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Aula 03 Lingua Portuguesa provas Comentadas da Banca ESAF prof fernando Pestana

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Língua Portuguesa 
Provas Comentadas da ESAF 
Prof. Fernando Pestana – Aula 03 
 
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AULA 03 
 
Salve, salve!!! 
 
 Meu/minha nobre, como hoje as palavras bonitinhas me faltam, 
darei voz a alguns dos homens mais sábios da humanidade: 
 
“Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.” 
(Confúcio) 
 
“Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer 
é tentar mais uma vez.” (Thomas Edison) 
 
“O gênio, esse poder que deslumbra os olhos humanos, não é outra coisa 
senão a perseverança bem disfarçada.” (Johann Goethe) 
 
 É isso aí, persevere, que a vaga será sua! 
 
 
ESAF – MI-CENAD – ANALISTA DE SIST. DE INF. E REDES – 2012 
 
Importante: Atendendo a pedidos, a partir desta aula, destacarei no 
texto termos e expressões apontadas nas alternativas. 
 
Considere o texto abaixo para responder às questões 1 e 2. 
 
Sabe-se muito pouco dos rumos que as grandes cidades tomarão nas 
próximas décadas. Muitas vezes nem se prevê a dinâmica metropolitana 
do próximo quinquênio. Mesmo com a capacitação e o preparo dos 
técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana, há variáveis 
independentes que interferem nos planos e projetos elaborados pelos 
legislativos e encaminhados ao Executivo. Logicamente não se prevê o 
malfadado caos urbano, mas ele pode ensejar que o país se adiante aos 
eventos e tome medidas preventivas ao desarranjo econômico, que teria 
consequências nefastas. Para antecipar-se, o Brasil tem condições 
propícias para criar think tanks ou, em tradução livre, usinas de ideias ou 
institutos de políticas públicas. Essas instituições podem antecipar-se ao 
que poderá surgir no horizonte. Em outras palavras, deseja-se o retorno 
ao planejamento urbano e regional visando o bem-estar da sociedade. 
Medidas nessa direção podem (e devem) estar em consonância com a 
projeção de tendências e mesmo com a antevisão de demandas dos 
destinatários da gestão urbana – os cidadãos, urbanos ou não. 
 
(Adaptado de Aldo Paviani, Metróples em expansão e o futuro. Correio Braziliense, 8 de 
dezembro, 2011) 
Língua Portuguesa 
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1- Infere-se da argumentação do texto que 
 
a) os técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana deveriam ser 
mais capacitados para realizar os projetos encaminhados ao Executivo. 
b) a dinâmica metropolitana altera-se a cada quinquênio, seguindo 
variáveis que devem constar dos planos e projetos de cada período 
legislativo. 
c) institutos de políticas públicas teriam como tarefa o planejamento 
urbano e regional, antecipando-se a um possível desarranjo econômico. 
d) o caos urbano que poderá afetar as grandes cidades nos próximos 
anos terá o desarranjo econômico como uma de suas piores 
consequências. 
e) as demandas crescentes dos habitantes das grandes cidades 
contrastam com a baixa demanda dos cidadãos não urbanos. 
 
2- Provoca-se erro gramatical e incoerência textual ao fazer a seguinte 
alteração nos sinais de pontuação do texto: 
 
a) substituir o ponto depois de “quinquênio” (ℓ.3), por vírgula. 
b) substituir o ponto depois de “décadas” (ℓ.2) pelo sinal de dois pontos. 
c) inserir uma vírgula depois de “Logicamente” (ℓ.6). 
d) retirar os parênteses que destacam “e devem” (ℓ.14). 
e) substituir o travessão depois de “urbana” (ℓ.16) por vírgula. 
 
Considere o texto abaixo para responder às questões 3, 4 e 5. 
 
A vida em um país nórdico, como a Finlândia, nos faz refletir mais 
profundamente sobre a relação entre liberdade, igualdade, autonomia e 
formatos sociais que podem propiciar vidas mais plenas e felizes aos seus 
cidadãos. Para alguém habituado a desigualdades, uma sociedade 
igualitária, com amplo respeito pela vida humana, excelentes índices de 
educação, burocracia inteligente e serviços públicos voltados (de fato) 
para melhorar a vida do cidadão, soa como um caminho para a produção 
de seres humanos mais plenos e sociedades mais inspiradoras. Talvez não 
seja assim. Quando nos referimos à igualdade, não tratamos de mera 
distribuição equitativa da renda. A igualdade e a dignidade humana que 
uma sociedade pode produzir referem-se à possibilidade de o cidadão ter 
condições materiais e subjetivas à sua disposição, para que, atendidas 
suas necessidades básicas e diárias de bem-estar, ele se ocupe com 
questões outras que a sobrevivência. Essas necessidades básicas de bem-
estar incluem uma ilimitada oferta de bens públicos: de excelentes 
creches, escolas, universidades, sistema de saúde e previdência a todos, 
piscinas públicas, parques, transporte confortável e excelente, seguro-
desemprego por tempo indefinido, licença maternidade de 10 meses, 
muitas bibliotecas públicas… No entanto, a Finlândia tornou-se uma 
sociedade tão igualitária quanto apática. Pouco criativa, reproduz o 
mundo com extrema facilidade, mas tem limitada capacidade 
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transformadora. A maioria de seus educados cidadãos são seres 
pouquíssimo críticos: questionam pouco a vida que levam e são 
fisicamente contidos. E isso não parece ter forte relação com o frio. É um 
acomodamento social, um respeito quase inexorável pelas regras. Esse 
resultado não foi causado, é evidente, pelo formato social igualitário. Em 
outros termos, não foi a igualdade que deixou o país apático. Ademais, 
sociedades desiguais podem ser tão ou mais acríticas e reprodutoras. O 
ponto que nos intriga é que a igualdade, o respeito e a dignidade dados a 
todos não levaram à autonomia, ao pensamento criativo e crítico, e a 
processos transformadores. 
 
(Adaptado de Isabela Nogueira, Do bem-estar ao pensamento crítico: um olhar sobre o 
norte,outubro 3, 2009 por Coletivo Crítica Econômica 
http://criticaeconomica.wordpress.com/2009/10/03/ - acesso em 12/12/2011) 
 
3- Assinale a interpretação da oração “Talvez não seja assim.” (ℓ.8 e 9) 
que respeita as relações semânticas entre as ideias do texto e mantém a 
coerência entre os argumentos. 
 
a) A relação entre formatos sociais e os excelentes índices de educação é 
questionável. 
b) A vida em um país nórdico nem sempre faz refletir sobre a relação 
entre igualdade e liberdade. 
c) Não é comum que serviços públicos voltados para melhorar a vida do 
cidadão caracterizem países nórdicos. 
d) Nem sempre uma sociedade igualitária tem como consequência a 
formação de seres humanos plenos e sociedades transformadoras. 
e) O hábito da desigualdade pode impedir uma reflexão mais profunda 
sobre os valores de uma sociedade igualitária. 
 
4- Assinale a opção correta a respeito das relações de concordância no 
texto. 
 
a) A flexão de singular em “soa” (ℓ.7) justifica-se pela concordância com 
“uma sociedade igualitária” (ℓ. 4 e 5). 
b) Nas linhas 2 e 3, a enumeração de vários elementos, “liberdade, 
igualdade, autonomia e formatos sociais” justifica a flexão de plural em 
“podem”. 
c) Devido ao uso do pronome “se”, o plural em “referem-se” (ℓ.11) é 
opcional: estaria igualmente correto empregar o singular: refere-se. 
d) Por se referir a “sociedades desiguais” (ℓ.28), o infinito em “podem ser” 
(ℓ.28) admitiria também a flexão de plural, serem. 
e) Na linha 30, o plural no pronome “todos” justifica a flexão de plural em 
“levaram”. 
 
5- Na organização das relações de coesão e coerência do texto, 
 
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a) O pronome “todos” (ℓ.30) retoma e sintetiza os termos da enumeração 
“a igualdade, o respeito e a dignidade” (ℓ.29). 
b) a expressão “tem limitada capacidade transformadora” (ℓ.21 e 22) 
retoma, com outras palavras, a ideia de “reproduz o mundo com extrema 
facilidade” (ℓ.20 e 21). 
c) o substantivo “seres” (ℓ.22) e o pronome “que” (ℓ.23) retomam a 
expressão “seus educados cidadãos” (ℓ.22). 
d) a expressão “Esse resultado” (ℓ.25 e 26) retoma a ideia de “sociedade 
tão igualitária” (ℓ.20), já sintetizada em “isso” (ℓ.24). 
e) os pronomes “sua” (ℓ.12), “suas” (ℓ.13), “ele” (ℓ.13) e “se” (ℓ.13) 
referem-se a “o cidadão” (ℓ.11). 
 
