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Administração Graduação

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AVALIAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE CONTEÚDOS DE ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS NO ENSINO DE GRADUAÇÃO 
Recebido em 21/11/2014. Aprovado em 01/02/2015. 
Avaliado pelo sistema double blind peer review. 
Loreni Teresinha Brandalise
1
 
 
 
Resumo: 
No intuito de facilitar a assimilação dos conteúdos pelo estudante da graduação do curso de 
Administração, este estudo objetivou avaliar a sequência de conteúdos de Administração de 
Materiais no ensino de graduação. Por meio de uma revisão da literatura identificou-se as 
principais publicações de livros didáticos da disciplina de Administração de Materiais e/ou 
Logística até o ano de 2011. A seguir, foram enviados questionários a professores que 
ministram a disciplina nas 15 Instituições da região Oeste e Sudoeste do Paraná, obtendo um 
retorno de 13. A partir dos resultados da pesquisa realizou-se uma análise dos conteúdos dos 
10 livros didáticos de Administração de Materiais e/ou Logística, mais citados pelos 
professores pesquisados. Os resultados permitiram elaborar uma proposta de conteúdos e 
respectiva sequência, considerada mais adequada para o ensino/aprendizagem da disciplina. 
Palavras chave: administração de materiais; logística; conteúdos didáticos 
 
ASSESSMENT OF THE SEQUENCE CONTENTS FROM MATERIALS 
MANAGEMENT IN UNDERGRADUATE TEACHING 
 
Abstract: 
In order to facilitate the assimilation of the contents by the grad student from Administration 
course, this study aimed to evaluate the sequence contents of Materials Management in 
undergraduate teaching. Through a literature review it was identified the major publications of 
textbooks of the discipline of Materials Management and/or Logistics until the year 2011. 
Subsequently, questionnaires were sent to professors who teach the discipline in 15 
institutions of the West and Southwest of Paraná State, getting a return of 13. From the results 
of research, an analysis of the contents was performed from the 10 most cited textbooks of 
Materials Management and/or Logistics by the respondents teachers. The results allowed the 
development of a proposal for contents and their sequence, considered the most adequate for 
the teaching/learning of the discipline. 
Keywords: materials management; logistics; educational contents. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Segundo dados do Censo de Educação Superior realizada pelo INEP/MEC (2011), o 
curso de graduação em Administração agrega o maior número de matrículas no ensino 
 
1 Doutorado em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente do PPGA/Mestrado Profissional em 
Administração da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). E-mail: lorenibrandalise@gmail.com 
 
AVALIAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE CONTEÚDOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS NO ENSINO DE GRADUAÇÃO 
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superior, sendo 833.876 em 2010. Com 2447, o curso de Administração, lidera a lista dos dez 
cursos mais procurados pelos candidatos ao ensino superior no país. 
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em 
Administração, bacharelado, as áreas específicas de materiais e logística fazem parte do 
conteúdo de formação profissional do acadêmico e devem contemplar conteúdos da realidade 
nacional e internacional e que possibilitem a aplicabilidade no âmbito das organizações. 
As atividades da Administração de Materiais sempre foram primordiais para fazer o 
produto chegar até o consumidor final. Com a abertura dos mercados em nível mundial e com 
os avanços tecnológicos mais acessíveis, os produtos atingiram um grau de qualidade bastante 
similar entre os fabricantes. Bowersox, Closs e Cooper (2007) e Nogueira (2012) concordam 
que isso exige uma eficiência logística acurada para ser competitivo. 
As principais atividades da Administração de Materiais são: aquisição ou suprimento, 
gestão de estoques e distribuição, as quais são subsidiadas pelas atividades de manuseio, 
armazenagem, embalagem e sistemas de informação. 
Estudiosos da área do Brasil e do exterior, publicaram livros didáticos da disciplina de 
Administração de Materiais, porém, alguns enfatizam uma ou outra atividade e a sequência de 
conteúdos nem sempre é a mesma, o que dificulta a adoção de uma obra como livro texto da 
disciplina. Observa-se também que é comum os autores atribuírem o mesmo conceito para 
Administração de Materiais e para Logística, o que muitas vezes gera dúvidas, pois há 
distinção entre estes conceitos. 
Nesse sentido questiona-se: qual a sequência de conteúdos mais adequada para o 
ensino/aprendizagem da disciplina de Administração de Materiais no curso de graduação em 
Administração? Para responder a esta questão este estudo objetiva avaliar a sequência de 
conteúdos de Administração de Materiais no ensino de graduação considerando a experiência 
dos docentes 
Importante destacar que este estudo não questiona a qualidade dos conteúdos 
apresentados pelos principais autores da disciplina, apenas preocupa-se em verificar a 
sequência mais adequada para o ensino/aprendizagem dos estudantes. 
O estudo se justifica considerando que a Administração de Materiais preconiza colocar 
o produto certo, no local certo, no prazo certo ao menor custo possível, então, uma sequência 
lógica do conteúdo referente às atividades da Administração de Materiais pode facilitar a 
aprendizagem da disciplina favorecendo a assimilação, e também por permitir a adoção de 
uma única obra como livro texto. Além disso, a partir da compreensão dos conceitos, 
pretende-se evidenciar a diferença entre a Administração de Materiais e a Logística. 
 
2 METODOLOGIA 
Neste estudo, inicialmente realizou-se uma revisão da literatura, buscando identificar 
as principais publicações de livros didáticos da disciplina de Administração de Materiais e/ou 
Logística. Desta forma, a pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, porque, conforme Cervo 
e Bervian (2002) objetiva colocar o pesquisador em contato com o que já se produziu e 
registrou a respeito do tema em estudo. Busca conhecer e analisar as contribuições culturais 
ou científicas do passado, existentes sobre determinado assunto, tema ou problema. 
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Corroborando, Fachin (2003, p.125) afirma que a pesquisa bibliográfica “diz respeito 
ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras”. Objetiva conduzir o leitor a 
determinado assunto permitindo “a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização 
e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa”. 
A pesquisa também pode ser classificada como exploratória, já que é útil quando se 
deseja conhecer determinado fenômeno, inferem Richardson et al. (1999). 
O segundo passo do estudo foi o envio de questionários por e-mail a professores que 
ministram a disciplina de Administração de Materiais (ou equivalente) na graduação, nas 15 
Instituições de Ensino Superior – IES (públicas e privadas) da região Oeste e Sudoeste do 
Paraná. Uma das IES não fez parte da pesquisa porque a realizadora deste estudo é docente da 
referida disciplina. Dos 15 questionáriosenviados, obteve-se um retorno de 13 (equivalente a 
86,7%), nos meses de agosto e setembro de 2013. 
O terceiro passo da pesquisa, a exemplo do estudo de Nieto et al. (1999), que 
identificaram tópicos que são recorrentes e presentes na maioria das obras de Administração 
de Produção, neste estudo foram avaliados os conteúdos dos 10 livros didáticos de 
Administração de Materiais e/ou Logística publicados até o ano de 2011, mais citados pelos 
professores pesquisados, que são, em ordem cronológica: Ballou (1993), Arnold (1999), 
Alvarenga e Novaes (2000), Viana, 2000, Francischini e Gurgel (2002), Ching (2010), Dias 
(2010), Pozo (2010), Christopher (2011) e Martins e Alt (2011). 
Por ser um estudo qualitativo, a técnica utilizada foi a análise de conteúdo, a qual, 
segundo Bardin (2003, p.42), é 
um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por 
procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, 
indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de 
produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens. 
Utilizou-se a técnica da análise de conteúdo por categorias, baseada no 
“desmembramento do texto em unidades, em categorias segundo reagrupamentos analógicos” 
(BARDIN, 2003, p.153). A análise de conteúdo se caracteriza metodologicamente pela 
“objetividade, sistematização e inferência”, sendo assim, foi realizada uma análise temática, 
que consiste em “isolar temas de um texto e extrair partes utilizáveis, de acordo com o 
problema pesquisado, para permitir sua comparação com outros textos escolhidos da mesma 
maneira” (RICHARDSON et al. 1999, p. 223 e 243). 
Desta maneira, a pesquisa também é descritiva, já que procura descrever ou detalhar as 
características ou componentes de um dado fenômeno (RICHARDSON et al., 1999; 
SANTOS, 1999), por meio de observação, análise e descrições objetivas (THOMAS; 
FRESSOLI, 2009). 
Por fim, a pesquisa se enquadra no método comparativo, o qual consiste em “investigar 
coisas ou fatos e explicá-los segundo suas semelhanças e suas diferenças”. Normalmente 
aborda séries ou fatos de natureza análoga, tomados de áreas de saber com a finalidade de se 
detectar o que é comum a ambos (SELLTIZ et al., 1981, p.225). 
Os dados são apresentados descritivamente e por meio de quadros. 
 
