Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
------_ .. COPYLUX Copiadora , XI de Agosto ,~.J~+- T 9 Fls . .J ~ ,'" I I, '" ,I ~:;.~.:.:::: ... .. " I , ,S.ENT.lDO E LIMITES DA PENA ESTATAL (0) A pergunta acerca do sentido da péna. estatal.urge como nova em todas .. 6poc:u, Com efeito, nI.o te trata em primeira llÍlha de um problema teóriClÓ, nem aequet de reflexClel como .. que te coatumam fazer noutros doDÚJÚOl, sobre o sentido desta. OIJ daQ.uela. manifeSta- ~ çio da vida, mas de um tema de enorme &etualid&de prática: ,~. ~e .. em que ~J!Q!t~.~j~~~,9...U~. 9 .. ~ ~ ho~~~:~dos nQo ~tado ptW,J, ,da,U.~_~~.~._~~m~~,!'!olJ.ntervenluL.!li ' (lutIO pl~~.~~~~_ I~_~!!,,!.!!!!!!o. P!!!~ta ~. ' ela le~~..!.g..9.f.Umij~.,4~~d..e.!.9.ta.tal. dai que do nosPõSSaiiiós contentar com .. respostas do passa.do, posto que a. lituação históricO"' ocspiritllal, constituQonal e ioc:ial do presente uíge que se penetre intulcctualmente num complexo com v4riu !acatas, buev.do em pro- jectos c:ont.lnl&&lDento em tr&nafonnaçlo. FreqlWltemcnte, elta. ~e~a. nla ao vII com I)JUciente clareza, ,\prcndemoa e enaUwnos as «teorias da penu transmitidas através dos !in:ulos como te tala teonaa .. conatituiaaem respoatU acabadaa a uma pt'rl.'Uuta invari6.vel. Deste modo, a temática recebe algo nao forçosa- (t) PlaW1cato pela primeira vez'ln JuS, 1966"p, 377. II, A 14Wida.de do l,n' .. mLo ari1go' proporciOllIf ao estudallte WIIA primeln. viaIo da problemÁtica, IKlllilhu-'-"'Io _ 'OII.arJU1U11to. UMIIdaia • eetimuU-1o à r.n.xIo própria o & ,1i"'II""'~U, M I~ de lltoratunr. J.lmitua"'--.luDtameDte _ .. cit.- .,;III .111 algllDI textol ~ ~-u publlcaç40l doa úlu- &DO" 'I"r N\H 'do Udl ac:eaao para'o estud&llte e que est. deveri« coDlIlIt&r. Tal. rei .. ,,111' in~ 1110 tipificam contudo que oa autQlea CltadOl em DOtai do ~ do pí.&iD& .""tI,"lillI\ " OCNICOpçIo aqui .uatenta4&. mcuU! feape1Uvel: o estímulo estétiCb-filosófico do bem da fonnaçlo. invocado sempre na hora reflexiva da Uçlo: enquanto que. na realI- dade, se trata de dlffdJ trabalho eobre a problem'Uca da lOCiedade e do Eatado de direito adaptada ... particularidades de hoje. Aaim. com base neste ponto de vista. e sem intençlo de transmitir o saber por mera repetiçlo. temos 'que examinar criticamente e com toda a brevidade as soluções de.genvolvldu no passado. Se r!<luzirmO! a l!~ ~~~.~~-~.~m.t~_~l!ca e i~~~aa, .. ~çOea !un~, . ~~!?Ul~~ . ~~ .. _Jl.C)j! ~~C? ... ~~.~puaera.m mais que t~~ ... ~l,uç& •.. à nossa pergunta inicial (1). . .-......... _.... ..' y~~. I. A prlme.1ta resposta é dada pela c.bamt.da ~ec>,ri~ .4.I..l~~~ . '. ~~. Para ela, .. o_~~d~ 4.& ~I!!.~~.q~!..! .. ~~~_~!!!~~ ... ~ .... autor seja compensada media.nte a ~ÇI~ .. <le u~ itl~.~ .. ~ caçlo c!.Ç..tat~~~J.J.~.!t ~!!!!".P!I'A...ft!.~~~~ . t1uet" fin!_1:. ~~Ç~r..s:IUD.AJmlI. m..~_~D~_da r~aliza~~ de ~. . Jªi!... usti i. ~,~~~, pois. ~ .. !'ad:~_~~~DdA..wn...f!..rr.t em li mesma. Tem de existir para que a juatiça impere. KAlfT r.) for- . mula esta ·teoria do modo maia exprelSlvo: eMeamo que a lOCiedade - civil com todos OS seus membros decidisse dissolver-te (v. g., o povo que vive numa ilha decidia sepatar-ee e dispersar-ae por todo o mundo). terla~ an.tes. de ser executado o lUtimo uswlno que estlveue no CIU-- cere para que·cada um eofre ... o que 01 eeua actos mereceuem. c ~ que ~ culpas do aengue nIo reea1ssem eobre o povo que nlo baja ln. tido no seu cutigo. (a). A conhecida f6nnula dialktlca de lhGJtJ.l9bre a essancia da pena como uma negaçao da negaclo do direito (') -!!.i . (I) Em ,etaI 'Obre .. toori .. da pena. e mal. COUctet&meate IIObre U queat6ee da culpa e da retrfbulçlo. NillIr,ellrlftnt 4I6trlil ftlNttp,. i" Cm,,. S""""C~ft01t. voL I. 1956. p. 29: m. XII. 1959, p. "3: PUIOa. P"lulll-. f. 1.1...,..,. 1954, p. 71; BocxlSLl(AJ(K, S~t1rt4 StlItfW, 2,& ed •• 1958; SrIlATU_ waan.. EII. TllIOIiIIÚ. 1958. P.337 e ... ; Schald liDeS SUh,e. DmMIwt Yortrlt. Q6Ir iii,. lÜtú#IIM Swaf~. editado por Frelldenfe1d. 1980: Aannnt KAUnlAKK. Das S,ItWf'rltuit. 1981; No",", DII 11M"", B,~ tI# SI1./ •• 1962: SCRXIDHXuoa, Y_ S.,.,. tÜr S""/" 1983: SclM4l4. J'''''''~. 51,,/,. ed. por Frey. 1964: BAtJMAJCJC. JurBL. 196.5. p. 113. (I) DÍI M.üplt"ill dw Si",". f "9. E I .. KIMit .• SIv4ú",1Ih4 4., Wú'""oA.jf-1~1t,,. JJ*""",IIC/lflfI. ·vol. IV. 1958, p. "SS. (I) Cfr. em. putlcu!ar·NlIo.ucxa, SchlHAu. 1984, p. 203.: C') A 16ntsllla eDCOIItn.-a. DO I lo.c doe GtwuIUMi", tü, Pltlknopltll ln. Rultú: a teoria d. H.ou. do Direito penal , tratada IIOS II 90 a 103 deua obra. ctr, recentemente (de um ponto d. vista mandata) a trad\lçlo alem' -16-. o v -, -. \ 'JO U '. \A ~ ~.Il l' .. r> Vf'J fi{ (Jt... ~" IVV'o. ...-' )W)(YV\' r .., exactamente o mesmo: c.omo 6 a~ hiatoricam :te~. ~~frimento da peD& que. o crime li ~qu11a~nep~~o~~t. a tAíõlõgiã riu aêIíê .. mõdõ. rwt&beleeo Q dJ;el: ~_l"'.".';'-ente b.oj. como .ontem, ... . nfiaaOea sustenta k"W--:"--" • _ 1"\_ .' de ambas u co i'd d . juatiça como mandato de' .u=8. este ponto de vista. com eran o a dldâI êÍivina na como eacecuCíõ da. funêlõ lu . " ....A.-.. commte JI...1 pe ~t&ncia de 'aqui conf1Wrem, .. nuJDa ,...-.~ . o A . '. _.M ... ~ c:n.U que. no akUl tradi ..a" flloeófica do idealismo II a .. ~ "..._ alem1 & y-. ólti lu maneiras a cultura ""'lIue&a • paawio. pen~ de m p u.a1a~~ da. retribuiçlo tesn constitui ~ente a .n.z&o peJa q contando ainda no presente com desde sempre IJnperado na Alemanha. . o mal.0l' ~=efo de adeptos. . ,:'. ente, da cOmpezll&çlo 11 igualmente inqueati~ve1· :':::~~01Úa superior .. noeu. retributiva. ao pretender traze: um força. trlun1almente aublime' ... qual fd.gil exíat~ tenena. posSUl =ente com. ela. contudo. 1110 se poderi , muito diffei1lUbrainno-nOl· eata tal. Hepdcm"(!i trta auuDmrtoa COD- _ justificar cabalmente a ~ IMIf'f (/4-c./a.. '. trúios...!_) I/NI~P'OO u"P'? 77 :'.;0' ." .1) Na verdade. a ~rt.: da retribuiçIQ pressup&l 'ii a Itece::: . ..._ .......... fM ..... _-_.a.. Pois· .... o teu s~ .. _ ._.' "". uoweu. ....WUlM:IIl...... ~.. . . -...._",_ que da pena. ... - ... _ 1 humau. SIlo se pode comJ~ ..... ",.~~ "::.,.. na compenaaçlo ... cu]»o ....... . tóCI& a ·cülp.. (1).. Cada um 'QG. o Estado teDba. de t'ébibulr com Ó ~Xfmo de muitas manetru. mas. nós considerwe cutpt.dó ~ ~ente a cutp& jurldiea acarreta nll.o somos por isso pwúveis. E. ~pJo um dever de indesn- """""'_ .. tipo di_. ':" por ........ ~;~~t""" nlltl\çllo por dtno&. DIU a~ ~ .. ~:: .... !.c: m ~II dA rctribui~~ portanto •• nlo :; s ~ sej~ q~ J~..m o.!.~- .... Ini!'. mas apenas refere. ~ .. ei~ 'W1..._f_ UJn crime.. FICa ~r~ I" m ela ter .. _ feU>.11Wl' • . _ .. '"h'- . ,.rioll-uma pena. COi de.sabercíÕÍiqüê_uRõit~ .. ~~ .. _~~ ntaolvvr a questlo decia V& - ne.t odo & teoria .da retribWçI.o ~_ .utori1.1\ o Estado & castígar. & m Úmite quatllo 40 ~. &0 CIMII" perante a tarefa de esta~ped~ que'; inclua no Código Penal_o llC)(\rr punitivo do E.'1tado. ~~.n1o .~ ... _- .... ,-a.J!'IrI.-:-"o."li'êfáIS-ae'finputa- ...verifiquem o çn~C.ll &'. __ ... __ .. _. ",,,,\cIIIl:r conduta. e que. ~. . .... 'ftl:l";'. 'co" ncede' -de certo modO. um ., . fectivamente 1'............. . . .. , ~. tn\ cnnduta seja e _ . ,..... . . .. . .,.".~ SIMI 11M R,olll 11114 "~fN .. oh ... I'CIvl6tlca de PIOH'tI:OWSD. H.,." ~ lh/t.ltU,o,i,. 1960. . ScJom)alv.. .. p. 40 • II. . I') Clr. nomeadamente -17- Thales Realce pergunta inicial:nullnull--> qual o pressuposto de um grupo de homens para retirar a liberdade de outro indivíduo? Thales Realce teoria da retribuição:null--> culpabilidade do autor deve ser compensada mediante um mal penalnull--> pena não serve para nada, apenas para a realização de uma ideia de justiça.null--> pressupõe a necessidade da penanull--> pode ser associada a um cheque em branco entregue ao legisladorThales Realce Hegel:null--> crime é aniquilado pelo sofrimento da pena que vem a restabelecer o direito lesado.null--> justiça considerada mandato de Deus e a pena como a execução da função Divina Thales Realce o fato de as pessoas serem consideradas culpáveis não implica em punição Thales Realce teoria da retribuição fracassa ao estabelecer limites em relação ao poder punitivo do Estado \. ..... -. I':'. ~ ',' ~'. '. I' I I I fI"' ... .,~.- ••• '.'. '.-.. .... .. ... , .. ~ ..... _____ ~~~ branco .!~_~~. Asaim 80 explica tamb6m a sua utiJi. zaçlo, que perdurou Mm qualquer alteraÇlo constitucional deeU' o' absolutiamo aU hoje, e que revela sob este ponto de Vista DIo apeDU . uma debilidade teórica mu 'tamb6m um perigo prático. If)' No respeitante ao segundo argumeDto contrário, posso ser breve: m~ que •. afirme Mm t'eatr.lÇlIIee • CODIpetencia do Estado para punir ~onnu de conduta rea'índu com culpa, oontfnuari a ser Úlaatiafat6ria a Jus~o da S&DÇIo peDIlCOIll recurso à ideia de compensaçlo da cul~ A liberdade hQJ11aJla ~ a liberdade da vontade (o livre arb{. trio), e a lua ~~o os PNprioa ~OI da ideia fi. mri. ~con~, .~ hJ(;lemo~!rivel ('). 1t certo que as recent~ IU!t.ropológicu demonstraram que DIo exIste uma determina. çlo biol6gica geral do homem (contrariamente ao animaI) e essa rela. tiva f~ta de esquenuà'ínltitivos fixos , aubstitufda principalmente por modelqe de condutas ~turais. )W.A q,,,~ da po!IÍbill~ de uma ~qp.!..~~ ll~,~~~~ a factor. de determiDal'll", gJit. sAo ,".~I·O divetsOl' _,_,_ I::.:.:.....-::n..~.----_ •. :r:::: iO=--:~··--_· ..... .' ... , ~~o, ':'A"IM1A~v.a:':!.~.g~.~_na~ r.