6- Assinale a opção em que ocorre erro na transcrição e adaptação do 
texto O real valor das coisas, de Lívia Lisboa, publicado em Vida simples, 
dezembro 2011, edição 113, p.44. 
 
Quanto custa aquilo que você compra no supermercado? Com certeza, 
bem além do (A) preço que está marcado na etiqueta! Raj Patel, autor do 
livro O valor de nada, investigou a distorção que existe quando ignoramos 
os custos escondidos além do binômino oferta-procura. “A eterna busca 
por (B) crescimento econômico transformou a humanidade em um agente 
da extinção, por meio da contínua desvalorização dos serviços 
ecossistêmicos que mantém (C) nossa Terra viva”, diz Patel. “Muitas 
vezes não nos damos conta de que (D) nossa escolha por uma ou outra 
marca, em busca da melhor pechincha, determina o grau de estrago no 
meio ambiente. Quem paga essa diferença? Associações e organizações 
do mundo todo estão tentando rastrear as pegadas que deixamos ao 
longo do processo: desde a produção de cada item, e seu transporte, até 
chegar às (E) gôndolas, passando pela forma como o usamos, até seu 
descarte. 
 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
7- O texto Grandes cidades nem sempre são as mais poluentes diz 
estudo, da France Press, publicado em 
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/866228 (com acesso em 
29/12/2011) foi adaptado para compor os fragmentos abaixo. Numere-os, 
de acordo com a ordem em que devem ser dispostos para formar um 
texto coeso e coerente. 
 
( ) Nesse estudo, enquanto cidades do mundo todo foram apontadas 
como culpadas por cerca de 71% das emissões causadoras do efeito 
estufa, cidadãos urbanos que substituíram os carros por transporte 
público ajudaram a diminuir as emissões per capita em algumas cidades. 
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( ) Pesquisadores examinaram dados de cem cidades em 33 países, em 
busca de pistas sobre quais metrópoles seriam as maiores poluidoras e 
por que, de acordo com estudo publicado na revista especializada 
“Environment and Urbanization”. 
( ) “Isso reflete a grande dependência de combustíveis fósseis para a 
produção de eletricidade, uma base industrial significante em muitas 
cidades e uma população rural relativamente grande e pobre”, informa o 
estudo. 
( ) Por fim, quando os pesquisadores olharam as cidades asiáticas, 
latino-americanas e africanas, descobriram emissões menores por pessoa. 
A maior parte das cidades na África, Ásia e América Latina tem emissões 
inferiores por pessoa. O desafio para elas é manter essas emissões 
baixas, apesar do crescimento de suas economias. 
( ) O estudo também aponta outras tendências, como as cidades de 
climas frios terem emissões maiores, e países pobres e de renda média 
terem emissões per capita inferiores aos países desenvolvidos. 
 
A sequência correta é 
 
a) (1) (2) (5) (4) (3) 
b) (2) (1) (3) (5) (4) 
c) (2) (5) (1) (3) (4) 
d) (4) (1) (2) (5) (3) 
e) (4) (2) (1) (3) (5) 
 
8- Assinale a opção que, na sequência, preenche corretamente as lacunas 
do texto, de modo a manter o correto uso dos modos e tempos verbais e 
a coerência entre as ideias. 
 
Assim que o governo divulgou o crescimento zero do produto interno 
bruto brasileiro no terceiro semestre, não faltaram prognósticos negativos 
a respeito da economia do país e houve até quem _____(1)_____ em 
risco de recessão no futuro próximo. Basta um olhar mais atento aos 
números de 2011 para _______(2)_______ que o pessimismo não se 
justifica. Entre os empresários não são poucas as vozes 
que______(3)______dos alarmistas. Não faltam motivos para supor que, 
em 2011, os números da economia brasileira_____(4)______vir ainda 
mais fortes. Além dos juros menores, conforme ______(5)______ a 
maioria dos economistas, do crédito em expansão, e dos incentivos 
fiscais, está previsto para janeiro um reajuste no salário mínimo, o que 
_____(6)_____ impactos significativos à renda dos trabalhadores e 
aposentados. Nesse ciclo, o mercado interno seguirá aquecido. 
 
(Mariana Queiroz Barbosa, O país não vai parar. Isto É, 14/12/2011) 
 
a) fale / percebermos / discordassem / possam / prevera / trará 
b) falasse / perceberem / discordassem / pudessem / prevê / trouxera 
c) falasse / perceber / discordam / possam / prevê / trará 
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d) falou / percebermos / discordaram / podem / prevera / traria 
e) falou / perceberem / discordaram / podem / previssem / trouxera 
 
Considere o texto abaixo para responder às questões 9 e 10. 
 
A teoria econômica evoluiu muito desde 1776, quando Adam Smith, em 
célebre obra investigou as causas das riquezas das nações. A teoria 
mostrou como funcionam os mercados, o papel da produtividade, as 
formas de aumentá-la e a função das instituições. Contribuiu, assim, para 
a formulação das políticas que trouxeram mais desenvolvimento e bem-
estar. No Brasil, os economistas também contribuem para o 
desenvolvimento. Acontece que, se defenderem reformas em favor das 
maiorias, que causam perdas a minorias, os economistas serão rotulados 
de socialmente insensíveis. Quando um médico prescreve um tratamento, 
o objetivo é o bem-estar do paciente. Ninguém dirá que ele planeja o 
sofrimento. Mas, se os economistas sugerem medidas de austeridade 
para resolver desequilíbrios e restabelecer o crescimento sustentável, diz-
se que eles propugnam ações para promover a recessão, o desemprego e 
a destruição de conquistas sociais. O receituário do médico incorpora 
esperança e simpatia, pois se sabe que o objetivo dele é a cura da 
doença. Sua ação é mais percebida por todos. A expectativa maior é de 
êxito. O diagnóstico é mais preciso, especialmente com os avanços da 
tecnologia. O economista não tem essas vantagens. No tratamento de 
crises, lida com incertezas, complexidades e situações inéditas. Os 
economistas tendem a errar mais que os médicos, mas seu foco jamais 
será a recessão pela recessão ou a austeridade sem propósito. 
 
(Adaptado de Maílson da Nóbrega, A recessão é uma política ou o efeito? Veja, 14 de 
dezembro, 2011) 
 
9- Preserva-se a coerência entre os argumentos do texto, bem como sua 
correção gramatical, ao 
 
a) empregar um conectivo de valor condicional, como Se, em lugar de 
“Quando” (ℓ.9). 
b) substituir a conjunção condicional “se” (ℓ.7) pelo conectivo caso. 
c) explicitar o valor explicativo da oração, inserindo a conjunção pois 
para ligar a oração iniciada por “Sua ação” (ℓ.16) com a anterior, 
mudando para minúscula a letra inicial de “Sua”. 
d) ligar as orações iniciadas por “O economista...” (ℓ.18) e “No 
tratamento” (ℓ.18), em um mesmo período sintático, retirando o ponto 
final e mudando para minúscula a letra inicial maiúscula de “No”. 
e) inserir a conjunção Embora no início do último período sintático do 
texto, mudando para minúscula a letra inicial de “Os” (ℓ.19). 
 
10- De acordo com a organização dos argumentos no texto, provoca-se 
erroao 
 
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a) empregar o verbo provocar antes de “o desemprego” (ℓ.13). 
b) explicitar o termo às nações depois de “bem-estar” (ℓ.5 e 6). 
c) usar o artigo antes de “minorias” (ℓ.8), escrevendo às minorias. 
d) inserir o termo do país depois de “sustentável” (ℓ.12). 
e) repetir o termo como funcionam antes de cada um dos termos da 
enumeração: “o papel da produtividade” (ℓ.3), “as formas de aumentá-la” 
(ℓ.3 e 4) e “a função das instituições” (ℓ.4). 
 
11- Assinale a opção que, ao preencher a lacuna do texto, provoca erro 
gramatical. 
 
Em comparações internacionais, os países latino-americanos em geral, e 
mais particularmente o Brasil, _____(a)_____ pela elevada desigualdade 
da distribuição da renda. A explicação dessa desigualdade 
______(b)_______ na formação e evolução econômico-social dessas 
antigas colônias de Portugal e Espanha. Um aspecto fundamental foi, sem 
dúvida, a elevada concentração da posse da terra, especialmente quando 
a economia desses países tinha como núcleo a produção e exportação de 
produtos primários. No livro intitulado Um projeto para o Brasil, publicado 
em 1968, Celso Furtado discute como a elevada desigualdade da 
distribuição da renda no país condiciona um perfil da demanda global que 
inibe o crescimento econômico. Ele mostra como a tendência estrutural 
_____(c)_____ da renda favorece o subemprego característico das 
economias subdesenvolvidas. Assinala que a concentração da renda causa 
uma grande diversificação das formas de consumo de grupos 
privilegiados. Isso _____(d)_____ indústrias produtoras de bens de 
consumo duráveis, mas as dimensões reduzidas do mercado de cada 
produto impedem o aproveitamento das economias de escala, fazendo 
_____(e)_____estas indústrias operem com custos relativamente altos. 
 