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3 REVISÃO TEÓRICA 
Nesta seção apresenta-se uma revisão da literatura incluindo os conceitos elaborados 
pelos principais estudiosos da área de Administração de Materiais e Logística, bem como suas 
atividades primárias (aquisição ou suprimento; gestão de estoques e distribuição) e 
secundárias ou de apoio (manuseio, armazenagem, embalagem e sistemas de informação). 
 
3.1 Administração de materiais 
 
Na definição de Ballou (1993), Administração de Materiais é a coordenação da 
movimentação de suprimentos com as exigências de operação. Seu objetivo é prover o 
material certo, no local certo, no instante correto e em condição utilizável ao custo mínimo. 
Segundo Arnold (1999), é uma função coordenadora responsável pelo planejamento e 
controle do fluxo de materiais, e seus objetivos são: maximizar a utilização dos recursos da 
empresa e fornecer o nível requerido de serviços ao consumidor. Na visão de Francischini e 
Gurgel, (2002, p. 5), é a “atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais 
eficientes e econômicas, o fluxo de materiais, partindo das especificações dos artigos a 
comprar até a entrega do produto terminado ao cliente”. 
Para Martins e Alt (2011), a Administração de Materiais engloba a sequência de 
operações que começa com a identificação do fornecedor, a compra do bem, seu recebimento, 
transporte interno e acondicionamento, transporte durante o processo produtivo, armazenagem 
do produto acabado, e termina na distribuição ao consumidor final. 
Por fazer parte da Administração de Materiais e muitas vezes ter seu conceito 
confundido, é oportuno elencar alguns conceitos de logística, publicados pelos principais 
autores da área. 
 
3.2 Logística 
 
Logística é uma palavra de origem francesa logistique que significa a arte de guerrear, 
de planejar estratégias para vencer o inimigo (SILVA, 2001), o que vai ao encontro com a 
definição do dicionário Webster’s (1993, p. 590), no qual se lê “logística é o ramo da ciência 
militar que lida com a obtenção, manutenção e transporte de material, pessoal e instalações”. 
Para os gregos, logística é a arte de calcular (POZO, 2000, p.15). 
De acordo com Ballou (1993), logística é a soma de atividades que visam maximizar o 
resultado de uso de materiais desde sua origem até sua oferta no ponto de vendas, aí já 
transformados em produtos acabados. Para Dias (1993, p.132), 
logística é a atividade que visa coordenar o fluxo de materiais, produtos e 
serviços, através de equipamentos e mão de obra especializados, chegando 
sua responsabilidade até o serviço de pós venda, enfatizando a minimização 
de custos, a satisfação do consumidor e a conquista de vantagem 
competitiva. 
Corroborando Dias (1993), Christopher (2011, p. 2) afirma que logística é o “processo 
de gestão estratégica, aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e estoques 
finais (e os fluxos de informação relacionados) por meio da organização e seus canais de 
comercialização”, de modo a maximizar a rentabilidade através da execução de pedidos, 
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visando o custo benefício. A logística é “uma orientação e uma estrutura de planejamento que 
visam criar um único plano para o fluxo de produtos e informações por meio de um negócio”. 
Diante dos conceitos apresentados, concorda-se com Bowersox e Closs (2001, p.86) na 
afirmação de que “a logística existe com o único propósito de fornecer a clientes internos e 
externos entregas de produtos corretas no prazo certo. Portanto, o serviço prestado ao cliente é 
o elemento essencial no desenvolvimento de uma estratégia logística”. 
Na sequência são apresentados conceitos referentes às principais atividades da 
Administração de Materiais: aquisição, gestão de estoques e distribuição. 
 
3.3 Aquisição ou suprimentos 
 
A atividade de compras, ou aquisição, está relacionada com a obtenção de produtos ou 
materiais de fornecedores externos, abrange a compra e a organização da movimentação de 
entrada de materiais. É uma operação que compõe o processo de suprimento. Embora todos 
saibam comprar, em função do cotidiano, é imprescindível a conceituação da atividade, que, 
segundo Viana (2000, p.172), significa “procurar e providenciar a entrega de materiais, na 
qualidade especificada e no prazo necessário, a um preço justo, para o funcionamento e 
manutenção da empresa”. 
Os objetivos básicos do setor de compras, segundo Dias (2010), são: (a) obter fluxo 
contínuo de suprimento para atender os pedidos; (b) promover o investimento necessário sem 
afetar a operacionalidade da empresa; (c) comprar bens em quantidade, qualidade e preços 
compatíveis; e (d) realizarnegociações. Empresários enfatizam a necessidade de comprar 
cada vez melhor, assim como estocar em níveis adequados e racionalizar o processo 
produtivo. “Comprar bem é um dos meios que a empresa deve usar para reduzir custos”. 
A cadeia de suprimentos é orientada pelas previsões (estimativas) de vendas e estas 
precisam atender às várias necessidades da organização. Para o marketing, as previsões 
devem confirmar que os produtos estão ganhando participação de mercado. Para o 
departamento de vendas, as previsões devem estar alinhadas com os objetivos e metas 
específicos da área. Para a produção, as estimativas devem ser suficientes para que a obtenção 
de materiais e a sua conversão estejam alinhadas com a capacidade de produção e dos 
fornecedores. Já para finanças, as previsões devem estar alinhadas com o plano comercial 
previamente estabelecido. Administrar esses conflitos de interesses é o grande desafio 
empresarial (BERTAGLIA, 2003). 
Prever o produto e qual a quantidade que os clientes irão comprar é assunto crítico 
para todo planejamento empresarial. O administrador deve mapear fornecedores, o tempo que 
ele necessita para processar pedido, programar a produção e o tempo de despacho do material. 
As estimativas são fundamentais numa organização, porque servem a uma série de atividades 
e decisões de negócios. Erros podem ter impactos importantes no desempenho da empresa, 
principalmente na cadeia de suprimentos. 
De acordo com Bertaglia (2003), o processo de desenvolvimento de uma estimativa 
de vendas envolve várias etapas: (a) determinação do objetivo da estimativa e quando ela será 
necessária (nível de detalhamento requerido, exatidão, quantidade de recursos); (b) 
estabelecimento do prazo, pois a acurácia diminui em função do tempo; (c) seleção da técnica 
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mais apropriada; (d) coleta e análise dos dados necessários; (e) preparação da estimativa; (f) 
monitoramento do desempenho. 
O desenvolvimento de técnicas de previsão cada vez mais sofisticadas, paralelamente 
aos computadores e novas tecnologias de informação, têm levado diversas empresas a se 
interessarem mais pelo processo de previsão de vendas (FLEURY, WANKE e 
FIGUEIREDO, 2000). Pode-se implementar modelos de previsão em planilhas eletrônicas 
como subsídio a suas atividades de planejamento e controle, seja no campo estratégico ou 
operacional. 
A logística requer previsões de quantidades, geralmente expressa por um único 
número, entretanto, é formada por componentes que levam em conta indicadores externos 
relacionados à demanda dos produtos de uma empresa como (DIAS, 2010): (a) nível de 
vendas, consumo passado; (b) políticas conjunturais, população, taxas de nascimento, índices 
de construções, renda; a teoria subjacente é que a demanda de um grupo de produtos é 
diretamente proporcional às atividade em outro campo ou a elas; (c) sazonalidade; 
(d)comportamento do cliente; (e) inovações técnicas; novos produtos; (f) alteração da 
produção, preço e concorrentes; (g) influência da propaganda. 
Bowersox, Closs e Cooper (2007, p.84) concluem que, embora tenha havido avanços 
nas técnicas e métodos de previsão, “as melhorias mais substanciais na previsão foram 
alcançadas por meio do uso de técnicas colaborativas”, como o CPFR (sigla em inglês de 
Colaborative Planning, Forecasting and Replenishment) e o CRM (sigla em inglês de 
Customer Relationship Management), que envolvem diversos parceiros da cadeia de 
suprimentos. 
 