~ ...... • ~ miq-offsicos do c6rebro humano. E ;;;;;;;mo IHIA ...... p:etendeuo ~ a U~de d& Voii~'~ial, ~d: ~*. se respondena afirm&ti~te .. pergunta deci&iva do ~ de /8&ber ..... homem conlftto poderia ter ~. de um outI'o ~ _ .... De8Ia IituaÇlo conc:retai .... questlo, Como Mm heaita90es o ~. festam eminentes páq.tru e psIcólogos, , imposs1vel dar uma res- POS:a com meios cient$c:oe ('l. Assim, por exemplo, a expoaiçAo de motivoa do projecto d, Código Penal de 1962 diz _peDal que a lei se tdeclara particUrW da IUpoeiÇlo tdo que a culp& humana Oldate e que pode IIOZ' comprovada e medida. 19aalmente & Cibáat, afirmHe ainda, tpOC1e privar de fundamento a conviCÇAo de quo .existe culpa no comportamento humano, Recentes inveatigaç6es admitem tal poaslbi. Udadet. Assim, segundo u suas p~priu palavru, o lecWadOl' justUíca a pena ~penu com uma hipótese que, mesmo do sendo refutada, tio- C') Sobre a l'eCeIIte pol6mlca ac:erca. da liberdade da vontad. e a lUa ÚIlpor- tbcIa para o DlnIto peDal: NOWAKOWlIU. FUiUw.J. RiMIM-, 1957. p.lSIS: EM~ Dú L./tn - tI#r Wus.ru.frIU"" "'./fwAIIpllilHopllNtIItM DoAIrl,. tIw G.",.-, a.· ed. (1965); RoaJIa, ]arBL. 1965, p. 228: Ha.D. KA1InWf1f ]Z 11'02' p. 193; Ao E. Bu)'DCX, lISchrKrim. 1963, p. 193; KAlfcMa, ZStW ~. 7'" p. 119. , ,,_ II, C') Clr •• 1I1t!mamerate, ~'" ZS'W, vol. 75, p. 372. -18- .pouco 6 COU1in-ovtVe1. NI.o obstante, do basta uma IUpoaiçl.o deste tipo para explicar o direito • interve.nç< tio graveto @ Mesmo quando se considere que o alcance da:' penas estatais . e I Culpa humana se eDcontram IUficíentemonte fundaínentac.ia!l com a. teoria da expiaçIo, colocar-ec-ia sempre uma ~ objccç4o, a sa.ber: própria ideia de retribuiçl.o compenaadoia só pode ser pl&uslvel. ~edlante um acto de f&. Pois, considerando-o racionalmente, ~ compreende como se fV\Ae ~ um mal ~etid:?, ... ~?~~~?:lhe .. .._- -_ ..... _~ .. · .. ·iii· .. ·ir .. CWO que tal procedimento um segun(lj) mal, 80 a_pc..... "ua1" .. "'" .. " ...... . ... _ . ..,..-"~õ iãi'ptllso de vingança humana,. do. q sur-corres~. ao .. _.. .. :. ,,' ...;;.'''........-e. assúnçAó 'da tét.nÕÜíÇlO giu histoncamentê a pena.~ COWN~.!'" ~. '.. ..... ..• .' pelO Estado 'Mja' 8igo qua1itativam~nte dis~to da vingança h~~:e • '.. ....... . tCUl. de s e do povo., exnle ° que & retn'buíçAo tome a seu cargo & ... pa... angu .' 7"1< ......... . dellnqUeDte, etc., tudo isto , ~ncebivel a~Da1 por um. acto de t.~~ue, ,.::;...:.ü ... ·: ... s .... · _K_ pode ser im ...... " a ningUém, e DI.o , Jogando a noaaa \NUIt ..... Y-",....... . r-- . " ...... . . -'--te todos da ""Da. estatal vAlido para uma fundamentaçAo, VUl" .......... ;~ •.. Ã" .. ... __ ~ 11o-poaco se altenL alguma coisa com a mvocação !lo mandll.to de ~ Como, sabido u nossas sentenças Dlo &lo pronunciadas. em n9me do Deus, mas em nome do povo. Numa é~ 5UO' faz denv,: todo o poder estatal do povo, já nIo é admiIslve1 a legitimação de m~ ~ estataíl cOm a ajuda de poderes traDIIcendentet. Além do malS, nlLO me Pateee que tal corresponda ~er ~ essência de uma verda- dllil'll. religiosidade. Que' aabemos nó. da jusüça de Deus para .1loS arro- gllTmos a. capaddade para exprimir com as nossas sentenças Dlo .apenas . Q honrado esfOiJ:QO da nossa defeituosa justiça terrena mas, ~ulta- 110ILmcn~, a vontade de Deus? A máxima. blblica.a1lo julgu.eia, para 1.10 IIllo sejais julgadoat 6, assim eDtondida, precisamente um veto con-~Q IL hlbrida crença de conhecer o juizo divino sobre a culpa humana 1'1 poder executá-lo (I). .. '1 Hcsumindo numa só frase as tr.êa. raz~: a te~na daretn~çã. . .... ...• ''''-''''''''bscuridade 01 u sto; da pum nAn n05 serve, porque éiiii.Xã na o '.' ._ .... ~ .. !,PI?_." ...... " .... _. __ ..... '._ I bUldnde, porqllo 1110 estiO coii1prova.ê:iOSõS:~ fu,D~~n~~ o po~ue 1 • . .... ." . ,,_o - • testável . nã,o ~:~I::::~~~:ef~=~:a :u~~~ô~":idd~ Se" :n~;'trnl em ."eposiçOes recentes, da ideia de rem'buiçl.o (que roçorda em doma.-i (" Acerca do cariot.er problemáticO' da ~uramoral pronuncll/oda. pelo ..... alr. tanü>411l A. E. D __ x. KScMKrim, 1958. p. 129, .- ., ~19- Thales Realce é considerada insatisfatória a a sanção penal como recurso à ideia de compensação de culpa.null--> não se sabe se o ser humano possui livre arbítrio, mas se parte desta suposição, portanto a culpa humana existe.null--> suposição do livre arbítrio humano não basta para explicar direito e intervenções tão graves Thales Realce ideia de retribuição implica um ato de fé.nullnull--> um mal cometido é pago com um segundo mal que é o sofrimento da pena Thales Realce a justiça é considerada divina, mas as penas são aplicadas em nome do povo, não de deusnull--> ao utilizar o poder estatal do povo, se questiona a justiça divina. Thales Realce teoria da retribuição não serve para a sociedade, uma vez que deixa na obscuridade os pressupostos da punibilidade.null--> não estão comprovados seus fundamentos.null--> profissão de fé irracional não é vinculante 'l o an:aico princfpfo de talllo), pelo conceito ddbIo de teXpia-(t)~ ~edida ~ que, se com elo se alude apenu a uma fCOmpe.n-bj~ pu legitimada estatalmente, lubslJtem integnlmeDte as o contra uma eexpiaçlot deste tipo. Se, pelo contril'io,se entendo ~ ~o sentido de u.ma purificaç&o intorior conseguida mediante' pendimento do delinquente, trata-se entlo de um l'eIult&do moral, quo por meio da imposiOlo de um mal mais facilmente 10 evitar mas que, em qualquer caso, se nlo pode obter pela orça (11). ~ i @ .A segunda 101uçlo, em relaç&o à qual 8e deve cUrisir a noai. ~ critica,. 6 a teoria da chamada preven~o especial. Esta nlo end , retribui~I;-o. ,f~o ~~ assentando a justificaçAo da pena ~acffi!' ) , 1.-1I'-_en~~o,~~A~t9~ aut!>o Tal pode ocorrer de três maneiru' " ~ ~do o corrig1vel, isto ~. o que hoJo chamamos de ressoclalizaçlo: ~ 1DtinUdando o que pelo menos 6 lntimidável; e, finalmente, tornaDcb inofensivo mediante a pena de privaçAo da llberdad ~_ .. _ .... , nem ......-I""vei intJ '~l • o os que nlo alo -"'6' s nem m1aaveu. Esta teoria, quo na sua formulaÇlo moderna procede da ~ do Iluminismo, retrocedeu no sblo XIX pelas razOes menc:ionadu no princ:fpio,ante a teoria 'da retribuiç&o: ~~~,.#D~. Mculo. teasurgiu com nova força ~ ao RANz V~,~U) e à sua escola. Enquanto que Da.Ale- manha voltou a retroceder faco ao avan90 da teoria da retribuiç&o no estraDgeiro adquire uma enorme influência, por VeJ:es dominante' graças ao moviJDento internacional da teiefesa aocialt (1lI) , A ideia do um direito penal ~tivo de 8eguran~ e colTeCÇlo sed~ pela lUa sobriedade e por uma catacterfstica tend~cia construti~ o .~. Mas, asai~ ~omo é clara nos seus fins, nlo fornece, em con- trapartida, uma justificaçAo das medidas estatais necessárias para a sua (e) ctr. _ -tido c:r1tic:o Ea. 5cJrIfIDT, MlIUrlidlM .... SINfr-.~tj. vol. \~Gt4IalJAI41I dIr S"'.,/ru"",IIt,,,. p. 9: ZStW, \101. ~, p. 1". --, ( ) Pua.te fim. .. , pouIve1 COIIIepi-lo medl&ll~ llltervmçao pod!amd ~~. dtei. mecUc!u terap6u~laie como, ai quo previ :x= , a JIl'8WII~ 1OCial, que .. clieoate Np.Iduallllte D.r i U ) O mal. adequdo -.o latrod1l9lo 6 o· tamOllO trabalho de ÜUT WÜpltmA. I ... S""frwltl- o chamado tProrrama de karbar ( , que EIUX WOLF voltou a editar, algo abreviado lI&"rI D _eM R" 1883)-. (tomo 11). ' ., I uAúüllll,,. 1958 (U) Axcn, MSchrKrlm, 1956, Mparata, p. 51 : WO.n"".Q •• , kSchrKrlm, , sepuata, p. 60: HlLDa !(Av»""",. Pu""". f. II. W,6w, 1963, p. ~18. -20- prOllleCU~o. Aqui reside a vulnerabilidade ,desta teoria, quo resumirei em trb objecçOes: 1. Tà1 eom~ a teoria da retrlbuiÇio, a. teoria da prevençlo, especW-- -- nlo JlOSSibiUta uma deljmitaçlO do poder punitivo dó Ratado guan~o ao. teQ conteúdo. NIo. se trata apenas de se~ÓI todos culpiveis, mas de todos neceuitarmos de DOS c:orrlgIr. :Jt COI!to que. se«undo esta COD- ~o ' o esfo teta ti do Estado . . . d ' ? o. 1 mio a ai, contra o mada dos, t eoci.edadi ~ o J?9Dto de J)!rtida ' coiitiiiua a ser luficitm!~,~. Ppr exem~o, 6. possivel u~ , reiiiiííe, politicQ no poder submeter II n.n.~ODtot penal, n. ~a1i.- dade do soc:iabiIente inadaptados, os lplml,º, poli~ )(U, se ,se dirige Apenas aos eusociaist em sentido tradicional, como ai! mendIgoS, yàga- bun4~1 . .Y.Itcfu!,. prostitutas e outras pessoaaJndwiw para a comu- nidade... irlo entrar na esfera do direito penal grupos de pessou cujo tratD:mento como Criminosos dificilmente se: Pode fundamentar com })ue numa ordem jurldico-penal como a qUe Bôuuhnos. cUrlpda ao f~ Isolado. A ideia d~: es~ tlo..pouco ~ :2 1~Ç!o_~emPõí'tJjã ~estâf'iíJD~-- em que ~,.