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Hipertensão Arterial: Prevalência e Riscos

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Alunas: Andressa Costa, Flavia Sellos, Heloisa Bayer, Larissa Rangel, Mariana Martins 
 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 
A hipertensão arterial é uns dos maiores problemas atualmente. Admite-se que entre os adultos 
20% sejam portadores da doença. Passando dos 60 anos essa proporção aumenta para quase 
40% entretanto metade dos hipertensos sabe que é portadora do mal. A doença é mais grave em 
adultos e jovens. 
 
A prevalência varia com a idade a raça, a educação e muitas outras variáveis. O risco de lesão 
de órgãos-alvo em qualquer nível de pressão arterial ou idade é maior nos indivíduos negros e 
relativamente menor nas mulheres pré-menopáusicas do que nos homens. Outros fatores de 
riscos positivos incluem o tabagismo, hiperlipidemia, o diabete, a presença de manifestações de 
lesão de órgão alvo por ocasião do diagnóstico e uma história familiar de doença cardiovascular. 
 
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce contra as paredes das artérias, é considerada 
normal 120 por 80 mmHg. 
 
As artérias vão-se ramificando em vasos cada vez menores ate atingir raminhos muito 
estreitados que são as arteríolas. Se as arteríolas se estreitarem ainda mais, vão oferecer maior 
resistência a passagem do sangue e o coração terá que bater mais forte. Com isso aumenta a 
pressão dentro das artérias. Essa elevação causada pela maior resistência das arteríolas é 
chamada de resistência periférica e representa o principal mecanismo responsável pelo aumento 
da pressão arterial. 
 
Considera-se hipertensão uma pressão diastólica mantida acima de 90mmHg ou uma sistólica 
acima de 140mmHg. O aparelho utilizado para aferir a pressão é o esfigmomanômetro auxiliado 
pelo estetoscópio. 
 
É possível estabelecer uma causa especifica para hipertensão em apenas 10-15% dos pacientes. 
Os pacientes nos quais não se pode identificar nenhuma causa especifica para a hipertensão são 
considerados portadores de hipertensão essencial. 
 
O diagnóstico de hipertensão baseia-se em medidas repetidas e reproduzíveis de elevação de 
PA. Serve principalmente para prever as consequências do distúrbio para o paciente, raramente 
inclui um relato sobre a causa da hipertensão. 
 
É preciso assinalar que o diagnóstico de hipertensão depende da medida da PA, e não nos 
sintomas relatados pelo paciente. Com efeito, a hipertensão é habitualmente assintomática, até 
que a lesão de órgãos-alvo seja iminente ou já tenha ocorrido. 
 
A hipertensão essencial inicia-se comumente entre os 35 e 55 anos, mas pode ocorrer bem mais 
cedo inclusive na adolescência. Evolui sem apresentar sintomas durante um longo período, 
capaz de ultrapassar 10, 15 ou 20 anos, motivo pelo qual a doença, costuma ser descoberta num 
exame de saúde rotineiro ou quando o paciente procura o medico por uma razão qualquer. 
 
Pessoas mais sensíveis podem apresentar, precocemente, uma série de queixas desde que a 
hipertensão ultrapasse certos níveis. Entre esses sintomas encontram-se: dor de cabeça, tonturas, 
zumbidos, palpitações, opressões no peito, cansaço, desanimo, e sangramento nasal. 
 
A hipertensão tende a agravar-se e acaba por provocar lesões nos vasos arteriais de todo o 
organismo, sobretudo nos vasos do cérebro, retina, do coração e dos rins, considerados órgãos 
alvos. Caracteriza-se exatamente pelo desconhecimento de suas causas e de seus mecanismos 
básicos. Alguns fatores são capazes de perpetuar e agravar a doença: 
 
 Hereditariedade: Quando um dos pais sofre de hipertensão, essa possibilidade já é de 
cerca de 25%, quando ambos são hipertensos a possibilidade é de quase 50%; 
 Raça: Na raça negra a hipertensão não somente é mais comum, como também evolui 
com maior gravidade, quanto mais pigmentada for a pele maior será a propensão para a 
doença; 
 Idade: A pressão arterial permanece estável na vida adulta e se mantem durante a 
velhice; 
 Obesidade: Quanto maior for a obesidade, mais facilidade haverá para o agravamento 
da doença, com redução do peso, a pressão arterial decresce; 
 Sal de cozinha: O excesso terá grande influência no desencadeamento e agravamento da 
doença; 
 Atividade Física: Pessoas sedentárias desenvolvem mais frequentemente a hipertensão; 
 Sexo: As mulheres são mais sujeitas, sobretudo após a menopausa, com um decréscimo 
de produção de estrogênio é que a hipertensão feminina se torna mais frequente; 
 Estresse. 
 
