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CURSO DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO UCAM

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DIREITO FINANCEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
30/07/2012 
 
Marcelo Santiago 
 
MaterialNecessário: - Constituição Federal 
 - Lei Federal 4320/64 
 - Lei Federal 5172/66 
 
Bibliografia: - Alberto Deodarto > Manual de Ciência das Finanças 
 - Valdeci Pasqual > Curso de Direito Financeiro 
 
Introdução - Direito Financeiro 
 
O Direito Financeiro irá tratar dos cursos públicos, que envolve o dinheiro público. 
O Direito Financeiro tem como objeto a gestão do dinheiro público. 
 
Conceito Técnico: O Direito Financeiro trata do ramo do Direito Público, logo, não estende ao Direito Privado. 
 
Art. 175 CF. Os serviços públicos dependendo da sua importância são transferidos para o serviço privado, por meio 
de concessão e estimula as regras onde o administrador público gestiona o dinheiro. 
 
- Conceito de Direito Financeiro: Trata-se do ramo do Direito Público que normatiza a gestão do dinheiro público até 
a sua efetiva saída dos cofres públicos. Tal gestão (Gerenciamentos) na seara (Campo) financeira é chamada 
tecnicamente de Atividade Financeira do Estado. 
 
Obs.: Antigamente o Direito Financeiro também normatizava a entrada de dinheiro nos cofres públicos advindos dos 
tributos, daí a assertiva de que o Direito Tributário era apenas um pedaço do Direito Financeiro. Todavia, com o 
enorme volume de dinheiro provenientes dos tributos, as lides tributárias também cresceram exponencialmente, 
fazendo com que houvesse uma enorme evolução da doutrina e da jurisprudência tributárias, fatos que acabaram 
levando o Direito Tributário a se tornar um ramo autônomo do Direito, apartando-o do Direito Financeiro. Neste 
diapasão(CampoContexto), cumpre salientar que tal autonomia não afetou a íntima relação existente entre os 
direitos tributário e financeiro. São absolutamente interdisciplinares. 
 
Art. 70 CF 
 
06/08/2012 
 
Direito Financeiro Interdisciplinaridade 
 
- Constituição - Financeiro - Tributário 
 - Administrativo 
 (Eleitoral) - Penal 
 - Internacional Público 
 - Previdenciário 
 
Relação do Direito Financeiro com o Direito Constitucional 
 
 Todo o ramo do direito brasileiro tem íntima relação com o direito Constitucional, uma vez que este abarca 
todos os princípios e normas matrizes. Com o direito financeiro não é diferente, até porque a CF/88 tem um capítulo 
inteiro dedicado ao direito financeiro, indo do sido 163 ao 169 - Do orçamento público. 
 
Interligação do Direito Financeiro com o Direito Tributário 
 
 É que o direito tributário nasceu dentro do direito financeiro, posto que normatiza a principal entrada de 
dinheiro nos cofres públicos. (DinheiroPúblico) Que é condição Sine Qua Nom para que aja direito financeiro. 
 
 
 
3 
 
Interligação do Direito Financeiro com o Direito Administrativo 
 
 É o direito que normativa os atos administrados pelo administrador público, inclusive na gestão do dinheiro 
público, ou seja, quando do exercício da atividade financeira do Estado. 
 
Interligação do Direito Financeiro com o Direito Penal 
 
 Algumas omissões ou atos praticados pelo administrador público quando da gestão do dinheiro público, 
além das sanções administrativas e eleitorais, também podemsofrer sanções penais, uma vez que determinadas 
condutas são tipificadas como crime, inclusive em leis específicas (Extravagantes - Exemplo: Lei de responsabilidade 
fiscal). 
 
Interligação do Direito Financeiro com Direito Internacional Público 
 
 Dentro da atividade financeira do Estado, o Poder Público também se relaciona com outros Estados 
soberanos e/ou com organismos internacionais aos quais o Brasil (Pessoa jurídica de direito público externo) 
reconheça a personalidade jurídica, vendo por objeto nestas relações dinheiro público, conforme o permissivo 
Constitucional elencado no Art. 165 Par. 8 da CF/88. 
 
InterligaçãodoDireitoFinanceirocomoDiretoPrevidenciário 
 
 Tal ligação é tão intensa que a própria Constituição Federal determina que uma das três partes do 
orçamento (LOA - Lei Orçamentária Anual) deve ser relacionado com a seguridade social, conforme dispõe o Art. 
165, Par. 5, inciso 3 da CF/88. 
 
Interligação do Direito Financeiro com o Direito Eleitoral 
 
 Além das sanções administrativas e penais, o administrador público detentor de mandato eletivo pode vir a 
sofrer sanções de cunho eleitoral, inclusive com a decretação de sua inelegibilidade, conforme dispõe à legislação 
atinente a matéria, em especial o código eleitoral brasileiro e a Lei de Improbidade Administrativa. 
 
Exegese do Direito Financeiro 
 
 A exegese do direito financeiro se consubstancia no entendimento de que o governo necessita de recursos 
financeiros para: 1 - Se manter; 2 - Para suprir as NECESSIDADES PÚBLICAS. 
Neste contexto, torna-se imperioso entender o que são as necessidades e como elas são classificadas. 
 
Necessidades 
 
 As necessidades se classificam de três formas: Necessidades individuais, necessidades coletivas e 
necessidades públicas. Todavia, cumpre consignar que antes de classifica-las é fundamental que as localizemos em 
seus aspectos temporal, cultural e espacial (Geográfico), sob pena de erro na classificação. 
 É que, repita-se, todo o governo, além dos recursos necessários a sua manutenção também necessita de 
numerário suficiente à prestação dos serviços que irão suprir as necessidades de toda a sociedade. 
 
Necessidades Individuais 
 
 São aquelas afetas e supridas por um início indivíduo. Exemplos: Alimentação e vestuário. 
 
Necessidades Coletivas 
 
 Tendo a mesma essência das necessidades públicas, as necessidades coletivas têm como principais 
características: 1 - Uma qualidade melhor na prestação do serviço; 2 - O custo do serviço qualitativo que supri a 
necessidade coletiva é arcado por PARCELA DA SOCIEDADE que de forma conjunta e coordenada, sem dinheiro 
público, custeia aquele serviço. Exemplo: Plano de saúde e ensino particular. 
 
 
 
4 
 
Necessidades Públicas 
 
 São estas o porquê da existência do direito financeiro. É que as necessidades públicas obrigatoriamente 
devem ser supridas pelo Poder Público, posto que são necessidades de toda a sociedade. Necessidades estas que 
dependem de dinheiro público para que possam ser efetivamente supridas. Exemplos: Saúde, segurança pública, 
educação, transporte, prestação jurisdicional, guarda das fronteiras, etc. 
 
Classificação das Necessidades Públicas 
 
 Na seara financeira as necessidades públicas se classificam em essências e secundárias. Tal classificação tem 
relevância para que juridicamente possamos determinar quais serviços deverão ser prestados exclusivamente, de 
forma direita, pelo Poder Público, e quais serviços poderão ser supridos pelo privado, por intermédio de delegações 
feitas pelo Poder Público. 
 
Necessidades Públicas Essências 
 
 São aquelas que somente podem ser supridas diretamente pelo Poder Público, haja vista a importância 
operacional e estratégica dos serviços que mantém íntima relação com o próprio conceito de soberania. Das 
necessidades não podem ter os serviços que a suprem delegados ao privado. Também se relacionam as ditas 
carreiras de Estado. Por exemplos: Prestação jurisdicional, segurança pública e guarda das fronteiras. 
 
Necessidades Públicas Secundárias 
 
 São aquela de menor importância em relação as essências, daí existindo o permissivo Constitucional (VerArt. 
175 da CF/88) para que o Poder Público possa delegar ao privado a prestação do serviço que irá suprir a necessidade 
secundária, seja por intermédio de autorizações, permissões ou concessões. Como por exemplo: Transporte público 
e distribuidora de energia elétrica. 
 
Neste diapasão mister consignar que mesmo com o serviço sendo prestado pelo privado,o regime jurídico do serviço 
continua sendo público, posto que o titular do direito hífen dever de prestar tal serviço continua sendo o Poder 
Público delegatório. Daí a assertiva de que o preço cobrado da sociedade para a prestação do serviço público 
secundário ser um ' Preço Público ', em regra Tarifas, assim, devendo Observar os princípios que regem o direito 
público, em especial os direitos administrativos e financeiro. Ex.: O preço público DEVE ser módico, logo, Observando 
o princípio administrativo da modicidade que explicita que o preço final cobrado da sociedade pela prestação do 
serviço público deve ser proporcional e razoável. Noutras palavras, não pode ter lucro exacerbado. 
 
