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Aula 10_Análise do futuro das relações entre capital e trabalho e a visão da nova Relação Trabalhista e Sindical

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Aula 10: Análise do futuro das relações entre capital e trabalho e a visão da nova Relação Trabalhista e Sindical
Introdução
Vivemos em uma era de desenvolvimento, nas qual nossas relações se multiplicam de forma exponencial.
Os sites de relacionamento, por exemplo, criam uma nova dimensão, o que gera um novo mecanismo de mobilização que já influencia a sociedade.
Por sua vez, a competição existente entre as empresas e a nova ordem econômica que vem sendo gerada criam, por si só, novos elementos que influenciam fortemente a relação entre capital e trabalho.
Nesta aula, discutiremos sobre essa influência.
Bom estudo!
O ATUAL ESTÁGIO SOCIOECONÔMICO E POLÍTICO DO PLANETA
Neste momento de definições no mundo econômico, os países que dominavam as relações da economia mundial passam suas posições para países que se encontravam em segundo plano. 
 
Com isso, aqueles países começam a ditar as normas.
 
Isso cria, evidentemente, uma expectativa especial para todos, além de gerar uma transformação na ordem mundial – que passa a ser o foco de atenção
Sendo assim, a nova ordem econômica mundial das próximas décadas será esta:
1º – China; 
2º – Índia; 
3º – Estados Unidos; 
4º – Brasil; 
5º – Japão; 
6º – Rússia; 
7º – França. 
Essa nova realidade implica algumas reflexões! Vamos conhecê-las?
REFLEXÕES SOBRE A NOVA ORDEM ECONOMICA MUNDIAL
Nem a China nem a Índia são exemplos de relações trabalhistas para os demais países. Ambos têm problemas graves de condições humanas de trabalho. 
Com isso, países como a Alemanha, a Inglaterra e o Canadá – que sempre foram exemplos de desenvolvimento e de avanço nas relações entre patrões e empregados – deixam de ocupar a liderança para ficar em posições inferiores.
 
Isso pode ditar uma nova visão mundial!
No entanto, surgem alguns questionamentos, quais sejam:
• O que estará acontecendo no mundo atual? 
• Os valores cultivados durante décadas estariam superados?
• Estaríamos no caminho errado? 
• As boas relações entre capital e trabalho não seriam a receita certa da produtividade?
De agora em diante, viveremos analisando, mais objetivamente, o que levou a China e a Índia a ocuparem a liderança da economia no planeta.
Portanto, essas são algumas das questões que devem dominar o noticiário dos próximos anos.
Situações econômicas da China e da Índia
Temos conhecimento de que o regime político da China não permite a liberdade sindical mas também não consegue inibir a greve como forma de reivindicação.
A notícia é de que o Estado não intervém nas relações, mas há exploração desumana do trabalho.
Essa exploração prejudica, até mesmo, mercados no Brasil, que têm perdido na competição mundial em razão dos baixos preços praticados pela China – decorrentes dessa relação sem regras.
Na Índia, a situação não é diferente! O contraste entre o desenvolvimento e a pobreza é citado em noticiários dos principais jornais do mundo.
 
Há empresas que fabricam produtos sofisticados e competitivos em condições sub-humanas – até mesmo inacreditáveis!
 
Aliados a isso, há a corrupção e a preocupação única dos governantes em ocuparem mais espaço na economia através da privatização de empresas.
Isso significa que não há nenhuma preocupação em combater a pobreza, que supera, em números, alguns países da África.
Essas questões devem ser levantadas para que possamos compreender para onde caminham as relações trabalhistas, afinal, esse é o tema desta disciplina!
Quanto melhor compreendermos as relações entre capital e trabalho, melhor desempenharemos as atividades em nossas empresas.
Como a evolução tecnológica pode afetar a relação entre capital e trabalho
Todos os dias, recebemos informações sobre o avanço da tecnologia – em todos os sentidos. 
Isso afeta muito o volume de postos de trabalho bem como a forma pela qual realizamos nossos trabalhos.
Em outras palavras, a evolução tecnológica pode afetar – e muito – a relação entre capital e trabalho. 
Veja, a seguir, de que forma isso ocorre!
A gestão por processos é uma realidade que já vem sendo implantada na maioria das empresas.
• Seus objetivos incluem:
• Um melhor índice de produtividade;
• A redução do desperdício; 
• O consequente menor custo de produção – com um aumento nos lucros.
Há também a robotização das indústrias.
INOVAÇÃO
Outras empresas controlam suas equipes de trabalho através de câmeras instaladas em pontos estratégicos, o que permite uma supervisão mais objetiva sobre o trabalho.
 
