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Aula 8 Apresentação

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Extradição
“A extradição é o ato mediante o qual um Estado entrega a outro indivíduo acusado de haver cometido crime de certa gravidade ou que já se ache condenado por aquele, após haver-se certificado de que os direitos humanos do extraditando serão garantidos.”
Hielbrando Accioly (2000, p. 364)
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O principal objetivo da extradição é evitar, mediante a cooperação internacional, que um indivíduo deixe de pagar pelas consequências de crime cometido.
A extradição procura garantir ao acusado um julgamento justo, de conformidade com o que preceitua a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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Artigo XI
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Declaração Universal dos Direitos Humanos
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A concessão da extradição é geralmente feita através de um Tratado bilateral ou multilateral que vincule as partes. 
Entretanto, o pedido de extradição não se limita aos países com os quais o Estado possui Tratado. Ele poderá ser requerido por qualquer país e para qualquer país.
Na ausência de um Tratado, o Brasil e alguns outros países concedem a extradição mediante uma declaração de reciprocidade, segundo a qual, ocorrendo crime análogo no país requerido, o país requerente se compromete a conceder a extradição solicitada.
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No Brasil, o texto básico a respeito da extradição é o artigo 5º., incisos LI e LII da Constituição Federal/1988, regulamentados pela Lei nº. 6.815/80 (define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil) e o Decreto 86.815/81 (regulamenta a Lei 6.815/80).
Art. 5º., CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
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STF Súmula nº 421, STF 
Impedimento - Extradição - Circunstância - Extraditado Casado com Brasileira ou Ter Filho Brasileiro
    Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditado casado com brasileira ou ter filho brasileiro.
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A extradição só se justifica por crime de certa gravidade e não se aplica a simples contravenções. Alguns Tratados especificam que a extradição só será concedida se tratar de crime punido com pena superior a um ou a dois anos de prisão.
Dentre as hipóteses de não-extradição, a mais delicada e controvertida é a de crime político. 
A Constituição Brasileira declara que “não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião”.
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A extradição só é concedida em face de pedido formal de um país a outro. 
O pedido é formulado por via diplomática e respondido de igual maneira.
No Brasil todo pedido de extradição é encaminhado pelo Ministro das Relações Exteriores ao Supremo Tribunal Federal, a quem cabe a decisão a respeito.
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Expulsão de estrangeiro – Ato por meio do qual o Estado manda embora de seu território o estrangeiro que tem comportamento nocivo ou inconveniente aos interesses nacionais.
As hipóteses de expulsão do estrangeiro estão expressamente previstas no art. 65 da Lei nº. 6.815/80
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Art. 65. É passível de expulsão o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais
Parágrafo único. É passível, também, de expulsão o estrangeiro que:
a) praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou permanência no Brasil;
b) havendo entrado no território nacional com infração à lei, dele não se retirar no prazo que lhe for determinado para fazê-lo, não sendo aconselhável a deportação;
c) entregar-se à vadiagem ou à mendicância; ou
d) desrespeitar proibição especialmente prevista em lei para estrangeiro.
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A Lei 6.815 afirma que caberá exclusivamente ao Presidente da República resolver sobre a conveniência e a oportunidade da expulsão ou de sua revogação.
Art. 66. Caberá exclusivamente ao Presidente da República resolver sobre a conveniência e a oportunidade da expulsão ou de sua revogação. 
Parágrafo único. A medida expulsória ou a sua revogação far-se-á por decreto.
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Para ser decretada a expulsão de alguém deve haver um processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa. 
A expulsão  é um ato administrativo com caráter punitivo que traz consequências ao expulso, como a proibição de retornar ao território nacional. 
Como ninguém pode ser privado de seus bens e direitos sem o devido processo legal conforme disposto na Constituição Federal, faz-se necessário a instauração de prévio processo administrativo que, no caso, tem curso no âmbito do Ministério da Justiça.
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Da decisão de expulsão caberá pedido de reconsideração no prazo de dez dias.
O artigo 75 da Lei nº. 6.815 prevê 3 hipóteses nas quais não poderá haver expulsão:
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Art. 75. Não se procederá à expulsão: 
I - se implicar extradição inadmitida pela lei brasileira; ou 
II - quando o estrangeiro tiver:
a) Cônjuge brasileiro do qual não esteja divorciado ou separado, de fato ou de direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de 5 (cinco) anos; ou
b) filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente.
§ 1º. não constituem impedimento à expulsão a adoção ou o reconhecimento de filho brasileiro supervenientes ao fato que o motivar.
§ 2º. Verificados o abandono do filho, o divórcio ou a separação, de fato ou de direito, a expulsão poderá efetivar-se a qualquer tempo.
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Conforme disposto no Inciso I do artigo 75, caso o estrangeiro se enquadre em uma das hipóteses nas quais não cabe extradição, também não será possível a expulsão. 
Em regra, o filho deve ter nascido, sido adotado ou reconhecido antes do fato que motivar a expulsão.
Verificado o abandono do filho, a expulsão poderá efetivar-se a qualquer tempo.
Esse dispositivo
deu origem à Súmula 1 do STF que, no entanto, é incompleta porque não trata sobre o nascimento do filho após o fato que originou a expulsão.
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STF Súmula nº 1 - Súmula da Jurisprudência Predominante do Supremo Tribunal Federal - Anexo ao Regimento Interno. 
