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AD1 FEB 2016 1 Gabarito (1)

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação à Distância – AD1 (GABARITO) 
Período - 2016/1º 
Disciplina: FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASIÇEIRA 
Coordenador: ALEXIS TORÍBIO DANTAS 
 
 
 
 
Pesquise no material didático recomendado para o curso e discuta as seguintes questões: 
 
1. Discuta os determinantes internos e externos da crise do antigo sistema colonial 
brasileiro; (3,0 pontos). 
 
A crise da economia colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um de 
caráter interno, e outro, externo. O primeiro foi a expansão dos mercados na colônia, resultado 
direto do aumento da população e do incremento da produção. Com o aumento da produção e 
o crescimento do mercado interno – sobretudo após o início do ciclo do ouro –, os interesses 
particulares da colônia foram aumentando de maneira significativa. O pacto colonial passou a 
ser, então, um empecilho à expansão dos negócios e, portanto, ao potencial de ganhos dos 
colonos. O segundo aspecto, referente ao plano externo, eram os efeitos da Revolução 
Industrial cada vez mais visíveis na Europa. Assim, a necessidade de busca e incorporação de 
novos mercados pelas unidades industriais em formação tornou-se um traço típico da dinâmica 
capitalista. 
 
2. Examine a importância e as principais vantagens do sistema de colonato sobre o 
sistema de parceria na utilização do imigrante na cultura cafeeira do Brasil no século 
XIX; (4,0 pontos) 
 
O sistema de parceria consistia de um recrutamento de trabalhadores na Europa dispostos ao 
serviço na lavoura, recebendo em troca lotes de pés de café adultos – preparados, portanto, 
para a produção. Metade do valor da colheita (cotas de pagamento) seria dos imigrantes, 
logicamente após a dedução dos custos de transporte, impostos e comissões – daí a definição 
de parceria. No entanto, o que acontecia era uma situação completamente distinta daquela 
apregoada pelos agentes responsáveis pelo recrutamento dos imigrantes na Europa. Muitos 
imigrantes morreram antes de chegar ao Brasil, devido à falta de higiene, que proporcionava o 
desenvolvimento de uma série de doenças. Ao chegar, eram obrigados a pagar todo o custo de 
seu transporte, além do pagamento de juros de 6% ao ano pelo adiantamento oferecido para a 
manutenção dos trabalhadores durante o primeiro ano de sua chegada. Os imigrantes eram 
obrigados, por contrato, a permanecer pelo menos quatro anos na fazenda. Além disso, a 
família imigrante era a responsável legal por cada um de seus membros, de maneira que, se 
algum morresse, os outros deveriam arcar com o pagamento de sua dívida. 
Não é difícil perceber, portanto, que esse sistema não apresentava condições de sobrevivência 
em longo prazo. As raízes do fim estavam fincadas nas próprias bases do processo. 
Apesar dos conflitos internos do sistema de parceria e da impossibilidade de continuação 
daquele processo de recrutamento da mão-de-obra imigrante, a “falta de braços” para a 
expansão da lavoura agrícola cafeeira persistia. O problema residia no fato de que a imagem 
do Brasil como um possível espaço para a realização de homens pobres europeus vinha sendo 
desfeita a passos largos. No entorno de 1870, o colonato aparecia como o novo formato 
encontrado para garantir os fluxos de imigração para a cafeicultura, trazendo mudanças 
significativas em relação ao sistema de parceria. Além da criação de uma forma de pagamento 
direto ao colono, pelo menos em parte do total que era devido pelo seu trabalho na lavoura, o 
fazendeiro foi obrigado a arcar com despesas de viagens e do primeiro ano de trabalho. 
Também era concedida ao imigrante uma fatia de terra para o plantio de artigos para 
subsistência. Um passo fundamental para a dinamização do sistema de colonato foi a 
utilização do governo da província de São Paulo para custear o transporte para o Brasil, além 
da instalação dos estrangeiros. 
 
3. Explique as causas do ciclo vicioso de desvalorização cambial que marcou o final do 
século XIX no Brasil. (3,0 pontos). 
 
(a) O forte aumento da oferta de café brasileiro no mercado internacional, sem 
uma elevação da demanda na mesma proporção, especialmente com a crise americana do 
final do século XIX, determinou uma queda importantes dopreço internacionaL (o Brasil era 
responsável por mais de 3/4 do total exportado no mundo). Como o café é marcado por uma 
importante inelasticidade preço da demanda, a receita em moeda estrangeira cai com a 
redução do preço. A desvalorização cambial transformava essa queda de receita externa (em 
moeda estrangeira) das exportações de café em elevação das receitas em moeda nacional; 
(b) isto estimulava um novo aumento da produção e queda do preço internacional 
e, novamente, das receitas de exportação (destacar a inelasticidade –preço da demanda e a 
participação brasileira no mercado internacional de café).

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