(Adaptado de Rodolfo Hoffmann, Distribuição de renda e crescimento econômico 
http://www.scielo.br/scielo.php - acesso em 11/12/2011) 
 
a) destacam-se 
b) teria de ser procurada 
c) à concentração 
d) beneficia às 
e) com que 
 
12- Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado de Rodolfo 
Hoffmann, Distribuição de renda e crescimento econômico 
(http://www.scielo.br/scielo.php) desrespeita as regras gramaticais no 
uso das estruturas linguísticas 
 
a) Embora haja consenso (pelo menos aparente) sobre a necessidade de 
diminuir a desigualdade, toda medida específica gera polêmica. Muitas 
pesquisas mostram uma associação da desigualdade da distribuição da 
renda no Brasil com o nível e a distribuição da escolaridade. O aumento 
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acelerado da escolaridade é uma estratégia que levaria ao crescimento 
econômico com menor desigualdade. 
b) É provável que a importância da educação como determinante do 
rendimento das pessoas e da sua desigualdade está superestimada nas 
análises econométricas, simplesmente porque não se dispõem de boas 
medidas para vários outros determinantes da renda, que estão 
positivamente correlacionados com a escolaridade. 
c) Muitas dessas pesquisas se baseiam na teoria do capital humano. É 
desnecessário dizer que a própria expressão “capital humano” é 
contraditória com o conceito marxista de capital. Mas, a ideia de que a 
remuneração de um trabalhador deva crescer com a sua escolaridade é 
perfeitamente compatível com essa corrente de pensamento. 
d) Mas, o aumento da escolaridade também é um objetivo em si, 
considerando-se que ela favorece a participação mais plena do cidadão na 
economia e na sociedade modernas. Assim, apesar das divergências 
teóricas, há um consenso sobre a necessidade de aumentar rapidamente 
a escolaridade. Um movimento no sentido de diminuir a desigualdade da 
distribuição da renda no país certamente não pode se basear apenas em 
determinada política econômica. 
e) Na realidade, praticamente toda política econômica tem um impacto, 
maior ou menor, sobre a distribuição da renda: política fiscal, previdência 
social, política de crédito, política educacional, reforma agrária etc. 
Alterações na legislação também podem ter impacto importante. A 
dificuldade na análise de cada medida é levar em consideração seus 
diversos efeitos diretos e indiretos, como fica claro na discussão sobre o 
aumento do salário mínimo. 
 
O texto abaixo é base para as questões 13 e 14. 
 
Garantir a plena mobilidade de pessoas, bens e serviços será crucial para 
o desenvolvimento econômico e social de qualquer cidade no mundo. O 
planejamento urbano não pode ser separado da política habitacional ou 
de mobilidade. Em última instância, uma importante decisão política deve 
ser tomada em relação ao modelo de cidade em que queremos viver e ao 
destino dos investimentos públicos em mobilidade. Construir mais 
infraestrutura viária só consegue aliviar congestionamentos 
temporariamente. Nenhuma cidade do mundo conseguiu resolver os 
desafios da mobilidade construindo mais ou maiores avenidas. Existe 
consenso entre especialistas de que aumentar a densidade habitacional 
ao redor dos grandes eixos de transporte público, bem como ampliar os 
investimentos no modelo que realmente pode chegar a todos os cantos da 
cidade - os corredores de ônibus -, será a chave do sucesso para qualquer 
cidade que almeja ser líder global. 
 
(adaptado de Adalberto Maluf Filho, A eficiência operacional pela superfície é chave para 
o futuro.http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/16470 - acesso em 29/12/2011) 
 
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13- Constitui uma continuidade gramaticalmente correta e coerente com 
a argumentação do texto o seguinte parágrafo: 
 
a) Assim, buscar uma gestão democrática do espaço viário urbano pela 
superfície, com a escolha do modelo correto para cada realidade 
financeira, será primordial para a competitividade das cidades e para 
manter uma vida de qualidade. 
b) Por essa razão, uma análise detalhada do estudo internacional 
Observatório de Mobilidade Urbana (CAF 2009) nos permite concluir 
significativamente entre uma alta densidade habitacional e um alto uso do 
transporte privado. 
c) Assim, correlações significativas entre baixa densidade habitacional e 
alto uso do transporte privado, como em Buenos Aires, por exemplo, líder 
em baixa densidade e grandes congestionamentos. 
d) Portanto, várias cidades se destacam por estarem fora da tendência, 
uma vez que, apesar da baixa densidade habitacional, conseguiram 
manter altos índices de transporte público com infraestrutura viária. 
e) Por essa razão, são explicados pela prioridade dos investimentos nos 
corredores exclusivos de ônibus a alta movimentação de pessoas em 
cidades mais densamente povoadas com bom fluxo de transportes 
públicos. 
 
14- Assinale a opção que interpreta de maneira incorreta o uso das 
estruturas linguísticas no texto. 
 
a) Considerando que o uso do presente do indicativo também preservaria 
a correção gramatical do texto, a opção pelo futuro do presente em “será” 
(ℓ.1) indica que a argumentação focaliza situações futuras. 
b) A relação semântica entre as ideias do texto mostra que o termo “em 
que” (ℓ.5) corresponde a onde. 
c) O emprego da preposição a antes de “o destino” (ℓ.6) indica que esse 
termo complementa a expressão “em relação” (ℓ.5), assim como “o 
modelo” (ℓ.5) também a complementa. 
d) A presença do travessão depois de “ônibus” (ℓ.13) torna desnecessário 
o uso da vírgula; por isso, sua omissão manteria a correçãogramatical do 
texto. 
e) O valor semântico que o gerúndio assume em “construindo” (ℓ.9) 
corresponde ao valor da expressão porque construiu. 
 
15- Considerando os exemplos fictícios abaixo, assinale a opção correta a 
respeito da formatação dos documentos oficiais indicados. 
 
a) Redação de EMENTA: 
 
EMENTA: Critérios para preenchimento temporário de cargos. 
 Conflitos na legislação. Preponderância da Lei XYZ. 
 
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b) Vocativo de OFÍCIO: 
 
Prezado Senhor Beltrano da Silva Tal, 
 Diretor de Recursos Humanos. 
 
c) Parágrafo conclusivo de PARECER: 
 
Ante o exposto, recomenda-se pela suspensão 
do funcionário na forma da Lei XYZ. 
 É o parecer. 
 
[Asssinatura] 
 
Brasília, 31 de março de 2012 
 
d) Trecho de ATA: 
 
[...] 
 
 Terminada a leitura dos documentos norteadores, 
o Presidente da Assembléia submeteu à discussão dos 
presentes a redação de uma minuta de Carta-Convite, 
que, após algumas alterações foi aprovada como segue 
abaixo. 
 
 Em seguida, foi dada a palavra ao Sr. Fulano de 
Tal, para que relatasse o posicionamento do Conselho 
Deliberativo a respeito do Plano de Contenção de 
despesas a ser implantado a partir do dia 30 (trinta) do 
próximo mês. 
 
 [...] 
 
e) Fecho de MEMORANDO: 
 
Brasília, 31 de março de 2012 
 
 Atenciosamente, 
 [Assinatura] 
 Diretor Adjunto 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO COMENTADO 
 
Considere o texto abaixo para responder às questões 1 e 2. 
 
Sabe-se muito pouco dos rumos que as grandes cidades tomarão nas 
próximas décadas. Muitas vezes nem se prevê a dinâmica metropolitana 
do próximo quinquênio. Mesmo com a capacitação e o preparo dos 
técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana, há variáveis 
independentes que interferem nos planos e projetos elaborados pelos 
legislativos e encaminhados ao Executivo. Logicamente não se prevê o 
malfadado caos urbano, mas ele pode ensejar que o país se adiante aos 
eventos e tome medidas preventivas ao desarranjo econômico, que teria 
consequências nefastas. Para antecipar-se, o Brasil tem condições 
propícias para criar think tanks ou, em tradução livre, usinas de ideias ou 
institutos de políticas públicas. Essas instituições podem antecipar-se ao 
que poderá surgir no horizonte. Em outras palavras, deseja-se o retorno 
ao planejamento urbano e regional visando o bem-estar da sociedade. 
Medidas nessa direção podem (e devem) estar em consonância com a 
projeção de tendências e mesmo com a antevisão de demandas dos 
destinatários da gestão urbana – os cidadãos, urbanos ou não. 
 
