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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS CAMPUS MONTES CLAROS-MG CONDUTIVÍMETRO Relatório Técnico da prática experimental Nº 4, apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Laboratório de química analítica instrumental do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino médio do IFNMG - Campus Montes Claros. Profa. Ma: Junai Carvalho de Souza Lopes. Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino médio. Alunos: Edjânio Soares; Eugênio Guedes; Felipe Félix; Frederico Almeida. Montes Claros 20/06/2016 CONDUTIVÍMETRO 1- OBJETIVOS: Medir a condutividade de eletrólitos (Ke) fracos e fortes e determinar suas condutividades molares (Λm) e suas condutividades à diluição infinita (Λ∞). No caso de eletrólitos fracos determinar a constante de dissociação ácida (Ka). 2 – INTRODUÇÃO Através das medidas de condutância elétrica é possível diferenciar eletrodos fracos (lei de diluição de Ostwald) e fortes (lei de Kohlrausch). Essa medida pode ocorrer de duas formas, sendo estas através de uma única medição de condutância da solução ou através da medida relativa (através de titulações condutométricas). (UFJR, 2011) Eletrólito é toda a substância que, dissociada ou ionizada, origina íons positivos (cátions) e íons negativos (ânions), pela adição de um solvente ou aquecimento (ex. AB A+ + B- ). Desta forma torna-se um condutor de eletricidade. (PILLING, 2015) Existem dois tipos de condutores os de primeira classe, ou seja metais, ligas metálicas e condutores e os de segunda classe (utilizados na aula prática) que são soluções iônicas onde a condução se dá pelos movimentos realizados pelos íons presentes em solução. (UFJR, 2011) Os condutivímetros são equipamentos utilizados para se realizar a medição de condutância de uma solução determinada através de um sensor que é colocado na amostra. Encontra-se no mercado três tipos deste equipamento, sendo estes o condutivímetro de bolso, condutivímetro portátil, ou o condutivímetro de bancada. (UNION, 2015) 4- MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: 4.1- Materiais utilizados: ● Bastão de vidro; ● Béqueres; ● Provetas; ●Balões volumétricos; ● Pequenos copos de plástico; 4.2- Reagentes utilizados: ● Solução de KCl 1M; ● Solução de Ácido Acético 1M; 4.3- Equipamentos utilizados: ● Condutivímetro. 5- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Parte 1: Condutância do KCl Para realização da prática utilizou-se uma solução 1M de KCl previamente preparada. Pipetou-se 25 mL da Solução 1M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada para se obter a solução 0,5M de KCl. Pipetou-se 5 mL da Solução 1M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada afim de se obter a solução 0,1M. Com o objetivo de se obter a solução 0,05M pipetou-se 2,5 mL da solução 1M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada. Para se obter a solução 0,01M pipetou-se 5 mL da solução 0,1M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada. Pipetou-se 2,5 mL da Solução 0,1M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada afim de se obter a solução 0,005M. Por último realizou-se a pipetagem de 5 mL da solução 0,01M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada para se obter uma solução 0,001M. Em posse dessas soluções colocou-se cada uma delas em pequenos copos de plástico previamente identificados. De posse de um condutivímetro mediu-se a condutividade de cada uma, a partir da solução mais diluída até a menos diluída e anotou-se os seus valores. Parte 2: Condutância do Ácido Acético A partir de uma solução de ácido acético 1M realizou-se as seguintes diluições: Pipetou-se 25 mL da Solução 1M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada para se obter a solução 0,5M de KCl. Pipetou-se 5 mL da Solução 1M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada afim de se obter a solução 0,1M. Com o objetivo de se obter a solução 0,05M pipetou-se 5 mL da solução 0,5M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada. Para se obter a solução 0,01M pipetou-se 5 mL da solução 0,1M para um balão volumétrico de 50 mL e completou-se com água deionizada. Pipetou-se 10 mL da Solução 0,1M para um balão volumétrico de 100 mL e completou-se com água deionizada afim de se obter a solução 0,005M. Por último realizou-se a pipetagem de 10 mL da solução 0,01M para um balão volumétrico de 100 mL e completou-se com água deionizada para se obter uma solução 0,001M. Em posse dessas soluções colocou-se cada uma delas em pequenos copos de plástico previamente identificados. De posse de um condutivímetro mediu-se a condutividade de cada uma e estas foram anotadas. 