~ ~ente ~ ~ wp trat:amehto ,até que se ~~!. sua definitiva ~""'J:P:..q-~ a iuto dura~ fosse Indefinida. Do pontb de vista de um. direitO 'penal COl'l'tICcionalistâ~ nem lMIquer se podo tomaI' inteligive1 a vinculaç&o to descri~ exactas' do 'acto nem a exclaslo dá analogia. Numa palâvra: a teori4 da pteyençlo .. pecinl teJl_~.!J maia que gm direito penal da ,culpe. retributi~ •• deixar ~ pnrticular il~f:t.4amellte à merc! da intervenÇlo -estatal.' ,', ., ' ~ certo que u aludidas'tonsequências apenu foram extraidas pelos "J"tl"cl1tnntes mais radicais desta teoria.. A maioria continua Vinculada .. Ilm direito penal do facto, a, uma rigorosa descriçAo da tipícidade e a wna ptlna precisa. Tal facto demonstra que os defensores da teoria da IIf'!v.,n('no especial nIo podem eXpliCar a partir da lUa posiçl.o iniclàl .. "m"nmcntos por eles propugnados para o direito penal vigente. ANlfll, IIlm~m eles têm Como pressupostos a extenslo-e limites dó punitiv.o estatal, que p~ente deveriam fundamentar. li, Contra a concepçlo da preYeDçlO especial. alegoU-SO frequen- \" tJl1l11 segunda olljecçlo, que, todavia, n10 foi ainda c,onc1uden- reuntidn.. Consiste ela no facto, do quo, nos gimea mN, JIIW teria. de .. !,J!l~-se uma pena caso n10 existisse perigq, de O exemplo maia contundente é .consütüIê!o, nOIte momento, Thales Realce teoria da prevenção especial.null--> prevenção de novos delitos do Autor.null--> prevê a correção do corrigível, ou seja, a ressocialização do Autor.null--> prevê a intimidação do intimidável por meio do Estadonull--> caso a pessoa seja não seja intimidável ou corrigível, então deverá ocorrer a privação da liberdade do Autor.null--> teoria com caráter construtivo e social Thales Realce vulnerabilidade da teoria da prevenção especial:null--> ela não delimita um aspecto punitivo do Estado quanto ao conteúdo e o tempo da norma, além de ser dirigido aos inaptos à sociedade, permitindo perseguições políticas.null--> nos crimes mais graves não teria de impor-se uma pena caso não existisse perigo de repetição do fato.null--> a repressão daquele que não se adapta à sociedade pode significar a imposição de uma maioria sobre uma minoria. Thales Realce teoria da prevenção especial prevê um poder penal ilimitado ao Estado , pelos assasainos ~~ campos de' concentraçlo, alguM dos qurJa lUta- ram c~ê1Dí~te, por iiiõtivoi'~móiiiêiU peaaoaa inocentes. Tais asaasamos ~vem hoje, na sua maioria, discreta e socialmente integrados, nlo neces&1tando portanto de cressocializaçI. alguma; nem tIo-pouco existe da lua pute o perigo de uma re1Dcid6nda ante o qual deveriam ser intimidados e protegidos. Deverlo eles, entlo, permanecer impunes? De resto, o problema 6 independente desta aituaçlo histórica. Também noutros casos sucedeJXl graves crimes de sangue (e naturalmente outro tipo de .crimes) que frequentemente se devem a motivos e lituações que nIô se voltal'lo a repetir, e nlngu~ retira de tais tUGI U COI1- aequ6nc:laa da Jm:1z,dade. Todavia, _" .teoria da prevel1*.~ ~.6.~paz.de fom .... ~"~ecessária fundamentaçlo da necessidade &:" ~~.~ tais situa~ '. , ' -. '" 3. Finalmente, = ten:eiro lugar, sendo certo que a ideia da cor- . ~ ~dica UJD fim da pena, ela, todavia, de modo aJgu~ cont6m em 51 ~pna a jnstifl.eaçlo de' tal fim, como pensam a maioria dos adeptos :sta teoria. Mais ~portante é perguntar: .!...9.':l~ .1~gitiml..1 maioria "::::~lh=A:.:::: •. ~C? ... " • .9.m1aL..!..DÚ.!l,!)~a. *~.!,C~L~odO!.~Y.WI. ue .!_~_ .m1o.l~ De cmde nos vem o direito de poder ~~ e' ubmeter a tratamento contra a lua VODtade.peIIOU adultas? Porque nIo hJo.de poder viver conforme deaejam 01 que o fazem ~ marpm da eocledade quer se pense em mendigos, prostitutas ou holllOlM- . " xuaia? Seri. a circuDltADcia de serem inc6modoe ou indeaejbeia para . muito. doa le\lS conqdadIoe. causa suficiente para contra eles JI'IOC8- der com penu cUsc:qm1natóriaa? Tala perguDtas parecem levemente . provocadoru. Mas com e1aa apenu se prova que a maioria du pe8IOU considera como algo de eYidente o facto de 10 reprimir violentamente o diferente e o anómalo. Todavia. saber em que medida exlate DUJD Eltado de Direito,competancfa para tal, eis o verdadeiro problema que a ~ncepçlo prevetivo-especia1 DI.o pode ~ partida reaolver. porque cal fora do seu campo de VÍ8lo. Exprlmindo-o numa só frase: a teoria da ~~!:~~~~~~~ -.22- .. lU. A tereeira das resposty tradicionais" ~ nOUlL pergunta. inicial v6 o sentlciõê fim da pena. nlo na Influepcia.,..,. quer retributiva, quer éorrectiva ou protectora - o 6 '0 ente, mas nos seus efeitos intimi ' " era).': .' . , .' ',' , ,';- "",', ',' '.' " .~ ta teorb. ~ em€"sJWl v. F'ltUXRBAêJ;(l') , ôfundador da modema ciência alema do direito penal, o seu maia famoso representante, o qual !lOS principios do século XIX baseou o seu influente sístema, com largas con.sequ~, no pensameDto da intimidaçlo geral. Todavía., nos. nossos dlAiô' ,a conc:epçlo da prevençlo geral nlo .perdeu .de modo ~m a sua imporU.ncia. Se na expoaiçlo de motivol do DOSSO 'pro- jecto de Código Penal de 1962 se pode ler sobre a «força. modera.dora. dos costumes.t da· pena. e se. como sucedeu' recentemente, o legislador Gumentou de modo driatico u pen.a para a embriaguez ao volante e 9utroll c:rimea de trifego, 6 porqué por detrás esti .lI8mpre .l!~n~ ideia de....!I!le com a a~ Código Penal s~otivàr a genera-Íidad~~:~_~~ . ..!e CO~iéR de acordn..~';;\~\!I... 2~. \lma consi~ de llatureza claramente. mY..m~.!.ct~-... :., Por iímito evideDte que tudo ~o possa, parecer para o alo enten-~mento humano. 'u) observador c:dtico INJ'gem imediatamente alguns ~gumentos contririos:· ' 1. Em .E!!.meiro....!.~~. ~ em aberiCl •.• L!1YdQ de... .. ber f~ a.' düi êõi1íOOrtãíl1;ntõiliQMJ&i..2.iI.tl4!u,.!.~g,.dc ?' inti- tnldar. A doutrina de prevençAo geral partilha com as doutrinas da .. ye\rlbuiçlO e da correcçlo esta debUidade, ou aeja, permanece por escla- Jtcor o 1mbito do c:riminà1mcnte punivcl. . A ela se a.c:resce~ta uma. "'Icrior obj~: uaim como na concepç1o da prevençlo especial 010 ~ cWIl1litávcl a. duraçlo do trata.mento·tera.~utico-soc:ial, podendo no caso conC:'IIto ultrapassar .. medida do defensável Duma ordem juridi~liberal, • p<mtll de partida da prevençlo geral possui normalmente uma tendên- ... lN" o terror estatal1~' ~~~~~~~~~~~~~~~~:. !,,"cd 1\ reforçar iI --23- Thales Realce a maioria obriga a minoria a se adaptar ao seu modo de vida. Thales Realce teoria da prevenção não pode delimitar seus pressupostos e consequências.null--> não explica a punibilidade de crimes sem perigo de repetição.null--> adaptação social por meio de coação Thales Realce teoria da prevenção geralnull--> motivação da população para comportar-se com a ajuda do código penal.null--> natureza claramente preventiva da teoria. Thales Realce críticas à teoria da prevenção geralnull--> permanece no âmbito criminalmente punível, de modo que não é delimitavel a intervenção estatal no conteúdo da norma.null--> intimidação do Autor por meio da pena, tornando-a muito dura.null--> impossível provar os efeitos da prevenção geralnull--> não se pode justificar o castigo de um indivíduo em relação aos outros, não a ele próprio " , ~! . . Se durante, a guerra se dec:retanm 'U penu mais graves, incluindo sentenças de morte para crimes inalgnificantes, tal deveu ... lndubit&- wlmente a motivoa de prevenÇlo geral. Contudo, H afirmatm9.Ul.!!' nem para~~, .. ~~JI!;u~!JintJ~,tifl~ qualquer meio, ~.~(t~ ~~fo~~ .. ~~ .~~: A preveDçao geral necessita, assim, de llJIl& deli- mitaÇlo que nlo se depreende do seu ponto de pa.rtld~ teórico. 2. O prcSxi.mo t.OOUDcnto con~9~~ta .. ~~.!~to de gue, ~ ~uitos gru~ de crimes e de ~JIn~~tes.!_~~~..J.!_~guiu ~ !!~Lagora-º-~ de ~ ~ ~ Pode aceitar. que o homem médio cm situaçOes normais se deixa influenciar pela ameaça. da pena, mas tal do sucede em todo o caso com delinquentes profiaaio. jnais, nem tlo:pouco com delinquentes impulsivos ocasionais. ~_~ f&cliiln& ,!~a'in~ :~-~!ü~~~ ~:~~lapenaia· ••. ~ .... _-" ... _ ... , •. ,_._._".. penas corporais e de morte dos séculos passados, como do supUcio da roda ou esquartejar e cortar em pedaços membros elo corpo, DIO conseguin.m fazer diminuir a criminalidade. Cada crime constitui, aliú, pela 1'111. mera existbcia, uma prova contra. a e6d.cia da p1'Wençlo geral, PodHe certamente opor que, aegundo a natureza das coisu, lOIDente t'esUltam visfveis os casos em que Alo MI obtew Wto. Todavia. ,pre!lCiftdmdo de que, pelu eausas apont.daa,eate hito seja,duvidolO em muitoe crimes, par& alân do mais seria de certa forma paradoxal que o direito penal nlo possuIsse aignificaçlo atcuma preclaamente pari> OS delinquentes, isto ~. 01 Dlo intimidadol- e, potYeDtura, 01 pura e aimplesment~ Dlo intimidáveis - e que do clewase prevalecer e legitimar"" face a eles tamWm. j 3. Isto coDduz-n08 • terceira e maia importante obj~ contra a prevençlo geral. Çom~, P.,9.I;l~_i~~ que H cu~~ .. ~~ in!Ml1-4:u(),_~~.~.~~~er.a.~0 ~.~~~'.~s. !~ ,~~!~_~~§.utros? Mesmo quando seja eficaz a intlmidaçlo, ti dificil compreender que posaa ser justo que se imponha um mal a algutim para que outros omitam cometer um mal, JI1 KANT o criticou por atentar contra a dignidade humana, tendo afirmado que o individuo nlo pode «nunca . ser Qtilizado como meio pua as intenç6es de outrem, nem misturado com os objeetoa do direito das coiau. contra o que o protege a sua , personalidade natuw. ~). ~! ... ~~~!~~_~: .~~_~~~~~: -24- ~-- ... ti . e que ~eja ~m ~y~_~~!!~e~~ dO~~~f.~~~· ... '-~,', , ",' " da nacoloca IV. Desta forma, o nosSo ~eo ~~e:!' ~ resiattt, ~ em evid6ilda um quadro pou:, sua eaco~ lCl' facultativa domonatra crltica. 'O f~o de na prática •• nal, tal como se apresenta já a sua Unue vitalidade, O nosso direito~ dificultado seria:. na' sua apUcaçlO diAria. n10 se vê C01l en:m de~ mente por Denhuma destas concepç6es. ~_., ... ~ tmrl.as- mas. ....... nruliOl as poDtOl débeis ~~ :111ia per~~. pmdos a~~ ~~o ~mo. em vez ~_~ ~ J!U ~ ~iaU' p:At. "."..IW caminho lo ctwnad!,..~~cm.t;. do nosao Projecto de Clntre ai. '~ dis na ~çI.o de motiVOS , , : ' " Código PeDAl de 1962 M': , 'o",; , .o d'ro'-+o nAo vê' O ~ti& da. ~a apenas ~ comtid~ J""" Sim .. u .---ente potII1Ii o een 0.5""-da culpe. do deliDque,nte. ... ;;;:-~ tamb6m' determinadOl de ,fazer prevalecer a ordem jurl. linha o fim de prevenit' futu- fins poutieo-c:riminais e. em :ando ~ delinquente e 06 domaia ros crimes. Tal pode ocar:; fa.et0l E pode conseguir-se de modo pnr~ que nI.O cometam a: IQbre o cidinquente para voltar a ganhá-lo' nU\iS duradouro actuAn ' fins' se collJOgttom em parte por Jltlrtl. a comunidade, Todos estes "-eto pode-se igual· .. :. t _!Ia.. Mas no caso co..