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Lei Penal no Tempo Recife- 2013 Lei Penal no Tempo Lei penal rege o ato. Incide sobre fatos ocorridos durante a sua vigência. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória Três são os fundamentais princípios aplicados no instituto da eficácia da lei penal no tempo: a) legalidade, no sentido de anterioridade; b) irretroatividade e c) retroatividade da lei mais benigna. Extra atividade – é o fenômeno pela qual a lei penal produz efeito fora de seu período de vigência. Retroatividade- retroage para atingir fatos anteriores á sua entrada em vigor. Se houver benefício para o agente. Ultra atividade- a lei antiga, já revogada, produz efeitos mesmo após o término de sua vigência, desde que o fato tenha sido praticado durante sua vigência, e a lei posterior seja prejudicial. Lei Penal no Tempo LEI PENAL BENÉFICA EM VACATIO LEGIS Majoritariamente, a doutrina acolhe o entendimento de que a lei penal benéfica em vacatio legis não pode retroagir. Lei Intermediária A lei intermediária é aquela que não era vigente à data do fato nem à data da prolação da sentença. Deve ser aplicada sempre que, comparativamente a ambas, for mais benéfica. Conforme a Súmula 611 do STF e o artigo 66, I da Lei de Execução Penal, a competência para aplicar a lei penal mais benéfica é do Juiz de Execuções Penais. Lei Penal no Tempo SUCESSÃO DE LEIS NO TEMPO Entre a data do fato praticado e o término do cumprimento da pena pelo réu podem surgir várias leis penais que, de alguma maneira, tenham aplicação ao fato praticado pelo agente. Se a lei nova for benéfica, será retroativa. Lei Penal no Tempo Combinação da Lei Penal – Lex Tertia Aplicação de duas leis que se sucedem no tempo. Sendo que ambas possuem aspectos prejudiciais e benéficos. O juiz aplicaria, no que diz respeito a lei nova, a sua parte mais benéfica. Ex: Lei 6. 368/76 = ART. 12. Pena 3 a 15 anos Lei 11. 433/06 = art. 33 Pena: 5 a 15 anos Lei excepcional e Temporária Art. 3º CP Lei Excepcional são aquelas promulgadas em caso de calamidade pública, guerras, revoluções, cataclismos, epidemias. Ex: no caso de surto epidêmico, cria-se um delito para aquele que omitir notificação de varíola. Erradicada a varíola, cessa a vigência da norma excepcional. Lei Temporária são aquelas que possuem vigência previamente fixada pelo legislador. Esta lei terá vigência até certa data. Lei excepcional e Temporária Características Auto-revogáveis- em regra, uma lei só pode ser revogada por outra lei, posterior, que revogue expressamente, que seja com ela incompatível ou que regule integralmente a matéria tratada (LICC, art. 2°, & 1°). A lei temporária é uma exceção . Ela se auto_revoga na data fixada no seu próprio texto. No período de anormalidade, de uma lei excepcional a data é incerta. Tempo do Crime ART. 4º Qual o objetivo de saber o tempo do crime? Ex: saber se o agente era ou não imputável, em razão da idade; estabelecer prescrição; saber a lei que deve ser aplicada. A teoria utilizada pelo código. Atividade= leva em conta o momento ou da ação ( conduta). Ex: o momento da agressão pouco importa se a morte ocorre dias depois. Resultado – leva-se em conta o momento da consumação Mista – considera o momento do crime tanto o momento da ação como do resultado. Utiliza-se a teoria do reusultado. Prescrição – Perda do direito-poder-dever de punir pelo estado em face do não exercício da pretensão punitiva ou da punição executória durante certo lapso de tempo. Súmula 711 Súmula 711 Crimes permanentes – aqueles cuja consumação se prolonga durante o tempo em que perdura a ofensa ao bem jurídico, o tempo do crime se dilatará pelo período de permanência crime em que o momento da consumação se prologa no tempo. Cárcere privado e sequestro. Crime Continuado - Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. Exemplo: O sujeito comete vários furtos numa mesma loja, em vários dias da semana, como no caso do caixa de loja. Hipóteses Hipóteses legais de conflitos de leis penais no tempo Abolitio Criminis = nova lei não incriminadora ( art. 2º) – a lei nova que revoga um tipo penal. Ninguém pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de considerar crime. Novatio legis in mellius = :nova lei mais favorável. A lei posterior que qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores. Novatio legis in pejus = nova lei mais severa. Quando a lei nova é mais severa que a anterior. Novatio legis incriminadora = nova lei incriminadora - A lei que incrimina novos fatos é irretroativa, uma vez que prejudica a pessoa.
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