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Fisioterapia Dermato Funcional

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Fisioterapia Dermato-Funcional no pós-operatório de abdominoplastia 
 
Aline da Costa França1 
linezinha_franca@hotmail.com 
Pós-graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional – Faculdade Ávila 
 
Resumo 
 
A abdominoplastia é um dos procedimentos cirúrgicos, relacionados a estética, mais realizados 
no Brasil. E como todo ato cirúrgico promove naturalmente lesões celulares e vasculares, 
provocando alterações temporárias na pele e produzindo um conjunto de eventos pós-
operatórios. Contudo, esses eventos podem ser minimizados e tratados através da atuação da 
fisioterapia dermato-funcional utilizando seus recursos imediatamente após a cirurgia. O objetivo 
da pesquisa é buscar, através de uma revisão bibliográfica, as evidências da aplicabilidade das 
técnicas da fisioterapia demato-funcional no pós-operatório de abdominoplastia. A fisioterapia atua 
através de seus recursos de forma satisfatória no pós-operatório, prevenindo e tratando as 
complicações. No entanto, são necessários novos estudos associando o uso dos recursos 
fisioterapêuticos no pós-operatório de abdominoplastia. 
Palavras-chave: Abdominoplastia; Pós-operatório; Fisioterapia dermato-funcional . 
1. Introdução 
Segundo Porchat et. al(2004) a lipectomia abdominal foi descrita em 1890 por Demars e 
Marx. Posteriormente esse termo foi modificado para abdominoplastia e refere-se às cirurgias 
em que existe ressecção de pele e do excesso de tecido dermogorduroso. Podendo estar ou 
não associada a vários outros procedimentos e técnicas em que se atua sobre a musculatura 
(como rotação e plicatura dos músculos oblíquos externos), aponeurose, e com procedimentos 
complementares no subcutâneo (como lipoaspiração ou ressecções segmentares). 
Em todo o mundo a abdominoplastia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados. Em 
2008, no Brasil foi a terceira cirurgia estética mais realizada (Di Martino et. al.,2010). 
Para uma cirurgia plástica ser eficiente e ter um resultado satisfatório é necessário um bom 
planejamento cirúrgico, da intervenção e dos cuidados pré e pós-operatórios (Silva, 2001). Por 
isso, a atuação da fisioterapia no pós-operatório de abdominoplastia vem crescendo com o 
surgimento da especialidade de Fisioterapia Dermato-Funcional. Esta especialidade, muito 
tem contribuído tanto no pré quanto no pós-operatório de cirurgias plásticas, prevenindo ou 
tratando as respostas advindas das intervenções cirúrgicas, possibilitando ainda a diminuição 
da ansiedade pós-operatória (Da SILVA et al.,2012). 
O objetivo da pesquisa é evidenciar a importância da fisioterapia dermato-funcional no pós-
operatório de pacientes submetidos à abdominoplastia, através de revisão de literatura, 
abordando os benefícios e os recursos fisioterapêuticos que podem ser utilizados na prevenção 
de complicações e na recuperação funcional. 
 
2. Fundamentação Teórica 
2.1 Abdominoplastia 
Voloszin (2007) relata que atualmente a abdominoplastia é uma das intervenções cirúrgicas 
mais realizadas. 
A abdominoplastia ou a dermolipectomia clássica, a abdominoplastia modificada ou 
“miniabdominoplastia”, a abdominoplastia circunferencial ou em cinto e a dermolipectomia 
são intervenções cirúrgicas utilizadas para modificar o contorno e a forma da região 
 
1 Pós-graduando em Fisioterapia Dermato-Funcional 
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abdominal. Ao longo do século 20 as técnicas cirúrgicas vieram evoluindo desde as operações 
direcionadas à correção de problemas funcionais até o descolamento através de abordagem 
com incisões transversais inferiores mais encobertas, marcadas por descolamento extenso da 
pele e camada adiposa (EVANS, 2007). 
Na dermolipectomia clássica ou abdominoplastia a intervenção cirúrgica acontece em todo o 
abdome anterior. Realiza-se o deslocamento da cicatriz umbilical, uma incisão supra púbica e 
plicatura dos músculos reto-abdominais o que proporciona aproximação dos músculos 
oblíquos e promove acinturamento(COUTINHO et. al, 2006, SOARES,2005). Essa técnica é 
utilizada para tratar as formas mais pronunciadas de pele, o excesso de tecido adiposo e 
flacidez muscular (EVANS,2007). 
A abdominoplastia é indicada nos casos em que a pele não tem mais capacidade de contração 
após uma considerável perda de peso, ou após uma gravidez na qual ocorreu um estiramento 
em excesso da pele do abdome, e, como consequência disso, as fibras elásticas da pele foram 
destruídas ou quando ocorre diástase dos músculos abdominais e quando existem cicatrizes 
retraídas e dolorosas que apareceram depois de alguma cirurgia ginecológica (cesariana) 
(MANG, 2006). 
Essas técnicas cirúrgicas são contra indicadas para mulheres que desejam engravidar, para 
indivíduos muito obesos ou para indivíduos que apresentem doenças graves. 
A seleção da técnica depende da deformidade exibida pelo paciente. O cirurgião através da 
anamnese e do exame físico terá informações para fazer a opção da técnica cirúrgica 
adequada (EVANS, 2007). 
Caso a paciente apresente um sobrepeso importante, a perda de peso antes da cirurgia é 
necessária. Em casos raros, a abdominoplastia pode ser combinada com lipoaspiração. A 
operação bem geral, é realizada sob anestesia geral. O tipo de incisão depende do tipo e da 
quantidade de pele excedente (MANG, 2006). 
Em todo ato cirúrgico ao cortar e/ou descolar o tecido, rompem-se células e vasos sanguíneos 
gerando um acúmulo excessivo de líquidos no local (MACHADO, 2009). Por isso, se faz 
necessária a intervenção precoce da fisioterapia dermato-funcional, através da drenagem 
linfática manual, ultra-som e carboxiterapia, contribuindo dessa forma na recuperação e 
satisfação dos resultados estéticos. 
Portanto, faz-se necessário o conhecimento da anatomia e fisiologia da região abdominal, dos 
passos técnicos da abdominoplastia e das alterações que ocorrerão devido ao ato cirúrgico, 
podendo assim, atuar no pós-operatório com confiança e segurança. Quando possível, o 
contato com o cirurgião responsável é muito importante, pois a integração multiprofissional 
traz muitos benefícios ao paciente. 
 
