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O Nome da Rosa Resumo final

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1 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho apresenta as características analíticas e de interpretação do filme: O Nome 
da Rosa. O enredo magistral envolve a busca pelo conhecimento livre e sem censura, 
ante as interpretações contraditórias impostas pela “prática da escolástica”; da dogmática 
eclesial em que censuravam eles mesmos, a transliteração dos livros que considerassem 
“espiritualmente perigosos” quer dizer, aqueles livros que ofereciam ideias suscetíveis de 
estimular dúvida aos dogmas católicos ou das escrituras. A expressão “O nome da Rosa” 
é difundida desde a Idade Média revelando o imensurável poder das palavras, do saber. 
A “rosa de então”, núcleo sensível do filme e da análise intuída ao romance era aquela 
monumental biblioteca da antiguidade; uma “abadia beneditina” onde era preservada 
pelos monges ao longo dos séculos, uma porção rara da extraordinária sabedoria grega e 
latina. 
 
 Palavras-Chave: Rosa. Conhecimento. Escolástica. Escrituras. Idade Média. 
 
RESUMEN 
 
Este documento presenta las características analíticas y de interpretación: el nombre de 
la rosa. La trama de la magistral consiste en la búsqueda de conocimiento libre y sin 
censura, antes de las interpretaciones contradictorias impuestas por la "Práctica escolar"; 
la dogmática de la iglesia en que solía censurarse, la transcripción de los libros "peligrosos 
espiritualmente" es decir, esos libros que ofrecen ideas susceptibles de estimulan la duda 
al dogma católico o la escritura. La expresión "el nombre de la rosa" está extendido 
desde la edad media para revelar el inmensurable poder de la palabra, del conocimiento. 
El "rosa del entonces" base sensible de la película y el análisis de la novela intuída era 
eso Biblioteca antigua monumental; una "abadía benedictina" donde fue preservado por 
los monjes durante siglos, una rara parte de la extraordinaria sabiduría griega y Latina. 
 
Palabras-clave: color de rosa. Conocimiento. Escolar. Escrituras. Edad media. 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 
INTRODUÇÃO.............................................................................................. pg. 3 
 
 
2 
A TRAMA ENREDADA................................................................................. pg. 4 
 
 
3 
CONCLUSÃO .............................................................................................. pg. 6 
 
 
REFERÊNCIAS............................................................................................ pg. 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
“O animismo representa a primeira fase no desenvolvimento do modo religioso de 
pensar”. 
 
 
PLEKHANOV (1980). 
 
 
O filme – Der Name Der Rose, em seu título original lançado, em 1986, na Alemanha – 
O Nome da Rosa, versão dublada no Brasil – do diretor e cineasta franco alemão Jean-
Jacques Annaud aduz a plateia ao universo da igreja católica medieval. O elenco de 
grandes astros tem o protagonismo de Sean Connery (o frade franciscano William de 
Baskeville), e Christian Slater (no papel do noviço Adso von Melk). Século XIV. A trama. 
“Outono de 1327”. 
 
 
A maestria de Annaud, do cineasta; o diretor e seu notável elenco de atores retratam a 
intrigante e arriscada experiência de William de Baskeville e seu noviço-auxiliar, Adso 
de Melk. O monge franciscano, junto com uma delegação do Vaticano iria participar de 
um concílio eclesiástico reunidos naquele burgo os frades franciscanos e beneditinos de 
toda a Europa, para refletirem e deliberar se a Igreja teria o dever canônico em doar parte 
de suas riquezas. 
 
 
Dadas observações e contempladas pela compreensão de um sistema de ideias, do qual o 
filme se constrói, cujo predomínio constituía o costume comum na Idade Média e está, 
para todas as eras, no cerne das questões do desenvolvimento humano os fatores: 
econômico, social, cultural e religioso. 
 
