Buscar

FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS DO COMÉRCIO EXTERIOR
PANORAMA ECONÔMICO ATUAL
Esta aula propõe apresentar ao aluno um panorama internacional atualizado com foco na visão abrangente do comércio internacional e as perspectivas do Brasil nesse cenário.
Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica brasileira em comparação a do principal país emergente, a China.
Fenômenos no processo de transformação
O mundo, assim como um organismo, vem sofrendo transformações ao longo dos séculos.
Para traçarmos um panorama do comportamento mundial e de seu respectivo impacto no comércio exterior brasileiro, apresentaremos o desenvolvimento da China e do Brasil, dois países emergentes, como fenômenos importantes nesse processo de transformação.
Líderes políticos
Deng Xiaoping:
A segunda maior economia mundial, há quarenta anos, mergulhada na revolução cultural maoísta e fechada para o comércio internacional, começou a se abrir com uma “economia de mercado socialista” a partir de Deng Xiaoping, em 1978.
Tendo estudado em Moscou e trabalhado em Paris, Deng Xiaoping teve oportunidade de conhecer as faces do capitalismo e do socialismo, o que lhe deu base para levar à China o melhor dos dois sistemas político-econômicos e tirá-la do atraso que durou até a morte de Mao Tsé-tung, em 1976.
Mao Tsé-Tung:
De origem camponesa, Mao Tsé-tung contribuiu para a inclusão do camponês na economia chinesa, mas foi Deng Xiaoping que, tendo trabalhado como metalúrgico em uma fábrica da Renault, na França, pôde entender que a real inclusão social se dá através da educação e da especialização. 
Mao desenvolveu um “socialismo de livre mercado” e promoveu modernizações que começaram nos estados e municípios à base de investimentos em educação e infraestrutura para crescer exponencialmente ao longo dos últimos trinta anos em que a China vem conquistando voluptuosamente o mercado internacional.
O fenômeno China
Campos agrícolas que deram lugar a metrópoles, ingresso de milhões de pessoas no mercado consumidor e uma economia extremamente focada na exportação. Isso tudo fez da China um caso de sucesso mundial, colecionando índices de crescimento incomparáveis às demais economias do mundo que se fartam de produtos baratos vindos de lá.
A crítica mais ferrenha aos produtos chineses está na qualidade dos produtos oferecidos, mas não é bem assim. há China pra todos os gostos.
O que quero dizer é que há produto barato e de baixa qualidade para atender diversos mercados, porém, há produtos de alta tecnologia para atender os mercados mais exigentes, como os parques da Disney, nos Estados Unidos.
Segundo pesquisa do Banco Mundial, os produtos de alta tecnologia vêm aumentando a sua participação na pauta das exportações chinesas.
Além disso, com o vigoroso aumento das commodities, impulsionado pela musculosa demanda da própria China, daremos adeus aos preços baratos em breve.
Outro assunto polêmico envolve a mão de obra mal remunerada. Com saúde e educação subsidiada pelo Estado totalitário e com um aumento progressivo de salários impulsionado pela, por incrível que pareça, escassez de mão de obra e pelo aumento intencional do consumo interno como uma forma de atenuar a crise mundial de demanda dos últimos anos, a remuneração do cidadão chinês me parece adequada para a cultura e para o estilo de vida locais que estão mudando a cada ano.
Reflexo negativo do crescimento econômico
Os chineses estão enriquecendo espantosamente e, à medida que enriquecem, começam a enfrentar problemas antes inexistentes, como a falta de gente para trabalhos mais básicos, como operários de chão de fábrica e o envelhecimento da população que, sem um plano do Estado para aposentadoria e para previdência social, economiza tudo o que pode para uma velhice mais tranquila.
De acordo com projeções das Nações Unidas, o número de chineses em idade para trabalhar começará a cair, consequência da política de filho único, instituída em 1979 para conter o crescimento populacional. “A China vai ficar velha antes de ficar rica”.
Além desses fatores, a população camponesa está parando de migrar para as cidades, num real aceno de que o combustível do crescimento exponencial está acabando. Numa razão diretamente proporcional, os salários aumentam e com eles, a inflação, o que pode estagnar a economia chinesa. Driblar essa situação, como fizeram Japão, Coréia do Sul, Singapura e Taiwan no século passado, pode não ser tão fácil para um país de dimensões continentais e muito populoso.
O problema do crescimento econômico chinês
No esteio do enriquecimento espantoso, o cidadão chinês, que agora tem dinheiro para ir além de sua subsistência, clama por mais liberdade e a liberdade é antagônica ao regime totalitário, que poderá sofrer pressões sociais por maior flexibilidade e participação do povo nas decisões do país em que vive em regime totalitário, desde 1949. 
Em 2010, uma greve de metalúrgicos chineses numa fábrica da Honda promoveu um aumento de 47% à categoria. A instabilidade política é previsível. 
Milhares de fábricas foram abertas instantaneamente num surto empreendedor, com baixíssimo custo de produção, usando mão de obra oriunda do êxodo rural. A China soube utilizar muito bem a vantagem de sua superpopulação, porém, ainda que com maior poder de compra, por questões culturais, essa superpopulação, focada em economizar tudo que ganha para um futuro melhor, não servirá para impulsionar o consumo interno. 
Para se ter ideia, em 2010, a indústria têxtil chinesa faturou um trilhão de reais, faturamento que, necessariamente terá que adequar acomodações e salários nas fábricas para atender à crescente demanda dos operários por melhores condições de trabalho. Caso contrário, novas linhas de produção serão fechadas por falta de mão de obra, o que gera uma preocupação mundial com as perspectivas futuras. 
O mundo inteiro está exposto ao aumento de custos na China. Há previsões de que os salários subirão cerca 30% ao ano até 2016, o que tornará muito difíceis as exportações chinesas. Isso poderá tornar passado a referência da China como a “fábrica do mundo” e reexportar fábricas de volta aos seus países de origem, que, contando a produtividade da mão de obra local maior que chinesa, custos de importação e logística, ficará pouco vantajoso mantê-las lá. 
O crescimento chinês é insustentável. O plano quinquenal, de março de 2011, prevê desaceleração do crescimento, repetindo histórias, como a japonesa, que, nos anos oitenta, por ter acelerado o seu crescimento havia décadas, era tido como certo que o Japão seria a primeira economia mundial, porém, o estrondoso crescimento resultou em bolha de ativos e o Japão voltou aos 8% de participação no PIB mundial, bem mais baixo que os 18% do início dos anos noventa. 
Em detrimento à crise mundial de 2008, o governo chinês tem aumentado as linhas de crédito para incentivar o consumo interno e sofrer menor impacto provocado pela crise de demanda mundial. Isso pode representar grande risco para o sistema financeiro chinês, provocando um consumo com base em dívida, e não em enriquecimento, adiando uma futura quebradeira, causa da atual desaceleração e redução de investimentos, o que fará o crescimento chinês despencar. 
Trabalhando com margens de lucro baixíssimas, qualquer aumento de custo reverterá em aumento de preço. Com isso, os preços hipercompetitivos vão perdendo espaço paulatinamente e as linhas de produção vão migrando para países mais pobres, como Bangladesh, Indonésia e Vietnã, que têm trabalhadores até cinco vezes mais baratos que os chineses. 
O crescimento avassalador da China mudou o cenário econômico mundial. Este país passou a ser o primeiro parceiro comercial de países emergentes, concentrando a forte demanda de produto primário e voltando produtos industrializados a esses parceiros espalhados pelo mundo, num retorno ao século XIX, quando vendíamos insumos para 1 2 países industrializados nos vender seus produtos acabados, novamente num velho modelo de desenvolvimento. 
Ainda que essa relação nãoseja apreciável, a China continua sendo o nosso maior comprador, e não podemos matar a nossa “vaca leiteira”, portanto, qualquer atitude reativa ao status que ora se apresenta pode ser economicamente delicada para o nosso país, que cresceu nos últimos anos à custa dessa demanda por commodities. 
Hoje, o que acontecer na China afeta o mundo todo. A avalanche de produtos chineses nas prateleiras de todos os países vem controlando a inflação mundial, e isso está para mudar.
O desenvolvimento do Brasil
O Brasil vem se desenvolvendo muito rapidamente como um subproduto do crescimento chinês 
Como foi comentado sobre o fenômeno Chinês, o vigoroso aumento das commodities acabou com o nosso déficit comercial, valorizou o real, possibilitou a queda dos juros e alavancou a nossa economia, que vem crescendo desordenadamente sem investimento em infraestrutura, o que não aconteceu com a China, que aproveitou décadas de crescimento para investir pesado em infraestrutura.
Com portos, aeroportos e estradas mal dimensionadas, temos que pisar no freio do crescimento econômico por não termos meios modernos para escoar a produção.
Outro fator limitador do crescimento brasileiro é a inflação. Com a economia aquecida e maior poder de compra, o brasileiro está comprando e provocando aumento inesperado de preços, que devem ser controlados para manter adormecido o monstro da inflação que assolava a nossa economia nos anos oitenta.