Além do comprometimento dos órgãos-alvo a hipertensão representa um dos mais importantes 
fatores de risco da aterosclerose, nas fases mais adiantadas da doença, causa um aparecimento 
de complicações ateroscleróticas, tais como trombose cerebral, angina do peito, enfarte do 
miocárdio, arritmia cardíaca e morte súbita. 
 
Quando persistente a hipertensão danifica os vasos sanguíneos renais, cardíacos e cerebrais 
resultando em aumento na insuficiência renal, coronariopatia, insuficiência cardíaca e acidente 
vascular cerebral. O tratamento medicamentoso rotineiro reduz efetivamente o risco de lesão 
dos vasos sanguíneos e diminue significativamente as taxas de mortalidade. 
 
O tratamento não medicamentoso pode controlar a hipertensão leve; quando associado com o 
tratamento farmacológico, pode melhorar o controle do paciente com hipertensão 
moderada/grave. 
 
Dentre as medidas não farmacológicas de melhor impacto na pressão arterial, merecem destaque 
a redução do peso, a redução do sódio da dieta, prática regular de atividade física e diminuição 
de bebidas alcoólicas e de tabagismo. 
 
Os anti-hipertensivos produzem efeitos ao interferir nos mecanismos normais de regulação da 
pressão arterial. Uma classificação útil desses fármacos consiste em dividi-los de acordo com o 
principal local regulador ou mecanismo sobre o qual atuam. As características incluem as 
seguintes: 
 Diuréticos: Reduzem a pressão arterial através da depleção do sódio corporal, 
diminuição do volume sanguíneo e talvez outros mecanismos; 
 Agentes simpaticoplégicos: Baixam a pressão arterial através da redução da resistência 
vascular periférica, inibição da função cardíaca e aumento do acúmulo venoso de 
sangue nos vasos; 
 Vasodilatadores diretos: Reduzem a pressão ao relaxar o músculo vascular, dilatando os 
vasos de resistência e aumentando sua capacidade; 
 Agentes que bloqueiam a produção ou ação da angiotensina: Reduzem a resistência 
vascular periférica e o voluma sanguíneo. 
 
O fato de esses grupos de fármacos atuarem por diferentes mecanismos permite a associação de 
drogas de dois ou mais grupos com o aumento da eficácia e, em alguns casos, diminuição da 
toxidade. 
 
Fármacos para o tratamento da hipertensão 
Diuréticos tiazídicos Clortalidona • Hidroclorotiazida • Indapamida • Metazolona 
Inibidores da enzima de 
conversão da 
angiotensina 
Benazepril • Captopril • Cilazapril • Enalapril • Fosinopril • Imidapril 
• Lisinopril • Perindopril • Quinapril • Ramipril • Trandolapril • 
Zofenopril 
Antagonistas dos 
receptores da 
angiotensina II 
Candesartan • Eprosartan • Irbesartan • Losartan • Olmesartan • Tasos
artan • Telmisartan • Valsartan 
Bloqueadores dos 
canais de cálcio 
Amlodipina • Diltiazem • Felodipina • Isradipina • Lacidipina • Lerca
nidipina • Nicardipina • Nifedipina • Nilvadipina • Nimodipina • Nitre
ndipina • Verapamil 
Bloqueadores 
adrenérgicos (α/β) e 
agonistas α2 
Atenolol • Bucindolol • Carvedilol • Clonidina • Doxazosina • Guanab
enz • Indoramina • Labetalol • Metildopa • Metoprolol • Nadolol • Ox
prenolol • Pindolol • Prazosina • Propranolol • Terazosina • Timolol • 
Tolazolina 
Inibidores da Renina AlisquirenoO primeiro passo para se prestar um atendimento especial é aplicar uma boa anamnese e saber 
se o paciente sofre de hipertensão ou algum outro problema. Quando sabemos os problemas de 
saúde e tomamos as devidas precauções o atendimento fica muito mais fácil e as emergências 
são evitadas. 
 
Aferir a pressão deve ser a primeira coisa a ser feita ao atender um paciente hipertenso. Se o 
procedimento a ser realizado for longo, o recomendado é medir a pressão antes de dar início, 
durante a consulta e após o término do procedimento. Tudo isso porque a pressão do paciente 
pode mudar durante o atendimento, principalmente se ele ficar nervoso ou ansioso. 
 