 
Ao definirmos o método indutivo da análise contextual, para o enfoque discussão e síntese 
daqueles rudimentos presentes na temática instada pela mediação docente, quanto 
formadores da cultura moderna; base e origem do axioma científico e intelectual 
contemporâneo podemos situar também, o momento da mudança: da Idade Média para a 
Modernidade. 
 
 
Entre os séculos XI e XV, a Baixa Idade Média registra a superação e o desaparecimento 
do período feudal e instauração do capitalismo na Europa Ocidental sucedendo-se assim, 
mudanças radicais para a humanidade na economia (o desenvolvimento do mercado 
monetário), social (a ascensão da burguesia e união com o rei), política (a constituição 
das monarquias nacionais dos reis absolutistas) e, especialmente religiosas, cujo o ápice, 
o cisma do ocidente, por meio da Reforma Protestante desencadeada desde 1517 pelo 
monge agostiniano Martinho Lutero, na Alemanha. 
 
 
Nesse aporte, Fernand Braudel, em sua obra – “A Dinâmica do Capitalismo” – enseja 
uma “cadência” dentre a Idade Média aos dias atuais. “Assim, o Estado é favorável ou 
4 
 
hostil ao mundo do dinheiro segundo o seu próprio equilíbrio e a sua própria força de 
resistência” (BRAUDEL, 1987, pp. 54-5). Comparando os mesmos e tais princípios 
referentes à cultura e à religião afirma: 
 
 
Toda a sociedade evoluída admite várias hierarquias digamos, várias 
escadas que permitem abandonar o andar térreo onde vegeta a massa 
popular de base – o Grundvolk de Werner Sombart: hierarquia religiosa, 
hierarquia política, hierarquia militar, diversas hierarquias do dinheiro. 
De uma para a outra, segundo os séculos e segundo os lugares existem 
oposições, ou compromissos ou alianças; por vezes, até confusão. No 
século XIII, em Roma, a hierarquia política e a hierarquia religiosa 
confundem-se, mas, em torno da cidade, a terra e os rebanhos criam 
uma classe de grandes senhores perigosos, enquanto os banqueiros da 
Cúria – instalados em Siena – já estão em franca ascensão. (Idem, Parte 
IV, Cap. II, p. 57) 
 
 
A TRAMA ENREDADA 
 
 
A cisão da igreja. As questões dogmáticas. O enredo do conclave. As mortes misteriosas. 
 
 
O Nome da Rosa, quiçá, em alusão preconizada ao Concílio de Trento (1545-63) – 
referente ao período da inquisição canônica daqueles “inconcebíveis movimentos 
heréticos” – instituído pela igreja católica para discutir reformas que pudessem atrair de 
volta para a igreja, grupos dissidentes, particularmente os protestantes alemães liderados 
por Lutero. A cristandade, desde então seria categoricamente separada: católicos e 
protestantes; além do antecedente, em 1054, da primeira dissensão entre Igreja Cristã e 
Igreja Ortodoxa Grega. Ou seja, o cristianismo, hoje, subentendidos: católicos, católicos 
ortodoxos e protestantes. 
 
 
Presente, no filme, a urgência prelatícia da igreja sobre divergentes questões dogmáticas: 
“Horas Canônicas ou Divinum Officium e o riso”; “missão cristã e pobreza” – cuja a base 
doutrinária “herética” é condenada pelo clero romano, o “Movimento Dolciano prometia 
a vida apostólica de Cristo, com a rejeição da riqueza e o amor, em comunhão com todos 
os seres vivos, incluindo os animais” – das quais o seu dogma é destacado, historicamente, 
pela perseguição e atrocidades impingidas aos “Dolcinitas”, no capítulo “fé e movimentos 
heréticos” da santa inquisição; e, no filme, retratadas pela crueldade nas torturas do Grão-
Inquisidor Bernardo Gui (F. Murray Abraham). 
 