Com isso, a desindustrialização que estamos vivendo é inevitável e deve fazer parte do cenário econômico brasileiro por mais alguns anos.
De qualquer forma, deixamos para trás um passado agrário e, paulatinamente, incluímos no mercado de consumo cidadãos que viviam abaixo da linha de pobreza. Uma nova classe média emergente impulsiona um consumo mais exigente, tudo como consequência da forte demanda do nosso minério de ferro pelas indústrias chinesas.
Fatores nocivos ao desenvolvimento do Brasil
Temos mais crianças nas escolas e baixa taxa de desemprego, porém, o Brasil ainda vive na informalidade. 
O grande índice de informalidade limita o crédito. Ao oferecerem financiamentos diversos, os bancos pedem garantias que não poderão ser vinculadas ao crédito devido à informalidade das empresas, o que torna a linha de crédito mais cara e burocrática, emperrando o desenvolvimento. 
Para um desenvolvimento sustentável, o Brasil deveria propor uma ação vigorosa, convidando os empresários à formalidade, numa parceria que proporcionaria maior arrecadação aos cofres públicos e maior agressividade comercial aos empresários, com linhas de crédito mais ágeis e menos custosas, qualificando o nosso crescimento e promovendo o desenvolvimento. 
Outro fator nocivo ao nosso desenvolvimento é a crise de confiança em nossos dirigentes. O empresário se esconde na informalidade pela insegurança da exposição aos agentes públicos. O cidadão se sente receoso pelo aumento do controle fiscal e não acredita na destinação duvidosa dos impostos e taxas que podem chegar a 69%, espalhados em 85 tributos diferentes, alguns com o mesmo fato gerador e incidência. 
Há um problema cultural antigo nisso. O brasileiro não vê em seus dirigentes bons exemplos a seguir. Diferente da filosofia oriental, em que a credibilidade de um pensador só será creditada se ele for um bom exemplo a seguir, a filosofia ocidental credita a credibilidade ao pensamento, independente do comportamento do pensador. 
Para que haja corrupção, terá que haver um corruptor. O empresário que trabalha mal precisará de um agente público que também trabalhe mal para tornar possível o seu negócio. Assim vivemos num círculo vicioso culturalmente antigo, entendendo que haverá justiça à medida que cada cidadão ganha, também, o seu quinhão, ainda que indiretamente por alguns favorecimentos. 
O excesso de burocracia, altas alíquotas de impostos e taxas em cascata vão sangrando as melhores intenções empresariais, o que acaba afastando o empresário nacional não só da formalidade, mas, até mesmo do Brasil. 
Várias empresas brasileiras tiveram que abandonar o Brasil, indo se instalar na China para sobreviver, o que vem tornando crescente a comunidade de brasileiros residentes na China. Estamos bem melhores do que estávamos nos anos sessenta, quando tínhamos um alto índice de analfabetismo, expectativa de vida de 52 anos e um enorme índice de mortalidade infantil. Porém, ainda há muito que se fazer em saneamento básico, saúde, segurança, educação e infraestrutura para que possamos sustentar a categoria de nação promissora dos próximos anos. 
A criminalidade e a corrupção ainda nos afastam do desenvolvimento e da credibilidade internacional e o ambiente de negócios ainda é lento, burocrático e altamente custoso. 
Foi muito fácil pegarmos carona nas mudanças mundiais, sobretudo, com o fim da Guerra Fria. Saímos do terceiro mundo, categoria imputada ao Brasil após a separação do globo em países comunistas e capitalistas. 
Hoje, como país emergente, o Brasil precisa avaliar se, apesar das nossas crianças estarem mais na escola, elas estão, realmente, aprendendo. Avaliar as condições de trabalho no campo, a qualidade de vida nas cidades, as prospecções mais qualitativas que quantitativas. ]
Mas o dever de casa não cabe somente ao governo; a sociedade tem que ser mais atuante, cobrar resultados dos políticos eleitos, pelo exercício democrático do voto. A sociedade deve ser mais seletiva para que haja equilíbrio de força e empenho entre o povo e o governo para o desenvolvimento sustentável.
O que difere um país rico de um país pobre?
A credibilidade. 
O lastro histórico de crescimento. 
Uma justa distribuição da riqueza.
O respeito inviolável à propriedade material e intelectual.
Normas claras e válidas para todos, sem a nociva sensação de impunidade ou favorecimentos. 
A ampliação de oportunidade a todos. 
A justiça social e empresarial.
A conscientização de um bem comum maior e de acesso a todos.
Tudo isso em parceria da sociedade com o governo.
Muitos desses conceitos são relativos. Para fazer justiça a um, outro deverá ser punido e, se não houver imparcialidade nessa decisão, não haverá conscientização de que essa punição será melhor para a maioria e as represálias irão existir na medida da influência do punido. 
Há que se promover uma mudança cultural, uma sensibilização de longo prazo que não será nada fácil.
Não se pode falar em conscientização sem educação e informação. Por outro lado, educação e informação dão mais poder de escolha ao cidadão. Será que há interesse político nisso? 
Essa é uma questão que cada um irá responder diferentemente e, enquanto isso, ficamos patinando na passada categoria de eterno país do futuro.
DOUTRINA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL E PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO
Esta aula irá apresentar à você um conhecimento doutrinário do funcionamento dos processos de integração comercial no contexto internacional e a estrutura do sistema internacional do comércio do ponto de vista público e privado.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
As Relações Internacionais pressupõem um ordenamento supranacional (acima do governo de cada país) capaz de fomentar (estimular) o maior número de trocas de produtos oriundos de importação e exportação, porém, a necessidade soberana de cada país de limitar as importações e incentivar as exportações, como paradigma de uma balança comercial superavitária (lucro), dificulta o liberalismo proposto pelo comércio internacional com atitudes protecionistas (proteger as indústrias nacionais da concorrência externa) propostas pelo comércio exterior de cada Estado soberano.
Se de um lado temos o liberalismo econômico promovido pelo comércio internacional materializado em acordos internacionais assinados por países, por outro temos o protecionismo promovido pelo comércio exterior de cada país materializado pela legislação administrativa, fiscal e tributária imposta a cada empresa importadora.
Mesmo sabendo que a legislação de comércio exterior de cada país não pode ferir cláusulas dos acordos internacionais dos quais essespaíses são signatários, historicamente há inúmeros exemplos de barreiras tarifárias e não tarifárias que emperram a proposta liberalista do comércio internacional. Entende-se por barreira tarifária a restrição imposta pelo imposto de importação e barreira não tarifária as restrições às importações promovidas administrativamente por regulamentos e normas técnicas que enriquecem a burocracia do setor.
Eventualmente o país importador não pode se utilizar da barreira tarifária pelo imposto de importação já ter atingido a alíquota máxima permitida por acordos internacionais assinados por esse país ou, no caso de Blocos Econômicos, a majoração desse imposto ter que ser negociada com os demais países pertencentes a esse Bloco. Nesses casos, o uso de barreiras não tarifárias vem à tona para restringir as indesejáveis importações.
OS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO
O imposto de importação não tem uma função exclusivamente protecionista, ele também tem função promotora de competitividade que, com uma simples redução da alíquota, provoca a entrada de produtos importados com menores preços e melhor qualidade que os nacionais, obrigando a indústria local a se adequar à nova realidade. Outra função do imposto de importação é a função seletora quando são selecionadas as alíquotas do imposto de acordo com a essencialidade do produto importado, creditando alíquotas menores aos produtos mais necessários à nossa economia e aumentando a alíquota de produtos supérfluos potencializando a função arrecadadora do tributo.
O conflito entre o liberalismo promovido pelo comércio internacional e o protecionismo promovido pelo comércio exterior é antigo, data de 1815 com as Leis de Proteção à Importação de Milho, as “Corn Laws” inglesas, contestadas, na época, por contribuir para o aumento de preços ao impedir a concorrência.
Diametralmente oposto, nos Estados Unidos, o Liberalismo econômico promovido pelos produtores de algodão, tentava evitar retaliações protecionistas inglesas. Devido a aumento de preços, retração do desenvolvimento ou, até mesmo, devido a retaliações comerciais, não uma dosagem exata para medidas protecionistas ou não.
A escolha da melhor política fiscal e tributária a ser adotada dependerá do cenário econômico que se apresenta.
Em ambas escolhas haverá boas e más consequências, por isso, deve-se avaliar criteriosamente a melhor política a adotar.
O COMÉRCIO INTERNACIONAL
O Comércio Internacional é regulado por vários organismos internacionais de natureza supranacional e privada que tem por objetivo fomentar o maior fluxo de mercadorias e trocas internacionais protegendo os países menos desenvolvidos para também promoverem o equilíbrio do comércio global.
Os organismos internacionais estabelecem acordos e tratados internacionais de comércio para harmonizar as relações comerciais entre diferentes países.
Os tratados internacionais podem ser bilaterais, quando envolvem apenas dois países, enquanto os multilaterais envolvem mais de dois países com a mesma finalidade de desenvolver suas relações comerciais promovendo uma tendência atual de integração mundial.
