Buscar

contabilidade basica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 453 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 453 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 453 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
AULA 0: TRIBUTOS INCIDENTES NAS OPERAÇÕES 
COM MERCADORIAS 
 
Olá pessoal. Hoje falaremos sobre um tema do qual muitos 
alunos não gostam, mas o estudo dele é fundamental para que 
possamos encarar de frente qualquer prova de contabilidade. 
Trata-se da influência e do tratamento contábil a ser dado aos 
tributos quando as empresas compram ou vendem mercadorias. 
Podemos assim chamar: “Os Tributos nas Operações com 
Mercadorias”, ou “Os Tributos nas Compras e Vendas de 
Mercadorias”. 
Muitos alunos costumam dizer: - “Pôxa, professor, agora que 
eu consegui aprender a fazer os lançamentos de compra e de 
venda de mercadorias, agora que eu consegui fazer um monte de 
exercícios pra calcular a DRE você vem com essa de tributo pra me 
atrapalhar?”. 
Bom, nesse caso não tem jeito. É a vida, meus caros. Ainda 
bem que vocês já sabem efetuar os lançamentos de compra e 
venda de mercadorias sem envolver tributos. Porém, nesse 
momento, a matéria tem de avançar. Mas não desanimem. Se 
você aprendeu bem como são feitos os lançamentos referentes a 
compras e vendas de mercadorias, sabe contabilizar estoques por 
todos os métodos e calcular o lucro bruto, será muito mais 
tranqüilo trabalhar com os impostos, OK? Além do mais, esse 
assunto é um dos que mais tem caído nas provas (essa tática é 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 2
ótima; nesse momento, o professor vê vários alunos que estavam 
dispersos, pensando na vida, se ajeitarem na cadeira e pegarem a 
caneta pra anotar...). Então vamos lá. 
 
1. INTRODUÇÃO 
Quando uma empresa adquire ou vende produtos e 
mercadorias, tributos estão incidindo sobre estas operações. 
Inúmeros são os efeitos jurídicos desse fato. Na Contabilidade, 
devemos nos preocupar basicamente em proceder ao lançamento 
correto no momento do registro de tais operações. Pra isso, 
devemos conhecer um mínimo de cada um dos tributos, como o 
fato gerador, os contribuintes, a base de cálculo e algumas regras 
de incidência. Atenção! Ninguém precisa decorar alíquota de 
tributo para a prova, certo? 
No Brasil, sabemos que são muitos os tributos e 
contribuições incidentes sobre operações de compra e venda de 
mercadorias. Cada um possui um tratamento contábil específico, 
dada a sua natureza. Incidem basicamente, os seguintes 
tributos/contribuições: 
TRIBUTOS INCIDENTES NAS COMPRAS E VENDAS 
a) ICMS (Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços) 
b) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 3
c) ISS (Imposto sobre Serviços) 
d) II (Imposto de Importação) 
e) IE (Imposto de Exportação) 
f) PIS (Contribuição para o Programa de 
Integração Social) 
g) COFINS (Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social) 
h) CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio 
Econômico) 
 
Uma mesma operação de compra e venda gerará 
lançamentos tanto na empresa adquirente quanto na vendedora. 
Pra facilitar o aprendizado, costumamos separar os lançamentos 
em cada uma delas. Vamos iniciar pelos registros na empresa que 
está vendendo o produto, mercadoria ou serviço, ou seja, a 
empresa vendedora, ou simplesmente o vendedor. 
 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 4
2. TRIBUTOS SOBRE VENDAS 
Conforme aprendemos nas aulas anteriores, para a 
obtenção da RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA, ou simplesmente 
RECEITA LÍQUIDA (RL), devem ser aplicadas diversas deduções à 
RECEITA BRUTA (RB). Os tributos1 influenciam de maneira distinta 
a receita líquida (RL) da empresa. Para a obtenção da mesma, 
devem ser aplicadas as seguintes deduções: 
 
RECEITA BRUTA 
(-) Descontos Incondicionais Concedidos 
(-) Impostos Incidentes sobre Vendas 
(-) Devoluções de Vendas 
(-) Abatimentos sobre Vendas 
(=) RECEITA LÍQUIDA (RL) 
 
Portanto, reparem que os tributos incidentes sobre vendas 
consistem de uma das deduções legais da receita bruta para se 
chegar à receita líquida de vendas. Mas atenção! Não são todos os 
tributos que são deduzidos da receita bruta. Nem todos os tributos 
incidentes sobre vendas são abatidos da receita bruta para a 
 
1 No estudo da Contabilidade, o termo imposto muitas vezes é utilizado em lugar de tributo. Sabemos do 
Direito Tributário que, na realidade, imposto é um dos tipos de tributo. Além dos impostos, são tributos 
também as taxas, as contribuições de melhoria, os empréstimos compulsórios e as contribuições previstas no 
art. 149. As duas últimas modalidades, embora não mencionadas no art 5° do CTN, ao serem incluídas no 
capítulo do Sistema Tributário Nacional da CF/88, tornaram-se tributos, existindo posicionamento , já 
consolidado, do STF nesse sentido . O fato é que para o nosso estudo de Contabilidade para concurso isso não 
faz diferença. Essa discussão o aluno deve levar para a aula de Direito Tributário. 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 5
obtenção da receita líquida. O IPI, por exemplo, não está nessa 
lista. Vamos analisar cada tributo separadamente, e começaremos 
exatamente pelo IPI. 
 
2.1. IPI 
O IPI, ou imposto sobre produtos industrializados, é 
regido pelo Decreto nº 4.544/2002 (Regulamento do IPI). Pessoal, 
lembrando mais uma vez, as definições e normas tributárias serão 
abordadas nessa aula somente no que interessar à Contabilidade. 
 IPI 
Incidência Contribuinte 
Produtos industrializados, 
nacionais ou estrangeiros. 
empresa industrial ou a ela 
equiparada, além do importador 
de produtos industrializados. 
 
Quando da saída de um produto de uma indústria, a nota 
fiscal emitida pelo vendedor (fabricante) indica o valor do produto 
e o valor do IPI sobre este incidente, sendo o total da nota a soma 
do valor do produto com o valor do IPI. Por este motivo, dizemos 
que o IPI é considerado um imposto calculado “por fora” do 
preço, ou seja, o valor total da nota fiscal será o valor da 
mercadoria somado ao valor do IPI. 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 6
Como o contribuinte do IPI é o industrial que der saída ao 
produto, ou seja, vendedor, o valor do imposto não será 
considerado como receita bruta para este. Assim que realizada a 
operação, a empresa vendedora deverá contabilizar o tributo como 
uma OBRIGAÇÃO (Passivo), devendo repassá-lo aos cofres 
públicos posteriormente. Reparem que não está ocorrendo 
DESPESA para o vendedor com relação ao IPI a pagar, pois quem 
de fato suportará o encargo do tributo será o comprador, que 
pagará ao vendedor, além do valor da mercadoria, o valor 
correspondente ao IPI. Dessa forma, os registros relativos ao IPI 
se darão exclusivamente por meio de contas patrimoniais. Achou 
complicado? Vamos então a um exemplo que vai clarear tudo. 
Exemplo 1: Considere que a empresa MEIAS FINAS 
LTDA, fabricante de vestuários, vendeu à empresa COMERCIAL 
ATACA TUDO LTDA 500 pares de meias esportivas, em 
21/07/2004, com pagamento em cheque, ao preço unitário de R$ 
2,00 cada par. Considere, para efeitos didáticos, que tal produto 
não sofre incidênciade ICMS ou outros tributos e que a alíquota do 
IPI para o mesmo é de 5%. 
Resolução: 
Para corretamente contabilizarmos as operações com 
mercadorias, é fundamental a elaboração de uma nota fiscal 
simplificada, onde constem informações como: quantidade, valor 
unitário, valor total, tributos e descontos. Isso porque, uma vez 
elaborada a nota, ficará muito fácil dela se extrair o lançamento 
contábil. 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 7
NOTA FISCAL 
Contribuinte: MEIAS FINAS LTDA 21/05/2004 
Qtde Descrição Preço 
Unitário 
(R$) 
Total 
500 Pares de meias esportivas 2,00 1.000,00 
(+) IPI 5% Base de 
Cálculo 
R$ 1.000,00 50,00 
Total da Nota 1.050,00 
ICMS – Isento 
 