2.2 Sistema Linfático 
O sistema linfático é um sistema paralelo ao circulatório, que tem como função drenar o 
excesso de líquido acumulado entre os tecidos e as toxinas do organismo, filtrando-os e 
direcionando-os a corrente sanguínea. 
O sistema linfático é dividido entres capilares linfáticos, linfa, vasos linfáticos, linfonodos, 
troncos linfáticos e ductos linfáticos (LEDUC E LEDUC, 2000). 
Segundo Amaral et al (2004) os capilares linfáticos são os menores vasos do sistema linfático 
vascular. Porém, possuem um grande potencial de regeneração. 
O líquido intersticial recebe a denominação de linfa nos capilares linfáticos. A linfa é um 
líquido pálido e espesso, carregado de gordura e de leucócitos. Apresenta-se na cor 
esbranquiçada ou amarela clara de composição comparável à do plasma sanguíneo (LEDUC 
E LEDUC, 2000). 
A linfa é responsável por levar as toxinas para os órgãos excretores, além de transmitir 
oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios para os tecidos (LEDUC E LEDUC, 2000). 
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Os vasos linfáticos formados através dos capilares possuem a função de conduzir a linfa para 
os linfonodos. Estes vasos são divididos em pré-coletores, que são os vasos de menor calibre, 
e os coletores de maior calibre. Estes possuem válvulas que impedem o refluxo da linfa, 
movimentando-a unidirecionalmente (AMARAL et al., 2009). 
Depois de atravessar os linfonodos, a linfa penetra nos troncos linfáticos que se unem para 
formar o ducto torácico. Este ducto é responsável por receber a linfa proveniente dos 
membros inferiores, do abdômen, do membro superior esquerdo, da parte esquerda do tóraxe 
da cabeça. Já o ducto linfático direito recolhe a linfa proveniente da parte direita do tórax e da 
cabeça, além do membro superior direito (GUIRRO, GUIRRO, 2004). 
Os linfonodos são os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, localizados ao longo do 
sistema linfático, em cadeias ganglionares cervicais, axilares e inguinais. Estes armazenam os 
linfócitos, que possuem efeito bactericida (JACOMO et al, 2004). 
Os ductos linfáticos recolhem toda a linfa coletada e filtrada através do sistema linfático e a 
devolve ao sistema circulatório (SPENCE, 1991). 
 
2.3 Drenagem linfática manual 
A drenagem linfática foi desenvolvida pelo casal dinamarquês Emil e Estrid Vodder na 
década de 30 (SOUZA, 2009). 
A drenagem linfática é representada principalmente pelas técnicas de Vodder e Leduc. A 
diferença entre elas está apenas no local da aplicação. Leduc indicou a utilização de cinco 
movimentos que, combinados entre si, constituem seu sistema de massagem: drenagem dos 
linfonodos, círculos com os dedos, círculos com o polegar, movimentos combinados (polegar 
e dedos), pressão em bracelete. Enquanto as manobras de drenagem proposta por Vodder 
distinguem-se quatro tipos de movimentos: círculos fixos, movimentos de bombeamento, 
movimento do doador, movimento giratório ou de rotação (GUIRRO E GURRO,2002). 
Ambas as técnicas associam três categorias de manobras: captação, reabsorção e evacuação da 
linfa. As manobras devem ser realizadas com pressões suaves, de forma lenta, intermitente e 
relaxante (GUIRRO E GURRO,2004). 
É um método que mobiliza a linfa, retirando o acúmulo de líquidos de determinadas regiões 
corporais que resultam na melhor oxigenação local e de sua circulação, acelerando o processo 
de cicatrização, aumentando a capacidade de absorção de hematomas e equimoses e 
auxiliando no retorno da sensibilidade (GUIRRO E GURRO,2004). 
A drenagem linfática é importante devido estimular a circulação linfática, eliminar toxinas e 
nutrir tecidos, além de melhorar a defesa e promover ação antiinflamatória, fazendo com que 
o periodo de recuperação do pós-operatorio seja muito mais rápido, evitando longas 
limitações (SOUZA, 2009). 
No pós-operatório, a drenagem linfática manual tem um importante papel, devido contribuir 
para uma recuperação mais rápida, pois alivia a pressão provocada pelo edema, facilita o 
escoamento da linfa, estimula fibroblastos na mitose das células colágenas e elásticas e 
remove os resíduos metabólicos (GUIRRO E GURRO,2004). 
 
2.4 Ultra-som 
O ultra-som (US), usado na medicina desde 1950 com a finalidade de diagnóstico por 
imagem, é usado na dermatologia para fins terapêuticos (AGNE, 2005). 
O ultra-som terapêutico pode induzir respostas clinicamente significativas em células, tecidos 
e órgãos por meio de efeitos térmicos e biofísicos. O ultra-som terapêutico aumenta a 
temperatura do tecido, a taxa de metabolismo local e a atividade enzimática. E pode reduzir a 
viscosidade dos exudatos,abrir canais linfáticos e aumentar a circulação,o que ajuda a reduzir 
o edema (PRENTICE,2004). 
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Segundo Machado (1991), o ultra-som atua como catalisador, acelerando as reações 
químicas,e aumentando a condutibilidade das reações. Produz pH alcalino pelo aumento da 
circulação e das trocas. Possui também ação tixotrópica ou coloidoquímica, transforma 
colóide gel em sol,o que aumenta a elasticidade dos tecidos que carecem de água,favorecendo 
a hidratação tecidual e favorece a extensibilidade dos tecidos conjuntivos, pelo aumento da 
viscoelasticidade. 
Como regra geral, o tempo de tratamento com o ultra-som é de 5 minutos por área, sendo que, 
em áreas corporais grandes, a região (em cm2),será dividida pela ERA 5 cm2 (valor 
equivalente a ERA da maioria dos ultra-sons). 
Para garantir que o máximo de energia ultra-sônica, seja transmitida ao paciente, a face do 
transdutor deve estar paralela à pele,de modo que o ultra-som atinja a superfície em ângulo de 
90 graus. A reflexão na interface ar-tecido pode ser aplicando-se o ultra-som com uma gente 
de acoplamento para excluir o ar da área entre o paciente e o transdutor. O gel hidrossolúvel 
parece ter as propriedades mais desejáveis a um bom agente de acoplamento (PRENTICE, 
2004). 
Sua ação promove efeito antiinflamatório, diminuição do quadro álgico e aumento da 
circulação. A utilização do ultra-som associado à fonoforese gera efeitos como 
neovascularização, aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras 
colágenas, e melhora das propriedades mecânicas do tecido, além de um aumento na 
permeabilidade das membranas biológicas facilitando assim a penetração de fármacos no 
organismo através da pele (fonoforese) (PATRICK, 1978; CONTI, PEREIRA, 2003). 
 
