Buscar

Analise da Eficiencia Global do leite pasteurizado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA GLOBAL DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DO LEITE 
PASTEURIZADO DO SETOR DE LATICÍNIO 
 
Ana Flávia Aparecida Duarte 
Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí 
anaflaviaduartee@gmail.com 
 
Amaral Paixão Pereira 
Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí 
amaral97@live.com 
 
Estefânia Paula da Silva 
Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí 
faninhapaula@gmail.com 
 
Euclides Brandão Maluf 
Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí 
euclidesmaluf@gmail.com 
 
Rafaela Leite das Chagas 
Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí 
raafaleite@gmail.com 
RESUMO 
O presente trabalho tem como propósito a avaliação da eficiência global (OEE) das 
máquinas envolvidas no processo do leite pasteurizado do laticínio localizado no Instituto 
Federal Minas Gerais-Campus Bambuí. O estudo caracteriza-se como pesquisa exploratória. 
De acordo com observação direta determinou-se o layout do processo do leite como sendo 
por produto. Determinou-se a eficiência global do pasteurizador e da máquina de envase e 
observou-se que a eficiência global para os dois equipamentos foram 4,26% e 2,87%, 
respectivamente. Os índices de OEE demonstraram a baixa produtividade das máquinas 
analisadas. O principal motivo é que existe uma discrepância entre a capacidade produtiva e 
a demanda atual. Isso ocorre pela recente mudança do modelo pedagógico do instituto e a 
não adequação dos setores ao mesmo. 
PALAVARAS CHAVE: Laticínio, OEE, Produtividade. 
ABSTRACT 
This study aims to evaluate the overall efficiency (OEE) of machines involved in the process 
of pasteurized milk from the dairy located at the Instituto Federal Minas Gerais-Campus 
Bambuí. The study is characterized as exploratory research. Under direct observation, its 
layout was determined as an product layout. In additional, the overall efficiency of the 
pasteurizer and filling machine was determined. There were observed that the overall 
efficiency for the two equipment were 4.26% and 2.87%, respectively. The OEE indices have 
demonstrated the low productivity in the machines analyzed. The main reason is that there 
is a discrepancy between production capacity and actual demand. Its cause is the recent 
change of the pedagogical institute model and the unsuitability of the same sectors. 
 
KEYWORDS: Dairy, OEE, Productivity. 
1. Introdução 
O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo com produção de 31 bilhões de 
litros, ficando atrás da Rússia (32 bilhões), China (34 bilhões), Estados Unidos (91 bilhões) e 
Índia (129 bilhões) (Anualpec, 2013). 
O Estado de Minas Gerais destaca-se por possuir o maior rebanho bovino leiteiro do 
Brasil, além de ser o maior produtor de leite nacional, com aproximadamente, 30% do total 
da produção (IBGE, 2013). 
Em uma visão abrangente, produtividade pode ser definida como uma relação entre 
um resultado e um esforço. Esta definição possui uma aplicação prática, de tal modo que é 
necessário ver esta definição sob diferentes enfoques dependendo da situação analisada. 
Quando se analisa um sistema de produção como entrada, processamento e saída, a definição 
de produtividade pode ser estabelecida como saída/entrada. No entanto, um sistema de 
produção pode ser visto como uma relação de quantidades na entrada e na saída, ou seja, um 
sistema físico de produção. Analisando-se apenas as quantidades aplicadas de seus recursos 
diretos de produção (mão-de-obra, materiais e equipamentos) e suas saídas geradas em 
termos de quantidade de produto acabado. 
O presente trabalho foi desenvolvido no setor de produção de leite pasteurizado do 
laticínio do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí. A capacidade produtiva atual 
é de 150 litros/dia, no entanto o pasteurizador tem a capacidade de 2000 litros/dia e a 
máquina de envase de 5000 litros/dia. 
Na seção 2 é realizada uma revisão da literatura, em seguida, na seção 3, a 
metodologia do trabalho. A seção 4 apresenta os cálculos da eficiência global do processo de 
produção do leite pasteurizado. Por fim, é apresentada uma conclusão na seção 5. 
 
