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Apostila de Produção

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1 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
A administração da Produção constitui o núcleo da atividade empresarial e, sem exagero, a 
própria finalidade da existência de cada negócio. Em sua origem, cada empresa nasce para produzir 
algo - seja um produto, seja um serviço; e, com isto, obter o retorno de seu trabalho e garantir sua 
sobrevivência e criar condições para o seu crescimento. 
O objetivo primário, então, é PRODUZIR. O objetivo secundário é a obtenção do LUCRO. 
Outros objetivos vão se agregando ao negócio, tais como: a busca e aperfeiçoamento da qualidade 
do produto, o aumento da produção e da produtividade, a busca de novos mercados, a certificação 
ISO, etc. 
Porém, preliminarmente, cada negócio, visa à produção de alguma coisa. É através da 
produção que se desdobram os demais objetivos da empresa, não se devendo esquecer jamais, que a 
atividade empresarial é atividade de risco. 
 
ENTENDENDO A GESTÃO DA PRODUÇÃO 
Segundo Martins e Laugeni (2004), a função da produção é entendida como o conjunto de 
atividades que levam à transformação de um bem tangível em um outro com maior utilidade, 
acompanha o homem desde sua origem. Quando polia a pedra a fim de transformá-la em utensílio 
mais eficaz, o homem pré-histórico estava executando uma atividade produção. Nesse primeiro 
estágio, as ferramentas e os utensílios eram utilizados exclusivamente por quem os produzia, ou 
seja, inexistia o comércio mesmo que de troca ou escambo. 
Com o passar do tempo, muitas pessoas se revelaram na produção de certos bens, e 
passaram a produzi-los conforme solicitações e especificações apresentadas por terceiros. Surgiram 
então os primeiros artesões e a primeira forma de produção organizada, já que os artesãos 
estabeleciam prazos de entrega, consequentemente estabelecendo prioridades, atendiam 
especificações preestabelecidas e fixavam preços para suas encomendas. A produção artesanal 
também evoluiu. Os artesãos, em face do grande número de encomendas, começaram a contratar 
ajudantes, que inicialmente faziam apenas os trabalhos mais pesados e de menos responsabilidade. 
À medida que aprendiam o ofício, esses ajudantes se tornavam novos artesãos. 
A produção artesanal começou a entrar em decadência com o advento da revolução 
industrial. Com a descoberta da máquina a vapor em 1764 por James Watt, tem início o processo de 
substituição da força humana pela máquina. Os artesãos, que até então trabalhavam em suas 
próprias oficinas, começaram a ser agrupados nas primeiras fábricas. 
No fim do século XIX surgiram nos Estados Unidos os trabalhadores de Frederick W. 
Taylor, considerando o pai da Administração Científica. E com os trabalhadores de Taylor surge a 
sistematização do conceito de produtividade, isto é, a procura incessante por melhores métodos de 
trabalho e processos de produção, com o objetivo de se obter melhoria da produtividade com o 
menor custo possível. Essa procura ainda hoje é o tema central em todas as empresas, mudando-se 
apenas as técnicas utilizadas. 
A análise da relação entre o output ou, em outros termos, uma medida quantitativa do que 
foram produzidos como quantidade ou valor das receitas provenientes da venda dos produtos ou 
serviços finais e o input ou, em outros termos, uma medida quantitativa dos insumos, como 
quantidade ou valor das matérias-primas, mão-de-obra, energia elétrica, capital, instalações prediais 
etc., nos permite quantificar a produtividade, que sempre foi o grande indicador do sucesso ou 
fracasso das empresas. 
Na década de 10 Henry Ford cria a linha de montagem seriada, revolucionando os métodos e 
processos produtivos até então existentes. Surge o conceito de produção em massa, caracterizada 
por grandes volumes de produtos extremamente padronizados, isto é, baixíssima variação nos tipos 
de produtos finais. Essa busca da melhoria da produtividade por meios de novas técnicas definiu o 
que se denominou engenharia industrial. 
 
 
2 
 
 
 
Ao longo desse processo de modernização da produção, cresce em importância a figura do 
consumidor, em nome do qual tudo se tem feito. Pode-se dizer que a procura da satisfação do 
consumidor é que tem levado as empresas a se atualizarem com novas técnicas de produção, cada 
vez mais eficazes, eficientes e de alta produtividade. 
É tão grande a atenção dispensada ao consumidor que este, em muitos casos, já especifica 
em o seu produto, sem que isso atrapalhe os processos de produção do fornecedor. Assim, estamos 
caminhando para a produção customizada, que sob certos aspectos, é um retorno ao artesanato sem 
a figura do artesão, que passa a ser substituído por moderníssimas fábricas. 
 
1 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E MATERIAIS 
 
1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
A função produção, entendida como o conjunto de atividades que levam à transformação de 
um bem tangível em um outro com maior utilidade, acompanha o homem desde a sua origem. 
Quando polia a pedra a fim de transformá-la em utensílio mais eficaz, o homem pré-histórico estava 
executando uma atividade de produção. Nesse primeiro estágio, as ferramentas e os utensílios eram 
utilizados exclusivamente por quem os produzia, ou seja, inexistia o comércio, mesmo que de troca 
ou escambo. 
Com o passar do tempo, muitas pessoas se revelaram extremamente habilidosas na produção 
de certos bens, e passaram a produzi-los conforme solicitação e especificações apresentadas por 
terceiros. Surgiam, então, os primeiros artesãos. Esta é a primeira forma de produção organizada, 
já que os artesãos estabeleciam prazos de entrega, conseqüentemente estabelecendo prioridades, 
atendiam especificações preestabelecidas e fixavam preços para suas encomendas. A produção 
artesanal também evoluiu. Os artesãos, em face do grande número de encomendas, começaram a 
contratar ajudantes, que inicialmente faziam apenas os trabalhos mais grosseiros e de menor 
responsabilidade. À medida que aprendiam o ofício, entretanto, esses ajudantes se tornavam novos 
artesãos. A produção artesanal começou a entrar em decadência com o advento da Revolução 
Industrial. Com a descoberta da máquina a vapor em 1764, por James Watt, tem início o processo 
de substituição da força humana pela força da máquina. Os artesãos, que até então trabalhavam em 
suas próprias oficinas, começaram a ser agrupados nas primeiras fábricas. Essa verdadeira 
revolução na maneira como os produtos eram fabricados, trouxe consigo algumas exigências, como 
por exemplo: Padronização dos Produtos; Padronização dos Processos de Fabricação; Treinamento 
e Habilitação da Mão-de-Obra direta; Criação e Desenvolvimento dos Quadros Gerenciais e de 
Supervisão; Desenvolvimento de Técnicas de Planejamento e Controle da Produção; 
Desenvolvimento de Técnicas de Planejamento e Controle Financeiro; Desenvolvimento de 
Técnicas de Vendas. 
Muitos dos conceitos que hoje nos parecem óbvios não o eram na época, como o conceito de 
padronização de componentes introduzido por Eli Whitney em 1790, quando conduziu a produção 
de mosquetões (fuzis) com peças intercambiáveis, fornecendo uma grande vantagem operacional 
aos exércitos. 
Na década de 10 Henry Ford cria a linha de montagem seriada, revolucionando os métodos e 
processos produtivos até então existentes. Surgindo o conceito de produção em massa, 
caracterizada por grandes volumes de produtos extremamente padronizados, isto é, baixíssima 
variação nos tipos de produtos finais. Essa Busca de melhoria da produtividade por meio de novas 
técnicas definiu o que se denominou engenharia industrial, introduzindo-se novos conceitos, tais 
como: 
 Linha de Montagem; 
 Posto de Trabalho; 
 Estoques intermediários; 
 Monotonia do Trabalho; 
 Arranjo Físico; 
 Balanceamento de Linha; 
 Produtosem Processo; 
 Motivação; 
 Sindicatos; 
 Manutenção Preventiva; 
 Controle Estatístico da Qualidade; 
 Fluxogramas de Processos.
 
