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Curso de Engenharia Civil – UniRitter Física I – turma PNA Professora: Claudia M. Haetinger RELATÓRIO DA AULA EXPERIMENTAL LEI DE HOOKE Alunos: CHARLES FERREIRA MARCONATTO CRYSTOPHER FAGUNDES SCHROEDER GRACIELE PINTO MACHADO JOAO VITTOR DEON MARCON LUCAS GABRIEL LIMA DA CUNHA Porto Alegre Novembro de 2014 Introdução teórica Na construção civil, a física é um alicerce, pois nada se ergue ou ficará erguido sem o domínio de todas as leis físicas ali implícitas. A lei de Hooke está presente quase que de forma constante nos empreendimentos, já que se faz necessário o conhecimento da resistência dos materiais a serem submetidos na construção. A Lei de Hooke é uma lei da física que está relacionada à elasticidade de corpos e também serve para calcular a deformação causada pela força que é exercida sobre um corpo, sendo que tal força é igual ao deslocamento da massa partindo do seu ponto de equilíbrio multiplicada pela constante da mola ou de tal corpo que virá a sofrer tal deformação. No ensaio, usam-se equipamentos específicos, cujos resultados ficam explícitos, de forma que não há necessidade de grandes cálculos. Porém, será mostratado neste relatório que, através das equações, há controvérsias nos valores encontrados tanto para a constante (k), como para as forças de tensão atuantes em um corpo. Objetivo A realização da aula prática de física se dá principalmente com o intuito de os alunos poderem ver como funciona na prática o que é estudado na cadeira de Física I, fazendo os testes, coletando os dados obtidos e com isso colocar o conhecimento obtido na sala de aula em prática para obter os devidos resultados. Torna-se muito importante a aula de laboratório, também, pelo fato de quebrar a rotina teórica da aula, tendo outra forma de aprendizado. Material utilizado 01 mola 01 dinamômetro 01 balança Massas acopladas, suporte para massa 01 suporte com régua Procedimento Experimental Inicialmente com o auxilio da balança determine os valores de cada uma das massas acopladas e do suporte. Para a execução do experimento foi suspendido o dinamômetro no suporte perpendicularmente ao solo. O próximo passo foi calibrar o dinamômetro após suspender o prato de suporte na mola, e anotar o erro de escala do dinamômetro analógico, depois foi medida a massa dos três discos de metal e anotado o erro de escala na medida. Foi colocado um disco de cada vez no prato de suporte e anotados os pesos, em seguida todos os dados recolhidos foram anotados em uma tabela. Com os dados da tabela foi construído um gráfico de dispersão no Excel com os valores de ∆x em abscissa e os valores do peso em ordenada. Obtenção e análise dos resultados 1º experimento: Dados experimentais: No primeiro experimento, o qual foi medido uma determinada massa já com a do suporte, obtivemos seus respectivos ∆x e fg, como mostra a tabela a baixo, acompanhada de um gráfico fg (N) versus ∆x (cm): Prova Massa (+ suporte) ∆x Fg (experimental) Pontos cartesianos (x,y) a 33g 0,03 m 0,304N (0,03 , 0,304) b 55g 0,06 m 0,6N (0,06 , 0,6) c 83g 0,09 m 0,84N (0,09 , 0,84) d 107g 0,115 m 1,06N (0,115 , 1, 06) e 152g 0,16 m 1,5N (0,16 , 1,5) f 183g 0,195 m 1,8N (0,195 , 1,8) Cálculos Conforme os dados da tabela e do gráfico, notamos que a constante elástica pode ser adquirida, matematicamente, da mesma forma como adquirimos a tangente de uma reta qualquer. Então, sabendo que y=ax+b, podemos encontrar a constante elástica da mola do experimento. 