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Artigo A Lei Geral da Acumulação Capitalista

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE 	OURO PRETO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS
 SERVIÇO SOCIAL/TURMA 15.1
MARCILENE SILVIA DO CARMO
A Lei Geral da Acumulação Capitalista e o acirramento da questão social na contemporaneidade
Mariana
Julho/2014
A Lei Geral da Acumulação Capitalista e o acirramento da questão social na contemporaneidade.
 
De acordo com a visão de Marx sobre a Lei Geral da Acumulação do Capital, se por um lado, quanto maior o produto social, a capacidade de gerar riqueza e a produtividade do trabalho, por outro, lado, maiores serão as expressões da questão social na contemporaneidade como a miséria, pobreza e desemprego. O acirramento da questão social se resulta do objetivo da produção, no capitalismo, em que se tem relevância a satisfação das necessidades humanas, mas sim a obtenção de lucro. As empresas, visando a geração do maior lucro possível, concorrem entre si para ofertar o melhor produto pelo melhor preço.
A concorrência, por sua vez, se realiza através do progresso técnico, ou seja, meio tecnológico, que eleva significativamente a produtividade do trabalho humano, fazendo com que cada operário produza um volume crescente de produtos, reduzindo, dessa forma, a necessidade de força de trabalho para atender a um determinado nível de demanda.
Dessa forma, quanto maior a capacidade produtiva do sistema, menor será a necessidade de trabalhado vivo para a produção; com efeito, menor será o número de pessoas com capacidade de pagamento para consumir – esta é uma das razões pela qual o capitalismo não funciona sem crédito e sem crises.
O movimento de concentração do capital, que ocorre o processo da fusão de capitais já formados compõe o que Max define como movimento de concentração do capital.
A concentração do capital resulta na sua centralização, a qual deriva da transformação em capital, considerando um nível mais elevado da luta concorrencial entre capitais individuais, estes, por sua vez, em formato monopolista. Marx raciocinava num capitalismo onde a concorrência criava a sua própria negação. 
Na esfera da produção, o processo de concentração do capital significa o declínio das empresas individuais a favor das grandes sociedades por ações; o grande desenvolvimento industrial está ligado a uma concentração antecipada do capital, o qual, ao mesmo tempo em que se concentra no setor industrial, concentra-se, também, no setor bancário. As grandes massas de capitais, uma grande parte dos meios de produção e fontes de matérias-primas nacionais e internacionais, são controladas pelos bancos, os quais, concentrando os capitais individuais, facilitaram a formação de uma burguesia financeira. 
O sistema de depósito bancário e de créditos, introduzido como auxiliar da acumulação levou a produção capitalista a formar um poder novo, reuniu meios monetários das massas maiores e menores, transformando-os num enorme mecanismo para a concentração de capitais.
O movimento de centralização e o crescimento do volume do capital ocorrem através da fusão de vários capitais num só ou pela absorção de um por outro, onde os capitalistas distribuem o capital acumulado entre si, esta é uma particularidade que evidencia as relações estabelecidas entre os próprios capitalistas. Neste processo, os detentores de meios de produção, ou entram em crise ou são absorvidos por outros.
Na medida em que se desenvolve a produção e a acumulação capitalista, desenvolve-se, também, a concorrência e o crédito que constituem as duas alavancas mais poderosa da centralização. 
A luta concorrencial é conduzida pelo barateamento das mercadorias ou pela alteração da sua qualidade, e pela extração barbarizada da mais valia ,dependendo da produtividade do trabalho e da intensidade da produção.
A concentração do capital e a consequente centralização abrem espaço para que o trabalhador assalariado e os meios de produção se englobem em grandes empresas, intensificando o acirramento das questões sociais através dos contrastes sociais e acentuando a incompatibilidade entre classes sociais.
O capital, em sua composição, deve ser compreendido em duplo sentido, da perspectiva de valor, na qual é determinada pela proporção em que se reparte em capital constante e da perspectiva da matéria, como ela funciona no processo de produção; cada capital se reparte em meios de produção e força de trabalho vivo.
Composição do capital em c e v (proporção)
Perspectiva do valor (composição-valor do capital)
 c meios de produção 
 v valor da força de trabalho = global dos salários 
Perspectiva da matéria (composição técnica do capital):