(Adaptado de Aldo Paviani, Metróples em expansão e o futuro. Correio Braziliense, 8 de 
dezembro, 2011) 
 
1- Infere-se da argumentação do texto que 
 
a) os técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana deveriam ser 
mais capacitados para realizar os projetos encaminhados ao Executivo. 
b) a dinâmica metropolitana altera-se a cada quinquênio, seguindo 
variáveis que devem constar dos planos e projetos de cada período 
legislativo. 
c) institutos de políticas públicas teriam como tarefa o planejamento 
urbano e regional, antecipando-se a um possível desarranjo econômico. 
d) o caos urbano que poderá afetar as grandes cidades nos próximos 
anos terá o desarranjo econômico como uma de suas piores 
consequências. 
e) as demandas crescentes dos habitantes das grandes cidades 
contrastam com a baixa demanda dos cidadãos não urbanos. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de interpretação. 
 
Lembre-se: “inferir” é deduzir, tirar conclusões de. 
 
Sempre busque pistas dentro do próprio texto. 
 
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Note que todas as opções extrapolam o que está escrito no texto ou não 
encontram respaldo nele. A única que apresenta relação coerente com as 
ideias do texto é a opção que afirma: “institutos de políticas públicas 
teriam como tarefa o planejamento urbano e regional, antecipando-se a 
um possível desarranjo econômico”. Isso pode ser confirmado por esta 
passagem do texto: “Logicamente não se prevê o malfadado caos urbano, 
mas ele pode ensejar que o país se adiante aos eventos e tome medidas 
preventivas ao desarranjo econômico, que teria consequências nefastas. 
Para antecipar-se, o Brasil tem condições propícias para criar think tanks 
ou, em tradução livre, usinas de ideias ou institutos de políticas públicas. 
Essas instituições podem antecipar-se ao que poderá surgir no horizonte. 
Em outras palavras, deseja-se o retorno ao planejamento urbano e 
regional visando o bem-estar da sociedade.” 
 
GABARITO: C. 
 
2- Provoca-se erro gramatical e incoerência textual ao fazer a seguinte 
alteração nos sinais de pontuação do texto: 
 
a) substituir o ponto depois de “quinquênio” (ℓ.3), por vírgula. 
b) substituir o ponto depois de “décadas” (ℓ.2) pelo sinal de dois pontos. 
c) inserir uma vírgula depois de “Logicamente” (ℓ.6). 
d) retirar os parênteses que destacam “e devem” (ℓ.14). 
e) substituir o travessão depois de “urbana” (ℓ.16) por vírgula. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de pontuação. 
 
a) A substituição de ponto por vírgula provocará erro gramatical, pois não 
se usa letra maiúscula após vírgula, a não ser que se trate de um 
substantivo próprio, o que não é o caso. Veja: “Muitas vezes nem se 
prevê a dinâmica metropolitana do próximo quinquênio, Mesmo com a 
capacitação”. 
 
As demais alterações estão corretas. 
 
b) O uso de dois-pontos está correto porque tal sinal de pontuação pode 
separar orações coordenadas. Veja: “Sabe-se muito pouco dos rumos que 
as grandes cidades tomarão nas próximas décadas: muitas vezes nem se 
prevê a dinâmica metropolitana do próximo quinquênio.” 
 
c) “Logicamente” é um adjunto adverbial deslocado de curta extensão, 
logo a vírgula após ele é facultativa. 
 
d) Não haverá erro gramatical com a retirada dos parênteses, pois a 
conjunção “e” ligará orações coordenadas. A única diferença é a ênfase, 
que mudará. 
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e) Tanto o travessão quanto a vírgula podem separar apostos 
explicativos, por isso OK! 
 
GABARITO: A. 
 
Considere o texto abaixo para responder às questões 3, 4 e 5. 
 
A vida em um país nórdico, como a Finlândia, nos faz refletir mais 
profundamente sobre a relação entre liberdade, igualdade, autonomia e 
formatos sociais que podem propiciar vidas mais plenas e felizes aos seus 
cidadãos. Para alguém habituado a desigualdades, uma sociedade 
igualitária, com amplo respeito pela vida humana, excelentes índices de 
educação, burocracia inteligente e serviços públicos voltados (de fato) 
para melhorar a vida do cidadão, soa como um caminho para a produção 
de seres humanos mais plenos e sociedades mais inspiradoras. Talvez não 
seja assim. Quando nos referimos à igualdade, não tratamos de mera 
distribuição equitativa da renda. A igualdade e a dignidade humana que 
uma sociedade pode produzir referem-se à possibilidade de o cidadão ter 
condições materiais e subjetivas à sua disposição, para que, atendidas 
suas necessidades básicas e diárias de bem-estar, ele se ocupe com 
questões outras que a sobrevivência.Essas necessidades básicas de bem-
estar incluem uma ilimitada oferta de bens públicos: de excelentes 
creches, escolas, universidades, sistema de saúde e previdência a todos, 
piscinas públicas, parques, transporte confortável e excelente, seguro-
desemprego por tempo indefinido, licença maternidade de 10 meses, 
muitas bibliotecas públicas… No entanto, a Finlândia tornou-se uma 
sociedade tão igualitária quanto apática. Pouco criativa, reproduz o 
mundo com extrema facilidade, mas tem limitada capacidade 
transformadora. A maioria de seus educados cidadãos são seres 
pouquíssimo críticos: questionam pouco a vida que levam e são 
fisicamente contidos. E isso não parece ter forte relação com o frio. É um 
acomodamento social, um respeito quase inexorável pelas regras. Esse 
resultado não foi causado, é evidente, pelo formato social igualitário. Em 
outros termos, não foi a igualdade que deixou o país apático. Ademais, 
sociedades desiguais podem ser tão ou mais acríticas e reprodutoras. O 
ponto que nos intriga é que a igualdade, o respeito e a dignidade dados a 
todos não levaram à autonomia, ao pensamento criativo e crítico, e a 
processos transformadores. 
 
(Adaptado de Isabela Nogueira, Do bem-estar ao pensamento crítico: um olhar sobre o 
norte,outubro 3, 2009 por Coletivo Crítica Econômica 
http://criticaeconomica.wordpress.com/2009/10/03/ - acesso em 12/12/2011) 
 
3- Assinale a interpretação da oração “Talvez não seja assim.” (ℓ.8 e 9) 
que respeita as relações semânticas entre as ideias do texto e mantém a 
coerência entre os argumentos. 
 
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a) A relação entre formatos sociais e os excelentes índices de educação é 
questionável. 
b) A vida em um país nórdico nem sempre faz refletir sobre a relação 
entre igualdade e liberdade. 
c) Não é comum que serviços públicos voltados para melhorar a vida do 
cidadão caracterizem países nórdicos. 
d) Nem sempre uma sociedade igualitária tem como consequência a 
formação de seres humanos plenos e sociedades transformadoras. 
e) O hábito da desigualdade pode impedir uma reflexão mais profunda 
sobre os valores de uma sociedade igualitária. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de interpretação. 
 
Tanto na ESAF quanto nas demais bancas, precisamos procurar pistas no 
texto que corroboram o gabarito, por isso a afirmação “Nem sempre uma 
sociedade igualitária tem como consequência a formação de seres 
humanos plenos e sociedades transformadoras” está correta, uma vez 
que esta passagem no texto a ratifica: “a Finlândia tornou-se uma 
sociedade tão igualitária quanto apática. Pouco criativa, reproduz o 
mundo com extrema facilidade, mas tem limitada capacidade 
transformadora. A maioria de seus educados cidadãos são seres 
pouquíssimo críticos: questionam pouco a vida que levam e são 
fisicamente contidos. E isso não parece ter forte relação com o frio. É um 
acomodamento social, um respeito quase inexorável pelas regras. Esse 
resultado não foi causado, é evidente, pelo formato social igualitário.” 
 
GABARITO: D. 
 