3.4 Gestão de estoques 
 
Estoque é aquilo que, reservado para ser utilizado em tempo oportuno representa um 
conjunto de itens ou bens tangíveis, existentes à disposição, para atender a demanda interna 
ou externa. Portanto, considera-se estoque a quantidade existente fisicamente no 
almoxarifado. 
A gestão de estoques inclui atividades relacionadas com o planejamento, a 
programação e o apoio às operações de produção. Incluem o planejamento do programa 
mestre e a execução de atividades de armazenagem do estoque semiacabado em locais de 
fabricação, manuseio, transporte e sequenciamento de componentes. 
As principais funções do controle de estoques, de acordo com Dias (1993), são: 
determinar o quê, quando e quanto de estoque será necessário num determinado período; 
acionar o departamento de compras para executar a aquisição de estoque; receber, armazenar 
e atender os materiais estocados conforme a necessidade; manter inventários periódicos para 
avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; controlar os estoques em termos 
de quantidade e valor e fornecer informações sobre a posição de estoque. 
O objetivo, portanto, é otimizar os investimentos em estoque, atender a flutuação de 
demanda, evitar set up causado pela produção de lotes pequenos e evitar parada do pessoal 
ligado à produção pela falta de materiais. O setor de estoque não se preocupa apenas com o 
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suprimento eficaz, mas também com a integração racional entre cada participante do fluxo, 
que vai desde a decisão das compras até a programação de suprimentos (DIAS, 2010). 
Desta forma, a função de planejar e controlar estoques é fator primordial numa boa 
administração do processo produtivo. Cabe ao setor controlar as disponibilidades e 
necessidades totais do processo produtivo, já que seu objetivo é não deixar faltar material ao 
processo de fabricação, evitando alta imobilização aos recursos financeiros. 
Todas as vezes que uma instalação atende a um pedido, reduz seu estoque e este 
precisará ser reabastecido, então, três questões precisam ser respondidas (TAYLOR, 2005): 
(a) quando o estoque deve ser reabastecido? (b) que quantidade deve ser solicitada a cada 
reposição? (c) que volume de estoque deve ser mantido? 
As respostas a estas questões constituem a política de estoque (ou de reabastecimento) 
da empresa que, de acordo com Dias (2010), são diretrizes que, de modo geral são: (a) metas 
de atendimento ao cliente (quanto a prazo de entrega); (b) número de depósitos e itens a 
serem estocados; (c) nível de estoques para atender alterações do consumo; (d) até que ponto 
será permitido especulação com estoques, fazendo compra antecipada com preços mais baixos 
(com desconto); (e) definição da rotatividade de estoques. 
 De posse das políticas e diretrizes da empresa, bem como da previsão de vendas e 
disponibilidade de recursos, o departamento de materiais determina suas próprias políticas, 
em relação à: (a) nível de atendimento ou nível de flutuações de estoque e (b) nível de 
rotatividade. 
Estabelecer os níveis de estoque e sua localização é uma questão crítica, pois é 
necessário balancear os custos de manter e de pedir estoque porque esses custos têm 
comportamentos conflitantes. Quanto maior for a quantidade estocada, maior será o custo de 
manutenção, quanto maior for a quantidade de pedido, maior será o estoque médio e mais alto 
será o custo de mantê-lo. No entanto, se maiores quantidades forem solicitadas, menos 
pedidos serão feitos e menores custos de pedido serãoincorridos (BALLOU, 1993). 
Uma questão importante é a determinação do nível de estoque mais econômico 
possível para a empresa. Sabe-se que os custos de estoque são influenciados por diversos 
fatores, tais como volume, disponibilidade, movimentação, mão de obra e o próprio recurso 
financeiro envolvido, e, dependendo da situação, cada variável tem pesos que podem ter 
diversas magnitudes em razão da situação específica (POZO, 2001). 
O aumento ou a redução dos níveis de estoque geram forte impacto nas finanças de 
qualquer empresa. Medir o desempenho do estoque por meio de indicadores de desempenho 
relacionados aos estoques é fundamental, principalmente porque a administração moderna 
enfatiza a redução dos estoques. 
Alguns dos indicadores de desempenho de estoques apontados por autores como 
Viana (2000), Francischini e Gurgel (2002), Dias (2010), Martins e Alt (2011), são: giro de 
estoque, estoque de segurança, nível de serviço ao cliente, acurácia de estoque, tempo de 
reposição (lead time), ponto de pedido, dentre outros. 
Outra atividade importante da gestão de estoque é prever o valor do estoque em 
intervalo de tempo adequado e gerenciá-lo comparando-o com o que foi planejado e tomar as 
ações devidas quando houver discrepâncias. Conforme Pozo (2010), os estoques devem ser 
avaliados para: (a) assegurar que o capital imobilizado em estoques seja o mínimo possível; (b) 
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assegurar que estejam de acordo com a política da empresa; (c) garantir que a valorização do 
estoque reflita exatamente seu conteúdo; (d) permitir que o valor desse capital seja uma ferramenta 
de tomada de decisão; e (e) evitar desperdícios como obsolescência, roubos e extravios. 
Assim, é fundamental uma exata avaliação financeira do estoque, realizada com base 
nos preços dos itens que compõem o estoque. O valor real do estoque pode ser apurado 
através de inventário. Os métodos mais utilizados são o PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a 
Sair), UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) e Custo Médio. No Brasil somente o PEPS e o 
Custo Médio são aceitos pelo fisco. 
 
3.5 Distribuição 
 
Logística pressupõe movimento de bens e serviços dos pontos de origem aos pontos de 
uso ou consumo e a atividade de transporte executa este movimento, gerando os fluxos físicos 
dos mesmos ao longo dos canais de distribuição que também são relacionados com a 
movimentação das unidades de transporte. 
O transporte exerce um papel crucial em toda a cadeia de suprimento. É uma das 
principais atividades logísticas, representa a maior parcela dos custos logísticos na maioria 
das organizações e tem papel fundamental no desempenho do serviço ao cliente (FLEURY, 
WANKE e FIGUEIREDO, 2000). 
De acordo com Paoleschi (2008), o fundamento básico da logística no transporte é a 
precisão de suas operações, tornando-o mais rápido, otimizando o aproveitamento de carga e 
possibilitando o uso de carga de retorno com o mínimo de perda possível. Mesmo que o 
sistema de transporte da empresa seja terceirizado, deve-se programar as entregas para manter 
controle dos custos e prazos. 
O frete costuma absorver dois terços do gasto logístico. De acordo com Chopra e 
Meindl (2003), o transporte de carga soma cerca de 6% do PIB. No Brasil, conforme Valente, 
Novaes, Passaglia e Vieira (2011), o custo é ainda maior, girando em torno de 7,5% do PIB, 
ou seja, é de aproximadamente 30 bilhões de dólares ao ano. 
Entregas corretas de produtos reduzem o estoque, o armazenamento e o manuseio de 
materiais, como consequência, “o valor dos transportes tornou-se maior do que simplesmente 
movimentar produtos de um local para outro” asseveram Bowersox et al. (2007, p.181). O 
tempo em trânsito influi nos volumes de estoque, nos custos de manutenção, nos períodos de 
cobrança e também no nível de serviços que uma empresa pode oferecer. Assim, o 
desempenho nos transportes é mensurado por três parâmetros: custo, velocidade e 
consistência (tempo em que os fluxos ocorrem). 
A escolha das modalidades de transporte para efetuar operações logísticas eficientes 
está ligada às formas de desempenho de cada tipo de transporte no que se relaciona com 
preço, capacidade, flexibilidade, tempo em trânsito, terminais, e atributos intermodais. Os 
modais de transporte, de acordo com Dias (2012) e Nogueira (2012) são: 
a) aéreo: o meio mais caro, porém o mais rápido em longas distâncias, pouca 
flexibilidade (terminal a terminal); 
b) rodoviário: rápido e eficaz, altos níveis de flexibilidade, manuseio mais simples 
(cargas menores), elevado grau de adaptação, grande cobertura geográfica; 
c) ferroviário: meio barato usado para grandes volumes, produtos de baixo valor 
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agregado e alta densidade, grandes distâncias; 
d) hidroviário: é o mais lento, pouco flexível, ideal para transportar grandes volumes 
por longas distâncias, principalmente para o exterior; cabotagem (dentro do país) e 
fluvial (rios e canais de navegação); 
e) dutoviário: o investimento inicial é alto, porém, possui longa vida útil, baixa 
manutenção, baixa mão de obra, funciona ponto a ponto para líquidos e gases; 
f) infoviário: reduz a logística de deslocamento de pessoas (videoconferência), 
possibilita informação em tempo real (documentos, livros, e-mail), elimina a 
quantidade de papeis e economiza custos de materiais físicos. 
Segundo Bowersox et al. (2007) e Nogueira (2012), para a escolha de um modal é 
necessário observar as características operacionais de cada um em relação à velocidade: 
tempo decorrido na movimentação (o aéreo é o mais rápido); disponibilidade: capacidade de 
atender a qualquer local (o rodoviário é mais flexível); confiabilidade ou consistência: 
variação de potencial da programação de entrega esperada (os dutos são melhores devido à 
ininterruptibilidade de tráfego); capacidade: de manuseio de qualquer requisito de transporte, 
como o tamanho da carga (o hidroviário é mais capaz); e, frequência: refere-se à quantidade 
de movimentações programadas (os dutos lideram). 
Em suma, a importância relativa de cada tipo de transporte, conforme Bowersox e 
Closs, 2001, p.282), “pode ser medida pela distância coberta pelo sistema, pelo volume de 
tráfego, pela receita e pela natureza da composição de tráfego”. 
A escolha dos canais de distribuição depende das decisões estratégicas que são 
tomadas em função do tipo de produto (valor, peso, volume, perecibilidade); do tipo de 
mercado (tamanho, local, vias de acesso); do método de compra (prazos, faturamento, frete 
adotado); da localização (da unidade produtiva, redes de armazenagem, local da compra dos 
bens); e da variedade dos modos de transporte disponível. 
Na seção 4 apresenta-se a análise dos dados obtidos por meio da pesquisa aplicada. 
 
