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O sol e o sal da zona sul

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96
Luiz Roberto Oliveira
ca das letras girava entre tristeza, desengano e amores não
correspondidos. Neste estilo impregnado de fumaça de cigar-
ros e pileques talvez provenientes do pós-guerra europeu, um
estado de espírito cinzento e nebuloso acrescentou ao nosso
repertório jóias lindas e inesquecíveis — infelizmente, já um
tanto esquecidas.
Ainda na juventude, Vinicius de Moraes começou a dar
mostras de suas vocações. Aluno dos padres jesuítas no
curso ginasial do colégio Santo Inácio, já era atraído pela
palavra e pelo texto. Em 1927, produziu talvez a única edi-
ção de um pequeno jornal,“O Planeta”. Aos 15 anos, partici-
pava, com os irmãos Paulo, Haroldo e Oswaldo Tapajós de
um conjunto musical que se apresentava nas casas dos ami-
gos e em festas colegiais. Suas primeiras letras são deste
tempo, em parceria com Haroldo e Paulo.
É curioso como alguns fatos da infância podem, até por
coincidência, antecipar tendências. Em dezembro de 1937, o
Externato Mello e Souza, em Copacabana, promoveu uma
festa para comemorar o encerramento do ano letivo. Um dos
quadros das apresentações era a Orquestra Maluca, pequeno
grupo instrumental formado por alunos do curso de admis-
são ao ginásio. A regência da orquestra, cargo da mais alta res-
ponsabilidade, foi confiada a ninguém menos que Antonio
Carlos Jobim, então com 10 anos.
Em 1953, aos 40 anos, Vinicius de Moraes fez o samba
“Quando tu passas por mim”, em que música e letra são, pela
primeira vez, de sua autoria. Nas tertúlias do Clube da
Chave, em Copacabana, assim chamado porque cada sócio
tinha a chave de um escaninho com uma garrafa de whisky
individual,Vinicius ficou conhecendo Tom. Não ficaram ínti-
mos: a relação manteve-se por algum tempo simplesmente
cordial. E a roda que o poeta frequentava — literatos, críti-
O sol e o sal 
da zona sul
“Porque o samba nasceu lá na Bahia”. A esta afirmação
de Vinicius de Moraes na letra do Samba da Bênção, feito em
parceria com Baden Powell, eu acrescentaria, para polemizar:
“...e a Bossa Nova também”. Seriam as lavadeiras de Juazeiro
possuidoras da fórmula secreta?
O samba veio de uma junção de ingredientes: ritmos da
Bahia, com ancestrais africanos, trazidos por negros e mesti-
ços para o Rio de Janeiro, foram combinados com as formas
melódicas e harmônicas praticadas na capital, de fortes raízes
na cultura européia, tais como se ouvia em valsas, polcas e
schottisches.
Nas reuniões em casa de Tia Ciata, mãe de santo baiana
que morava no centro do Rio de Janeiro, foram ouvidos os
primeiros acordes do samba. Naquele começo do século XX,
algumas das presenças frequentes eram Hilário Jovino,
Sinhô, Germano Lopes da Silva, Pixinguinha, e Donga, que
em 1916 teve sua música “Pelo Telefone” gravada em disco
pela Odeon. A História acabou consagrando Donga e seu
parceiro Mauro de Almeida como autores do primeiro
samba gravado, embora “Pelo Telefone” estivesse muito mais
para maxixe do que para samba. Ainda por cima, a autoria de
Donga também é questionada, sendo mais provável que a
música tenha resultado de colaborações improvisadas dos
participantes das rodas de samba promovidas por Tia Ciata.
Impulsionado pelo compositor Sinhô, o samba começou
a ganhar aos poucos sua forma e seus intérpretes. Na década
de 30, deixando para trás a influência do maxixe, e com sua
identidade caracterizada, passou a fazer jus ao nome.
Com o passar dos anos, muitos compositores e intérpre-
tes continuaram a enriquecer o cenário da música brasileira.