2.5 Carboxiterapia 
O anidro-carbônico é definido como um gás não tóxico, não embólico e presente 
normalmente como intermediário do metabolismo celular. Em repouso no corpo produz cerca 
de 200 ml/min de CO2, aumentando em até 10 vezes no esforço físico. A técnica é definida 
como a administração terapêutica do anidro carbônico (também denominado gás carbônico ou 
CO2) através de injeção hipodérmica no tecido subcutâneo diretamente nas áreas afetadas 
(LOPEZ, 2005), causando a destruição das células gordurosas e facilitando a vascularização 
da região tratada. 
A história do uso terapêutico do gás carbônico teve início em 1932, na Estação Termal do 
Spyde Royat, na França, em pacientes que sofriam de arteriopatias periféricas. Seu uso era 
feito de forma transcutânea através de banhos secos ou submersão em água carbonada. 
A administração do CO2 pela via subcutânea tornou-se terapêutica frequente na Europa desde 
os anos 30, principalmente na Itália e na França, o que colaborou para a popularização do 
método e a criação das Sociedades Italiana e Americana de Carboxiterapia, as quais 
elaboraram estudos multicêntricos confirmando o método no tratamento das arteriopatias 
periféricas, bem como, introduziu a terapêutica nas disfunções estéticas (BRANDI, et al., 
2001, 2004). 
Com a injeção do anidro de carbono no corpo há um aumento da concentração de dióxido de 
carbono e diminui a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, pois depende do pH do meio 
para a liberação de oxigênio. Com isso, há um aumento na concentração de oxigênio e por 
este fator há um aumento da pressão parcial de oxigênio nas células favorecendo o 
metabolismo dos tecidos (LEGRAND; BARTOLETTI; PINTO, 1999). 
O efeito da administração de CO2 revelou-se eficaz não só na melhoria local dos parâmetros 
de circulação e perfusão dos tecidos, mas também, induzindo um aumento parcial dos O2. Tal 
pode ser devido a um aumento hipercapnia induzida do fluxo sanguíneo capilar, queda no 
consumo de oxigênio cutâneo, ou um deslocamento para a direita da curva de dissociação O2 
(efeito Bohr). Como tal, o efeito da terapia de dióxido de carbono sobre a microcirculação. 
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As principais indicações da terapêutica com dióxido de carbono para: arteriopatia periférica, 
síndrome acrocianótica, outras patologias que apresentam alterações do microcirculação 
vascular, como insuficiências venosas e úlceras dos membros inferiores, acúmulo do tecido 
adiposo, como a lipomatose múltipla simétrica (BRANDI, et al ,2001, 2002),. Além desses, 
na área de dermato-funcional é aplicado para estrias, FEG, rugas, flacidez cutânea, redução de 
medidas, gordura localizada e pós-operatório (LOPEZ, 2005). 
Especialistas da área afirmam que não existem muitas contra indicações e que também não 
existem importantes reações adversas sistêmicas descritas sendo, portanto, um método seguro, 
de fácil execução e amplamente utilizado na Europa, México e EUA (SILVA, 2002; 
BRANDI, ET AL, 2001, 2004).3. Metodologia 
O levantamento bibliográfico foi realizado através das bases de dados SCIELO (Scientific 
Eletronic Library Online), Bireme, LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em 
Ciências da Saúde) e em livros publicados por editoras nacionais. Foram utilizados como 
descritores as palavras chaves: abdominoplastia, fisioterapia dermato funcional, pós-
operatório e recursos fisioterapêuticos. 
Os textos foram analisados a fim de obter informações consistentes a respeito da atuação da 
fisioterapia no tratamento realizado no pós-operatório de abdominoplastia. Realizou-se uma 
análise de títulos e resumos para obtenção de artigos potencialmente relevantes para a revisão. 
Para critério de inclusão, os artigos deveriam relacionar-se a abdominoplastia, recursos 
fisioterapêuticos na dermato funcional de forma geral e seus efeitos no tratamento pós- 
operatório. Excluem-se os artigos que não se referiam ao assunto pesquisado (ou que não 
havia disponibilidade de referência). 
 