4 ANÁLISE DOS DADOS 
Nesta seção apresentam-se os dados obtidos por meio de questionários aplicados a 
professores que ministram a disciplina de Administração de Materiais na graduação e a 
avaliação dos conteúdos dos 10 livros didáticos de Administração de Materiaismais citados 
pelos professores pesquisados. 
Quanto à formação dos professores pesquisados, 10 são mestres e 02 são especialistas. 
O tempo em que os professores ministram a disciplina de Administração de Materiais e/ou 
Logística pode ser visto na Tabela 1. 
Tabela 1- Tempo que ministra a disciplina de Administração de Materiais 
Tempo/anos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 ... + de 20 
Professores 03 01 01 02 01 01 01 01 01 
Fonte: Pesquisa aplicada (2013) 
Dos 12 pesquisados, 03 professores utilizam material próprio além da adoção dos 
livros didáticos, com exceção de 01 professor que não adota livro. A Tabela 2 mostra o 
número de livros adotados pelos professores. 
Tabela 2 - Número de livros que adota na disciplina de Administração de Materiais 
N
o
 de livros que adota 1 a 3 4 a 7 7 a 10 + de 10 
Professores 4 4 2 1 
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Fonte: Pesquisa aplicada (2013) 
A adoção de mais de um livro se deve, principalmente, ao fato de que não há uma obra 
que contenha todos os conteúdos da disciplina. Os livros mais utilizados pelos pesquisados 
são mostrados, ordenados pela maior frequência de indicação, na Tabela 3. Observa-se que as 
obras mais utilizadas pela maioria dos professores são as de Martins e Alt (2000), Dias (2010) 
e Pozo (2010). 
Tabela 3 - Livros adotados na disciplina de Administração de Materiais 
N
o
 Prof. Livro adotado 
11 MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos 
patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000. 
09 DIAS, Marco Aurélio P.. Administração de materiais: uma abordagem logística. 5.ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
09 POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 6.ed. 
São Paulo: Atlas, 2010. 
07 ALVARENGA, Antonio Carlos; NOVAES, Antonio Galvão. Logística aplicada: suprimento e distribuição 
fisica. 3.ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2000. 
07 BALLOU, Ronald H.. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 
São Paulo: Atlas, 1993. 
07 CHING, Hong You. Gestão de estoques na cadeia logística integrada: supply chain. São Paulo: Atlas, 
1999. 
07 CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. Tradução da 4ª edição 
norte-americana. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 
07 VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000. 
05 ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999. 
04 FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de materiais e do 
patrimônio. São Paulo: Thompson, 2002. 
Fonte: Pesquisa aplicada (2013) 
Apresentando um rol de 22 tópicos que compõem os conteúdos de Administração de 
Materiais ministrados na graduação, solicitou-se aos professores pesquisados que indicassem, 
na sua avaliação, qual a sequência de conteúdos mais adequada ao ensino/aprendizagem da 
disciplina. Por meio de análise qualitativa observou-se que, embora não exista unanimidade, 
as respostas assinaladas concentraram-se em números próximos uns dos outros na ordem dos 
conteúdos, conforme se observa na Tabela 4. 
Tabela 4 – Sequência de conteúdos adotados pelos docentes da disciplina 
Conteúdo Sequência de apresentação 
Controle de estoques Entre 4o e 7o 
Introdução à administração de materiais Entre 1o e 3o 
Inventários Entre 13o e 20o 
Distribuição Entre 14o e 21o 
Compras Entre 4o e 15o com maior concentração na 5 
Armazenagem de produtos Entre 9o e 15o 
Previsão para os estoques Entre 3o e 8o 
Transporte Entre 15o e 20o 
Equipamentos de movimentação Entre 10o e 16o 
Depósitos e armazéns Entre 6o e 15o 
Especificação, Codificação, Classificação e Catalogação Entre 11o e 14o 
Embalagem na logística Entre 12o e 20o 
Sistemas de informação e a logística Entre 15o e 21o 
Introdução à logística Entre 1o e 3o 
Cadeia de suprimentos Entre 1o e 4o 
Unidades de estocagem e conservação de materiais Entre 6o e 12o com maior concentração na 12 
Recursos patrimoniais Entre 19o e 22o 
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Custos de estoque Entre 7o e 11o com maior concentração na 9 
Logística reversa Entre 21o e 22o 
Classificação ABC Entre 8o e 19o com maior concentração na 10 
LEC – Lote Econômico de Compras Entre 9o e 17o 
Layout Entre 13o e 20o 
Fonte: Pesquisa aplicada (2013) 
A partir dos resultados apontados pelos professores da disciplina na pesquisa aplicada 
mostrados na Tabela 4, foram avaliados os conteúdos e a sequência dos livros didáticos de 
Administração de Materiais publicados até o ano de 2011 pelos principais estudiosos da área, 
conforme Quadros 1 a 10. Para tanto, utilizou-se os conteúdos mostrados nos sumários dos 
livros, os quais são apresentados em quadros, em ordem cronológica de publicação. 
Ressalta-se que este estudo também pretende verificar se, na prática, os docentes que 
ministram a disciplina de Administração de Materiais na graduação, seguem a mesma 
ordem/sequência dos conteúdos apresentados pelas obras de renomados autores, buscando 
identificar a sequência mais indicada ao ensino/aprendizagem. 
Quadro 1: Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição 
física 
Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física – Ballou (1993) 
1 Logística – uma função essencial na empresa: a concepção logística na empresa; logística empresarial definida; traçando 
tendências em logística; o lugar da logística na firma; logística para firmas de serviço 
2 Distribuição física: natureza da administração da distribuição física; três conceitos importantes; distribuição física e outras 
áreas funcionais; distribuição física em algumas empresas 
3 Administração de materiais: natureza da administração de materiais; um exemplo contrastante 
4 Nível de serviço: o que é nível de serviço logístico; porque o nível de serviço é importante; adm. do nível de serviço; fixação 
de uma política de serviço; planejamento para contingências no serviço 
5 O produto: o que é produto logístico; a curva ABC; características do produto; embalagem do produto; formação de preço 
6 O sistema de transporte: importância na economia; escopo do sistema de transporte; alternativas de serviço e suas 
características de desempenho; alternativas com um único interlocutor; serviços integrados (intermodais); agências e serviços 
de pequenos volumes; transporte controlado pela companhia; transporte internacional 
7 Administração de tráfego: seleção do transportador; administração do transporte de terceiros; transporte próprio 
8 Armazenagem de produtos: necessidade de espaço físico; localização de depósitos; dimensionamento da facilidade de 
armazenagem; alternativas de armazenagem 
9 Manuseio e acondicionamento do produto: manuseio de materiais; alternativas para projetos de sistemas; embalagem 
10 Controle de estoques: razões para manter estoques; uma visão do problema de estoque; características básicas do controle de 
estoques; alguns conceitos e técnicas de controlede estoque 
11 Aquisição e programação da produção: programação da produção; aquisição 
12 Entrada e processamento de pedidos: natureza de entrada e processamento de pedidos; atividades do sistema de pedidos; 
alternativas para projeto; procedimentos operacionais 
13 Informações de planejamento logístico: escopo do sistema de informação; conhecimento dos fatos; operações do sistema de 
informação; informações de saída; exemplos de sistema de informação 
14 Planejamento da movimentação de mercadorias: natureza do problema de planejamento; princípios para o bom planejamento; 
conceitos para planejamento do sistema; métodos computacionais para projeto de sistemas logísticos; considerações de risco 
no canal logístico 
15 Operação do sistema logístico: organização do esforço logístico; alternativas organizacionais; controle do esforço logístico 
16 Em busca do amanhã: uma visão do ambiente; tendências geográficas; tendências de custos; tecnologia dos computadores; 
disponibilidade de matérias primas; logística doméstica e internacional; novas áreas de oportunidade 
Fonte: Ballou (1993, p.7-14) 
Referência importante aos estudos de Administração de Materiais e Logística, este 
livro de Ballou (1993) aborda a logística no contexto empresarial e as tendências da atividade. 
Contudo, o autor inicia pela ‘distribuição’, passa pela ‘armazenagem’, ‘controle de estoques’ 
e culmina com ‘aquisição’ e ‘sistema de informação’. 
Observa-se que a sequência de conteúdos está invertida, considerando que as 
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atividades de Materiais iniciam com a aquisição (e seus desdobramentos), controle de 
estoques (incluindo recebimento, especificação, classificação, codificação e endereçamento, 
armazenagem, movimentação e distribuição interna) culminando com o transporte. 
Quanto ao controle de estoques, apesar de explanar com muita propriedade as razões 
para manter estoques, nota-se a ausência de conteúdo referente aos ‘níveis de estoque e seus 
indicadores; especificação, classificação e codificação de materiais, endereçamento de 
armazém; equipamentos de movimentação e layout’. 
Além disso, o autor não aborda a ‘cadeia de suprimentos, logística reversa e os 
recursos patrimoniais’. 
Quadro 2: Administração de materiais: uma introdução 
Administração de materiais: uma introdução – Arnold (1999) 
1 Introdução à administração de materiais: ambiente operacional; conceito de cadeia de suprimento; o que é administração de 
materiais 
2 Sistema de planejamento de produção: planejamento de operações e venda; MRP II; feitura do plano de produção 
3 Programa mestre de produção (MPS): relação com o plano de produção; o desenvolvimento de MPS; planejamento de 
produção, MPS e vendas 
4 Materials Requirement Planning (MRP): listas de materiais, o processo MRP; utilização do plano de exigências de materiais 
5 Planejamento da capacidade: definição; planejamento de exigências da capacidade; capacidade disponível; capacidade 
exigida; carga; programação de pedidos 
6 Controle da atividade de produção: dados exigidos; preparação do pedido; programação; nivelamento da carga; gargalos de 
programação; implementação; controle; relatório de produção 