3 
 
 
 
A produção em massa aumentou de maneira fantástica a produtividade e a qualidade, e foram 
obtidos produtos bem mais uniformes, em razão da padronização e da aplicação de técnicas de 
controle estatístico da qualidade. A título de ilustração, em fins de 1.996 já tínhamos no Brasil 
fábricas que montavam 1.800 automóveis em um dia, ou seja, uma média de 1,25 automóvel por 
minuto. 
 
1.2 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 
É a área da Administração que cuida dos recursos físicos e materiais da empresa que 
realizam o processo produtivo. Os dois grandes objetivos da Administração da Produção são 
alcançar EFICIÊNCIA e EFICÁCIA na administração dos recursos físicos e materiais. 
a) EFICIÊNCIA: Significa a utilização adequada dos recursos empresariais. A eficiência está 
relacionada com os meios-métodos, procedimentos, normas, programas, processos, etc. Reside 
basicamente em fazer as coisas corretamente, isto é, da melhor maneira possível. 
b) EFICÁCIA: Significa o alcance dos objetivos da empresa. A eficácia está ligada aos fins, isto é, 
aos objetivos que a empresa pretende alcançar através do seu funcionamento. Reside basicamente 
em fazer as coisas que são importantes para os resultados, ou seja, para os objetivos. 
 
1.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 
A Administração da produção apresenta geralmente uma estrutura organizacional voltada 
para o máximo aproveitamento dos recursos físicos e materiais da empresa. Isto significa que a AP 
se estrutura de acordo com o sistema de produção adotado e com a tecnologia empregada, no 
sentido de aproveitar a proximidade dos recursos naturais e dos mercados consumidores. 
A estrutura organizacional da AP é geralmente composta dos seguintes órgãos: 
a) Desenvolvimento do produto; 
b) Engenharia Industrial; 
c) Planejamento e Controle da Produção (PCP); 
d) Produção propriamente dita; 
e) Administração de Materiais; 
f) Controle de Qualidade; 
g) Manutenção. 
 
1.4 ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para poder funcionar da melhor maneira possível e alcançar seus objetivos de eficiência e de 
eficácia, a AP mantém um dinâmico inter-relacionamento com quase todos os demais órgãos da 
empresa, a saber: 
a - Finanças (Diretoria Financeira); 
b - Pessoal (Deptº de Recursos Humanos); 
c - Marketing (Departamento de Comercialização). 
 
2 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS 
As empresas podem ser classificadas de acordo com alguns atributos, a saber: 
a) Propriedade; 
b) Tamanho; 
c) Tipo de produção. 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 
 
PRO/DIT 
 
ADM/MA 
 
C/QUALI 
 
MANUT 
 
ENG/IND 
 
DES/PRO 
 
 P.C..P 
 
4 
 
 
 
2.1 QUANTO A PROPRIEDADE 
As empresas podem ser: Públicas, privadas ou mistas: 
a) PÚBLICAS: São empresas de propriedade do Estado. Constituem o chamado setor público, 
e seu objetivo é a prestação de serviços públicos e o bem estar social. 
b) PRIVADAS: São as empresas de propriedade de particulares, ou seja, da iniciativa privada. 
Constituem o chamado setor privado da economia do país. Seu principal objetivo é o lucro. 
c) MISTAS: São as empresas constituídas de sociedades por ações de participação pública e 
privada simultaneamente. Quase sempre, a União, o Estado ou o Município são os sócios 
majoritários. 
 
2.2 QUANTO AO TAMANHO 
As empresas podem ser: Grandes, médias ou pequenas. 
a) EMPRESAS GRANDES: São as empresas de grande porte e de enorme volume de recursos 
(tamanho das instalações, volume de capital envolvido, grande número de empregados). As 
empresas grandes, em geral, possuem + de 500 empregados. 
b) EMPRESAS MÉDIAS: São as empresas de porte intermediário e de razoável volume de 
recursos. Apresentam um número entre 50 a 500 empregados. As empresas médias são 
conhecidas em sua região, mas são praticamente desconhecidas a nível nacional. 
c) EMPRESAS PEQUENAS: São as empresas de pequeno porte, pequeno volume de recursos 
e com um número de empregados inferior a 50. Na pequena empresa ocorre um fenômeno 
interessante: o Administrador - geralmente o proprietário - enfeixa o comando de todas as 
diferentes áreas funcionais da empresa (como a área comercial, de produção, financeira, de 
pessoal), não havendo um segundo nível diretivo para essas responsabilidades. As empresas 
pequenas, quando menores podem ser chamadas de mini empresas: é o caso de empresas 
com menos de 10 empregados. Quando menores ainda, são chamadas de microempresas. 
 
2.3 QUANTO AO TIPO DE PRODUÇÃO 
As empresas podem ser: Primárias, secundárias e terciárias. 
a) EMPRESAS PRIMÁRIAS: São as empresas que desenvolvem atividades extrativas, como 
as empresas agrícolas, pastoris, de pesca, de mineração, de prospecção e extração de 
petróleo, etc. São chamadas primárias, porque se dedicam a obtenção e extração de 
matérias-primas, o elemento primário de toda produção. 
b) EMPRESAS SECUNDÁRIAS: São as empresas que processam as matérias primas e as 
transformam em produtos acabados. São as empresas produtoras de bens (ou mercadorias), 
isto é, de produtos tangíveis ou manufaturados. Aqui se classificam as indústrias em geral, 
quaisquer que sejam seus produtos finais. 
c) EMPRESAS TERCIÁRIAS: São as empresas que executam e prestam serviços 
especializados. Aqui estão os bancos, as financeiras, o comércio em geral e toda a extensa 
gama de serviços realizados por profissionais liberais, como: advogados, contabilistas, 
engenheiros, médicos, dentistas, etc. 
3 FATORES DE PRODUÇÃO E RECURSOS EMPRESARIAIS 
Os economistas salientam que todo processo produtivo depende de três fatores de produção: 
Natureza, Capital e Trabalho, integrado por um quarto fator, denominado empresa. 
 
3.1 QUANTO A NATUREZA 
Fornece os insumos necessários às matérias-primas e a energia. 
 
3.2 O CAPITAL 
Fornece o dinheiro necessário para comprar os insumos e pagar os empregados. 
 
 
5 
 
 
 
3.3 QUANTO AO TRABALHO 
É realizado pela mão-de-obra que transforma, através de máquinas ou equipamentos, os 
insumos em produtos acabados. 
 
3.4 A EMPRESA 
Atua como fator integrador dos três fatores acima. 
 
4 SISTEMAS DE PRODUÇÃO 
Um sistema é um conjunto de partes inter-relacionadas que existem para atingir a um 
determinado objetivo. Cada parte do sistema pode ser um órgão, um departamento ou um sistema. 
Em outras palavras, todo SISTEMA é constituído de vários SUBSISTEMAS. Os principais 
componentes de um sistema são: a) Sistema de Entradas; b) Sistema de Processamento; c) Sistema 
de Saída; d) Sistema de Retroação. 
 
4.1 ENTRADAS 
As entradas (imputs) ou insumos constituem tudo o que ingressa em um sistema para 
permitir que ele funcione. As entradas se constituem da: energia, informações, matérias-primas e 
mão-de-obra, ou seja, todo e qualquer recurso que alimente o sistema, sendo elas provenientes do 
ambiente externo. 
 
4.2 PROCESSAMENTO 
O processamento é o que o sistema realiza com as entradas para proporcionar as saídas. É o 
próprio funcionamento interno do sistema. Ou seja, é onde se realiza a transformação da matéria-
prima em produto acabado. 
 
