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INTRODUÇÃO AS ATIVIDADES NO LABORATÓRIO DE TÉCNICA MÉTODO DE PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS CÁLCULO DO VALOR CALÓRICO PROFª VIVIANE NUNES DIAS AULA 02 COZINHA DIETETICA REQUISITOS GERAIS DA COZINHA DIETÉTICA • ESPAÇO SUFICIENTE • FACILIDADE DE ABASTECIMENTO • FACILIDADE DE REMOÇÃO DE LIXO • BOA ILUMINAÇÃO, VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO • ÁREA DE REFRIGERAÇÃO • FONTE DE ENERGIA TÉRMICA • ÁGUA ENCANADA • MATERIAL DE LIMPEZA BIODEGRADÁVEL • EQUIPAMENTOS DE FACIL LIMPEZA E RESISTENTES, EM LOCAL APROPRIADO E APENAS O QUE É NECESSÁRIO • INSTALAÇÕES ACESSÍVEIS • LUGAR PARA ARMAZENAMENTO • UTENSÍLIOS COM TAMANHO E CAPACIDADE FUNCIONAMENTO • CARDÁPIO • QUANTIDADES A SEREM PREPARADAS • RECEITAS PRE-ESTABELECIDAS • INGREDIENTES COMPRADOS • EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS • EQUIPE TREINADA RECOMENDAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS EVITAR ATRITOS E FRICÇÃO DESNECESSÁRIA SECAR SUPERFÍCIES DE MATERIAL QUE ENFERRUJA NÃO AQUECER CHAPAS ALÉM DO NECESSÁRIO CONTROLAR O FECHAMENTO DAS PORTAS DE REFRIGERADORES Regras Básicas • Mesmas das Boas Práticas Quais são? – Não usar brincos, anéis, pulseiras, piercens, ... – Cabelos presos com toucas – Batas – Sapatos fechados – Homens: sem bigode nem barba – Calças compridas – Não ficar conversando, nem ouvindo música, nem usando celulares – Unhas curtas, sem esmalte nem base. – Higiene pessoal: banho diário – Uniformes e batas limpos – Ausência de perfumes – Lavar as Mãos com frequencia PREPARO DO ALIMENTO NA COZINHA PRÉ-PREPARO • SÃO AQUELAS OPERAÇÕES EM QUE SE SUBMETEM OS ALIMENTOS ANTES DE UMA COCÇÃO FINAL, COMPREENDENDO: – LIMPAR, – DESCASCAR, – PICAR E – MISTURAR DIVISÃO DO ALIMENTO SUBDIVISÃO SIMPLES SUBDIVISÃO POR SEPARAÇÃO EM PARTES VANTAGENS E DESVANTAGENS DA SUBDIVISAO! • Vantagem é que antecipa a mastigação, contudo é necessário mão de obra especializada e a desvantagem está no não aproveitamente de partes com isso diminuição do valor nutricional. SUBDIVISÃO SIMPLES • CADA FRAGMENTO POSSUI OS COMPONENTES DO TODO. GRAUS DA SUBDIVISÃO SIMPLES • CORTAR • PICAR • TRITURAR CORTAR PICAR MOER TRITURAR EFEITOS DESSE MÉTODO 1. Composição: Não altera a constituição do alimento em princípio. Expões o alimento a perdas e alterações por oxidação (aumento da superfície de contato com o oxigênio). 2. Higiene: Torna o alimento mais vulnerável aos agentes de contaminação e deterioração. 3. Digestibilidade: Antecipa o trabalho mecânico da mastigação 4. Econômico: Exige mão de obra ou utilização de equipamentos e utensílios - custo SUBDIVISÃO COM SEPARAÇÃO EM PARTES • SÃO OPERAÇÕES MAIS COMPLEXAS E QUE NA MAIORIA DAS VEZES SÃO UTILIZADOS EQUIPAMENTOS MAIS PRECISOS. SEPARAÇÃO DE DOIS LÍQUIDOS • DECANTAR • CENTRIFUGAR • DESTILAR SEPARAÇÃO DE DOIS SÓLIDOS • DESCASCAR • TAMISAR SEPARAÇÃO DE UM SÓLIDO E UM LÍQUIDO • CENTRIFUGAR • DECANTAR • ESPREMER • SEDIMENTAR • COAR • FILTRAR SEPARAÇÃO DE DOIS LÍQUIDOS DECANTAÇÃO • UTILIZADA PARA SEPARAR LÍQUIDOS QUE NÃO SE MISTURAM. CENTRIFUGAÇÃO A FORÇA DE ROTAÇÃO DA CENTRÍFUGA É RESPONSÁVEL PELA SEPARAÇÃO. EXEMPLO: GORDURA DO LEITE DESTILAÇÃO • SEPARA-SE ATRAVÉS DOS PONTOS DE EBULIÇÃO DIFERENTES. SEPARAÇÃO DE DOIS SÓLIDOS DESCASCAR • RETIRADA DE CASCAS, FACILITANDO EM MUITAS VEZES A DIGESTÃO. • LEMBRETE AS CASCAS SÃO RICAS EM MINERAIS. TAMISAR • Passar por uma peneira sem comprimir SEPARAÇÃO DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS ESPREMER • É O ATO DE COMPRIMIR, APERTAR PARA EXTRAIR O SUCO OU LÍQUIDO. SEDIMENTAR • OPERAÇÃO