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 0,03 0,06 0,09 0,115 0,16 0,195 fg ( N ) ∆x (m) Constante elástica da mola (k) k Na função y=ax+b, substituindo y por fg e x por ∆x, ficamos com fg=a(∆x) + b, onde o a da função corresponde ao coeficiente angular, que equivale à constante elástica da mola (k), e o b da função é o coeficiente linear. Logo, tendo b como zero, por não haver no experimento um ∆x valendo zero, o k da função sendo isolado, resulta em k= fg/∆x. Então, usando um pondo qualquer desvendamos a constante. Mas, por não termos uma reta perfeita com um único coeficiente angula, descobriremos o k usando o conceito de inclinação da reta, cujo resultado se da pela razão da variação de fg pela variação da deformação da mola: a = ∆y/∆x = (yfinal - yinicial)/(xfinal - xinicial) a = k k = ∆fg/∆x = (fgfinal - fginicial)/(∆xfinal - ∆xinicial) Utilizando dois pontos quaisquer, como, por exemplo, o ponto b(0,06 , 0,6) e o ponto e(0,16 , 1,5), aplicamos na razão ∆fg/∆x e obtemos: k = (1,5 – 0,6)/(0,16 – 0,06) = 9N/m Dados obtidos a partir dos cálculos A força gravitacional da tabela no item acima foi adquirida experimentalmente, ou seja, através da análise do dinamômetro. Porém, sabendo que Força gravitacional é o produto da massa pela gravidade, também podemos calculá-la. Considerando que o valor da gravidade é de 9,81m/s² e a massa esteja em quilogramas (kg). Prova a) fg = m.g = (33x10-3).(9,81) = 0,3237N Prova b) fg = m.g = (55x10-3).(9,81) = 0,5396N Prova c) fg = m.g = (83x10-3).(9,81) = 0,8142N Prova d) fg = m.g = (107x10-3).(9,81) = 1,0497N Prova e) fg = m.g = (152x10-3).(9,81) = 1,4911N Prova f) fg = m.g = (183x10-3).(9,81) = 1,7952N Os valores obtidos através dos cálculos têm décimos ou até centésimos de diferença, consequentemente a constante k também poderá ter diferença, como será mostrado na tabela e no gráfico abaixo: Prova Massa (+ suporte) ∆x Fg (calculado) Pontos cartesianos (x,y) a 33g 0,03 m 0, 3237N (0,03 , 0, 3237) b 55g 0,06 m 0, 5396N (0,06 , 0, 5396) c 83g 0,09 m 0, 8142N (0,09 , 0, 8142) d 107g 0,115 m 1, 0497N (0,115 , 1, 0497) e 152g 0,16 m 1, 4911N (0,16 , 1, 4911) f 183g 0,195 m 1, 7952N (0,195 , 1, 7952) Cálculo Assim como foi mostrado no item “cálculos” acima, o mesmo será feito com os novos valores de fg. k = ∆fg/∆x = (fgfinal - fginicial)/(∆xfinal - ∆xinicial) Utilizando agora os mesmo pontos com o ajuste da fg no y, como, por exemplo, o ponto b(0,06 , 0,5396) e o ponto e(0,16 , 1,4911), aplicamos na razão ∆fg/∆x e obtemos: k = (1, 4911 – 0, 5396)/(0,16 – 0,06) = 9,515N/m Comparação Fg (experimental) Pontos cartesianos (x,y) Fg (calculado) Pontos cartesianos (x,y) 0,304N (0,03 , 0,304) 0, 3237N (0,03 , 0, 3237) 0,6N (0,06 , 0,6) 0, 5396N (0,06 , 0, 5396) 0,84N (0,09 , 0,84) 0, 8142N (0,09 , 0, 8142) 1,06N (0,115 , 1, 06) 1, 0497N (0,115 , 1, 0497) 1,5N (0,16 , 1,5) 1, 4911N (0,16 , 1, 4911) 1,8N (0,195 , 1,8) 1, 7952N (0,195 , 1, 7952) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 0,03 0,06 0,09 0,115 0,16 0,195 fg c al cu la d a( N ) ∆x (m) Constante elástica calculada k Nota-se há um pequeno desvio entre as constantes, justificando a diferença de 0,515N/m. Isso porque ao trabalhar com o dinamômetro, como o que foi trabalhado, existem grandes chances de descalibrá-lo à medida que é manuseado devido ao descuido e despreparo dos alunos. Como foi constatado, o coeficiente angular é equivalente à constante elástica da mola (k). O valor da constante (k) se dá pela razão da força pela deformação da mola. A lei de Hooke, a qual verifica que a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força, sempre será válida. A aplicabilidade na engenharia civil é vasta como, por exemplo, no calculo do módulo da rigidez do material, na resistênciados materiais, ou até mesmo na construção de um dinamômetro. 