Os organismos de natureza privada promovem o equilíbrio do comércio global enquanto os organismos de natureza supranacional promovem a resolução de práticas de comércio internacional entre os países signatários dos respectivos acordos promovidos por estes organismos seguindo as seguintes cláusulas principais de um tratado internacional, que são:
Reciprocidade de tratamento que estabelece que qualquer benefício ou restrição serão alterados mediante acordo entre os países signatários do tratado.
Paridade de Tratamento de taxas que estabelece que os tributos devem ser aplicados igualmente a produtos similares.
Cláusula da Nação Mais Favorecida que estabelece que os privilégios e concessões oferecidos a um país signatário do tratado internacional, deverá ser igualmente oferecido aos demais países também signatários do respectivo tratado. Sob o ponto de vista comercial, todo país deve respeitar as concessões bilaterais e passar do bilateral para o multilateral e, sob o ponto de vista de política interna, os pequenos países recebem tratamento igual aos países do Primeiro Mundo.
O principal organismo supranacional interveniente nas políticas fiscais, tributárias, administrativas e aduaneiras brasileiras é a OMC (Organização Mundial do Comércio) desde 1995 e a UNCTAD (“United Conference on Trade and Development” - Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o desenvolvimento) desde 1964. 
A Câmara de Comércio Internacional (CCI) é o organismo de natureza privada de maior amplitude global e é responsável pelos INCOTERMS 2010 e pelas regras da Arbitragem Internacional.
Declínio do GATT e estabelecimento do OMC
Em 1947 deu início o acordo de maior alcance nas relações comerciais internacionais, o GATT – “General Agreement on Tariffs and Trade” (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) e serviu de base em 1994 para o estabelecimento da OMC no ano seguinte. Participando do GATT desde o início, em 1947, o Brasil, como país do chamado terceiro mundo, beneficiou-se com eliminações de barreiras protecionistas dos países industrializados para o maior equilíbrio das relações comerciais com países ainda não desenvolvidos. Porém, ainda com ânimo protecionista, a sociedade internacional conflitava com os interesses de liberação do comércio internacional proposta pelo GATT. 
Vale lembrar que o GATT, em 1947, teve uma difícil tarefa de organizar a relação comercial entre países sofridos com o pós-guerra. Antes mesmo da segunda guerra mundial, o mundo já vinha sofrendo uma diminuição da produção industrial desde o final da primeira guerra mundial o que veio a acarretar a crise de demanda de 1929, quando a Europa, já refeita da primeira guerra, demandou menos produtos importados dos Estados Unidos, provocando uma superprodução e a consequente quebra da bolsa de Nova York em 1929 desencadeando a crise de 1930. 
Nesse cenário econômico, houve ruptura nos pagamentos internacionais e o protecionismo passou a ser a ordem do momento. Daí a difícil tarefa de organizar, após a segunda Guerra Mundial, sob a influência Norte Americana, as relações econômicas internacionais para fomentar dias melhores à sofrida sociedade internacional. 
Para tanto, foram criados o FMI – Fundo Monetário Internacional e o BIRD – Banco Mundial para desenvolver os aspectos financeiros e monetários mundialmente. Para desenvolver os aspectos comerciais, foi discutida a criação da OIC – Organização das Nações Unidas, que funcionaria como uma agência especializada das Nações Unidas. 
Com relação ao GATT propriamente dito, em 1946 foi assinada a Carta de Havana por vinte e três países com o objetivo de impulsionar a liberação comercial e combater o protecionismo que se instalara nas relações comerciais internacionais desde a década e trinta. Nascia, assim, o GATT que viria a entrar em vigor a partir de primeiro de janeiro de 1948 como um acordo provisório para regular as relações comerciais internacionais. 
Até 1995 houve inúmeras modificações e adaptações no Acordo provisório propostas pelos países signatários para a elevação da produção e do emprego para o aumento do fluxo de mercadorias buscado pela liberalização da economia mundial. 
O GATT, como um acordo provisório de tarifas, não tinha personalidade jurídica para mover sanções contra países que não estivessem alinhados com o acordo e deixou de fora as barreiras não tarifárias, esses e outros motivos provocaram uma série de exceções à cláusula da nação mais favorecida que era a principal cláusula do GATT para proteger o comércio internacional do protecionismo, porém, o protecionismo velado era evidente nas exceções que, de certa forma, foram responsáveis quebra da credibilidade do Acordo. 
Podemos verificar essa manifestação no tratamento diferenciado dado a países que constituíam uniões aduaneiras e zonas de livre comércio permitidas pelo Acordo. O não comprometimento das partes se manifestava expressamente com a introdução, no Acordo, daParte IV reconhecendo que “as partes contratantes desenvolvidas não esperam reciprocidade pelos compromissos, por elas tomadas nas negociações comerciais, de reduzir ou eliminar os direitos aduaneiros e outros obstáculos ao comércio das partes contratantes pouco desenvolvidas”, com isso, os países em desenvolvimento estavam desobrigados de participar nas negociações. 
Além disso, com a entrada de países com economia centralizada no Estado do Leste Europeu (Hungria, Polônia e Romênia), foi possibilitada salvaguardas discriminatórias com restrições quantitativas sobre as exportações dos novos membros, desrespeitando acintosamente a Cláusula da Nação Mais Favorecida, promovendo protecionismo com a permissão de barreiras não tarifárias como o contingenciamento. 
A cláusula de salvaguarda permitia exceções devido a circunstâncias imprevistas que provocasse prejuízo grave à economia daquele país. A simples declaração de “prejuízo grave” não determinava exatamente a magnitude desse prejuízo, nem a determinação da correção desse prejuízo, cabendo a cada país estabelecer o ideal regime de exceção a ser adotado naquela situação. 
Tornando-se frequente a adoção de medidas protecionistas unilaterais de salvaguarda e, cada vez mais distante a Cláusula da Nação Mais Favorecida, não tardou para o GATT tornar-se anacrônico e ineficaz. 
Não acompanhando o dinamismo crescente do comércio internacional e com resoluções morosas para assuntos controversos, o GATT entrou em declínio e deu lugar à OMC – Organização Mundial do Comércio, organismo internacional de natureza supranacional com personalidade jurídica própria e sede em Genebra – Suíça.
Organização Mundial do Comércio – OMC
A representação majoritária da OMC é feita pelos países em desenvolvimento que têm nesse organismo um instrumento regulador do desequilíbrio inerente às relações comerciais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento necessitam da intervenção da OMC para promoverem os seus respectivos desenvolvimentos.
Estrutura do OMC
Constituída pela Rodada do Uruguai com a participação de 123 países, em 1994, por consenso, a estrutura da OMC contextualizava-se dentro dos seguintes temas:
• Incorporação plena da agricultura e do setor têxtil e de confecções com redução de subsídios para o setor agrícola, rigor às regras do GATT para o setor têxtil e de confecções.
• Reduções de tarifas industriais dos países desenvolvidos. Acordo sobre o comércio de serviços (GATS).
• O estabelecimento do TRIM – Trade Investiment Measuraments (medidas de investimentos).
Do TRIPS – Trade Intelectual Property Rights (direitos de propriedade intelectual).
• A regulamentação das compras governamentais.
• O TPRM – Trade Policy Review Mechanism (monitoramento da legislação do país) para regular avaliação se as leis internas de cada país respeitam as cláusulas e diretrizes acordadas na OMC.
A OMC chegou com promessa de liberdade econômica, as políticas protecionistas unilaterais teriam que dar lugar ao liberalismo econômico multilateral demandante pela globalização que já se mostrava irreversível.
Para tanto os mecanismos de solução de controvérsias eram muito mais musculosos devido a personalidade jurídica da OMC. Para os países em desenvolvimento houve uma redução das margens de manobra para o uso de instrumentos discriminatórios de proteção e de promoção dos produtos domésticos.
Atividades desempenhadas pela OMC e nexo causal 
As atividades mais importantes desempenhadas pela OMC são, dentre outras: 
. Redução de tarifas alfandegárias promovendo maior liberdade comercial e menor expressão do protecionismo. As reduções das tarifas alfandegárias atingiam mais os países desenvolvidos como forma de equilibrar o desnível de industrialização entre os players; 
. Abertura de setores protegidos, como o setor agrícola altamente subsidiado pelos países desenvolvidos, setor têxtil antes protegido pelo Acordo Multifibras que impunha condições à entrada de produtos têxteis oriundos de países em desenvolvimento; 
. Inclusão e regulamentação do setor de serviços na Organização; 
. Inclusão e regulamentação da propriedade intelectual como marcas, patentes e direitos autorais; 
. A regulamentação da valoração aduaneira, evitando o sub ou superfaturamento. O valor aduaneiro é composto pelo valor da mercadoria somado ao seguro e ao frete internacionais e forma a base de cálculo do imposto de importação, mesmo que a importação não tenha cobertura cambial ou valor comercial. 