6- RESULTADOS E DISCUSSÃO: Parte 1: Os resultados obtidos serão descritos através tabelas, uma para cada parte: Podemos observar na primeira tabela que com o aumento da concentração houve um aumento da condutância da solução, assim como a condutividade do eletrodo. Já quando consideramos a condutividade molar percebemos uma grande variância quando se aumenta a concentração, onde em alguns pontos houve um aumento e em outros um decréscimo. Esses resultados podem ser justificados por uma má preparação das soluções o por uma má calibração dos equipamentos que não são de grande precisão. Como não realizamos a medição da condutividade da água levamos em consideração valores obtidos por outra equipe. O valor utilizado como base para a condutividade da água é igual a 1,87 µS/cm. Nº da solução de KCl 1 2 3 4 5 6 7 Concentração molar (mol/L) 0,001 0,005 0,01 0,05 0,1 0,5 1,0 Condutividade da solução Ksolução (µS/cm) 107,6 µS/cm 651,6 µS/cm 958,0 µS/cm 5510,0 µS/cm 11490,0 µS/cm 58120,0 µS/cm 88220,0 µS/cm Concentração C (mol/cm3) 1.10-6 5.10-6 1.10-5 5.10-5 1.10-4 5.10-4 1.10-3 Condutividade do eletrólito Ke (µS/cm) 105,73 µS/cm 649,26 µS/cm 956,13 µS/cm 5508,13 µS/cm 11488,13 µS/cm 58118,13 µS/cm 88218,13 µS/cm Condutividade molar m (S.cm2 .mol-1 ) 105730 S.cm2 .mol-1 129852 S.cm2 .mol-1 95613 S.cm2 .mol-1 110162,6 S.cm2 .mol-1 114881,3 S.cm2 .mol-1 116236,26 S.cm2 .mol-1 88218,13 S.cm2 .mol-1 Cálculo de condutividade do eletrodo Concentração 0,001M 107,6 µS/cm – 1,87 µS/cm = 105,73 µS/cm Concentração 0,005M 651,6 µS/cm – 1,87 µS/cm = 649,26 µS/cm Concentração 0,01M 958,0 µS/cm – 1,87 µS/cm = 956,13 µS/cm Concentração 0,05M 5510,0 µS/cm – 1,87 µS/cm = 5508,13 µS/cm Concentração 0,1M 11490,0 µS/cm – 1,87 µS/cm = 11488,13 µS/cm Concentração 0,5M 58120,0 µS/cm – 1,87 µS/cm = 58118,13 µS/cm Concentração 1M 88220,0 µS/cm – 1,87 µS/cm = 88218,13 µS/cm Cálculo de condutividade molar Concentração 0,001M 10-3 x 105,73 / 1.10-6 = 105730 Concentração 0,005M 10-3 x 649,26 / 5.10-6 = 129852 Concentração 0,01M 10-3 x 956,13 / 1.10-5 = 95613 Concentração 0,05M 10-3 x 5508,13 / 5.10-5 = 110162,26 Concentração 0,1M 10-3 x 11488,13 / 1.10-4 = 114881,3 Concentração 0,5M 10-3 x 58118,13 / 5.10-4 = 116236,3 Concentração 1M 10-3 x 88218,13 / 1.10-3 = 88218,13 Parte 2: Analisando os resultados obtidos na segunda parte do experimento podemos perceber que há um aumento crescente no que se respeito a condutividade da solução assim como a do eletrodo, quando ocorre o aumento da concentração. Já no que se diz respeito a condutividade molar percebe-se um decrescimento quando se aumenta a concentração da solução. Nº da solução do Ac. Acético 1 2 3 4 5 6 7 Concentração molar (mol/L) 0,001 0,005 0,01 0,05 0,1 0,5 1,0 Condutividade da solução Ksolução (µS/cm) 41,48 µS/cm 92,22 µS/cm 143,2 µS/cm 322,5µS/cm 454,2 µS/cm 963,3 µS/cm 1272 µS/cm Concentração C (mol/cm3) 1.10-6 5.10-6 1.10-5 5.10-5 1.10-4 5.10-4 1.10-3 Condutividade do eletrólito Ke (µS/cm) 39,61 µS/cm 90,35 µS/cm 141,33 µS/cm 320,63 µS/cm 452,33 µS/cm 961,43 µS/cm 1270,13 µS/cm Condutividade molar m (S.cm2 .mol-1 ) 39610 S.cm2 .mol-1 18070 S.cm2 .mol-1 14133 S.cm2 .mol-1 6412,6 S.cm2 .mol-1 4523,3 S.cm2 .mol-1 1922,86 S.cm2 .mol-1 1270 S.cm2 .mol-1 Cálculo de condutividade do eletrodo Concentração 0,001M 41,48 µS/cm – 1,87 µS/cm = 39,61 µS/cm Concentração 0,005M 92,22 µS/cm - 1,87 µS/cm = 90,35 µS/cm Concentração 0,01M 143,2 µS/cm - 1,87 µS/cm = 141,33 µS/cm Concentração 0,05M 322,5 µS/cm - 1,87 µS/cm = 320,63 µS/cm Concentração 0,1M 454,2 µS/cm - 1,87 µS/cm = 452,33 µS/cm Concentração 0,5M 963,3 µS/cm - 1,87 µS/cm = 961,43 µS/cm Concentração 1M 1272 µS/cm - 1,87 µS/cm = 1270,13 µS/cm Cálculo de condutividade molar Concentração 0,001M 10-3 x 39,61 / 1.10-6 = 39610 Concentração 0,005M 10-3 x 90,35 / 5.10-6 = 18070 Concentração 0,01M 10-3 x 141,33 / 1.10-5 = 14133 Concentração 0,05M 10-3 x 320,63 / 5.10-5 = 6412,6 Concentração 0,1M 10-3 x 452,33 / 1.10-4 = 4523,3 Concentração 0,5M 10-3 x 961,43 / 5.10-4 = 1922,86 Concentração 1M 10-3 x 1270,13 / 1.10-3 = 1270 7- CONCLUSÃO: Portanto, na execução desta prática foi possível concretizar uma maior conhecimento sobre este método de identificação da condutância em soluções iônicas. Podendo concluir que quanto maior a concentração maior nível de condutância da mesma. ANEXOS Questões parte 1: 1) Discuta as leis de Kohlrausch para eletrólitos fortes. 