresas, o que pode levá-las a demitir para 
reequilibrar as contas.” Note que os dois-pontos introduzem uma 
explicação (= Depende, pois...) e o ponto e vírgula separa as orações 
coordenadas (por um lado, a escassez de mão de obra reduz o número de 
desempregados e aumenta a renda; por outro, eleva os custos e reduz a 
competitividade das empresas). 
 
e) Os dois-pontos podem separar orações coordenadas: “É uma bomba-
relógio que só pode ser desarmada com o aumento da produtividade: 
para manter o emprego, os trabalhadores precisarão ser treinados para 
produzir mais.” 
 
Obs.: A ESAF grafa “dois pontos” (sem hífen); o VOLP grafa com hífen (dois-pontos), por 
isso eu grafo com hífen. 
 
GABARITO: A. 
 
11- Assinale a opção em que a reescrita do trecho sublinhado preserva a 
correção gramatical e a coerência do texto. 
 
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O “jogo” civilizatório da redistribuição melhorou de forma espetacular a 
inclusão social, ampliou o mercado interno e funcionou muito bem 
aumentando a demanda global. Infelizmente não acompanhamos o 
mesmo ritmo e, com a mesma disposição, a ampliação da oferta global. 
Está esgotado o espaço disponível. O resultado natural é que a diferença 
entre a demanda e a oferta globais se dissipa, inexoravelmente, em um 
aumento da inflação interna nos preços dos bens não transacionáveis (os 
serviços) e externamente, em uma ampliação do déficit em conta 
corrente. O efeito colateral muito importante desse processo é a imensa 
valorização da relação câmbio nominal/salário nominal, que é o indicador 
do câmbio “real”. 
 
(Adaptado de Antonio Delfim Netto, Emergência e Reformas. Carta Capital, 18 de abril 
de 2012, p. 37) 
 
a) Vem daí, como resultado natural, a diferença entre a demanda que 
dissipa a oferta global dissipa inexoravelmente, em um aumento da 
inflação interna nos preços dos bens não transacionáveis – os serviços – e 
externamente, há uma ampliação do déficit em conta corrente. 
b) Daí naturalmente resulta que a diferença entre a demanda e a oferta 
globais, inexoravelmente, se dissipam por um aumento da inflação 
interna nos preços dos bens não transacionáveis (os serviços) e uma 
ampliação externa do déficit em conta corrente. 
c) O resultado natural da diferença entre a demanda interna e a oferta 
global se dissipa, inexoravelmente, em um aumento da inflação 
internamente (nos preços dos bens não transacionáveis – os serviços) e 
externamente, em uma ampliação do déficit em conta corrente. 
d) Como resultado natural, há, internamente, um aumento da inflação 
nos preços dos bens não transacionáveis (os serviços) e, externamente, 
uma ampliação do déficit em conta corrente; isso dissipa, 
inexoravelmente, a diferença entre a demanda e a oferta globais. 
e) Daí resulta, naturalmente, uma ampliação do déficit em conta corrente 
que vem da diferença entre a demanda e a oferta globais e se dissipa, 
inexoravelmente, em um aumento da inflação interna nos preços dos 
bens não transacionáveis (os serviços). 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de reescritura, com correção gramatical. 
 
O que mais pesa nesse tipo de questão é o conceito de correção 
gramatical. Veja só: 
 
a) Vem daí, como resultado natural,a diferença entre a demanda que 
dissipa a oferta global dissipa inexoravelmente, em um aumento da 
inflação interna nos preços dos bens não transacionáveis – os serviços – e 
externamente, há uma ampliação do déficit em conta corrente. 
 
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Tal repetição de verbos provoca incoerência. 
 
b) Daí naturalmente resulta que a diferença entre a demanda e a oferta 
globais, inexoravelmente, se dissipam por um aumento da inflação 
interna nos preços dos bens não transacionáveis (os serviços) e uma 
ampliação externa do déficit em conta corrente. 
 
Erro de concordância. Deveria ser dissipa, no singular. Veja: “a diferença 
(núcleo do sujeito) entre a demanda e a oferta globais, inexoravelmente, 
se dissipa...”. 
 
c) O resultado natural da diferença entre a demanda interna e a oferta 
global se dissipa, inexoravelmente, em um aumento da inflação 
internamente (nos preços dos bens não transacionáveis – os serviços), e, 
externamente, em uma ampliação do déficit em conta corrente. 
 