- " Ri mesmOS mewan e a r- ......: .. , consegui-los atra.vés do. tipo e lIIunte procurar de modo es,r-- , , ' " ' medida da penat. ,'. " ' ~ , '. feU com ~m... ~ulaçlo de Nilo noS podemos dar por satia os teoricaplente o Projecto. ,*""bllidnde' de aetuaçlO, tal como defende , ' ,_" ' " " ", ,', 'I",' (If) p.98. -25- ~-~ certo que a 10 baaeia em ter percebido correcta-mente que cada das 'contêm pontos de viata aprovei-tAveia que seria. err6 er em absoluto.. Mas a tenta.tiva, de luar tala defeitos justapoDclo simple.meute trai concepç&a ctiatúrtu tem forçosamente de fracuIar. fi que a. mora adiçlo ~.IO.JUDtA..dIIa. tról • 16sig1. itp,n,mte .. CO~pçI.o" c()~9..,.aumentao. ~RJjp da 'plj .. ~.da pW .... Jdlual..ac..c:DJl.Yerte. usún lI.~~ .. meio ~~ ,r~i!.OJ.Rtq,J!IIL.. i~~.~.ç!o. 'Os efeitos de cada teoria nIo se suprimem em abeo- luto entre si, ante. se multiplicam, o que nlo só ~ teoricamente iDacei- ~nl, como multo grave do ponto de vilta do Eatado do Direito Se esta ~ w' foi ainda poata em evidbçÍa na prática do direito, isso éleve-ee • que os tribuDaia Um amplamente em conta as dec:is6ea valo- rativu !=OpatitucloDais e IS ~ciu de ruIo .ócio poUti.c:&" sem aproveitarem. 'o a;nplo ~. de manobra. que lhes 6 of~' peJa teoria UDificadora. PreçJaamente por isso. as queatlles fundamentais jurldico-pcnaJa discute~.. hoje na lUa maioria 10m re1açIo alguma. com as teorias da. ~, que deste modo ameaçam perder a sua actua- lidade pri.tic:a. NIo podemoa. COJltudo, renunciar a uma CODcepçlo teórica fechada do clirelto peul. ~ e6 ela noe pode ~ um JMddo pua .. 'ÀUJIMIl'OIU propoItu Cl1M earcem com. .. diacuado da reforma o porque cada replam.entaçlo C9DCnta só pode adquirir aigDificaçlo dentro do todo e, coDSOaDte este, MI' valIoIa OU indtil. TeremOl, ~t.lD: ~~~:~~~e ~~.!_D!»~_*-~1!:ID_, " COD .~~~~ B-y -26- e li: Imento do poder penal. emboTa ada. - delas ~p1i .. formas d:pe.xec • liberdade do individuo. Como VUllOS. ~ intervenções es~cas na várias teorias da pena a compreenslo permanece lOTa do honzonte das estio no -nllpe1 e que reque-._:.a~ ...... , ..... "ue de momento apenaa r- d 1 r' de wu- 0& - _- .,. _ al6m da vontade ..subjectiva o' ega- rem uma,legitimaçlo pRV1a. rarad t e tanto li. sentença como o melhor ._.. E contudo tomIL-118 eVl en e u. d ~or,.. • cl.ári. carecem de aenti o se. ~ o e maisj)tOÇéSaiV0 ex::~,,º subm.etidos homens aob.!e os, 9.~ ~~~.!._~_~_~quentT ')pul4n~ ~~ - . <êOm' çOes l~ e perguntemos; 1. ComeeeInOS, polS. com as~~. 'dadllos? . . .• ..!_-t l)On& o legUllador aos seUS C1 . 9.~~.,p9do pWlnr me~.e a. ...úãl o campo de actuaç10 Tal depende. -em pIlDlell'O lugar, d~.::i: mo todo o poder estatal "ue ~ atribufdo Bp Estado moderno. HOle. co rea.liAçl.o de tins .';10: ...... - ii nlo 110 pode ver & sua funçl.o na advém do povo, ai outro' tipo Como cada indi- ! divinQlt ou. ~ndenU:::u q:o:~:WdAde de direitos. essa funç10 vlduo par:ücipa 110 poder. .'. corrigir moralmente. mediante a auto- nlo pode ~~:nsistir .:f'am considen4U como n..o esclateâdaa , ridade, pesaou q::w ~turaS. A tua iunçllO 1im1ta-118. antes. & I lntcl~. ~ muooo interior e exteriormente. no . ~,ar,~,_~. , : !i':Jênclâ ~ue satisfaça as SUM nêêê§sida-, E.tado,_ a.!' condi . ente a redúçA,o do , dea ~ De resto. D10 lO. . • nal de garantia 'tal fim numa 6ptica terrena e rao.o . podei' esta; put. e:-individuo para comormar a lua vida. Pois os \otl\l da Ubordade eles própriol legitimaçl.o. nlo podem con- humens, DIO pouuin~ diversa aos concidadlOl que elegeram 1>':"' lorlrpoderes para COISA direito . ea ue oáeu fim. .. gi_Iar e governar. . 'em IIOmc:n~e pod,~ .!lede:- d diQ1 uma ylda cm romum 11m de ~. ,,'l'I\nhr a toAoA- ~~ n1 porém de todos os meios aplicávelS 1\ j\lstifica.çlO desta We a - 1 o, .. !-....ft:.ente do dever que incum~ coD&eCU'""n - resu ta 1.10""'-~l'I\ a sua ";" dos aeuI m.embros. a,(1 It.Mtndo 40 prptír a Ie~:! o nOUO te1nA tal significa que - Clmcret&mentei o em '--'-- com • "~tI cada ~ 1*'<)11 . I\ttlll •• éri~ de a propriedade. as q~aia todo ~ ~dl' flslca, _ftlAvrt. 01 ~t.do! bela iurldiCOS:~ numa 1-' eaaea(1)ena jurl~. punindo ~ • ven,,1 te~:~~"I!.~~_.~_". __ . ___ ~=>'" 4 ---~.- .. --- ----- _ 27 - Thales Realce teoria unificadora é baseada em diversos pontos de vista aproveitáveis. Thales Realce questões jurídicas penais perdem cada vez mais sua função prática. -28- • ...,., de ./..... .aja ........ _....;çIo _ ' ....... vel desen~arl.O alguns {ndidOl ~ente eaboçadOl: De a.eordo com ela, nlo;pertenee ao.direito penal a fnfri«a.o· con- tra me!'Q! regulamentOl de ord,.wÇlp, quer se trate de proibiçlo .de . 'estacionamento ou do horário de encerramento do eóinércio; para estes casos, bastam ... sançOes administrativas. que podem incluir ~"-,,;:,,, ~ simp!~~~. 4~,,~lkííUi*-~M.Ç!.. ~~ dev:wn. purur coD.l~~ gravesi...re~.ec!i~::~~ ~ tçià da e?licla. ~~ . . deve~!~~~j~ rn~~o !2.~vo de conferir a todat .... leis ~~~!!t'Jl?I.t.A~asidade de o fazer, um dn~~, teetor J~. ~.~~4,~!t.~~9~Pjt~ ~!~."!_<n!e seri. cas~ ~uem ~!L~~ .. ~t~. Além disao', a"asslstmda socia1.:~da4.~-=.JmP21iADQ~~_m..'!9M!...P.@lU. comu~~~~_"~º-!m.e.!~.-E!.4!.'lç!QP8.~1 ~o meruUggal.....!·iCllNlG:lJ dos, ~~!'-~ :ser_~~~t! .intem.d.:a.A atrav~ \tela do que por·meio de 1IItl~J1U& frequ,ent~~ I: ... conse em {azer~.,~~~~~ava tal~. Sob esta 6pt1ca. se deveria examinar toda· ord diea . a; fi!n te utllir.at O direito ai midicos es&encWs iürar'õS~L VOS das ~ .- onde nIG. ~~ a S!!.~s!2 meil?LÇIo~OI B!!vosoa,·, Natu . , -....) ralmente que isto pressup8e uma ampla ~ sobre' a rea11dad do direito, assim como lIma larga reflexlo sobre ... 1IItl~ extra.pe!laia adequadas. Todavia, se nlo levarmOl a cabo esta tarefa face " fflorma do direito peiW que nos incumbe, teremos omitido eoloca.r ao direito . p!nnl uma ~_~c.ia..s.,;, mais urgentes do Estado de Direito. Porque . . '. ~ ovidente que .. p~~.2~!O~~.§..!.~~W.4Ja§ comO a pen~_? .>". , ~o de qualq~~Jla.ptela. ~-- '-'. .' 2, A segunda consequência da nossa. coneepçl.o ~ que o l~ ~ 11M pos~_ c . em absoluto casti la sua. imora- .dlldll conduta$.. D~-kS' de bens juridicos (11). . O exemplo piCO o actual § 175 do StBG, mailtidcipelo Pro- . jflcto de 1962. Com efeito, a.ctos homossexuais praticados pOr homens ( ") De um modo IDI1Iperivel acerca destas qoeetCel KuI. KItAOI, SilUicll- .'111 Kri",jMJj/ll, 1908, agora facllmlllte obtido como llYrO de 00110 DA 1.IUeharel. vol. 713. Na DOVa llteraturaJurfdioo-pIIlIl. H. 110 .... Str_fl"'tz. .,.J R.dh~tClotIÚ bIl SUIlw.MiúMIlItIM •. 1957. Tam.b6m 6 impor- o volurne de v~CIS alltoree: S,#W1116l '"'4' YwbHe.\Ht. FilOher-BBcherel. 81,,·"1\1, . adulto. do comum acordo o 10m pablicldade, nIo lesam. nem colocam ~ em perf&o DIID., portanto. IMlDl bem. jurfcUco algum (.,. íl IÜDda que aml6M .. npcmha o contririo, l!.~ ~ nenhum . bem jurld1co - no IMIDtido em. q:ao temos precisado tal conceito, dedu- zindo-o do fim. do dItelto penal. Se uma acçlo nlo afecta o Ambito dellberdade de ninguém, nem. tIoapouco pode escandalizar direttamente os IMIDthnentoe de algum espectador porque 6 mantida oculta na esfera priftda, .. SUá palçlo cWxa do to!: um fim do protecçlo DO eelltido atW exposto. Evi~dut!I_~~~~,Im~ D1.~ .. ~~~ do direito penal. Isto significa que a apreciaçlO jurfdieo-penal nllo depende de modo algum da questlo, que a maioria das vezes 6 colo- cada em primeiro plano, de labor ee uma determinada conduta 6 monl- mente OIDIUlive1 em maior ou menor· grau. O Estado tem dt.~ a ~_~er'!!..~ maa nIo popui . ~al<i1íêilê8ffim{d.c\ts. ~ ~~~~ o. P!fticular. A Igreja, que cuida. da salvaçlo das almas e da boa conduta mõiilC1õi eeus fiéis, encontra... numa átuaçlo completamente diferente; porém, a sua autoridade saio lho adrim do homem. Infel1&mente, o leclJlador nem sempre NCODheceu c:1aDmente esta· inegi.ve1 difereDciaçlo: metmO no Projecto do 1962, no. preceitos com- preendidos entre o tipo da bestialidade (§ 1218) e um novo § ~, .) .obre o 1Iri~, pen,lizHe toda uma l6rle. de meros ateritldOl Ao moral que saio .. podem dlIcutlr asora em detalhe. E a jurilpru- dencla 6 culpada de ter ultrapassado. tais limites mesmo no. CUOI em que o contet1do d.t lei nlo a força .. fu6-lo. Segundo o § 181-1. 2. do StGB, p1l.llHe com priIIo 01 pais que favoreçam a impudicfcia dos. filhoa, como, por exeinplo, permitindo que o filho puM a noite com uma amiga na c:ua ~terna. Eata dispoeiçlo compreendo um bem jurldieo dfsno de p:otec:çao epando se trate de menores em relaçAo aos qua{a os pais devem acautelar um do crescimento (sendo certo .. . C') O sx-t. iatIo foi --'to _ Ieee. Po.tenormeata, a 1 •• LeI de Reforma do C6dlso Peaal (I. Stdt.O), d. %5+1960. anodWca o art. 175 do StGB. ~ a JIIUIlr'- a ~dade tIltre _orei de 21 &IlOl e. tIltre adulo toe. qUlldo o autor abalar da ~ d, depeDd6açla que t6m. penat. ele tal. adul1:ol OU eun:er a ~. prafiMloDaImea.t.. • PreIell~te, ap6e a ".1 1M ele Relorm.a do C6clIgo Peoal. d'23.11-1973, o art. 115 apedal pau a'~ com _ de 18 &DOI, exiItIada todam oai:raa ~ _ q .. taIe'~ pratloadu tlltre adulto. apn.. do poml4 .. '1 .... do ~ yfoItaclIa 011 abalo de WD& re\açlo de depelld6Dcia. (N'ot. do tnd1ltlOl'). -30- . 