Lembrem-se de que o IPI é calculado “por fora” do valor 
da mercadoria, que é R$ 1.000,00. Assim, a esses R$ 1.000,00 
devem ser acrescidos os 5% de IPI, ou seja, R$ 50,00 (5% x R$ 
1.000,00), fazendo com que o total da nota chegue a R$ 1.050,00. 
Esse é o valor total a ser pago pelo adquirente. 
Para procedermos ao lançamento na empresa MEIAS 
FINAS LTDA, que é a vendedora, vamos por partes: 
1) Valor a receber pela venda 
 O comprador terá de pagar R$ 1.050,00 por essa 
operação, que é o valor total da nota. Não interessa que uma 
parte seja para recolher o IPI. É como se ele (comprador) emitisse 
um cheque de R$ 1.000,00 para pagar a mercadoria e desse outro 
cheque de R$ 50,00 ao vendedor para que este recolhesse o 
tributo junto aos cofres públicos. Na verdade, sabemos que não 
funciona dessa forma, e o comprador emite um único cheque de 
R$ 1.050,00 referente à operação como um todo. Esse valor será 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 8
então contabilizado a débito da conta Caixa pela empresa 
vendedora (reparem que debitamos a conta caixa, pois a venda foi 
efetuada à vista. A conta Bancos conta Movimento será debitada 
somente por ocasião do depósito deste cheque para compensação 
bancária. O débito poderia ser realizado diretamente na conta 
Bancos caso a compradora depositasse o valor diretamente na 
conta da vendedora). Para saber quanto a empresa irá receber, 
basta observar o valor total da nota fiscal, que corresponde 
exatamente aos R$ 1.050,00. 
2) Valor do IPI 
O IPI é uma obrigação para o vendedor, pois ele recebeu 
do comprador o valor relativo ao imposto e o deve recolher aos 
cofres do Erário. Assim, a firma MEIAS FINAS LTDA assumiu uma 
obrigação, ou seja, de recolher R$ 50,00 de IPI junto ao governo 
federal. Sabemos que obrigação é conta de Passivo, portanto a 
empresa deve registrar, concomitantemente ao recebimento dos 
R$ 1.050,00 referentes à venda, um CRÉDITO no Passivo no valor 
de R$ 50,00. Essa conta de passivo pode se chamar IPI a Pagar ou 
IPI a Recolher. A empresa poderia ainda utilizar o sistema de conta 
única, quando utilizaria a conta IPI Conta-Corrente, a ser visto 
mais adiante. 
3) Receita de Venda 
Será lançado pela empresa MEIAS FINAS LTDA como 
RECEITA DE VENDAS a diferença entre os R$ 1.050,00 recebidos 
pela operação e os R$ 50,00 relativos ao IPI. Isso porque o IPI não 
pertence à empresa vendedora. Reparem que esta atuou como 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 9
agente arrecadador do tributo, ficando com a obrigação de 
recolher R$ 50,00 ao governo. Portanto, esse valor não entra 
como RECEITA para a empresa, nem como DESPESA, já que o 
encargo foi suportado pelo comprador, que pagou efetivamente R$ 
1.050,00. Essa é a sistemática de um imposto calculado “por fora”. 
Assim, serão lançados R$ 1.000,00 diretamente à conta Receita de 
Vendas da firma vendedora. 
O lançamento na empresa MEIAS FINAS LTDA. ficará: 
Natureza Contas grupo Valor 
Débito: Caixa (AC) 1.050,00 
Crédito: Receita de Vendas (R) 1.000,00 
Crédito: IPI a Pagar (PC) 50,00 
 
Legenda: 
AC – Ativo Circulante 
R – Receita 
PC – Passivo Circulante 
 
Reparem que utilizamos um lançamento de segunda 
fórmula para registrar o fato contábil, ou seja, debitamos uma 
conta e creditamos duas. 
O mesmo lançamento poderia ser apresentado ainda da 
seguinte maneira (muito utilizado pela ESAF): 
CAIXA 
a DIVERSOS 
 a Vendas de Mercadorias ou Produtos 
 a IPI a Recolher ou IPI a Pagar 
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE 
GERAL INTRODUTÓRIA – PROFESSORES MISSAGIA E VELTER 
www.pontodosconcursos.com.br 10
 
Pessoal, ainda temos muito a conversar sobre IPI (IPI 
sobre as compras, valor do IPI no caso de descontos incondicionais 
e abatimentos, fretes cobrados pela vendedora etc.) e os demais 
tributos incidentes sobre as operações de compra e venda de 
mercadorias. Isto que vocês viram foi apenas uma pequena 
amostra (parte de uma aula) do que apresentaremos no curso de 
Contabilidade Geral Introdutória. Contamos com a presença de 
todos vocês, pois queremos ver o nome de todos na lista dos 
aprovados o mais breve possível!!! 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
1
AULA 1: CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 
 
Caros alunos virtuais, 
É chegada a hora de mostrarmos a cara e dizermos porque 
estamos aqui. 
A tarefa de ensinar contabilidade por meio eletrônico é, 
certamente, uma das tarefas mais árduas a que nos prepusemos. 
Demonstrar de forma clara e objetiva os passos que devem ser 
seguidos na escrituração de fatos contábeis e todos as suas facetas 
é um desafio a enfrentar, no final do qual, esperamos, que os 
vitoriosos sejam todos vocês. 
Normalmente no primeiro dia de aula fazemos todas 
aquelas recomendações indispensáveis ao bom andamento do curso. 
No entanto, no presente caso, entendemos que a maioria delas seja 
dispensável, salvo as seguintes, com ênfase ao item 3: 
1 – Considerando que a contabilidade não é uma matéria 
exatamente fácil, é necessário que se dê uma dedicação toda 
especial no seu estudo; 
2 – Os exercícios propostos devem ser realizados pelo 
aluno. Por meio deles ele vai fixando a matéria e quando chegar no 
final do curso ele estará com todo o conteúdo na “muringa”; e 
3 – Não será desculpado nenhum aluno que se esqueça de 
nos convidar para a festa da aprovação no concurso!!! 
Em assim procedendo, temos a certeza de que não será a 
contabilidade que irá atrapalhar a aprovação de todos vocês, mas 
repetimos: o empenho de vocês deve ser perseverante ao máximo, 
pois não se consegue aprovação em um concurso, cujo cargo 
remunere de R$ 4.000,00 a R$ 8.000,00 ou mais por mês, sem 
muito esforço e sacrifício!!! 
Já chega de blá, blá, blá e vamos ao que interessa, 
começando pelo início, ou seja, pelo conceito de contabilidade. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
2
1. CONCEITO DE CONTABILIDADE 
Antes de vermos o conceito de contabilidade, propriamente 
dito, devemos saber porque existe a contabilidade ou porque surgiu 
a contabilidade. 
- A contabilidade surgiu da necessidade de controlar o 
patrimônio das pessoas (entidades). 
Todos fazemos, indistintamente, algum tipo de 
contabilidade, pois quando recebemos o nosso salário nos obrigamos 
a fazer as contas para verificar se a "grana" será suficiente para o 
aluguel, água, luz, telefone, condomínio, “o curso”, entre outros 
compromissos, estamos de certa forma fazendo uma contabilidade, 
de forma desordenada, é verdade, mas estamos a fazer 
contabilidade.Agora imaginem se as empresas fizerem a sua 
contabilidade da forma como nós fazemos! Seria o caos, pois 
ninguém se entenderia. As informações registradas por uma 
empresa não seriam entendidas por quase ninguém, a não quem fez 
os registros. 
Para evitar que cada pessoa registre as suas contas ao bel 
prazer, foi necessário adotar certas regras a fim de uniformizar esse 
procedimento. Essa necessidade foi o ponto de partida do 
surgimento da contabilidade. 
Por enquanto já sabemos que a contabilidade veio para 
controlar o patrimônio, registrando-o de forma organizada, seguindo 
uma metodologia para que as pessoas nela interessadas possam 
extrair as informações que lhes interessam. 
Assim, a contabilidade, na qualidade de ciência econômico-
administrativa se ocupa no estudo dos aspectos inerentes ao 
controle, registro e orientação/divulgação. Neste contexto, durante o 
1º congresso brasileiro de contabilidade ocorrido no Rio de Janeiro, 
em 1924, foi formulado o seguinte conceito para contabilidade: 
 
 “A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as 
funções de orientação, de controle e de registro 
relativos à administração econômica.” 
 
Por fim, a contabilidade ainda pode ser conceituada 
conforme segue: 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
3
“Ciência econômico-administrativa que utiliza 
metodologia própria para registrar, analisar e 
controlar os aspectos relativos ao patrimônio das 
entidades, com o objetivo de fornecer informações 
aos agentes interessados para subsidiar a tomada 
de decisões”. 
 
 O assunto apareceu em prova da seguinte forma: 
1. (ESAF/TTN–1992/SP) O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, 
realizado na cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924, 
formulou um conceito oficial de CONTABILIDADE. Assinale a opção que 
indica esse conceito oficial. 
a) Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista 
econômico e financeiro, observando seus aspectos quantitativo e específico e 
as variações por ele sofridas. 
b) Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de 
controle e de registro relativas à Administração Econômica. 
c) Contabilidade é a metodologia especial concebida para captar, registrar, 
reunir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, 
financeiras e econômicas de qualquer ente. 
d) Contabilidade é a arte de registrar todas as transações de uma companhia, 
que possam ser expressas em termos monetários, e de informar os reflexos 
dessas transações na situação econômico-financeira dessa companhia. 
e) Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, 
mediante registro, demonstração expositiva, confirmação, análise e 
interpretação dos fatos nele ocorridos. 
2. OBJETIVOS DA CONTABILIDADE 
O principal objetivo da contabilidade é fornecer informações 
sobre o patrimônio que ela controla aos seus usuários. 
Com base nessas informações os usuários podem tomar 
decisões. Desta forma, o administrador de uma empresa, de posse 
das informações fornecidas pela contabilidade, pode avaliar a 
situação de sua empresa, constatar a ocorrência de lucro ou prejuízo 
e pode redirecionar os rumos da entidade. 
Assim, o objetivo da contabilidade é efetuar os registros de 
todos os fatos patrimoniais para possibilitar um controle efetivo 
deste, de modo que os usuários possam tomar decisões a partir das 
informações obtidas. Ou dito de outra forma, poder-se-ia dizer que o 
objetivo da contabilidade é permitir o estudo e o controle dos fatos 
contábeis decorrentes da administração do patrimônio das empresas 
ou entidades econômico-administrativas. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
4
 
3. OBJETO 
O objeto de estuda da contabilidade é o patrimônio das 
aziendas. Entende-se por patrimônio o conjunto de bens, direitos e 
obrigações e aziendas são as entidades com ou sem fim lucrativo. 
Entidades com fins lucrativos são as empresas, ao passo que sem 
fins lucrativos são os entes públicos, as associações, as entidades de 
classe, etc. 
Desta forma, o objeto de estudo da contabilidade é o 
conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a qualquer 
entidade, seja ela pública ou privada e ainda com fins lucrativos ou 
não. 
 