4.3 SAÍDAS 
Constituem aquilo que o sistema produz e devolve ao ambiente externo. Ou seja, nada mais 
são do que o resultado da transformação da matéria-prima em produto acabado. 
 
4.4 RETROAÇÃO 
Ou realimentação, é a influência que as saídas do sistema exercem sobre as entradas no 
sentido de ajustá-las e regulá-las ao funcionamento do sistema. 
 
4.4.1 Tipos De RetroaçãoA retroação pode ser: Positiva ou Negativa. 
RETROAÇÃO POSITIVA: Que acelera ou aumenta as entradas para ajustá-las às saídas, 
quando estas são maiores. 
RETROAÇÃO NEGATIVA: Que retrata ou diminui as entradas para ajustá-las às saídas 
quando essas são menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFORMAÇÕES MÃO-DE-OBRA MATÉRIA-PRIMA 
SAÍDAS 
TRANSFORMAÇÃO 
DAS ENTRADAS 
(MP) EM PRODUTOS 
ACABADOS 
ENERGIA 
 
6 
 
 
 
5 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS 
 
5.1 SISTEMA ABERTO 
Também chamado de sistema orgânicos, são bem mais complexos. Eles funcionam dentro 
de relações de entradas/saídas (relações de causa e efeito) desconhecidas e indeterminadas, e 
mantém um intercâmbio intenso, complexo e indeterminado com o meio ambiente. NOS 
SISTEMAS ABERTOS EXISTE UMA INFINIDADE DE ENTRADAS E SAÍDAS, não muito 
bem conhecidas e indeterminadas, o que provoca a complexidade e a dificuldade de se mapear o 
sistema. Por isso, os Sistemas Abertos são também denominados probabilísticos, pois as relações de 
entradas/saídas estão sujeitas à probabilidade e não à certeza. Em todo sistema, as saídas de cada 
subsistema constituem as entradas de outros subsistemas, de modo que cada susbsistema se torna 
dependente dos demais. Isto significa que as entradas de um subsistema dependem das saídas de 
outros subsistemas, e assim por diante. Essas inter-relações de saídas-entradas entre as partes são as 
COMUNICAÇÕES ou interdependências que ocorrem dentro do sistema. Em todo sistema, há uma 
complexa rede de comunicações entre os subsistemas: as INTERDEPENDÊNCIAS entre os 
sistemas fazem com que o sistema sempre funcione como uma totalidade. Quanto mais intensa a 
rede de comunicações, mais COESO será o sistema, a ponto de seu funcionamento total ser maior 
do que a soma de suas partes (é o que se denomina de sinergia). 
 
 S E S E S E 
 
 
No sistema de produção acima, cada subsistema tem as suas entradas e as suas saídas, de tal 
modo que, as saídas de um subsistema constituem as entradas de subsistema seguinte, e assim por 
diante. Existe, portanto, uma interdependência entre os diversos subsistemas fazendo com que cada 
um dependa do outro para poder funcionar. No caso, à medida que a matéria-prima caminha de uma 
seção para a outra, ela é acrescida do resultado do trabalho de cada seção. Da mesma forma, há 
também uma interdependência entre os diversos sistemas. A empresa - como um sistema - depende 
de vários fornecedores para garantir suas entradas e depende dos clientes e consumidores para 
garantir as suas saídas. 
 
5.2 SISTEMA FECHADO 
Também chamados de sistemas mecânicos funcionam dentro de relações pré-determinadas 
de entradas/saídas (causa e efeito). Determinadas entradas produzem determinadas saídas, como é o 
caso das máquinas e equipamentos: um certo volume de entrada de matéria-prima produz uma 
determinada saída de produtos acabados; uma determinada voltagem de entrada produz uma saída 
de tantas rotações por minuto no motor. Por isso, os sistemas fechados ou mecânicos são 
denominados determinísticos, pois suas relações de entradas/saídas podem ser equacionadas 
matematicamente. Além do mais, nos sistemas fechados existem poucas entradas e poucas saídas, 
que são bem conhecidas e determinadas. Todos os mecanismos tecnológicos (como o computador, a 
máquina, o motor etc.) são sistemas fechados. Outro aspecto importante nos sistemas fechados é 
que eles alcançam seus objetivos de uma única e exclusiva maneira. A tecnologia procura fazer com 
que essa seja a melhor maneira possível. 
 
6 TIPOS DE PRODUÇÃO 
Os tipos de produção variam em: Produção sob encomenda; Produção em Lotes e Produção 
Contínua. 
Cada empresa adota um sistema de produção para realizar as suas operações e produzir seus 
produtos ou serviços da melhor maneira possível e, com isto, garantir sua eficiência e eficácia. O 
sistema de produção é a maneira pela qual a empresa organiza seus órgãos e realiza suas operações 
de produção, adotando uma interdependência lógica entre todas as etapas do processo produtivo, 
 
SUBSISTEMA 
 
SUBSISTEMA 
 
SUBSISTEMA 
 
SUBSISTEMA 
 
7 
 
 
 
desde o momento em que os materiais e as matérias-primas saem do almoxarifado até chegar ao 
depósito como produto acabado. 
 
 INSUMOS 
 
 FORNECEDORES UTILIZAÇÃO 
 P/ PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Na realidade, para que isso aconteça, as entradas e insumos que vêm dos fornecedores 
ingressam no sistema de produção através do almoxarifado de materiais e matérias-primas, sendo 
ali estocados até a sua eventual utilização pela produção. A produção processa e transforma os 
materiais e matérias-primas em produtos acabados até a sua entrega aos clientes e consumidores. A 
interdependência entre o almoxarifado, a produção e o depósito é muito grande, fazendo com que 
qualquer alteração em um deles provoque influência sobre os demais. Eles são os três 
SUBSISTEMAS DO SISTEMA DE PRODUÇÃO intimamente inter-relacionados e inter-
dependentes. Isso significa que os três subsistemas do SISTEMA DE PRODUÇÃO - o 
almoxarifado, a produção e o depósito - devem trabalhar balanceados e ajustados entre si. 
 
6.1 PRODUÇÃO SOB-ENCOMENDA 
É o sistema de produção utilizado pela empresa que somente produz após ter recebido o 
pedido ou a encomenda de seus produtos. Apenas após o contrato ou após a encomenda de um 
determinado produto é que a empresa vai produzí-lo para o cliente. Em primeiro lugar, a empresa 
oferece o produto ou serviço ao mercado. Quando ela recebe o pedido ou o contrato de compra é 
que ela se prepara para produzir. Aí, o plano oferecido para a cotação do cliente - como o 
orçamento preliminar ou a cotação para a concorrência pública ou particular - passa a ser utilizado 
para planejar o trabalho a ser realizado com o fim de atender ao cliente. Esse planejamento no 
trabalho geralmente envolve os seguintes aspectos: a) Relação das matérias-primas necessárias; b) 
Relação da mão-de-obra especializada; c) Plano detalhado do processo de produção. 
O exemplo mais simples de produção sob encomenda é o da oficina ou da produção unitária. 
É o sistema no qual a produção é feita por unidades ou por pequenas quantidades, cada produto a 
seu tempo, sendo modificado à medida que o trabalho é realizado. O processo de produção é pouco 
padronizado. Os operários utilizam uma variedade de ferramentas e de instrumentos. A produção 
unitária requer habilidades manuais dos trabalhadores, envolvendo o que se chama de operação de 
mão-de-obra intensiva, isto é, muita mão-de-obra e muita atividade artesanal. É o caso da produção 
de navios, geradores e motores de grande porte, aviões, locomotivas, construção civil e industrial, 
etc. A empresa somente produz após ter efetuado um contrato ou pedido de venda de seus produtos. 
 