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 0,03 0,06 0,09 0,115 0,16 0,195 fg c al cu la d a( N ) ∆x (m) Comparação da constante elástica Constante experimentada Constante calculada 2 =53° 1 =52° 0,171kg T2 = 1,04N T1 = 1,01N T3 2º experimento: Conforme mostra as imagens acima, o segundo experimento consiste em um teste para que de forma prática, possamos enxergar as forças de tensão atuando em um corpo perdurado por um fio que está em um sistema, cujo ângulo formado é de 54 graus para a tensão 2 (T2) e para a Tensão 1 (T1). Dados experimentais: T1 = 1,01N T2 = 1,04N 1 = 52° 2 = 53° m = 0,171kg Cálculo da T3 O que deve ser descoberto é a Tensão 3 (T3); portanto, calcula-se da seguinte maneira: Decompondo os vetores: T1 = T1x e T1y T1x = T1.cos 52° = 1,01. 0,6157 = 0,6218N T1y = T1.sen 52° = 1,01. 0,7880 = 0,7959N T2 = T2x e T2y T2x = T2.cos 53° = 1,04. 0,6018 = 0,6259N T2y = T2.sen 53° = 1,04. 0,7986 = 0,8306N No eixo y, aceleração é zero, pois o sistema está em equilíbrio. Então, utiliza-se: T1y + T2y - T3 = m.a T1y + T2y = T3 T3 = 0,7959 + 0,8306 = 1.6256N Cálculo das T1, T2 e T3 Sem a observação dos valores de T1 e T2, devem-se calcular as Tensões da seguinte forma: Decompondo os vetores: T1 = T1x e T1y T1x = T1.cos 52° T1y = T1.sen 52° T2 = T2x e T2y T2x = T2.cos 53° T2y = T2.sen 53° T3 – fg = zero (sistema em equilíbrio) T3 = fg = m.g = 0,171. 9,81 = 1.6775 N No eixo x a aceleração é zero, por isso m.a= zero T1x – T2x = m.a T1x = T2x T1.cos 52° = T2.cos 53° T1 = (T2.cos 53°)/ (cos 52°) = (0,6018T2)/(0,6157) Então T1 = 0,9774T2 No eixo y a aceleração também é zero, anulando o produto da massa por esta: T1y + T2y – T3 = m.a T1y + T2y = T3 T1.sen 52° + T2.sen 53° = 1,6775 (0,9774T2)(0,7880) + 0,7986T2 = 1,6775 0,7702T2 + 0,7986T2 = 1,6775 T2 (0,7702 + 0,7896) = 1,6775 T2 = 1,6775/1,5598 = 1,0755N Portanto, se T1 = 0,9774T2, T1 = (0,9774)(1,0755) = 1,0512N A tabela abaixo ilustra as oscilações contratadas entre os cálculos. Tensão Partindo do valor do dinamômetro, ângulos e massa Partindo apenas com o valor dos ângulos e da massa T1 1,01N 1,0512N T2 1,04N 1,0755N T3 1.6256N 1.6775 N Conclusão Embora não tenhamos encontrado uma reta que ligasse todos os pontos correspondentes às provas, percebemos que contendo um conhecimento matemático consistente podemos encontrar uma constante por sabermos que a inclinação da reta se dá pela tangente da razão da diferença entre os x e os y de um gráfico, como foi visto com a constante elástica. Essa constante nos mostrou que, para um incremento de massa, haverá um incremento no comprimento da mola proporcional, pois são diretamente proporcionais. No cálculo, foi encontrada uma variada oscilação nos valores obtidos a partir da visualização dos equipamentos e nos valores obtidos através dos cálculos. O comprometimento da exatidão dos resultados da experiência pode ter ocorrido por fatos como: a má percepção visual no momento de definir o valor do comprimento da mola, a descalibragem do dinamômetro causada pelo uso indevido, entre outras razões. A importância deste experimento está na tamanha aplicabilidade da Lei de Hooke na engenharia civil, pois nós, futuros engenheiros, teremos a necessidade absoluta de levar esse conhecimento por toda nossa carreira, porque se trata de uma base para a engenharia. Referências bibliográficas HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: mecânica. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. RESNICK, Halliday, Krane, Física. 4.E.D., LTC, Rio de Janeiro, 1996. http://pt.scribd.com/doc/55238592/Relatorio-03-Lei-de-Hooke - acessado dia 26/11/2014 http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/fe.php - acessado dia 26/11/2014 http://www.fisica.net/mecanicaclassica/a_lei_de_hooke.pdf - acessado dia 26/11/2014
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