2. Revisão de literatura 
 
2.1. Arranjo Físico ou Layout 
 O arranjo físico é uma das características mais visível de uma operação produtiva 
porque determina a aparência e sua “forma”. Também determina quais os recursos 
transformados – materiais, informação e clientes – fluem pela operação. (Slack e. al., 2009). 
Em processos, as decisões de layout devem feitas levando em consideração os seus 
efeitos, visto que o layout, em uma cadeia de valor, também pode afetar os processos em 
outros lugares. A forma como o layout é projetado interfere nos custos, tempo de produção e 
produtividade, visto que um bom layout melhora a coordenação entre setores e 
departamentos (Krajewski et. al ,2009). 
A mudança de arranjo físico é frequentemente uma atividade difícil e de longa 
duração por causas das dimensões físicas dos recursos de transformação movidos. Por outro 
lado, se o arranjo físico for inapropriado, pode levar a padrões de fluxo longos ou confusos, 
estoque de materiais, filas de clientes ao longo da operação, inconveniências, tempos de 
processamento longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos (Slack et al., 
2009). 
A projeção de um arranjo físico de uma operação produtiva, igualmente como 
qualquer atividade de projeto, obriga-se iniciar-se com os objetivos estratégicos da produção. 
Todavia, isso é apenas o ponto de partida do que é um processo de vários estágios que leva 
ao arranjo físico final de uma operação (Slack et al., 2009). 
 
 
2.2. Produtividade 
A administração da produção é a forma pela qual os bens e serviços são produzidos 
pelas empresas, e que também aborda problemas relacionados à produção. Nas empresas, a 
junção de recursos necessários para a produção de bens e serviços é chamada de função da 
produção que busca a satisfação do cliente através de bens e produtos produzidos e 
entregues (Slack et. al, 2009). 
A administração da produtividade concerne ao processo formal de gerenciamento. 
Essa, por sua vez, abrange tanto os colaboradores como o nível gerencial visando à redução 
de custos. A produtividade deve ser medida através de métodos apropriados pautando-se de 
dados existentes ou por meio da coleta de novos dados. Para tanto, é preciso medir, avaliar, 
planejar e propor melhorias (Martins; Laugeni, 2015). 
A produtividade é referente à capacidade que uma empresa possui em gerar 
produto em seu processo de produto. A medição da produtividade é determinada por meio da 
relação entre valor adicionado (output) e os recursos utilizados (inputs) no processo produtivo 
(Macedo, 2012). 
A produtividade tem sido notada mais como uma medida de eficiência do processo 
de produção do que do processo produtivo de uma empresa. Também é pertinente à 
capacidade que a empresa possui de gerar um produto em seu processo de produção. São 
usados indicadores físico-operacionais para analisar a produtividade tais como: produção 
física por número de horas trabalhadas, quantidade de bens ou serviços em relação ao tempo 
dentre outros. Esse método, por sua vez, não é capaz de suprir todos os requisitos quando 
bens ou serviços produzidos não são fisicamente homogêneos (Macedo, 2012). 
A produtividade pode ser aumentada elevando a produção com os mesmos ou com 
menos recursos. Também é possível manter ou aumentar a produção para a redução de 
recursos usados e assim aumentar a mesma. O aumento da quantidade produzida, bem como 
dos recursos usados com o intuito de elevar a produtividade só é viável se a quantidade de 
recursos for inferior à quantidade efetivamente produzida. Outra forma é reduzir a 
quantidade produzida e, paradoxalmente,a quantidade de recursos (Ayres, 2009). 
Um estudo para analisar a competitividade de índices de produtividade de um 
laticínio foi feito por Dickel et al. (2014). Corrêa et al. (2014) realizaram um estudo sobre 
controle da produtividade e eficiência em três empresas de porte pequeno, médio e grande. 
 