DE SEPARAÇÃO PELA DIFERENÇA DE CONCENTRAÇÃO ATRAVÉS DA AÇÃO DO CAMPO GRAVITACIONAL. COAR/FILTRAR • PASSAR POR UM FILTRO OPERAÇÕES DE UNIÃO OPERAÇÕES DE UNIÃO • MISTURAR • BATER • AMASSAR OU SOVAR MISTURAR • Através da adição de ingredientes facilmente miscíveis como farinhas, exigindo pouco esforço e tempo. BATER • QUANDO SE DESEJA REUNIR SUBSTANCIAS DIFICILMENTE MISCÍVEIS, EMPREGA- SE MOVIMENTO MAIS RÁPIDO E ENERGÉTICO QUE PODE SER FEITO COM BATEDEIRA AUTOMÁTICA EXIGINDO MAIS TRABALHO. AMASSAR E SOVAR • USADO NA PREPARAÇÃO DE MASSAS, QUANDO PELA ADIÇÃO DE ÁGUA À FARINHA DE TRIGO OU CENTEIO, DESENVOLVE-SE O GLUTEN, SUBSTÂNCIA ELÁSTICA QUE EXIGE MOVIMENTOS BRUSCOS PARA TORNAR HOMOGÊNEA Etapas 1. Dobre-a no meio e empurre-a para a frente usando a parte mais forte da palma das mãos, até que a massa fique achatada. Dobre-a no meio de novo e empurre-a para a frente novamente. Repita esse processo por 10 minutos ou pelo tempo que a receita pedir. 2. Se ela estiver pronta, ela vai conseguir manter o formato redondo. 3. Outro jeito de conferir se a massa está pronta é apertando-a de leve. Se ela voltar ao formato original depois, é porque está no ponto certo. 4. A maioria das receitas pede que você deixe a massa crescendo por algumas horas em um ambiente mais quente (mais ou menos 25 graus no mínimo) logo depois de ser trabalhada. 5. Depois que a massa dobrar de tamanho, dependendo da receita pode ser que seja preciso sovar a massa por mais alguns minutos antes de assá-la. OPERAÇÕES TÉRMICAS COCÇÃO • É o meio pelo qual é aplicado o calor ao alimento e distribuído neste gerando alterações estruturais. Classificação quanto à umidade: • Seco • Úmido • Misto CALOR SECO • a ação é a desidratação do alimento que pode ser aplicado ao alimento com ou sem gordura. • Os meios utilizados São o ar e/ou o óleo e é um método que concentram as substâncias sensoriais, os nutrientes e os elementos solúveis, no interior do alimento, favorecendo seu sabor. • A transmissão de calor é por: – condução (panela) ou convecção (fornos) e – meio indireto • aquecimento ao ar livre, como: a grelha e espeto); • ar confinado, como: o forno ou • gordura, imersão e dourado). CALOR SECO • Os métodos que utilizam o calor seco são: – refogar sem ou com tampa (calor seco direto), – assar sem tampa (calor seco indireto), – grelhar (calor seco direto), – saltear sem tampa (calor seco direto) e – fritar (calor seco indireto). AÇÃO EM ALGUNS NUTRIENTES • PROTEÍNAS: COAGULAM • AMIDO: DEXTRINIZA-SE • AMIDO: CARAMELIZA • GORDURAS: DECOMPOEM-SE • VITAMINAS: DESTROEM-SE CALOR ÚMIDO • utiliza-se o meio aquoso como meio transferidor de calor. O meio aquoso pode ser água, sucos, leite e outras bebidas. Possui ação de hidratar o alimento e dissolver as substâncias químicas responsáveis pelos parâmetros organolépticos, pelos nutrientes e outros elementos hidrossolúveis que participam do sabor da preparação. É uma cocção lenta, no qual a hidratação do alimento abranda as fibras, esse tipo de cocção dispensa a presença de gordura. Os métodos que utilizam prioritariamente o calor úmido são: fervura (com e sem tampa), vapor e pocher ou escalfar. AÇÃO EM ALGUNS ALIMENTOS DO CALOR ÚMIDO – Alimento que contem amido aumentam 2 ou 3 vezes seu volume inicial porque absorvem água – Ricos em proteínas animal reduzem o seu volume pela retração das fibras musculares e coagulação das proteínas. – Fogo lento: indicado para alimentos tenros, tais como vegetais novos (chuchu) que devem ser colocados no mínimo de água, já em ebulição Observação • Para preservar o valor nutricional do alimento cozido em