13/08/2012 
 
Principais Normas de Direito Financeiro 
 
- Constituição Federal: Arts. 163 a 169 Das Finanças Públicas 
 - Lei Complementar 101/2000 Lei de Responsabilidade Fiscal 
 - Lei 4320/64 >Art. 163 CF 88 Status de Lei Complementar 
 - Lei 5172/66 CTN Status de Lei Complementar Art. 146 CF 88 
- PPA Plano Plurianual Art. 165, I e Par. 1, CF 88 
- LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias Art. 165, II e Par. 2, CF 88 
- LOA Lei Orçamentária Anual Art. 165, III e Par. 5, CF 88 
 
Quatro Entes Públicos: União, Estadias, Municípios e o Distrito Federal. 
 
É de iniciativa do Poder Executivo a PPA, LDO e LOA (Lei Ordinária, Caráter Local, Sem Hierarquia) 
 
LOA obedece LDO que obedece PPA. 
 
PPA vigência de 4 anos, início em um ano depois de um mandato eletivo, médio prazo, dar efetividade ao princípio 
da continuidade do serviço público, 
 
 
5 
 
LDO e LOA são anuais, possuem vigência de um ano. 
 
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 
 
Trata-se da lei complementar 101/2000 (Logo, originariamente complementar). Tem sua existência prevista no Art. 
163 da CF/88. Tal lei complementar em regra estabelece regras limites e parâmetros ao gestor público, na busca por 
uma administração orçamentária transparente e equilibrada. Passou a ter eficácia plena apenas em 2005, para que 
as administrações públicas pudessem se moldar novas regras orçamentárias, posto que o seu descumprimento é 
tipificado como crime. 
 
LEI 4320/64 
 
Apesar de ter nascido ordinária, aja vista o que dispõe o Art. 163 da CF/88, passou a ter status de lei complementar, 
em homenagem também ao Art. 161 Do texto Constitucional. 
Tal lei tem caráter nacional, ou seja, surti os seus efeitos para todo e qualquer ente público. Cuida de normatizar a 
elaboração dos orçamentos e de seus anexos, do ponto de vista jurídico e contábil, por vezes explicitando os 
princípios financeiros implícitos na CF/88. 
Cumpre consignar que a lei 4320/64 não versa sobre a maneira pela qual se marca os prazos e as competências 
elaborativas do PPA, da LDO e da LOA. Assim, tal regra ficou estatuída no ADCT, em seu Art. 35, Par. 2, I, II, III 
 
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL - LEI 5172/66 
 
Também originariamente originária, com a CF 88, Art. 146, passou a ter status de lei complementar. Essencialmente 
cuida da matéria tributária, mas, inegavelmente tem intrínseca relação com o direito financeiro, complementando e 
por vezes, corrigindo regras tributárias inseridas na matéria financeira, tais como: o conceito de tributo, a 
enumeração das espécies de tributo, o conceito de legislação tributária, e as regras de repartição de receitas 
tributárias. 
 
PLANO PLURIANUAL 
 
Trata-se de lei ordinária que planeja orçamentariamente um determinado ente público por 4 anos. Tem fulcro (Base) 
no Art. 165, I da CF/88, devendo ser de iniciativa do respectivo poder executivo. 
Estabelecem no Par. primeiro no Art. 165 da CF/88 que tal lei deve conter sempre dois elementos obrigatórios, quais 
sejam: 1 - Deverá compreender as metas e da respectivas públicas, inclusive as despesas de capital e outras delas 
decorrentes; e 2 - Estabelecerá os programas de duração continuada. 
O PPA, em regra, tem como início de sua vigência o primeiro dia do segundo ano de um governo e término no último 
dia do primeiro ano de um novo governo, em homenagem aos princípios da não surpresa e da continuidade do 
serviço público. 
 
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO 
 
Tem fulcro no Art. 165, II da CF/88. Trata-se da lei que faz a mediação entre um PPA e sua respectiva LOA. O Par. 2 
do Art. 165 da CF/88 estabelece que a LDO deva conter no mínimo 4 elementos, quais sejam: 1 - Deverá 
compreender as metas e propriedades de uma determinada administração pública, inclusive para as despesas de 
capital do exercício financeiro subsequente; 2 - Deverá orientar a elaboração da LOA; 3 - Deverá dispor acerca das 
alterações na legislação tributária ( Alterações de impacto ); e 4 - Deverá estabelecer a política de investimento ( 
Aplicação ) das agências financeiras oficias de fomento. 
 
Fomento:É promover o desenvolvimento ou progresso de algum. 
 
Dispor sobre a política - Entender como planejamento/investimento de agências financeiras oficiais 
(Governamentais) - de aplicação agências financeiras oficiais de fomento (Desenvolvimento social/econômico). 
 
Objetivo/Teleologia: - Diminuir despesa (Serviços são fornecidos pelas empresas privadas) 
 - Aumentar receita (Cobra-se impostos) 
 Ex.: BNDES, CEF, BB. 
 
6 
 
- O grupo empresarial decide criar uma montadora de automóveis, ira precisar de Mao de obra especializada (Que 
vira de fora); mais empregos; mais famílias com filhos (Que precisam estudar); ou seja, a população aumenta e as 
necessidades dessa cidade também; começa uma movimentação econômica e a realidade da cidade começa a 
mudar. 
 
- Um grupo empresarial para pegar empréstimo (Maior carência e juros baixos) com agências financeiras oficias 
precisa apresentar um projeto: 1 – Desenvolvimento econômico e social de uma região; 2 – Viabilidade econômica 
para saber se vai poder pagar o empréstimo. 
 
Obs.. 1 - Haja vista o conceito de ' legislação tributária ' estabelecido no Art. 96 no CTN, torna-se imperioso ressaltar 
que tais alterações que devam constar na LDO somente são aquelas de impacto orçamentário, que tenham relação 
direta com o aumento ou a diminuição (Renúncia de Receita) de receita derivada tributária. Como exemplo: Art. 14 
da LRF. 
 
Obs. 2 – As despesas de capital se caracterizam como sendo aquelas que em contrapartida ao gasto público venha a 
existir um acréscimo ao patrimônio estatal. 
 
Obs. 3 – A política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento tem por finalidade, em última análise a 
médio e longo prazo diminuir despesa e aumentar receitas em determinadas regiões do território do ente público, 
aproveitando sua geografia, seu clima e sua vocação natural para o desenvolvimento de determinados projetos 
econômicos que venham a aquecer a econômica local, e, a reboque e desenvolver socialmente aquela determinada 
região. 
 
20/08/2012 
 
- A LOA obedece a LDO do mesmo ente público, da mesma forma que a LOA deve obedecer a PPA do mesmo ente 
público. 
 
A LOA é dividida em 3 partes (Em qualquer ente público). 
- Orçamento Fiscal (Art. 165, Par. 5, I) 
- Orçamento de Investimento (Art. 165, Par. 5, II) 
- Seguridade Social (Art. 165, Par. 5, III) 
 
- A previsão da despesa nunca será maior do que da receita. 
 
LOA - LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
 
É dividida em três partes, conforme dispõe o Art. 165, Par. 5, I - II - III, CF/88. 
É dividida em: Orçamento Fiscal, Orçamento de Investimento e o Orçamento de Seguridade Social. 
 
Orçamento Fiscal 
 
É relativo a todos os poderes de um determinado ente público, seus fundos, órgãos e entidades da administração 
pública direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
 
Orçamento de Investimento 
 
Trata-se do Orçamento das empresas em que um determinado ente público, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto. Ex.: Petrobrás (Está contida na LOA da União), Furnas, Eletrobrás, Cedae, 
Águas de Niterói(Está contida na LOA de Niterói), etc. 
O Orçamento de Investimento, do ponto de vista econômico é o mais relevante para o desenvolvimento de uma 
determinada região, uma vez que os recursos investidos por estatais ainda representam boa parte dos investimentos 
relacionados com infraestrutura, indústria pesada e auto tecnologia, setores estes que também servem como 
alavanca para os demais setores da economia. 
 
 
 
 
7 
 
Orçamento da Seguridade Social 
 
Tal parte do orçamento abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, seja da administração pública direta 
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
Obs. 1: Na forma do que estabelece o Art. 165, Par. 6 CF/88, o projeto da LOA será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito sobre as receitas e as despesas decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
A forma pela qual este projeto da LOA deve ser formatado encontra fulcro no Art. 22 da Lei 4320/64. Trata-se da ' 
Proposta Orçamentária ', que deve conter quatro elementos, quais sejam: 
 
1 - Mensagem 
2 - Projeto de Lei de Orçamento 
3 - As Tabelas Explicativas 
4 - Especificação dos Programas Especiais do Trabalho Esteado por Doações Globais 
 
> Quem elabora a proposta é o Poder Executivo que o envia para o Poder Legislativo que o devolve para o Poder 
Executivo para que se possa sancionar. 
 
