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Roteiro de estudo anti-inflamatórios
1.Diferencie o mecanismo de ação dos anti-inflamatórios do tipo da aspirina e os do tipo glicocorticoide.
R: Anti-inflamatórios do tipo da aspirina: Inibem a COX (esta está nos leucócitos nas células do estômago, no glomérulo, hipotálamo, nas células renais e nas plaquetas) assim, o ácido araquidônico não forma as prostaglandinas (que tem ação vasodilatadora, aumentam a dor e causam febre no hipotálamo). 
Glicocorticóides: Os glicocorticóides são análogos do hormônio humano cortisol, envolvido na regulação do stress. Eles têm efeitos largamente idênticos aos desse hormônio, mas são administrados frequentemente em doses muito superiores às fisiológicas, particularmente para se obterem os efeitos imunossupressores.
Os glicocorticóides, como o cortisol, agem sobre um receptor intranuclear que regula transcrição génica. Eles não têm dificuldade em ultrapassar a membrana celular já que são lipofílicos. O seu efeito deve-se à modificação da atividade de vários genes e as proteínas produzidas a partir deles. O receptor ligado ao medidor liga-se a regiões específicas de DNA e ativa e inibe a transcrição de diversos genes. Uma vez que a transcrição génica é demorada (é preciso produzir grande quantidade de proteínas) os seus efeitos demoram sempre algumas horas a manifestar-se. Muitos genes são afetados, entre os mais importantes conhecidos, os das ciclo oxigenases são inibidos; os das colagenases igualmente, há aumento da síntese do mediador anexina-1 com propriedades imunossupressoras devido sua ação nas enzimas fosfolipases A2 (Essas enzimas atuam sobre o fosfolipídio produzindo ácido araquidônico, precursor de mediadores inflamatórios).
Todos os glicocorticóides têm alguma atividade mineralocorticóide. O hormônio mineralocorticóide aldosterona é semelhante quimicamente ao cortisol, e eles têm atividade parcial nos receptores do outro. A aldosterona age no rim, havendo retenção de água e sódio e excreção de potássio aumentando a pressão arterial sistêmica. Há ainda vasoconstrição.
2.Como o mecanismo de ação proposto para a aspirina explica seus efeitos antihiperalgésico, antiedematogênico e antipirético?
R: Pois, com a diminuição da produção das prostaglandinas há vasoconstrição, diminui a dor (efeito antihiperalgésico), o edema causado pela inflamação (efeito antiedematogênico) e a febre (efeito antipirético).
3. Quais os efeitos colaterais típicos da aspirina e os comuns aos anti-inflamatórios não esteroides (AINES)? Explique.
R: Típico da aspirina-dose alta: síndrome de Reye (não precisa de dose alta-crianças com infecção viral, tomando aspirina já é o suficiente), perda fecal de sangue, tontura, vômito, zumbido no ouvido, desacoplamento e inibição da fosforilação oxidativa (ocorre na mitocôndria e produz ATP; Sem ela ocorre morte celular).
Comum aos anti-inflamatórios não esteroides: erosão gástrica (tem a ver com a inibição da COX- prostaglandina diminui a secreção de ácido e estimula a produção de muco protetor), necrose renal (porque diminui a filtração glomerular- agrava quadros de hipertensão e aumenta a deposição de substâncias toxicas no glomérulo) e hemorragia (diminui a agregação plaquetária que tem função na coagulação sanguínea).
4. O que são os COXIBs? Quais suas vantagens e desvantagens?
R: São inibidores seletivos da COX 2. As vantagens são evitar os efeitos colaterais típicos dos AINES (evitar problemas gástricos, renais e de coagulação) e as desvantagens são favorecer acidentes tromboembólicos. Estes são favorecidos porque, com a prostaglandina I2 (anti-agregante plaquetário) inibida há uma agregação de plaquetas e uma formação de trombos.
Complemento: 
Prostaglandina I2-produzida pela COX 2 presente no vaso;
Tromboxano A2- produzida pela COX 1 nas plaquetas-agrega plaquetas;
5. Quais os efeitos colaterais típicos dos anti-inflamatórios do tipo glicocorticoide? Explique.
R: São edema, inchaço, hipertensão, hiperglicemia, aumento da suscetibilidade a infecções.
A longo prazo: cicatrização deficiente, aumento de gordura abdominal, equimose (extravasamento de sangue), catarata, atrofia muscular distal, osteoporose, depressão, euforia e sintomas psicóticos.
6. A asma é uma doença inflamatória crônica. Por que ela não pode ser tratada com anti-inflamatórios não esteroides?
R: Pois estes inibem a COX irreversivelmente e consequentemente aumentam a produção/liberação de leucotrienos, que são broncoconstritores. Isso ocorre porque quando eu inibo a COX eu estimulo a LOX (produtora de leucotrienos), pois o substrato que ia para as 2 enzimas agora vai para uma somente.
7. Porquê os glicocorticoides também são imunossupressores?
R: Porque eles inibem a produção de interleucina II (IL-2) que tem papel na maturação de linfócitos, que dá origem a resposta mediada por anticorpo e é importante para a defesa do organismo. O efeito imunossupressor pode ser útil em doenças autoimunes, transplantes, respostas alérgicas e pode ser desvantajoso porque o indivíduo fica susceptível a infecções oportunistas. 
8. Quais as vantagens do uso de anticorpos monoclonais anticitocinas no tratamento das doenças inflamatórias crônicas?
R: Diminui os efeitos colaterais, pois estes inibem as citocinas específicas do processo inflamatório sem mexer com a regulação hormonal do indivíduo.
Em doenças inflamatórias crônicas podemos utilizar glicocorticoides (hh em dose alta bagunçam com a regulação hormonal-principalmente em mulheres que aumenta estrogênio e a progesterona-isso causa muitos efeitos colaterais) e anticorpos monoclonais anticitocinas (Ex: Anti-TNF; Anti-IL-1).

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