calor úmido é importante: limitar a quantidade de água à suficiente à cocção, aproveitar a água de cocção para confecção de molhos e sopas, se possível cozinhar os alimentos com cascas. CALOR ÚMIDO • PRINCIPAIS MÉTODOS: – EBULIÇÃO – FERVURAA FOGO LENTO – COCÇÃO A VAPOR – COCÇÃO A VAPOR SOB PRESSÃO CALOR MISTO • ação conjunta de calor seco e úmido, buscando concentrar e dissolver substâncias do alimento conforme o resultado desejado. Nesse método a cocção é realizada em duas etapas; inicia-se com calor seco em gordura , para formar uma camada protetora em volta do alimento, e impedir a saída dos sucos; posteriormente, submete-se o alimento a calor úmido, adicionando-se pequenas quantidades de líquido. • Exemplos de métodos que utilizam o calor misto: ensopar com tampa, Guisar sem tampa, Brasear sem e com tampa, estufar com tampa e abafar com tampa. Formas de Condução de Calor Calor por Condução • Transmissão do calor acontece por contato entre as moléculas onde o corpo mais quente cede calor ao mais frio. • Exemplo: na chapa os grelhados Calor por Convecção • É o movimento de desocamento de moléculas menos densas que sobem à superfície enquanto as mais densas descem ao fundo do recipiente e pode acontecer por meio de líquido ou ar (gás), onde a direção do calor é vertical. • Exemplos: refogado e cozido Cocção por Indução • Compreende um método de troca de calor sem a chama aparente, o calor é conduzido por uma serpentina de indução, em uma superfície de vidrocerâmica polida. Cocção por Irradiação • É a transmissão do calor por ar ou vácuo, podendo acontecer transferência de ondas que produzem vibração nas moléculas de água dos alimentos. • Exemplo: Assados no forno Métodos de Cocção • Fervura Branda • Vapor Livre ou pressão • Banho Maria • Microondas • Cap-Cold • Blast-chiller • Flash-Oven Fervura branda • É uma cocção em tempo prolongado com quantidade mínima de líquidos, e a temperatura deve estar entre 85 a 95ºC. • Ideal para molhos e doces Cocção de Vapor livre ou pressão • Neste processo diminui a perda de nutrientes por dissolução, e o tempo não deve ser além do necessário. • Atingindo 121ºC. Cocção por Banho Maria • O calor é distribuído de forma uniforme com a temperatura aproximada de 100º C Cocção por Microondas • Ocorre pela vibração das ondas em alta frequência que se deslocam rapidamente, no qual o calor penetra no centro de alimento realizando a cocção de dentro para fora. • Quanto maior a quantidade de água melhor se processa o aquecimento dos alimentos pois há uma vibração das moléculas de água e consequente aumento da temperatura. COOK CHILL COOK CHILL • Cook Chill significa cozer/resfriar e o processo consiste em cozinhar o alimento a uma temperatura de +74oC por mais de 5 minutos e resfriar em equipamentos que baixam a temperatura do produto rapidamente até a temperatura de + 3oC. O processo reduz ao mínimo o risco de contaminação do alimento, pois a passagem pela zona de perigo (+4oC e +60oC) é reduzida a um tempo mínimo. COOK CHILL – COMO FUNCIONA? • Os resfriadores funcionam por circulação de água (ideal para produtos com um pós-vida de até 45 dias) ou ar (para alimentos que serão consumidos no prazo de 5 dias). • Os alimentos devem ser regenerados em fornos combinados. Neles é possível a mistura de ar quente e vapor simultaneamente e a umidade contribui para que os alimentos não ressequem. COOK CHILL - VANTAGEM • O processo minimiza os riscos de contaminação, preserva as características nutricionais dos alimentos e não deixa o efeito de pasteurização no sabor e na consistência dos alimentos. Outro Métodos