 Tratamento Odontológico 
Hipertensos controlados, no estágio I ou II da doença, que usam medicação anti-hipertensiva, 
toleram bem pequenas doses de anestésico com epinefrina e podem ser submetidos a tratamento 
odontológico. Porém, pacientes com hipertensão no estágio III devem ser submetidos apenas a 
procedimentos não-invasivos em casos emergenciais, evitando, portanto, procedimentos 
cirúrgicos na odontologia. 
 
Anestésicos sem vasoconstrictores (especiais para hipertensos) tem eficácia extremamente 
limitada, pois a função dos vasoconstrictores é exatamente de potencializar o efeito do 
anestésico, mantendo ele no local desejado. Anestésicos sem vasoconstrictores são absorvidos 
em poucos minutos e antes mesmo da anestesia atingir seu grau máximo de eficácia. 
 
 
CARDIOPATIAS 
 
O termo cardiopatia é uma designação genérica que abrange todas as patologias que acometem 
o coração. Dentre elas, as mais comuns e principais causas de morte no mundo são a angina 
pectoris (angina do peito), infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral 
(AVC), aterosclerose e hipertensão arterial. 
 
 Cardiopatias Congênitas: São aquelas desde o nascimento e deve-se a algum erro 
genético ou a infecções como rubéola, sofrida pela mãe durante a gravidez. 
 Doenças das Valvas do Coração: Consistem no funcionamento defeituoso de uma das 
quatro valvas do coração. Esse defeito pode estar na abertura ou no fechamento da 
valva. 
 Doenças do Miocárdio: Defeito no próprio músculo do coração, que se torna 
enfraquecido, contraindo-se com menos potência e cada vez menos capacidade de ejetar 
a quantidade de sangue que o organismo necessita. Uma das causas mais freqüentes é a 
Doença de Chagas 
 Infecção no Coração: Quando os agentes infecciosos ( bactérias, vírus, fungos e 
parasitas) acometem não só o miocárdio com o pericárdio e o endocárdio. 
 
Principais cardiopatias existentes: 
 Cardiopatia isquêmica: Inclui as doenças cardíacas desencadeadas pela acumulação de 
gordura nas paredes de vasos e artérias provocando estreitamento, dificuldade ou 
obstrução ao sangue de passar. O estreitamento pode originar angina de peito e a 
obstrução total, enfarte agudo do miocárdio. 
 Aterosclerose: Atinge artérias de grande e médio calibre, é desencadeada pelo acumulo 
de gordura, cálcio e outras substâncias nas paredes internas das artérias. 
 
 
Principal cardiopatia na odontologia 
Em nosso meio bucal existem milhares de microrganismos, dentre eles bactérias que, quando 
introduzidas nos tecidos por meio de instrumentos, sondagem periodontal, cirurgias, ou mesmo 
uma rigorosa escovação e mastigação, ganham a corrente sangüínea provocando uma 
bacteriemia transitória. Esta tem pouca duração e não acarreta maiores problemas em pacientes 
saudáveis. Porém, em pacientes com comprometimentos cardíacos, as bactérias ficam retidas e 
alojadas no coração, desenvolvendo uma infecção: a endocardite bacteriana. Assim, deve ser 
feito uma profilaxia com antibióticos antes das intervenções odontológicas, sendo a droga mais 
indicada a amoxicilina, uma hora antes do procedimento, devendo ser substituída em caso de 
problemas com seus componentes. Fica claro, então, que qualquer manipulação na cavidade 
bucal que provoque sangramento sugere uma bacteriemia transitória, sendo importante, por isso, 
orientar o paciente sobre higiene bucal a fim de diminuir o número de bactérias que possam 
causar doenças. 
 
Cardiopatas necessitam de tratamento odontológico diferenciado, principalmente no quesito 
bacteriemia. Um estudo de Durack (1995), segundo o qual bacteriemia transitória é produzida 
após 60% das exodontias, 88% das cirurgias periodontais e aproximadamente 40% após 
escovação dentária. 
 
A sugestão de tratamento é seguir o seguinte protocolo para evitar a tensão no paciente: 
 Sessões mais curtas e preferencialmente pela manhã; 
 Usar anestesia para minimizar o desconforto; 
 Uso de medicamentos para relaxamento e controle da ansiedade, desde que em acordo 
com o cardiologista. 
 
Segundo especialistas, vários autores recomendam o controle da pressão arterial em portadores 
de coronariopatias que venham a ser submetidos a intervenções mais invasivas como cirurgias 
periodontais e buco-maxilofaciais. 
 
 
 
 
Referências 
 
- KATZUNG, Bertram G. Farmacologia Basica e Clinica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2006. 
- Artigo: Acessado em 14 de agosto de 2012 às 22h 
Pacientes hipertensos e a anestesia na Odontologia: devemos utilizar anestésicos locais 
associados ou não com vasoconstritores?

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