Além da mudança de sentido com o texto original, para dizer o mínimo, 
faltaram as vírgulas antes e depois do “e”. A vírgula antes dele serve para 
separar a expressão “em um aumento da inflação internamente (nos 
preços dos bens não transacionáveis – os serviços)”; a vírgula depois dele 
serve para separar o adjunto adverbial “externamente”. 
 
d) Como resultado natural, há, internamente, um aumento da inflação 
nos preços dos bens não transacionáveis (os serviços) e, externamente, 
uma ampliação do déficit em conta corrente; isso dissipa, 
inexoravelmente, a diferença entre a demanda e a oferta globais. 
 
Reescritura perfeita! 
 
e) Daí resulta, naturalmente, uma ampliação do déficit em conta corrente 
que vem da diferença entre a demanda e a oferta globais e se dissipa, 
inexoravelmente, em um aumento da inflação interna nos preços dos 
bens não transacionáveis (os serviços). 
 
O que se dissipa é a diferença entre a demanda e a oferta globais. Houve 
mudança de sentido em relação ao trecho original. 
 
GABARITO: D. 
 
12- Com relação ao uso das estruturas linguísticas ou da grafia das 
palavras, assinale o trecho em que o texto adaptado de Júlio Miragaya, 
Desindustrialização e baixo crescimento econômico (Correio Braziliense, 
23 de abril de 2012), foi transcrito corretamente. 
 
a) A valorização do real e o custo Brasil, que têm reduzido a 
competitividade de nossos produtos industriais no mercado internacional, 
ao mesmo tempo que torna o mercado interno mais vulnerável à 
concorrência de produtos de outros países com consequências ruins não 
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só para a balança comercial, mas também para os níveis de emprego e de 
renda para a arrecadação de tributos. 
b) No custo Brasil consta os elevados preços da energia elétrica e do gás 
natural; a insuficiência e relativamente precária malha de transportes; o 
baixo nível de investimentos em tecnologia; e uma estrutura tributária 
que incide sobre a produção e o consumo e não sobre a renda e a 
riqueza. 
c) O fato é que o setor industrial ficou estaguinado em 2011, puxando 
para baixo o crescimento do PIB, sendo o mais baixo entre todos os 
países sul-americanos. E as perspectivas são de novo crescimento do 
produto industrial próximo a zero – com um tímido crescimento do PIB. 
d) O elevado custo de nossa logística é outra causa que não vêm sendo 
devidamente enfrentada. O barateamento do custo da energia e dos 
transportes requerem a ampliação dos investimentos públicos, 
necessidade que se choca com um dos pilares da política econômica. 
e) Em suma, não há como ampliar substantivamente os investimentos 
públicos sem uma redução drástica nos gastos com pagamento dos juros 
da dívida pública. Também se deve buscar ampliação do investimento em 
inovação, condição essencial para o aumento da produtividade. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de reconhecimento de frases corretas e incorretas. 
 
A essa altura do campeonato, creio que você já está escaldado(a) com 
esse tipo de questão da ESAF, certo? Mesmo assim, vejamos uma por 
uma: 
 
a) A valorização do real e o custo Brasil, que têm reduzido a 
competitividade de nossos produtos industriais no mercado internacional 
(oração subordinada adjetiva explicativa), ao mesmo tempo que torna o 
mercado interno mais vulnerável à concorrência de produtos de outros 
países com consequências ruins não só para a balança comercial, mas 
também para os níveis de emprego e de renda para a arrecadação de 
tributos (oração subordinada adverbial temporal). 
 
Ocorre “truncamento sintático”, pois não há oração principal para as 
orações subordinadas (sublinhadas). Sobre este conceito, recomendo que 
leia, urgentemente, agora, o que se encontra neste link: 
 
http://www.euvoupassar.com.br/?go=artigos&a=npiPtDjU6KXLtDBq8zgn
MLxWWspf53XaUNcrERYAOVY~ 
 
b) No custo Brasil, (vírgula recomendada para separar o adjunto adverbial 
de certa extensão) constam (verbo no plural) os elevados preços (núcleo 
do sujeito no plural) da energia elétrica e do gás natural, a insuficiência e 
relativamente precária malha de transportes, o baixo nível de 
investimentos em tecnologia e uma estrutura tributária que incide sobre a 
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produção e o consumo e não sobre a renda e a riqueza (não se usam 
pontos e vírgulas para separar termos do sujeito composto (em itálico)). 
 
c) O fato é que o setor industrial ficou estagnado (observe a ortografia!) 
em 2011, puxando para baixo o crescimento do PIB, sendo o mais baixo 
entre todos os países sul-americanos. E as perspectivas são de novo 
crescimento do produto industrial próximo a zero – com um tímido 
crescimento do PIB. 
 
d) O elevado custo de nossa logística é outra causa que não vem (só 
recebe acento circunflexo no plural, o que não é o caso, pois concorda 
com o antecedente do pronome relativo, “causa”) sendo devidamente 
enfrentada. O barateamento (núcleo do sujeito no singular) do custo da 
energia e dos transportes requer (verbo no singular) a ampliação dos 
investimentos públicos, necessidade que se choca com um dos pilares da 
política econômica. 
 
e) Em suma, não há como ampliar substantivamente os investimentos 
públicos sem uma redução drástica nos gastos com pagamento dos juros 
da dívida pública. Também se deve buscar ampliação do investimento em 
inovação, condição essencial para o aumento da produtividade. 
 