. Regulamentação de barreiras não tarifárias que foram esquecidas pelo GATT, para que estas barreiras não representem medidas protecionistas disfarçadas, com anuências e prazos irregulares; 
. Estabelecimento de critérios técnicos para o estudo do nexo causal na determinação de uma prática desleal de comércio e determinação do remédio a essa prática, sem deixar de punir quem pratica o dumping ou o subsídio, mas também, sem permitir que a punição se transforme num ato protecionista; 
Na busca da maior liberdade comercial, a sociedade internacional deve estar sempre monitorando as práticas comerciais evitando as conhecidas práticas desleais de comércio exterior. São consideradas práticas desleais de comércio exterior aquelas com finalidade de causar prejuízos importantes à produção interna de outro país. Para tanto, deve ser determinado um estudo apurado do dano causado ou da grave ameaça de dano a ser causado. Damos o nome a isso de nexo causal. 
Para que a indústria local do país afetado não seja levada à extinção, havendo nexo causal no impacto da prática desleal nessa economia, o país afetado poderá promover uma resposta comercial a essa prática para anular o efeito desastroso dessa prática em sua economia. 
Essas práticas desleais variam de acordo com a forma como são utilizadas pelas empresas ou pelos países infratores. Seguindo esse critério de variação, essas práticas poderão ser classificadas como: Salvaguarda, dumping, subsídios e medidas compensatórias. 
Para se resguardarem os países afetados utilizam-se da defesa comercial para dar a resposta eficaz para a anulação desse efeito nocivo. No Brasil, o DECOM – Departamento de Defesa Comercial da SECEX – Secretaria de Comércio Exterior, Secretaria vinculada ao Ministério de Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, estudará o nexo causal da suposta prática desleal promovida pelo suposto país infrator. 
O estudo do nexo causal proposto pelo DECOM dará respaldo para que a resposta comercial brasileira não seja considerada uma medida protecionista a ser sancionada pela OMC. Caberá ao Comitê de Subsídios e Medidas Compensatórias disciplinar a utilização e regulamentar as medidas que os países pode adotar para contrariar os efeitos dessas práticas. 
As respostas após o pertinente estudo do nexo causal poderão ser as seguintes: 
. A aplicação de direitos antidumping (eliminação da margem de dumping), no caso da prática desleal ser, efetivamente, um dumping. E o que é o dumping? O dumping passa a existir quando uma empresa exportadora decide vender o seu produto ao exterior com preço final de venda abaixo do preço de venda praticado internamente em seu mercado doméstico. O produto importado, objeto do dumping, deverá afetar um produto brasileiro similar àquele. Para que um produto nacional seja considerado similar ao importado, o produto nacional deverá ser sustentado pelo tripé: Preço, Qualidade e Prazo de Entrega que deverão ser melhores que os do produto importado. O dumping poderá ser esporádico, em caso de venda de excedentes de mercadoria sem prejuízo dos mercados normais; predatório, em caso de vendas com perdas para o afastamento da concorrência e prejuízo do mercado interno e também poderá ser persistente, em caso de vendas constantes a preços mais baixos. A solicitação de investigação de dumping deverá ser feita mediante apresentação de petição formal. 
. A aplicação de direitos compensatórios (compensação do montante de subsídios irregulares recebidos pelos exportadores), no caso da práticadesleal ser, efetivamente, o subsídio irregular. E o que é um subsídio irregular? O subsídio irregular passa a existir quando o país ajuda tanto o exportador dando a ele um tratamento fiscal e tributário tão diferenciado dos demais produtores locais que provoca uma grave distorção nos preços praticados interna e externamente nesse mesmo país infrator. Para que haja a prática desleal de comércio do subsídio irregular mediante ao excesso de benefícios, há que existir as seguintes hipóteses: Sustentação de renda ou de preços no país exportador para promover as exportações ou reduzir as importações de qualquer produto. As formas mais comuns de subsídios às exportações são as aplicações de tarifas de frete interno para exportação, mais favoráveis que a mesma tarifa aplicada para o mercado interno. Linhas de crédito especiais para exportadores. A importação de insumos importados com benefício fiscal se utilizados na produção de produtos a serem exportados (drawback) e concessões de prêmios às exportações. É importante observar que o Brasil utiliza-se de todos esses meios de subsídio, mas essa iniciativa se tornará uma prática desleal se estiver promovendo dano ou ameaça de dano à economia do país importador dos produtos brasileiros. O estudo do nexo causal é que determinará a conceituação da prática comercial. Para tanto, a indústria doméstica afetada por essa prática desleal deverá encaminhar ao DECOM (Departamento de Defesa Comercial da SECEX) uma petição com evidências do subsídio para julgamento e determinação da medida compensatória adequada. 
. E a aplicação de medidas de salvaguarda caso as importações de determinado produto originado num mesmo país exportador venham a aumentar consideravelmente em um curto espaço de tempo. Essas medidas de salvaguarda serão temporárias, apenas para permitir a reorganização da indústria doméstica para responder competitivamente com produtos similares diretamente concorrentes ao produto importado, nesses casos, o prejuízo terá que ser comprovadamente elevado. A solicitação da aplicação da medida de salvaguarda poderá ser apresentada pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), demais órgãos ou entidades do Governo Federal ou até por empresas ou associações do setor privado da economia. Essa solicitação deverá ser feita por meio de uma petição formal e a sua aplicação não poderá ultrapassar a dez anos. Essas respostas comerciais, no Brasil, são de competência da CAMEX – Câmara de Comércio Exterior que deverá fixar, de acordo com a prática desleal de comércio praticada e apontada pelo estudo do nexo causal do DECOM, as diretrizes para a aplicação dos direitos antidumping e compensatórios provisórios ou definitivos e salvaguardas. 
. Outro acordo internacional é a Conferência da Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD) de 1964 com objetivo o desenvolvimento e a integração, promovendo a inserção dos países em desenvolvimento na economia internacional nas áreas de finanças, tecnologia, investimento e desenvolvimento sustentável através de fóruns deliberativos com especialistas, pesquisas, análises políticas e coleta de dados com fornecimento de assistência técnica apropriada. 
SGP e o SGPC são acordos internacionais que favorecem os países em desenvolvimento. O primeiro pressupõe redução do Imposto de Importação (margem de preferência) sobre alguns produtos originários e procedentes de países em desenvolvimento, quando são importados por países desenvolvidos. Esses produtos deverão estar contidos em uma lista dos países beneficiários ou não estejam em listas restritivas ao benefício. Essa lista consta no site do MDIC. Para se beneficiar do acordo SGP o exportador deverá providenciar um certificado de origem emitido pelo Banco do Brasil específico para esse fim, chamado FORM “A” 
Já o SGPC beneficia os países em desenvolvimento promovendo incentivos para o comércio entre eles. Com apoio da UNCTAD, o SGPC, pelo princípio da cláusula da nação mais favorecida, beneficia com redução de tarifas os produtos que gozam da mesma redução no país exportador. Para tanto, o exortador deverá emitir em Federações das Indústrias credenciadas para tal.
TELETRANSMITIDA
O que a globalização causa em diversos aspectos?
Participar da globalização não é uma escolha, o mundo está cada vez mais pequeno graças à tecnologia, quanto aos meios de comunicação e transporte. Mesmo que você não esteja interagindo, não consegue fugir da globalização.
Consequências da globalização no comércio internacional:
Necessidades levam ao consumo;
Comércio internacional surgem como necessidades: Distribuição de recursos naturais; Diferenças de solo e clima; Diferenças de estágio de desenvolvimento, tecnológicos por exemplo.
Nenhum país tem recursos infinitos, e o comércio internacional vai possibilitar a troca de recursos entre os países equilibrando as diferenças de recursos.
Os países têm focado naquilo que eles são competitivos e produtivos; (O Brasil é um país de solos férteis)
Aumento cada vez maior no fluxo de exportação e importação;
Consequências no fluxo financeiro: 
Conexão e facilidade cada vez maior entre os sistemas financeiros;
Livre fluxo de capitais, possibilitando os benefícios de débitos e créditos em buscar investidores internacionais bastante rápida, mas também retirando o investimento bem rápido caso haja uma crise;
Preocupação com o balanço de pagamentos, sempre mantendo equilibrado para que não saia de controle sua dívida externa entre credores e devedores.
Consequências na produção: Transformação nos processos de produção, a globalização trouxe mobilidade nos fatores de produção ficando mais fácil a mobilidade de um fator por outro.
Mobilidade dos fatores de produção; As fábricas ficavam nos lugares onde eram produzidas, mas com o surgimento da globalização houve a possibilidade de mudança.
Trabalha com três variáreis: natureza, trabalho e capital. As empresas buscaram instalar suas empresas em países que tinham abundancia em natureza, trabalho e capital.
Revolução industrial; Foi o marco da globalização, as mudanças da forma de produzir, a força de trabalho ser a partir de máquinas.
Guerras Mundiais;
Recentemente: papel dos países em desenvolvimento.
Consequências no Consumo:
Estilos de vida cada vez mais globalizados, influência dos consumidores cada vez maior.
Uma disseminação na cultura cada vez maior, como o que determinado consumidor pensa sobre determinado produto, por exemplo.