'to poderit. perguntar M·.Dlo IdO' mala que tamb6m a' este napet se eocia1 impedir aituaçl* deste adeqU&e1aa as sneclldaa de ..gura:nÇ& para ti de crúne a nol.vos . do todavia o BGH (D) estendo ~ po ;. . .... tipo). Quan '. descendblda e a filhos maIores, porque devido ~ aua·· que i6. es~ continua. a ser filha dos' Seus pais durante proced~C1&.q: qu~ ~ interpretaç5.o doo cónceito de «filho. implica toda. a V1da, por mel~ 00 . to _ que aegundo wna correcta interpre- de tal forma o rofend ~o da juvontude·-que o trans~ taçlo deveria Usnitar-eo '. tTa a moral' certamente· quo até ao dominio dos. meros ~ten~d~ eco~ filhos adultos necessitam de se pode afirmar que 01 futúrOs ~ -:~III" do tme Ser! &li" desejável que te bnpusesse a "j:'~ '"1- protecçlo, a, '_ltida pelo Estado do Direito nem 6 8118- tal interpretaçAo Dlo 6 l""direi ..' .. ; tent..cta pela finalldado do to penal. '. eI5eI ~t6 estIiL Resumindo, podemos assentar que LI COmm&-;-contida DO princl. i~stifi~ se ti~~~::-~ jurldicos (~. Neste 1"0 ~_~ penais 6 o da prevençlo geral. De acordo Ambito, O fim. das dispoIiçOes pode ser de outraforma. porque aquela.l com a natureza das coisas·nl.o "._ ual ee ...M~."" impor rea.cções de .. ~~l-cnte.o lujel ... ao q ".....-- I IlI'ec,e ~ ~'- espec:ial. .AI. objecçôel que colQÇ!lmos...A 'Iltr,butivas ou de prevençAo:ooooat nverta em .. bsoluto. deixam de que o ~ de ]?1'!'!eDçlo ~ to CO do se pOde xi ' .~ el 'a !R!!S!a li d~ do mod~to. Tu o que? • atir ~~ ;<fiid~"6 da "pe1UN>aseada 'em pontos dê ~ deduzir _. - d.-.u excessivamente graves fl c1II pTey~nçlo gf!l!! - quo <:011 u: a r-"do delinquente. ~I~~~l nll.o se pode jJJStUicar quanto pessoa Em. cc modo ~= ~;;; em li convmcento no quo rei- .~~~~;::h, oda' Nlm a lIoss& -- ·às C penâis, eliminan4o-se· ~ V1&, ~ -:-~8.ss;vo;;; . dessa finalidade .. protecçlo de bens jurldicos e presta~: . .' --::i::iffí· &;afrêííõ pena! no çymprlmcntVe Wl:~. II !lub~~~ ~:_ 'tl.. aos argumento~ntra a ~~ I~. por último. no que w.z. re8pe1 v (t.) llGHSt. Vol. 11. p. 230. d ta _____ .1_ de ........ oe maUS _ I" rofen como COIl II 10...-...... r-I") (JAt.LAS, p. ". alo ()ODItI.tuem. a Iei&.o de nenhum bem com anlmail. meemo quando te reproriveb Porim nIo 10 tratari. III"" apeall tum. acto lIlonlmeu bel' ~t:laLeIlto' do doe doa ual· prot~ do um. bem. jarld1co -:o: juzid:co dmdo a uma osp6cIo do ,,.10 qulll se inw-a o ordenam . com todu u criatutu? -31- ~e ~~t~ proibIçGea Jurldlco-penais, ht que ter em conta __ aã·eftCld~!o!! .. ~Wn apellAl a~m~ --=~-_._- .!1<LdlttltQ-JllDal....Aa..qt,1~ .. fim "ODJ1UIto e .~ COlIl.1lbto; eerotaJIl . ..... .. "'- -__ o em t.id di- .~... . ........ ~ ~9. .~ a mWlo do dJreJto .P!YJ. . reato -~u o conceito de p.revettçlo geral ao. elementO. &"-'meaça e <k tfmídaçlo. reveJa um enten~ento demasiado estrerto~ Tal CObCeito t&n a ideia que o Estado ~belec:e no CódIgo Pellal uma ordem . ~ora Obriga~6ria para todos 01 cidadlOl. garaJltindo-Jhea 01 bens ~d.icoa DeCeaaários JWa a eu. wt!ncla e indIcando-Ihes ut.is ~ctividadea que eles devem omitir sob· a ameaça da pena. ~ois :: dO~ dado preveDçlo genl. tamMm te tem de informar .obre o a.m'bito prol quem nlo necet.tita de intJ.mida9lO. Esta 6 uma exigblda mquesti0D4vel para todo o Estado de Direito por 'estar contido pio "ul/4 101M ri,., uI'. Se se tiver presente tudo isto ~no princf- . nhecereomoválidoOle emtodoaoisentidosonOllOPruneiro: .~~O!..... co UI e aer:. : .~ "j" ~cf:àde de protecçlo ~ti_1 e 111 (~. Widicoe e pre.ta~· .. --..... - .. - ... -.. :.::".~~_ .. -._ ... _--- ...... -... . .... .! 1-7~~7:~, ~~:. i~ -'(._. II. Ch~os aaaim ~ fase da(aplb.~ ~~ec:::t'-"'â: ~ Nada parece JtWI Úldie&do do que ÚliNaüdi Ô P'rind~ ... n-~ .::~ ~!t-: judidal, i' que ~ força ~.~c: ....... _._ aDadaIeDlo~_~ ~_!;lfl.bú dela. De acordo CóiDeíiã icser.:-dú ta;Db&m - acerca da apUeaçAo da pena: .o fim da aplieaçl.o da lIleIID& , ~ mentar a ~fic6.c::ia da ameaça legal, na medida em que aem ela tal seria vi (m.fic:az) •• Consequentemente,~ .. ~ lUtimo da a ... II .. ~ ~ pena 6, lia JlU ""':":.A ..I_-'---t . ··'-C.i.T.::.r.r~·-~~ ..I. A_ ••••• •• • "~, "'6UAU&lCD e a mera WWWQ&I'IIA dos ddã:. \I&W por meio da ldt. '. . ......... ~ ..... __ Se, 'eomo tize~. recusarmo. a retribuíçlo como fim da aplieaçlo .da pe~ nlo se podai negar que haja um fundo acertado nesta dedu- ç1o. torna_ claro. espedalmente quando no caso CODereto est4 exc1ufda de antemlo uma finalidade de prevençlo especial com exemplo os processos anteriormente mencionados e hoje Úo = contra os assamnOl nadonal-soclalJstas. Porque t!m de ser cutipdos esses homens, embora ii Dlo sejam perigosos? Lembl'em()onos do famoso caso da demODltra~ de ~'. que leva at6 ao extremo limite a Jll'O" (tl) ~Ar&wA, I UI (p.89). bJem{t!ea tecSrica @ direito .penal •. e I11ponlwnoa hipotllcamente. por um momento, que a populaçAo da Ilha. dilllOlwra ~te a lua orga- niaçlo estatal e se dispersara pelOl qUtro ventos. Creio entl.O que se . cleYeriam deixar em liberdade esses uai.SSin0l ei.bandoiS4,-lÓl nia mlos da justiça de Deus, poil a suapwúçlo j6. Dlo póderij;.' ~ pita ~ ... ' temnos. ónicos a que o direito humano se. deve..cCnifUlar.::Todavía. como na realidade' continuamOl vivendo jUD~ tel'enlOi' de.ca.8tlgar esses assassinos conforme o direito:. Se D10 o ~mos~.o·Eitadoeata ria despreundo a prutia de vida do seu ordenamellto jUrldiêo •. e c&da futuro assassino poderia invocar que, nlo tendo esses outros sido cas- tigados. do moamo modo e em justiça ele. D10 deveria ser punido. Uma proteeçl.o que apenas se confere IOsundo as circunsUnciu. nIo cona- titui uma garantia jurídica. mas o exercicio da ..rbltn.riedacle jm, peorto do Estado. . A' 8l1tiqu1ssima ideia da inviolabilidade do ordenamento JUrldico que se reflecte como definitivamente válida e de um modo lapid~ na (rue .o direito deve pennau.eeer dirdtot .(Salmo 94, 15) possui o seu fundamento Rcional em coJlllideraç6ea date tipo. Trata-se ele uma rulo de prevençl.o gert.l.. ·.embora. ~ente nio·se possa entendtlr aqui este conceito no sentido de mera intimidaçlo,. devendo acrescen- taT-se-Ihe .. significaçlo mais ampla de salvaguarda da ordem jurldic:a t\a consci&lcia da comunidade. Naturalmente que tudo isto, pua a1mn ~ 4Settas especiaú constelaçGea de ·casot, 6 tamb6m ftlído pUa' Crimes ",unis. Se .!_comunidade juridíg IpOtlSse' ym roubg ou Um '.'!tl,) .~ um b~,.~qualquer· futuro ladrIo ou uS~te pOderia aleg!; a , ~ favor q~~ ma v.zum ·J'.eto desse ~~.~.~WQ..m!!:49L a o~m juridica ~.t..-'-_ .' fi. sua efid.cfl...(.lI). \ .... • Sc,'. como dissemo., igualmente na apUcaçlo da pena a finaliclade (lfI:vcnçlo geral (que atende ~ protecçlo do ordenamento como um conserva a sua validade. voltam a co1ocar-ae-nOl, com igual força. (l"ICCçõe5 contra esta teoria que a principio eonsiderimOl justifica- 111I\K que todaviá recusámos com bito ao. juatificarmos ai eomi- tia pena. Certamente nlo se pode desconhecer que, na· maiori& c-M.III de ap1icaçAo de uma Pena. se inclui também um ~ento 'Ifl)vtmção especial que intimidará o delinquente face a uma poss1- ctt, ('rei" tamb6m que aqui rwlde aqal1d que pehDaD_ v61l4oda.con- ''''MII'!"I1I1. A. .pena II .u~ do crime 'que da ~tri.rio lO imporia. , II o 1I,.~llllIanltl do direito. (R'~"!,,IIU4,opll". I 99). -33- Thales Realce , .. , ve1 réIncldlmda e ~ a lOCiedade MgUI'& deite, pelo Dl4DOI duraDte tal como, pOr exemplo, tambmn terá de suportar o dever do serviço o _pdmerato da paa. Porim, com um olhar mais atento, verificar- mUltar ou o pacamanto de impactos. Mm que por isso se fira a ~a ~ que a co~ponente_~ .. m~~çlc?~~ da sen~~~Dt,l,~ digDidade humaDa. O particular nll.o se vê colocado-segundo as . ~ !>.é~J:m~,~c:.~ .. r-~~t .. ~.~~~ .. ~re.tend.e~_9....U!.~ ~ palavras de KANT-entre os tIObjec~ do direito das ~~ somente I ~ 9?' .. _.!!:!::::::: .• ~~~~~ .. ~ .~vor sujelto somen~e .. ~~m~ porque te lhe imp&m. deveres no ~teresse da. comUnidade: tal ape. t ~ co~ a ~~ ,4~,~. ~,~eira coisa que a condena~ em li mesma: ~ lucede quando ele nlO for julgado aegundo a modida à,a lua ~. " 1'\ torna ef.~:v!' .. ~ ~JI!a.. ~~ :~triçAo da liberda~e do ~~i~~: restn- rhas segundo a tua meta utilidade para os fina de outrol. E!-9Ul soe ~ ti« triçlo essa qu~ ~ f~. ~~.!l0 seu interesse, mas no da comunidAde e rlrtir~~ consequências" .te,lativas ao procell..,lO ~nal e à aEli- ~ q~, portanto, ~o a outros e nlO a ele. Nlo nos deve lndudr em' em, ca.çl2.JD, l§&: ' ' ... ~:. a ~t6rica idealista dO '&eitefício que se faz ao dollnquente com a puni-~ :\J'" .{~ devendo-M anta reconh~ .;2t!l..!!!&~cldac1e e sobriedade que o 1. Durante o ~J)1o.J~ submeter o particulAr .. nenhum ti')~,~' " !!~,_~~A.!o_~~ da.~0~91;l~. ~~uni9á~, .. par,a poder entaO-- trato ~êo prive da lim deten.;ni.naçl.o dai SUM ~~: ~ lava- \ ,~ perguntar se se,. ~ aplicar uma pena a um individuo para con: I(cm ao cérebro, o detector de mentiras, o soro da verdade,. a hipn~e, . ", \. seguir esseobjectiv~. ' . .. \orturu, amet.ÇA8, etc., sI.O certamFto iDadm1nivei.s para obter con- O que se diaéute nlo é a adequaçlo do fim, mas a confotmidadÕ '/saôes, ii que as ieacçõea provocadas atrav6a de taiI meiot ,n1o .&lo do meio ao direito: M, como afin:Da KANT, _ e com ele grande parte manlfestaç6es da livre personalidade do arguido. Y!feJR°1 9So ot lnte- da doutriDa. actuabQente dominante _, nIo 14 pode admitir sob nenhum fClll101 de umidade gerN..SJII;Jc,m p.W do im~.J2. com um limi~e. pretexto, por isso ser contrário II c:\1sDidade humana, que te d6 valor NumcrosOê"ªel!pgueples têm de ser absolxi~e P!9 él1ato. na aplicaçlo da lei .. CODSideraç6es de prevo1lçAo geral, a sua justific&.. tmJ>regU-'~_maicLq~~var a m.