4. Resultados e Discussão 
Após o evento cirúrgico, os macrófagos avisam o organismo que o mesmo foi lesado e estas 
células migram para local da lesão, onde atuam como potentes estimuladores da síntese de 
colágeno, que vêm a preencher o local onde estavam as células que foram lesionadas. Neste 
processo de agressão tecidual, que ocorre em qualquer ato cirúrgico, podem estar associados 
diversos tipos de alterações ( BOSCOLI, 2010). 
Segundo Guirro e Guirro (2002), os cuidados no pós-operatório exercem uma importante 
influencia, no sentido de se evitar sequelas desagradáveis provenientes do ato cirúrgico, 
como: edema, hematoma, seroma, alterações transitórias de sensibilidade e de pigmentação, 
alterações do relevo cutâneo, cicatrizes aderentes, deprimidas, hipertróficas ou queloideanas, 
fibrose, deiscência da sutura, infecções, lesões nervosas, sofrimento cutâneo, desvios laterais 
do umbigo e elevação dos pelos pubianos. 
De acordo com Silva (2001), dentre as complicações pós-operatórias mais comuns estão: 
edema, hematoma, seroma e fibrose. 
O reparo tecidual apresenta três fases bem definidas: inflamatória, proliferativa e de 
remodelamento. Na fase inflamatória, que representa a resposta inicial de defesa do local 
agredido e embora o padrão não seja uniforme, a intensidade e a duração da reação são 
determinadas tanto pela gravidade da lesão quanto pela capacidade reacional do organismo. A 
inflamação seja para diluir ou imobilizar o agente agressor, desencadeando uma serie de 
acontecimento que constitui o tecido lesado. No caso da cirurgia plástica, o mecanismo de 
lesão é o trauma mecânico sofrido pelo instrumento cirúrgico.o processo inflamatório induz a 
agressão das plaquetas, que culmina na coagulação do sangue e, por fim, na formação de um 
molde de fibrina que preenche a ferida (KEDE; SABATOVICH, 2003). 
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Na fase proliferativa ocorre inflamação de tecido de granulação e a reconstituição da matriz 
extracelular. De uma forma geral, o processo de cicatrização tem inicio em torno de 24 horas 
após a agressão. Como o seguimento, no período entre a cinco dias, os fibroblastos e as 
células endoteliais começam a se proliferar e a formar o tecido de granulação, que é o marco 
de formação no processo de cura. Um novo tecido conectivo é formado. Alguns fibroblastos 
sofrem diferenciação em miofibroblastos e células musculares lisas (BORGES, 2006). 
Quando a reepitelização é finalizada, forma-se uma nova membrana basal, a partir das 
margens da ferida, fechando a nova epiderme e restabelecendo a barreira cutânea (KEDE; 
SABATOVICH, 2003). 
A fase de remodelamento é o resultado final do tecido de granulação que é composto por 
fibroblastos de aspectos inativos fusiformes, colágeno denso, fragmento de tecido elástico, 
matriz extracelular e poucos vasos. A fase inicial representa a evolução da cicatriz constituída, 
podendo durar anos. Há diminuição dos números de fibroblastos e de macrófagos. Salienta-se 
ainda o aumento do conteúdo de colágeno e o alinhamento das fibras na direção da maior 
tensão da ferida (BORGES, 2006). 
O edema é o acúmulo excessivo de fluidos nos tecidos, sendo altamente benéfico, pois é uma 
resposta do organismo a reparação tecidual. (GUIRRO E GUIRRO, 2004). Segundo Borges 
(2006), nos traumas mecânicos, como na cirurgia plástica, pode haver alteração estrutural ou 
funcional dos vasos linfáticos, causada por laceração ou compressão (hematoma, fibrose). 
Essa obstrução mecânica alterará o equilíbrio das tensões, resultando de maneira inevitável 
em edema. Esse edema é definido como o acúmulo do excesso de líquido no espaço 
intersticial como resultado da quebra do equilíbrio entre a pressão interna e externa da 
membrana da célula, ou de uma obstrução do retorno linfático e venoso. Para Camargo e 
Marx (2000) o edema é o acúmulo anormal de líquido intersticial, com característica 
predominantemente aquosa e não possui alta concentração protéica. 
O hematoma ocorre na região da lesão devido ao acúmulo de sangue ocasionado pelo 
rompimento dos capilares (YAMAGUCHI E SANCHES, 2003). 
Define-se o seroma como uma coleção líquida, de características exsudativas, formada 
profundamente ao retalho dermogorduroso (BAROUDI,CHAOUAT APUD 
MARTINO,2010). Para Oliveira et. al (2008) o seroma ocorre devido ao amplo deslocamento 
de retalho abdominal sendo caracterizado pelo excesso de líquido de coloração amarela, retido 
no tecido subcutâneo. O seroma é uma complicação comum, tanto nas cirurgias 
convencionais, quanto nas associações com lipoaspiração (GUIRRO E GUIRRO, 2002). 
A fibrose é outra complicação que ocorre em resposta a agressão do tecido, esta aparece sob a 
pele na fase proliferativa, podendo ocorrer até 21 dias de pós-operatório. Com a evolução do 
processo de cicatrização, o tecido de granulação se transforma em um tecido mais fibroso e 
com menos vascularização, tornando-se um tecido fibroso denso (LOW E REED, 2001). Esse 
tecido inicialmente é frágil, mas logo, torna-se rígido e doloroso (ANGELIM, 2010). 
Macedo (2011) descreve a fibrose como ondulações que aparecem na região lesionada, 
podendo ocorrer em maior ou menor grau. Esta disfunção se traduz na produção de colágeno 
de forma desordenada e desorganizada, o que leva a produção das ondulações, que podem 
causar repuxamento e dor ao paciente. 
Ocorrem também alterações como as cicatrizes hipertróficas e queloideanas originárias 
principalmente pelo excesso de tensão na região inferior do abdome. Outra sequela que pode 
ocorrer é a necrose cutâneo-gordurosa, felizmente com incidência rara (GUIRRO E GUIRRO, 
2002). 
Uma cinta abdominal é também colocada até que os drenos Redon sejam retirados. Isso 
assegura uma boa compressão das superfícies descoladas e dissecadas da ferida operatória, o 
que previne a formação de seromas e hematomas (EVANS, 2007). 
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Com o intuito de aliviar a pressão nas suturas, é necessário posicionar a cama de um modo 
específico durante os três primeiros dias depois da operação. Os joelhos devem estar 
flexionados e o tronco superior levemente elevado. A paciente deve ser mobilizada já no 
primeiro dia após a operação, para prevenir a formação de coágulos de sangue. Nesse período 
inicial, deve-se evitar a extensão do tronco superior, mantendo a flexão da coxa sobre o 
tronco, de maneira que a cicatrização da ferida operatória não seja prejudicada. A 
movimentação frequente dos membros inferiores deve ser estimulada, devido promover o 
retorno do fluxo sanguíneo. No segundo dia depois da operação, geralmente os drenos Redon 
são removidos, o curativo é trocado, e uma malha modeladora especial de compressão é 
colocada (EVANS, 2007). 
 A cinta abdominal deve ser colocada com tração. Ela deve serafrouxada caso a paciente 
apresente dificuldades para respirar. A profilaxia da trombose e da infecção deve ser realizada 
durante a permanência da paciente no hospital. Se as feridas operatórias ficarem muito tensas, 
elas poderão alargar e isso pode resultar em cicatrizes grosseiras, distendidas, descoloridas e 
dolorosas. A compressão da parede abdominal utilizando-se bandagem não deve ser muito 
forte, uma vez que isso pode causar necrose da porção final distal do retalho (“área mais 
pobremente vascularizada”) (EVANS, 2007). 
Segundo Borges (2006) é recomendado que após a intervenção cirúrgica o paciente utilize 
cinta elástica no período de 45 a 60 dias, repouso de 24 a 48 horas, até que os drenos sejam 
retirados, deambular com o tronco ligeiramente curvado e evitar realizar esforços físicos. 
As orientações e recomendações mais importantes no pós-operatório são utilização da cinta 
elástica, ingestão líquida adequada, alimentação balanceada, evitar exposição solar, repouso 
moderado, cuidados quanto à higienização e hidratação da cicatriz, e um posicionamento 
adequado, para um retorno precoce às atividades de vida diária (EVANS, 2007). 
Em relação à intervenção fisioterapêutica alguns autores relatam que a conduta proposta deve 
ser iniciada num período de 72 horas a 15 dias após a cirurgia, pois durante este período é 
possível minimizar a grande maioria das complicações (COUTINHO et. al, 2006). 
Na década de sessenta a drenagem linfática começou a ser empregada com a intenção de 
melhorar os resultados cosméticos de cirurgias. Desde então, já eram observados os 
benefícios da drenagem linfática manual no tratamento e prevenção de algumas complicações 
no pós-cirúrgico. Sendo que a execução de manobras no pós-operatório imediato apresenta 
grandes benefícios para a prevenção e tratamento das sequelas procedente do ato cirúrgico. A 
drenagem linfática manual aplicada com movimentos rítmicos atua de forma eficaz na 
drenagem do edema proveniente do ato cirúrgico (GUIRRO e GUIRRO,2002). 
A drenagem linfántica manual através de seus movimentos suaves e de uma pressão suficiente 
para propulsionar o líquido intersticial para dentro dos capilares linfáticos proporciona o 
aumento da velocidade da linfa transportada, aumenta a filtração e a reabsorção dos capilares 
sanguíneos, aumenta a quantidade de linfa processada dentro dos gânglios linfáticos, promove 
oxigenação dos tecidos, nutrição das células, aumento da quantidade de líquidos excretados, 
consequentemente diminuindo o edema e os desconfortos possíveis do trauma (RIBEIRO, 
2003). 
A drenagem linfática manual atua no deslocamento de proteínas extravasadas para serem 
reabsorvidas, equilibrando as pressões hidrostática e tissulares, diminuindo o edema e pode 
ser iniciada após 48 horas de ocorrido a cirurgia plástica (MORO E ALDENUCCI,2010). 
De acordo com Camargo e Marx apud Coutinho et al.(2006) a drenagem linfática manual vem 
sendo defendida para ser iniciada no primeiro dia pós-operatório com a utilização de 
manobras de evacuação e captação nas redes ganglionares e vias linfáticas. Mas somente 
devem ser realizadas nas áreas distantes da zona edematosa como forma de estimular as 
anastomoses linfáticas. Essas manobras devem ser lentas, suaves e rítmicas, acompanhando a 
velocidade dos linfangions e a direção da circulação linfática. 
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A drenagem linfática é indicada em cirurgia plástica para auxiliar na remoção do edema 
excessivo localizado no interstício. Mas, só ocorrerá a diminuição total deste edema quando 
houver redução da secreção de cortisol. O cortisol é liberado durante o processo de 
inflamação e reparo e no término da formação do tecido cicatricial, em torno de 20 a 42 dias 
(Macedo e Oliveira, 2010). 
A drenagem linfática manual atua sobre o edema e hematoma pós-lesão. Mas, além dessa 
função, auxilia na reparação de ferimentos, pois o fibrinogênio da linfa é o elemento 
responsável pela formação de coágulos, que darão origem à barreira protetora das lesões. O 
trauma agudo ou a inflamação crônica no processo de cicatrização dependem inteiramente da 
eficiência da circulação sanguínea e linfática (BORGES,2006). 
De acordo com Borges (2006) e Guirro e Guirro(2002), na fase aguda a drenagem linfática é 
um recurso para tratar as consequências das alterações vasculares,ou seja,o edema. No 
entanto, deve-se considerar que a cicatrização ainda está recente, e dessa maneira a aplicação 
da técnica deve ser o mais suave possível, evitando deslizamentos e trações no tecido em 
cicatrização. 
A drenagem linfática manual não apresenta risco algum para o paciente de pós-operatório de 
cirurgias plásticas, apenas se for mal aplicada concentrando muita força, rapidez excessiva, ou 
direção errada (BORGES,2006). 
Ao verificar que nas cirurgias plásticas com incisões extensas há uma interrupção dos vasos 
linfáticos superficiais prejudicando a drenagem convencional, Callucci, em 1981, sugeriu uma 
modificação no sentido clássico da drenagem linfática manual que denominou de drenagem 
linfática reversa. A nova técnica é bem fundamentada, já que na abdominoplastia, por 
exemplo, a drenagem dos quadrantes inferiores, que confluem para a região inguinal, fica 
interrompida pela retirada de tecido, restando apenas as vias dos quadrantes superiores, que 
confluem para os linfonodos axilares. Enquanto que na ausência da abdominoplastia a 
drenagem linfática manual clássica envolve movimentos que direcionam a linfa dos 
quadrantes inferiores para a região inguinal, procedimento este que, quando a incisão se faz 
presente, pode ocasionar um edema pericicatricial, promovendo uma tensão indesejável na 
lesão (GUIRRO e GUIRRO, 2002). 
Manuad apud Soares et.al (2005) afirmam que a aplicação precoce da drenagem linfática 
manual após cirurgias plásticas poderia prevenir complicações, como o seroma, e 
proporcionar uma recuperação mais rápida dos pacientes. O seroma é uma das complicações 
comuns no pós-operatório de abdominoplastia e foi observado naqueles pacientes que 
começaram a drenagem com mais de duas semanas de pós-operatório. 
Para realizar a drenagem linfática é necessário o conhecimento da anatomia, fisiologia do 
sistema linfático e princípios de hidráulica e hidrodinâmica. É uma técnica sistematizada, 
cujos movimentos devem ter uma seqüência determinada (GODOY E GODOY,2005). 
Na drenagem linfática manual reversa as manobras de drenagem são direcionadas apenas para 
as vias íntegras, neste caso, serão direcionadas para a região axilar, até a reconstituição dos 
vasos, fato este que ocorre dentro de 30 dias. No entanto, o termo reversa, pode dar falsa 
impressão que o fluxo pode ser invertido, o que não ocorre, pois o “sistema linfático é um 
sistema de mão única”. (GUIRRO e GUIRRO, 2002). 
As técnicas de aplicação da drenagem linfática manual no pós-operatório de cirurgia plástica 
podem ser fundamentadas na drenagem reversa que consiste em direcionar o edema a um 
gânglio proximal a lesão como uma via alternativa para não haver encharcamento da cicatriz e 
aumento de edema, já que dependendo da cirurgia onde há uma secção, vasos são lesionados, 
dificultando assim a eliminação dos líquidos em excesso (MACEDO e OLIVEIRA, 2010). 
A manobra deve ser realizada em ritmo lento, pausado e repetitivo, em consideração ao 
mecanismo de transporte da linfa, cuja à frequência de contração é de 5 a 7 vezes por minuto, 
não deve ser brusco. As sessões devem ter no mínimo 30 minutos, e o corpo deve ser 
9 
 