7 Compras: estabelecimento de especificação; descrição da especificação funcional; seleção de fornecedores; determinação de 
preços; impacto do MRP sobre as compras 
8 Previsão: administração da demanda; previsão da demanda; características da demanda; princípios de previsão; coleta e 
preparação de dados; técnicas de previsão; sazonalidade; demanda desestacionalizada; rastreamento de previsão 
9 Fundamentos de administração de estoques: adm. do estoque agregado; adm. do estoque por item; estoques e o fluxo de 
materiais; padrões de suprimento e de demanda; funções dos estoques; objetivos da adm. de estoques; custos de estoques; 
demonstrativos financeiros e o estoque; sistema ABC de controle de estoques 
10 Quantidade de pedidos: quantidade econômica de pedido (QEP); variações do modelo QEP; descontos sobre a quantidade; 
utilização do QEP quando os custos não são conhecidos; quantidade de produto por período (QPP) 
11 Sistemas de pedidos de demanda independente: sistema do ponto do pedido; determinação de estoque de segurança, de níveis 
de atendimento, de quando o ponto de pedido é atingido; intervalos diferentes de lead time e de previsão; sistema de 
revisão periódica; estoque de distribuição 
12 Estoque físico e administração dos depósitos: administração dos depósitos; controle físico e segurança; precisão do registro 
de estoque; 
13 Distribuição física: sistema de distribuição física; interfaces; transporte; tipos legais de transporte; elementos do custo de 
transporte; administração de depósitos; embalagem; manuseio de materiais; sistemas de múltiplos depósitos 
14 Produtos e processos: princípios do desenvolvimento de produtos; projeto e especificação do produto; engenharia simultânea; 
projeto do processo e os fatores que o influenciam; equipamento de processamento; sistema de processos; seleção do 
processo; melhoria contínua do processo 
15 Produção Just in Time: filosofia JIT; desperdício; ambiente JIT; planejamento e controle da produção 
16 Administração da qualidade total: o que é qualidade; adm. da qualidade total; conceitos de custo da qualidade; a variação 
como modo de vida; capacitação de processo; controle de processos; inspeção de amostras; ISO 9000; benchmarking; JIT, 
TQM e MRPII 
Fonte: Arnold (1999, p.5-16) 
Este autor inicia apresentando o ambiente operacional e conceitos sobre logística e 
cadeia de suprimento, e, em seguida discorre sobre planejamento da produção, assunto de oito 
capítulos que compõem esta obra. Desta forma, o conteúdo referente à ‘compras’, 
‘fornecedores’ e ‘previsão de demanda’ só é abordado nos Capítulos 07 e 08 respectivamente. 
Ao tratar da armazenagem, percebe-se a ausência de conteúdos referentes à 
‘especificação, codificação, classificação e catalogação de materiais, unidades de estocagem, 
equipamentos de movimentação e layout de armazém’, sendo que, ‘administração dos 
depósitos, embalagem e manuseio de materiais’ são apresentados no Capítulo 13, juntamente 
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com ‘transporte’. 
A obra não aborda os assuntos relativos aos ‘sistemas de informação na logística; 
logística reversa e recursos patrimoniais’. 
Quadro 3: Logística aplicada: suprimento e distribuição física 
Logística aplicada: suprimento e distribuição física – Alvarenga e Novaes (2000) 
 Parte I – Conhecimentos gerais 
1 Os sete conhecimentos básicos: o processo iterativo de avanço; noções sobre custo (diretos e indiretos; fixo e variável; 
médio; marginal; custo e nível de serviço); classificação ABC (lei de Pareto): a no controle de estoque; na empresa; na 
prática; como usar); rudimentos de estatística (média e desvio padrão da distribuição normal; uso prático da média e 
desvio padrão; distribuição normal composta); custo do capital (valor do dinheiro no tempo; equivalência financeira; 
diagrama de fluxo de caixa; juros simples e compostos; valor presente;custo de capital); decisão em grupo – método 
Delphi (caráter multidisciplinar dos problemas logísticos); o enfoque sistêmico (logística e sistemas; sete características 
importantes do sistema; estudo de alternativas) 
 Parte II – O sistema industrial e a rede logística 
2 O sistema industrial: contornos do sistema; a evolução dinâmica dos projetos sistêmicos; ambiente do sistema industrial; 
logística de distribuição e marketing; logística de suprimento; a logística no sistema industrial; a logística nos diversos 
tipos de empresa; resolvendo os conflitos entre marketing e logística; gerência de distribuição no Brasil 
3 Desenhando a rede logística: a rede logística; o papel de intermediação do setor de logística; utilizando a rede logística para 
a obtenção da solução de consenso; rede de suprimento de rede de distribuição física 
4 Completando e racionalizando a rede logística: procedimentos básicos (inserção dos fluxos unitários; incorporação do nível 
de serviço; custos logísticos; análise de consistência da rede; exemplos) 
 Parte III – Resolvendo problemas logísticos 
5 O subsistema transporte: analisando o transporte a partir da rede; modalidades de transporte; explorando as modalidades; 
transferência e distribuição; o transporte e o meio externo; objetivos do subsistema transporte; medida de rendimento; 
planejando o subsistema transporte; custos de transporte; planilha de custos 
6 Renovação da frota e de equipamentos: fatores que influenciam na vida útil; um modelo simplificado de renovação; modelo 
clássico de renovação; análise de sensibilidade 
7 Depósitos e armazéns: funções de um depósito ou armazém; o depósito visto como um sistema; recebimento da mercadoria 
no armazém; parâmetros relacionados com o manuseio da carga; doca para recebimentos ou despacho de mercadorias; 
integração do recebimento e do despacho; layout das áreas de recebimento e expedição; o processo de descarga dos 
veículos 
8 Armazenagem dos produtos: níveis de estoque; espaço físico para armazenagem; arranjo dos diversos produtos no 
armazém; formas de movimentação e armazenagem 
9 Distribuição física de produtos: a distribuição física hoje; número de zonas, periodicidade e frota necessária; distância 
percorrida e tempo de ciclo; coleta e distribuição; prazos; custo e nível de serviço nas transferências; dimensionamento 
de uma frota de distribuição; roteirizarão de veículos 
10 Apêndices: cálculo do desvio padrão de uma amostra de valores; relação entre desvio médio e desvio padrão numa 
distribuição normal; elementos de matemática financeira 
Fonte: Alvarenga e Novaes (2000, p.1-4) 
Estes autores fazem um breve resgate sobre o desenvolvimento empresarial e os 
conhecimentos gerais básicos, abordando noções sobre custos, Classificação ABC, estatística, 
método Delphi e o enfoque sistêmico. Abordam a cadeia de suprimentos enfatizando a 
‘armazenagem’, a ‘distribuição’ e o ‘transporte’, com foco no sistema industrial. 
Embora tratem da armazenagem, os autores não abordam a especificação, codificação, 
classificação e catalogação de materiais; embalagem; e inventários. 
Esta obra não apresenta os conceitos referentes à Administração de Materiais e à 
logística, e uma das principais atividades de Administração de Materiais: ‘Compras’, que 
inclui previsão de demanda, fornecedores, pedido, acompanhamento e recebimento. 
Além disso, assim como Arnold (1999), não aborda os ‘sistemas de informação, 
logística reversa e recursos patrimoniais’. 
Quadro 4: Administração de materiais: um enfoque prático 
Administração de materiais: um enfoque prático – Viana (2000) 
1 A amplitude da administração de materiais: conceitos práticos de administração; estrutura organizacional; evolução e 
mudanças na área de administração de materiais; principais desafios do administrador de materiais na empresa atual 
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2 Classificação de materiais: conceituação; atributos para classificação de materiais; tipos de classificação; metodologia de 
cálculo da curva ABC 
3 Especificação: considerações iniciais; objetivo; critérios sobre a descrição; estrutura e formação da especificação; tipos 
padronizados de especificação; normalização; padronização; análise de valor; termos técnicos utilizados em 
especificação 
4 Codificação: conceituação; objetivo; tipos de codificação; aplicação prática (plano de codificação) 
5 Fundamentos do gerenciamento de estoque: definições importantes; inclusão de itens no estoque; solicitação de materiais não 
de estoque; razões para a existência dos estoques; natureza dos estoques; fundamentos da gestão; formação dos 
estoques; acompanhamento de consumo por meio do sistema de cotas; materiais sujeitos a recondicionamento; 
obsolescência e alienação de materiais inservíveis; controles e custos nas atividades de materiais 
6 Sistemas de gestão de estoques: problemática da formação de estoques; parâmetros e modelos matemáticos de 
ressuprimento; consumo irregular; críticas aos modelos analisados; moderno gerenciamento; política de estoque. 
7 Noções fundamentais de compras: organização do setor de compra; etapas do processo; perfil do comprador; modalidade de 
compra; regulamento de compras da empresa (manual de compras) 
8 Cadastro de fornecedores: critérios de cadastramento; procedimentos para cadastramento; aprovação de cadastro; 
classificação, seleção e avaliação de fornecedores; a experiência da Cia de Metro de SP na qualificação técnica de 
fornecedores 
9 Concorrência: modalidades de coleta de preços; dispensa de concorrência; condições gerais da concorrência; etapas da 
concorrência; proposta; modelo de coleta de preços; avaliação da concorrência; negociação 
10 Contratação: condições gerais de fornecimento; adjudicação do pedido; diligenciamento 
11 Compras no serviço público: licitação; objeto da licitação; modalidades de licitação; limites de valor para a licitação; edital 
de licitação 
12 Noções básicas de almoxarifado: histórico; conceituação; eficiência do almoxarifado; organização do almoxarifado; perfil do 
almoxarife 
13 Recebimento: conceituação; nota fiscal; entrada de materiais; conferencia qualitativa e quantitativa; regularização; entrada no 
estoque por devolução de material 
14 Armazenagem: objetivos; arranjo físico; utilização do espaço vertical; critérios de armazenagem; controle de materiais 
perecíveis; manuseio de materiais perigosos; utilização de paletes; estruturas metálicas para armazenagem; acessórios para 