Hábitos menos heterogêneos e mais homogêneos. Como as características de se vestir, hoje em dia com o mundo globalizado, os consumidores estão se vestindo de forma mais parecidas do que a anos atrás na época de nossos pais ou avós.
Há desafios, apesar do consumo ser mais heterogêneo.
Consequências nas políticas domésticas e externas: Tomadores de decisão, dos líderes de diferentes países inseridos no comércio internacional.
Não como ignorar a globalização; Os países, os gestores precisam tomar suas decisões frente à complexidade que envolve o país globalizado.
Há distribuição desigual dos recursos; Os líderes dos países precisam tentar equilibrar.
Há exposição a riscos; O mundo está ligado financeiramente, então uma crise em determinado país vai causar crise no Brasil, de alguma forma vai influenciar.
Oportunidades e Ameaças sempre existirão.
Capacidade dos governos em adaptar as políticas de desenvolvimento e tirar o melhor proveito possível deste processo para a sua população
O governo precisa buscar equilíbrio entre os interesses nacionais e confiança do mercado financeiro internacional; Precisa sempre buscar beneficiar sua população sempre olhando se as regras feitas por você não é vista como ameaça frente ao outro país para não haver um estabelecimento de barreira tarifária enorme. Trabalhando em cima de diversas políticas, como: Política fiscal; cambial; Política monetária; Infraestrutura; Ambiente Jurídico-legal.
Priorização de áreas de crescimento em função de oportunidades e ameaças;
Condenação da fusão de empresas domésticas e estrangeiras.Diversas empresas brasileiras, principalmente as maiores, comercializam produtos no mercado internacional, possuem ativos neste mercado e/ou possuem empregados neste mercado, por quê? O que leva as empresas a internacionalizarem-se?
Empresas se internacionalizam-se para buscar novos mercados para crescer, pode ser por proximidade ou para onde a demanda daqueles produtos são maiores; Minimização de risco; Exposição de marca, querendo obter uma marca mundial.
HISTÓRICO E ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO.
Nessa aula será apresentado à você um histórico da formação organizacional do nosso atual comércio exterior com a complexidade de sua estrutura vinculada a influência de diversos órgãos intervenientes com suas respectivas hierarquias e procedimentos.
As diversas fases históricas da política de exportação e de importação
Europa e oriente, no século XV, apresentavam relativo desenvolvimento.
Do oriente chegavam à Europa produtos diversos (tecidos de seda, especiarias, porcelanas, condimentos etc.) de grande aceitação. Esses produtos chegavam via caravanas e eram trocados por outras mercadorias (Escambo – troca de mercadorias sem uso de moeda). Essas caravanas passavam por territórios de soberanias diferentes, às vezes, tinham que pagar taxas que serviram de inspiração para o Imposto de Importação.
Porém, devido a confrontos territoriais, as caravanas eram impedidas de passar pelos territórios em conflito, sujeitas a saques e cobrança de pedágios.
A Europa dessa época praticava o Mercantilismo, prática econômica que dava ao Estado um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar Políticas Protecionistas e, em particular, estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.
Em 12/10/1492, o espanhol, Cristóvão Colombo, descobriu a América.
Portugal e Espanha estavam destinadas a conquistar novas terras, de modo a implementar suas explorações. Nesse sentido, estabeleciam meios diplomáticos pacíficos para evitar conflitos cuja maior expressão foi o Tratado de Tordesilhas (07/06/1494), que estabelecia uma linha imaginária de 370 léguas a oeste da Ilha de Santo Antônio. Todas as terras descobertas a oeste desse meridiano pertenceriam à Espanha e a leste, à Portugal.
Em 22/04/1500, em Porto Seguro, o português, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
A partir daí, o Brasil passou a ter vários ciclos exploratórios.
1º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Século XVI): Extração de pau-brasil. Madeira de cor vermelha que expressava a cor do poder e só podia ser usada pela realeza portuguesa. Fato que originou a tradição do uso do Tapete Vermelho para ostentar deferência.
2º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Séculos XVI – XVIII) – CICLO DA CANA DE AÇUCAR: Agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na importação e escravização de africanos. Essa atividade gerou todo um setor paralelo, chamado de tráfico negreiro.
O tráfico negreiro só é interrompido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós.
3º. CICLO EXPLORATÓRIO: CICLO DO GADO: A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior. Com o aumento da produção de cana-de-açúcar no litoral brasileiro, o gado que era usado como força motriz nos engenhos, além de serem fornecedores de carne e couro, foram empurrados para o interior do Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais áreas maiores no litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura.
Avançando pelo interior do Brasil, utilizando-se do Rio São Francisco (Rio da Integração Nacional) o gado desceu o "Velho Chico" instalando fazendas de gado por todo o longo do seu curso, daí sua denominação também de Rio dos "Currais" chegando o gado que inicialmente saiu da Bahia até os Estados do Piauí e Maranhão, sendo estes responsáveis pela ocupação e povoamento do Sul do Estado do Maranhão.
De 1580 a 1640, os reinados de Portugal e Espanha se uniram por Felipe II, Rei da Espanha que herdou o reino de Portugal no período conhecido por UNIÃO IBÉRICA. ERA O FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS.
4º. CICLO: ENTRADAS E BANDEIRAS: Período Das Capitanias Hereditárias e dos Governos Gerais.
A expressão Entradas e Bandeiras é utilizada para designar, genericamente, os diversos tipos de expedições empreendidas à época. Com fins tão diversos como os de simples exploração do território, busca de riquezas minerais, captura ou extermínio de escravos indígenas, ou mesmo africanos.
Ainda de maneira geral, considera-se que:
As chamadas Entradas tinham a finalidade de expandir o território, eram financiadas pelos cofres públicos e com o apoio do governo colonial em nome da Coroa de Portugal, ou seja, eram expedições organizadas pelo governo de Portugal.
As Bandeiras eram iniciativas de particulares, associados ou não, que, com recursos próprios, buscavam obtenção de lucros, ou seja, eram expedições organizadas por bandeirantes. 
Há que considerar ainda o aspecto particular desse fenômeno na região amazônica, em busca não apenas do extrativismo das chamadas drogas do sertão, especiarias apreciadas na Europa como, por exemplo, o urucum e o guaraná, mas também em busca do apresamento do próprio indígena.
Capitanias do Brasil
As capitanias foram uma forma de administração territorial do império português pela qual a Coroa, com recursos limitados, delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas. O sistema de capitanias, bem sucedido nas ilhas da Madeira e de Cabo Verde, foi inicialmente implantado no Brasil com a doação da Ilha de São João (atual ilha de Fernando de Noronha), por Carta Régia de Dom Manuel I (r. 1495–1521), datada de 16 de fevereiro de 1504, que doou a Fernando de Noronha. 
O insucesso das expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques (inclusive o sério incidente diplomático pelo qual foi responsável), assim como o aumento do tráfico de pau-brasil e outros gêneros por corsários estrangeiros, principalmente franceses no litoral do Brasil, em um momento de crise do comércio português no Oriente, foram os fatores determinantes para a iniciativa de colonização promovida pela Coroa.
A revolução industrial e o avanço napoleônico
A Revolução Industrial na Inglaterra e a Revolução Francesa do século XVIII repercutiram significativamente na realidade brasileira. Houve uma mudança na configuração europeia. Napoleão tenta conquistar e dominar toda Europa, principalmente a Inglaterra.
Como o rei de Portugal tinha fortes laços com a Inglaterra, tanto que o governo inglês possuía uma base militar em Portugal, com o avanço napoleônico, D. Joao VI é obrigado a fugir de Portugal, vindo se refugiar no Brasil no momento histórico, conhecido pela VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL.
DICA: De 1500 a 1808 – No Brasil não houve COMEX.
A partir de 1808 – D. João VI aporta em Salvador e, por conselho do seu ministro da fazenda (Visconde de Cairu, abriu os portos às nações amigas. Esse foi considerado o primeiro ato de COMEX brasileiro).
Em decorrência disso, D. João assinou em 28/01/1808 o texto da CARTA RÉGIA (o que seria um Decreto Lei ou Medida Provisória, hoje) contendo o seguinte texto: “...sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservarão em paz e harmonia com minha Portugal Real Coroa ou em navios dos meus vassalos, pagando 24% por entrada, sendo 20% de direitos grossos e 4% a títulos de donativo”. 
Com base neste texto da Carta Régia, podemos identificar:
A 1ª. BARREIRA ADUANEIRA: Tarifária: 24%.
O 1º. TRIBUTO ADUANEIRO: 20% de direitos grossos (para administração do governo); 4% a títulos de donativos (para sustento da Família Real e a Corte com vistas a manter o luxo europeu).
Em outro trecho da Carta Régia: “...que não só os meus vassalos, mas também os estrangeiros possam exportar (Podemos identificar nesse trecho o PRIMEIRO ATO DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES: OS VASSALOS PODEM EXPORTAR.) para os portos que lhes bem parecer em benefício do comércioe da agricultura que tanto deseja promover”.
Em 07 de março de 1808, D. João, o príncipe regente, chegou à cidade do Rio de Janeiro.