4. CAMPO DE APLICAÇÃO 
Se atentarmos ao objeto da contabilidade e ao conceito, fica 
fácil para delimitar o seu campo de atuação ou campo de aplicação, 
visto que esta é aplicada a todas as entidades que possuem um 
patrimônio a ser controlado, ou seja a contabilidade se aplica às 
aziendas, que são entidades econômico-administrativas. 
Entidades econômico-administrativas são as entidades que 
reúnem pessoas, patrimônio, ação administrativa e finalidade 
estabelecida. 
As finalidades das entidades podem ser econômicas (visam 
o lucro como as empresas comerciais e indústrias), socioeconômicas 
(buscam superávit a reverter em benefício de seus filiados como 
cooperativas e entidades de classe) e entidades com fins sociais, 
que é caso das entidades públicas como a União, os Estados e os 
Municípios. 
 O assunto apareceu em prova da seguinte forma: 
2. (ESAF/TTN–1994/vespertino) “... o patrimônio, que a Contabilidade 
estuda e controla, registrando todas as ocorrências nele verificadas.” 
 “... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre sua 
composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente 
da gestão da riqueza patrimonial.” 
As proposições indicam, respectivamente: 
a) o objeto e a finalidade da Contabilidade; 
b) a finalidade e o conceito da Contabilidade; 
c) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade; 
d) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade; 
e) a finalidade e as técnicas contábeis da Contabilidade. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
5
5. USUÁRIOS 
Todos nós somos, de certa forma, usuários da 
contabilidade. Alguns possuem interesse direto por estarem ligados 
à administração de uma empresa (são os usuários internos), ao 
passo que outros possuem interesse indireto como os acionistas 
minoritários, os investidores, os empregados ou mesmo o fisco (são 
os usuários externos). 
 
 O assunto apareceu em prova da seguinte forma: 
3. (MEMORIAL/SP/99) O objetivo da utilização da informação contábil pelo 
FISCO é: 
a) avaliação da informação para tomada de decisões; 
b) verificação da liquidez da sociedade; 
c) comprovação dos dividendos distribuídos; 
d) tributação das atividades da empresa; 
e) n.d.a. 
 
6. FUNÇÕES DA CONTABILIDADE 
A função da contabilidade é econômico-administrativa. 
A função administrativa consiste em controlar o patrimônio 
das entidades ao passo que a função econômica está voltada à 
apuração do resultado ou rédito (lucro ou prejuízo). 
 
7. TÉCNICAS CONTÁBEIS 
A contabilidade é uma ciência e tem por objetivo o registro 
dos fatos contábeis, o controle do patrimônio e gerar informações 
úteis aos seus usuários. Para que possa alcançar esses objetivos são 
utilizadas as técnicas da escrituração, das demonstrações contábeis, 
da análise das demonstrações contábeis ou de balanço e da 
auditoria. 
 7.1. ESCRITURAÇÃO 
É a técnica contábil que se encarrega do registro dos fatos 
que alteram o patrimônio de uma entidade, vale dizer, toda vez que 
ocorrer alguma alteração nos bens, direitos e obrigações de uma 
entidade, essas alterações devem ser registradas por meio da 
técnica de escrituração. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
6
Assim, as alterações devemser registradas tão logo se 
tenha conhecimento de sua ocorrência, resultando, assim, que a 
escrituração estará posta em ordem cronológica de dia, mês e ano. 
A técnica de escrituração encontra capitulação legal por 
meio do artigo 177 da Lei no 6.404/1976 (Lei das S.A.) e pela Lei nº 
10.406/2002 (novo Código Civil). 
Segundo o dispositivo da Lei das S.A., a escrituração das 
empresas deve manter registros permanentes em obediência à 
legislação comercial, aos preceitos da referida Lei e aos princípios 
contábeis geralmente aceitos. 
 
 O assunto apareceu em prova da seguinte forma: 
4. (CONTROLADADORIA/2000) Os fatos contábeis provocam modificações 
na estrutura do patrimônio e o seu registro deverá ser feito de maneira 
cronológica, selecionando-os em grupos homogêneos e evidenciando seus 
aspectos qualitativos e quantitativos. Isso caracteriza a Técnica Contábil 
de: 
a) controle; 
b) planejamento; 
c) auditoria; 
d) escrituração; 
e) demonstrações contábeis. 
 
 7.2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
A técnica das demonstrações contábeis está voltada à 
elaboração de relatórios resumidos apresentando a situação 
patrimonial em determinada data (Balanço Patrimonial), a 
demonstração do resultado do exercício, as fontes ou origens de 
recursos e suas aplicações, a demonstração dos lucros ou prejuízos 
acumulados além de outros demonstrativos. 
As demonstrações contábeis obrigatórias, segundo a Lei no 
6.404/1976 (Lei das S/A.), são: 
• BALANÇO PATRIMONIAL 
• DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
• DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS 
ACUMULADOS 
• DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE 
RECURSOS 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
7
 
Oportunamente (no curso de contabilidade intermediária) 
estudaremos, detalhadamente, cada uma dessas demonstrações. 
Cabe esclarecer que, conforme disposto no § 2º do art. 186 da Lei 
das S/A, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados fica 
dispensada se a empresa elaborar a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido, que incluirá aquela. Então, se aparecer na prova 
como demonstração obrigatória a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido e não estiver presente uma alternativa que 
contemple a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, a 
resposta a ser assinalada é a que contemple a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido! 
 
 7.3. AUDITORIA 
A contabilidade, já o dissemos, é a ciência que estuda e 
pratica as funções de orientação, de controle e de registro das 
mutações patrimoniais. 
Essas operações estão sujeitas a erros e falhas. Para evitar 
que esses erros e falhas persistam, a própria contabilidade está 
sujeita a um determinado controle que é exercido pela técnica de 
auditoria. Assim, auditoria é a técnica contábil que tem por objetivo 
a verificação ou revisão de registros, demonstrações e 
procedimentos adotados para a escrituração, e das demonstrações 
contábeis. 
A auditoria é dividida em duas áreas: A auditoria interna e a 
auditoria externa ou independente. A auditoria interna abrange a 
auditoria de gestão e contábil e possui o objetivo de verificar a 
adequação dos registros contábeis e a prevenção de fraudes e erros 
e emitir um relatório para a administração. A auditoria externa ou 
independente tem por objetivo analisar as demonstrações 
financeiras ou contábeis para verificar a sua adequação quanto às 
práticas contábeis adotadas no Brasil a fim de emitir um parecer 
sobre as mesmas que será publicada juntamente com as 
demonstrações contábeis. 
 
 7.4. ANÁLISE DE BALANÇO 
A análise de balanço ou análise das demonstrações 
contábeis ou financeiras é a técnica que utiliza métodos e processos 
científicos ou estatísticos, decompondo as demonstrações ou 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
8
comparando-as com demonstrações de outros períodos, 
interpretando os dados obtidos a fim de obter informações 
analíticas, ou seja, mais detalhadas, com o objetivo de avaliar a 
situação patrimonial e financeira da empresa como, por exemplo, a 
capacidade de pagamento a curto prazo, rentabilidade, garantia de 
capitais de terceiros, índice de liquidez, etc. 
É oportuno que chamemos a atenção ao fato de que a 
Auditoria e a Análise de Balanços, a par de serem técnicas contábeis 
são, também, especializações ou ramos da Contabilidade. 
 O assunto apareceu em prova da seguinte forma: 
5. (TFC/ESAF/96) Decomposição, comparação e interpretação dos 
demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econômico de uma 
entidade é: 
a) função econômica da Contabilidade; 
b) objeto da Contabilidade; 
c) técnica contábil chamada Análise de Balanços; 
d) finalidade da Contabilidade; 
e) função administrativa da Contabilidade. 
 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
9
Agora que vocês já estão cheios de conceitos e se ainda 
tiverem “saco” para seguir em frente na busca da aprovação, 
resolvam os seguintes exercícios propostos, cujos gabaritos serão 
apresentados no final da próxima aula. 
 
6. Hodiernamente, uma das principais finalidades da Contabilidade é a 
de: 
a) apurar a base de cálculo do Imposto de Renda; 
b) cumprir exigências da Legislação Comercial; 
c) refinar a linguagem e os procedimentos adotados no controle do patrimônio; 
d) constituir instrumento essencial nas funções de planejamento e controle das 
aziendas; 
e) apurar o valor dos dividendos dos investidores. 
 
7. O uso da informação contábil pode ser catalogado de várias formas, 
porém a mais importante é: 
a) controle e mensuração; 
b) análise e escrituração; 
c) previsão e registros contábeis; 
d) econômica e administrativa; 
e) política e auditoria. 
 