4- Assinale a opção correta a respeito das relações de concordância no 
texto. 
 
a) A flexão de singular em “soa” (ℓ.7) justifica-se pela concordância com 
“uma sociedade igualitária” (ℓ. 4 e 5). 
b) Nas linhas 2 e 3, a enumeração de vários elementos, “liberdade, 
igualdade, autonomia e formatos sociais” justifica a flexão de plural em 
“podem”. 
c) Devido ao uso do pronome “se”, o plural em “referem-se” (ℓ.11) é 
opcional: estaria igualmente correto empregar o singular: refere-se. 
d) Por se referir a “sociedades desiguais” (ℓ.28), o infinito em “podem ser” 
(ℓ.28) admitiria também a flexão de plural, serem. 
e) Na linha 30, o plural no pronome “todos” justifica a flexão de plural em 
“levaram”. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de concordância. 
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Antes de comentar a questão, saiba que a ESAF adora criar questões de 
concordância em cima de certas regras e construções. Esta questão 
ilustra bem isso. 
 
a) A afirmação da banca está correta. Veja: “Para alguém habituado a 
desigualdades, uma sociedade igualitária (sujeito na 3ª pessoa do 
singular), com amplo respeito pela vida humana, excelentes índices de 
educação, burocracia inteligente e serviços públicos voltados (de fato) 
para melhorar a vida do cidadão, soa (verbo na 3ª pessoa do singular) 
como um caminho para a produção de seres humanos mais plenos e 
sociedades mais inspiradoras.” [clássico: verbo bem separado do sujeito] 
 
b) O verbo “poder” não concorda com os termos da enumeração, mas sim 
com as palavras “relação” e “formatos”, antecedentes do pronome 
relativo “que”. 
 
c) “A igualdade e a dignidade humana” é o sujeito composto de “referem-
se”, logo o verbo deve ficar no plural! 
 
d) O verbo principal da locução verbal nunca varia, logo jamais o verbo 
“ser” poderia ficar no plural (podem serem????) 
 
e) O sujeito de “levaram” é “a igualdade, o respeito e a dignidade”, por 
isso o verbo está no plural. Note também que “todos” está antecedido de 
preposição “a”, logo, segundo a tradição gramatical, como não existe 
sujeito preposicionado, nunca o verbo poderia concordar com “todos”, 
nesse contexto. 
 
GABARITO: A. 
 
5- Na organização das relações de coesão e coerência do texto, 
 
a) O pronome “todos” (ℓ.30) retoma e sintetiza os termos da enumeração 
“a igualdade, o respeito e a dignidade” (ℓ.29). 
b) a expressão “tem limitada capacidade transformadora” (ℓ.21 e 22) 
retoma, com outras palavras, a ideia de “reproduz o mundo com extrema 
facilidade” (ℓ.20 e 21). 
c) o substantivo “seres” (ℓ.22) e o pronome “que” (ℓ.23) retomam a 
expressão “seus educados cidadãos” (ℓ.22). 
d) a expressão “Esse resultado” (ℓ.25 e 26) retoma a ideia de “sociedade 
tão igualitária” (ℓ.20), já sintetizada em “isso” (ℓ.24). 
e) os pronomes “sua” (ℓ.12), “suas” (ℓ.13), “ele” (ℓ.13) e “se” (ℓ.13) 
referem-se a “o cidadão” (ℓ.11). 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de coesão e coerência. 
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Observe que esse tipo de questão, além de ser típica, trabalha com o 
conceito de retomada de termos ou ideias. Vejamos opção por opção: 
 
a) O pronome “todos” se refere aos cidadãos finlandeses. 
 
b) A expressão “tem limitada capacidade transformadora” não retoma 
nada, é apenas o predicado do sujeito “a Finlândia”. 
 
c) O erro é que o pronome relativo “que” retoma o antecedente “vida”. 
Note que dá até para trocar o “que” por “a qual”, concordando com 
“vida”: “... vida a qual (eles) levam...”. 
 
d) O pronome “isso” retoma este fato: “No entanto, a Finlândia tornou-se 
uma sociedade tão igualitária quanto apática. Pouco criativa, reproduz o 
mundo com extrema facilidade, mas tem limitada capacidade 
transformadora. A maioria de seus educados cidadãos são seres 
pouquíssimo críticos: questionam pouco a vida que levam e são 
fisicamente contidos”, logo “Esse resultado” não pode retomar a ideia de 
“sociedade tão igualitária”. 
 
e) Perfeita a afirmação! Confirme: “A igualdade e a dignidade humana 
que uma sociedade pode produzir referem-se à possibilidade de o 
cidadão ter condições materiais e subjetivas à sua disposição (ou seja, à 
disposição do cidadão), para que, atendidas suas necessidades básicas e 
diárias de bem-estar (ou seja, necessidades básicas e diárias de bem-
estar do cidadão), ele (o cidadão) se (a si mesmo, ao cidadão) ocupe 
com questões outras que a sobrevivência.”GABARITO: E. 
 
6- Assinale a opção em que ocorre erro na transcrição e adaptação do 
texto O real valor das coisas, de Lívia Lisboa, publicado em Vida simples, 
dezembro 2011, edição 113, p.44. 
 
Quanto custa aquilo que você compra no supermercado? Com certeza, 
bem além do (A) preço que está marcado na etiqueta! Raj Patel, autor do 
livro O valor de nada, investigou a distorção que existe quando ignoramos 
os custos escondidos além do binômino oferta-procura. “A eterna busca 
por (B) crescimento econômico transformou a humanidade em um agente 
da extinção, por meio da contínua desvalorização dos serviços 
ecossistêmicos que mantém (C) nossa Terra viva”, diz Patel. “Muitas 
vezes não nos damos conta de que (D) nossa escolha por uma ou outra 
marca, em busca da melhor pechincha, determina o grau de estrago no 
meio ambiente. Quem paga essa diferença? Associações e organizações 
do mundo todo estão tentando rastrear as pegadas que deixamos ao 
longo do processo: desde a produção de cada item, e seu transporte, até 
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chegar às (E) gôndolas, passando pela forma como o usamos, até seu 
descarte. 
 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida, que testa seus conhecimentos sobre a) contração de 
preposição com artigo e concordância, b) regência, c) concordância e 
ortografia, d) regência, e) regência e crase. 
 
a) A locução prepositiva “além do”, contraída com o artigo definido está 
correta e concorda com “preço”, em gênero e número. 
 
b) O nome “busca” (substantivo abstrato) exige um complemento iniciado 
pela preposição “por”. 
 
c) O verbo “manter”, derivado do verbo ter, deveria estar escrito 
“mantêm”, pois concorda com o antecedente do pronome relativo “que” – 
“serviços ecossistêmicos”. 
 
d) Quem se dá conta... se dá conta de alguma coisa. 
 
e) O verbo “chegar” exige a preposição “a”, que se contrai com o artigo 
definido “as”, gerando a crase “às”: “chegar às gôndolas”. 
 
GABARITO: C. 
 
7- O texto Grandes cidades nem sempre são as mais poluentes diz 
estudo, da France Press, publicado em 
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/866228 (com acesso em 
29/12/2011) foi adaptado para compor os fragmentos abaixo. Numere-os, 
de acordo com a ordem em que devem ser dispostos para formar um 
texto coeso e coerente. 
 
( ) Nesse estudo, enquanto cidades do mundo todo foram apontadas 
como culpadas por cerca de 71% das emissões causadoras do efeito 
estufa, cidadãos urbanos que substituíram os carros por transporte 
público ajudaram a diminuir as emissões per capita em algumas cidades. 
( ) Pesquisadores examinaram dados de cem cidades em 33 países, em 
busca de pistas sobre quais metrópoles seriam as maiores poluidoras e 
por que, de acordo com estudo publicado na revista especializada 
“Environment and Urbanization”. 
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( ) “Isso reflete a grande dependência de combustíveis fósseis para a 
produção de eletricidade, uma base industrial significante em muitas 
cidades e uma população rural relativamente grande e pobre”, informa o 
estudo. 
( ) Por fim, quando os pesquisadores olharam as cidades asiáticas, 
latino-americanas e africanas, descobriram emissões menores por pessoa. 
A maior parte das cidades na África, Ásia e América Latina tem emissões 
inferiores por pessoa. O desafio para elas é manter essas emissões 
baixas, apesar do crescimento de suas economias. 
( ) O estudo também aponta outras tendências, como as cidades de 
climas frios terem emissões maiores, e países pobres e de renda média 
terem emissões per capita inferiores aos países desenvolvidos. 
 
A sequência correta é 
 
a) (1) (2) (5) (4) (3) 
b) (2) (1) (3) (5) (4) 
c) (2) (5) (1) (3) (4) 
d) (4) (1) (2) (5) (3) 
e) (4) (2) (1) (3) (5) 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de ordenação textual. 
 
Este tipo de questão é um dos mais fáceis, na minha opinião. Vou 
justificar: é preciso apenas procurar, no início de cada frase, termos ou 
expressões que remetam a algo anterior; se houver, serão frases de 
desenvolvimento ou conclusão; se não houver, será a introdução. 
 