Redação perfeita! Qualquer dúvida sobre ela, envie um e-mail: 
fernandopest@yahoo.com.br. 
 
GABARITO: E. 
 
13- Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas 
no texto abaixo. 
 
Inicialmente, é necessário considerar __(1)__ o crescimento da oferta de 
crédito deve ocorrer sempre de maneira sustentada e sem aumento 
__(2)__ riscos sistêmicos. A recente crise do subprime nos EUA e os 
problemas fiscais na zona do euro são evidências claríssimas dos riscos do 
excesso de alavancagem e da imprudência na concessão de crédito 
__(3)__ bancos. Medidas do governo para forçar os bancos – públicos ou 
privados – a __(4)__ mais com taxas artificialmente baixas __(5)__ levar 
à formação de bolhas no mercado de crédito __(6)__ conseqüências 
imprevisíveis para a estabilidade financeira sistêmica. 
 
(Adaptado de Gustavo Loyola, Baixar “spreads” exige medidas sustentáveis. O Estado de 
São Paulo, 21 de abril de 2012) 
 
a) 
b) 
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c) 
d) 
e) 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de preenchimento de lacunas (coesão e coerência). 
 
1: A regência de “considerar” não apresenta a preposição “de” ou “em”, 
logo, de cara, eliminamos B, C e E. O verbo é transitivo direto, logo não 
exige preposição: Quem considera... considera algo ou alguém. Estamos 
entre a A e a D... 
 
2: O substantivo “aumento”, no contexto, pode exigir a preposição “de” 
ou “em”, segundo Celso Pedro Luft, em seu dicionário de regência 
nominal (que você deve comprar!). Logo, a A e a D estão empatadas... 
 
3: O substantivo “concessão” rege seus complementos assim: “de... a” ou 
“de... por”, logo o certo é: “... concessão de crédito pelos bancos”. 
Matamos a charada!!! 
 
4: Pode ser “emprestar” ou “emprestarem”. Como o sujeito não está 
explícito antes do infinitivo e vem após preposição não exigida por 
substantivo anterior, é facultativa a concordância. 
 
5: Medidas... podem levar... 
 
6: A preposição “com” (valor de companhia) introduz um adjunto 
corretamente. 
 
GABARITO: A. 
 
14- No que diz respeito ao uso do sinal de crase, assinale a opção que 
preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. 
 
Uma mera observação __(1)__olho nu já basta para constatar que 
parcela relevante do spread está ligada, direta ou indiretamente, __(2)__ 
políticas públicas, sejam tributárias regulatórias ou de outra natureza. 
Parece, pois, difícil avançar na questão dos spreads, sem que tais políticas 
sejam, no mínimo, reavaliadas, obviamente não perdendo de vista os 
legítimos objetivos de cada uma delas. 
 
Por outro lado, o aumento da eficiência do sistema bancário é igualmente 
relevante para __(3)__ queda dos spreads. Isso sugere que “parte da 
bola”, pelo menos, está com os bancos, públicos e privados, que devem 
se tornar cada vez mais eficientes nas funções de intermediários 
financeiros. Em suma, é necessário um permanente diálogo entre o setor 
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bancário e o governo, com vistas __(4)__ implementação de medidas 
sustentáveis para redução de spread, objetivo que deve ser atingido sem 
ameaças __(5)__ estabilidade financeira. 
 
(Adaptado de Gustavo Loyola, Baixar “spreads” exige medidas sustentáveis. O Estado de 
São Paulo, 21 de abril de 2012) 
 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de crase. Sempre molezinha! 
 
1: Não há crase diante de palavra masculina. 
2: “... está ligada A + AS > ÀS políticas...”. 
3: Não há crase depois de outra preposição, a não ser “até”. 
4: “... com vistas A + A > À implementação...” 
5: “... ameaças A + A > À estabilidade...” 
 
Note que a maioria das questões da ESAF trata de crase com regência, 
afinal, é pela regência de ligada, vistas e ameaça que rola a crase! 
 
GABARITO: D. 
 