8. Com relação à Contabilidade, pode-se afirmar: 
a) As entidades públicas estão fora do rol dos interessados na informação 
contábil. 
b) A contabilidade visa, em última análise, a fornecer informações úteis acerca 
da gestão econômico-administrativa da azienda. 
c) Uma das grandes vantagens da informação contábil é que por meio dela se 
obtém a estrutura política de uma S.A. 
d) O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades, por isso a sua 
finalidade é controlar a riqueza dos sócios de uma empresa. 
e) A contabilidade se comunica com os interessados da informação contábil por 
meio da imprensa escrita e, em face de sua complexidade, não pode ser 
utilizado outro meio de comunicação. 
 
9. Assinale a opção incorreta. 
a) A Contabilidade registra apenas os fenômenos econômicos que afetam as 
empresas, desde que afetam o Imposto de Renda. 
b) Agentes fiscais, gerentes de bancos, clientes, fornecedores, acionistas, 
administradores e investidores têm interesse na informação contábil. 
c) Avaliar as decisões e o planejamento, auxiliar o controle e determinar o rédito 
de período são objetivos (fins) da Contabilidade. 
d) O objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio das aziendas. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
10
e) O campo de aplicação da Contabilidade abrange qualquer tipo de pessoa física 
ou jurídica, com finalidades lucrativas ou não, que tenha necessidade de 
exercer atividades econômicas para alcançar suas finalidades, desde que 
possua um patrimônio. 
 
10. Quanto à Contabilidade como um todo, analise e julgue os itens 
abaixo. 
1) É o único meio utilizado para o planejamento eficaz de uma empresa. 
2) As leis que disciplinam sua eficácia são veiculadas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade. 
3) Rédito é sinônimo de resultado e estepode ser positivo ou negativo, 
conforme lucro ou prejuízo. 
4) Um bom controle evita perda de tempo e dinheiro. 
5) Gestão é aplicada às aziendas para obtenção de rédito positivo, enquanto que 
Administração está voltada para réditos beneficentes. 
 
11. É/são objeto(s) da Contabilidade: 
a) os bens, direito e situação líquida; 
b) o conjunto dos haveres, direitos e obrigações; 
c) o controle da entidade; 
d) o conjunto de bens, direitos e obrigações; 
e) a evidenciação do patrimônio, para que os bancos possam emprestar dinheiro 
às entidades. 
 
12. O campo de aplicação e o objeto da Contabilidade: 
a) confundem-se; 
b) são distintos, pois o primeiro é o patrimônio e o segundo é a azienda; 
c) podem ser dissociados, pois o primeiro independe da existência do segundo; 
d) são distintos, pois o primeiro é a azienda e o segundo é o patrimônio; 
e) são a identificação das receitas e a apuração do resultado. 
 
13. A função econômica da Contabilidade é: 
a) apurar lucro ou prejuízo; 
b) controlar o patrimônio; 
c) evitar erros e fraudes; 
d) efetuar o registro dos fatos contábeis; 
e) verificar a autenticidade das operações. 
 
14. Assinale a alternativa correta. 
a) Os elementos essenciais da azienda são patrimônio, administração e 
Contabilidade 
b) A função principal da Contabilidade é organizar o orçamento da empresa. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
11
c) O objeto da Contabilidade é o patrimônio, que ela estuda e pratica, 
registrando as ocorrências que lhe afetam a estrutura qualitativa. 
d) Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de registro, de 
auditoria e de coordenação dos atos da administração econômica. 
e) O campo de atuação e o objeto da Contabilidade são distintos um do outro, 
pois o primeiro é a azienda e o segundo é o patrimônio. 
 
15. A palavra AZIENDA é comumente usada na Contabilidade como 
sinônimo de fazenda, na acepção de: 
a) conjunto de bens e haveres; 
b) mercadorias; 
c) finanças públicas; 
d) grande propriedade rural; 
e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderes 
de administração e disponibilidade. 
 
16. As demonstrações financeiras obrigatórias são: 
a) Balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração 
de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração das origens e aplicações de 
recursos. 
b) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados e demonstração do 
resultado do exercício. 
c) Demonstração do resultado do exercício e demonstração das origens e 
aplicações de recursos. 
d) Demonstração das origens e aplicações de recursos. 
e) Balanço Patrimonial, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração do 
Valor Agregado e Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
17. Para alcançar os seus objetivos a Contabilidade utiliza certas 
técnicas. São elas: 
a) escrituração, planejamento, coordenação e controle; 
b) escrituração, balanços, inventários e orçamentos; 
c) contabilização, auditoria, controle e análise de balanços; 
d) auditoria, análise de balanços, planejamento e controle; 
e) auditoria, escrituração, análise de balanços e demonstrações. 
 
18. Além de serem técnicas contábeis, são também considerados ramos 
da Contabilidade: 
a) a auditoria e a análise de balanço; 
b) a fiscalização e a auditoria; 
c) o planejamento e a análise de balanço; 
d) o controle e a auditoria; 
e) a meteorologia e a escrituração. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
12
 
19. Julgue os itens abaixo e assinale o correto. 
a) A função econômica da Contabilidade é a obtenção de fluxo de caixa, isto é, 
rédito positivo. 
b) O interesse dos acionistas na Contabilidade da entidade está voltado mais à 
liquidez e ao fluxo de pagamentos dos dividendos. 
c) Um empregado de qualquer entidade não tem interesse na Contabilidade da 
mesma se estiver recebendo o seu salário em dia. 
d) Empresa que paga seus tributos normalmente não desperta interesse do fisco 
em sua Contabilidade. 
e) As técnicas contábeis são: escrituração, balancete, demonstrações contábeis 
e aziendas. 
 
E daí, acharam fácil?! 
Se por acaso haja alguma dúvida, por favor nos escrevam. Teremos a maior 
satisfação em dirimir as dúvidas de todos vocês. Ademais, o fato de terem 
dúvidas já é um bom começo, é sinal de que está havendo esforço para a 
compreensão do assunto!!! 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
13
Já é hora de seguirmos em frente, de falarmos algo sobre a 
constituição das empresas e, neste particular, sabemos que uma 
empresa começa sua atividade pelo registro do contrato social ou do 
estatuto na junta comercial. 
Nesse contrato social ou estatuto estará apresentado o valor do 
capital social com que a empresa irá buscar os seus objetivos 
sociais. Entretanto, a expressão capital assume diversas outras 
conotações as quais passaremos a estudar. 
 
O ESTUDO DO CAPITAL 
 
No edital de abertura do concurso para AFRF 2003, relativo ao 
conteúdo programático da disciplina de contabilidade, no item 4 
consta que: “4. Conceitos de capital: (social ou nominal, próprio, de 
terceiros, total à disposição da entidade, capital realizado e a 
realizar e autorizado). Diferença entre capital e patrimônio.”. Já para 
o concurso de TRF, o edital traz no item 3 de contabilidade a 
cobrança da “Diferenciação entre Capital e Patrimônio”. 
Outro ponto que é cobrado para o concurso do AFRF é o 
constante no item 1.2 “Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por 
Ações).”. Desta forma, sempre que pertinente ao assunto, durante 
as nossas aulas não mediremos esforços em mencionar e 
transcrever os dispositivos da referida lei, pois muitas questões de 
prova são dela extraídas de forma literal!!! 
Com relação ao capita, é de ressaltar que o assunto não é 
cobrado pela Esaf de forma direta em uma questão específica, 
porém o domínio da matéria é fundamental, pois em meio as 
questões aparecem contas envolvendo os conceitos do conteúdo 
programático e o seu desconhecimento será fatal ao candidato! Já 
nas provas elaboradas pelo CESPE o assunto é cobrado de forma 
mais enfática e específica, sendo que, para aqueles pretendentes a 
uma vaga em prova elaborada por esta instituição, devem se ater 
com mais atenção a este tópico. 
Em sendo assim, vamos explicar cada um dos itens do edital dos 
concursos passados em relação ao capital. 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
14
1. CAPITAL SOCIAL OU CAPITAL NOMINAL OU CAPITAL 
SUBSCRITO 
Uma empresa para funcionar necessita de recursos 
financeiros a fim de fazer face aos diversos gastos que decorrem de 
suas operações naturais como, por exemplo, a aquisição de 
mercadorias, o pagamento de despesas gerais (aluguel, salários, 
água, luz, telefone etc.), aquisição de móveis e utensílios, máquinas, 
veículos e outros. 
Desta forma, quando duas ou mais pessoas planejam 
fundar uma empresa elas pensam no valor dos recursos necessários 
para tocar o negócio e chegam a uma determinada quantia. A essa 
quantia chamamos de capital social. 
As empresas são formalmente constituídas por meio de 
contrato social ou de estatuto, que rege toda a funcionalidade da 
entidade, bem como a estrutura jurídica. Esse contrato social ou 
estatuto deve mencionar, entre outros aspectos, o valor do capital 
social com que a sociedade irá buscar os seus objetivos. 
O contrato social ou o estatuto deve ser devidamente 
registrado no “Registro do Comércio”, cujo papel está a cargo das 
Juntas Comerciais em cadaEstado da Federação. 
Por exemplo: Ana, Bernardo e Carlos resolvem fundar a 
empresa ABC, cujo objetivo comercial é a fabricação e 
comercialização de tranqüilizantes para concurseiros estressados 
que, segundo pesquisa, teria mercado garantido. Após intensos 
estudos e análises chegam a conclusão que necessitam de R$ 
300.000,00 para tocar o negócio. É bem verdade que esse valor não 
será necessário logo no início das atividades, pois planejam começar 
a produção em escala limitada no primeiro ano e a partir do segundo 
ano, quando estiverem dominando a técnica de produção, ampliar 
sua atividade produtiva e comercial. Desta forma, elaboram o 
contrato social de constituição da empresa ABC e fizeram inserir 
nele que o capital social será de R$ 300.000,00, sendo que cada 
um dos três sócios se comprometeu a entregar, no ato da 
constituição da empresa, a quantia de R$ 50.000,00 e após um ano 
de atividade entregar mais R$ 50.000,00. 
Percebam que no contrato social da empresa ABC consta 
que o valor do capital social será de R$ 300.000,00, porém na fase 
inicial das atividades a empresa terá apenas a quantia de R$ 
150.000,00. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
15
Ao valor de R$ 300.000,00, constante no contrato social, 
chamamos de capital social ou capital nominal ou capital 
subscrito, pois é o valor que está escrito no contrato social e os 
sócios Ana, Bernardo e Carlos se comprometeram a entregar à 
sociedade. Assim, as expressões capital social, capital nominal e 
capital subscrito se constituem em sinônimos. 
Assim, capital subscrito, capital nominal ou capital 
social é o valor pelo qual os sócios ou acionistas de uma empresa 
comprometem-se a entregar na formação de uma sociedade. 
 