Veja, já na ordem: 
 
(1) Pesquisadores examinaram dados de cem cidades em 33 países, em 
busca de pistas sobre quais metrópoles seriam as maiores poluidoras e 
por que, de acordo com estudo publicado na revista especializada 
“Environment and Urbanization”. (2) Nesse estudo, enquanto cidades do 
mundo todo foram apontadas como culpadas por cerca de 71% das 
emissões causadoras do efeito estufa, cidadãos urbanos que substituíram 
os carros por transporte público ajudaram a diminuir as emissões per 
capita em algumas cidades. (3) “Isso reflete a grande dependência de 
combustíveis fósseis para a produção de eletricidade, uma base industrial 
significante em muitas cidades e uma população rural relativamente 
grande e pobre”, informa o estudo. (4) O estudo também aponta outras 
tendências, como as cidades de climas frios terem emissões maiores, e 
países pobres e de renda média terem emissões per capita inferiores aos 
países desenvolvidos. (5) Por fim, quando os pesquisadores olharam as 
cidades asiáticas, latino-americanas e africanas, descobriram emissões 
menores por pessoa. A maior parte das cidades na África, Ásia e América 
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Latina tem emissões inferiores por pessoa. O desafio para elas é manter 
essas emissões baixas, apesar do crescimento de suas economias. 
 
Note que todos os termos e expressões sublinhados remetem a algo 
anterior. E, na boa, o “Por fim” denunciou que a frase iniciada por ele era 
a conclusão, certo? Moleza! 
 
GABARITO: B. 
 
8- Assinale a opção que, na sequência, preenche corretamente as lacunas 
do texto, de modo a manter o correto uso dos modos e tempos verbais e 
a coerência entre as ideias. 
 
Assim que o governo divulgou o crescimento zero do produto interno 
bruto brasileiro no terceiro semestre, não faltaram prognósticos negativos 
a respeito da economia do país e houve até quem _____(1)_____ em 
risco de recessão no futuro próximo. Basta um olhar mais atento aos 
números de 2011 para _______(2)_______ que o pessimismo não se 
justifica. Entre os empresários não são poucas as vozes 
que______(3)______dos alarmistas. Não faltam motivos para supor que, 
em 2011, os números da economia brasileira_____(4)______vir ainda 
mais fortes. Além dos juros menores, conforme ______(5)______ a 
maioria dos economistas, do crédito em expansão, e dos incentivos 
fiscais, está previsto para janeiro um reajuste no salário mínimo, o que 
_____(6)_____ impactos significativos à renda dos trabalhadores e 
aposentados. Nesse ciclo, o mercado interno seguirá aquecido. 
 
(Mariana Queiroz Barbosa, O país não vai parar. Isto É, 14/12/2011) 
 
a) fale / percebermos / discordassem / possam / prevera / trará 
b) falasse / perceberem / discordassem / pudessem / prevê / trouxera 
c) falasse / perceber / discordam / possam / prevê / trará 
d) falou / percebermos / discordaram / podem / prevera / traria 
e) falou / perceberem / discordaram / podem / previssem / trouxera 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de correlação verbal. 
 
A única opção que apresenta correlação verbal perfeita é a C, pois há 
harmonia de sentido entre a junção das formas verbais (1) houve 
(pretérito perfeito do indicativo) + falasse (pretérito imperfeito do 
subjuntivo); (2) depois de preposição,usa-se infinitivo (perceber); (3) 
discordam (presente do indicativo, para manter a relação de certeza com 
o verbo anterior (são)); (4) possam (presente do subjuntivo, para manter 
a relação de hipótese com o verbo anterior (supor)); (5) prevê (presente 
do indicativo, pois indica certeza); (6) trará (futuro do presente do 
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indicativo; todo o contexto do período em que se encontra tal forma 
verbal dá ideia de futuro certo). 
 
Cá entre nós, não deixe de ver isto (agora!): 
 
http://www.euvoupassar.com.br/?go=artigos&a=DtQuFstePtMjBXp_UrFu
R1b4jrL3cnxiyT3qR_RQbK4~ 
 
GABARITO: C. 
 
Considere o texto abaixo para responder às questões 9 e 10. 
 
A teoria econômica evoluiu muito desde 1776, quando Adam Smith, em 
célebre obra investigou as causas das riquezas das nações. A teoria 
mostrou como funcionam os mercados, o papel da produtividade, as 
formas de aumentá-la e a função das instituições. Contribuiu, assim, para 
a formulação das políticas que trouxeram mais desenvolvimento e bem-
estar. No Brasil, os economistas também contribuem para o 
desenvolvimento. Acontece que, se defenderem reformas em favor das 
maiorias, que causam perdas a minorias, os economistas serão rotulados 
de socialmente insensíveis. Quando um médico prescreve um tratamento, 
o objetivo é o bem-estar do paciente. Ninguém dirá que ele planeja o 
sofrimento. Mas, se os economistas sugerem medidas de austeridade 
para resolver desequilíbrios e restabelecer o crescimento sustentável, diz-
se que eles propugnam ações para promover a recessão, o desemprego e 
a destruição de conquistas sociais. O receituário do médico incorpora 
esperança e simpatia, pois se sabe que o objetivo dele é a cura da 
doença. Sua ação é mais percebida por todos. A expectativa maior é de 
êxito. O diagnóstico é mais preciso, especialmente com os avanços da 
tecnologia. O economista não tem essas vantagens. No tratamento de 
crises, lida com incertezas, complexidades e situações inéditas. Os 
economistas tendem a errar mais que os médicos, mas seu foco jamais 
será a recessão pela recessão ou a austeridade sem propósito. 
 
(Adaptado de Maílson da Nóbrega, A recessão é uma política ou o efeito? Veja, 14 de 
dezembro, 2011) 
 
9- Preserva-se a coerência entre os argumentos do texto, bem como sua 
correção gramatical, ao 
 
a) empregar um conectivo de valor condicional, como Se, em lugar de 
“Quando” (ℓ.9). 
b) substituir a conjunção condicional “se” (ℓ.7) pelo conectivo caso. 
c) explicitar o valor explicativo da oração, inserindo a conjunção pois 
para ligar a oração iniciada por “Sua ação” (ℓ.16) com a anterior, 
mudando para minúscula a letra inicial de “Sua”. 
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d) ligar as orações iniciadas por “O economista...” (ℓ.18) e “No 
tratamento” (ℓ.18), em um mesmo período sintático, retirando o ponto 
final e mudando para minúscula a letra inicial maiúscula de “No”. 
e) inserir a conjunção Embora no início do último período sintático do 
texto, mudando para minúscula a letra inicial de “Os” (ℓ.19). 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de coesão (exigia conhecimento de conjunção). 
 
a) Alguns gramáticos, como Maria H. de Moura Neves e alguns 
dicionários, como Aulete e Houaiss, dizem que o SE pode ter valor 
temporal, logo a substituição de “Quando” por “Se” mantém a coerência 
do texto. 
 
b) Só poderíamos substituir “se” por “caso” desde que o verbo em 
seguida fosse colocado no subjuntivo (... caso defendam...). 
 
c) A relação é de conclusão, por isso o uso de “pois” estaria equivocado 
(... se sabe que o objetivo dele é a cura da doença, LOGO sua ação é 
mais percebida por todos). 
 
d) O sentido original vai mudar, alterando a coerência; veja: “O 
economista não tem essas vantagens no tratamento de crises...”. O 
adjunto adverbial “no tratamento de crises”, originalmente, modifica o 
verbo “lidar”, e não o verbo “ter”. Cuidado com as relações sintáticas 
entre os termos da oração, pois a sua mudança pode gerar incoerência! 
 
e) Já há uma ideia de oposição no último período marcada pela conjunção 
“mas”; não se pode usar “embora” e “mas” no mesmo contexto. 
 
GABARITO: A. 
 
10- De acordo com a organização dos argumentos no texto, provoca-se 
erro ao 
 
a) empregar o verbo provocar antes de “o desemprego” (ℓ.13). 
b) explicitar o termo às nações depois de “bem-estar” (ℓ.5 e 6). 
c) usar o artigo antes de “minorias” (ℓ.8), escrevendo às minorias. 
d) inserir o termo do país depois de “sustentável” (ℓ.12). 
e) repetir o termo como funcionam antes de cada um dos termos da 
enumeração: “o papel da produtividade” (ℓ.3), “as formas de aumentá-la” 
(ℓ.3 e 4) e “a função das instituições” (ℓ.4). 
 