~b!1i<W1e. Actual- çlo 111.0 te toma nada clara. Na reaJida.de, talvez se trate &pOlIU do ~t ~nte tâl ~ p8leCO provar-te por ela. pr6prlr. e, embora DO I poder do mais forte A isto se ~ que com ~~~!!:'!!~~Jl~' 136 .) da StPO lOja dec1an4a expresaameote. apeoaa 6 d.igDa .! ~~~ ~ .. ~~~~.~OI oncootm'~m·· mc:n~. Pc:dm, h.f. que peDI!LJ' que durante mil6niOl ~ u~ I . ~~ .. ~ -~~ ~J@@,_~~o ~ fortaleceria práticas proibidas sem a meDor eoilsideta~, e que am~ hOlo ..' ente a inviolabilidade do ordéziAméntõ jurldico. Mas ~á 'real- em voga em muitas p!Lrtes do mundo. ~ 1SSO 6 n~ário men- mj!l.t! considerar-ee conforme ao direito ta1"P.Crmàõ·Ciô~~ c:laramente Duma teo~.~_~~~ l!ptlfiClloçA.o .. "']D~ colectivi~iCJe"? A resposta negati~ a .. ta pergunta .a fou. limita fortãiiiii:iifé ã1iQã de preven~ .~. . do 4-dvida depois do que j' diBsomos na nossa breve abordagem histórica. r" " 1J/I'8iúvi$i--··· .-: ...... '. . .... .. u~ ordenamento JUfldico para o qual o particular 1110 ~ objecto, mas sim 'lo . A segunda consequência é Co'ntrovetS& e porventura surpreen- o titular do poder estatal, nllo o pode desvirtuar convertendo-o em meio I" para quem haja seguido até Ilgora o curso doa nossos pensamen- de iDtimidaçI.o. AA qualidades de sujeito e pessoa do homem a tal se ' .. !"ma n~.p'o_c!,e, na minha op~, ultrapassar a medida da cul~ opõem. Assim, com estas refloxOes, encontra ... &berto o caminho para mudo, a culpa, que temos de(:larado inadequada para lundamen- a soluçlo do nONO problema: !L!-P~.~ c1,a..pena estará o 1lllt!t'r penal do Estado serve, contudo, para o 1imftar. Co~o ~ isto I!e. ~".c:c?~~ ~tm~~.lI. SU~ n~dade .... ... , Pois bem, tal é necessário porque os conceitos de dignidade .:C!~oo.~ .. I!!.AAWno* da.perllcmalid&de do c nutonomia da pessoa. que presidem à nossa Lei Fundamental ,~. de. ~~: .. ~ .~()ja pontos do vista. de . . '",dlçnn ocidentt.l pressupõem hidiscutive1mente o homem como aer omo frequen.WDleAW .. B .~. Com efeito, lO o tIl' cull)4 e reapoDll&bWdade. Como 6 sabido, ,nIo .. pode diur . . 01 ~ j1,1~~. ~ ~~~o, ao in~, eada membro da ~lIr,,"ç:\ se ess& imagem de ho~em, eonsti~tív~ parlo o ordena-e~e fazer. ~.d,o. ~ q~~ ~j&. ~~~â;io para que se cümpra"e.s~.. d/4 "I 'sIm comunidade, se concilia com as a6ncw do ser, ou se •.. ~uJll' lato é, ~, ~~ .. ~ J~tes que iremos ver, tomar 111\0 se deveria antes caracterizar o MffIO I.plml como um cargo a, pena neceu6.ria para a manu~nç40 do metido •. .... 1",;rn:11 ou como uma máquina. complicad&. Contudo, isto Sllo , -34- I altera o tacto de qu. oe boaaena. çlo ao. ÜlltiDtot. • com a - de acordo com a· lUa'relativa .upr.. aquela e DeCelSitada de orienlUa "bertura ao mundot; coudfcfOll.lda por tc:ldosos tempo. taçIo a~vá de JlOJ1DN (IIJ'-exfstem em que DIo podem = ~cia.da liberdade e respoDsabWdadel·e de projectOl conformes a 11m :nformar a aua vida em comum 8egllJldÓ lei' 'provada . tido, cuja .juatezu certamente DIo pode com recuno aOl m6todoa das clêncfu ~~~ ~ ~~totalind~DdAncla de tala:= ~c;1~ ÂIIim • .1;"" .. a ordem Uvre e conforme ao .Estado de Direit enqtl~o, o conceito da cul o. experimental 1110 118 -.:-::. '..a.I.-M_ pa - que enq1Wlto realidade particular pon~;--uur'-~~~~~!!!H~Uº- -36- Ih.·".i11._illillllÍlll ...... b ...... ----~" ••.•.•• c ... /'.' , .. do abuso do relerido poder. A questlo de labar II a culpa. concede um. direito de 'retribuiçlo ao Estado, 0\1 10 ela conltitui um meio de manter dentro de Umites aCeitáveis 01 interesses da colectivi- dade. face i liberdade individual, parece-me maia u.nportante para": o direito penal do que a existência de cul~ em geral. A resposta: 16 pode apontar no IOntido da aegunda alternativa: nIo apenas devido, como II exp6a anteriormente, à duvici9sa ideia de retribuiçlo, mas lIob~ tudo porque a dignidade do homem proclamada pela Lei Fundamental é um direito de protecçlo frente ao Estado e náo pode ser transfonna.da numa 1aculdacle de ingerência. Daqui se retira para a juttifieaç10 da pena que, embora se possa impútar a lUa existência à pessoa do delinquente, este estará obrigado " em atençlo ·i comunidade, a wportar a pena. ..IJ,1 é justo e leg!.timo, nlo 'porque "quele tenha ue s rtar ue OU • flin amo um mal - dm o a. um vo cate 6rlco mu ue como membro da COIDU- ~e~de ~cu1 ~ a. de Deste modo, 1110 IS utilizado como meio para. os . outros mu, ao co-a.uu.mir a res- ponsabilidade pelo destino, coDfirma.-ae a sua poeiçlo de cidacll.o com ipaldade ele direitos e obrigações, Quem nlo qUiyr W IMitar Mmo juatl1icaçlo da.peDa, 'ter' de negar a ~xistlmcia 4o.nlorn póbUcoe e :.. com _, o sentido e misslo do Eatado. ~. ~.' ~~te que se deve impor a ideia de que estão absolutamente proibidAs u penu inadequadas' à c:úlpa. Por conseguinte, ~ ina~~~ vel, pata. citar· um . exemplo a.ctual, impor a uma pessoa intelectual- mente limita4a que, induzida por peasou maia velhu, pintou' cruzes * suúticas nu paredes, uma pesada pena que ultrapasse ~plam"nte ~ a ~ua culpa comparativamenteeséassa, s6 para· que outros nlo !$ejam ) apanhados a praticar tal acç1o. Nem sequer se pode estatuir nOI crim.~ ~ de trifego, por maia importante que seja. a sua contençlo, penas ex. em- J que Dlo comspondam ao grau de culpa indívi:al. '. ..: o(. '\ ( (M) Cfr. W.UDA. Do,,;uilj,e1II GriItulllt',. tÜ' RWúf,/w.". ];rWwllMl .... SIn/rIdl, 1962, P. 162: BauNI, P,,""'rl/l/il' u. W,h", 1964, p. 75; BMOU; JZ; 1N4, p. 337 .... .~ ./i: , -' ,\~u~· ~,J ,( ~ ,_ \ -! . l'fJ' • l • .. medida de todu u coisas, ODquanto tem de roaponder com a sua pes- _ apau ~ aquilo em que conc:eptualmonte 6 culpado. Com o futuro componamento de terceiros; ele nada tem a ver: te for puDido devido a tais comportamentos !.aso equivalerá, por maia dura. que a compara- çIo ~ ~.:ltr~~~bllibdalide. pe~o ~o. o.~_fI!..~-=---\ . .' o y.AUWi"-" <Ia çwpa i dade, se for .eparado da teoria da ~bulçlo ~ qual equivocadamonte se considera indissoluvelmente ligado, 6 um meio imprescipd1vel para limitar o poder penal estatal ,P,!!J,ILJi:s.~~ ~., Dileito (II). '; - .. . ••.. ..··0 ........ _, ; Eata questlo 6 omitida por aqueles que pretendem acabar com tal . principio no intereaae de um suposto progreuo. .Assim, ~r exemplo, quando .BA.t1BR (II) afirma, Da aua polémica contra .. ideia de culpa, que o direito penal se aproxima anais da luta contra u epidemias ou da regulaçlo do forneçÍJnonto de gás e ""a, do que daquilo que geralmente se designa por ética 'ou moralt, desconhece que uma ordem jurídica que - permitam-Dos e.xagera.r a provocadora comparaçlo - coDSide- ~ e tratasse os delinquentes como ratos que deveriam ser tomba- tidos DO hrteresse da higiene pública, dificilmonte levaria à humaniza- çIo das IInçOca estatais por que luta tio apaixonadamente. Tam~ constitui uma medida deeacertada do Projecto do JlOISG futuro C6d.ip PeDal, a sup.resslo da frue: ~P!!!~lIlt:t~ !. ~cSa. da ... ~lpu, • a sua substituiçlo pela fórmula: .. tJY!l4@.~to di'&nd~o da pe.tW (~ ... !>- DOva!~~~~~.4~ ,~~!.!!~. ~~~_~. ~ ... pro~.,,ª d.a teorli . .J.eJn1>utiiã':':':' a norma orlgiDúia, ~te, apeDal atendia ~ iünçlo de limite da pena do p,rinc:fpio~ culpa -, ~ porque o novo texto F,etende .. ~..!ir . CM) Aqal UMIl~ também lo importbcla da polmuca que .. _Um M DIreIto peaal 10m lo Pmacem cio homelllt. Seria iDcotnctD q_ paDÚ' _to 011 !MIl101e compartamftto iDwcudo 11_ ~ 1.......- dA> homem. Pwál, 6 l104*ÁriO tomai' como bale ela 0I'CI.n JarldIca .. im&pm do 1IID cld&dAo d~ ao 11,," d~volvimcto ela lua pencmal.ldado e pu1ic:1pu1te de un'" dignidade h1lllWl& lnvloavel, de modo lo poder pteC&v .... doa porigoa da c:oac· çIo co1octivlsta. Da UF-tara exiatente citamos: JUCDCX. DIU MlflHMttbi/tl .,.,_ ZriI tm4 /lu SITfjrfMlmJ-. 1957: HAmona. ln tGeaoUeeheftUche Wlr'" lic:hkal! 1m 20. Jh1t. 11114 Str&fnlchtarefOl1Dt. BerliDer UIÚvva1t1.tfta(e. IIHW. p. S. ( ) DtI6 YII'6HdM tIII /lu C-lluM/f. 18S7. p. 2~el oIr. o _ traballlo, Du SMwl4 1M SIN/fwItI, iD tCll1b Voltalftl, voL I, 1963, p. 114. (Ir) AIsIm o I 80 I do P. 1962 DO lllpr do t 2,- ela VWIIoorlgiDúla dO Projecto. A ComIIIIo eapecIa1 ela Diet. Feclcnl altml para lo reforma do penal. rqnIIOIl ~te .. udp 1orm1llaçlo. Cfr. tamb6m IObre pro~ U ....o. do 43.e DJT, vol. u, Parte E. 3.- 1eC9Io. 1~. -!8- • • • • dontro de certOR lImites que .. por motivos preveutivos. se ul~e a pena juneria adêQuada lo culpa. Tal ~ ser prático ou co~t;te, • eomõ 1eJIilp1j! alegaram os defensores: da teraçlo; ~m. lo Justifica- ção a&. nlo nde di conVeii~ncla mu dã iuStfJ·)· De resto,.. • ludõ o que fOl dito a ca-se exactamente da mesma forma à prevenção .. "Kpecial. Pode ter bastante proveitOtlO que .. queira tranaformar. IIlcdiante vl\rios &nos de trabalho reeducativo, um mendigo notório • "11m dlligonte guarc:Ia-livro8: todavia: o escasso conteúdo de culpa da. • ~ua conduta prolbê ao direito penal levar a ca~ tal tarefa (-,. ~ wntrapartida. é admisslvel aplicar wna. peua mfmor à culpa. EV10 Iii, I • ~14mt;meDte que, para uma teoria retribuüva consequente, tal proc~o ,Ilmcnto estaria. proibido, pois significa.ria. renunciar em parte ao sofri • lIumto penal compensa.t6rio (II). Contudo, na :nossa. opinlAo .1~rí~r • lIIilido e inclnsbramentc..ncccuáriQ, sel'mdo o pooçi"P:io da soUdariedad 111m jndesenvolvem08 pJustificar as com!naçôes ~:~_jl].-:::'ÇL - , Wllcrutô l!~ .. _~tyrar a P!!oZ-Í@dícacom y,nçl$êííí meDo. mnA.