armazenagem; equipamentos de manuseio de materiais; técnicas de conservação de materiais armazenados; esquema de 
localização; atendimento às requisições de material; controle físico dos estoques 
15 Distribuição: objetivos; características do transporte; seleção da modalidade de transporte; estrutura para a distribuição; 
transporte de produtos perigosos; contrato de transporte; a experiência da Cosipa na distribuição interna de materiais 
16 Inventário físico: conceituação; origem das divergências em estoque; épocas indicadas para o inventário; inventário rotativo; 
metodologia para realização do inventário; avaliação e controle; a experiência da Acesita em inventário 
17 Venda de materiais alienados: modalidades de venda; procedimentos para venda em leilão; origens do leilão; organização do 
leilão; determinação dos preços mínimos; formação dos lotes; contratação e atribuições do leiloeiro 
18 A administração de materiais utilizando a informática:objetivos; a empresa atual utilizando os controles informatizados; 
sistema integrado de administração de materiais; modelos de relatórios gerados pelo sistema integrado; a internet e a 
administração de materiais 
Fonte: Viana (2000, p.7-23) 
Nesta publicação o autor apresenta os conteúdos estruturados de modo detalhado, 
ilustrados com figuras e estudos de caso práticos, o que facilita a assimilação dos processos 
que envolvem as atividades de Administração de Materiais. 
A abordagem da ‘armazenagem’ é uma das mais completas, incluindo detalhadamente 
a especificação, codificação, classificação, catalogação de materiais, unidades de estocagem e 
conservação de materiais, bem como os equipamentos de movimentação e o layout. 
Entretanto, ao tratar de ‘compras’, não aborda os métodos de previsão de demanda, 
embora apresente indicadores que podem subsidiar as previsões; ao tratar de ‘controle de 
estoques’, não aborda os níveis de estoque; da mesma forma, ao tratar de ‘transporte’, 
restringe-se ao modal rodoviário. 
Esta obra não aborda a ‘cadeia de suprimentos, logística reversa e recursos 
patrimoniais’. 
Quadro 5: Administração de materiais e do patrimônio 
Administração de materiais e do patrimônio - Francischini e Gurgel (2002) 
1 Administração dos recursos: objetivos; administração de materiais; administração do patrimônio 
AVALIAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE CONTEÚDOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS NO ENSINO DE GRADUAÇÃO 
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2 Abastecimento de materiais: terceirização (comprar ou fabricar); compras; compras de componentes; compra de ativos; 
seleção de fornecedores; cotações; critérios de escolha de ganhadores de pedido; exercícios 
3 Administração de estoques: modelos de planejamento (estudo de mercado, análise setorial, o negócio, curva ABC, método de 
previsão de demanda); entrada de materiais (recebimento e inspeção de materiais); classificação de materiais (sistema 
Dewey, sistema decanumérico, FSC, adaptação a uma corporação, codificação de material); código de barras (sistema 
EAN, aspectos técnicos estruturação do código ITF, código 39); exercícios 
4 Controle de estoques: conceito (curva dente de serra, tempo de reposição de estoque, estoque de segurança, estoque virtual, 
ponto do pedido, estoque médio, giro de estoque); custos de estoque (de aquisição, de armazenagem, de pedido, de falta); 
métodos de avaliação de estoques (custo médio, PEPS, UEPS, preço de reposição); métodos de cálculo de lote 
econômico; auditoria nos estoques (método de avaliação, determinação do custo, registros contábeis, controle interno, 
apresentação nas demonstrações financeiras, objetivos e procedimentos da auditoria dos estoques) 
5 Movimentação e armazenagem de materiais: modulação de cargas; equipamentos de movimentação (seleção, classificação, 
tipos, alocação de equipamentos) e de armazenagem de materiais (ocupação, serviço, armazenamento em bloco, cargas 
unitizadas, drive-in, drive-thru, cross-docking); inventários; identificação de desvios e ação corretiva; transporte 
(qualidade e produtividade do transporte) 
6 Supply chain: conceito; processos críticos do supply chain management; abastecimento e distribuição em uma cadeia de 
suprimento; suprimento no varejo; exercícios 
7 Administração do patrimônio: a natureza do ativo imobilizado; princípios de contabilização do imobilizado; controle do ativo 
imobilizado; problemas especiais relacionados como o imobilizado; alocação do capital da empresa; reavaliação de 
ativos, exercícios 
Fonte: Francischini e Gurgel (2002, p.v-viii) 
Esta é uma obra bem abrangente em termos de conteúdos de Administração de 
Materiais, iniciando com conceitos e objetivos da área, seguido do abastecimento de materiais 
(compras). No entanto, a ‘previsão da demanda’, assunto diretamente ligado à aquisição de 
materiais é tratada no capítulo referente à administração dos estoques, assim como ‘lote 
econômico de compras’ é tratado no capítulo referente ao controle de estoques. 
No tópico ‘transporte’ foi tratado somente o modal rodoviário. Observa-se a ausência 
de conteúdos sobre ‘embalagem, sistemas de informação na logística e logística reversa’. 
Quadro 6: Gestão de estoques na cadeia de logística integrada 
Gestão de estoques na cadeia de logística integrada - Ching (2010) 
1 Logística: introdução; questões básicas levantadas pela logística; evolução da logística nas últimas décadas; papel da 
logística na empresa 
2 Estoques: custos associados a estoques; gestão de estoques versus controle de estoques; objetivos da gestão de estoques; 
alguns conceitos e técnicas da gestão de estoques 
3 Repensando a logística: introdução; fatores de pressão da mudança do papel da logística; que é supply chain ou cadeia de 
logística integrada; considerações sobre o Efficient Consumer Response (ECR) ou resposta Eficiente ao Consumidor 
4 Gestão de estoque na cadeia de logística integrada: introdução; logística de suprimento; logística de distribuição 
5 Planejamento de vendas e operações S&OP (Sales and Operations Planning): S&OP no processo de planejamento da 
empresa; processo mensal do S&OP, fatores críticos de sucesso; aplicação do S&OP em uma indústria farmacêutica 
6 Custos da cadeia de suprimentos: importância dos custos logísticos; custos com armazenagem; de manuseio e movimentação 
de materiais; custos com estoques; com transporte; de oportunidade; Métodos de apuração dos custos logísticos; 
Lucratividade Direta por Produto (DPP); Custeio Total de Propriedade (TCO); Custo Total para Servir (TCS); Custeio 
Baseado em Atividades (ABC); Resposta Eficiente ao Consumidor (ECR); Considerações sobre os métodos de 
apropriação de custo apresentados; agregando valor na cadeia de suprimentos 
7 Cadeia de suprimentos da saúde e tecnologia de informação: gerenciamento de compras; que é business-to-business e-
commerce?; experiência da St. Luke¿s Roosevelt Hospital Center; vantagens do B2B e-commerce; a indústria de saúde 
pode aprender com outras indústrias; exemplos 
8 Inovação, estratégia logística na adição diferenciada de valor aos processos de serviço ao cliente: visão de processos aplicada 
à logística; o serviço como forma de adição de valor aos processos logísticos; desafios da inovação 
Fonte: Ching (2010, p.7-9) 
O autor inicia este livro abordando a logística e sua evolução nas últimas décadas, bem 
como seu papel na empresa. A contribuição do autor é inegável ao enfatizar a gestão de 
estoques, apresentando conceitos e reflexões voltados para a cadeia de suprimentos como 
estratégia de minimização de custos. 
Entretanto, a obra carece de conteúdos referentes a ‘compras’ e às atividades práticas 
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envolvidas nos processos; ‘armazenagem’, incluindo especificação, codificação, classificação 
e catalogação de materiais; unidades de estocagem e conservação de materiais; embalagem; 
equipamentos de movimentação; layout; inventários. 
Embora aborde os canais de distribuição, os modais de ‘transporte’ não foram 
abordados, bem como a ‘logística reversa e os recursos patrimoniais’. 
Quadro 7: Administração de materiais: uma abordagem logística 
Administração de materiais:uma abordagem logística – Dias (2010) 
1 Introdução: abordagem logística; subsistemas de abordagem logística e razões do interesse pela logística 
2 Dimensionamento e controle de estoque: funções e objetivos; previsão para os estoques; custos de estoque; níveis de estoque; 
classificação ABC; LEC; sistemas de controle de estoques; avaliação dos estoques 
3 Armazenamento de materiais: embalagem; princípios de estocagem; localização de materiais 
4 Movimentação de materiais: equipamentos de movimentação; seleção de equipamentos 
5 Administração de compras: a função compra; operação do sistema de compra; a compra na qualidade correta; preço; 
condições de compra; negociação; fontes de fornecimento; análise de valor 
6 Transportes: características dos transportes; aspectos do transporte rodoviário; despesas administrativas e formas de rateio; 
controle de custos: manutenção da frota; conceito; manutenção de operação, preventiva, corretiva, de reforma; controle de 
pneus; análise de consumo de combustíveis; avaliação da transportadora; aspectos do transporte ferroviário, aquaviário, 
dutoviário e aéreo; elementos de transporte intermodal; principais funções do departamento de transporte 
7 Distribuição física: objetivos e conceitos; características; canais de distribuição: grau de atendimento; custo da distribuição; 
quantidade econômica de despacho; minimização dos custos de transporte; modelo para cálculo de rotas; teoria das filas 
aplicada à distribuição física. 
Fonte: Dias (2010, p.7-11) 
Este autor é um dos precursores nas publicações da área, respeitado e citado por 
muitos estudiosos do assunto. Embora não aborde os conteúdos referentes à ‘cadeia de 
suprimentos, especificação, classificação e codificação de materiais, endereçamento de 
armazém e logística reversa’, este livro é um dos mais completos em termos de conteúdos 
relativos à disciplina de Administração de Materiais. 
Entretanto, ao analisar a ordem dos conteúdos, observa-se que ‘aquisição’ de materiais 
(compras e seus desdobramentos, como previsão de demanda, rastreamento e cadastro do 