1 - Mensagem 
 
Tal documento que compõe a proposta orçamentária deverá conter a exposição circunstanciada da situação 
econômico-financeira, documentada com a demonstração da contabilidade pública, além da exposição e justificação 
da política econômico-financeira do governo e da justificação da receita e da despesa, em especial no que concerne 
ao Orçamento de Capital (Aonde tem o investimento). 
 
> Tem que analisar os três últimos anos, o ano de exercício, para planejar o que será feito no próximo ano. 
 
2 - Projeto de Lei de Orçamento 
 
Trata-se do projeto da LOA, propriamente dito, conforme dispõe o Art. 165, III (Competência da Elaboração do Poder 
Executivo), na forma do seu 5 Par. da CF/88, nos prazos estabelecidos no Art. 35, Par. 2, III. 
 
3 - Tabelas Explicativas 
 
É a parte da proposta orçamentária que trata além das estimativas de receita e despesa, das colunas relacionadas 
com as receitas arrecadadas nos últimos três exercícios anteriores; a receita prevista para o exercício que se elabora 
a proposta, a receita para o exercício a que se refere a proposta. Já em relação as despesas, as colunas são 
formatadas da seguinte forma: A despesa realizada no exercício anterior; A despesa fixada para o exercício em que 
se elabora a proposta; E a despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta. Tais colunas se prestam para 
análises comparativas do ponto de vista contábil e econômico. 
 
4 - Especificação dos Programas Especiais do Trabalho Esteado por Doações Globais 
 
Aqueles programas especiais de trabalho custeados por doações globais deverão ser decompostos em estimativas 
do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação (Justificativa) econômica, 
financeira, social e administrativa. 
 
Obs. 1: A proposta orçamentária também conterá para cada unidade administrativa, a descrição sucinta de suas 
principais finalidades, com indicação da respectiva legislação. 
 
PRINCÍPIOS FINANCEIROS 
 
1 - Princípio da Exclusividade 
2 - Princípio da Transparência 
3 - Princípio da Publicidade 
 
 
8 
 
4 - Princípio da Unidade 
5 - Princípio da Universalidade 
6 - Princípio da Especificação 
7 - Princípio do Equilíbrio 
8 - Princípio da Anualidade 
 
> Tem pois explícitos e os implícitos. 
> Se é princípio, tratando-se de Direito, só pode ser Constitucional. 
> A base do direito, surge efeitos em toda a Constituição. 
 
1 - Princípio da Exclusividade: O que conterá o orçamento, Art. 165 Par. 8 - LOA > Prevê receita / Fixa despesa. 
 
03/09/2012 
 
Princípio da Exclusividade 
 
Tal princípio encontra-se fulcrado no Art. 165, Par. 8 CF/88 e se consubstancia da assertiva de que, em regra, a Lei 
Orçamentária Anual não conterá dispositivos estranhos à fixação da despesa e à previsão da receita. Todavia, o 
próprio dispositivo Constitucional não inclui nesta proibição a possibilidade de abertura de créditos suplementares 
(Espécie do Gênero - Créditos Adicionais) e a possibilidade da contratação de operações de crédito (Empréstimos) 
ainda que por antecipação de receita nos termos a lei (Lei anterior precisa autorizar o Poder Público à contratação de 
operações de crédito). 
Obs.: Os créditos suplementares são espécie dos créditos adicionais, conforme dispõe o Art. 41, da Lei 4320/64, 
sendo estes créditos que podem vir a ser aditivados ao orçamento então vigente (Dentro do exercício financeiro em 
curso). 
 
Créditos Adicionais 
 
I - Suplementares> Autorizados em Lei / Abertos por decreto - Dotação = $ Especificado para suprir (Pagar) 
determinada despesa dentro do orçamento (LOA) 
II - Especiais > Autorizados em Lei / Abertos por decreto 
III - Extraordinário > Abertos por decreto, desde que dada imediata ciência ao Legislativo informando-o o (s) motivo 
(s) de sua abertura. 
 
Créditos Suplementares 
 
São aqueles destinados ao reforço de dotação orçamentária, ou seja, destinados a aportar mais dinheiro 
para suprir uma determinada despesa já prevista no orçamento em curso. 
 
Créditos Especiais 
 
São aqueles créditos destinados a suprir despesas originariamente não especificadas no orçamento vigente. 
 
Créditos Extraordinários 
 
São aqueles destinados a suprir despesas urgentes e emergenciais não previstas no orçamento nos casos de 
guerra, calamidade pública ou comoção intestina. 
 
Princípio da Universalidade 
 
Tal princípio estabelece que todas as receitas e todas despesas de todos os órgãos e os setores de um 
determinado ente público, seja da administração direta ou indireta, incluindo suas autarquias, fundos e fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, deverão estar previstas e fixadas em seu específico orçamento. 
 
 
 
 
 
9 
 
Princípio da Unidade 
 
Tal princípio nos informa que haverá somente um orçamento por exercício financeiro para cada ente 
público. Assim o Princípio da Unidade estabelece que o orçamento é uno e indivisível, todavia, podendo sofrer 
alterações no transcurso de sua vigência. 
 
Princípio da Anualidade 
 
Tal princípio nos informa que, em regra, o orçamento somente vigerá por um exercício financeiro (Lapso 
temporal que coincide com o ano civil - 01/01 a 31/12, ver Art. 34 da lei 4320/64). 
Entretanto quando a elaboração e a respectiva vigência e eficácia da próxima LOA, atrasa, a vigência e eficácia da 
LOA anterior são estendidas na proporção de 1/12 avos por mês ou fração de mês, até que a nova LOA passe a 
produzir os seus efeitos. Cumpre consignar que a nova LOA, em regra, somente vigerá até 31/12, mesmo não 
começando a sua vigência em primeiro de janeiro. 
 
Princípio da Especificação (Especialidade) 
 
Tal princípio nos remete ao entendimento de que as previsões de receitas específicas (Dotações) e as fixações de 
despesas específicas (Rubricas) deverão obedecer a formatação pré estabelecida na Lei 4320/64 informando ainda 
que o orçamento deve ser elaborado de forma objetiva e escorreita (Sem falhas, com minúria). 
 
Princípio da Publicidade 
 
Tal princípio nos informa que o orçamento, por ser consubstanciar em uma lei ordinária necessita de vigência e 
eficácia para produzir os seus efeitos, como qualquer outra lei. Essa é a sua finalidade precípua. 
 
Princípio da Transparência 
 
Tal princípio, apesar de ter a mesma exegese do Princípio da Publicidade, tem finalidade diversa e muito 
mais ampla do que este. É que a transparência surte os seus efeitospara instrumentalizar o Direito Constitucional 
que todo o cidadão tem em saber quando, como, onde e porque foi investido ou gasto dinheiro público, como 
exemplo o Art. 165, Par. 3 da CF/88. 
Daí a assertiva de que tal instrumento, além de permitir o acompanhamento e a fiscalização mais efetiva da 
execução do orçamento pelo administrador público, também permite uma análise mais profunda e comparativa dos 
planos de governo e de qual vertente política tem determinado grupo que esteve ou esteja no poder. Logo, o 
Princípio da Transparência se consubstancia em importante instrumento de controle sócio-econômico-político da 
sociedade, permitindo, inclusive, que ela detenha informações necessárias ao exercício do direito de denúncia, nos 
moldes estabelecidos no Art. 74, Par. 2 da Carta da República de 88. 
 
Princípio do Equilíbrio 
 
 Tal princípio trata-se da finalidade maior de todo sistema financeiro público, inclusive expressamente no Art. 
1° da Lei Complementar 101/2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal. 
Tal princípio se consubstancia na assertiva de quem num determinado ente público não pode gastar mais ‘despesas’ 
do que arrecada ‘Receita’. 
 Este equilíbrio é buscado para que em últimaanálise, o Poder Estadual venha a invadir menos o patrimônio 
da sociedade, em regra, por intermédio da tributação, ajudando também na melhora da economia e, ato contínuo 
da qualidade de vida da sociedade. 
 
10/09/2012 
 
Plano Elaborativo da Lei Orçamentária. 
 
PPA- Plano Plurianual 
LDO- Lei de Diretrizes Orçamentárias 
LOA- Lei Orçamentária Anual 
 
 
10 
 
- O gráfico está nas fotos que foram tiras do quadro. 
 