As equipes que realizam os trabalhos externamente – como os motoristas e os entregadores de mercadoria – são controlados através de Global Positioning System (GPS).
 
Existe, ainda, a possibilidade de realizarmos o trabalho em nossas residências, sem a necessidade do deslocamento diário para o trabalho e vice-versa.
Isso gera menor custo, demanda menos tempo e menor desgaste físico – elementos importantes quando falamos em um mercado altamente competitivo.
Necessidade de reforma sindical
Há um conjunto suficiente de informações que nos permite chegar a diversas conclusões sobre como a tecnologia influencia e altera, profundamente, as relações trabalhistas.
Esse conjunto de informações deve ainda ser acrescido da melhor condição cultural dos operários, obtida pelo volume de informação produzida por todas as mídias – sejam elas escritas ou faladas.
Essas informações debatem, abertamente, os direitos e deveres dos trabalhadores, permitindo uma reflexão coletiva e a discussão permanente dos diversos aspectos que contornam essas relações.
A legislação trabalhista – em especial, no Brasil – precisa de modificações profundas para poder acompanhar todos esses avanços.
Sendo assim, é necessária uma reforma sindical em que haja uma representatividade de fato – e não apenas de direito.
Conheça, a seguir, o motivo dessa necessidade.
Necessidade de discussão sobre as relações trabalhistas
Na prática, muitos sindicatos abdicam de sua condição reivindicatória em troca de um valor maior da taxa assistencial, prejudicando, diretamente, todos os seus representados. 
 
Se déssemos o direito de escolha aos trabalhadores, tendo, como pressuposto, os resultados obtidos nas negociações, a postura dos dirigentes sindicais seria totalmente diferente.
Precisamos aprofundar os debates em torno dos direitos e deveres de patrões e trabalhadores, no sentido de definirmos um novo contrato de trabalho por segmentos econômicos.
Esse contrato seria diferente daquele que existe no atual sistema, que segue uma legislação septuagenária – produzida em um momento totalmente diferente do atual estágio da economia mundial.
 
Nesse momento, o Brasil sairia da condição de subdesenvolvido para um país em franco desenvolvimento, ocupando os primeiros postos da tão concorrida economia dos sete maiores países do mundo: o famoso G7.
O Brasil estaria em quarto lugar, perdendo apenas – e tão somente – para a China, a Índia e os Estados Unidos. 
Não teríamos nenhum motivo para seguir os dois primeiros países, pelas diversas razões já expostas.
AS NOVAS RELAÇÕES TRABALHISTAS NO BRASIL
Devemos acreditar em uma Relação Trabalhista e Sindical aberta à discussão permanente das partes, com a participação de uma comissão de trabalhadores e consolidada pelo sindicato.
Todos deviam participar, efetivamente, do desenvolvimento de uma política de desenvolvimento de relações de ganha-ganha.
Dessa forma, seríamos capazes de conduzir o País a uma condição de pleno emprego e de participação efetiva de todos os trabalhadores nos lucros e resultados da empresa.
 Devemos, portanto, ter consciência de nossos direitos e cumprir à risca nossos deveres, produzindo mais a um menor custo e em menor tempo.
A ideia é poder concorrer de igual para igual com as três primeiras nações, mas com qualidade de vida superior e com a erradicação dos níveis de pobreza.
Sabemos que o conflito de interesses sempre existirá, e que o capital e o trabalho sempre estarão em posições diferentes.
Entretanto, quando participamos de uma negociação,podemos convergir nossos interesses e sobrepô-los a muitas diferenças, tornando-nos abertos a ouvir e a debater, de forma a construirmos uma relação superior.
Com isso, resgataremos muitas de nossas diferenças, transformando-as em um conjunto comum capaz de ultrapassar as diversas crises que o mundo ainda deverá enfrentar. 
 
Sabemos de nossa capacidade de superação, de nossa matriz energética e de como – unidos – poderemos influenciar mudanças em nossos governos.
O objetivo é fazer com que deixem de simplesmente criar impostos para construir um equilíbrio entre receita e despesas.
 
Nesse sentido, o governo preencheria, de forma mais completa, o espaço social da educação, da saúde e da segurança no Brasil, e criaria a infraestrutura necessária em rodovias, portos e aeroportos. 
As diferenças existentes entre capital e trabalho podem-se transformar em uma usina de energia capaz de mover todos os processos de desenvolvimento do extenso território de riquezas do Brasil.
A intenção é produzir resultados ainda maiores do que apenas o quarto lugar na economia mundial.

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