6.1.1 Características da produção sob-encomenda 
a - Cada produto é um produto grande e único. 
b - Cada produto exige uma variedade de máquinas e de equipamentos. 
c - Cada produto exige grande variedade de operários especializados. 
d - Cada produto tem uma data definida de entrega. 
e - Neste sistema, é difícil fazer previsões de produção, pois cada produto exige trabalho complexo 
e demorado. 
f - Este sistema requer um grupo de administradores e especialistas altamente competentes e 
capazes de assumir sozinhos todas as atividades de cada contrato ou pedido. 
 
ALMOXARIFADO 
DE MAT/PRIMAS. 
PRODUÇÃO 
TRANSFORMAÇÃO 
MATÉRIA-PRIMA 
DEPÓSITO DE 
PRODUTOS 
ACABADOSCONSUMIDOR 
 
8 
 
 
 
6.2 PRODUÇÃO EM LOTES 
É o sistema utilizado por empresas que produzem uma quantidade limitada de um tipo de 
produto de cada vez. Essa quantidade limitada é denominada LOTE DE PRODUÇÃO. Cada lote de 
produção é dimensionado para atender um determinado volume de vendas previsto para um 
determinado período de tempo. Terminado um lote de produção, a empresa inicia imediatamente a 
produção de outro lote, e assim por diante. Cada lote recebe uma identificação, como número ou 
código. Além do mais, cada lote exige um plano de produção específico. Ao contrário do que ocorre 
no sistema de produção sob encomenda, no qual o plano de produção é feito após o recebimento do 
pedido ou da encomenda, na produção em lotes o plano de produção é feito antecipadamente e a 
empresa pode melhor aproveitar seus recursos com maior grau de liberdade. Em algumas indústrias, 
são processados simultânea e paralelamente vários lotes de produção, alguns no início, outros no 
meio, enquanto outros se findam. Os operários trabalham geralmente em linhas de montagem ou 
operando máquinas que podem desempenhar uma ou mais operações sobre o produto. O sistema de 
produção em lotes é utilizado por uma infinidade de indústrias, a saber: a) Têxteis; b) De Cerâmica; 
c) De eletrodomésticos; d) De motores elétricos. 
 
6.1.2 Características da produção em lotes 
a - A fábrica é capaz de produzir produtos com diferentes características. 
b - As máquinas são agrupadas em baterias do mesmo tipo. 
c - Em cada lote de produção, as máquinas e ferramentas devem ser modificadas e arranjadas para 
atender aos diferentes produtos. 
d - A produção em lotes permite uma utilização regular e plana da mão-de-obra, sem grandes picos 
de produção. 
e - A produção em lotes exige grandes áreas de estocagem de produtos acabados e grande estoque 
de materiais em processamento ou em vias. 
f - A produção em lotes impõe a necessidade de um plano de produção bem feito e que possa 
integrar novos lotes de produção à medida que outros sejam completados. 
 
6.3 PRODUÇÃO CONTÍNUA 
O sistema de produção contínua é utilizado por empresas que produzem determinado 
produto, sem modificações, por um longo período de tempo. O ritmo de produção é acelerado e as 
operações são executadas sem interrupção ou mudança. Como o produto é sempre o mesmo ao 
longo do tempo e o processo produtivo não sofre mudanças, o sistema pode ser aperfeiçoado 
continuamente. É o caso das indústrias fabricantes de automóveis, papel e celulose, cimento, enfim, 
produtos que são mantidos em linha durante muito tempo e sem modificações. A produção contínua 
é possível quando o número de máquinas necessárias para produzir o artigo final NA TAXA DE 
TEMPO EXIGIDA exceda o número de operações detalhadas para produção de cada produto. O 
plano de produção coloca cada processo produtivo em seqüência linear para que o material de 
produção se movimente de cada uma máquina para a outra continuamente e, para que, quando 
completado, seja transportado ao ponto onde ele é necessário para a montagem do produto final. O 
plano de produção é feito antecipadamente e pode cobrir cada exercício anual, explorando ao 
máximo as possibilidades dos recursos da empresa, proporcionando condições ideais de eficiência e 
eficácia. 
 
6.1.3 Características da produção contínua 
a - O produto é mantido em produção durante longo período de tempo sem modificações. 
b - A produção contínua facilita o planejamento detalhado, o que permite assegurar a chegada da 
matéria-prima necessária exatamente na quantidade suficiente e no tempo previsto. 
c - Exige máquinas e ferramentas altamente especializadas e dispostas em formação linear e 
seqüencial para a produção de cada componente do produto final. Isso assegura um alto grau de 
padronização de máquinas e ferramentas, de matérias-primas e materiais, bem como de métodos e 
processos de trabalho. 
 
9 
 
 
 
d - Permite dividir as operações de montagem em quantidades de trabalho para cada operário, com 
base no Tempo Padrão do ciclo de Produção. 
e - Permite que as despesas e os investimentos em gabaritos, moldes, ferramental e dispositivos de 
produção sejam depreciados dentro de um período de tempo mais longo, proporcionando economia 
nos custos de produção. 
 
7 O OBJETIVO DE UMA EMPRESA INDUSTRIAL 
 
7.1 FINALIDADE OPERACIONAL 
A finalidade operacional de uma empresa industrial é transformar matérias-primas em 
produtos acabados e colocá-los à disposição dos consumidores. Portanto, em termos de último 
objetivo, uma empresa industrial identifica-se com uma empresa comercial, isto é, ambas propõe-se 
a colocar produtos acabados à disposição de prováveis consumidores. 
Na empresa industrial, porém, existe uma fase preliminar - A FASE FABRIL - em que o 
próprio produto acabado é obtido através da transformação das matérias-primas. 
Poder-se-ia dizer que o objetivo da fábrica é o de transformar matérias-primas em produtos 
acabados. Porém, esse não é o fim em si mesmo. 
Sempre deve estar presente o objetivo final " COMERCIALIZAR OS PRODUTOS 
ACABADOS " tendo em mente que, no fim da linha do sistema de produção, deve se situar um 
consumidor satisfeito. 
 
8 PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO 
O planejamento da produção, consiste no acerto do programa de produção para um 
determinado período ( um ano em geral ), a partir das perspectivas de vendas, da capacidade 
produtiva da indústria e dos recursos financeiros disponíveis. 
 
8.1 ETAPAS DAS INFORMAÇÕES DE VENDAS 
As previsões ou estimativas do que vai ser vendido, constituem tarefa difícil e ingrata, 
porém, indispensável a qualquer tipo de indústria. As empresas que produzem para estoque 
necessitam das estimativas, pois vão produzir sua mercadoria antes de vendê-la. 
As empresas que produzem sob encomenda, precisam se equipar com antecedência para 
receber os prováveis pedidos e, com isso, poderem produzí-los em menor prazo, entre outras coisas. 
Para se ter o produto acabado, algumas providências, como por exemplo, pedidos de 
importação, devem ser tomadas com grande antecedência, às vezes até um ano. Por outro lado, o 
Departamento de Vendas dificilmente pode fornecer informações precisas com grande 
antecedência. 
Para conciliar as possibilidades de vendas com a necessidade da produção, procura-se 
dividir as informações de vendas em etapas. 
 
1ª - LONGO PRAZO pequena precisão PREVISÃO GERAL 
2ª - MÉDIO PRAZO média precisão ESTIMATIVA DE VENDAS 
3ª - CURTO PRAZO grande precisão PEDIDO FIRME 
 
PREVISÃO GERAL: Geralmente é válida por um ano e é emitida com 3 meses de antecedência. 
ESTIMATIVA DE VENDAS: É válida para três meses. 
PEDIDO FIRME: Válido para um mês. 
 