OBS.: Lapso temporal, entre 1° de janeiro e 31 dezembro = Exercício Financeiro (Art. 34 da lei 4320/64) 
 
Todo e qualquer prazo da lei orçamentária e feita dentro desta data. 
A lei 4320/64 ela não estabeleceu prazo, ela tratou de construir a lei por dentro. O legislador constitucional ele 
colocou dentro da ADCT ele colocou prazo. Estabelecendo que esse prazo ira permanecer até fazer outro. 
Art35. Par. 2°, (estabelece os prazos) 
Art. 35, Par. 2°, inciso II LDO 
O PPA só vive de quatro e quatro anos o poder executivo terá até quatro meses contados do final do exercício 
financeiro para enviar ao poder legislativo o projeto da PPA. 
Só olhar o cap. Do Art. 65 da CF/88 
A iniciativa da PPA e do executivo, enviara o projeto de lei para o congresso Nacional até 31 de agosto. O legislador 
vai discutir. 
Art. 35, Par. 2° inciso I também desta data, ele diz que o poder legislativo tem até o final da sessão legislativa (22 de 
dezembro) para devolver o projeto do PPA ao executivo. Uma vez devolvido o exercício tem do dia 23 de dezembro 
até o dia 31, para sancionar ou publicar a lei. Tudo isso no primeiro ano de governo. 
PPA manda na LDO e a LDO manda na LOA, primeiro e faz a PPA. 
LDO já vai acontecer todo ano, vai ter um projeto laboratício na lei complementar. Art. 35 Par. 2° inciso II, o 
executivo encaminha o projeto da LDO para o poder legislativo, 15 de abril (8,5) e devolvido. 
 
Elaboração da PPA 
 
 O projeto da PPA, que e feito de quatro em quatro anos, deve ser elaborado e devolvido pelo governo 
executivo ao poder legislativo até quatro meses antes do final do exercício financeiro 31 de dezembro ` e devolvido 
pelo legislativo ao executivo para sessão e publicação até o final da sessão legislativa. ‘22 de dezembro ’. 
 
OBS.: Cumpre consignar que o descompasso temporal existente entre um mandato do executivo e a vigência do PPA 
se justifica ao princípio da continuidade o serviço público, uma vez que ``amara `` o princípio ano novo de um 
governo do PPA, LDO e LOA do governo antigo, amarando também o segundo ano do governo novo ao PPA do 
governo antigo. 
 
Prazos Elaboração da LDO 
 
 Ocorrendo todo ano, projeto da LDO deverá ser enviado pelo poder executivo ao poder legislativo em até 8,5 
meses antes do final do exercício financeiro “31 dezembro” e devolvido pelo legislativo ao executivo para sessão e 
publicação até o final do primeiro período da sessão legislativa “17 de julho”. Isto porque a elaboração e votação do 
projeto da POA depende da previa existência da lei de diretrizes orçamentária (LDO), para que a primeira pessoa 
obedeça esta última. 
 Daí a existência de mecanismo jurídico que tentam em pedir a demora na sua elaboração, como exemplo o 
que se encontra disposto no Art. 57 Par. 2° da CF/88, que a LDO que proíbe o recesso do meio do ano até que a LDO 
seja devolvida devidamente discutida, votada e aprovada pelo legislativo ao executivo. E um instrumento jurídico 
financeiro que tenta impedir ato a estagnação do processo legislativo orçamentário. 
 
Prazos de elaboração da LOA 
 
 Tal quais os prazos elaborativos do PPA, o projeto da LOA também Observa rigorosamente as mesmas 
regras, todavia, ocorrendo todo exercício financeiro. 
 Os prazos são os mesmos da PPA, sendo que a PPA vai ser em 4 em 4 anos e a LOA todo ano. 
 
15/09/2012 
 
Receitas Públicas 
 
 Esta fulcrado no capítulo 2 da lei federal 4320/64, iniciando-se do Art. 9 ao Art. 11 de tal diploma legal. 
Neste diapasão cumpre de plano consignar que Art. nono da lei 4320/64 NÃO deve ser levada a efeito, posto que 
tanto doutrina quanto jurisprudência são pacíficas no entendimento de que o conceito de tributo deve ser aquele 
esculpido no Art. 3 do CTN ( Lei 5172/66 ). Isso porque o conceito capelão do Art. nono da lei 4320/64 nos remete a 
11 
 
(falsa) premissa de que a divisão das espécies de tributos seria tripartite. Tal assertiva não pode prosperar uma vez 
que repita-se tanto doutrina quanto jurisprudência (Inclusive a pretoriana / STF) entendem que tal divisão é 
quinquipartite (Também chamada de pentapartite). 
 
Classificações de Receitas Públicas 
 
 Quanto às várias classificações possíveis da receita pública nos ateremos às três principais, quais sejam: 
 
Classificação Doutrinária 
 
 Quanto a esta classificação, a receita pública se subdivide em originária e derivada, esta última se 
subdividindo em não tributária e tributária. 
 - Receita Originária: É aquela receita que advém da fruição do próprio patrimônio estatal. Como exemplo 
receita proveniente de aluguéis recebidos pelo governo relativo a imóveis públicos. 
 - Receita Derivada: É aquela receita que advém de um terceiro, em regra, de pessoa, física ou jurídica, de 
direito privado, seja pela imposição de uma penalidade pecuniária (Multa), seja pela cobrança dos tributos. 
A Receita Derivada se subdivide em não tributária e tributária. 
 - Não Tributária: São aquelas de natureza contratual ou punitivas. Por exemplo: Multa penal, multa por 
infração de trânsito e multa pelo descumprimento de clausula contratual. 
 - Tributária: É aquela que advém do pagamento dos tributos. Como exemplo: IPTU, IPVA, Imposto de Renda, 
etc. Remissão: O conceito de tributo será estudado oportunamente. 
 
Classificação Temporal (Frequência) 
 
 Quanto à frequência às receitas se subdividem em ordinárias e extraordinárias. Tem como escopo saber 
volume e a quantidade de vezes em que determinado tributo gerará receita aos cofres públicos num determinado 
exercício financeiro. 
 - Receita Ordinária: É aquela que é comum, fácil de ser prevista e planejada, onde o Poder Público consegue 
saber quando e quanto ocorrerão, respectivamente os fatos geradores e os valores a serem pagos. Como exemplo: 
IPVA e IPTU. 
 - Receita Extraordinária: É aquela receita incomum ou extemporânea, de difícil possibilidade ou imprevisível. 
Por exemplo: Multa contratual, infração de trânsito ou ITAMBÉMI. 
 
Classificação Legal (AlegoriasEconômicas) 
 
 Quanto a esta classificação estabelecida no Art. 11 da lei 4320/64 às receitas se classificam em correntes e 
de capital. 
 - Receitas Correntes: São aquelas destinadas a suprir despesas correntes, ou seja, despesas corriqueiras, em 
regra, destinam-se a manutenção do funcionamentodo Estado. 
 
 As receitas correntes se subdividem em Tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuário, industrial, 
de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes.Têm fulcro nos Pars. 1 e 4 do Art. 11 da Lei 4320/64. 
 
 - Receita de Capital: São aquelas que tem como principal característica a contrapartida, consubstanciada em 
um acréscimo patrimonial quando do seu gasto. 
 Do ponto de vista contábil-jurídico, a receita de capital advém da realização de recursos financeiros oriundos 
da constituição de dividas, da conversão de espécies de bens e direitos (Privatizações) 
O recurso recebido de outras pessoas seja de direito público ou privado destinado a suprir despesas de 
capital e por fim o superávit do orçamento corrente também é uma receita de capital. 
 
Obs.: O superávit do orçamento corrente que resulta do balanceamento dos totais das despesas e receitas corrente 
não constituem item de receita orçamentária. O superávit só poderá ser gato se for criada uma nova lei 
descriminando expressamente este gasto especifico, se não criada este valor será guardado para o próximo exercício 
financeiro. 
 
As receitas de capital se subdividem em: Operações de crédito, alienação de bens, amortização de 
empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. 
12 
 
- Tributos: Sendo o tributo uma receita corrente derivada, de insofismável importância nos orçamentos públicos, 
daremos especial importância a tal instituto jurídico, para que possamos bem entende o que sejam às receitas 
derivadas tributárias. 
- Conceito de Tributo: Como já dito o conceito de tributo a ser levado a efeito é aquele capturado no Art. 3 do CTN in 
verbis: ' Tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo o valor nela se possa exprimir que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada '. 
 