1.1. DISPOSIÇÕES NA LEI Nº 6.404/76 
Consta expressamente no edital do concurso passado do 
AFRF a Lei nº 6.404/76. Não é por menos, pois esta lei é talvez um 
dos poucos dispositivos legais que tratam de contabilidade de forma 
exaustiva. É verdade que a lei é dirigida às sociedades anônimas, 
mas os seus preceitos são aplicáveis às demais sociedades no que 
seja pertinente. 
Tanto as provas elaboradas pela Esaf quanto as do CESPE 
costumam cobrar conteúdos expressos nesta lei. Assim, não tem 
outro jeito a não ser vermos os seus dispositivos e estudá-los 
exaustivamente!!! 
A lei, já no artigo 1º, estabelece que o capital social das 
sociedades anônimas será dividido em ações e determina a 
responsabilidade dos acionistas, limitando-a a integralização das 
ações subscritas. Assim, um acionista comum, que não exerça poder 
de comando na empresa, responde apenas pelo valor das ações que 
subscrever e quando estas estiverem totalmente integralizadas, 
acaba a sua responsabilidade e fica a espera do resultado da 
companhia a fim de receber dividendos e juros sobre o capital 
aplicado. 
Conforme já frisamos antes, o ato constitutivo deve 
determinar o valor do capital social. A lei, em seu art. 5º, dispõe que 
o estatuto da companhia fixará o valor do capital social, que deverá 
ser expresso em moeda nacional. 
O capital social pode ser alterado (aumentado ou 
diminuído), porém, segundo o art. 6º da lei, esta alteração há de 
observar certos requisitos que estão insculpidos em diversos 
dispositivos por ela emanados e também deve ser observado o que 
dispuser o estatuto a respeito. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
16
Nos artigos 7º ao 10, a lei determina os modos de formação 
do capital social. Vejamos os dispositivos e os comentários 
pertinentes: 
Art. 7o O capital social poderá ser formado com 
contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de 
bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. 
Perceba que não é somente em dinheiro que pode ser 
realizado o capital social. Podem os sócios ou acionistas entregar 
quaisquer bens e direitos, desde que sejam passíveis de serem 
avaliados em dinheiro. 
Avaliação 
Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três) 
peritos ou por empresa especializada, nomeados 
em assembléia-geral dos subscritores, convocada pela 
imprensa e presidida por um dos fundadores, 
instalando-se em primeira convocação com a presença 
de subscritores que representem metade, pelo menos, 
do capital social, e em segunda convocação com 
qualquer número. 
A disposição deste artigo é aplicável no caso de 
integralização do capital em bens e direitos de qualquer natureza 
passível de avaliação em dinheiro. A avaliação compete a 3 peritos 
ou empresa especializados em avaliação, segundo o tipo de bens ou 
direitos que estão sendo utilizados na realização de capital. Desta 
forma, se determinada pessoa integralizar seu capital social com 
uma máquina, é provável necessário que os peritos encarregados da 
avaliação sejam engenheiros mecânicos ou possuam amplo 
conhecimento sobre o funcionamento dessa máquina. 
§ 1º Os peritos ou a empresa avaliadora deverão 
apresentar laudo fundamentado, com a indicação dos 
critérios de avaliação e dos elementos de comparação 
adotados e instruído com os documentos relativos aos 
bens avaliados, e estarão presentes à assembléia que 
conhecer do laudo, a fim de prestarem as informações 
que lhes forem solicitadas. 
§ 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela 
assembléia, os bens incorporar-se-ão ao patrimônio da 
companhia, competindo aos primeiros diretores cumprir 
as formalidades necessárias à respectiva transmissão. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
17
A incumbência dos peritos ou da empresa especializada em 
avaliação é a de fornecer um laudo onde deve constar o valor do 
bem e sua vida útil remanescente para futuras depreciações. 
§ 3º Se a assembléia não aprovar a avaliação, ou o 
subscritor não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem 
efeito o projeto de constituição da companhia. 
§ 4º Os bens não poderão ser incorporados ao 
patrimônio da companhia por valor acima do que lhes 
tiver dado o subscritor. 
Este § 4º está limitando o valor do bem a ser dado em 
realização de capital ao valor constante no laudo de avaliação. 
Vejam que a proibição é no sentido de que não poderá ser adotado 
valor maior, porém o subscritor pode oferecer o bem por valor 
inferior ao do constante no laudo, pois, neste momento, se estará 
diante de um ato negocial e o subscritor dispõe do bem e pode 
atribuir-lhe qualquer valor, desde que dentro dos limites 
estabelecidos no laudo. A integralização do capital social com bens 
funciona como se a empresa comprasse o bem do subscritor e este, 
com o dinheiro recebido, integraliza suas ações ou quotas de capital 
social. 
§ 6º Os avaliadores e o subscritor responderão perante 
a companhia, os acionistas e terceiros, pelos danos que 
lhes causarem por culpa ou dolo na avaliação dos bens, 
sem prejuízo da responsabilidade penal em que tenham 
incorrido; no caso de bens em condomínio, a 
responsabilidade dos subscritores é solidária. 
Transferência dos Bens 
Art. 9º Na falta de declaração expressa em contrário, 
os bens transferem-se à companhia a título de 
propriedade. 
Responsabilidade do Subscritor 
Art. 10. A responsabilidade civil dos subscritores ou 
acionistas que contribuírem com bens para a formação 
do capital social será idêntica à do vendedor. 
Parágrafo único. Quando a entrada consistir em crédito, 
o subscritor ou acionista responderá pela solvência do 
devedor. 
O disposto neste parágrafo único diz respeito à 
integralização do capital social, pelo subscritor, com utilização de 
títulos de crédito que ele possui contra terceiros. No caso de os 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br18
terceiros não honrarem o compromisso representado pelo título, o 
acionista terá de fazê-lo, pois a responsabilidade pela integralização 
do capital social é dele. Vejam que não se trata aqui de um negócio 
jurídico condicional ou resolutório, pois o negócio (integralização do 
capital social) está realizado desde logo. Trata-se de 
responsabilidade pessoal do acionista em responder pelo valor do 
título. 
No artigo 6º a lei fez reservas à alteração do capital social 
estipulando que é obrigatória a observância dos dispositivos por ela 
tratados. No capítulo XIV, por meio dos artigos 166 a 174, a lei 
regulamenta a aliteração do capital social. Veremos um a um desses 
artigos e, quando cabível, faremos o comentário pertinente: 
Art. 166. O capital social pode ser aumentado: 
I – por deliberação da assembléia-geral ordinária, para 
correção da expressão monetária do seu valor (artigo 
167); 
Salienta-se que a correção monetária foi extinta do nosso 
ordenamento jurídico desde 1º/01/1996. Logo este inciso não possui 
mais aplicação. 
II – por deliberação da assembléia-geral ou do conselho 
de administração, observado o que a respeito dispuser 
o estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do 
limite autorizado no estatuto (artigo 168); 
Este inciso trata do aumento do capital social, sem que seja 
necessário a alteração do estatuto ou do contrato social, pois já há 
autorização neste sentido e esta autorização deve estar presente no 
estatuto. A única coisa a fazer, se deliberado o aumento do capital 
social, é a averbação da alteração junto à junta comercial no prazo 
de 30 dias. 
III – por conversão, em ações, de debêntures ou parte 
beneficiárias e pelo exercício de direitos conferidos por 
bônus de subscrição, ou de opção de compra de ações; 
Debêntures e Partes Beneficiárias são títulos característicos 
de sociedades anônimas e representam direitos de seus detentores 
contra a empresa, vale dizer, representam obrigações da empresa e 
podem ser conversíveis em ações. De forma simplificada, com 
relação à conversão em ações de debêntures e partes beneficiárias, 
podemos imaginar que a empresa paga aos seus detentores o valor 
devido e estes, com o dinheiro recebido, compram ações da 
empresa. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
19
IV – por deliberação da assembléia-geral extraordinária 
convocada para decidir sobre reforma do estatuto 
social, no caso de inexistir autorização de aumento, ou 
de estar a mesma esgotada. 
§ 1º Dentro dos 30 (trinta) dias subseqüentes à 
efetivação do aumento, a companhia requererá ao 
registro do comércio a sua averbação, nos casos dos 
números I a III, ou o arquivamento da ata da 
assembléia de reforma do estatuto, no caso do número 
IV. 
§ 2o O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá, 
salvo nos casos do número III, ser obrigatoriamente 
ouvido antes da deliberação sobre o aumento de 
capital. 
Art. 167. A reserva de capital constituída por ocasião do 
balanço de encerramento do exercício social e 
resultante da correção monetária do capital realizado 
(artigo 182, § 2o) será capitalizada por deliberação da 
assembléia-geral ordinária que aprovar o balanço. 
§ 1o Na companhia aberta, a capitalização prevista 
neste artigo será feita sem modificação do número de 
ações emitidas e com aumento do valor nominal das 
ações, se for o caso. 
§ 2o A companhia poderá deixar de capitalizar o saldo 
da reserva correspondente às frações de centavo do 
valor nominal das ações, ou, se não tiverem valor 
nominal, à fração inferior a 1% (um por cento) do 
capital social. 
§ 3o Se a companhia tiver ações com e sem valor 
nominal, a correção do capital correspondente às ações 
com valor nominal será feita separadamente, sendo a 
reserva resultante capitalizada em benefício dessas 
ações. 
Este art. 167 praticamente não possui mais aplicação em 
face da extinção da correção monetária após 31 de dezembro de 
1995. 
O aumento do capital social mediante utilização do capital 
autorizado se encontra disciplinado no art. 168: 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
20
Art. 168. O estatuto pode conter autorização para 
aumento do capital social independentemente de 
reforma estatutária. 
§ 1o A autorização deverá especificar: 
a) o limite de aumento, em valor do capital ou em 
número de ações, e as espécies e classes das ações 
que poderão ser emitidas; 
b) o órgão competente para deliberar sobre as 
emissões, que poderá ser a assembléia-geral ou o 
conselho de administração; 
c) as condições a que estiverem sujeitas as emissões; 
d) os casos ou as condições em que os acionistas terão 
direito de preferência para subscrição, ou de 
inexistência desse direito (artigo 172). 
§ 2o O limite de autorização, quando fixado em valor 
do capital social, será anualmente corrigido pela 
assembléia-geral ordinária, com base nos mesmos 
índices adotados na correção do capital social. 
§ 3o O estatuto pode prever que a companhia, dentro 
do limite de capital autorizado, e de acordo com plano 
aprovado pela assembléia-geral, outorgue opção de 
compra de ações a seus administradores ou 
empregados, ou a pessoas naturais que prestem 
serviços à companhia ou a sociedade sob seu controle. 
Uma outra forma de aumento do capital social é por meio 
da utilização de lucros ou de reservas. A Lei, no art. 169, chama 
esta operação de capitalização de lucros e reservas. Vejamos: 
Art. 169. O aumento mediante capitalização de lucros 
ou de reservas importará alteração do valor nominal 
das ações ou distribuições das ações novas, 
correspondentes ao aumento, entre acionistas, na 
proporção do número de ações que possuírem. 
§ 1o Na companhia com ações sem valor nominal, a 
capitalização de lucros ou de reservas poderá ser 
efetivada sem modificação do número de ações. 
§ 2o Às ações distribuídas de acordo com este artigo se 
estenderão, salvo cláusula em contrário dos 
instrumentos que os tenham constituído, o usufruto, o 
fideicomisso, a inalienabilidade e a incomunicabilidade 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
21
que porventura gravarem as ações de que elas forem 
derivadas. 
§ 3o As ações que não puderem ser atribuídas por 
inteiro a cada acionista serão vendidas em bolsa, 
dividindo-se o produto da venda, proporcionalmente, 
pelos titulares das frações; antes da venda, a 
companhia fixará prazo não inferior a 30 (trinta) dias, 
durante o qual os acionistas poderão transferir as 
frações de ação. 
A última forma de aumento do capital social, prevista na lei, 
está insculpida no art. 170. Essa forma consiste em aumento do 
capital social mediante a emissão e subscrição de novas ações. 
Vejamos o dispositivo: 
Art. 170. Depois de realizados 3/4 (três quartos), no 
mínimo, do capital social, a companhia pode aumentá-
lo mediante subscrição pública ou particular de ações. 
§ 1o O preço de emissão deverá ser fixado, sem 
diluição injustificada da participação dos antigos 
acionistas, ainda que tenham direito de preferência 
para subscrevê-las, tendo em vista, alternativa ou 
conjuntamente: (Redação dada pela Lei no 9.457, de 
5.5.1997.) 
I – a perspectiva de rentabilidade da companhia; 
(Inciso incluído pela Lei no 9.457, de 5.5.1997.) 
II – o valor do patrimônio líquido da ação; (Inciso 
incluído pela Lei no 9.457, de 5.5.1997.) 
III – a cotação de suas ações em Bolsa de Valores ou 
no mercado de balcão organizado, admitido ágio ou 
deságio em função das condições do mercado. (Inciso 
incluído pela Lei no 9.457, de 5.5.1997.) 
§ 2o A assembléia-geral, quando for de sua 
competência deliberar sobre o aumento, poderá delegarao conselho de administração a fixação do preço de 
emissão de ações a serem distribuídas no mercado. 
§ 3o A subscrição de ações para realização em bens 
será sempre procedida com observância do disposto no 
artigo 8o, e a ela se aplicará o disposto nos §§ 2o e 3o 
do artigo 98. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
22
§ 4o As entradas e as prestações da realização das 
ações poderão ser recebidas pela companhia 
independentemente de depósito bancário. 
§ 5o No aumento de capital observar-se-á, se mediante 
subscrição pública, o disposto no artigo 82, e se 
mediante subscrição particular, o que a respeito for 
deliberado pela assembléia-geral ou pelo conselho de 
administração, conforme dispuser o estatuto. 
§ 6o Ao aumento de capital aplica-se, no que couber, o 
disposto sobre a constituição da companhia, exceto na 
parte final do § 2o do artigo 82. 
§ 7o A proposta de aumento do capital deverá 
esclarecer qual o critério adotado, nos termos do § 1o 
deste artigo, justificando pormenorizadamente os 
aspectos econômicos que determinaram a sua escolha. 
(Parágrafo incluído pela Lei no 9.457, de 5.5.1997.) 
Os arts. 171 e 172, da Lei tratam do direito de preferência 
na subscrição de capital social, bem como da exclusão desse direito 
de preferência. Vejamos os dispositivos. Porém, antes, salienta-se 
que o assunto não é cobrado em todas as provas, mas ele é cobrado 
de forma bastante incisiva nas provas elaboradas pelo CESPE. 
Direito de Preferência 
Art. 171. Na proporção do número de ações que 
possuírem, os acionistas terão preferência para a 
subscrição do aumento de capital. 
§ 1º Se o capital for dividido em ações de diversas 
espécies ou classes e o aumento for feito por omissão 
de mais de uma espécie ou classe, observar-se-ão as 
seguintes normas: 
a) no caso de aumento, na mesma proporção, do 
número de ações de todas as espécies e classes 
existentes, cada acionista exercerá o direito de 
preferência sobre ações idênticas às de que for 
possuidor; 
b) se as ações emitidas forem de espécies e classes 
existentes, mas importarem alteração das respectivas 
proporções no capital social, a preferência será exercida 
sobre ações de espécies e classes idênticas às de que 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
23
forem possuidores os acionistas, somente se 
estendendo às demais se aquelas forem insuficientes 
para lhes assegurar, no capital aumentado, a mesma 
proporção que tinham no capital antes do aumento; 
c) se houver emissão de ações de espécie ou classe 
diversa das existentes, cada acionista exercerá a 
preferência, na proporção do número de ações que 
possuir, sobre ações de todas as espécies e classes do 
aumento. 
§ 2º No aumento mediante capitalização de créditos ou 
subscrição em bens, será sempre assegurado aos 
acionistas o direito de preferência e, se for o caso, as 
importâncias por eles pagas serão entregues ao titular 
do crédito a ser capitalizado ou do bem a ser 
incorporado. 
§ 3º Os acionistas terão direito de preferência para 
subscrição das emissões de debêntures conversíveis em 
ações, bônus de subscrição e partes beneficiárias 
conversíveis em ações emitidas para alienação onerosa; 
mas na conversão desses títulos em ações, ou na 
outorga e no exercício de opção de compra de ações, 
não haverá direito de preferência. 
§ 4º O estatuto ou a assembléia-geral fixará prazo de 
decadência, não inferior a 30 (trinta) dias, para o 
exercício do direito de preferência. 
§ 5º No usufruto e no fideicomisso, o direito de 
preferência, quando não exercido pelo acionista até 10 
(dez) dias antes do vencimento do prazo, poderá sê-lo 
pelo usufrutuário ou fideicomissário. 
§ 6º O acionista poderá ceder seu direito de 
preferência. 
§ 7º Na companhia aberta, o órgão que deliberar sobre 
a emissão mediante subscrição particular deverá dispor 
sobre as sobras de valores mobiliários não subscritos, 
podendo: 
a) mandar vendê-las em bolsa, em benefício da 
companhia; ou 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
24
b) rateá-las, na proporção dos valores subscritos, entre 
os acionistas que tiverem pedido, no boletim ou lista de 
subscrição, reserva de sobras; nesse caso, a condição 
constará dos boletins e listas de subscrição e o saldo 
não rateado será vendido em bolsa, nos termos da 
alínea anterior. 
§ 8° Na companhia fechada, será obrigatório o rateio 
previsto na alínea b do § 7º, podendo o saldo, se 
houver, ser subscrito por terceiros, de acordo com os 
critérios estabelecidos pela assembléia-geral ou pelos 
órgãos da administração. 
Exclusão do Direito de Preferência 
 
Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver 
autorização para o aumento do capital pode prever a 
emissão, sem direito de preferência para os antigos 
acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 
4º do art. 171, de ações e debêntures conversíveis em 
ações, ou bônus de subscrição, cuja colocação seja feita 
mediante: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 
31.10.2001.) 
I – venda em bolsa de valores ou subscrição pública; 
ou 
II – permuta por ações, em oferta pública de aquisição 
de controle, nos termos dos arts. 257 e 263. 
Parágrafo único. O estatuto da companhia, ainda que 
fechada, pode excluir o direito de preferência para 
subscrição de ações nos termos de lei especial sobre 
incentivos fiscais. 
A Lei prevê que em certas circunstâncias pode haver a 
diminuição do capital social. As circunstâncias delineadas na Lei para 
a redução do capital estão presentes nos arts. 173 e 174 e se 
constituem em casos de compensação de prejuízos acumulados ou 
quando o capital registrado for considerado excessivo à finalidade do 
objetivo social. São os seguintes os dizeres da lei: 
Redução 
Art. 173. A assembléia-geral poderá deliberar a 
redução do capital social se houver perda, até o 
montante dos prejuízos acumulados, ou se julgá-lo 
excessivo. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
25
§ 1o A proposta de redução do capital social, quando de 
iniciativa dos administradores, não poderá ser 
submetida à deliberação da assembléia-geral sem o 
parecer do conselho fiscal, se em funcionamento. 
§ 2o A partir da deliberação de redução ficarão 
suspensos os direitos correspondentes às ações cujos 
certificados tenham sido emitidos, até que sejam 
apresentados à companhia para substituição. 
Oposição dos Credores 
Art. 174. Ressalvado o disposto nos artigos 45 e 107, a 
redução do capital social com restituição aos acionistas 
de parte do valor das ações, ou pela diminuição do 
valor destas, quando não integralizadas, à importância 
das entradas, só se tornará efetiva 60 (sessenta) dias 
após a publicação da ata da assembléia-geral que a 
tiver deliberado. 
§ 1o Durante o prazo previsto neste artigo, os credores 
quirografários por títulos anteriores à data da 
publicação da ata poderão, mediante notificação, de 
que se dará ciência ao registro do comércio da sede da 
companhia, opor-se à redução do capital; decairão 
desse direito os credores que o não exercerem dentro 
do prazo. 
§ 2o Findo o prazo, a ata da assembléia-geral que 
houver deliberado à redução poderá ser arquivada se 
não tiver havido oposição ou, se tiver havido oposição 
de algum credor, desde que feita a prova do 
pagamento do seu crédito ou do depósito judicial da 
importância respectiva. 
§ 3o Se houver em circulação debêntures emitidas pela 
companhia, a redução do capital, nos casos previstos 
neste artigo, não poderá ser efetivada sem prévia 
aprovação pela maioria dosdebenturistas, reunidos em 
assembléia especial. 
Agora, após estudo exaustivo sobre o capital social, 
estamos aptos a definir, com razoável precisão, o que vem a ser 
capital social. 
Capital social representa o aporte de recursos que os 
sócios ou acionistas entregam à entidade, como investimento inicial. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
26
Pode, também, estar representado por reservas de capital e de 
lucros gerados pela entidade, que estejam formalmente 
incorporadas. Nesta hipótese, é necessário que haja alteração do 
contrato ou estatuto social, pois o capital social só pode ser 
alterado, mediante alteração dos atos constitutivos da entidade e 
devidamente registrado no “Registro do Comércio” a cargo das 
juntas comerciais dos Estados da Federação. 
 