8.2 PREVISÃO GERAL DE VENDAS 
A previsão geral de vendas, elaborada por uma equipe composta do Gerente de Marketing, 
do Gerente Industrial, do Gerente Financeiro e de um Diretor (comitê executivo), constitui-se em 
 
10 
 
 
 
estimativa genérica abrangendo todos os produtos, sendo expressa em unidades comuns como 
cruzeiro, toneladas ou metros. 
EQUIPE: a - Gerente de Marketing 
 b - Gerente Industrial 
 c - Gerente Financeiro 
 d - Diretor Executivo 
 
8.3 PREVISÃO DE VENDAS FORTEMENTE SAZONAL 
Nem sempre a Previsão Geral de Vendas para o ano se transforma automaticamente na Previsão 
Geral de Produção. Isso acontece quando a previsão geral de vendas é fortemente variável e 
fortemente SAZONAL, isto é, varia muito conforme a época do ano, por exemplo: 
 Artigos de natal 
 Fogos de artifício 
 Sorvetes 
 Roupas de lã 
 Produtos de alimentação.Para conciliar a produção à esse tipo de venda, existem algumas soluções, podendo ser 
destacadas: 
a) Produzir de acordo com a previsão de vendas, ajustando a capacidade da fábrica à demanda dos 
produtos, CONTRATANDO e DESPEDINDO pessoal conforme as necessidades; 
b) Produzir de uma maneira estável estocando na época de vendas mais baixas e vendendo mais do 
que produzindo na época inversa; 
c) Produzir de uma maneira variável, porém em patamares estáveis, onde se combinem os recursos 
das duas soluções anteriores. 
Existem outras soluções como subcontratar serviços, tentar influenciar a demanda com 
promoções especiais e procurar diversificar a produção com artigos de sazonabilidade 
complementar. 
 
8.4 USO DA PREVISÃO GERAL DE VENDAS 
a - Na formalização da política orçamentária; 
b - No controle dos estoques; 
c - Na melhoria da produtividade; 
d - No estabelecimento de medidas de eficiência; 
e - No planejamento realista das expansões; 
f - Na distribuição adequada dos recursos financeiros; 
g - Na eliminação ou substituição de produtos não lucrativos; 
h - No desenvolvimento de controles financeiros eficientes; 
i - No estabelecimento de políticas de pessoal mais adequadas. 
Em resumo, pode-se dizer que a função primordial da Previsão Geral de Vendas é 
possibilitar o condicionamento da fábrica para a produção dela esperada. Assim, o PLAC encontra 
as facilidades industriais dimensionadas para atender suas providências calçadas em informações de 
vendas compatíveis. 
 
9 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP) 
 
9.1 CONCEITO 
Consiste essencialmente em um conjunto de funções inter-relacionadas que objetivam 
comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais setores administrativos da empresa. 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÕES 
 
 PROCESSO 
 
PRODUTIVO 
SETORES 
ADMINISTRATIVOS 
 
FUNÇÕES 
 
FUNÇÕES 
 
15 
 
 
 
9.2 CARACTERÍSTICAS 
a) Conjunto de Funções 
b) Comando do Processo Produtivo; 
c) Coordenação com os demais Setores Administrativos da empresa. 
Para atingir seus objetivos e aplicar adequadamente seus recursos, as empresas não 
produzem ao acaso. Nem funcionam improvisadamente. Elas precisam planejar antecipadamente e 
precisam controlar adequadamente sua produção. Para isto, existe o planejamento e Controle da 
Produção (PCP). O PCP visa aumentar a eficiência e a eficácia da empresa através da 
Administração da Produção. 
O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais os objetivos 
a serem atingidos e o que deve ser feito para atingí-los, da melhor maneira possível. O planejamento 
está voltado para a continuidade da empresa e focaliza o futuro. A sua importância reside nisto: 
SEM PLANEJAMENTO A EMPRESA FICA PERDIDA NO CAOS. 
Assim, partindo da fixação dos objetivos a serem alcançados, o PCP determina a priori: 
a - O QUE SE DEVE FAZER; 
b - QUANDO FAZER; 
c - QUEM DEVE FAZER; 
d - DE QUE MANEIRA. 
O planejamento é feito na base de planos. Um conjunto de planos forma o planejamento. 
 
9.3 CONTROLE 
Por outro lado, o controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir o 
desempenho para assegurar que os planos sejam executados da melhor maneira possível. 
A tarefa do controle é verificar se tudo está sendo feito de conformidade com o que foi 
planejado e organizado, de acordo com as ordens dadas, para identificar os erros ou desvios, a fim 
de corrigi-los e evitar a sua repetição. 
 
9.4 PLANEJAMENTO 
O planejamento constitui a 1ª etapa do processo administrativo, enquanto o controle 
constitui a última etapa. 
Ambas as definições apresentadas - de planejamento e de controle - são genéricas, mas 
ilustram muito bem o seu significado. No caso específico da produção, o PCP planeja e controla as 
atividades produtivas da empresa. 
Se a empresa é produtora de bens ou de mercadorias, o PCP planeja e controla a produção 
desses bens ou mercadorias, cuidando inclusive das matérias-primas necessárias, da quantidade de 
mão de obra, das máquinas e equipamentos, e do estoque de produtos acabados disponíveis no 
tempo e no espaço para a área de vendas efetuar as entregas aos clientes. Se a empresa é produtora 
de serviços, o PCP planeja e controla a produção desses serviços, cuidando inclusive da quantidade 
de mão-de-obra necessária, das máquinas e equipamentos, dos demais recursos necessários, para a 
oferta dos serviços no tempo e no espaço para atender a demanda dos clientes e usuários. 
Partindo dos objetivos da empresa, o PCP planeja e programa a produção e as operações da 
empresa, bem como as controla adequadamente, para tirar o melhor proveito possível em termos de 
eficiência e eficácia. 
Ao desenvolver suas funções, o PCP mantém uma rede de relações com as demais áreas da 
empresa. As inter-relações entre o PCP e as demais áreas da empresa se devem ao fato de que o 
PCP procura utilizar racionalmente os recursos empresariais, sejam eles materiais, humanos, 
financeiros, etc. Assim, as principais inter-relações do PCP com as demais áreas da empresa são as 
seguintes: 
a - Com a Engenharia Industrial: O PCP programa o funcionamento de máquinas e 
equipamentos e se baseia em boletins de operações (BO) fornecidos pela Engenharia Industrial. 
b - Com a área de Suprimentos e Compras: O PCP programa materiais e matérias-primas 
que devem ser obtidos no mercado fornecedor através do orgão de Compras e estocados pelo orgão 
 
16 
 
 
 
de Suprimentos. Assim, a área de Suprimentos e Compras funciona com base naquilo que é 
planejado pelo PCP. 
c - Com a área de Recursos Humanos: O PCP programa a atividade da mão-de-obra, 
estabelecendo a quantidade de pessoas que devem trabalhar no processo de produção. O 
recrutamento, a seleção, o treinamento do pessoal são atividades estabelecidas em função do PCP. 
d - Com a área Financeira: O PCP se baseia nos cálculos financeiros fornecidos pela área 
financeira para estabelecer os níveis ótimos de estoques de matérias-primas e produtos acabados, 
além dos lotes econômicos de produção. 
e - Com a área de Vendas: O PCP se baseia na previsão de vendas fornecida pela área de 
Vendas para elaborar o PLANO DE PRODUÇÃO da empresa e planejar a quantidade de produtos 
acabados necessária para suprir as entregas aos clientes. 
f - Com a área de Produção : O PCP planeja e controla a atividade da área de produção. 
O PCP está intimamente ligado ao sistema de produção utilizado pela empresa. As 
características de cada sistema de produção devem ser plenamente atendidas pelo PCP. Em outros 
termos, o PCP deve fazer funcionar da melhor maneira possível o sistema de produção utilizado 
pela empresa. 
 