COMENTÁRIO: 
 
a) Note que o contexto é de causa e consequência — “... promover... 
provocar o desemprego...” —, logo a proposta desta alternativa procede. 
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b) Observe que o contexto aponta para “nações”, como o centro da 
discussão, logo é possível reescrever o trecho assim, sem prejuízo 
gramatical ou semântico: “A teoria econômica evoluiu muito desde 1776, 
quando Adam Smith, em célebre obra investigou as causas das riquezas 
das nações. A teoria mostrou como funcionam os mercados, o papel da 
produtividade, as formas de aumentá-la e a função das instituições. 
Contribuiu, assim, para a formulação das políticas que trouxeram mais 
desenvolvimento e bem-estar às nações”. Note também que “às nações” 
recebe acento indicativo de crase por causa da regência do verbo 
“trazer”: “trouxeram (VTDI) mais desenvolvimento e bem-estar (OD) às 
nações (OI)”. 
 
c) Por causa da regência do verbo “causar” (VTDI), a preposição “a” é 
exigida. Com o acréscimo do artigo definido “as”, antes de “minorias”, 
teríamos adequadamente a crase: “causam perdas às minorias”. 
 
d) Devido ao contexto, o acréscimo de “do país” só torna o trecho ainda 
mais claro e coerente. Portanto, a afirmação procede. 
 
e) Com a reescritura, haverá erro de concordância. Veja: “A teoria 
mostrou como funcionam (verbo no plural) os mercados (sujeito no 
plural), como funcionam (verbo no plural) o papel da produtividade 
(sujeito no singular), como funcionam (verbo no plural) as formas de 
aumentá-la (sujeito no plural) e como funcionam (verbo no plural) a 
função das instituições (sujeito no singular)”. 
 
GABARITO: E. 
 
11- Assinale a opção que, ao preencher a lacuna do texto, provoca erro 
gramatical. 
 
Em comparações internacionais, os países latino-americanos em geral, e 
mais particularmente o Brasil, _____(a)_____ pela elevada desigualdade 
da distribuição da renda. A explicação dessa desigualdade 
______(b)_______ na formação e evolução econômico-social dessas 
antigas colônias de Portugal e Espanha. Um aspecto fundamental foi, sem 
dúvida, a elevada concentração da posse da terra, especialmente quando 
a economia desses países tinha como núcleo a produção e exportação de 
produtos primários. No livro intitulado Um projeto para o Brasil, publicado 
em 1968, Celso Furtado discute como a elevada desigualdade da 
distribuição da renda no país condiciona um perfil da demanda global que 
inibe o crescimento econômico. Ele mostra como a tendência estrutural 
_____(c)_____ da renda favorece o subemprego característico das 
economias subdesenvolvidas. Assinala que a concentração da renda causa 
uma grande diversificação das formas de consumo degrupos 
privilegiados. Isso _____(d)_____ indústrias produtoras de bens de 
consumo duráveis, mas as dimensões reduzidas do mercado de cada 
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produto impedem o aproveitamento das economias de escala, fazendo 
_____(e)_____estas indústrias operem com custos relativamente altos. 
 
(Adaptado de Rodolfo Hoffmann, Distribuição de renda e crescimento econômico 
http://www.scielo.br/scielo.php - acesso em 11/12/2011) 
 
a) destacam-se 
b) teria de ser procurada 
c) à concentração 
d) beneficia às 
e) com que 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida, em que se trabalha a) concordância, b) concordância, c) 
regência e crase, d) regência e crase, e) regência. 
 
a) O verbo no plural (destacam-se) concorda com o núcleo do sujeito no 
plural (países). 
 
b) O verbo no singular e o particípio no feminino (teria de ser procurada) 
concordam com o núcleo do sujeito no singular (explicação). 
 
c) O substantivo “tendência” exige um complemento iniciado pela 
preposição “a”, que se funde com “a concentração”, gerando a crase: 
“tendência... à concentração”. 
 
d) O verbo “beneficiar” é transitivo direto, logo não exige complemento 
preposicionado pela preposição “a” ou por qualquer preposição, portanto 
não há razão para haver crase em “as indústrias”. 
 
e) O verbo “fazer” (= acarretar) pode ou não ser seguido da preposição 
“com”, pois ela é expletiva, logo estão certas as construções “fazendo 
que” ou “fazendo com que”. 
 
GABARITO: D. 
 
12- Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado de Rodolfo 
Hoffmann, Distribuição de renda e crescimento econômico 
(http://www.scielo.br/scielo.php) desrespeita as regras gramaticais no 
uso das estruturas linguísticas 
 
a) Embora haja consenso (pelo menos aparente) sobre a necessidade de 
diminuir a desigualdade, toda medida específica gera polêmica. Muitas 
pesquisas mostram uma associação da desigualdade da distribuição da 
renda no Brasil com o nível e a distribuição da escolaridade. O aumento 
acelerado da escolaridade é uma estratégia que levaria ao crescimento 
econômico com menor desigualdade. 
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b) É provável que a importância da educação como determinante do 
rendimento das pessoas e da sua desigualdade está superestimada nas 
análises econométricas, simplesmente porque não se dispõem de boas 
medidas para vários outros determinantes da renda, que estão 
positivamente correlacionados com a escolaridade. 
c) Muitas dessas pesquisas se baseiam na teoria do capital humano. É 
desnecessário dizer que a própria expressão “capital humano” é 
contraditória com o conceito marxista de capital. Mas, a ideia de que a 
remuneração de um trabalhador deva crescer com a sua escolaridade é 
perfeitamente compatível com essa corrente de pensamento. 
d) Mas, o aumento da escolaridade também é um objetivo em si, 
considerando-se que ela favorece a participação mais plena do cidadão na 
economia e na sociedade modernas. Assim, apesar das divergências 
teóricas, há um consenso sobre a necessidade de aumentar rapidamente 
a escolaridade. Um movimento no sentido de diminuir a desigualdade da 
distribuição da renda no país certamente não pode se basear apenas em 
determinada política econômica. 
e) Na realidade, praticamente toda política econômica tem um impacto, 
maior ou menor, sobre a distribuição da renda: política fiscal, previdência 
social, política de crédito, política educacional, reforma agrária etc. 
Alterações na legislação também podem ter impacto importante. A 
dificuldade na análise de cada medida é levar em consideração seus 
diversos efeitos diretos e indiretos, como fica claro na discussão sobre o 
aumento do salário mínimo. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de reconhecimento de frases corretas e incorretas. 
 
Observe os erros da B (já corrigidos): 
 
“É provável que a importância da educação como determinante do 
rendimento das pessoas e da sua desigualdade esteja superestimada nas 
análises econométricas, simplesmente porque não se dispõe de boas 
medidas para vários outros determinantes da renda, que estão 
positivamente correlacionados com a escolaridade.” 
 
Usa-se “esteja” porque o contexto é de possibilidade, dúvida, incerteza, 
próprio do modo subjuntivo. 
 
Observe que o verbo (dispõe-se) está acompanhado de uma partícula de 
indeterminação do sujeito, por isso fica na 3ª pessoa do singular. 
 
GABARITO PRELIMINAR: B. 
 
Não obstante, em C e em D, o uso da vírgula após o “Mas” é uma 
incorreção gramatical, por isso a anulação dela. 
 
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GABARITO OFICIAL: ANULADA. 
 
O texto abaixo é base para as questões 13 e 14. 
 
Garantir a plena mobilidade de pessoas, bens e serviços será crucial para 
o desenvolvimento econômico e social de qualquer cidade no mundo. O 
planejamento urbano não pode ser separado da política habitacional ou 
de mobilidade. Em última instância, uma importante decisão política deve 
ser tomada em relação ao modelo de cidade em que queremos viver e ao 
destino dos investimentos públicos em mobilidade. Construir mais 
infraestrutura viária só consegue aliviar congestionamentos 
temporariamente. Nenhuma cidade do mundo conseguiu resolver os 
desafios da mobilidade construindo mais ou maiores avenidas. Existe 
consenso entre especialistas de que aumentar a densidade habitacional 
ao redor dos grandes eixos de transporte público, bem como ampliar os 
investimentos no modelo que realmente pode chegar a todos os cantos da 
cidade - os corredores de ônibus -, será a chave do sucesso para qualquer 
cidade que almeja ser líder global. 
 