1.2. FORMAS DE CONTABILIZAÇÃO 
1.2.1. NA SUBSCRIÇÃO 
Considerando que os três sócios da empresa ABC 
participarão de forma igual na empresa, isto é, cada um participará 
com R$ 100.000,00 na formação do capital social e considerando 
que a empresa será do tipo de Sociedade por quotas de 
responsabilidade limitada, então a subscrição (o compromisso 
assumido pelos sócios) do capital social será assim escriturada1: 
 Quotistas conta Capital a Realizar 
a Capital Social 
 Pela subscrição do capital social R$ 300.000,00 
 
1.2.2. NA INTEGRALIZAÇÃO OU REALIZAÇÃO 
Consoante disposição da Lei nº 6.404/76, o capital social 
pode ser integralizado em dinheiro, em títulos (direito de crédito) e 
em bens (móveis, veículos, imóveis, máquinas, etc.). Admitindo que 
cada um dos sócios da empresa ABC integralize a sua parcela 
imediata com recursos em dinheiro, títulos a receber e bens, 
teríamos as seguintes situações: 
a) realização do capital em dinheiro: 
 Caixa 
a Quotistas capital a realizar 
 Pela integralização de capital social R$ 50.000,00 
 
1 As formas de escrituração serão detalhadas em aulas futuras e quando as estudaremos recomendamos 
a volta a este tópico para uma análise mais apurada dos aspectos que envolvem a escrituração do 
capital social. 
No momento, somente a título ilustrativo, podemos dizer que as contas do ativo e de despesa são 
geralmente debitadas ao passo que as contas de passivo e de receitas são, de regra, creditadas. 
Segundo a Lei nº 6.404/76, as contas do ativo, que são aquelas que representam os bens e os direitos, 
são classificadas em ativo circulante, ativo realizável a longo prazo e ativo permanente e as contas de 
passivo, são as que representam as obrigações para com terceiros (passivo exigível – circulante e 
exigível a longo prazo), resultado de exercícios futuros e patrimônio líquido. A conta representativa de 
capital social está incluída entre as contas do patrimônio líquido. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
27
b) realização do capital com títulos diversos 
 Títulos a receber 
a Quotistas capital a realizar 
 Pela integralização de capital social R$ 50.000,00 
c) realização do capital com bens 
 Veículos 
a capital a realizar 
 Pela integralização de capital social R$ 50.000,00 
Percebam que nos dois primeiros lançamentos utilizamos a 
conta “Quotistas capital a realizar” e na última apenas a conta 
“capital a realizar”. Ambos os lançamentos referem-se ao mesmo 
fato e, salienta-se, em questões de prova a conta utilizada para 
receber o crédito, geralmente, é a forma reduzida, isto é, capital a 
realizar ou capital a integralizar. 
Notem que após essa integralização, que soma R$ 
150.000,00, ainda restam R$ 150.000,00 de capital a integralizar, 
que é a diferença entre o capital subscrito e o integralizado. 
 1.2.3. NO BALANÇO PATRIMONIAL 
A conta capital social é uma conta do grupo do Patrimônio 
Líquido e deve discriminar o capital subscrito e por dedução a 
parcela a integralizar. Logo, no caso da empresa ABC Ltda, teríamos 
a seguinte situação após a integralização parcial: 
Balanço Patrimonial da empresa ABC Ltda. 
1. ATIVO 2. PASSIVO 
1.1. circulante 
 Caixa R$ 50.000,00 
 Títulos a receber R$ 50.000,00 
2.1. circulante 
1.2. realizável a longo prazo 2.2. exigível a longo prazo 
1.3. permanente 
 1.3.1. investimentos 
 1.3.2. imobilizado 
 Veículos R$ 50.000,00 
 1.3.3. diferido 
2.3. resultado de exercícios futros 
Patrimônio líquido: 
Capital social R$ 300.000,00 
(-)Capital a realizar (R$ 150.000,00) 
Total R$ 150.000,00 Total R$ 150.000,00 
 
Percebam que o ativo representa as aplicações de recursos 
e o passivo representa as origens de recursos. 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
28
 1.2.4. NO AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL COM 
UTILIZAÇÃO DE RESERVAS DE LUCROS, DE CAPITAL E DE 
LUCROS ACUMULADOS. 
O aumento do capital social mediante a utilização de lucros 
e reservas constitui-se em forma de realização de capital sem que 
haja alteração do valor do Patrimônio Líquido. A sua capitalização 
consiste em debitar a conta de onde vem o recurso em contrapartida 
à conta creditada será a conta que registra o capital social, conforme 
a seguir demonstrado: 
Reservas de Capital 
a Capital social 
 ou 
Reservas de Lucros 
a Capital Social 
 ou 
Lucros Acumulados 
a Capital Social 
 Chama-se a atenção ao fato de que as reservas e os lucros 
não podem ser utilizados para integralização de capital subscrito 
pelos sócios ou acionistas, pois neste caso a integralização se 
constitui em obrigação pessoal dessas pessoas e não pode ser 
suprida pela utilização, direta, de resultados obtidos pela empresa 
que são de todos os sócios. O que pode acontecer é que os sócios 
façam retiradas de lucros e reservas acumuladas e com esse valor 
integralizar o valor do capital subscrito. 
 