- Prestação Pecuniária Compulsória: ... 
- Em Moeda: ... 
- Ou Cujo Valor Nela Se Possa Exprimir: ... 
- Que Não Constitua Sanção de Ato Ilícito Instituída em Lei: ... 
- Cobrada Mediante Atividade Administrativa: ... 
- Plenamente Vinculada: ... 
 
17/09/2012 
 
Tributo: Elencado no Art. 3º CTN 
 
Prestação/ Pecuniária/ Compulsória> Pagamento em dinheiro feito de forma obrigatória. 
 Prestação: Obrigação; em relação ao suj. Passivo seria dar, pagar (Pagamento). 
 Pecuniária: Dinheiro 
 Compulsória: Obrigatória 
 
Em moeda> tem duas vertentes: 
 Moeda corrente no país (deve ser preferencialmente pago em dinheiro). 
 Art. 162 e subsequente do CTN: Cheque, estampilha, carta selada (documento no qual é feito a 
compensação) 
 
Ou cujo valor nela se possa exprimir> Suj. Passivo, se não tiver dinheiro, pagará em bens e/ou direitos – importa 
pagar, não importa como. Ex: Art. 11 da lei 6830/80 - LEF 
 Ou: Alguma coisa alternativa a moeda 
 Valor: Quantificar 
 Nela: Moeda 
 De possa exprimir: Se possa contabilizar, quantificar – Tem a ver com liquidez. 
 Cheque, estampilha, carta selada. 
 
Que não constitua sanção de ato ilícito > Multa não é tributo. 
 Ato Ilícito: Tudo aquilo que está fora da legalidade. 
 Sanção: Castigo 
 Não: Negação 
 
- Instituída em Lei > Remete a natureza jurídica do tributo – “ex lege”. Tributo só nasce por lei ou norma que tenha 
status de lei. Ex: medida provisória, tratados e convenções internacionais. 
- Princípio da legalidade Art. 150, I, CF (Princípio da Reserva Legal – fulcro Art. 150 CF). – Garantia do suj. Passivo – 
cláusula pétrea constitucional. Art. 60, p. 4º, IV, CF. 
- Art. 96, 98 – não Revoga e sim derroga, porque a norma pode ser represtinada. 
- A CF não institui nenhum tributo; a única coisa que ela remete é a competência. Art. 153,155, 156 – Divisão de 
competência tributária. 
- A União, os Estados e municípios instituem. - Art. 149, p. 1º, CF - A CF é imperativa nesse caso em razão do Princípio 
da Unicidade (A constituição é una e indivisível). 
- Há também o Princípio da Legalidade Tributária – Na antiguidade rompeu com paradigmas e dogmas políticos, 
sociais e religiosos (daí veio a importância de um Estado laico) para que esse prevalecesse. 
Em regra: A norma que institui ou aumenta tributo é a lei ordinária. 
Há as exceções: 
 Medidas provisórias – Art. 62, P. 2º, CF. 
 Tratados e as Convenções Internacionais – Art. 96 e 98, CTN. 
 Lei Complementar 
13 
 
 Empréstimos compulsórios. Art. 148, I e II, CF. 
 Impostos sobre grandes fortunas (IGF). Art. 153, VII, CF. 
 Impostos residuais (Não está expresso na CF, é apenas uma expressão da doutrina). 
 Contribuições sociais instituídas pela emenda constitucional nº 42 no Art. 195, p. 4º da CF. 
 
Tributo é o gênero; há suas espécies, são cinco. Por isso a divisão é pentapartite. 
 Impostos - Art. 145 
 Taxas - Art. 145 
 Contribuições de melhoria - Art. 145 
 Empréstimos compulsórios - Art. 148, I e II 
 Contribuições especiais 
 Contribuições sociais. Art. 149 e 195 
 Contribuições para fiscais. Art. 149 
 CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico). Art. 149 e 177, P. 4º. 
 Contribuição de iluminação pública. Art. 149 – A 
 
Divisão de Competência Tributária 
 
União 7 – Art. 153, da 
CF 
 
II 
IE 
IR 
IPI 
IOF 
ITR 
IGF 
 
Impostos residuais:Art. 
154, I, CF. 
 
Impostos 
extraordinários de 
guerra (I e G) 
Art. 154, II, da CF 
 
Taxas:Contribuições de 
melhorias, 
empréstimos 
compulsórios e 
contribuições 
especiais(Contribuições 
sócias, 
contribuiçõespara 
fiscais e CIDE) 
Estados 3 – Art. 155 
 
IPVA 
ICMS 
ITD 
 
Obs.: ICMS – Responsável 
por: Comunicação e 
transporte 
interestadual/intermunicipal 
ITD – Transmissão: ‘ Causa 
mortis ’ – Morreu > 
Transmitiu = Sucessão 
 
Taxas:Contribuições de 
melhorias 
Distrito Federal 6 – 
Art. 155, da CF 
Art. 156 C/C o Art. 
147, ambos da CF 
 
IPVA 
ICMS 
ITD 
IPTU 
ISS 
ITAMBÉMI 
 
Taxas:Contribuições 
de melhorias, 
empréstimos 
compulsórios e 
contribuições 
especiais 
(Contribuição de 
iluminação pública) 
Municípios 3 – Art. 
156, da CF 
 
IPTU 
ISS 
ITAMBÉMI 
 
Taxas: Contribuições 
de melhorias, 
empréstimos 
compulsórios e 
contribuições 
especiais. 
 
 
 
 Todos esses entes podem instituir taxas, cada um dentro de sua competência e território 
(Competênciaconcorrente). 
 Empréstimo compulsório é exclusivo da união. 
 Atenção: A Contribuição social que custeia o regime previdenciário dos respectivos servidores públicos. Ou 
seja, a União, os Estados, o Distrito Federal e Municípios devem instituir. 
 
 
 
 
 
14 
 
08/10/2012 
 
Receitas Correntes 
 
 As Receitas Correntes, conforme dispõe o Art. 11 Par. 4 da Lei 4320/64, são classificadas de oito formas 
(Oitoespécies), quais sejam: Receita Tributária, Receita de Contribuições, Receita Agropecuária, Receita Patrimonial, 
Receita Industrial, Receita de Serviços, Transferências Correntes e outras Receitas Correntes. 
 
Receita Tributária 
 
 A priori, cumpre consignar que o esquema estabelecido na lei 4320/64 apenas considera como Receita 
Tributária os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, posto que Observou o antigo e desatualizado 
conceito de tributo estatuído em seu Art. novo, vez que obedecia uma divisão tripartite dos tributos. 
 Tal classificação ordinalmente somente é Observada em homenagem ao princípio da especificação, posto 
que o conceito de tributo ao ser levado a efeito é aquele elencado no Art. 3 do CTN e a divisão de suas espécies é 
aquela já consagrada na doutrina e na jurisprudência do STF, qual seja, quinquipartite (Oupentapartite). Assim, do 
ponto de vista tributário as atribuições (Especiais, sociais, para fiscais, CIDE e denominação 
pública)insofismavelmente são tributos;mas, repita-se, são classificadas financeiramente como receitas de 
contribuição somente para facilitar o planejamento e a fiscalização do orçamento. 
 
Receita de Contribuições 
 
 São aqueles tributos diferentes dos impostos, das taxas e das contribuições de melhorias, que são 
classificados como Receitas de Contribuições meramente do ponto de vista orçamentário, em homenagem ao 
princípio da especificação. 
 
Receita Agropecuária 
 
 São aquelas receitas correntes provenientes da exploração por parte do governo, de uma atividade 
agropastoril. Exemplos: Vacinas e sementes vendidas pela EMPRAPA e a EMATÉR. 
 
Receita Patrimonial 
 
 Trata-se de uma receita originária, ou seja, do recurso auferido com a fruição do próprio patrimônio estatal. 
Exemplos: Aluguéis de imóveis públicos. 
 
Receita Industrial 
 
 É aquela receita corrente cujo o recurso que adentra aos cofres públicos advém da exploração de uma 
atividade industrial por um determinado ente público. Exemplos: FURNAS, ELETROBRÁS, ITAIPU BINACIONAL, 
ELETRONUCLEAR, CEDAE, ÁGUAS DE NITERÓI. 
 
Receitas de Serviços 
 
 São aquelas receitas provenientes de recursos oriundos do pagamento feito por terceiros a um determinado 
ente público que prestou um serviço NÃO remunerado por taxa. Exemplo: Tarifa aeroportuária cobrada pela 
INFRAERO. 
 
Transferências Correntes 
 
 São aqueles recursos provenientes de outros entes públicos ou até mesmo do privado para um determinado 
ente público, recursos estes destinados a atender despesas classificáveis como correntes. Exemplos: Doações, 
Transferências tributárias constitucionais e Transferências Voluntárias (PAC). 
 