(adaptado de Adalberto Maluf Filho, A eficiência operacional pela superfície é chave para 
o futuro.http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/16470 - acesso em 29/12/2011) 
 
13- Constitui uma continuidade gramaticalmente correta e coerente com 
a argumentação do texto o seguinte parágrafo: 
 
a) Assim, buscar uma gestão democrática do espaço viário urbano pela 
superfície, com a escolha do modelo correto para cada realidade 
financeira, será primordial para a competitividade das cidades e para 
manter uma vida de qualidade. 
b) Por essa razão, uma análise detalhada do estudo internacional 
Observatório de Mobilidade Urbana (CAF 2009) nos permite concluir 
significativamente entre uma alta densidade habitacional e um alto uso do 
transporte privado. 
c) Assim, correlações significativas entre baixa densidade habitacional e 
alto uso do transporte privado, como em Buenos Aires, por exemplo, líder 
em baixa densidade e grandes congestionamentos. 
d) Portanto, várias cidades se destacam por estarem fora da tendência, 
uma vez que, apesar da baixa densidade habitacional, conseguiram 
manter altos índices de transporte público com infraestrutura viária. 
e) Por essa razão, são explicados pela prioridade dos investimentos nos 
corredores exclusivos de ônibus a alta movimentação de pessoas em 
cidades mais densamente povoadas com bom fluxo de transportes 
públicos. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de continuação textual. 
 
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Como eu sempre ensino, em questões desse tipo, para não perdermos 
tempo, devemos observar os erros gramaticais das opções (leve em conta 
que a bancaquer a corretíssima!). Vejamos: 
 
a) Assim, buscar uma gestão democrática do espaço viário urbano pela 
superfície, com a escolha do modelo correto para cada realidade 
financeira, será primordial para a competitividade das cidades e para 
manter uma vida de qualidade. 
 
Perfeita! Note que a mesma ideia da tese é retomada neste trecho 
conclusivo sublinhado: “Garantir a plena mobilidade de pessoas, bens e 
serviços será crucial para o desenvolvimento econômico e social de 
qualquer cidade no mundo (tese)”. Há apenas uma paráfrase do que foi 
dito na introdução. 
 
b) Por essa razão, uma análise detalhada do estudo internacional 
Observatório de Mobilidade Urbana (CAF 2009) nos permite concluir 
significativamente entre uma alta densidade habitacional e um alto uso do 
transporte privado. 
 
O verbo “concluir” é transitivo direto, mas não há objeto direto para ele. 
O uso da preposição “entre” não faz sentido algum. Portanto, há má 
estruturação nesta frase. 
 
c) Assim, correlações significativas entre baixa densidade habitacional e 
alto uso do transporte privado, como em Buenos Aires, por exemplo, líder 
em baixa densidade e grandes congestionamentos. 
 
Ocorre truncamento sintático. Observe que este período não tem verbo (e 
todo período tem de apresentar um verbo!), provocando uma sensação 
de incompletude. 
 
d) Portanto, várias cidades se destacam por estarem fora da tendência, 
uma vez que, apesar da baixa densidade habitacional, conseguiram 
manter altos índices de transporte público com infraestrutura viária. 
 
Este trecho não retoma a tese introdutória adequadamente, a saber: 
“Garantir a plena mobilidade de pessoas, bens e serviços será crucial para 
o desenvolvimento econômico e social de qualquer cidade no mundo”. 
 
e) Por essa razão, são explicados pela prioridade dos investimentos nos 
corredores exclusivos de ônibus a alta movimentação de pessoas em 
cidades mais densamente povoadas com bom fluxo de transportes 
públicos. 
 
Deveria, a favor da concordância, ser redigido assim o trecho: “... é 
explicada... a alta movimentação...”. 
 
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GABARITO: A. 
 
14- Assinale a opção que interpreta de maneira incorreta o uso das 
estruturas linguísticas no texto. 
 
a) Considerando que o uso do presente do indicativo também preservaria 
a correção gramatical do texto, a opção pelo futuro do presente em “será” 
(ℓ.1) indica que a argumentação focaliza situações futuras. 
b) A relação semântica entre as ideias do texto mostra que o termo “em 
que” (ℓ.5) corresponde a onde. 
c) O emprego da preposição a antes de “o destino” (ℓ.6) indica que esse 
termo complementa a expressão “em relação” (ℓ.5), assim como “o 
modelo” (ℓ.5) também a complementa. 
d) A presença do travessão depois de “ônibus” (ℓ.13) torna desnecessário 
o uso da vírgula; por isso, sua omissão manteria a correção gramatical do 
texto. 
e) O valor semântico que o gerúndio assume em “construindo” (ℓ.9) 
corresponde ao valor da expressão porque construiu. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão híbrida, em que se trabalha a) emprego de tempos e modos 
verbais, b) emprego de pronome relativo, c) regência, d) pontuação, e) 
oração reduzida para desenvolvida/paráfrase. 
 
a) A banca “choveu no molhado”, pois é claro que o futuro do presente 
“será” indica que a argumentação focaliza situações futuras. 
 
b) Assim como “em que”, “onde” retoma “cidade”, pois se trata de um 
pronome relativo. 
 
c) Perfeita a análise da banca; entenda: “... em relação 1) ao modelo de 
cidade em que queremos viver e 2) (em relação) ao destino dos 
investimentos públicos em mobilidade. 
 
d) A oração intercalada começou com vírgula, por isso deve terminar com 
ela. O último travessão não substitui o uso da vírgula obrigatória. Isso cai 
muito em prova da FCC e da ESAF. Ignore os travessões e o que está 
entre eles: “Existe consenso entre especialistas de que aumentar a 
densidade habitacional ao redor dos grandes eixos de transporte público, 
bem como ampliar os investimentos no modelo que realmente pode 
chegar a todos os cantos da cidade, será a chave do sucesso para 
qualquer cidade que almeja ser líder global.” Percebe agora como a 
vírgula é obrigatória? 
 
GABARITO: D. 
 
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15- Considerando os exemplos fictícios abaixo, assinale a opção correta a 
respeito da formatação dos documentos oficiais indicados. 
 
a) Redação de EMENTA: 
 
EMENTA: Critérios para preenchimento temporário de cargos. 
 Conflitos na legislação. Preponderância da Lei XYZ. 
 
b) Vocativo de OFÍCIO: 
 
Prezado Senhor Beltrano da Silva Tal, 
 Diretor de Recursos Humanos. 
 
c) Parágrafo conclusivo de PARECER: 
 
Ante o exposto, recomenda-se pela suspensão 
do funcionário na forma da Lei XYZ. 
 É o parecer. 
 
[Asssinatura] 
 
Brasília, 31 de março de 2012 
 
d) Trecho de ATA: 
 
[...] 
 
 Terminada a leitura dos documentos norteadores, 
o Presidente da Assembléia submeteu à discussão dos 
presentes a redação de uma minuta de Carta-Convite, 
que, após algumas alterações foi aprovada como segue 
abaixo. 
 
 Em seguida, foi dada a palavra ao Sr. Fulano de 
Tal, para que relatasse o posicionamento do Conselho 
Deliberativo a respeito do Plano de Contenção de 
despesas a ser implantado a partir do dia 30 (trinta) do 
próximo mês. 
 
 [...] 
 
e) Fecho de MEMORANDO: 
 
Brasília, 31 de março de 2012 
 
 Atenciosamente, 
 [Assinatura] 
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 Diretor Adjunto 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de Redação Oficial, normalmente baseada no Manual de Redação 
Oficial da Presidência da República. 
 
Raramente este assunto é cobrado pela ESAF. 
 
Segundo o Manual, a ementa é empregada com a finalidade 
de sintetizar o conteúdo do expediente oficial, permitindo 
o reconhecimento do assunto abordado de modo imediato. Sendo assim, 
a opção A apresenta a temática, em conformidade com o citado manual. 
 
E quais são os erros das demais opções, Pest? Vejamos: 
 
b) Conforme o Manual, tanto o aviso quanto o ofício seguem o modelo do 
padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, 
seguido de vírgula. Deve-se usar apenas a forma “Senhor” para 
autoridades que não são tratadas por “Vossa Excelência”. Portanto, o 
vocativo apresentado estaria correto da seguinte forma: 
 
Ao Senhor 
Beltrano da Silva Tal, 
Diretor de Recursos Humanos 
 
c) O Manual de Redação da Câmara dos Deputados prescreve que o 
parecer indica a solução (favorável ou desfavorável), antecedida da 
justificativa, baseada em dispositivos legais. Conforme indica o citado 
manual, a data deve anteceder a assinatura, devendo ser indicado o 
nome e o cargo do funcionário (com o número de matrícula). Há, ainda, 
erro gramatical no parágrafo, pois o verbo “recomendar” é transitivo 
direto, não regendo emprego de preposição: “recomenda-se a suspensão 
do funcionário”. 
 
d) No trecho de ATA, deve ser inserida uma vírgula depois da expressão 
“após algumas alterações” para obedecer ao padrão culto da língua, 
afinal, adjunto adverbial deslocado de longa extensão deve vir separado. 
 
e) A data deve ser apresentada no início do documento e com 
alinhamento à direita. 
 
GABARITO: A. 
 
----------------------------------------------------------------------------------Beijo no coração!!!! ☺☺☺☺

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