 O assunto apareceu em prova da seguinte forma: 
20. (ICMS/MS/2000) A empresa Concursus Ltda. efetuou um 
débito, no total de R$ 100,00, em uma conta de ativo. 
Simultaneamente registrou um crédito de igual montante em uma 
conta do patrimônio líquido. Assinale, dentre as alternativas abaixo, 
aquela que melhor representa essa transação . 
a) Venda de um imóvel. 
b) Aquisição de um veículo, por meio de operação de leasing. 
c) Financiamento a curto prazo. 
d) Aumento do capital social, com integralização de numerário. 
 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
29
21. (MEMÓRIA/1999–SP) É correto afirmar que os recursos 
investidos pelos proprietários, serão classificadas no seguinte grupo: 
a) passivo circulante; 
b) passivo exigível a longo prazo; 
c) resultados de exercícios futuros; 
d) patrimônio líquido; 
e) n.d.a. 
 
22. (AFPS/CESPE–Unb/2001) O aumento do capital social com 
reservas de capital, sem emissão de novas ações, dá-se com um 
lançamento, a crédito, das reservas de capital a serem utilizadas, 
em contrapartida de um débito na conta de capital social. Assinale 
(C) ou (E). 
 
2. CAPITAL REALIZADO, INTEGRALIZADO OU CONTÁBIL 
Conforme vimos no exemplo do item anterior, os sócios da 
empresa ABC não entregaram de imediato todo o valor a que se 
comprometeram na formação do capital social, isto é, eles não 
integralizaram todo o capital social no ato da constituição da 
empresa. Houve a integralização de apenas uma parte do capital 
social. 
Assim, capital integralizado é a quantia do capital social ou 
capital nominal ou capital subscrito que efetivamente foi entregue 
pelossócios ou acionistas para a empresa. 
Em que pese termos apresentado um exemplo em que os 
sócios integralizaram apenas uma parte do capital social no ato da 
constituição da empresa, salienta-se que em outros casos ele pode 
ser igual ao capital nominal ou subscrito, quando os subscritores já 
o integralizaram por inteiro. 
Cabe esclarecer que capital integralizado, capital realizado e 
capital contábil são expressões que possuem o mesmo significado e 
representam a diferença entre o valor do capital nominal e a parcela 
ainda não integralizada ou não entregue pelos sócios ou acionistas. 
 
Desta forma, tomando por base o capital social da empresa 
ABC, teríamos a seguinte situação: 
Capital nominal R$ 300.000,00 
Capital integralizado R$ 150.000,00 
Capital a Integralizar R$ 150.000,00 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
30
Considerando que capital realizado ou integralizado e 
capital contábil são expressões sinônimas e que esse valor 
representa a diferença entre o valor do capital subscrito e o capital a 
integralizar, podemos apresentar o capital contábil do seguinte 
modo: 
Capital nominal R$ 300.000,00 
( - ) Capital a integralizar R$ 150.000,00 
= Capital contábil R$ 150.000,00 
A Lei 6.404/76, no art. 182, assevera-nos que “a conta 
capital social discriminará o montante subscrito, e por dedução, a 
parcela ainda não realizada”. 
 
 O assunto apareceu em prova da seguinte forma: 
23. (Unb/CESPE–STM/99) No balanço patrimonial de uma 
sociedade por ações, a conta do capital social discriminará, entre os 
elementos do patrimônio líquido, o montante: 
a) das disponibilidades; 
b) das reservas de capital; 
c) subscrito e, por dedução, a parcela ainda não-realizada; 
d) de ações emitidas; 
e) subscrito apenas pelo acionista controlador. 
 
3. CAPITAL A INTEGRALIZAR OU A REALIZAR 
Conforme já demonstramos nos exemplos dos itens 
anteriores, capital a realizar ou a integralizar representa a diferença 
entre o capital subscrito e o capital integralizado e constata-se 
a sua presença quando os sócios ou acionistas de uma empresa não 
integralizam (entregaram) o total do capital que subscreveram ou se 
comprometeram a entregar à empresa. 
Salientamos que a integralização do capital a integralizar 
deve ser efetuada com ingresso de recursos dos sócios, não 
podendo estes utilizar reservas de qualquer espécie ou lucros 
acumulados, pois representa obrigação pessoal dos subscritores. Se 
admitíssemos a integralização do capital social com utilização das 
reservas ou lucros poderia haver prejuízo aos sócios ou acionistas 
que integralizaram por completo o seu capital!!! 
 
4. CAPITAL AUTORIZADO 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
31
É uma figura meramente jurídica, que não traz reflexos 
contábeis (mas o desconhecimento deste fato pode trazer 
complicações ao concursando na hora da prova). A previsão legal 
desta figura jurídica está no art. 168 da Lei no 6.404/76 (Lei das 
S.A.) e é um instituto próprio de sociedades anônimas de capital 
aberto (que são as empresas que negociam suas ações no mercado 
de valores mobiliários, isto é, negociam suas ações na bolsa de 
valores). 
Este instituto autoriza que a diretoria da empresa aumente 
o capital social até o limite autorizado, sem que seja necessário 
convocar uma assembléia geral para deliberar sobre o assunto e 
sem que seja necessário efetuar alteração no estatuto, pois o fato 
de haver autorização para o aumento do capital social, bem como o 
seu valor, deve estar expresso no estatuto social da sociedade 
anônima. 
Já vimos o que dispõe a respeito o art. 168 da lei das S.A. a 
respeito. 
 
5. CAPITAL DE TERCEIROS 
A expressão capital assume, além de capital social, outros 
significados. Um desses significados diz respeito a recursos 
equivalentes a valores monetários (dinheiro ou cujo valor nele se 
possa exprimir). Assim, capital de terceiros são os recursos que vêm 
de terceiros por meio de empréstimos, investimentos e outros 
valores que representam obrigações da empresa para com aquelas 
pessoas ou empresas. Esses valores estarão apresentados no 
Balanço Patrimonial em contas do passivo exigível (conforme 
veremos nas próximas aulas). 
Percebam que se a empresa toma dinheiro emprestado de 
algum banco, por exemplo, ela o deixará depositado no mesmo 
banco ou o levará para a empresa e o deixará dentro do cofre, 
ficando os recursos em caixa ou, ainda, poderá utilizá-lo para o 
pagamento de outras obrigações ou na compra de algum bem. Em 
qualquer uma das hipóteses, diz-se que a empresa aplicou esse 
dinheiro, mesmo que o valor continue depositado na conta do 
banco. Então, o termo aplicação de recursos aqui empregado possui 
conotação diferente daquela a que estamos acostumados, ou seja, 
não se trata, essencialmente, de uma aplicação financeira do tipo 
que rende juros, se bem que esta também é considerada uma 
aplicação de recursos na mesma acepção aqui empregada. 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
32
É prudente frisarmos que o recurso vindo dos sócios, na 
formação do capital social, não representa obrigação da empresa 
para com os sócios ou, dito de forma mais apropriada, não constitui 
obrigação exigível, pois são recursos que os sócios entregam para a 
entidade com o fim de executar o objeto social, vale dizer, os sócios 
ou acionistas não fazem um empréstimo para a sociedade, mas um 
investimento com objetivos econômicos. 
Também são considerados recursos vindos de terceiros os 
resultados de exercícios futuros e as receitas em geral. Salienta-se 
que, com relação a estes, não existe obrigação para empresa, logo 
não são exigíveis. A propósito das receitas, após a apuração do 
resultado, elas serão incorporadas ao Balanço Patrimonial por meio 
do Patrimônio Líquido (Lucros ou Prejuízos Acumulados e/ou 
Reservas de Lucros). 
 
6. CAPITAL PRÓPRIO 
A contabilidade é regida por princípios que devem ser 
observados na sua escrituração e na elaboração das demonstrações 
financeiras extraídas a partir da escrituração. Um desses princípios é 
o Princípio da Entidade, o qual afirma a autonomia patrimonial, isto 
é, o patrimônio da empresa deve ser considerado como sendo “o 
patrimônio” da empresa e não deve se confundir com o patrimônio 
dos seus sócios, que possuem um patrimônio particular e, também, 
autônomo. 
Assim, retomando o exemplo da empresa ABC, uma vez 
que os sócios Ana, Bernardo e Carlos entregaram os valores 
relativos à integralização do capital social, este passará a ser de 
propriedade da empresa ABC e os seus sócios não mais poderão 
dispor dele, em função da autonomia patrimonial preconizada pelo 
princípio da entidade. 
Para definir, adequadamente, o que vem a ser capital 
próprio, devemos conceituar, antes, o patrimônio. 
Em contabilidade, patrimônio representa o conjunto de 
bens, direitos e obrigações. 
As empresas podem apresentar diversas situações na 
composição patrimonial, isto é, a soma dos bens mais os direitos 
pode ser maior do que a soma das obrigações. Acontecendo esta 
situação, diz-se que a empresa apresenta patrimônio líquido 
positivo. Em outras circunstâncias, a soma dos bens e direitos pode 
ser igual a soma das obrigações (capital de terceiros), quando o 
patrimônio líquido será nulo. E, em casos mais extremos, o valor das 
CURSOS ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL INTRODUTÓRIA 
 PROFESSORES VELTER E MISSAGIA 
www.pontodosconcursos.com.br 
33
obrigações pode ser maior do que o valor da soma dos bens com os 
direitos, quando teremos patrimônio líquido negativo. 
Então, patrimônio líquido representa a diferença

Outros materiais