 
No mistério do riso para a Igreja Medieval, entretanto, repousava lógica muito simples e, 
no filme resumida no diálogo de um dos beneditinos mais conservadores, o venerável 
Jorge de Burgos: “O risomata o temor. E sem temor não pode haver fé. Se não há temor 
no demônio, não é necessário haver Deus”. São constantes as passagens, especialmente 
nas celebrações da “Liturgia das Horas ou Liturgia horarum” em que era proclamado: 
“um monge não deve rir”; “para isso existe o bobo, que levanta a voz em risos”. 
 
 
5 
 
O enredo magistral envolve a busca pelo conhecimento livre e sem censura, ante as 
interpretações contraditórias impostas pela “prática da escolástica”; da dogmática eclesial 
em que censuravam eles mesmos, a transliteração dos livros que considerassem 
“espiritualmente perigosos” quer dizer, aqueles livros que ofereciam ideias suscetíveis de 
estimular dúvida aos dogmas católicos ou das escrituras. Ou, ainda, como no diálogo do 
próprio William – “É porque contêm uma sabedoria diferente da nossa” – sobre qualquer 
ciência para tornar-se válida necessitaria se constituir nos fatos da realidade, nos 
rudimentos empiricamente verificáveis. 
 
 
Aflora o objeto do conclave: conceber um novo magistério eclesial para adaptar a 
abrangência dentre o cristianismo – teologia e doutrina cristã – e a filosofia e a ciência da 
ancestralidade grega. 
 
 
Entrementes, a missão pontifícia do conclave é contaminada por um vultuoso 
“desconforto espiritual” dada a uma sequência de mortes enigmáticas dentro do mosteiro, 
as quais os devotos mistificavam ser “ardis do demônio”. “A única prova que vejo do 
demônio é o desejo de todos de vê-lo atuar”, diz William. “Não vamos nos deixar 
influenciar por boatos irracionais. Em vez disso, vamos exercitar os nossos cérebros e 
tentar solucionar este torturante enigma” 
 
 
O Nome da Rosa, em sua interpretação denota esse caráter filosófico, quase metafísico 
na busca pela verdade; a investigação, a razão, a elucidação lógica do fato, cujo método 
é originário daquelas novas teorias aristotélicas, empirismo e materialismo. 
 
 
Urdida basicamente no quase indecifrável labirinto secreto daquela gigantesca biblioteca, 
a trama evolui tangenciada ao trabalho dos monges copistas na transliteração dos livros 
gregos para a língua vernácula medieva, o latim. Entretanto, um daqueles livros secretos 
encerrava o enigma causador das mortes que atormentava aquela abadia, noite e dia. E 
William de Baskeville, o frade franciscano que investiga os assassinatos, é ao mesmo 
tempo o filósofo, que contempla, perquire, impugna, analisa e, então, com seu método 
empírico e analítico decifrando aquele segredo. 
 
 
William e Adso descobrem o mentor das tais “mortes apocalípticas” um velho monge que 
no afã de ocultar seu segredo e destruir a “heresia do riso e da comédia” do citado livro 
de Aristóteles; cego, instintivamente ele esbarra em Adso, que, ao não conseguir evitar a 
queda da lamparina, acidentalmente ateia fogo nos livros e coloca a vida dos dois 
franciscanos em perigo. Mesmo assim, William de Baskeville conseguiu salvar sua vida 
e alguns exemplares daquele livros magníficos. 
 
 
O mote do livro são as suas páginas envenenadas como desvendado no filme, através dos 
indícios de tinta “nos dedos indicador e nas línguas” das vítimas. Impactava o riso ao 
leitor, além de uma percepção nova para reconhecer o mundo; era o segundo livro da 
Poética de Aristóteles. 
 
6 
 
 
Denotada a influência do pensamento aristotélico, entre os séculos XII e XIII aduzimos 
ao princípio da escolástica, que organiza o conjunto filosófico-teológico das discussões 
que se reproduzem naquele mosteiro, onde é dado o enredo de O Nome da Rosa. A 
escolástica, em seu significante literal “o saber da escola” consiste em um conhecimento 
estruturado de acordo com as teses basilares do cristianismo e de um método empírico de 
interpretação das várias “Escrituras” comum aos principais pensadores das épocas ou 
outras civilizações, e em particular, da igreja católica. 
 
