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Resumo do documentário: Darcy, um vulcão de ideias Darcy Ribeiro nasceu em 26 de outubro de 1922 e viveu por 74 anos, natural de Montes Claros, MG. O documentário nos mostra as fases da vida de Darcy Ribeiro, como antropólogo e escritor, destacando o seu trabalho como educador. O documentário é construído com depoimentos, captados em diferentes momentos de sua vida, e textos de sua autoria, compondo uma espécie de mosaico de suas ideias e ações. O documentário inicia com Darcy questionando quem é ele e reconhece que seus méritos são escassos, diz que suas mãos só servem para escrever, o que o mobiliza é o gênero humano, os indígenas de longa convivência e principalmente a gente brasileira. Darcy se compara a uma cobra, não pelo veneno mas pelas muitas peles que trocou ao longo da vida e é sobre elas que o documentário será conduzido. A primeira pele é a de filho da professora primária, Mestra Fininha, de uma pequena cidade de Minas Gerais, diz que ficou órfão aos três anos de idade. Destaca a festa do Divino de sua cidade e lembra da fartura n alimentação, se recorda da mágoa que sentiu por não poder ser coroado na festa, pois sua família não tinha condições financeiras e com isso ficou com o complexo do Divino Espírito Santo, de um império que não possuiu. Darcy mencionou que lia muitos livros, a leitura era como uma janela que lhe abria os horizontes. Outra janela era o cinema e comenta sobre a inveja que sente da juventude atual que tem na televisão uma grande quantidade de informações, que ele não possuía em sua época de criança. Outra pele lembrada foi a de etnólogo indigenista, pois viveu 10 anos nas aldeias indígenas do pantanal e Amazônia, onde dstaca a beleza do pantanal e os animais da Amazônia, mas seu interesse era sobre os povos indígenas. Relata a atuação do Marechal Cândido Rondon e sua importância para a preservação dos povos indígenas, comparando a atuação de Rondon para os índios o que foi a abolição da escravatura para os negros. Darcy relata que os índios, na atualidade, aprenderam a se defender. Como sua realização destaca a criação do Museu do Índio, projetado para combater o preconceito ao índio, destaca também o pacifismo e o trato com as crianças com respeito desde os primeiros anos, com a transmissão do saber e a importância da educação nos povos indígenas. Nos 40 anos dedicados aos povos indígenas Darcy se orgulha de sua participação na criação do Parque Nacional do Xingu, com o apoio do Presidente Getúlio Vargas, com foco na preservação ambiental como herança para as gerações futuras e a destinação de terras para os índios. Outra pele de Darcy foi a de educador, na elaboração e defesa de uma escola pública honesta e de boa qualidade, defendia que a criança deveria ter acesso a boa educação para se tornar cidadão na sociedade. Relata a deficiência na educação brasileira, mesmo com todas as facilidades da internet, mostra a incapacidade brasileira em criar uma escola primária de boa qualidade e conclui dizendo que quando uma sociedade não se importa com a educação de suas crianças pagará um preço muito grande no futuro. O documentário mostra a construção de Brasília (1956-1961) e como acabou sendo o Ministro da Educação. Relatou as dificuldades e sua amizade com Oscar Niemayer. Darcy queria uma Universidade de qualidade na capital Federal. Em 1995 a UNB outorga a Darcy Ribeiro o título de Dr Honoris Causa edá seu nome ao Campus da UNB, como reconhecimento ao seu projeto que ganhou vida. Outra pele de Darcy foi a de político, no Governo de João Goulart, em que as visões modernas, de esquerda, com grupos estudantis... era uma época em que se acreditava que o país se desenvolveria. Relata a atuação dos militares com opressão aos ideais de esquerda, o chamado golpe militar, dizendo que afetou as universidades e quebrou a criatividade cultural brasileira. Darcy viveu exilado por muitos anos, onde produziu vários livros de antropologia. Foi romancista, com destaque para o livro Maíra, um dos maiores romances da literatura brasileira contemporânea. Na volta do exílio retomos todas as suas peles: índios, educação popular, universidades necessárias, desenvolvimento nacional, democracia e liberdade, mas a educação foi sua destinação maior. Darcy criou o Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), com turno integral para os alunos carentes, atuou na criação do Sambódromo no RJ, relatando que sua criação atenderia ao Carnaval e seria o maior centro educacional do RJ, na realidade seria uma escola que emprestaria suas instalações para o Carnaval, pois as escolas funcionam embaixo das arquibancadas do Sambódromo, de criação de Oscar Niemayer. Essas foram as peles de Darcy Ribeiro e serve de reflexão para que suas realizações se espelhem para o futuro, principalmente na educação de qualidade.
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