Na década de 40, ganhou força o samba-canção, gênero deri-
vado do samba, porém mais lento e romântico, em que a tôni-
 
 
 
 
 
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cos, artistas, embaixadores — impunha respeito pelo conteú-
do e pela idade, e certamente contribuía para manter à distân-
cia o músico de 26 anos, que tocava piano nos bares do bair-
ro para acertar suas contas de fim de mês.
Vinicius carregou o time nas costas. De alma generosa,
corajoso para sorver a vida sem se submeter a limites ou con-
venções, o poeta multiplicou-se, emprestando seu talento a
uma geração inteira de compositores, muitos dos quais
teriam tido uma carreira bem mais difícil não fosse a preciosa
parceria. Assim, o primeiro samba de Edu Lobo teve letra de
Vinicius. O estilo denso de Baden Powell encontrou seu
grande parceiro. Carlos Lyra e o poeta ainda hoje embalam
corações apaixonados. Francis Hime ganhou letras lindas e
desesperadas. Para Toquinho, Vinicius caiu do céu. Isto, sem
falar em Ary Barroso, Capiba, Claudio Santoro, Paulo
Soledade, Antonio Maria, Adoniran Barbosa, Pixinguinha, e
uma série de outros, de ilustres a humildes — inclusive o
autor destas linhas.
E também Vadico, o ignorado companheiro de Noel
Rosa em tantos sucessos do calibre de “Feitiço da Vila”. As cir-
cunstâncias e a saúde de Vadico fizeram com que ele, sem
saber, abrisse caminho para o maior de todos os parceiros de
Vinicius. Em 1956, o poeta, recém-chegado da Europa, tra-
zendo na algibeira, letra e música, sua Valsa de Eurídice, pro-
curava um compositor para as canções da peça teatral Orfeu
da Conceição, de texto pronto e premiado — uma adaptação
para a favela carioca do mito grego de Orfeu, o músico da
Trácia que desce aos infernos em busca de sua amada
Eurídice. Vadico, compositor e pianista de mão-cheia, foi o
primeiro convidado. Mas não aceitou a tarefa, talvez pesada
demais para uma saúde que já inspirava cuidados.
O segundo convidado ouviu pacientemente a longa
explanação de Vinicius sobre como deveria ser a música para
a peça, durante histórico encontro no Bar Villarino, no centro
do Rio. Seu único e famoso comentário ao final da prédica,
ainda que de justo fundamento, retrata uma preocupação que
o acompanharia durante um bom tempo, mesmo quando já
não houvesse razão para tal:“Tem um dinheirinho nisso?”
As músicas de Orfeu da Conceição foram os primeiros
trabalhos da dupla Antonio Carlos Jobim e Vinicius de
Moraes. A peça estreou no mesmo ano no Teatro Municipal
do Rio, com atores negros, direção de Leo Jusi e cenários de
Oscar Niemeyer. Ficava selado o início de uma grande ami-
zade e um raro entendimento entre música e poesia, tendo
como conseqüência alguns anos da mais profícua e brilhante
parceria da música popular brasileira.
Tom e Vinicius navegavam basicamente em três estilos:
o samba (que na época era o sambão, ou samba-batucada),
o samba-canção, e a canção de câmara — esta, a meu ver, o
ponto mais forte e singular da parceria, sem pretender, no
entanto, diminuir-lhes a qualidade nos outros gêneros.
Assim foi que, em 1958, os dois parceiros convidaram a
cantora Elizete Cardoso para ser a intérprete de uma sele-
ção de canções de câmara, sambas, uma valsa, e até uma
toada, que seriam reunidas no LP Canção do Amor
Demais, da gravadora Festa. Tom Jobim faria os arranjos e a
regência da orquestra. Este disco foi um divisor de águas na
história do nosso cancioneiro. As músicas e letras, de rara
beleza; os arranjos de Tom, delicados e de extremo bom
gosto; a qualidade e o porte da cantora; tudo garantia um
resultado excelente. Mas, um pouco pela sorte e muito pela
visão de Tom, um outro atributo haveria de marcar definiti-
vamente a importância do projeto.