posicionado de maneira que a pele esteja o menos tensa possível, para dar condições de 
melhor deslocamento da linfa (LOPES, 2006). 
Guirro e Guirro (2004) afirmam que a drenagem linfática manual atua de forma eficaz na 
drenagem do edema e na absorçãode hematomas e seromas, provenientes do ato cirúrgico. 
Sua utilização diminui a probabilidade de fibrose, por evitar a estase linfática. Por isso, a 
drenagem linfática é eficaz na prevenção de fibrose no pós-operatório imediato de 
abdominoplastia. 
Segundo Borges (2006) a drenagem linfática manual no pós-operatório promove uma grande 
melhora do quadro álgico, devido reduzir a congestão tecidual, contribuindo também para o 
retorno precoce da sensibilidade cutânea local. 
Segundo dados de uma pesquisa feita com 28 cirurgiões plásticos no ABC Paulista, 96,4% 
apontam a drenagem linfática manual como sendo o tratamento mais importante a ser 
realizado numa reabilitação pós-cirúrgica por considerarem uma técnica efetiva e capaz de 
diminuir o tempo de pós-operatório (TACANI; ALEGRANCE, 2005). 
Corroborando os achados, Mélega et al.(2002), afirmam que os sintomas do pós-operatório de 
cirurgias plásticas podem ser reduzidos através da drenagem linfática manual. Os autores 
ainda referem que nesse período, observa-se rapidamente a diminuição do edema e do 
hematoma, bem como a redução da dor, com favorecimento da neoformação vascular e 
nervosa, além de prevenir e minimizar a formação de cicatrizes hipertróficas ou hipotróficas, 
retrações e quelóides. 
Ribeiro (2003) relata que a drenagem linfática manual é indispensável no pós-operatório de 
cirurgias plásticas, e que se deve iniciar o mais precoce possível, para ajudar na penetração de 
liquido excedente nos capilares sanguíneos e linfáticos intactos da região adjacente á lesão. 
Soares et al. (2005) afirmam que quanto mais precocemente iniciada a drenagem linfática, 
menor a probabilidade do acúmulo de líquidos no local e mais rápida a recuperação dessas 
pacientes. 
Segundo Godoy e Godoy (1999) exitem efeitos secundários decorrentes da drenagem linfática 
manual dentre eles estão: ação sobre o sistema nervoso vegetativo, que produz estímulo 
parassimpático, causando relaxamento; ação sedativa sobre os reflexos álgicos e ação sobre os 
gânglios com efeito imunológico. 
Os fisioterapeutas brasileiros, com o surgimento da fisioterapia dermato-funcional, têm 
questionado o seu papel no contexto de novas áreas de atuação, principalmente no pré e pós- 
operatório de cirurgias plásticas (LEITE et al., 2013). 
A resolução 362 do COFFITO, de 20 de maio de 2009, é a responsável pelo reconhecimento 
da fisioterapia dermato-funcional como especialidade do profissional fisioterapeuta. Esse 
reconhecimento foi possível frente uma necessidade de prover, por meio de uma assistência 
adequada e específica, as demandas clínico-cinesiológico-funcionais dos indivíduos com 
disfunções de pele e estruturas relacionadas (LEITE et al., 2013). 
No Guide to physical therapist practice, publicado pela Associação Norte-Americana de 
Fisioterapia (APTA) em 2001, foi esclarecido que a fisioterapia dermato-funcional é uma área 
referida como a responsável pela manutenção do sistema tegumentar como um todo. 
A atuação do fisioterapeuta dermato-funcional é indicada em praticamente todos os tipos de 
cirurgias estéticas, como: lipoaspiração, lipoenxertia, abdominoplastia, mamoplastia, 
ritidoplastia (rejuvenescimento facial), rinoplastia (correção do nariz), blefaroplastia (correção 
das pálpebras) e otoplastia (correção do nariz) (LEITE et al., 2013). 
Para Borges (2006) a Fisioterapia Dermato-Funcional tem como objetivo promover a 
recuperação físico-funcional dos distúrbios endócrino/metabólitos, dermatológicos e músculo- 
esqueléticos. 
Atualmente os cirurgiões plásticos têm indicado a fisioterapia dermato-funcional como forma 
de tratamento após cirurgias plásticas, principalmente nos casos de abdominoplastias 
10 
 