No dia 01 de abril, visando desenvolver a economia brasileira, decreta que todas as espécies de indústrias e de fabricação tenham plena liberdade de se instalarem no Brasil, revogando, assim, um decreto anterior que proibia a instalação de indústria e de fábrica. Esse foi o PRIMEIRO ATO DESENVOLVIMENTISTA BRASILEIRO.
Em outubro de 1808, foi ordenado aos juízes das alfândegas que não admitissem o despacho de livros ou papéis sem que fosse apresentada a competente licença de desembargo do Paço Imperial. Esse foi o primeiro ato de LICENCIAMENTO COM ANUÊNCIA PRÉVIA.
Os efeitos da vinda da família real para o Brasil
Imprensa Régia (gráfica) – Em uma das caravelas, D. João VI trouxe máquinas gráficas o que deu origem à nossa atual Imprensa Nacional.
Criação da Academia da Marinha Mercante e Artilharia, muitas fortificações, fábricas de pólvora, Hospital Central do Exército, Biblioteca Nacional, Escola de Belas Artes, Jardim Botânico, Banco do Brasil, a 1ª. Companhia de Transportes Coletivos e a 1ª. Cia de Seguros.
Missões de cientistas, matemáticos e engenheiros para levantamento da base territorial do Brasil.
No tocante ao COMEX, notas diplomáticas de mercadores portugueses queixando-se da alíquota de 24%, fez com que D. João VI, em 1809, reduzisse a alíquota para 16% às mercadorias (Mercadorias desembarcadas nas alfândegas brasileiras transportadas por navios/embarcações portuguesas.) transportadas por embarcações portuguesas.
No entanto, em 1810, o reino de Portugal assina o TRATADO DE NAVEGAÇÃO E DE COMÉRCIO COM A INGLATERRA. Por força deste, a Inglaterra impõe a CLÁUSULA DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA, que estabelecia que as mercadorias transportadas pelos navios ingleses e desembarcadas no Brasil pagariam 15% de direitos aduaneiros. Este tratado vigorou até 1827.
1808 1809 1810 a 1827 /_________________________________/____________________________ __/ 
20% DIREITOS GROSSOS 16% MERCADORIAS EM NAVIOS 15% MERCADORIAS 
4% DONATIVOS 
PORTUGUESES EM 
NAVIOS 
24% TOTAL INGLESES.
De 1808 a 1827, o Brasil operava com essas três variações de tarifas. 
Em 1815, no entanto, o Brasil passou a integrar o Reino Unido de Portugal e Algarves por meio de Carta Régia. O BRASIL DEIXAVA DE SER COLÔNIA e passava a integrar o reino de Portugal na condição de Reino Autônomo. 
Em 1821, houve o retorno de D. João VI para Portugal e, em 7 de setembro de 1822 é proclamada a Independência do Brasil por D. Pedro I. Como ficava a Independência do Brasil perante a Comunidade Internacional? Portugal, Inglaterra e o Vaticano foram os que reconheceram a independência brasileira, mas, no geral, as demais nações desconheciam o fato. Esse desconhecimento durou até 1828, quando Bernardo de Vasconcelos aconselhou D. Pedro I a reduzir de 24% para 15% o Tributo Aduaneiro das nações que reconhecessem a independência do Brasil. Nessa época, o reconhecimento de um país era de acordo com tamanho de sua frota. 
Em 1844, Manuel Alves Branco, Ministro dos Negócios no primeiro reinado, estabeleceu uma Tarifa Aduneiratendo como parâmetro o PROTECIONISMO. Essa tarifa foi conhecida como TARIFA ALVEZ BRANCO e variava de 2 a 60%, iniciando uma nova política protecionista de COMEX. A primeira política protecionista do Brasil. 
Essa Tarifa Alves Branco dividia as mercadorias em 4 critérios: 
1º. Concorrência estrangeira: produtos com similar nacional. 
2º. Matérias-Primas: para consumo geral da classe mais abastada. 
3º. Matérias-Primas: para consumo das classes mais baixas da população. 
4º. Mercadorias de grande e pequeno valor, porém mais fáceis de serem extraviadas, possibilitando maiores lucros se entrassem no país sem pagamentos dos direitos aduaneiros (descaminho e contrabando).
De 1844 a 1990, a política tarifária foi estritamente protecionista, no Brasil. 
Em 15 de novembro de 1889, tivemos a Proclamação da República – Cai a monarquia e passa a vigorar o regime republicano. O Brasil passa a ser dividido por estados federativos. 
Em 1891, tivemos a primeira Constituição Federal da República Federativa dos Estados Unidos do Brasil que definiu as competências e as visões dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como a competência tributária da União, Estados e Municípios. 
Em 1894, o Governo Republicano promulgou a nova Consolidação das Leis das Alfândegas e das Mesas de Renda que continha 500 artigos. A primeira Alfândega no Brasil foi no local onde, hoje, está situada a Casa França-Brasil. Nesta época, a Coletoria Federal recolhia todos os impostos da federação; a coletoria do estado recolhia todos os impostos dos estados e municípios que não tinham suas próprias coletorias, e sim, tesourarias. 
De 1894 a 1957, houve uma série de reformas tributárias no Brasil provocadas pelos efeitos das 1ª e 2ª Guerras Mundiais e a criação da Liga das Nações na 1ª e a ONU na 2ª. 
Em 1957, foi sancionada a lei 3244/57 altamente protecionista em vista do desenvolvimento de nossas indústrias. Essa lei estabelecia três faixas de alíquotas, como segue: 
0%------10% (para mercadorias de livre comércio, necessárias para o desenvolvimento do país. 
11%------60% (mercadorias com menor grau de proteção). 
61%-----150% (mercadorias a serem protegidas em relação a sua essencialidade e característica do mercado consumidor (para não haver competitividade com a indústria local). 
Eram produtos supérfluos, consumidos pelas classes mais abastadas. 
Em 1964, houve o Golpe Militar e, consequentemente, a ditadura. Dois anos depois, em 1966, a ditadura militar promulgava o decreto-lei 37/66. Era a Lei Aduaneira Básica. 
No governo Figueiredo, houve a promulgação do Decreto 91030, chamado de Regulamento Aduaneiro, em 1985. Revogado pelo Decreto 4543 e, 27 de dezembro de 2002, pelo governo FHC, revogado pelo atual RA pelo Decreto 6759/09. 
OBS.: O DECRETO REGULAMENTA O MODO COMO A LEI SERÁ APLICADA. NASCE NO EXECUTIVO, PORTANTO, NÃO PRECISA DA VOTAÇÃO, CARACTERÍSTICA DO LEGISLATIVO. 
Antes da revogação do primeiro Regulamento Aduaneiro em 2002, a Legislação Aduaneira sofrera modificações importantes, como segue: 
- 1976: Promulgação do Decreto-Lei 1455 que deu novo conceito à bagagem; criou os “free shoppings” ou lojas francas em zonas primárias; limitou as isenções por transferências de residências que, até então, eram ilimitadas para toda pessoa (brasileiro ou estrangeiro) que retornasse ou se transferisse para residência no Brasil, o que facilitava a entrada de bens protegidos pela legislação, financiados pela classe emergente que tinha condições de morar fora e se valer dessa prerrogativa, estabelecendo, inclusive, um comércio paralelo. 
- 1988: Promulgação da Constituição Federal (5 de outubro) revigorando todas as isenções dos tributos até 24 meses da sua promulgação (5/10/1990). 
- 1990: Lei 8032 do governo Collor, reduziu drasticamente as isenções dos tributos federais e aumentou em cinco pontos percentuais as alíquotas do IPI.
Normas Administrativas do COMEX (Comércio Exterior Brasileiro)
Você sabe o que é o MDIC?
É o órgão supremo do Comércio Exterior Brasileiro.
Tem várias Secretarias a serem administradas. De lá saem as normas administrativas do COMEX, delas, a mais importante para o comex é a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), que tem quatro departamentos: DECEX (Departamento de Comércio Exterior: é o departamento que defere o Licenciamento de Importação (LI), efetiva o Registro de Exportação (RE), controla os preços máximos e mínimos e as cotas quando há contingenciamentos. Emite o ato concessório do Drawback e controla o regime, controla os registros de venda (RV) para exportação de commodities. Mantém contato direto com exportadores e importadores como o órgão anuente mais importante do comex.), DECOM (Departamento de Defesa Comercial:  é o departamentoque notifica, apura, investiga e quantifica as práticas desleais de comércio internacional.), DEINT (Departamento Internacional: é o departamento que acompanha a instituição e o desenvolvimento de acordos comerciais internacionais) e DEPLA (Departamento de Planejamento e Estatística: é o departamento responsável pela conclusão das estatísticas ligadas ao comex e à balança comercial.).
ATENÇÃO: No dia 4 de fevereiro de 2010, a Presidência da República publicou no Diário Oficial da União o Decreto nº 7096, de 4 de fevereiro de 2010, que aprova a nova estrutura regimental do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com as alterações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ganha o Departamento de Normas e Competitividade (Denoc).