fornecedor, colocação do pedido, folow up e recebimento) poderia vir antes de ‘controle de 
estoque’, considerando que as atividades inerentes à Materiais têm início com a aquisição. 
Quadro 8: Administração de materiais e recursos patrimoniais 
Administração de materiais e recursos patrimoniais – Pozo (2010) 
1 Logística – função essencial: visão logística; história e tendência da logística; atividades primárias e de apoio; logística como 
vantagem competitiva 
2 Administração dos estoques: políticas de estoques; tipos; custo de estoque; sistema de planejamento de estoques; previsão de 
estoques; avaliação dos níveis de estoques; estoque de segurança; custo de armazenagem 
3 Armazenagem e controle: armazenagem; necessidades de espaço físico; localização dos depósitos; avaliação de estoque; 
curva ABC; inventário físico; embalagem e manuseio; criando um centro de distribuição 
4 Planejamento da produção: PCP; funções do PCP; liberação das ordens; controle; conceitos básicos e objetivos da 
programação; tópicos para programar (gráfico de Gantt); MRP; planejamento e autoridade para decisão; lote econômicos 
de produção; Just-in-time na produção 
5 Suprimentos: compras; atendimento dos requisitos de operação; compras e sua função; objetivos de compras; atividade de 
compras; estrutura organizacional de compras; ética em compras; atuação de compras; LEC; análise econômica de 
compras; EDI 
6 Distribuição e transporte: sistema de transporte; escopo do sistema de transporte; roteirizarão; serviços integrados 
(multimodais); custos logísticos 
7 Recursos patrimoniais: classificação e codificação; depreciação; vida econômica dos recursos patrimoniais 
Fonte: Pozo (2010, p.viii-x) 
Este livro, como o próprio autor menciona, pretende dotar os estudantes de uma visão 
introdutória da área de Materiais. Considerando o conteúdo de cada capítulo, oferece uma 
sequência lógica do desdobramento da disciplina no dia a dia das empresas. 
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Entretanto, a ordem dos capítulos é diferente da ordem das atividades da área de 
Materiais, que iniciam com a aquisição (previsão, fornecedor, pedido...), assunto tratado no 
capítulo 5 do livro (suprimentos), depois de ‘administração de estoques e armazenagem’. 
No capítulo referente à ‘armazenagem’ não tratou de ‘especificação, codificação, 
classificação e catalogação de materiais e layout’. No capítulo referente à ‘distribuição e 
transporte’ não tratou de ‘logística reversa’. 
Quadro 9: Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos 
Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos – Christopher (2011) 
1 Logística, cadeia de suprimentos e estratégia competitiva: logística de cadeia de suprimentos é um conceito mais amplo do 
que logística; vantagem competitiva; cadeia de valor; missão da gestão logística; cadeia de suprimentos e o desempenho 
competitivo; alterações no ambiente competitivo. 
2 Logística e valor para o cliente: a interface de marketing e logística; entregando valor ao cliente; o que é atendimento ao 
cliente e retenção do cliente; cadeias de suprimento orientadas para o mercado; definição de objetivos de atendimento ao 
cliente; definindo prioridades e padrões de atendimento. 
3 Custos de medição de logística e desempenho: logística e resultados; logística e valor do acionista; análise dos custos de 
logística; o conceito de análise do custo total; princípios de custos logísticos; análise de lucratividade do cliente; 
rentabilidade direta de produto; direcionadores de custos e custos baseados em atividades. 
4 Combinando oferta e demanda: a lacuna de lead time; melhorando a visibilidade da demanda; o sustentáculo da cadeia de 
suprimentos; previsão da capacidade de executar diante da demanda; gestão e planejamento de demanda; planejamento 
colaborativo, previsão e reabastecimento 
5 Criação da cadeia responsiva de fornecimento: empurrar produtos x puxar a demanda; a filosofia japonesa; as bases da 
agilidade; um guia para a capacidade de resposta 
6 Gestão estratégica de lead time: concorrência com base em tempo; conceitos de lead time; gestão de cadeia logística. 
7 A cadeia de suprimentos sincrônica: a empresa estendida e a cadeia virtual de suprimentos; o papel da informação na cadeia 
virtual de suprimentos; bases para a sincronização; logística de resposta rápida; estratégias de produção para resposta 
rápida; dinâmica de sistemas logísticos 
8 Complexidade e a cadeia de suprimentos: as fontes de complexidade da cadeia de suprimentos; o custo da complexidade; 
design de produto e complexidade da cadeia de suprimentos; dominando a complexidade 
9 Gerenciando a cadeia global: a tendência para a globalização na cadeia de suprimentos; ganhando visibilidade na cadeia 
global; organizando-se para a logística global; pensando globalmente, agindo localmente; o futuro do global sourcing 
10 Gerenciamento de risco na cadeia de suprimentos: por que as cadeias de suprimentos são mais vulneráveis? Compreendendo 
o perfil de risco da cadeia de suprimentos; gerenciamento de risco na cadeia de suprimentos; alcançando a resiliência da 
cadeia de suprimentos 
11 A era da concorrência entre as redes: o novo paradigma organizacional; colaboração na cadeia de suprimentos; gerenciando a 
cadeia de suprimentos como uma rede; sete grandes transformações nos negócios; as implicações para os gestoresde 
logística de amanhã; orquestração da cadeia de suprimentos; de 3PL para 4PL 
12 Superando os obstáculos para a integração da cadeia de suprimentos: criando a visão logística; os problemas com as 
organizações convencionais; desenvolvendo a organização logística; a logística como veículo para a mudança; 
benchmarking 
13 Criando uma cadeia de suprimentos sustentável: o triple botton line; gases de efeito estufa e a cadeia de suprimentos; 
reduzindo a intensidade do transporte das cadeias de suprimentos; pico do petróleo; além da pegada de carbono; reduzir, 
reutilizar, reciclar; o impacto do congestionamento. 
14 A cadeia de suprimentos do futuro: megatendências emergentes; deslocando centros de gravidade; a revolução multicanal; 
buscando flexibilidade estrutural; visão 2020. 
Fonte: Christopher (2011, p.v-viii) 
Este livro apresenta uma visão sistêmica da cadeia de suprimentos com foco 
estratégico enfatizando a criação de valor e entrega. Desta forma, a obra é valiosa para 
aqueles que conhecem as atividades logísticas básicas. 
Aborda a logística e a cadeia virtual de suprimento, assim como o papel da informação 
inerente ao funcionamento da cadeia como um todo, além de incorporar a preocupação como 
o meio ambiente como mostra o tópico ‘criando uma cadeia de suprimentos sustentável’. 
Entretanto, não aborda questões básicas de Materiais como: indicadores de níveis e 
controle de estoques; armazenagem, especificação, codificação, classificação e catalogação de 
materiais, endereçamento de armazém; unidades de estocagem e conservação de materiais; 
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embalagem na logística; equipamentos de movimentação; layout; inventários; e, recursos 
patrimoniais. 
Quadro 10: Administração de materiais e recursos patrimoniais 
Administração de materiais e recursos patrimoniais - Martins e Alt (2011) 
1 Os recursos: administração dos recursos; fatores de produção; recursos tecnológicos 
2 Tecnologia: tecnologia do produto; tecnologia do processo; tecnologia de gestão e tecnologia da informação 
3 Desempenho, enfoques e tendências da administração de materiais 
4 Gestão de compras: a função compras; novas formas de comprar; estratégias de aquisição de recursos materiais e 
patrimoniais; ética em compras 
5 Aquisição de recursos materiais: recursos materiais; organização; o sinal da demanda; softwares de planejamento e controle; 
procedimentos; parcerias 
6 Aquisição de recursos patrimoniais (empreendimentos e equipamentos): recursos patrimoniais; organização; procedimentos; 
softwares de planejamento e controle; o sinal da demanda; contratos; aquisição de equipamentos 
7 O papel dos estoques nas empresas: tipos de estoques; a importância dos estoques 
8 Análise dos estoques: gestão dos estoques (inventário físico; acurácia dos controles; nível de serviço; giro dos estoques; 
cobertura de estoques; localização dos estoques; análise ABC) 
9 Lotes econômicos de compra e de fabricação: sistemas de estoques de demanda independente 
10 Modelo dos estoques: hipóteses e parâmetros do modelo; modelo de reposição contínua e periódica; sistemas híbridos de 
estoque 
11 Estoques de segurança: com demanda variável e tempo de atendimento constante; com demanda constante e tempo de 
atendimento variável; com demanda e tempo de atendimento variáveis 
12 Recursos patrimoniais: classificação dos bens; patrimônio da empresa; codificação; depreciação; vida econômica de um bem; 
substituição de equipamentos; softwares de gestão de ativos; indicadores de desempenho da gestão do ativo imobilizado 
13 Manutenção de ativos imobilizados: políticas de manutenção; gestão da manutenção; de instalações fabris; gestão das 
instalações prediais 
14 A abordagem logística: a logística; as três dimensões da logística; pontos básicos da logística; componentes do sistema 
logístico; lead times; indicadores de desempenho; a logística e a globalização 
15 Gerenciamento da cadeia de suprimentos: abastecimento; recebimento e armazenagem; a operação industrial 
16 A distribuição: distribuição; os armazéns; pesquisa operacional 
Fonte: Martins e Alt (2011, p.v-x) 
Neste livro os autores iniciam abordando conceitos básicos de recursos materiais e 
patrimoniais, enfatizando os recursos tecnológicos de produto, de processo, de informação e 
de gestão. Destaca-se que dentre os livros aqui apresentados, este é o que destina maior parte 
da obra aos ‘recursos patrimoniais’. 
As atividades de Materiais são abordadas numa sequência lógica de capítulos, 
entretanto, ao abordar a ‘aquisição de materiais’ os autores não incluem a ‘previsão de 
demanda’ e tratam do assunto ‘fornecedores’ somente no capítulo 15 (cadeia de suprimentos). 
Não foram abordadas as atividades inerentes à ‘armazenagem’, como especificação, 
codificação, classificação e catalogação de materiais; unidades de estocagem e conservação 
de materiais; embalagem e layout. No capítulo ‘distribuição’ não abordou a logística reversa. 
 