associadas à lipoaspiração. A abordagem fisioterapêutica no pós-cirúrgico proporciona os 
seguintes benefícios: redução do edema, melhora significativa na textura da pele, ausência de 
nodulações fibróticas no tecido subcutâneo, minimização de possíveis aderências teciduais. 
Promove também maior rapidez na recuperação das áreas com hipoestesias. E desse modo, 
não só possibilita uma redução das prováveis complicações, como também retorna o paciente 
mais ligeiramente as suas atividades de vida diária (SILVA, GUIRRO e GUIRRO apud 
COUTINHO et al.,2006). 
O planejamento do trabalho fisioterapêutico no pós-operatório é amplamente variável e 
depende das características apresentadas na avaliação, análise do trofismo cutâneo e muscular, 
análise do edema, análise da cicatriz e análise da dor e sensibilidade do tipo de cirurgia 
realizada, e do tempo de pós-operatório (VERDE et al., 2010) . 
Os tópicos mais importantes para a realização da avaliação do paciente pós operado é o 
reconhecimento dos problemas e cirurgia, identificação do tipo e a profundidade dos tecidos 
envolvidos, a natureza da patologia, o estágio da cicatrização, reconhecimento de quaisquer 
contra-indicações ao uso das modalidades de tratamentos (STARKEY,2001). 
A fisioterapia poderá atuar prevenindo a formação das aderências, principal fator agravante no 
pós-operatório, pois estas aderências impedem o fluxo normal de sangue e linfa, aumentando 
ainda mais o quadro edematoso, retardando a recuperação. Para que se possa oferecer um 
tratamento adequado, o primeiro passo é o reconhecimento das alterações funcionais 
apresentadas pelo paciente (STARKEY,2001). 
A cicatriz cirúrgica é um aspecto de ampla preocupação e imprescindível para um melhor 
resultado de cirurgias estéticas. As ocorrências de hipertrofias, alargamentos e assimetrias 
estão relacionadas á tração excessiva do retalho ou quando a incisão inicial for compensada, 
no final da cirurgia, para as laterais ou com ressecções e suturas progressivas. Neste caso a 
fisioterapia se limita a minimizar, quando possível, a tensão sob o retalho, através do controle 
precoce do edema e adequação das propriedades metabólicas e elásticas cutânea (ELY, 1980). 
Em casos de hipertrofia cicatricial, a manipulação excessiva pode agravar o processo. É 
importante prevenir ressecamentos cutâneos, medidas compressivas devem ser adotada por 
três a quatro meses (FERREIRA, 2000). 
A interação entre o fisioterapeuta e o cirurgião plástico é importante, pois visa diminuir as 
intercorrências. Sendo assim, faz-se necessário o conhecimento da técnica da cirurgia, a 
fisiopatologia envolvida no pós-operatório, para que o tratamento adequado seja planejado 
(BORGES,2006). 
Visto que o fisioterapeuta possa avaliar e eleger os métodos que possam auxiliar o tratamento 
pré e pós-operatório de cirurgia plástica, será possível o entendimento de todo o processo de 
interação entre o fisioterapeuta e o cirurgião plástico, visando em minimizar intercorrências e 
concorrer para uma boa evolução pós-operatória. Por outro lado, pesquisas relatam que 
muitos pacientes submetidos à cirurgia plástica não são encaminhados ao tratamento pré e 
pós-operatório com o fisioterapeuta ou são encaminhados em fases muito tardias, o que pode 
levar a resultados poucos satisfatórios (LEITE et al., 2013). 
Para a efetividade do tratamento é necessário que o fisioterapeuta tenha o conhecimento das 
fases do reparo tecidual, e a observação de suas características clínicas, e não de datas 
específicas, pois os pacientes de cirurgia plástica apresentam grande variação de evolução no 
pós-operatório, tornando-se necessária a observação constante da evolução do quadro, e por 
muitas vezes mudar o tratamento de uma sessão para outra (DA SILVA et al., 2012). 
O período de pós-operatório interfere diretamente na efetividade das condutas 
fisioterapêuticas para a recuperação dos pacientes submetidos a cirurgias plásticas, uma vez 
que estes estão propensos a complicações. Portanto, o encaminhamento mais tardiopode 
privar o paciente de obter uma recuperação mais saudável, mais curta, com menos sofrimento, 
11 
 