15- Assinale a opção em que o preenchimento das lacunas do fragmento 
abaixo preserva a correção gramatical e a coerência entre os argumentos 
do texto. 
 
O principal componente dos juros é a taxa Selic. É referência de custo de 
captação: ______(1)_______ em títulos públicos, o depositante não 
aceitará do banco remuneração muito inferior à Selic. 
 
Para o banco, a Selic sinaliza o custo de oportunidade: 
________(2)_______ ao Tesouro à taxa Selic, só emprestará a terceiros 
a juros maior, pois maior é o risco. 
 
(Adaptado de Joca Levy, Juros, demagogia e bravatas. O Estado de São Paulo, 21 de 
abril de 2012) 
 
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a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de emprego de tempos e modos verbais e de correlação verbal. 
 
Esta questão era maliciosa, pois a banca substitui o futuro do subjuntivo 
pelo presente do indicativo. Isso é possível na língua portuguesa, mas 
não é o ideal dentro do registro culto da língua. Como não existe opção 
melhor, por uma questão de correlação verbal, ficamos com a seguinte 
resscritura: 
 
O principal componente dos juros é a taxa Selic. É referência de custo de 
captação: se pode (= puder) aplicar em títulos públicos, o depositante 
não aceitará do banco remuneração muito inferior à Selic. 
 
Para o banco, a Selic sinaliza o custo de oportunidade: se pode (= puder) 
emprestar ao Tesouro à taxa Selic, só emprestará a terceiros a juros 
maior, pois maior é o risco. 
 
Note que “pode” (presente do indicativo) mantém correlação verbal com 
“aceitará/emprestará” (futuro do presente do indicativo). 
 
Observe que as demais correlações verbais das outras alternativas não 
estão corretas, pois não se pode correlacionar pretérito imperfeito do 
subjuntivo (pudesse/emprestasse) com futuro do presente do indicativo 
(aceitará/emprestará). 
 
GABARITO: D. 
 
16- Assinale a opção em que o preenchimento da lacuna com o conectivo 
abaixo resulta em erro gramatical ou incoerência textual no seguinte 
fragmento. 
 
A dívida pública brasileira é uma velha herança. ____(A)_____aumentou 
consideravelmente nos anos 80, ____(B)_____ os juros internacionais 
subiram muito. Mais de 40 países foram arrastados pela crise da dívida, a 
partir de 1982. ____(C)____ seus governos foram capazes de reorganizar 
as contas públicas e de reduzir o peso da dívida. ____(D)____o Brasil 
continuou prisioneiro do endividamento inflado naquele período e, além 
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disso, permitiu o aumento de seu peso nos anos seguintes. ____(E)____, 
a carga tributária brasileira é maior que a de todos ou quase todos os 
países emergentes e até mais pesada que a de algumas economias 
avançadas, como os EUA e o Japão. 
 
(Adaptado de O Estado de São Paulo, Notas & Informações. 21 de abril de 2012) 
 
a) Portanto 
b) quando 
c) Porém 
d) Mas 
e) No entanto 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de coesão (especificamente conjunção). 
 
A relação de sentido entre “A dívida pública brasileira é uma velha 
herança” e “aumentou consideravelmente nos anos 80” é de ressalva, 
logo o certo seria não a conjunção conclusiva “Portanto”, mas uma das 
conjunções adversativas “mas, porém, contudo, entretanto, todavia, 
etc.”. 
 
Veja: “A dívida pública brasileira é uma velha herança. Entretanto 
aumentou consideravelmente nos anos 80, quando os juros internacionais 
subiram muito.” 
 
GABARITO: A. 
 
17- Assinale a opção em que ao menos uma das duas formas 
apresentadas para preencher as lacunas do texto provoca erro gramatical 
ou incoerência textual. 
 
É mais do que evidente que a persistente supervalorização do real colocou 
setores importantes da indústria brasileira “fora do negócio”: primeiro 
___(A)___ as importações (chinesas substancialmente, mas com 
fronteiras abertas aos demais concorrentes), ____(B)____ da produção 
nacional voltada para o mercado interno; em segundo lugar, 
____(C)____ as exportações brasileiras porque bloqueou a capacidade de 
competição de nossa indústria no exterior, em mercados ____(D)____ 
tínhamos forte presença. Os regimes democráticos têm uma 
característica: ____(E)____ pode mobiliza legalmente suas forças na 
defesa de seus interesses. Não devemos ter ilusões. 
 
(Adaptado de Antonio Delfim Netto, Emergência e Reformas. Carta Capital, 18 de abril 
de 2012, p. 37) 
 
a) facilitando/facilitou 
Língua Portuguesa 
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