9.5 AS QUATRO FASES DO P.C.P. 
Para poder funcionar satisfatoriamente, o PCP exige um enorme volume de informações. Na 
realidade, o PCP recolhe dados e produz informações incessantemente. É um centro de informações 
para a produção. Neste sentido, o PCP apresenta quatro fases principais, a saber: 
1. Projeto de produção; 
2. Coleta de informações; 
3. Planejamento da Produção; 
4. Controle da Produção. 
 
1. PROJETO DE PRODUÇÃO: Nesta primeira fase, procura-se definir como o sistema de 
produção funciona e quais as suas dimensões para se estabelecer os parâmetros do PCP. O projeto 
de produção constitui um esquema básico que se fundamenta nos seguintes aspectos do sistema de 
produção da empresa: 
a) Quantidade e características das máquinas e equipamentos. 
b) Quantidade de pessoal disponível. 
c) Volume de estoques e tipos de matéria-prima. 
d) Métodos e procedimentos de trabalho. 
 
2.COLETA DE INFORMAÇÕES: É a segunda fase do PCP e resume-se na coleta de informações 
para queo esquema do projeto de produção possa ser devidamente montado, quantificado e 
dinamizado, englobando os seguintes fatores: 
a) Capacidade de cada máquina. 
b) Seqüência do processo de produção. 
c) Métodos de trabalho. 
d) Horário de trabalho. 
e) Volume de estoque. 
 
3. PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO: Visa estabelecer a priorí o que a empresa deverá produzir 
em um determinado período de tempo, tendo em vista, de um lado a sua capacidade de produção e, 
de outro, a previsão de vendas que deve ser atendida. 
 
4. CONTROLE DA PRODUÇÃO: A finalidade é acompanhar, avaliar e regular as atividades 
produtivas, para mantê-las dentro do que foi planejado e assegurar que atinjam os objetivos 
pretendidos. 
 
 
17 
 
 
 
10 FLUXO LOGÍSTICO 
O organograma de uma empresa industrial não é prático quando se deseja estudar o FLUXO 
DE PRODUÇÃO e ADMINISTRATIVO da empresa. Esse estudo é facilitado através da 
apresentação do fluxo de informações e de produção. 
O processo inicia-se com o consumidor - razão de ser de uma empresa. 
Como vimos, suas relações com a empresa variam muito de empresa para empresa, 
dependendo, basicamente, do tipo de indústria, do tipo de produção e do tamanho da empresa. No 
caso da produção intermitente sob encomenda, o consumidor é quem procura o Departamento de 
Vendas da empresa e, depois de várias negociações, entrega-lhe um Pedido de Fornecimento. Na 
produção contínua e na intermitente repetitiva, o consumidor não encomenda os produtos acabados, 
mas, pelo contrário, espera encontrá-los quando se disponha a comprá-los, nas lojas, nos 
revendedores ou representantes. 
Portanto, nesse caso, a empresa tem que produzir para estoque baseada em perspectiva de 
Vendas. A tarefa do Departamento de Vendas é, por conseguinte, bem mais difícil, pois tem que 
estimar o provável consumo futuro dos produtos. 
Num e noutro caso, cabe ao Departamento de Vendas informar a fábrica o que deseja. Se o 
produto a ser solicitado já está em produção na fábrica, o Departamento de vendas encaminha sua 
solicitação diretamente ao PLAC (Deptº de Planejamento e Acompanhamento). Caso contrário, 
envia-a primeiramente, ao Departamento de Engenharia que vai traduzir as informações de fábrica, 
isto é, vai projetar o produto acabado e sua constituição em matérias-primas e peças componentes, 
fabricadas ou compradas. 
De posse da solicitação do Departamento de Vendas e das informações do Departamento de 
Engenharia, e supondo que a fábrica está adequadamente capacitada a produzir esse produto, pode o 
PLAC completar o planejamento da produção e, oportunamente, encomendar os itens necessários à 
produção: matérias-primas, peças compradas, peças fabricadas, e os próprios produtos acabados 
através da Emissão de Ordens. 
Tanto matérias-primas quanto peças compradas, serão encomendadas ao Departamento de 
Compras pelo PLAC, através das Ordens de Compras. 
Esse Deptº entrará em contato com os fornecedores e colocará os Pedidos de Compras, 
depois de verificadas as possibilidades de atendimento global: (especificações, prazos de entrega, 
qualidade, preço, condições de pagamento, etc.). 
Recebendo os Pedidos de Compras, os fornecedores deverão providenciar as mercadorias e 
enviá-las à fábrica. Depois de recebidas e inspecionadas, a saber, serão as mesmas encaminhadas, 
aos almoxarifados respectivos. 
Por sua vez, as peças fabricadas serão solicitadas pelo PLAC às seções de fabricação do 
Dptº de Produção, através das ordens de fabricação (OF). 
Atendendo a essa solicitação, as seções de fabricação recebem as matérias-primas do 
almoxarifado de matérias-primas e as transformam em peças fabricadas que são encaminhadas ao 
almoxarifado de peças. Já os produtos acabados serão pedidos pelo PLAC às linhas de montagem 
do mesmo Deptº de Produção, através das Ordens Montagem (OM). 
Atendendo a essa solicitação, as linhas de montagem recebem as peças e montam-nas em produtos 
acabados que são enviados ao Estoque de Produtos Acabados. 
O Departamento de Controle de Qualidade também acompanha de perto esses dois últimos 
lances inspecionando a produção durante sua execução, paralisando-a quando algo acontece fora 
das especificações. 
Finalmente, cabe à expedição entregar o produto ao consumidor seguindo as instruções do 
Dptº de Vendas e fechando o circuito de produção e ordens. Como já dissemos, Expedição e 
Estoques de Produtos acabados pertencem ao Dptº de Distribuição. 
 
10.1 FASES DO FLUXO LOGÍSTICO: 
1ª - CONSUMIDOR - Se inicia pelo consumidor ao se dirigir a empresa. 
 
 
18 
 
 
 
2ª - VENDAS - Fechamento do pedido de fornecimento, pelo cliente junto ao Dptº de Vendas que 
em seguida envia o pedido ao Dptº de planejamento e acompanhamento. 
 
3ª - PLAC - O Departamento de Vendas encaminha o pedido ao Dptº de planejamento e 
acompanhamento, para decodificação do mesmo. Neste caso podem acontecer duas situações: 
a - Se o produto a ser fabricado já se encontra em fabricação ou em condições de ser fabricado 
imediatamente o pedido é encaminhado ao Dptº de Compras traduzido em informações de fabrica 
onde são especificadas as quantidades e tipos de matéria-prima necessárias para a fabricação do 
novo lote. 
b - Caso o produto não esteja em fabricação, o pedido é encaminhado ao Dptº de Engenharia 
Industrial para que proceda aos estudos necessários a sua fabricação. 
 
4ª - COMPRAS - De posse do pedido de compras dos materiais e matérias-primas, o Dptº irá 
proceder as consultas junto aos fornecedores objetivando a aquisição das mesmas. 
 
5ª - FORNECEDORES - Caberá aos mesmos providenciar o fornecimento das matérias-primas, 
dentro dos prazos e requisitos pré-estabalecidos. 
 
6ª - CONTROLE DE QUALIDADE - Deverá controlar a qualidade das matérias-primas no 
recebimento das mesmas quando de sua entrega, por parte dos fornecedores. Assim como durante o 
processo de transformação dentro da fábrica. 
 
7ª - ALMOXARIFADO - As matérias-primas deverão ser guardadas em seus respectivos 
almoxarifados sendo normalmente em número de 2; um para peças componentes compradas e outro 
para matérias-primas a serem transformadas. 
 