além de muitas vezes comprometer o resultado final da cirurgia (TACANI E ALEGRANCE, 
2005). 
No estudo de Leite e Lima (2005), realizado em Brasília (DF), apenas 11% dos médicos 
encaminhavam seus pacientes diretamente ao fisioterapeuta dermato-funcional, poucos 
profissionais médicos conheciam essa especialidade. No estudo de Tacani e colaboradores 
(ano) não houve exclusividade no encaminhamento do paciente ao fisioterapeuta dermato-
funcional, ou seja, muitos médicos encaminhavam seus pacientes de pós-operatório de 
cirurgia plásticas para técnicos esteticistas. 
Com o estudo comparativo realizado por Leite et al. (2013) na cidade de Brasília, foi possível 
observar que entre os anos de 2005 e 2011, houve um melhor reconhecimento da importância 
do fisioterapeuta dermato-funcional no tratamento coadjuvante no pós-operatório de cirurgias 
plásticas. 
A Fisioterapia Dermato-funcional vem sendo para tanto imprescindível no segmento da 
atenção ao paciente submetido à cirurgia plástica, em virtude não somente da técnica de 
drenagem linfática manual, como também de sua gama de recursos terapêuticos, como: o 
ultra-som, crioterapia, endermologia, carboxiterapia, dentre outros recursos; os quais visam 
preparar os tecidos para o procedimento cirúrgico, como também aceleram a recuperação pós-
operatória, prevenindo e controlando algumas complicações comuns ( COUTINHO, 2006). 
Num estudo de Milani e colaboradores (2006) concluiu-se que há na literatura científica 
embasamento para justificar a escolha dos diversos recursos utilizados nas patologias 
englobadas pela fisioterapia dermato-fucional. 
A Fisioterapia Dermato-Funcional tem uma atuação cada vez mais importante na prevenção e 
tratamento de respostas advindas de intervenções cirúrgicas, minimizando o tempo pós-
operatório, restaurando a funcionalidade, melhorando o resultado do procedimento e 
possibilitando a reintegração do indivíduo as suas atividades. Quanto aos recursos utilizados 
por esta especialidade no pós-operatório de abdominoplastia, baseado nos dados da pesquisa 
realizada por Da Silva et al. (2012), notou-se que a DLM e o ultrassom de 3 MHz foram os 
recursos utilizados por todos os pacientes. Outras pesquisas encontraram resultados 
semelhantes, onde relatam que 98% dos fisioterapeutas utilizam a DLM em seus tratamentos 
e 84% usam ultrassom em seus protocolos (SILVA, 2001). 
Os dados apresentados relacionados aos recursos fisioterapêuticos se justificam na literatura 
através dos estudos que afirmam que a DLM utilizada no pós-operatório em mulheres 
submetidas à cirurgia plástica de tronco diminuiu o edema, a dor e a ingestão de 
medicamentos (analgésicos). Em relação ao ultra-som, está vinculada diretamente ao processo 
de cicatrização, visto que seu objetivo de utilização precoce é promover uma melhora tanto na 
circulação sanguínea quanto na linfática, possibilitando assim uma melhor nutrição celular 
(SCHWUCHOW et al.,2008). 
A utilização do ultra-som no pós-operatório imediato está vinculada diretamente ao processo 
de cicatrização, visto que sua eficácia já está comprovada por inúmeros trabalhos, sendo os 
protocolos mais efetivos os iniciados durante a fase inflamatória . O objetivo da utilização 
precoce desta modalidade de energia é promover uma melhora tanto na circulação sanguínea 
quanto na linfática, possibilitando assim uma melhor nutrição celular. E diminuição do quadro 
álgico (GUIRRO E GUIRRO, 2004). 
O ultra-som promove aumento da circulação sanguínea e oxigenação tecidual, liberação de 
mediadores celulares inflamatórios e diminuição da fibrose (GUIRRO E GUIRRO, 2004). 
A reabsorção de hematomas é de vital importância nesta primeira fase, já que a sua evolução 
pode concorrer para a formação de fibroses. Caso o processo de reparo esteja concluído e 
existam aderências e fibroses instaladas, a energia ultra-sônica pode ser utilizada como 
coadjuvante na diminuição dessas sequelas e no aumento da elasticidade do tecido conjuntivo. 
12 
 