Expulsão de Estrangeiro Casado com Brasileira ou Tenha Filho Brasileiro - Dependentes
É vedada a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro, dependente da economia paterna.
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É possível a expulsão de estrangeiro que possui filho brasileiro nascido posteriormente à condenação penal e ao decreto expulsório?
Pela redação do § 1º do art. 75, a expulsão seria possível. Assim, em regra, o nascimento de filho brasileiro após a prática da infração penal não constitui óbice à expulsão. Há julgados do STF nesse sentido:
(...) 2. O nascimento de filho brasileiro após a prática da infração penal não constitui óbice à expulsão. (...)
(HC 85203, Relator: Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, julgado em 06/08/2009)
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A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça flexibilizou a interpretação do art. 65 (75), inciso II, da Lei 6.815/80, para manter no país o estrangeiro que possui filho brasileiro, mesmo que nascido posteriormente à condenação penal e ao decreto expulsório, no afã de tutelar a família, a criança e o adolescente.
2. Todavia, o acolhimento desse preceito não é absoluto e impõe ao impetrante que efetivamente comprove, no momento da impetração, a dependência econômica e a convivência sócio afetiva com a prole brasileira, a fim de que o melhor interesse do menor seja atendido. (...)
(HC 250.026/MS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Primeira Seção, julgado em 26/09/2012)
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O estrangeiro não poderá reingressar ao Brasil depois de expulso. Caso reingresse, incidirá no crime previsto no artigo 338 do Código Penal, que sujeita o infrator a pena de 4 (quatro) anos de reclusão, sem prejuizo de nova expulsão após o cumprimento da pena.
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HABEAS CORPUS – lei 6815/80 (Estatuto do Estrangeiro). ESTRANGEIRO COM PROLE NO BRASIL. FATOR IMPEDITIVO. TUTELA DO INTERESSE DA CRIANÇA. Arts. 227 e 229 da CF/88. Decreto 99.170/90 – CONVENÇÃO SOBRE DIREITOS DA CRIANÇA. 1. A regra do art. 75, II, b, da lei 6815/80 deve ser interpretada sistematicamente, levando em consideração, especialmente, os princípios da CF/88, da lei 8069/90 (ECA) e das convenções internacionais recepcionadas pelo nosso ordenamento jurídico. 2. Proibição de expulsão de estrangeiro que tenha filho brasileiro objetiva resguardar os interesses da criança, não apenas no que se refere à assistência material, mas à sua proteção em sentido integral, inclusive com a garantia do direito à identidade, à convivência familiar, à assistência dos pais. 3. Ordem concedida. (HC 31. 449/DF. Rel. Francisco Falcão. 1ª Seção. DJ 31/05/2004, pág. 169) (12).
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HABEAS CORPUS – ESTRANGEIRO COM FILHO BRASILEIRO – OBRIGAÇÃO ALIMENTAR.A vedação a que se expulse estrangeiro que tem filho brasileiro atende, não apenas ao imperativo de manter a convivência entre pai e filho, mas um outro de maior relevo, qual seja, do de manter o pai ao alcance da cobrança de alimentos. Retirar o pai do território brasileiro é dificultar extremamente eventual cobrança de alimentos, pelo filho. (HC 22446/RJ. Rel. Eliana Calmon. DJ 31/03/2003, pág. 141. 1ª seção).
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Deportação - A entrada de estrangeiro de modo irregular (clandestinamente), no território nacional, bem como a entrada regular, cuja a estada tornou-se irregular, ensejam a sua deportação.
Para entrar no país o estrangeiro necessita de um VISTO  que é uma permissão individual, concedida pela autoridade competente, para que ele permaneça, no País, por determinado  tempo.
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Quando é concedido algum tipo de visto ao estrangeiro e ele, irregularmente, descumpre os limites que lhe foram fixados para permanecer no País será cabível a deportação. 
Será deportado, por exemplo, o estrangeiro com visto de turista que exerce, no País, qualquer tipo de atividade remunerada, pois sua entrada apesar de regular, sua estadia tornou-se irregular com o exercício da referida atividade.
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Os capítulos 57 a 64 da Lei nº. 6.815/80 tratam da deportação.
Da Deportação
Art. 57. Nos casos de entrada ou estada irregular de estrangeiro, se este não se retirar voluntariamente do território nacional no prazo fixado em Regulamento, será promovida sua deportação.
§ 1º Será igualmente deportado o estrangeiro que infringir o disposto nos artigos 21, § 2º, 24, 37, § 2º, 98 a 101, §§ 1º ou 2º do artigo 104 ou artigo 105.
§ 2º Desde que conveniente aos interesses nacionais, a deportação far-se-á independentemente da fixação do prazo de que trata o caput deste artigo.
Art. 58. A deportação consistirá na saída compulsória do estrangeiro. 
Parágrafo único. A deportação far-se-á para o país da nacionalidade ou de procedência do estrangeiro, ou para outro que consinta em recebê-lo.
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O ato de deportação é um ato administrativo de competência da Policia Federal. 
Quando um estrangeiro enquadra-se numa das hipóteses previstas em lei para a deportação, os agentes federais estão aptos a deportá-lo sem necessidade de qualquer ordem judicial. 
O estrangeiro deportado não fica impedido de regressar ao território nacional, pois não se trata de um ato com finalidade punitiva, mas apenas de regularização da sua situação no país.
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