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Atenção encerrada a vigência da MP 703 15. Restabelecimento da matéria.docx

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Atenção: encerrada a vigência da MP 703/15. Restabelecimento da matéria? 
 
Por Renata Cardoso em 2016, Colunas, Legislação, Notícias, . . . Data 12 de julho de 2016 
 
A Lei n. 8429, de 2.6.92 (Lei de Improbidade Administrativa – LIA), em seu artigo 17, parágrafo 1o, previa, 
originalmente, vedação para transação, acordo ou conciliação nas ações de improbidade administrativa 
propostas pelo Ministério Público ou pessoa jurídica interessada. 
 
Em 18.12.2015, a Medida Provisória n. 703, provocou, entre outras mudanças, a revogação do parágrafo 1o 
do artigo 17 da LIA, causando polêmicas a partir da, em tese, permissão para transação nas ações de 
improbidade administrativa. 
 
Sucede que, a MP n. 703/15 teve seu prazo de vigência encerrado, consoante ato declaratório do presidente 
da mesa do Congresso Nacional, em 29.5.2016 (DOU 31.5.2016). 
 
Neste passo, questionamos: estaria inteiramente restabelecido o tratamento dado à matéria pela Lei 8.429/92 
(LIA)? 
 
Consoante parágrafo 3o do artigo 62 da Constituição Federal, as medidas provisórias perderão eficácia desde 
a sua edição, caso não sejam convertidas em lei no prazo prorrogável de 60 (sessenta) dias, o que se aplica 
também às rejeitadas, conforme entendimento doutrinário. 
 
E, no caso de vencido o prazo para aprovação, o Presidente da Mesa do Congresso Nacional, comunicará o 
fato ao Presidente da República, publicando o ato declaratório de encerramento do prazo de vigência, assim 
como, segundo a parte final do parágrafo 3o do artigo 62 da CF/88, as relações jurídicas formadas durante o 
período em que a MP esteve em vigor, deverão ser disciplinadas por decreto legislativo. 
 
Porém, se o Congresso Nacional não disciplinar as relações jurídicas decorrentes da medida provisória, 
conforme prevê o parágrafo 11 do mesmo dispositivo constitucional, tais relações conservar-se-ão por ela 
regidas. 
 
Neste passo, como a MP teve seu prazo de regência encerrado em 29.5.2016, entendemos que ainda há 
tempo para o Congresso Nacional regular tais relações. Mas, caso o Congresso Nacional não edite decreto 
legislativo, serão conservados os atos praticados durante a vigência da MP (parágrafo 11, art. 62). 
 
Por último, ressalte-se que o constituinte nada dispôs sobre o que ocorre durante o prazo de 60 (sessenta) 
dias que o Congresso Nacional possui para editar o decreto legislativo, existindo entendimento doutrinário 
que as relações continuariam sob a regência da MP nesse período. 
 
Fontes: 
 
www.planalto.gov.br 
 
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 911/912. 
 
 
 
Foto/arte: by Renata Zulma

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