de Cocção • Cap-Cold: Nesse processo os alimentos após cozidos e porcionados são acondicionados em embalagem a vácuo e resfriados a 0ºC e com isso tem um período de armazenamento de 45 dias, • Blast-chiller: O processamento acontece em menos de 60 minutos, evitando a zona de risco de temperatura utilizando a expansão de gases criogênicos. • Flash-Oven: Utiliza um forno ultramoderno, semelhante ao de micro-ondas que apresenta uma lâmpada de ação intensa. Técnicas de Cocção • Aferventar • Fritar • Assar • Cozer • Gratinar • Branquear Aferventar • Cozinhar rapidamente em água em ebulição. Assar Identificação Temperatura Cor Opção para Baixo 120 a 180 ºC Amarelada Suspiros, pasteis e pão de ló Moderado 180 a 200 º C Marrom Claro Empadas, bolo pequeno, carne assada e aves Quente 200 a 230 ºC Marrom intermediário Bolos grandes Muito Quente 230 a 290 º C Marrom escuro Massa folhada e pão Fritar • Submeter o alimento a cocção em gordura aquecida por processo de imersão. Técnicas de Cocção • Gratinar: Não é um método de cocção, apenas irá dourar a superfície da preparação, sendo um processo que submete o alimento preparado a altas temperaturas por um curto período. • Branqueamento: Consiste numa pré-cocção do alimento em água fervente e posterior resfriamento em água fria ou gelada, no qual inativará as enzimas, manterá a cor dos alimentos e inibirá o desenvolvimento de micro-organismos. Métodos de Preservação • Aumento da Temperatura • Resfriamento • Congelamento • Sous Vide Temperaturas para preservação de aliimentos Sous Vide • Método de preservação da qualidade nutricional dos alimentos, em que os alimentos são selados à vácuo, cozidos no vapor e depois resfriados, com isso apresentam maior tempo de vida útil e características sensoriais intensificadas, facilitando o uso de produtos na entressafra. Análise sensorial dos alimentos Análise Sensorial • Durante as práticas vocês observarão: – Aparência – Aroma – Sabor – Consistencia – Cor – Textura Cor • Sensação produzida pela estimulação da retina pelos raios luminosos de comprimento de onda variáveis. • Você deverá classificar o alimento de acordo com a cor observada. Gosto/sabor • Sensação percebida pelos órgãos gustativos. • Existem cinco gostos básicos: – Doce – Salgado – Amargo – Ácido – Umami: alimentos ricos em aminoácidos tomate, queijo parmesão. Aroma • Propriedade organoléptica perceptível pelo órgão olfativo via retronasal durante a degustação. • Característico/não característico ou agradável/desagradável Textura • É dada pelo tato e audição simultaneamente. • Pode ser: – Macia, – Crocante – Dura – Amolecida Aparência • Dada pela apresentação do prato • Pode ser classificada como: – Adequada – Inadequada Ou – Agradável – Desagradável Além disso outros dados importantes • Técnicas e métodos de cocção • Tempo e técnica de armazenamento • Peso Bruto • Peso limpo dos produtos • Tempo de Cocção • Rendimento das receitas • Transformação das medidas caseiras em padronizadas, e vice e versa • Modo de preparo detalhado • Equipamentos e utensílios utilizados • Valor nutricional total e da porção. Como fazer o calculo do Valor Nutricional? Em geral as tabelas vem em 100g 1º Passo • Transformar as medidas caseiras em medidas universais (em gramas) 2º Passo • Regrinha de Três para adaptar os dados. Como Calcular o valor nutricional? Vamos agora praticar!!! Calcule o Valor nutricional dos seguintes alimentos • Pão , trigo, francês: 50 g • Polenta: 30 g • Merluza, filé, assado: 160 g Espero que tenham gostado dessa aula!!! Até a próxima!!!
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