8ª - SEÇÕES DE FABRICAÇÃO - Após o recebimento das matérias-primas e das peças 
componentes compradas o PLAC envia uma ordem a seção de fabricação, para que inicie a 
transformação da matéria-prima em produto acabado ou semi-acabado. 
 
9ª - LINHAS DE MONTAGEM - Uma vez transformadas as matérias-primas em produtos 
acabados ou semi-acabados, o PLAC de posse desta informação, emite nova ordem para que as 
linhas de montagem, procedam a montagem do produto unindo as peças fabricadas com as 
adquiridas. 
10ª - ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS - Finalmente após a montagem das peças 
fabricadas com as peças componentes, teremos o produto acabado que deverá ficar depositado no 
almoxarifado de produtos acabados, formando o estoque de produtos acabados. 
 
11ª - EXPEDIÇÃO - Uma vez completo o ciclo, o Deptº de Vendas será comunicado e, entrará em 
contato com o cliente, comunicando-lhe que a sua encomenda está pronta. E em seguida 
providenciará junto a Expedição a remessa dos produtos ao cliente. 
 
11 CAPACIDADE INSTALADA E CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
A capacidade instalada e a capacidade de produção são dois conceitos de grande importância 
para a Administração da Produção. 
 
11.1 CAPACIDADE INSTALADA 
Dá-se o nome de capacidade instalada ao potencial que a empresa possui para produzir 
produtos/serviços com as suas instalações, máquinas e equipamentos. A capacidade instalada é, 
portanto, a capacidade máxima de produção que a empresa pode atingir com a plena utilização de 
suas instalações e equipamentos. Dificilmente, a produção de uma empresaconsegue chegar a se 
manter ao limite máximo de sua capacidade, isto é, ao nível de 100% de sua capacidade instalada. 
 
19 
 
 
 
Quando a empresa utiliza apenas pequena parte de sua capacidade instalada, ocorre a 
capacidade ociosa. A capacidade ociosa representa a utilização parcial da capacidade instalada. 
A capacidade instalada, portanto, permite uma determinada capacidade de produção. 
 
11.2 DIFERENÇA ENTRE CAPACIDADE INSTALADA E DE PRODUÇÃO: 
a - Capacidade instalada: É definida pelo arsenal de instalações e equipamentos disponíveis, 
que é um dado estático. 
b - Capacidade de Produção: Representa a produção possível com a capacidade instalada e 
mais os recursos materiais, humanos, e financeiros. 
 
11.3 CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
É geralmente uma grandeza numérica através da qual se pode medir a quantidade de vezes 
que se poderá produzir um produto ou prestar um serviço em um determinado período de tempo. 
Essa grandeza numérica pode ser obtida através de três tipos de unidades de medida, a saber: 
a - Medidas de tempo; 
b - Quantidade de produtos; 
c - Valores monetários. 
Medidas de Tempo: A capacidade de produção é avaliada em função do tempo, qualquer 
que seja o produto ou serviço produzido ou a produzir. 
Quantidade de Produtos: É medida em volumes unitários de prod/serv que a empresa pode 
produzir em um dado período de tempo. 
Valores Monetários: Medida em valores financeiros ou monetários. As unidades de 
prod/serv. Produzidos são multiplicadas pelos preços cobrados proporcionando o resultado 
financeiro da produção realizada. 
Assim a capacidade de produção pode ser medida tanto em número de homens-horas de 
trabalho disponíveis para uma certa atividade, como pela quantidade de produtos que é capaz de 
produzir por hora ou por dia de atividade. Cada empresa escolhe a unidade de medida mais 
adequada às suas características. 
 
12 LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL 
A localização das instalações mais comumente denominada de localização industrial - 
refere-se ao local específico escolhido para as instalações da empresa, seja a fábrica, a oficina, a 
loja ou o escritório da empresa. A escolha de um local para situar as instalações depende de vários 
fatores que devem ser reunidos. Os principais fatores de localização industrial são os seguintes: 
a - Disponibilidade de mão-de-obra no local. Escolhe-se determinado local pela abundância 
de mão-de-obra barata e preparada. 
b - Proximidade das fontes de matérias-primas, ou de fornecedores, principalmente quando 
os insumos forem de grande tamanho ou peso. Escolhe-se determinado local pela abundância ou 
proximidade de matérias primas. 
c - Localização geográfica próxima aos mercados consumidores, para minimizar os custos 
de transporte dos produtos acabados ou para facilitar a entrega dos serviços. 
d - Facilidade de transporte ou acesso a estradas, ferrovias, terminais de transporte marítimo 
ou fluvial, principalmente quando o produto é de grande porte e peso. 
e - Infra-estrutura que permita disponibilidade de serviços, como eletricidade e gás, quando 
o volume desses insumos for grande. 
f - Tamanho do local quando houver previsão de expansão ou tipo de solo mais apropriado, 
em se tratando de construções pesadas. 
g - Incentivos fiscais concedidos por leis municipais ou estaduais e que proporcionem 
redução de impostos ou facilidades de implantação. 
A localização ideal ou ótima é aquela em que todos ou quase todos os fatores são satisfeitos 
total ou parcialmente. Muitas vezes, pode existir um fator predominante ao qual os demais estão 
 
20 
 
 
 
subordinados, como geralmente acontece com a proximidade de matérias-primas ou a 
disponibilidade de mão-de-obra, por exemplo. 
 
13 SISTEMA CAD/CAN 
 
13.1 PROJETO AUXILIADO POR COMPUTADOR (CAD) 
O CAD (computer aided design – projeto auxiliado por computador) é um software que 
permite dar suporte à função de projeto. Permite o arquivo de desenhos, independentemente de sua 
complexidade, e sua recuperação e modificações. A entrada de dados é feita diretamente nos 
terminais ou através de uma mesa traçadora. A impressão é feita através de plotters ou de 
impressoras convencionais. 
Os benefícios decorrentes do CAD são inúmeros. Os arquivos técnicos de desenhos, que 
ocupavam salas inteiras, hoje são armazenados por meio eletrônico. Outra consequência do CAD 
foi o desaparecimento quase que completo das salas de desenho, com suas inúmeras pranchetas, que 
hoje são “peças de museu”. O CAD vai bem além de simples desenho. Cálculos de volume, peso, 
dimensões, resistência à tração, à compressão, condutividade térmica etc., são efetuados 
diretamente pelo computador, de forma precisa e rápida, dispensando-se assim a construção de 
dispendiosos modelos físicos. 
A classificação e a codificação podem ser efetuadas em função da forma física, facilitando a 
identificação futura. A experiência demonstra que a grande maioria dos projetos é elaborada ou 
desenvolvida a partir de projetos já existentes. Um projeto de classificação bem elaborado permitirá 
um agrupamento racional das peças, facilitando a determinação das células de produção. 
Outra vantagem da utilização do CAD é que ele permite simular montagens e analisar suas 
consequências nos processos de fabricação e na obtenção da qualidade desejada. Levantamentos 
constataram que as causas básicas de muitos problemas de qualidade estavam, em 80% dos casos, 
no projeto e não na fabricação ou outro fator qualquer. 
Outra vantagem do CAD é seu contato com a manufatura. Informações do CAD irão 
alimentar o processo manufatureiro na escolha das máquinas e ferramental adequados, no roteiro 
dos processos (routings), permitindo a simulação de processos alternativos. 
Ele também facilita o desenvolvimento de projetos em localidades distintas. As empresas, 
mesmo em continentes diferentes, podem enviar, via satélite, desenhos para serem analisados e 
comentados, e imediatamente devolvidos com eventuais alterações já incorporadas. Isso vem 
facilitando tremendamente o desenvolvimento de novos produtos, processos etc., melhorando sua 
qualidade, melhorando a padronização de produtos, facilitando a documentação e criando um banco 
de dados consistente. Essa troca tem sido tão frequente que já se criou um padrão de transferência 
de dados – o STEP (Standard for the Exchange of Product Data). 
 