2.3. Eficiência Global de Equipamento 
A Eficiência Global de Equipamento (EGE) ou Overall Equipment Effectiveness 
(OEE) é um importante método utilizado para medir a real eficiência de utilização dos 
equipamentos de uma empresa. Esse método consiste em uma análise de dados referentes 
às seis grandes perdas que são elas: falhas do equipamento; mudança, ajustes/afinações 
(setup) e outras paragens; esperas, pequenas paragens devidas a outras etapas do processo; 
redução de velocidade/cadência relativamente ao originalmente planejado; defeitos de 
qualidade do produto e retrabalho; perdas no arranque e mudança de produto. Com isso a 
OEE pode ser calculada através do inter-relacionamento do índice de disponibilidade física, 
desempenho e qualidade, tornando possível entender as possíveis causas de tais perdas e 
estabelecer sistemas preventivos que possam a assegurar a eficiência das ações (Nakajima, 
1989). 
Os equipamentos envolvidos no processo produtivo de determinada empresa tem 
como objetivo transformar materiais em produtos acabados, de maneira uniforme, com alta 
produtividade e mínimas perdas. Com base nestes fatores a OEE visa auxiliar na busca pela 
maior eficiência, e na constante melhoria dos padrões de desempenho dos equipamentos, 
permitindo que a empresa analise as reais condições de utilização dos seus ativos (Hansen, 
2006). 
Para realizar os cálculos é necessário que os dados relacionados ao processo sejam 
coletados onde as matérias-primas são introduzidas. Essa introdução de matéria-prima 
necessária ao processo ocorre em um fluxo ordenado e com poucas áreas de estoque. O OEE 
é obtido através da multiplicação de três fatores numéricos envolvidos no processo 
produtivo: disponibilidade do equipamento para produzir, eficiência demonstrada durante a 
produção e qualidade do produto obtido. O OEE é indicado para pontos críticos do processo 
como gargalos e áreas altamente onerosas. (Hansen 2006) 
Com o intuito de se atingir uma boa performance dos equipamentos deve se buscar 
um OEE de 85 %, no entanto a maioria das empresas situam-se entre 50 e 60% (Nakajima, 
1989). Estudos sobre OEE podem ser vistos em Martins et al. (2014), Santos et al. (2013) e 
Silva e Rezende (2013). 
 
3. Metodologia 
 
3.1. Caracterização do laticínio 
 O presente estudo foi realizado no laticínio do Instituto Federal de Minas Gerais – 
Campus Bambuí. O mesmo conta com três funcionários que trabalham 8 horas por dia, cinco 
dias por semana. É produzido leite pasteurizado, doces, iogurte e queijo, de acordo com a 
demanda do próprio instituto. 
Foi realizada uma visita in loco para analisar o processo de produção do leite 
pasteurizado e utilizou-se também câmera fotográfica e de vídeo. Realizou-se uma entrevista 
com o responsável para obter os dados necessários. A entrevista é uma conversação realizada 
de forma metódica para que o pesquisador possa obter as informações necessárias (Marconi; 
Lakatos, 2010). 
 
3.1. Caracterização do estudo 
 A pesquisa exploratória visa familiarizar-se com determinado assunto para 
aprimorar ideias ou para a descoberta de intuições e assim possibilitar a consideração de 
aspectos pertinentes ao tema em estudo (Gil, 2008; Yin, 2015). 
É caracterizado com base nos procedimentos técnicos como pesquisa bibliográfica e 
estudo de caso. A pesquisa bibliográfica é realizada a partir de material desenvolvido por 
outros pesquisadores, a fim de se coletar informações sobre pesquisas antecedentes em 
fontes bibliográficas, tais como livros, publicações periódicas ou obras acadêmicas (Gil, 
2008). O estudo de caso é uma averiguação empírica empregada no contexto atual para 
examinar fenômenos e realizar a coleta de dados, de forma a facilitar contextualização e 
aprofundar o entendimento relacionado ao problema em questão (Yin, 2015). 
 
4. Resultados e Discussão 
 
4.1. Descrição do processo produtivo do leite pasteurizado 
 O início do processo se dá com a recepção do leite. Assim que chega, o leite é 
transferido para um tanque e é retirada uma amostra para realizar uma análise qualitativa 
por meio do teste Dornic. Se o leite é aprovado, inicia-se sua transferência para o 
pasteurizador. Em seguida, o leite percorre a tubulação até a máquina de envase e inicia-se o 
envasamento das embalagens plásticas. No que concerne ao leite que sobra depois do envase, 
é enviado, em média, 70 a 100 litros por dia para o refeitório da instituição, e o restante é 
guardado ou usado em outro processo produtivo. 
Tendo cumprindo a ordem de produção, o leite pasteurizado é armazenado até sua 
expedição. A Figura 2 apresenta o fluxograma do processo de produção do leite pasteurizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 2 – Fluxograma do processo de produção do leite pasteurizado. Fonte: Autores (2015). 
4.2. Tipo de layout 
Após observação in loco, constatou-se que layout do laticínio é por produto, uma vez 
que os equipamentos estão organizados para que que o produto “leite” passe de forma ágil e 
contínua. O layout está representado na Figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda: 1- Tanque de armazenamento, 2- Tanque de leite, 3- Pasteurizador, 4- Máquina de envase. 
FIGURA 1 – Fluxograma do processo de produção do leite pasteurizado. Fonte: Autores (2015) 
4.3. Cálculo da OEE 
 
 No laticínio, para o processamento do leite no pasteurizador são gastas 2,17 horas. 
Não é realizada a manutenção preventiva, apenas a corretiva e considerando os 20 dias 
trabalhados, se gasta 1 hora/mês com a mesma. Para a limpeza do equipamento levam-se em 
média 1,33 horas por dia. No que tange à preparação do equipamento solução usada na 
limpeza é liberada, estando o mesmo apto para receber o leite. Nessa preparação, é incluída 
a análise do leite e então o tempo de preparação é de 0,42 horas/dia. 
O pasteurizador tem capacidade de receber 2000 litros/dia, no entanto, recebe em 
média 500 litros/dia. Dessa forma, é de grande importância calcular a eficiência do 
equipamento. A Tabela 1 apresenta o cálculo da OEE. 
 