- . t' O instituto da suspenalO da execuçlo da pena conesponde direc- ."IIl\~l\te à concepção a.qui defendida: esta possibilidade dO.luspensã.o • , ôovcril\ (e) prever-:" mesmo para. penas de prisA.o superiores a nove II (II) . DIa can_oe .. o~ecçlo de ql1e a culpa DIo. uma . mensurável. aendo. por 1110. de an&mlo evidente que nlo pode cumpnr ~ limltadont. q,ú .. lhe ~tribUi .. N~ pritic&. , uma ql1est40 plena de iigm- _"bor .. WIIl TribUJlAl pode .. _tU' .. penA pormotivoe ele prevençlo d~I)011 de a t« coIia1dCndo adeq'" aepDdo oe priDclploe ,.-. d~ gn.- ./ • ti" ~~. =",=,"", . ...,..,~ ....... ....-..n--;;;;-;;-;;;;;;;;;-:;----(II, Ndo 6 objecto i1õiiõ'tiâbãlhõ dM1liliW' atO. que ponto .. podom ti 'III tais C&IOI mecI.ldaa de segurança. pari. u quaia 6 lndi1erente & culpa . • "tllnto, evidente que. igualmente em re1aç1o a e1u. 6 noceaal.rla um& leg{- ,I" natado ele Direito a qual deve fundamenU-laa nIo DWIOII cuidado- ,lo qu. ii. s->L Milito a1pi1ioatlvameDte. a Gpo8içlo d. motivoe do P. d. 1962 fala "II .perlgo do qllO a grad~ da poDA poua tiçar domula.do ~baixo do pena exigido pela gravidado da c:ulpat • EdIl proposta de RoXIN converteu... entretanto em re&lidado na I'ocloral. Com efeito. en,qau*o o. f 23 I do StGB. vigente ao tempo 40 da I •• eclIçIo deste trabalho (1968). nIo admitia ~ .~da 1"'''1\ para ,..... pri_tivaa da liberdade ele ma1a de .... - ... - .... IlItr'HIU,&IQli& poIa 1 •• Lei da RefonDA do C6cUgo pouaJ, (1 •. SaRG). . jl\ pormitlam t&111!BpOD11O pano peDU ele ~ que DIo excodaD1 IInrllClonalmente. para u que nlo excedall1 do1IlIloa. Eate 6. &li", MIIII.hll,onte vigente. DOI termoe do t 56. I e II da Parte Geral do StGB. .-39- .. meses (11). De resto. o principio da b' um . conjunto de exigências de refo:.. I1dariedade tamb6m encerra todo. DaS m~onafei a lubstituiçto das para a aplicaÇlo da pena: ape- curta duraçlo Por multas us.i penas privativa. da liberdade de de trabalho. Tam!w!m n~a aed~ ;O~t por admoeetaçOes e prestaçlSea C~ Penal e nos planos de ref~ em pontos a aperfeiçoar no nosso Resumindo. pode dizer-se ace:: apresentados até agora. . . direito 'penal, que' a aplieaçlo da da segunda fase de eficácia do . diária e preventiva. pena serve para a protecçlo 8ubsi- eetaç&. Cltatais. atrav~s de um ~onali processo ue sal arde a autonQmia da -1 "--·-·-·~·~4..AQ.JJ1l-22I .. Ill2Cllal !:es:!!.te~a~I.WI.a.·D....p·~..lW!diC' la eu pa. Pode ver-se que assim 'se co~' . . ~eral, reduzido às exigAneias do EStad ;va o ~nnc.{P.1o da preveIl~ as, compo~entes dê preven.;s .. es""""-' °da e Direito e comple~o com' n•A - te ~"~~" . 'I'""" ,.v_IU senten" ... mas q 1m 1 ", ......... en. atra YClII da. funçlo '1imítad d ...... ue. 8 u ta~ culpa, e em consOnAncla~ ora os conclIltos de liberdade e as obSêrVãÇ&l que' se o;: ~ n~a lê! fun~en~al. ao d~m conta na gra4uaçlo da pena. q aquele pnnclplO seja levado em III. Por fim ,~ titul' realáaçlo do dJreÍto <iiitc ns o terceiro e óltimo estádio da mente fina racionais e~even;:mo ~ een1ndo a pena exclusiva- e sem perigos POSS a vida h11ft1aD4 em comum , esta meta na ~:e:~ apenu se justifica se prossegair ~i!o de_ente na comunÍ:: 6~ '~~~~~l11d&!~!I!!:~ uma ~çlo ressoc:iaIizadora ~ m~ apenas se tem em conta atravH da execuçAo da pena ~ 'de im da Ideia deeducaçlo social a que nela coincidem pr~ e amplam ediato tio convincente. deve-ee tividade e ·do particular enquanto ente 01 direitos e deveres da. colec- eles apenu se podem hrmoni.car na cominaçao e II.pllcaçlo da pena de reclprocaa limitaç&a Co' atra~ de um compHeado sistema recuperar o deUnquente ~p6s ~ ::to •• o interesse da comlUlidado em bro apto para a vida e fiel ao dJreirmento da sua pena como mem· do condenado e A ideia de desenVOlvbn corresponde ao v~deiro bem sonAncia com o art. 2,0 da Conatltul ento da personalidade em con· NIo 6 todavia certo como opina ~. sores da finalidado ress~ m e modo unilateral alguns defen. alizadora. que essa ideia justifique por si só (II) Sobro o USUllto aeertadatIl t. Hn. ' f. GrtflAtll. 196.5, p. 1.' -. Da KAVncANH. ~i.uhl, -40- v' contra &, ordem doe bens urldieos' ri mlÚS li eradaa e mIL ta~ que seJam 'eSsas pej!soa.a. Caso este ponto de' vista'· seja, ign'àfâd estaremos sob a" . do . de ~ma usociaçlo coleçtivist8i-' . e. vre desenvol ' e . ..'., . , As consequAncias' da· :garantia constitucional dà' a.ut()nôttl.iâ'.~~ pessoa devem. pOisj " respeitar-te igualmente na. execuçlO" da:'~- Jl; r um tratamen1;o . coactivo ' ue interfira com a estruturaad ~nali .. m' mo ue· :. efic4da reuocializante .... · o'·'qWJ''''6' válido tanto qu:anto à cástraç10 de' . uentes sextWs; ·comoqua.1\tóJ à operaçlo cerebral que transforma Contra ,a sua, vontade o bttitall desordeiro nam.· manso e obediente sonhador. ..,..', '\,'.,;r;· Por outro lado, tamb6m DIo cabe ~ completaüí~' da We de execuçlo o ponto .de· partida da' ,~~ gf:ra1. pois ~ eori~ que a especial sitaaçlo c:Oerdtiva'eJD (pc entra o indivfduo'ao''tUD:1Z1 I>rÍl a peD& 'privativa/'da liberdade, tru ,COJiSigO graWJI Ntriçllel--~l Ilberdade de cOnformar a sua. 'Vida. das quais. tendo em ateutAot &. efi .. cAcia du ~penais, se DIo pode prescindir'DOS crlm:ei'~'wIfI' nem mesm~ quando, por exemplo, a renW1ci& a ama pena' pri\"lltift dA liberdade fosse mais ÚW para lo 1'1!jt!ocI!iJi";'çlo. Por isso, tam~ IIt!fI'\ possivel no futuro 'lo iuspenslo da execuçlo da pena para c:rbn~ cJ4) carácter claramente gravoso.·, . .','. Todavia. tantO quanto a ,autonomia da. personalidade dO"tond~' ".do e as exigências inilud1veís da. prevençlo geral o pennl.tiun.OS' ,nicO!; fins lecftjmos, de mp!çlo slo os resaoclallzadores, ConCretã· , 1I\1I111t!, é,~!',rumas{ye1 inflingir um mal a um sujeito com o mero ffiii' rctribui~4- Bem pelo" contririg. como o estAbelecimento da paz é o. ~~o fim que b:gitima a pen:4j est .. tem 'dé~ü1rlr·Uirl con.~~yo..t_~· tamWm 6· PõêS!Vê1 êriíijí4Ô' " j)êí'!(?nalida~ .ujeito nlo necessita de MIl especiAl prolllé!de terapêutico-s~ Assim. no'"CãSõ·lliiiIte daquele'que se ebnverteu ~m àSSassmo-por ,hotivaçlo inePetfvêl. hi que eXecutar a pena. de modo a daMo ""orlunidade ao suj~to de exerd~ ...... RU forças. no estabelecimento "ln m~ de vida produtivo e de acordo com loS' suas aptidlses. e de -4'1- i I ! r 'rue, dessa forma, o. produto do seu trabalho ~egue aos herdeiros da v.tim_ e ~ .peuou nec.aitadu., Se ~ entender o conceito de reuocia-. lizaçlo D1UD ItDtido maia amplo, como l'eparaçlo do dano, mesmo Destes casoa pode o .deUnquente com o. seu honrado esforço conseguir forpoa .:onstrutivas para a sua personalidade, em lugar de _ pena de vário. anos de privaçlo da hôerdade ter como colllequêDcia um embro-tecimen~o prematuro que pode ÍJ' até ao vegetar abólIoo do .sujeito, como 'OCOJre actualmente •. E igualmente nas curtas penas.privativas da liberdade, se deve conferir em geral um maior realce à ídeia do repa_ . raçlo .de danos. Quando, como na~ente sucede com a maioria doa presos, a primeira c:oisa que .. deve fazer é conduzir a personalidade do sujeito ao caminho recto, o modo de o fazer nlo 6 moralIzar em tom JDa&istral. mu sim formar eaplritual II intelcctualmente, deapertar a conaciêDcia da' resPOnsabilidade II act.Ivar e desenvolver todas as forças do deli[DQli1en.telll e muito em particular as suas especiais aptíd6ea PClSSOa:IS. lidade do -42- . o bem-estar da comuni~de. lI.quela nlo tomo "" é co-reapo~~~ pela lUa lOl'te (II). .§2mcnte se es4 pode Uudir a I'eIpOI1I& efi-~"'- na execu o na e YU a sua ........... poderá dizer com ~ . d quente na comunidade •. se ' .. _ nor remtegraçAo.. tá l'W\tifiçada DR sua totalidade. a 'éonsciência Út.nguila que a Jl:C:na 8'l. . . _ . ..... . fim Se uiséssemoa c:onu8r&r numa IV. Com o' ehe ámos ao. 't os caracterizar s.ó .0 sentido e limites od;u ~~ de bens:trlicos II presta~ a. sua ~ =0 ~Ze ;;;êvenção geral e es~. gue ~v~al'(ia de semÇ08 esta _=.t.!!.L __ .K:. .... __ la dida ""CIa""culpa mdiVldual. . .... nalidade no quadro traçado pe me d _ a ~ é pemu·tido dar úm nome a esta concepçlo •. e ~a Trata-se. se me , " . ai deve ser claramente ~gwda, t • unificadora. dialéctica. a. qu t úd .. __ eora. . t d lógico como pelo seu con e o ....... tanto do ponto de VlSta me O? como da teoria dominante "da uni- tradicionais teorias monist~. usllI! t req~er uma explicação na forma !icação por adiçlo. Este último pon o . de um. breve resumo; .. . rias onistas quer atendam à culE. a J?1lvçnçAo gct'1o! 1. A. teo._ m • t lãlSâlí ,w;;;;õ quando se trata da ~B' do neeessariamen e I =.:;~'! • ~ iliz .-II ou à ~ew--' . comunidade ii com o·~. !lo rea:a..,4. 4 • • • relação .~ particular .CJ!?~ enador tem for en . onse- estrita de· um só prmci o '1a1ta e Ver e. Este -fenómeno é-ilos.. • (Iuência a arbít ~ e. a •. tanto o domJnio jlimU"do do • IIliás. fàiiiDiãiO D&B OODStitui~ estataa,cliWõ ~do condw:em~ povo co~ um m~viduo. -.-;- liberalismo ilimitado .~ , .. O ucede na Vida econ6JD1C8.. ~- cl~:"" (\atadura. mesmo s d ons~exemplQ!I hist6 " ~ • inevitaw1mente. como o ~ •. _-- -'.-. t. numa . trl\7. eo~~ ... ····,'_·$(ó.da!Iiãíõiiãiir uma minoria. do~ e. e "'. II cxplo!:!Lçlo e ~ ~ Quente que deveria ser coDSlderaaã Cõ1iro o I .... >. r.etlllOmia pla~_ .... e9.DSe0 '- mo ffil.eza do modelO!) . . .... ecisa.men~e o mes • '; (lll(·~to <D.:.~ela, ocorre pr sidera oT fundamentalenctõdã.a .. proble ~ • cUlIstitui. ãIláS .. uma co~-:-~._ --·-:.+:dárioa de doutrinas forma- • ""-. f do Cenluncnte os p ... ...., .. IIclI ~ocial. s.!'~_~ indo abarcar todã a complexidade dos fen~ 1IIIIIIs mas nunca co~~_. __ ~ ultadOB "ft8 teorias da pena: • . ........ _-. . . os seus res ....... ""'"Cl~. Vimos. de infClo. qulW t do delinquente sem restrições fi intimidação unilateral, o trataIp.en o • • .-_.' bil'dade cfr OI"""ialmente Nou, Di4 • 'd' de co-responaa I • • r- (II) Sobre a 1 eut. -----.