4 DISCUSSÃO 
Administração de materiais é a coordenação da movimentação de suprimentos com as 
exigências de operação, portanto, compreende conteúdos relacionados às suas atividades, que 
são basicamente três: aquisição, controle de estoques e distribuição externa. Desta forma, 
tem como função planejar, executar e controlar, nas condições mais eficientes e econômicas, 
o fluxo de materiais, partindo das especificações dos materiais a comprar até a entrega do 
produto terminado ao cliente. 
Um sistema de materiais, portanto, deve estabelecer uma integração desde a previsão 
de venda, passando pelo planejamento de programa mestre de produção, até a produção e a 
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entrega do produto final. Deve estar envolvido na alocação e no controle da maior parte dos 
principais recursos de uma empresa: fabricação, equipamentos, recursos humanos e materiais. 
Diversos autores apresentam conceitos de Administração de Materiais e de Logística 
muito parecidos, como se fossem sinônimos, o que muitas vezes confunde o leitor, ou seja, 
não fazem uma distinção clara entre um e outro. Para distinguir os conceitos de 
Administração de Materiais e de Logística, pode-se dizer que a logística é o meio utilizado 
para desenvolver com eficiência e eficácia as atividades pertinentes à Administração de 
Materiais. 
Sabe-se que é função da logística responder por toda a movimentação de materiais, 
dentro do ambiente interno e externo da empresa, iniciando pela chegada da matéria prima até 
a entrega do produto final ao cliente. Considerando estes aspectos, o estudo da Logística é o 
meio utilizado para realizar com eficiência e eficácia as atividades da administração de 
materiais. 
De acordo com Viana (2010, p.xi), a área de Administração de Materiais e Logística é 
“um dos setores mais vitais da organização que absorve parcela substancial de seu 
orçamento”, portanto, “é imperioso dar ao estudante da disciplina uma visão geral de sua 
abrangência e atuação”. 
O resultado da pesquisa aplicada aos professores que ministram a disciplina de 
Administração

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