Nesses casos, a energia ultra-sônica depositada deverá ser maior aumentando o tempo de 
aplicação e/ou intensidade (GUIRRO E GUIRRO, 2004). 
O ultra-som terapêutico, na freqüência de 3MHz, é bastante utilizado na fase inflamatória para 
a reabsorção de hematomas diminuindo as chances de formações fibróticas e ainda melhoram 
a nutrição celular, reduzindo o edema e a dor, conseqüências da melhora da circulação 
sangüínea e linfática (MORO E ALDENUCCI, 2010). 
O uso do ultra-som proporciona significamente aumento no número de fibroblastos, 
alinhamento ideal para contração da ferida e aceleração da fase inflamatória. Para aceleração 
do reparo uma frequência 3 MHZ, com intensidade abaixo de 0,5 W/cm2, na fase proliferativa 
(3 dias após a lesão), efeito térmico do ultra-som pulsado de intensidade de 0,5 W/cm2, com 
aumento de 30% da quantidade de colágeno (YOUNG,1990). 
Verifica-se que em intensidades baixas do ultra-som (pulsado, 0.5W/cm2), houve aumento 
significativo de colágeno depositado na ferida num padrão cuja arquitetura tridimensional 
assemelha-se á pele, aumento da resistência tênsil e estimulo á contração da lesão, levando a 
uma cicatriz significativamente menor. Entretanto, aparentemente a terapia por ultra-som 
acelera o processo cicatricial, mas não oferece interferência aos mecanismos de controle que 
limitam o desenvolvimento da granulação (GUIRRO E GUIRRO, 2002). 
O aparelho de ultra-som promove os efeitos supracitados devido ser como um gerador que 
produz uma corrente alternada de alta freqüência em que transdutores piezelétricos são 
utilizados e consistem em um disco de um material natural, como o quartzo, ou uma cerâmica 
sintética. Esse elemento piezelétrico transforma energia acústica em energia elétrica e seu 
reverso. A corrente alternada que alimenta o elemento piezelétrico pode ser modulada criando 
diferentes modalidades de insonação: contínua ou pulsada onde a intensidade dependente do 
tempo. Para fins terapêuticos, utilizam-se mais comumente as freqüências de 1 ou 3 MHz 
(SANT’ANA, 2010). 
Sua aplicação, entretanto, leva a inúmeros bioefeitos, que podem ser classificados em 
térmicos e não térmicos afirma Sant’Ana (2010) . De acordo com Ferreira et al16 o ultra-som 
pode ser produzido na forma de ondas contínuas ou pulsadas. O modo contínuo produz efeitos 
biofísicos e térmicos, enquanto que no modo pulsado, reduz o efeito térmico devido à 
interrupção cíclica da emissão de energia, ao mesmo tempo em que mantém o efeito 
biológico. É sugerido também que os efeitos não térmicos do ultra-som, incluindo a cavitação 
e a micro-massagem acústica, são mais importantes no tratamento de lesões dos tecidos moles 
do que os efeitos térmicos, sendo o pulsado o mais usado. Doses inadequadas do ultra-som 
nos dois modos podem ser lesivas, sendo necessário que os equipamentos sejam calibrados e 
testados periodicamente, para que os padrões de segurança sejam atendidos. 
A carboxiterapia é outro recurso coadjuvante no pós-operatório e constitui-se de uma técnica 
onde se utiliza o gás carbônico medicinal (Dióxido de Carbono ou CO2) injetado no tecido 
subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da circulação e oxigenação 
tecidual (CARVALHO et al., 2005). 
O mecanismo de ação do gás carbônico é, sobretudo, na microcirculação vascular do tecido 
conjuntivo, promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem veno-linfática. Com a 
vasodilatação, melhora-se o fluxo de nutrientes, entre eles, as proteinases necessárias para 
remodelar os componentes da matriz extracelular e para acomodar a migração e reparação 
tecidual (PARASSONI; VARLARO, 1997).A carboxiterapia, através da infusão de CO2, permite uma vasodilatação persistente 
identificada por videolaparoscopia e um aumento significativo da concentração de oxigênio 
(O2) local (WORTHINGTON e LOPEZ, 2006). 
No ramo da cirurgia-plástica, a carboxiterapia tem sido empregada para correção de 
irregularidades pós-lipoaspiração, ou mesmo, no pré-operatório para melhorar a 
vascularização de retalhos cirúrgicos (SCORZA E BORGES, 2008). 
13 
 
No estudo de Brandi et al.(2001), foi verificado uma melhora estatisticamente significativa no 
que diz respeito à elasticidade da pele e as irregularidades cutâneas pós lipoaspiração. Com 
isso, podemos esperar efeitos positivos da terapia com CO2 sobre a adiposidade localizada e 
elasticidade cutânea da pele em pacientes que realizaram lipoaspiração. 
A cicatriz caracteriza-se por uma lesão na camada dérmica. Após uma incisão da pele, dá-se 
início ao processo de reparo, o que se faz a custa da proliferação do tecido conjuntivo 
(SCORZA E BORGES, 2008). 
Segundo Carvalho et al.(2005), o descolamento da pele provocado pelo gás, leva a perda da 
integridade tecidual e a exposição do colágeno, com conseqüente ativação do processo de 
cicatrização. 
A carboxiterapia também pode ser indicada para o tratamento de cicatrizes aderentes após o 
transcurso do processo cicatricial. Isto se justifica pela ação mecânica do gás ao promover um 
“descolamento” das estruturas aderidas durante o processo de reparo tecidual, proporcionando 
efeitos benéficos à aderência cicatricial (SCORZA E BORGES, 2008). 
Com base na literatura, a carboxiterapia pode ser considerada um tratamento seguro, sem 
efeitos adversos ou complicações importantes, tanto locais, como sistêmicas (SCORZA E 
BORGES, 2008). 
A carboxiterapia possui respaldo na literatura para seu uso seguro e com garantia de bons 
resultados em várias áreas da medicina estética e convencional, e da fisioterapia dermato-
funcional (SCORZA E BORGES, 2008). 
 
4. Conclusão 
Baseando-se nos dados obtidos com essa revisão, conclui-se que a fisioterapia dermato-
funcional é de extrema importância no pós-operatório imediato de pacientes submetidos à 
abdominoplastia. Devido contribuir no processo de cicatrização, eliminar edemas, auxiliar na 
absorção de hematomas e seromas, promover o alívio do quadro álgico, minimizar os 
desconfortos e prevenir as complicações pós-cirúrgicas. Dessa forma, promove benefícios aos 
pacientes e resultados satisfatórios. 
Diante da escassez de estudos comprovando cientificamente a utilização dos recursos 
fisioterapêuticos como, o ultra-som e a carboxiterapia, sugere-se realização de pesquisas 
utilizando esses recursos na prevenção e no tratamento de complicações após 
abdominoplastia. 
Sugere-se também aos fisioterapeutas que realizem maior divulgação, junto aos médicos, da 
importância da fisioterapia dermato-funcional e dos benefícios dos recursos fisioterapêuticos 
aplicados no pré e no pós-operatório de cirurgias plásticas. 
 
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