 cmassa de meios de produção utilizados
 vmontante de trabalho exigido para seu emprego
Entre as duas composições há uma estreita correlação, para expressá-la, Marx chama a composição-valor (à medida que é expressa por sua composição técnica e espelha suas modificações) de Composição orgânica do capital e Composição do capital = composição orgânica do capital.
Na demanda crescente de força de trabalho com a acumulação há uma série de condições, quais sejam: uma determinada massa de meios de produção ou de capital constante requer, sempre, a mesma massa de FT para ser posta em movimento: aumenta a demanda de trabalho e o fundo de subsistência dos trabalhadores proporcionalmente ao capital, e tanto mais rapidamente quanto mais cresce o capital; salários maiores para os trabalhadores resultam em ampliação do consumo, das condições de bem estar e, até a possibilidade de constituir um pequeno fundo de reserva em dinheiro. Mas tais condições não superam a relação de dependência e a exploração do assalariado; o aumento de trabalho significa, no melhor dos casos, apenas diminuição quantitativa do trabalho não pago que o trabalhador tem de prestar; tal diminuição nunca pode ir até o ponto em se torne uma ameaça ao próprio sistema; se o aumento do trabalho compromete a acumulação, está entra em processo decrescente, mas o seu decréscimo desaparece a causa do seu decréscimo, ou seja, a desproporção entre capital e força de trabalho explorável; e a grandeza da acumulação é a variável independente; a grandeza do salário, a dependente, e não o contrário. Se a composição do capital permanece inalterada, cresce a demanda por trabalho e o fundo de subsistência dos trabalhadores proporcionalmente ao capital. 
A modificação na repartição da mais-valia em capital e renda torna a escala de acumulação ampliável.
A necessidade de acumulação do capital pode superar o crescimento da força de trabalho ou do número de trabalhadores.
Portanto, acumulação de capital é a multiplicação do proletariado. Aumenta-se o salário e diminui-se o trabalho não pago, porém, essa diminuição não pode ameaçar o sistema, aumenta o salário do trabalhador, desde que não prejudique o progresso da acumulação.
A grandeza proporcional do exército industrial de reserva cresce com as potências da riqueza, mas, quanto maior esse exército de reserva em relação ao ativo, tanto mais maciça a superpopulação consolidada, cuja miséria está na razão inversa do suplício de seu trabalho. Em suma, quanto maior a camada da classe trabalhadora e o exército industrial de reserva, tanto maior o acirramento da questão social e o pauperismo na contemporaneidade.
Analisando o contexto da acumulação do capital e os seus efeitos dentro do sistema, percebe-se que Marx coloca em evidência a discussão sobre a Lei Geral da Acumulação Capitalista, a partir da compreensão da demanda crescente por força de trabalho, aliada ao processo de acumulação na sua constituição com o capital.
Nesta relação, fica clarividente a influência que o crescimento que a lei geral da acumulação capitalista exerce sobre a classe trabalhadora. Destaca-se ainda, a composição do capital e suas modificações no transcurso do processo de acumulação. A lei de acumulaçãocapitalista deve ser entendida sob duas perspectivas, de um lado, o aspecto de valor, que é determinado pela proporção em que se reparte em capital constante (valor dos meios de produção), capital variável (valor da força de trabalho) e soma global dos salários, por outro lado, o aspecto da matéria, que demonstra seu funcionamento a partir da divisão de cada capital em meios de produção e força de trabalho viva.
No tocante aos processos de concentração e centralização do capital, faz-se necessário evidenciar as expressões negativas que estes causam sobre a classe trabalhadora na contemporaneidade, uma vez que a mais valia é fonte de acumulação capitalista as contradições desse sistema se expressam na desigualdade social, aumento da exploração do trabalhador e o crescimento do exército industrial de reserva – todos esses pontos negativos são inerentes ao sistema capitalista.
Para Marx a lei geral da acumulação capitalista deixa evidente as questões sociais suas particularidades e complexidades, oriundas da sua característica principal de exploração da força de trabalho em seus diferentes modos de produção.
O desenvolvimento maciço do capital produz a questão social em suas diferentes manifestações, não sendo uma fase transitória, pois sua existência e manifestações são inseparáveis da produção capitalista.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política / livro I. 18. ed. Rio de Janeiro:

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