Obs.: Há também receitas de capitais, provenientes de transferências de capital. 
 
 Para saber se é corrente ou de capital basta saber se a transferência é corrente ou capital. 
 
15 
 
22/10/2012 
 
Receitas de Capital 
 
 Às receitas de capital se classificam em cinco modalidades, quais sejam: Operações de créditos, alienações 
de bens, amortizações de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. 
 
 
Operações de Crédito 
 
 Trata-se de uma exceção ao princípio da exclusividade conforme dispõe o Art. 165 Par. 8 da CF/88. 
Operações de crédito podem ser entendidas como empréstimos, onde o ente público, na qualidade de tomador dos 
empréstimos, recebe determinada quantia. 
 
Alienação de Bens 
 
 São aquelas receitas provenientes da venda de empresas e ou patrimônio público. Por exemplo, as 
privatizações, tal como, CSN, ou a venda de um determinado imóvel estatal, como por exemplo a venda do terreno 
de um antigo quartel. 
 
Amortização de Empréstimos 
 
 Ocorre quando o ente público na qualidade de credor, começa a receber no todo ou em parte os valores que 
emprestou. 
 
Transferências de Capital 
 
 São aqueles recursos provenientes de outros entes públicos ou até mesmo do privado para um determinado 
ente público, recursos estes destinados a atender despesas classificáveis como de capital. Ex.: Doações, 
transferências tributarias constitucionais e transferências voluntárias. 
 
Outras Receitas de Capital 
 
 As Receitas de Capital não classificáveis nas outras modalidades, serão classificadas como Outras Receitas de 
Capital. O conceito de Outras Receitas de Capital está elencado no Art. 11 Par. 2 da Lei 4320/64. 
Ex.: Superávit do orçamento, ocorre quando na prática entra mais dinheiro no cofre público do que no previsto na 
LOA. 
 
Despesa Pública 
 
 Do ponto de vista legal a despesa é classificada em duas categorias econômicas, quais sejam: Despesas 
Correntes e Despesas de Capital. 
 
Despesas Correntes 
 
 São classificadas em duas modalidades: Despesas de Custeio e Transferências Correntes. 
 
Despesas de Custeio 
 
 São aquelas dotações destinadas a manutenção de serviços já existentes, inclusive as destinadas ao 
atendimento de obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Art. 12 Par. 2 Lei 4320/64. (Salário de 
funcionário público, obra feita no Teatro Municipal do Centro para conservação). 
 
Transferências Correntes 
 
 São aquelas dotações para aquelas despesas que não correspondam a uma contraprestação direta em bens 
e serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas ao atendimento de outras entidades de direto 
público ou privado. Como exemplo: Bolsa escola e família. 
16 
 
Despesas de Capital 
 
 As despesas de capital são classificadas em três categorias econômicas: Investimentos, Inversões Financeira 
e Transferências de Capital. 
 
Investimentos 
 
 São as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas a aquisição de imóveis 
considerados necessários à realização de tais obras (Desapropriações administrativas ou judiciais para os programas 
especiais de trabalho, aquisição de instalação, equipamentos e material permanente que não seja de caráter 
comercial e financeiro). 
 
Inversões Financeiras 
 
 São as dotações destinadas a aquisição de imóveis ou de bem de capital já em UTILIZAÇÃO; aquisição de 
títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, desde que a 
operação não importe em aumento de capital; e a constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que 
vissem objetivos comerciais ou financeiros, inclusive em operações bancárias ou de seguros. Por exemplo: CEF e IRB. 
 
Transferências de Capital 
 
 São as dotações relativas a investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou 
privado devam realizar, independentemente de contraprestação direita em bens ou serviços. Tais transferências 
constituem auxílios ou contribuições, bem como as dotações para amortização da dívida pública. 
 
Obs.. 1: As subvenções são classificadas em: Sociais e Econômicas. 
 
Obs.. 2: As subvenções sociais são aquelas destinadas a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica 
e educacional, sempre que a suplementação de recursos privados aplicados a esses objetivos revelar-se mais 
econômica. 
Assim para efeitos da lei 4320/64 consideram-se subvenções as transferências destinadas a cobrir despesas de 
custeio das entidades beneficiadas. 
 
Obs.. 3: Para efeitos da lei as subvenções sociais se destinam a instituições públicos ou privados de caráter 
ASSISTENCIAL ou CULTURAL SEM FINALIDADE LUCRATIVA. 
 
Obs.. 4: Já as subvenções econômicas se destinam a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, 
agrícola ou pastoril. 
 
Obs.. 5: A cobertura de déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autarquia ou não se faz por 
subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas corrente doorçamento do respectivo ente público. 
 
Obs.. 6: Podemos considerar como sendo subvenções econômicas as dotações destinadas a suprir a diferença entre 
os preços de mercado e os preços de revenda, pelo governo, gênero alimentícios ou outros materiais, bem como as 
dotações destinadas pagamento. 
 
Obs.. 7: A LOA NÃO consignara ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se 
tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial. 
 
Obs.. 8: Sempre que possível, o valor das subvenções será calculado com base em unidade de serviço (Princípio da 
...) efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados, Observados os parâmetros mínimos de 
eficiência previamente fixados. 
 
Obs.. 9: Somente às instituições que tenham sido julgadas, suas condições de funcionamento como satisfatórias 
pelos órgãos de fiscalização oficiais poderão ter concedidas subvenções. 
 
 
 
17 
 
29/10/2012 
 
Obs.. 10: Na seara financeira, para efeitos da lei 4320/64, consideram-se subvenções às transferências destinadas a 
cobrir despesa de custeio das entidades beneficiadas, sendo duas às suas espécies: Subvenções sociais e Subvenções 
econômicas.Obs.. 11: As subvenções sociais são aquelas que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter 
assistencial ou cultural, sem fins lucrativos. 
 
Obs.. 12: As subvenções econômicas são aquelas que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter 
industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
 
Controle Orçamentário - Arts 70, 71, 72, 73, 74, 75 CF/88 
 
Origem 
 
 O controle orçamentário, como hoje é conhecido, foi introduzido no Brasil por Rui Barbosa, então ministro 
da fazenda, quando criou o Tribunal de Contas União. O sistema adotado por ele é mantido até hoje, qual seja, o 
sistema eclético, que se configura naquele sistema de controle onde o é exercido em rodadas fases orçamentária, ou 
seja, na elaboração (Planejamento), na execução; e na avaliação. Tal Sistema foi elaborado pela Observação dos 
pontos mais fortes dois controles orçamentários da Itália, da França e da Bélgica. 
 
Espécies 
 
 Não Obstante a existência do entendimento de fração da doutrina financeira no quite tange a ideia de um 
controle privado (Também chamado de controle social) nos filiamos a ideia de que, em verdade, somente existe dias 
espécies de controles orçamentários: Controle interno e externo. Tal assertiva deve prosperar uma vez que do ponto 
de vista técnico-jurídico, na seara financeira, o conceito de controle deve ser entendido como sendo um conjunto de 
atos e procedimentos executados de forma coordenada, lógica e técnica tendentes a localizar erros e falhas, corrigi-
los ou indicar de que forma deverão ser corrigidos e identificar o mau administrador público e sendo o caso, puni-lo 
pecuniariamente. 
 Desta feita, o conceito Tecno-Jurídico de Controle Orçamentário deve ter características educativas, 
punitivas e corretivas. Não se vislumbra tais características no chamado ‘ Controle Privado ’. Trata-se apenas de um 
dispositivo Constitucional (Art. 74 Par. 2 CF) que faculta as pessoas (Cidadão, partido político, associação ou 
sindicato) na forma da lei, denunciar possíveis irregularidades ou ilegalidades perante ao respectivo Tribunal de 
Contas. Logo, trata-se somente de uma faculdade denunciativa, não tendo o condão de realmente Observar se 
determinada pratica foi irregular ou ilegal, cabendo tal apuração ao Tribunal de Contas correspondentes. 
 
Legitimidade Passiva (Quem sofre o controle) 
 
 Toda pessoa, seja ela, física ou jurídica, pública ou privada, sofrerá controle orçamentário, externo ou 
interno, bastando para tanto que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens ou valores públicos 
ou pelos quais o respectivo ente público responda ou que, em seu nome, assuma obrigações de natureza ações de 
natureza pecuniária. 
 