2) Discutir as dificuldades experimentais e erros envolvidos. 3) Mostre graficamente a dependência da condutividade elétrica nas soluções de KCl com a concentração. Faça um ajuste linear para caso da solução de KCl e estime o valor da condutividade elétrica de uma solução de KCl 0.08 mol/L. 3) Que tipo de resíduos químicos foram gerados neste experimento e como foram tratados ou armazenados? Explique. R1: As leis de Kohlrausch regem os ácidos fortes e segundo esta lei estes ácidos possuem a condição de uma ionização igual a 100% o que não acontece com os ácidos considerados como fracos. Esta pode ser expressa pela seguinte fórmula: = 0 – A√c R2 Durante a execução da prática nos deparamos com inúmeras dificuldades que podem ter acarretado em erros. Na seguinte prática tínhamos que realizar a lavagem dos eletrodos para que uma solução não interferisse na outra, e esta lavagem pode não ter sido a feita da maneira correta. Durante a preparação das soluções podem ter ocorridos erros durante a pipetagem que pode ser por causa de falta de atenção, ou até mesmo má calibração do equipamento. R3: Como podemos perceber através do gráfico (onde é dado a concentração em mol/L e a condutância em µS/cm), a relação de condutividade/concentração seguiu uma linearidade inicial até a concentração de 0,5M onde houve uma pequena queda seguida por linearidade. Através desta marcação feita no mesmo gráfico podemos concluir que quando a concentração da solução for igual a 0,8M a sua condutividade vai ser de aproximadamente 75107,6 µS/cm. R3: Os resíduos gerados neste experimento foram as soluções preparadas estes foram devidamente recolhidos e descartados adequadamente no descarte de resíduos químicos. Questões parte 2: 1) Calcule o grau de dissociação: Solução de CH3COOH 1 2 3 4 5 6 7 Concentração molar (mol/L) 0,001 0,005 0,01 0,05 0,1 0,5 1,0 Grau de Dissociação ɑ 101,43 46,274 36,192 16,420 11,583 4,924 3,252 Cálculos: Concentração 0,001M 39610/390,5 = 101,43 Concentração 0,005M 18070/390,5 = 46,274 Concentração 0,01M 14133/390,5 = 36,192 Concentração 0,05M 6412,6/390,5 = 16,420 Concentração 0,1M 4523,3/390,5 = 11,583 Concentração 0,5M 1922,86/390,5 = 4,924 Concentração 1M 1270/390,5 = 3,254 2) Discuta a lei de Ostwald para eletrólitos fracos. 3) Discutir as dificuldades experimentais e erros envolvidos. 4) Que tipo de resíduos químicos foram gerados neste experimento e como foram tratados ou armazenados. Explique. R2: As leis de Ostwald que regem os ácidos fracos diz que diferentemente do que ocorre nos ácidos fortes, os fracos não possuem uma ionização igual a 100%, pois há o fator do grau de ionização agindo sobre estes. R3: Assim como na parte anterior as dificuldades que podem ter acarretado erros incluem a lavagem dos eletrodos, pipetagem, calibração do equipamento utilizado assim como a própria imprecisão do equipamento. R4: Assim como foi realizado na parte anterior, os resíduos obtidos (soluções preparadas durante a aula) para utilização na prática foram descartados em um local adequado (descarte). Referências bibliográficas: UFRJ (Brasil). Condutimetria. Rio de Janeiro 2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/nupis/files/2011/07/Condutometria.pdf>. Acesso em: 26 jun. UNION (Brasil). Os 3 Tipos de Condutivímetro. São Paulo: Dp, 2016. Disponível em: <http://www.dpunion.com.br/blog/condutivimetro/>. Acesso em: 26 jun. 2016. PILLING, Sergio. Determinação da condutividade de eletrólitos fortes e fracos e da constante de dissociação de ácidos fracos (ex. ácido acético). São José dos Campos: Univap, 2015. Disponível em: <http://www1.univap.br/spilling/FQE2/FQE2_EXP7_Eletrolitos.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2016.
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