Naquela época, alguns jovens compositores cariocas,
como Carlos Lyra e Roberto Menescal, insatisfeitos com o
ritmo do sambão, que consideravam quadrado e pesado,
andavam em busca de uma nova forma para tocar samba no
violão. Outros músicos importantes já haviam esboçado
caminhos: Dick Farney, Lucio Alves, Garoto (Aníbal
Augusto Sardinha), e o pianista e compositor Johnny Alf,
atualmente morando em S. Paulo e em plena forma. Mas foi
um baiano desconhecido que conquistou os louros da desco-
berta sensacional. Tocando o samba de uma maneira comple-
tamente nova, com uma batida mais econômica, numritmo
sincopado, e articulando seu canto em surpreendente entro-
samento com o violão, João Gilberto chegou para arrasar.
Rapidamente passou a ser assunto nos meios musicais cario-
cas, provocando o fascínio de muitos e repúdio de uma mino-
ria. Um diretor da gravadora Odeon em S. Paulo, ao ouvir
uma gravação de João, quebrou o disco, indignado: “É esta a
novidade que o Rio nos manda?”
Tom Jobim rapidamente percebeu que o baiano não
estava para brincadeiras. E convidou João para tocar violão
em duas faixas de Canção do Amor Demais. Ouvindo-se o
100
disco atentamente, não é difícil perceber o contraste e o
encontro de duas vertentes no tempo. De um lado, a voz clás-
sica de Elizete; numa linha divisória, as orquestrações de
Tom, camerísticas, lindas, mas ainda um pouco envolvidas
pelos estilos vigentes; e do lado oposto, nas faixas Chega de
Saudade e Outra Vez, a locomotiva que é o violão revolucio-
nário de João Gilberto.
Tom e outros compositores mais jovens aderiram sem
hesitação ao novo ritmo de samba. É interessante notar que o
samba evoluiu também geograficamente, progredindo na
esteira da ocupação do Rio de Janeiro: dos subúrbios e do
centro, em direção à zona sul. E dos morros para o litoral. O
samba do subúrbio cedia a vez à Bossa Nova de Copacabana.
Aliás, o nome Bossa Nova, trazido à baila por circunstâncias
sem grande relevância, tornou-se mundialmente conhecido,
apontando não somente para uma nova maneira de tocar
samba, mas refletindo uma atitude característica dos jovens
da zona sul, que gostavam de freqüentar a praia e de se reunir
para cantar baixinho ao som do violão. As letras deixaram a
tristeza de lado, passando a curtir a beleza das garotas, o sol,
o mar. Tom Jobim, que volta e meia mudava de residência,
seguiu o mesmo movimento: nascido na Tijuca, transferiu-se
com a família para Copacabana, e depois para Ipanema, onde,
no apartamento da Rua Nascimento Silva, fez alguns de seus
maiores sucessos.
Com colaboração e participação de Tom Jobim, João
Gilberto gravou na Odeon três LPs históricos: Chega de
Saudade em 1959, O Amor, o Sorriso e a Flôr em 1960, e
João Gilberto um ano depois. No auge da forma e do gás,
João mostra quem é e a que veio. O terceiro LP tem, em cinco
faixas, a sensacional participação do conjunto do organista
Walter Wanderley. Se você ainda não conhece, ouça depressa
antes que acabe.
Quis o destino que a colaboração de Tom Jobim com
seus dois companheiros se tornasse rarefeita até quase a
interrupção. Vinicius e Tom produziram até meados da
década de 60; após isto, pouca ou nenhuma parceria.
Embora menos próximos, continuaram grandes amigos. A
obra-prima Amparo, gravada em forma instrumental em
1970, teve o nome mudado para Olha Maria quando
Vinicius e Chico Buarque lhe deram letra, um ano depois.
Em 1977, Tom e Vinicius se juntaram a Miucha e Toquinho
para um show no Canecão, no Rio, que ficou meses em car-
taz, antes de temporadas em S. Paulo e no exterior.
João e Tom se afastaram também na década de 60, e
anos mais tarde, uma tentativa de reaproximá-los levou-os
ao palco, mas nenhum dos dois ficou à vontade.
Permaneceram o respeito e a admiração de um pelo outro.
Até hoje, João inclui em seu repertório inúmeras composi-
ções de Tom.