Legitimidade Ativa 
 
 São os respectivos poderes legislativos que, precipuamente, exercem o controle externo do orçamento 
público. Todavia, por disposição Constitucional, são esses poderes legislativos auxiliados por seus respectivos 
Tribunais de Contas. Assim, essas cortes de contas são conceituadas como órgãos auxiliares dos seus respectivos 
poderes legislativos, portanto, não compondo o Poder Judiciário. 
 Nesta toada (Nestetocante) cumpre consignar que o pretório STF decidiu que, apesar de auxiliares, os 
Tribunais de Contas são autônomos financeira e administrativamente, fiscalizando, inclusive, seus próprios poderes 
legislativos. 
 Quanto à legitimidade ativa relativa ao controle interno, este é exercido de forma integrada pelos poderes 
legislativo, executivo e judiciário, tendo a finalidade de: Avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, na LDO e 
na LOA; comprovar a legalidade e avaliar os resultados, levando-se a efeito os princípios da eficácia e eficiência, no 
que concerne a gestão orçamentária, financeira e patrimonial de todos os órgãos e entidades da respectiva 
18 
 
administração pública, além da fiscalização e avaliação da aplicação de recursos públicos realizados por entidades de 
direito privado; exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e deveres do 
respectivo ente público; e apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional, tudo conforme dispões 
o Art. 74 CF. 
 
 OBS.: Este apoio do controle interno ao controle externo se robustece como o dispositivo Constitucional que 
determina aos responsáveis pelo controle interno que deem ciência ao respectivo Tribunal de Contas de qualquer 
irregularidade e ilegalidade assim que tomarem ciência, sob pena de responsabilidade solidária (Responde junto com 
o outro). 
 
05/11/2012 
 
Composição dos Tribunais de Contas - Art. 72, 73, 74 e 75 CF/88 
 
União 
 
TCU - Tribunal de Contas da União 
Competência: Todo território brasileiro e onde houver $ da União. 
Membros: 9 Ministros 
Sede: Brasília (CapitalFederal) 
Prerrogativas / Vencimentos / Proibições / Vantagens = Ministro STJ. 
 
Estados 
 
Competência: Todo o território do respectivo Estado e onde houver dinheiro Estadual. 
Membros: 7 Conselheiros 
Sede: Capital do Respectivo Estado 
Prerrogativas / Vencimentos / Proibições / Vantagens = de Desembargador do TJ do Respectivo Estado. 
 
DF e Territórios 
 
Competência: Todo o (s) território (s) do DF e do respectivo território e onde houver $ distrital ou de território (s). 
Membros: 7 Conselheiros 
Sede: Brasília 
Prerrogativas / Vencimentos / Proibições / Vantagens = De Desembargador do TJ do DF e territórios. 
Municípios 
 
Competência: Todo o Território do Respectivo Município e onde houver $ destes Municípios - São Paulo e Rio de 
Janeiro. 
Membros: 7 Conselheiro 
Sede: Respectivas Capitais / São Paulo e Rio de Janeiro. 
Prerrogativas / Vencimentos / Proibições / Vantagens = De Desembargadores dos Respectivos TJ (Rio de Janeiro e 
São Paulo). 
 
Requisitos para Ministro ou Conselheiro do respectivo Tribunal de Contas 
 
 O critério de escolha não se dá por concurso público, posto que a própria Constituição Federal em seu Art. 73 
excepcionaliza matéria criando requisitos e critério da indicação para escolha. As Constituições Estaduais, as Leis 
Orgânicas do DF e dos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo apontam no mesmo sentido, haja vista que 
dispõe no Par. único do Art. 75 da CF/88. 
 São cinco os requisitos para que alguém componha um determinado TC, quais sejam: 
1 - Ser brasileiro (Nato ou naturalizado), conforme intelecção do caput do § 1 do Art. 73, combinado com Art. 12, I e 
II da CF\88.); 
2 - Ter mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; 
3 - Ter idoneidade moral e reputação ilibada; 
4 - Ter notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; 
5 - Possuir mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija conhecimentos 
acima mencionados. 
19 
 
O procedimento de escolha de membros (Ministros) do TCU está regrado no decreto legislativo número 6 / 22 de 
abril de 1993. 
 
Ver quadros dos TC's 
 
Forma de escolha – TCU: 
 
 9 Ministros: 
 
 1/3 (3) – Escolha do presidente da república com aprovação do Senado: 
 
 2 - De forma alternada, dentre auditores dos quadros do TCU e membros do MPE 
(Ministério Público Especial) que funcionem junto ao TCU, escolhidos em lista tríplice 
formulada pelos membros do TCU, Observados os critérios de antiguidade e merecimento, 
Observados os 5 requisitos. 
 1 - Livre escolha do Presidente, desde que Observados os 5 requisitos. 
 
 2/3 (6): 
 
 6 – Escolha do Congresso Nacional (poder legislativo), Observados os 5 requisitos. 
 
Forma de escolha – TCE e TCM dos municípios do RJ e SP (PUArt. 75 CF/88): 
 
 7 Conselheiros: 
 
 1/3 (2) – Escolha dos respectivos Governadores e dos respectivos Prefeitos com a aprovação do 
respectivo legislativo. 
 
 1 – De forma alterada, dentre auditores dos quadros do respectivo TC e membros do 
respectivo MPE (MinistérioPúblico Especial) que funcionem junto ao respectivo TC, 
escolhidos em lista tríplice formulada pelos respectivos membros do TC, Observados os 
critérios de antiguidade e merecimento, Observados os 5 requisitos. 
 1 – Livre escolha do respectivo Chefe do Poder Executivo desde que Observados os 5 
requisitos, Observados os 5 requisitos. 
 
 2/3 (5): 
 
 5 – Do respectivo Poder Legislativo, Observados os 5 requisitos. 
 
OBS.: Quando um auditor do TCU estiver substituindo um Ministro do TCU, terá ele as mesmas garantias e 
impedimentos do Ministro e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura (de julgador), terá as 
garantias e os impedimentos de juiz de TRF. 
E em relação aos TCE’s e TCM’s estiver substituindo um Conselheiro do TCE ou TCM, terá ele as mesmas 
garantias e impedimentos do Desembargador e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura (de 
julgador), terá as garantias e os impedimentos de juiz de direito. 
 
Fases da Despesa Pública - Art. 58 ao 63 CF/88 
 
Tecnicamente falando são 10 as fases da despesa pública, sendo 3 as mais importantes, merecendo 
destaque e atenção acadêmica, quais sejam: 
 
1- Empenho: 
2- Liquidação: 
3- Pagamento: 
 
 
 
20 
 
12/11/2012 
 
Empenho 
 
Se consubstancia no ato emanado da autoridade competente que cria para o ente público a obrigação de pagar 
pendente ou não de implemento de condição. 
O empenho nunca poderá exceder o limite dos créditos concedidos, sendo vedada qualquer realização de despesa 
sem prévio empenho. 
Somente em casos especiais previstos na legislação específica poderá ser dispensada a emissão de nota de 
empenho. É possível a realização de empenho global de despesas contratuais ojeriza outras, sujeitas a parcelamento. 
O empenho pode ser f eito por estimativa nos casos em que um montante não possa ser determinado. 
Observação: Em âmbito municipal, o município fixa proibido deempenhar mais do que o duodécimo da despesa do 
orçamento vigente no último mês do mandato do prefeito. Neste período também fica proibido que os municípios 
assumam, por qualquer meio, compromissos financeiros para execução após o término do mandato. Cumpri 
consignar que tais proibições não se aplicam quando comprovadamente ocorrer calamidade pública. Os atos por 
ventura praticados que venham a produzir empenhos em desacordo com as proibições acima elencadas reputam-se 
nulos e de nenhum efeito, sem prejuízo da responsabilidade do prefeito. 
 
Liquidação 
 
A liquidação tem sua importância com o comando legal inserto no Art. 62 da Lei 4320/64 que assevera que o 
pagamento da despesa somente será efetuado quando ordenado APÓS A SUA REGULAR LIQUIDAÇÃO. 
E que na prática financeira, para cada empenho a ser realizado e extraído um documento chamado ' Nota de 
Empenho ', documento este que indica o nome do credor, a representação e a importância da despesa, além da 
dedução desta despesa do saldo da dotação própria. 
Desta feita, a liquidação da despesa se consubstancia na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base 
os documentos e os títulos comprobatórios dos respectivos créditos. Tal verificação tem por finalidade apurar: 
1 - A origem e o objeto daquilo que se vai pagar; 
2 - O valor exato a ser pago; 
3 - Aquém se deve pagar o valor exato para extinguir a obrigação; 
Assim, a liquidação da despesa contraída pelo ente público por intermédio de serviços prestados ou fornecimentos 
de mercadorias ou produtos pelo credor deverá ter por base: 
1 - O contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
2 - A nota de empenho; 
3 - Os comprovantes de entrega do material ou da prestação efetiva do serviço. 
 