•. -----~ .... _ .• --. __ " ti 144 .. ch. J).I!!il""l..Mr..-Sl~~ teoria do Ratado', E. R. HUBJl.R.· NIII.o"., ... ) . (II) Cfr. Iluma penpecti 249 28&. />tU...... .., .. " ... ,.. • (ti .... ,,' ,,,,d Vrr/lUnntl6''-'. 1965, pp.. ... .... . ............ " . .. -43~ . ........ t e no aentido da adaptaçAo social e a ampla retribulçAo da culpa, obede- cendo a um mandato meta.fislco, convertem o direito P.,IDAl, em,lugar de uma força. protectora e consttutiva, num instrumento de opnssID que escraviza • mentalidade. A 'história da jUstiça penal, " de'resto, c1&rainente nustrat.iva a este respeito. . . 2. . Esta situaçlo do se m~ca com uma teoria unificadora adi-_ JiD" isto '; que acumuI~ numa mera adiçAo os divenoe pontos de vista particulares. Bem pelo contrário: permitiJldo que se puse para pri- meiro plano, tanto este como aquele ponto de vista, e permitindo se utilize, flMII ~~~:::~~~~ii~i:' . q~~. . .... PO_I:I!~!ta ~~ei~ .2 ., Graças a Deus que de momento nIO se pratica nem se defende seriamente esta teoria. 50 ela é hoje invocada, tal nlo ó maI.a do que \U11 tSmido pretexto da falta de pontos d. vista prl.ticos e da desorlent&Çl.O teórica. Mas deveria ficar &alente, de uma Yel por todu, que .ta teoriA, ou nada quer dizer, sendo bastante supér- flua, ou, sendo totDada à. letra, é extremamente perigoaa. 3. ~_~t.u;btrtlda, uma t.eoda unlficado!& dlal~. como a que M!d Ie def~de mtat'OI~~~teralae dirl&kOl di~ lOS fins da iiãã íiêdí conswtivu, CODHpbw!o, o ~ , -"·üllibriC!At.iQdQl...gs • 'os ~;n.tri~tiõCu-~. am-. 6iD'~ poDto pode:~-c»mõmmpIo â'~tica de . Estado: as meI.horea eonstitui9liel do aque1u que; atrav~ da divido de poderes e de um sistema ramificado de outros controlos ao poder, integn.m no aeu diteito tod05 05 pontos de vista e p.roporcloxwn ao puticular o máximo de liberdade individual; a melhor constituiçlO económica. , a reunilo doa prindpi05 do estado social e do nberaLE o mesmo vigora para o direito penal, que servo igualmente ordem comu-' nitAria no seu respectivo Ambito: de n .. _~_~ J:~~,~ .~~L~_JEe~!!a pelos prjg~ d u ._~. e ! ~ !!~~ eomo;la -' Ancia de ~,_.es .. "q!1e atende e desezt.., _yot~ .. ~}l&!!~ A culpa nIO justifica a pena por ai SÓ, podendo unicamente permitir sanções no domfnio do impreaclndivel por motivos , de prevençlo geral e enquanto ni.ó fmpoça que a oxec:uçAo da pena Ie conforme &O aspecto da prevenÇlo especial. E, como vimo., de igual forma a totalidade dos restantes prindpi05 preservam a ideia de cor- reeçlo dos perigos de uma adaptaçao forçada que Violasse a persona- lidado do sujeito. -44- '. cepçlo 9de êltal~ctiea. en'quanto acentua ' , Pode denoxnlnar- esta ~ toa de vista e proeura. rO\\1\i-105 o carácter antit6tico ~. ~v= ::: constitui UJ1l esquema. consUu- mima 8firt:Me. ,Tal proeédimte fixado pela natureza das eoisU' •. Com. .. tivo, sendo &D;te!J ~ e a comUnidade teia. proteg\da' d6 efeitol a reali~ sócial exi~tm que o individuo o seja de uma agresslIes do individuo, mas __ ..1-"_..:1 E o próprio delinquente • .-dlft parte da ..,...euaue. . da excewva 1'0- por a d'bU e urgentemente carenCllL conatitui, por UDl lado, uma peno'aI e por outro lado, há que enca- do um tratamento terapêuti~ de homem livre e responsável, na . rá-Io de acordo com a concepç1O UI uma noç1O dema- medida em que um ordenamento jurldi: '!::" tutela e " falta de alado pequena do homem, a.ca.ba por ue individuo e colectividade, e liberdade. Rata dupla polarlda: :ne a. ideia de homem, constit,ui o tambhn entreo' fen6meno emp .~tem!tÍca. aocW. que em cada caso ponto de tenlllo de ~ ~""d do por uma fragmentaçlo como , -ta na. sua t~.. . também se rer o-;- al téJn Uma teoria da pena que DlO pr&- aquelA quo o direito pen CGD • ~ iJo1t.dal, mas ~ tenha tenda mantet-ee na ablltracçAo':;"~ tem de reconhecer esta.a antt- como ob}~VO COJ:ftSPOIl~ ~ para, de acordo com o prll1á- teses inerentet A toda • ~ "--;or' ou seja. tem de : ~ .v:peri.-latI numa x'" ."'t"""~ , _ .. I pio diaUJetic:fo! 1"""-' .. ____ que na~' UDl direito 1"'- criar uma ~ que uc, ........ ··y , da enlI.da.d4 no sentido da s6 pode fortalecer .. ()OIlICi!nda jurldiet. pn a individualidade de prevençlO senl le "? ~esmo W:O .. :e faz pelo deUnquente quem a ele .ti sujeito. que o q ela'.J Que só te .pode aiudar também é afinal o mala ~:o ~de ~ de UDl& farma iguak o cri,minoao a superar a sua one1 Diaãde jê:i"pij' d& eonaid~O ~~!li~Jijímm. IW' ~~ ~.!':'.:.::a'!;; do tratam~to; n1~ $e pêrifer da sua_.~~~!-~esponsável para .. qual ele aJ?O!lta: do vista a imagem da.~ __ .__ esta~. que aq\lÍ apenas fOi Precísar em tõêlos os ponn~ alg\UlI pontos NncWnontail. e esboçada quanto' aos seus fObj ~ !."de parte temos que enfrentar. levá-la à pritica, eis a tare a. que em 0 0 -' , balho foi es<:tito para intro- NOTA POSTERIOR:~=:o!t.da pena elu.tal; par isso dlll\ir 01 estudantes na pr I.gina U~~ra que me parece parli- MI indica em notas de pé de p tra~ento dam&t6ria em protundi- cuhlrmente importante para ~enta1 dJ cteoria Ulillicadora dialéç· Ilnele. A minhf. concepç1O ariada (cfr' .. este respeito ... tomadas de UeM tem sido pouco contr . , -45- : . ~_._ .. poI!9IO do!a manuala • COID8IlÜriOa de dkelto paal); em contrapartida proaegue a diIcuuIo da lUA ccmeret1zaçI.o DO que d1s respeito a\ culpu CODltituir apeDAI o limite, mas nlo o fundt.mento da pena estatal. A diacal8lo maia alárpda 6 mantida por .AJmroJt KAUl'KANN in: DoPf4'- NeM fHUI KrifM~ .d.p.,. lu S~IIÜI"",", .". S"/lfr~ (JZ, 1967, pp. 558-560). KAt1FKANN objecta que a culpa, enquanto limita a extendo da pena. ~ uma condi9lO neoessúia. da peD& e, portanto, tamb6m a flQ)liamenta IlimultaDeamento. Isto 6 logicamente correcto. Mal' a minha ideia et& a seguinte: enqaa:nto a medida da culpa por ai ,8Ó limita a pena, a culpa. em contrapartida. por s1 só nlO pode fun- damentar a, pena. ,Uma conduta' culposa, somente juatifica ,tanç&a juJ:1dico-peuaia quan40 estaa sejam nec:ess4rh!.s por ruOea do prevençlo geral ou espec:ia1. Deste modo, como tamb6m AlI:nwR KAUlIKANN con- concord&,.os,autores Ido ,Projecto Alternativo desenvolveram de comum acordo tal ideia; consagrada no 5 59, 2, 'do P. Ao: IIlpezw H apU- , cará iDtegralmonte a mêdidada culpa. d.eterminada pelo facto, ,qaa:ndo a relDtograçio do sujeito J)a comunidade jurfdica ou a protecçlo 40s , bens jurfdicos o requeira.mt. O j~ deve permanecer ab1Jx9 da medida. ,da culP'! !Ia aplic:açl.o da pena, tanto quanto o permitam u exig6D- cias de protecçIo especial. pra.L A queatIO de ... bel' ,H ..ta edc6Dda dew _ apoiada do ponto de vista dapol1tica criminal ou ~; pelo C011tririo, deve lei' ~ por .esvaziar o penàamento da cuJ.pu. ,permanece atê hoje objecto de viva, controvérsia. A ~ uu- ciOu-ee 'com ,u conferf:ncias e debates no ~ de professorea de direito penal em MI1nator em 1987 (ZStW, TO! 80. 1968, pp. 1-135): o ~ ,seguinte sobre ,t&ans von IJ.s1t e a concepçlo pol1tico-erl- " ,minaJ, do Projecto AltematiVot, tenta. reconhd-la e ~-la. A 1 •• Lei do Ref~ do, direito penai, de 25-6-1969. iDstitUiu, um 'COmpromipo pouco claro com o novo §, 13, ,1. do StGB, declarando por um Íado, que a culpa do ~tot ~ dundamento da medida. 'pena. (primeira fase), e, por out%o, considerando também que toS efeitoa da' pena H podem eapcar para a vida futura do sujeito na aociedadet (segunda fue), e pára a 4defesa da ordem juridic» (§ 14, 1, e, 23. 3). Acerca da polémica com a concepçlO teórica sobre a pena dos tratádoa de BAOJU.lfN, J~BECK, SCmaDRAVSBJl e STRATENWUTB, poaao remeteT para u miDhu recenç&a na, Z5tW, vol. 80"(1968). ' p. 694 e IS.: vol. 82 (1970), p. UTS e SI.; voI. 8S (1911), p. 369 e IS.; vol. 84 (1912), fue... O ponto de vista da ·-teoria retributiva. aqui recusada 6 sustentado por lrIAUL\CJ1 com pil'ticular dareza, na recente ed1ç1o do DONO Jlanual ~ exteJ1lO sobre a parte geral (4.· ed., -46 .... '~ "paI. da pena retributiva r. .. a JU& xnajes- 1971): tA. culada de ~~~ como se exprime na exigência de KANT tade d,esvin .' volunHria. da sociedade humana. mesmo de que, no caso de dissoluc;l; dot (06. ~ •• p. 11). Sendo assim. mll.o o último assaasiDo seja cas se- . ta necessidade de prevençlO ou que- mesmo que não eXlll d deve a pena. 'd 'da' (como por' exemplo no caso e a1 'd.ade lOja JnUlto te UZl , t necesSl aoc:ia1 'almente favorável para o SUJeito). perxna- uma pro~OIIe edi' ~da~ da pela necessidade de retribuição justa neeet ab&1Xo da m 1XA , I} da cuipa revelada no facto. (ab. ~t., p. 8 . das estõe5 li tura dos últimos anos que se ocupa qu Entre a t~ .' ainda (sem pretendo de ser exau&- tntadas nOite artigO, mene1Qnate1 ) uma leitura. subsequente~ , . tivo para . on der Stra:firech:sreform?lO .Weltere BAUlIANN Was enJJ/lrlen ,WJr u S-_:tschriften' zur Strafrechtsrefortnt. 1969. Pz' 9 eL S~~.,,:.L.~ Stra'tmS ...... IIlJwawMo~ /Il$ lIm WIIC,. & ........ ~ ii" HosJitS1"E&. Z., WMrD ' i$mt'S f'f14 ralio1UÚes 5trafe1l, in ARSP. )n GA, 1910, pp. zn.281; eter'fIS.n 1971. pp. 17-,88. Y S' lerSwa'e 2.'ed.reelabonda.ea.mplia.da. ScJDnDKÃUSEll, om ln" '.I' , _.11' . ZStW vol 77 963 ir minha reee~o ln '. • "1971 (sobre lo ,I •• ed., 1 • c . a (1965), p. 70 e ... _"._ .... '+ (ZC·.·· .... ..:'+ ror Rechtskande)t _.:... Rec:ht und Ges~' 1\a<OWo'" ou.: A "'U...... . rincl iantes no seu fasclculo de JJ ..... O fornece 'uma boa mtroduç1o para PP, d comum.JL Penu. tra- 911 ' lhe ,com base no denomma or ',' , de 1 , que reco , CHRIST HodsTJtll SCllOllBlT e LVETJORANN. balhos de HEltZBltRG, " ' , , -47~
Compartilhar