De acordo com o regimento, o Departamento de Normas e Competitividade será o órgão da Secex responsável por atividades relacionadas a normas e procedimentos. Além disso, o Denoc vai coordenar ações relativas aos acordos de facilitação ao comércio e aos procedimentos de licenciamento de importação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre as competências do departamento, ainda encontram-se a coordenação dos agentes externos autorizados a processar operações de comércio exterior; o Cadastro de Exportadores e Importadores e o Registro de Empresas Comerciais Exportadoras constituídas nos termos da legislação específica.
Cabe também ao Denoc a administração do Sistema de Registro de Informações de Promoção (Sisprom). O departamento vai registrar as operações de pagamento de despesas no exterior, com redução a zero da alíquota do Imposto de Renda, de ações de promoção comercial, pagamento de comissões e despesas com logística. Os técnicos do Denoc vão, ainda, planejar ações orientadas para a logística de comércio exterior e formular propostas para aumento da competitividade internacional de produtos brasileiros, especialmente, de âmbito burocrático, tributário, financeiro ou logístico.
Com a nova estrutura, a Secex passa a atuar de forma mais densa em ações de simplificação, desburocratização e facilitação do comércio exterior. A secretaria passa a trabalhar com maior harmonização dos normativos e procedimentos, buscando contribuir para a redução dos custos das operações de comércio exterior.
Você sabe o que é o CAMEX?
A Câmara de Comércio Exterior – Camex, órgão integrante do Conselho de Governo, tem por objetivo a formulação, a adoção, a implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.
A Camex é integrada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; que a preside, pelos Ministros Chefe da Casa Civil; das Relações Exteriores; da Fazenda; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Competências da CAMEX
Entre as competências definidas pelo Decreto nº 4.732, de 10 de junho de 2003, destacam-se: 
Definir as diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia internacional. Coordenar e orientar as ações dos órgãos que possuem competências na área de comércio exterior. Definir, no âmbito das atividades de exportação e importação, diretrizes e orientações sobre normas e procedimentos para os seguintes temas, observada a reserva legal: 
(a) racionalização e simplificação do sistema administrativo, 
(b) habilitação e credenciamento de empresas para a prática de comércio exterior, 
(c) nomenclatura de mercadoria, 
(d) conceituação de exportação e importação, 
(e) classificação e padronização de produtos, 
(f) marcação e rotulagem de mercadorias, 
(g) regras de origem e procedência de mercadorias. 
Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos ao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral. 
Orientar a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da Fazenda. 
Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação. 
Estabelecer diretrizes e medidas dirigidas à simplificação e à racionalização do comércio exterior, bem como para investigações relativas às práticas desleais de comércio exterior. 
Fixar diretrizes para a política de financiamento das exportações de bens e de serviços, bem como para a cobertura dos riscos de operações a prazo, inclusive as relativas ao seguro de crédito às exportações. 
Fixar diretrizes e coordenar as políticas de promoção de mercadorias e de serviços no exterior e de informação comercial. 
Opinar sobre política de frete e transporte internacionais, portuários, aeroportuários e de fronteiras, visando à sua adaptação aos objetivos da política de comércio exterior e ao aprimoramento da concorrência. 
Orientar políticas de incentivo à melhoria dos serviços portuários, aeroportuários, de transporte e de turismo, com vistas ao incremento das exportações e da prestação desses serviços a usuários oriundos do exterior. 
Fixar alíquotas de imposto de exportação, alíquotas de imposto de importação, direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, salvaguardas, e eventuais suspensões (por meio de Resoluções Camex). 
Ressalte-se que os atos expedidos pela Camex devem considerar, ainda, os compromissos internacionais firmados pelo país, em particular, junto à Organização Mundial de Comércio (OMC), ao Mercosul e à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). 
Estrutura 
A Camex terá como órgão de deliberação superior e final um Conselho de Ministros composto pelos seguintes Ministros de Estado: 
Do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que o presidirá. 
Chefe da Casa Civil da Presidência da República. 
Das Relações Exteriores. 
Da Fazenda. 
Da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
Do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
Do Desenvolvimento Agrário. 
Deverão ser convidados a participar das reuniões do Conselho de Ministros da Camex titulares de outros órgãos e entidades da Administração Pública Federal, sempre que constar da pauta assuntos da área de atuação desses órgãos ou entidades, ou a juízo do Presidente da República. 
Integrarão a Camex, também, um Comitê Executivo de Gestão – Gecex, um Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações – Cofig, um Conselho Consultivo do Setor Privado – Conex, e uma Secretaria Executiva. 
Ao Comitê Executivo de Gestão – GECEX cabe avaliar o impacto, supervisionar permanentemente e determinar aperfeiçoamentos em relação a qualquer trâmite, barreira ou exigência burocrática que se aplique ao comércio exterior e ao turismo, incluídos os relativos à movimentação de pessoas e cargas. São membros natos do Comitê Executivo de Gestão: 
O Presidente do Conselho de Ministros da Camex, que o presidirá. 
O Secretário Executivo da Casa Civil da Presidência da República. 
O Secretário Geral das Relações Exteriores. 
O Secretário Executivo do Ministério da Fazenda
O Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento. 
O Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
O Secretário Executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
O Secretário Executivo do Ministério dos Transportes. 
O Secretário Executivo do Ministério do Trabalho e Emprego. 
O Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia
O Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente. 
O Secretário Executivo do Ministério do Turismo. 
O Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário
O Secretário Executivo da Camex. 
O Subsecretário Geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores. 
O Subsecretário Geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores. 
O Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. 
O Secretário da Receita Federal do Ministério da Fazenda. 
O Secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
O Secretáriode Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 
O Diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil. 
O Diretor de Comércio Exterior do Banco do Brasil S.A. 
Um membro da Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 
Um representante do Serviço Social Autônomo Agência de Promoção de Exportações do Brasil – APEX - Brasil. 
Ao Conex, órgão composto por até 20 representantes do setor privado – inclusive representantes da produção, da importação, da exportação, do trabalho e de outros setores profissionais relevantes – compete assessorar o Comitê Executivo de Gestão, por meio de elaboração e encaminhamento de estudos e propostas para aperfeiçoamento da política de comércio exterior. 
À Secretaria Executiva da Camex compete, além de prestar assistência direta ao Presidente do Conselho de Ministros da Camex, preparar as reuniões do Conselho de Ministros, do Gecex e do Conex, e acompanhar a implementação das deliberações e diretrizes fixadas pelo Conselho de Ministros e pelo Comitê Executivo de Gestão, coordenar grupos técnicos interministeriais, realizar e promover estudos e preparar propostas sobre matérias de competência da Camex para serem submetidas ao Conselho de Ministros e ao Comitê Executivo de Gestão. 
As normas fiscais / aduaneiras visam exercer a fiscalização do cumprimento da lei aduaneira, das obrigações tributárias e acessórias. O órgão supremo é o Ministério da Fazenda e a Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) é a secretaria forte do ministério da fazenda e subdivide-se em subsecretarias que, por sua vez, subdividem-se em coordenações administrativas gerais. A subdivisão da SRFB mais significativa para as Relações Internacionais é a subsecretaria da ADUANA e Relações Internacionais – SUARI subdividida em Coordenação-Geral de Administração Aduaneira – COANA e Coordenação-Geral de Relações Internacionais – CORIN. 
O Código Tributário Nacional divide o Brasil em 10 regiões fiscais. O Rio de Janeiro, junto com o Espírito Santo, estão na 7ª. RF. O órgão máximo da Receita Federal numa Região Fiscal é a Superintendência Regional da Receita Federal – SRRF. Na 7ª. RF a Superintendência fica no Rio de Janeiro. Abaixo das SRRF têm-se as Delegacias da Receita Federal e, abaixo delas, as Inspetorias e as alfândegas (uma inspetoria com função específica). No Rio de Janeiro temos duas alfândegas: Uma no porto e outra no aeroporto. A Alfândega ou Aduana exerce uma barreira fiscal de controle de entrada e saída de pessoas, mercadorias e veículos do país, para isso seguem o seguinte ordenamento legal: 
a) Portarias Ministeriais: Ex.: Portaria MF No. x/2010 – Ministério da Fazenda. 
b) Portaria, Instruções Normativas (IN) e Atos Declaratórios – Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB. 
c) Atos Declaratórios ou Normativos, Pareceres Normativos e Normas de Execução – COANA. 
d) Normas de Execução, Atos Declaratórios e Portarias – Superintendência, Delegacias e Inspetorias. 
Normas Cambiais e Normas Securitárias 
 Normas Cambiais: As Normas Cambiais têm por função disciplinar os ingressos ou saídas de moedas estrangeiras e negociadas na importação e exportação. 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. Ao CMN compete: estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. 
O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (BACEN). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo BACEN. 
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), composta pelo Presidente do BACEN, na qualidade de Coordenador, pelo Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Secretário Executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, pelo Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, pelo Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, pelo Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e por quatro diretores do BACEN, indicados por seu Presidente. 