Numa fase mais madura, Tom Jobim resolveu dar maior
vazão a sua veia literária, talvez sentindo a lacuna deixada por
Vinicius, ou porque Chico Buarque não tivesse tempo para
uma colaboração mais assídua. Criou excelentes letras.
Águas de março, Luiza, Falando de amor, Passarim e
Gabriela são apenas alguns exemplos. Aliás, Tom sempre se
sentiu à vontade nas letras, mesmo em começo de carreira,
quando fez Outra Vez, As Praias Desertas, e Corcovado.
Mas o tempo passa, e dois destes três gênios já nos dei-
Vinícius e Toquinho 
Ilu
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xaram. Se me perguntassem por nomes de brasileiros mun-
dialmente conhecidos e reconhecidos, sem hesitação citaria
Tom Jobim e Pelé. A música de Tom tem dois atributos
inquestionáveis: a qualidade, que garante ao compositor a
posição de maior entre os maiores da música popular brasilei-
ra; e a universalidade, que a faz admirada nos cantos mais
remotos do planeta. Outros compatriotas, não menos ilus-
tres, não chegam a ter seu nome e seus méritos tão difundi-
dos – e globalizados.
João Gilberto, aos 71 anos, mantém seu modelo de per-
feição. Influenciou músicos pelo mundo afora. Ainda que em
seu país possa, de vez em quando, ser mal compreendido, ou,
o que é pior, mal recebido. É demais pretender impôr a um
artista de sua dimensão o ônus de ter de se comportar como
o resto de nós. Criticá-lo ou até vaiá-lo em suas excentricida-
des é não saber respeitar a enormidade de seu talento. João é
um dos músicos mais íntegros e mais dedicados ao trabalho
que já vi. Para ele só existe o essencial: canto e violão. Até a
forma como apresenta suas interpretações aponta para este
núcleo. Prova disto é seu desinteresse por adornos: para mui-
tas músicas que canta nem introdução faz. Entra diretamen-
te no tema, no que importa, repetindo a canção inteira várias
vezes, como num tremendo esforço para superar o insuperá-
vel. Perguntado aonde teria ido buscar sua batida, respondeu:
“Aprendi com os requebros das lavadeiras de Juazeiro”.
Poeta e diplomata, erudito, falando várias línguas,
Vinicius foi aos poucos procurando uma forma de comunica-
ção mais abrangente e popular. Funcionário do Itamaraty,
com trânsito livre nos refinados salões da intelectualidade,
íntimo de Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, pas-
sou a fazer canções de grande lirismo com Tom e Carlos
Lyra; ao lado de Baden Powell, enfronhou-se no denso uni-
verso das heranças negras, criando um dos mais fascinantes
conjuntos de peças de nosso cancioneiro, os afro-Sambas;
mantendo a trajetória, desaguou na parceria com Toquinho,
de melodias e letras bem mais simples, algumas quase ingê-
nuas. Interessante é notar que ele também estimulou Tom
Jobim a despir-se de maneirismos e meandros da erudição.
No texto para a contracapa de Canção do Amor Demais,
refere-se com carinho ao parceiro:
“...gostaria de chamar a atenção para a crescente simplici-
dade e organicidade de suas melodias e harmonias, cada vez
mais libertas da tendência um quanto mórbida e abstrata que
tiveram um dia. O que mostra a inteligência de sua sensibili-
dade, atenta aos dilemas do seu tempo, e a construtividade do
seu espírito, voltado para os valores permanentes na relação
humana.”
Com Vinicius começamos, e nele encerraremos. A ele
dirigimos nosso pensamento e nossas homenagens. O capi-
tão do time e do mato Vinicius de Moraes, parceiro de tantos
compositores que fizeram de nossa música uma das melhores
do mundo, cantou como poucos a beleza da mulher brasilei-
ra, fez da vida sua maior poesia, e jamais será esquecido. A
bênção, poeta. Saravá.
Luiz Roberto Oliveira é músico, diretor da produtora Norte
Magnético, administrador do site Clube do Tom (www.clubedotom.com),
curador do site oficial de Tom Jobim (www.tomjobim.com.br), e
parceiro de Vinicius.
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