 
TABELA 1 – Eficiência Geral do Pasteurizador. 
Parâmetro Fórmula Dias Horas Valor 
 Horas totais 20 2,17 43,4 
 Horas manutenção preventiva 0 
 Horas manutenção corretiva 1 
 Horas manutenção Horas manutenção preventiva + 
Horas manutenção corretiva 
 1 
 Disponibilidade Física % 
(DF) 
1 - (horas manutenção / horas 
totais) 
 97,70% 
 Horas operadas Horas totais - horas manutenção 42,4 
 Horas de preparação - setup 8,4 
 Horas de entupimento 0 
 Horas de limpeza 26,6 
 Horas de perdas na utilização Horas setup + horas entupimento + 
horas limpeza 
 35 
 Utilização (%) 1-(horas de perdas na utilização / 
horas operadas) 
 17,45% 
 Taxa efetiva (unid./h) 500 l/h 
 Taxa benchmark (unid./h) 2000 l/h 
 Produtividade Taxa efetiva / taxa benchmark 25% 
 OEE - Eficiência Geral Disponibilidade Física x 
Utilização x Produtividade 
 4,26% 
 Produção (unid.) Taxa benchmark x OEE x Horas 
totais 
 3697,68 
Fonte: Autores (2015). 
Assim que o leite passa pelo pasteurizador, é transferido para a máquina de envase. 
Essa máquina, por sua vez, foi projetada para produzir 5000 litros/dia, entretanto produz em 
média150 litros/dia, conforme a demanda do posto de venda da instituição ou da cidade. A 
discrepância entre a capacidade produtiva e a demanda atual ocorre pelo fato da instituição 
ter passado por uma transição de metodologia de ensino nos últimos anos. Anteriormente, a 
produção era maior porque os alunos aplicam a teoria em suas práticas nos setores 
produtivos da instituição. O lema da instituição por muitos anos era: “Aprender para fazer e 
fazer para aprender”. Os alunos realizavam as atividades setoriais e de produção, já que a 
fazenda precisava produzir para manter o seu funcionamento (IFMG, 2015). 
São gastas 0,33 horas/dia com a preparação do equipamento e 1,33 horas/dia para a 
limpeza do mesmo. Nesse equipamento não é feita a manutenção preventiva, somente 
realiza-se a manutenção corretiva, gastando em média 2 horas/mês. A OEE da máquina de 
envase está apresentada na Tabela 2. 
TABELA 2 – Eficiência Geral da Máquina de Envase. 
Parâmetro Fórmula Dias Horas Valor 
 Horas totais 20 2 40 
 Horas manutenção preventiva 0 
 Horas manutenção corretiva 2 
 Horas manutenção Horas manutenção 
preventiva + Horas 
manutenção corretiva 
 2 
 Disponibilidade Física % (DF) 1 - (horas manutenção / 
horas totais) 
 95% 
 Horas operadas Horas totais - horas 
manutenção 
 38 
 Horas de preparação - setup 6,6 
 Horas de entupimento 0 
 Horas de limpeza 26,6 
 Horas de perdas na utilização Horas setup + horas 
entupimento + horas 
limpeza 
 33,2 
 Utilização (%) 1-(horas de perdas na 
utilização / horas operadas) 
 12,63% 
 Taxa efetiva (unid./h) 150 unid./h 
 Taxa benchmark (unid./h) 625 unid./h 
 Produtividade Taxa efetiva / 
taxa benchmark 
 24% 
 OEE - Eficiência Geral Disponibilidade Física x 
Utilização x Produtividade 
 2,87% 
 Produção (unid.) Taxa benchmark x OEE x 
Horas totais 
 717,5 
Fonte: Autores (2015). 
 