13.2 MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR (CAM) 
O sistema CAM (computer aided manufacturing – manufatura auxiliada por computador) 
permite que máquinas (normalmente máquinas operatrizes) executem suas operações seguindo 
instruções de um computador. Através de dispositivos servomecânicos, o computador determina a 
velocidade de avanço e de rotação, efetua medidas dimensionais, seleciona ferramental, controla a 
velocidade de alimentação das peças a serem trabalhadas, a profundidade de corte, as forças e 
momentos a serem aplicados etc. 
Máquinas com tais características são ditas de controle numérico (NC – numerically 
controled) quando as instruções ou programas são armazenados em fitas ou cartões perfurados 
(sistemas mais antigos). Quando as instruções são armazenadas em chips ou outro meio eletrônico, 
são ditas máquinas CNC (computer numerically controled). As máquinas CNC podem ser 
programadas e reprogramadas de acordo com as necessidades do momento, já que cada uma dispõe 
de um computador. As denominadas máquinas DNC (direct numerically controled) são controladas 
por um computador central e não individual. 
 
 
21 
 
 
 
Os desenhos feitos em CAD alimentam os computadores que controlarão as máquinas CNC 
e DNC. É cada vez maior o número de equipamentos que utilizam essa tecnologia, sendo um bom 
exemplo o cortede chapas de aço inoxidável para a fabricação de cozinhas industriais. Os desenhos 
com o desenvolvimento das peças são feitos em uma estação CAD e transmitidos, através de 
software específico, para a máquina automática que efetua o corte com a utilização de raios lazer, 
chama de gás ou jato d’água. 
Uma grande vantagem dos sistemas CNC é que melhoram a capacidade dos processos, 
diminuindo a variabilidade e os refugos com a consequente melhoria na qualidade. 
 
13.3 MANUFATURA INTEGRADA POR COMPUTADOR (CIM) 
Em muitos sistemas se consegue automatizar o transporte e a alimentação das máquinas 
através dos chamados AGV (automated guided vehicles) veículos guiados por computador, que 
operam em sistemas ASRS (automated storage and retrieval systems) sistemas computadorizados 
de armazenagem e coleta. 
 Obs: No mundo, ainda são poucas as fábricas, que atingiram tal estágio de desenvolvimento 
tecnológico. 
 
 
 
 
 TRANSPORTE DE PEÇAS 
 
 
 
 MA QUI NAS 
 
 TRANSPORTE DE FERRAMENTAS 
 
 
 
 
 ESTOQUE DE FERRAMENTAS 
 
13.4 ROBÓTICA 
A palavra robô sempre exerceu grande fascínio sobre as pessoas, que muitas vezes 
associavam a ela a idéia de algo com forma de ser humano, com uma parafernália de fios, luzes 
intermitentes, voa metálica etc. E Robô industrial não é nada disso. Ele nada mais é que uma 
máquina controlada por computador. Os Robôs, além da mão-de-Obra direta que economizam, tem 
maior flexibilidade no projeto de peças, operam durante 24 horas por dia, realizam tarefas 
perigosas, podem trabalhar em ambientes insalubres, não tem fadiga, produzem qualidade uniforme 
etc. 
 
14 SISTEMA JUST-IN-TIME 
 O sistema just-in-time, doravante designado por JIT, foi desenvolvido pela Toyota Motor 
Company, no japão, pe1o sr. Tajichi Ono. Pode-se dizer que a técnica foi desenvolvida para 
combater o desperdício. Toda atividade que consome recursos e não agrega valor ao produto é 
considerada um desperdício. Dessa forma, estoques, que custam dinheiro e ocupam espaço, 
transporte interno, paradas intermediarias - decorrentes das esperas do processo - refugos e 
retrabalhos são formas de desperdício e conseqüentemente devem ser eliminadas ou reduzidas ao 
máximo. 
 Posteriormente o conceito de JIT se expandiu, e hoje é mais uma filosofia gerencial. que 
procura não apenas eliminar os desperdícios mas também colocar o componente certo, no lugar 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE CONTROLE 
 
COMPUTADOR 
M 3 
 
PEÇAS EM PROCESSAMENTO 
 
M 2 M 1 M 4 
 
22 
 
 
 
certo e na hora certa. As partes são produzidas em tempo (just-in-time) de forma a atenderem as 
necessidades de produção, ao contrário da abordagem tradicional de só produzir nos casos (just-in-
case) em que sejam necessárias. O JIT leva a estoques bem menores, custos mais baixos e melhor 
qualidade do que os sistemas convencionais. 
 Além de eliminar desperdícios, a filosofia JIT procura utilizar a capacidade plena dos 
colaboradores, pois a eles é delegada a autoridade para produzir itens de qualidade para atender, em 
tempo, o próximo passo do processo produtivo. Em um sistema JIT. onde a qualidade é essencial, o 
colaborador tem a autoridade de parar o processo produtivo, se identificar algo que não esteja 
dentro do previsto. Deverá também, estar preparado para corrigir a falha ou então pedir ajuda aos 
colegas de trabalho. Essa atitude seria impensável nos sistemas tradicionais de produção em massa, 
onde a linha jamais poderia ser parada. 
 A aplicação adequada do sistema JIT leva a empresa a obter maiores lucros e melhor retorno 
sobre o capital investido decorrente de redução de custos, redução de estoques e melhoria na 
qualidade, objetivo precípuo de todos. 
 
15 SISTEMA KANBAN 
O kanban é um método de autorização da produção e movimentação do material no sistema 
JIT. Na língua japonesa a palavra kanban significa um marcador (cartão, sinal, placa ou outro 
dispositivo) usado para controlar a ordem dos trabalhos em um processo seqüencial. O kanban é um 
sub sistema do JIT. Os dois termos não são sinônimos. 
 O objetivo do sistema é assinalar a necessidade de mais material e assegurar que tais peças 
sejam produzidas e entregues a tempo de garantir a fabricação ou montagem subseqüentes. Isso é 
obtido puxando-se as partes na direção da linha de montagem final. 
 Somente a linha de montagem final recebe o programa de expedição, que deve ser 
aproximadamente o mesmo todos os dias. Todos os outros operadores de máquinas e fornecedores 
recebem as ordens de fabricação, que são os cartões kanban, dos postos de trabalho subseqüentes. 
Se a produção parar, qualquer que seja o motivo, por um certo tempo, o posto parado não mais 
enviará cartões kanban para o posto que o precede, e este também acabará parando tão logo 
complete os conteineres que estava enchendo, e assim sucessivamente. 
 O aspecto significativo do sistema kanban é sua natureza visual. Todas as peças são 
colocadas em contêineres de um mesmo tamanho. O acúmulo de contêineres vazios indica 
problemas no posto de produção, e o acúmulo de contêineres cheios é um sinal de que a linha está 
parada. O lote de produção deve ser igual a capacidade do contêneir. O sistema kanban, como 
descrito acima, vem sofrendo modificações. Hoje são comuns os sistemas sem cartões. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração da Produção. São Paulo: McGraw-Hill, 
1991. 
 
PINA, Vitor Dias [et all]. Manual para Diagnóstico de Administração de Empresas. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 1979. 
 
MAYER, Joseph G. Administração da Produção. São Paulo: McGraw-Hill, 1991. 
 
RUSSOMANO, Vitor Henrique. Planejamento e acompanhamento da Produção. 2 ed. São 
Paulo: Pioneira, 1979. 
 
MARTINS, PETRÔNIO G. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 1998. 
 
MOREIRA, DANIEL A. Produção e operações. São Paulo: Atlas, 1998.

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