Está previsto o funcionamento também junto ao CMN de comissões consultivas de Normas e Organização do Sistema Financeiro, de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros, de Crédito Rural, de Crédito Industrial, de Crédito Habitacional e para Saneamento e Infraestrutura Urbana, de Endividamento Público e de Política Monetária e Cambial. 
O CMN é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), através de suas Resoluções, Circulares e Comunicados. O BACEN autoriza instituições financeiras a operarem com câmbio. Ex.: Agências de bancos, agências de turismo e casas de câmbio. Essas operadoras de câmbio autorizadas pelo BACEN vinculam suas operações ao SISBACEN (SISTEMA DE OPERAÇÕES E CONTROLE DO BANCO CENTRAL). 
 Normas Securitárias: A intervenção do Estado nas atividades de seguro remonta há vários anos. Pelo Decreto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, foi criado o Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização – DNSPC, em substituição à Inspetoria de Seguros, extinta pelo mesmo Decreto. Pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, foi extinto esse Departamento e criada, em substituição, a Superintendência de Seguros Privados. 
Mesmo Decreto-Lei nº 73/66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados e criou o Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP 
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normativo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de cúpula. 
A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 2 1977, suas atribuições se estendido à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas. Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 30 de dezembro de 1991, o CNSP teve o prazo da vigência para funcionar como órgão Colegiado, prorrogado até a data de promulgação da Lei Complementar de que trata o Art. 192 da Constituição Federal. 
O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, sendo a última através da edição da Lei nº10.190, de 14 de fevereiro de 2001, que lhe determinou a atual estrutura. Composição do CNSP: 
 Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de Presidente. 
 Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, na qualidade de Vice-Presidente. 
 Representante do Ministério da Justiça. 
 Representante do Banco Central do Brasil.
 Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social. 
 Representante da Comissão de Valores Mobiliários. Atribuições do CNSP: 
 Fixar as diretrizes e as normas da política de seguros privados. 
 Regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a aplicação das penalidades previstas. 
 Fixar as características gerais dos contratos de seguros, da previdência privada aberta e da capitalização. 
 Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro. 
 Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações. 
 Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. As deliberações do CNSP são normatizadas pela SUSEP através de Portarias e Circulares.
TELETRANSMITIDA
Formação do Sistema Internacional do Comércio
O principal marco é o fim da 2º Guerra Mundial. Ofinal da 2º Guerra marca o início da Globalização, segundo alguns autores, porque foi um ponto na história da humanidade que as diferentes nações buscaram uma integração entre os povos para que houvesse um crescimento natural da economia.
O sistema organizacional do comércio tem a ver desde a formação do comércio. 
No final da segunda guerra houve uma busca por um ambiente pacífico que possibilitasse o crescimento econômico.
As organizações multilaterais, entidades formadas por diversos lados, ganharam força por promover o crescimento econômico e visar um ambiente pacífico.
O Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, conhecido como BIRD, que forma o chamado Banco Mundial. A ideia inicial do BIRD foi promover a reconstrução dos países devastados pela 2º guerra. Hoje, há 187 países associados ao BIRD. A sua principal função, hoje, é fornecer empréstimos e promover assistência aos países em desenvolvimento. O BIRD junto com as outras entidades forma o Banco Mundial, eles sobrevivem a partir de fundos de membros a partir de votos, e venda e títulos.
O Banco Mundial trabalha com projetos de Infraestrutura, tem grande destaque em projetos de Cunho Social, estabelece taxas baixas ou zero de juros para países em desenvolvimento, e trabalha bastante com reformas estruturais e institucionais em países membro. Tem se destacado como um grande financiador de projetos sociais. 
Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização de cooperação monetária entre os seus membros, são 188 países membros. Sua principal razão é assegurar a estabilidade financeira Internacional, de alguma forma trabalha para contornar crises. Visa manter a estabilidade. Ele facilita o comércio Internacional entre os seus países membros. Fazer contornos das possíveis crises, bem como facilitar a economia mundial. Promove o desenvolvimento sustentável, que está diretamente ligado a estabilidade econômica. Se você se desenvolver sustentavelmente, pode haver um desenvolvimento de forma infinita. Promove a geração de empregos, o crescimento da economia permite que novos postos de trabalho sejam criados. Reduz a pobreza. Se há uma crise internacional, há quedas de empregos, aumento de índice de pobreza, uma organização que busque uma estabilidade financeira, vai fazer com que sejam minimizadas essas possibilidades. Todos os países que fazem parte do FMI pode fazer empréstimos, o FMI promove a assistência técnica às autoridades monetárias. Monitora a economia Mundial para evitar desequilíbrios entre os balanços de pagamentos e sistemas cambiais. 
Acordo Geral de Tarifas e Comércio GATT/ Organização Mundial do Comércio OMC. Sua função é organizar o comércio internacional, há 156 países membros. Trata das regras do Comércio Internacional, ou seja, estabelece algumas regras do comércio Internacional. Foi fundada em 1993, a partir de uma das rodadas do GATT. O GATT foi um acordo temporário em 1947. Há algumas rodadas de negociação, ou seja, organizar de forma geral o comércio entre os países. Há diversas rodadas de negociação, como por exemplo, as barreiras tarifárias que são barreiras de impostos que um país coloca em produtos importados de outro país; formação de medidas antidumping, ou seja, vender produtos a custos menores do que o custo de produção local de outro país; as barreiras não-tarifárias, não são impostos, são barreiras técnicas; Sistema de solução de controvérsias e alguns acordos para setores específicos. A OMC busca organizar o comércio Internacional.
ONU – Organização das Nações Unidas. 
As principais para o comércio Internacional é o Banco Mundial, a FMI e a OMC. 
Por que há a necessidade da existência de organizações Internacionais?
Os países viram que havia a necessidade de órgãos constituídos por partes interessadas por diversos países membros que organizassem os interesses comum dos países. Promover a paz entre os países e de alguma forma promover o Comércio Internacional e estabelecer regras claras do que é permitido e não permitido. Para organizar o comércio Internacional é importante que haja organizações que forneça regras internacionais, equilíbrio organizacional, busca de apoio técnico, entre outros.
Quais as principais organizações internacionais e suas funções?
BIRD – Faz parte do Banco Mundial que foi constituído para promover suporte de financiamento ligado a infraestrutura, hoje sua função está voltada a financiamentos de cunho Social.
FMI – Fundo Monetário Internacional que destina recursos, empréstimos aos países membros buscando promover o equilíbrio da economia Mundial e a sustentabilidade.
OMC – Organização Mundial do Comércio que visa organizar a economia mundial, o comércio internacional, onde aspecto que há conflitos. 
NORMAS ADMINISTRATIVAS, FISCAIS E CAMBIAIS DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno o ordenamento legal do comércio exterior brasileiro, a hierarquia das normas, os impactos administrativos nas decisões operacionais e no SISCOMEX.
A Hierarquia dos Instrumentos Legais
Constituição Federal de 1988: Dela emanam os direitos e as obrigações dos cidadãos brasileiros, dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); a competência da União, Estados e Municípios. É, pois, considerada a Lei Maior, a Carta Magna, a soberana. Promulgada em 5/10/88, nossa Constituição só pode ser modificada por uma emenda constitucional e já sofreu mais de 40 desde a sua promulgação. Para se fazer uma emenda constitucional ou uma nova Constituição é preciso que Senadores e Deputados Federais constituam uma Assembleia Constituinte.
Lei Complementar: Abaixo da Constituição, a Lei Complementar dá mais sentido a um dispositivo constitucional, complementa a Constituição. O Congresso Nacional discute a lei complementar, com a sanção do executivo, haverá a promulgação que é uma comunicação administrativa aos agentes do governo que o povo só tomará conhecimento quando de sua publicação no Diário Oficial.
A elaboração de uma lei federal, seja ela complementar ou ordinária, segue o seguinte trâmite:
Origina-se na Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal para apreciação
Após aprovação pelo Congresso Nacional o projeto de lei segue para o Presidente da República sancioná-lo ou vetá-lo (no caso de veto, o projeto volta para o Congresso que dará o parecer final, podendo, inclusive, derrubar o veto do Executivo).
Depois segue para promulgação e publicação em Diário Oficial.
Medida Provisória: A Constituição Federal proíbe o Decreto-Lei (elaboração da base legal pelo Executivo), mas criou a Medida Provisória de igual força hierárquica (tem força de Lei). O Presidente da República pode, por força de urgência ou relevância social, baixar medidas provisórias sem aprovação do Congresso Nacional.
Atualmente, por modificações, a medida provisória pode vigorar por 60 dias podendo ser prorrogada por mais 60 dias pelo Congresso Nacional. Se nesse período a MP não se transformar em Lei, ela cai.
Decreto: No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos).
Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas.
Decreto é a forma de que se revestem dos atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo, Presidente da República, Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto geral e decreto individual. Esse a pessoa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram em mesma situação.
O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução – expedido com base no artigo 84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela.
Outros Normativos Legais: Dentro de sua competência, dispõe sobre os procedimentos instituídos pelos DL (Decreto lei), MP (medida provisória) e Leis.
Legislação Cambial
O CMN (Conselho Monetário Nacional) é um órgão

Outros materiais

Outros materiais