5. Conclusões 
 Através de observação, pôde-se conhecer o processo de produção do leite 
pasteurizado, determinar que o tipo de layout do laticínio, sendo esse por produto. Foram 
realizados cálculos para encontrar a produtividade de mão-de-obra e eficiência global do 
pasteurizador e da máquina de envase. 
 Os resultados obtidos mostram que o pasteurizador tem Disponibilidade Física de 
97,70%, utilização de 17,45% e produtividade de 25%. Logo, a eficiência global do 
equipamento é de 4,26%. Nota-se que a eficiência do mesmo é muito pequena, uma vez que 
processa apenas 550 litros/dia, usando apenas 25% da capacidade do equipamento que é de 
2000 litros/dia. 
 Analogamente, a máquina de envase possui Disponibilidade Física de 95%, utilização 
de 12,63% e produtividade de 24%. A eficiência global para esse equipamento é de 2,97%, 
sendo que o mesmo foi projetado com capacidade produtiva de 5000 litros/dia. No entanto, 
a capacidade atual de produção é em média 150 litros/dia, muito abaixo da sua real 
capacidade. Isso é devido à produção ser feita para suprir as necessidades da instituição e do 
posto de vendas, sendo que essa não é destinada a obtenção de lucros. Nota-se uma 
discrepância entre a capacidade produtiva e demanda atual. Isso ocorre pela recente mudança 
do modelo pedagógico do instituto e a não adequação dos setores ao mesmo. 
Referências 
Anualpec. Anuário da pecuária brasileira-2013. São Paulo: FNP Consultoria & Comércio, 
2013. 
Ayres, A. de P. S., Gestão de logística e operações. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2009. 316 p. 
Corrêa, P. A., Estudo sobre controle da produtividade e eficiência. Revista Escola de Negócios, 
vol. 2, n. 01, p.185-214, 2014. 
Dickel, D. G., Siluk, J. C. M. e Souza, A. M. (2014). Análise da competitividade do índice de 
produtividade em laticínios: previsão com base em modelagem de séries temporais. IV 
Congresso Brasileiro de Engenharia de Produção de Ponta Grossa, PR, Brasil. 
Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008. 
Goés, B. C. e Silva, C. E. , Análise de layout do sistema produtivo de beneficiadora de leite: o 
caso dos empreendimentos dos municípios de Antas, Bahia. Revista Gestão Industrial, vol. 07, 
n. 03, p. 41-59, 2011. 
Hansen, R. C. Eficiência Global de Equipamentos: uma poderosa ferramenta de 
produção/manutenção para o aumento dos lucros. Porto Alegre, Bookman, 2006. 
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores IBGE: Estatística da 
Produção de leite. Disponível em: 
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/producaoagropecua
ria/abate-leite-couro-ovos_201404_publ_completa.pdf. Acesso no dia 10 de junho 2015. 
IFMG-Instituto Federal de Minas Gerais. Disponível 
em:<www.cefetbambui.edu.br/portal/node/2>. Acesso em: 25 de junho de 2015. 
Krajewski, L. J., Ritzman, L. P. e Malhotra, M. K., Administração de produções e operações. 
8 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. 
Macedo, M. M., Gestão da Produtividade nas empresas. Revista Organização Sistêmica, vol. 
01, n. 01, 2012. 
Martins, L. A., Limas, C. E. A. e Callegari, O. M., Utilização do indicador OEE: Um estudo 
de caso em uma indústria do ramo metal-mecânico na região dos Campos Gerais. 
Congresso Internacional de Administração, Ponta Grossa, PR, Brasil. 
Martins, P. G. e Laugeni, F. P., Administração da Produção. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 
Marconi, M. A. e Lakatos, E. M., Metodologia do trabalho científico. 7 ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
Nakajima, S. Introdução ao TPM – Total Productive Maintenance. São Paulo: IMC 
Internacional Sistemas Educativos Ltda., 1989. 
Santos, F. F., Silva, V. M., Ricci, G. L. e Braga, W. L. M., (2013). Proposta da utilização do OEE 
como ferramenta de tomada de decisões no setor sucroenergético. Encontro Nacional de 
Engenharia de Produção, Salvador, BA. 
Silva, L. D. dos S. e Rezende, A. A. de, (2013). Manutenção Produtiva Total (TPM) como 
ferramenta para melhoria da Eficiência Global de Equipamento (OEE). Encontro Nacional de 
Engenharia de Produção, Salvador, BA. 
Slack, N., Chambers, S. e Johnston, R., Administração da produção. 2 ed. São Paulo: Atlas, 
2009. 
Yin, R. K. Estudo de caso: planejamento de métodos. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

Outros materiais