 
LOYN (1997) dá dois significantes ao entendimento do “verbete escolástica”: o ciclo 
medieval da instauração das escolas e a sistemática da filosofia e da teologia doutrinada 
nestas escolas. Não obstante, no início do século XVI a expressão ser depreciativa em 
correlação ao sistema de filosofia estudado nas escolas e universidades medievais, esta 
conotação significou e ainda é cada vez mais um unívoco período de sistemas áureos do 
Medievo: (LOYN,1997, pp. 132-3). 
 
 
Conclusão 
 
 
O Nome da Rosa. 
 
 
A expressão “O nome da Rosa” é difundida desde a Idade Média revelando o imensurável 
poder das palavras, do saber. A rosa prevalece seu nome, exclusivamente; mesmo ausente 
ou sequer exista. 
 
 
Mohandas Karamchand Gandhi – Mahatma, a “Grande Alma” dispôs, em sua abordagem 
sobre “o evangelho da rosa”, uma relação convergente entre o hinduísmo e o cristianismo. 
Em GANDHI (1996), o seu ideal de missão é singelamente resumido no enunciado ao 
“evangelho da rosa”. 
 
 
É por isso que eu digo: deixem que suas vidas falem a nós, assim como 
as rosas não precisam falar mas simplesmente espalhar seu perfume. 
Até o cego incapaz de ver a rosa percebe sua fragrância. Esse é o 
evangelho da rosa. Mas o evangelho que Jesus pregava é mais sutil e 
aromático do que o da rosa. Se a rosa não precisa de gente, muito menos 
o Evangelho de Cristo. 
Pensemos no conjunto de pessoas suas que pregam o Evangelho. Eles 
espalham o perfume de suas vidas? Para mim, esse é o único critério. 
Tudo que espero que façam é que vivam de modo cristão; não pretendo 
anotar o que dizem. (Gandhi, 1996, I.3, p. 123). 
 
 
A “rosa de então”, núcleo sensível do filme e da análise intuída ao romance era aquela 
monumental biblioteca da antiguidade; uma “abadia beneditina” onde era preservada 
pelos monges ao longo dos séculos, uma porção rara da extraordinária sabedoria grega e 
latina. 
 
7 
 
Daí dada a restrição e a biblioteca ser secreta, porque nela continham obras ainda não 
covenientemente adaptadas ao catolicismo medieval e secular. O acesso à biblioteca é 
restringido, pois ali há uma sabedoria acirradamente “pagã” (notadamente os textos de 
Aristóteles), cujo o conhecimento “impróprio” é suscetível de abalar a exegese cristã, o 
poder da igreja. 
 
 
Naquele ambiente, Adso de Melk, em sua auto narrativa memorial dizia: “Não gosto deste 
lugar, me dá calafrios”. 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
 
Concílio de Trento. Disponível em: >http://www.infoescola.com/historia/concilio-de-
trento/< 
 
 
GANDHI, Mohandas Karamchand. Autobiografia – minha vida e minhas experiências 
com a verdade. 3. ed. São Paulo: Palas Athena, 2003. 
_________. Gandhi e o Cristianismo. São Paulo: Paulus, 1996. 
 
 
HISTÓRIA E ALGUNS EVENTOS: A região alpina do Schuhplattler. Disponível 
em: >http://tradicional2.blogs.sapo.pt/blog/tradicional2/post/2729/?p=touch< 
 
 
Horas Canônicas. Disponível em: >https://pt.wikipedia.org/wiki/Horas_Canônicas< 
 
 
LOYN, H.R. Dicionário da Idade Média. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997, 
verbete escolástica, pp. 132-133. 
 
 
PLEKHANOV, Guiorgui. 1857-1919. A Concepção materialista da história: da filosofia 
da história, da concepção materialista da história, o papel do indivíduo na história. 5.ed. 
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980. p. 10.

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