Pagamento 
 
O pagamento é realizado por uma ordem, se consubstancia num documento chamado ' Ordem de pagamento ', que 
é o despacho exarado por autoridade competente determinado que a despesa seja paga. Tal documento somente 
poderá ser processado pelo serviço de contabilidade da administração pública. Tal pagamento deverá ser efetuado 
por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídas, por intermédio de emissões de cheques nominais, ordens de 
pagamentos ou transferências eletrônicas de fundos, realizadas em estabelecimentos bancários credenciados. Em 
raríssimos casos, e obedecidos por ditames legais, os pagamentos poderão ser feitos por meio de adiantamentos. Se 
houver previsão orçamentária expressa, em outras palavras, se a LOA tiver falado expressamente, as dotações feitas 
a unidades diversas da administração pública poderão ser movimentadas por órgãos centrais da administração geral. 
Neste diapasão, cumpre consignar que também é permitida a redistribuição de parcelas das dotações de pessoal de 
uma unidade orçamentária para outra, desde que a movimentação de pessoal seja considerada indispensável e que 
ocorra Observando-se a legislação específica pertinente. 
Quando a administração pública torna-se devedora em virtude de uma sentença judicial, tal pagamento far-se-á na 
ordem de apresentação do respectivo PRECATÓRIO, sendo proibido a designação de casos ou pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esta finalidade. Todavia, existe uma possibilidade de ' Furar 
essa fila ‘, qual seja: Quando houver um acordo com o credor que venha a desonerar o valor devido pela 
administração pública, desde que o valor a ser utilizado para o pagamento não seja vinculado ao valor já orçado para 
o pagamento de precatórios daquele respectivo exercício financeiro. Tal possibilidade se lastreia nos princípios da 
economicidade e da supremacia do interesse público detrimento do particular. 
 
21 
 
O regime de adiantamento e aplicável quando as despesas expressamente previstas em lei são realizadas por 
servidor público que antecedentemente, recebeu numerário da administração pública (Hoje valor não superior a R$ 
8.000, 00), sempre precedido de empenho na dotação própria, para a realização de despesa que não se subordinam 
ao processo normal de aplicação, isto é, licitação, não se fazendo adiantamento a servidor público em alcance nem a 
responsável por dois adiantamentos. Neste diapasão, vale lembrar que o regime de adiantamento e específico e 
limitado, posto que a aquisição de material, o fornecimento e a adjudicação de obras e serviços são regulados em lei, 
e primam pela Observância ao princípio da concorrência (Ver lei 8.666/93). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
DIREITO FINANCEIRO - Questionário P2 
 
1 - Conceitue empenho. 
2 - O que é liquidação da despesa? 
3 - Como ocorre o pagamento na administração pública? 
4 - Quais ação os requisitos para que alguém seja membro de tribunal de contas? 
5 - Como são escolhidos os membros que compõem o TCU? 
6 - Como ocorre o controle externo? 
7 - Como ocorre o controle interno? 
8 - O que é parecer prévio? 
9 - Existe controlo orçamentário privado? Justifique sua resposta. 
10 - Quais são do ponto de vista legal as despesas orçamentárias? 
11 - Conceitue despesas de custeio. 
12 - O que são despesa de capital? Quais suas categorias econômicas? 
13 - O que são investimentos? 
14 - O que são inversões financeira 
15 - O que são transferências de capital? 
16 - O que são subvenções sociais? 
17 - O que são subvenções econômicas? 
18 - Conceitue despesas correntes. 
19 - Conceitua receitas de serviços. 
20 - Conceitue receitas patrimoniais. 
21 - O que são operações de créditos? 
22 - O que são amortização de empréstimos? 
23 - O que são alienação de bens? 
24 - Por que o sistema de controle brasileiro é denominado de eclético? 
25 - Quem pode sofrer controle orçamentária? 
26 - Quem exerce controle externo nos vários âmbitos de poder? E de que forma? 
27 - Disserte sobre as garantias, vantagens, vencimentos e proibições dos respectivos membros dos diversos 
tribunaisde contas. 
28 - O que são transferências de capital? 
29 - Disserte sobre precatórios judiciais no contexto do direito financeiro. 
30 - Quais são as competências dos tribunais de contas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Aula 1 - 06/02/2013 
 
Direito Tributário I - Marcelo Santiago - Marcelosantiago1@hotambémail.com - 21.7711-4810 
 
Avaliação: 10 Questões Objetivas 
Bibliografia: Curso de Direito Tributário Série Provas e Concursos do Cláudio Borba / Direito Tributário do Kioshi 
Harada. 
 
Legislação Tributária = Art. 96 CTN 
> Lei 
> Tratados e as Convenções Internacionais 
> Decretos 
> Normas Complementares - Art. 100 CTN 
 
- Conceito de Legislação Tributária tendo fulcro no Art.96 combinados com o Art. 100 ambos do CTN, trata de toda e 
qualquer norma que verse no todo ou em parte sobre tributos ou as relações jurídicas a eles pertinentes, além dos 
atos reiteradamente praticados pela autoridade administrativa. 
Neste contexto a principal norma de Direito Tributário se consubstancia na CF/88, em especial em seu sistema 
tributário nacional, que é regulamentado (Normas gerais) pelo CTN. Que apesar de originariamente ser lei ordinária 
manteve o seu status de lei complementar com a vigência da CF/88, haja vista o Princípio da Recepção 
Constitucional, por conta do que dispõe o Art. 148 CF/88. 
Daí a assertiva de que as normas de Direito Tributário serem próprias e apartadas dos demais direitos, posto que os 
institutos gerais de Direito Privado servirem somente na seara Tributária para meta pesquisa dos conteúdos e 
formas, NÃO SURTINDO EFEITOS TRIBUTÁRIOS, conforme dispõe o Art. 109 do CTN. 
A exceção esta Art. 109 CTN está elencada o Art. 110 no mesmo diploma legal, quando assevera que os institutos 
gerais de Direito Privado não poderão ser modificados quando estejam explícitas ou implicitamente elencados na 
Constituição Federal, nas Constituições Estaduais Ou nas leis orgânica distrital ou municipais, em relação às 
limitações de competência tributária. 
 
- Conceito de Direito Tributário: É o ramo do Direito Público, originário do Direito Financeiro, mas que se tornou 
autônomo, que normatiza as relações jurídicas que tenham por objeto as receitas tributárias, logo normatizando as 
relações jurídicas entre fisco e sujeito (Contribuintes e/ou Responsáveis) ou entre fiscos tendo como fulcro a 
legislação tributária. 
 
* Utilizamos no Direito Tributário: Direito Positivo, Doutrina e Jurisprudência. Há uma exceção no Direito 
Consuetudinário (Art. 100 III CTN). 
* Conceito de Tributo está no Art. 3 CTN. 
* O direito tributário terá regramento próprio como aponta a Constituição no Art. 146. 
* O CTN apesar de ter nascido lei ordinária, a partir da Constituição de 88 passou a ser considerada Lei 
Complementar por ser recepcionada no que ia de encontro com a mesma. 
* Vide Art. 34 ADCT, Art. 109, 110. 
 
Princípios Tributários 
 
Princípios é a base o suporte do ordenamento jurídico pátrio, todos têm exatamente o mesmo valor, podem estar 
explícitos ou implícitos na Constituição. 
 
Aula 2 - 20/02/2013 
 
- Princípio Non Olet: 
 
 Tem origem em Roma, com origem em 70DC, quando do império de Vespasiano. Hodiernamente, tal 
princípio nos informa que a fazenda pública não pode instituir um determinado tributo que tenha como fato gerador 
a prática ou a exploração de uma atividade ilícita, sob pena de, ainda que de forma indireta, legaliza-la. Contudo, a 
Fazenda Pública pode e deve instituir e cobrar tributo que tenha como fato gerador o dinheiro aferido com o 
exercício ou a exploração de atividade ilícita. Como exemplos: Jogo clandestino e jogo do bicho. Tal assertiva tem 
fulcro nos Arts 153 III e 156 III CF/88. 
 
25 
 
- Princípio da Legalidade Tributária (Reserva Legal): 
 
Fulcro:Art. 150 I CF/88 - Arts 3 97 CTN. 
NaturezaJurídica do Tributo: Ex lege, Cláusula Pétrea, somente pode modifica-la para aumentar a sua garantia. 
 
- A Constituição não institui nenhum tributo, apenas determina a divisão da competência para instituir tributos. 
 
Exceção: Tributo próprio > Previdência do servidor público em regime diferenciado. A Constituição determina que 
deverá ser instituído está contribuição aos servidores dos entes públicos. 
 
- Norma que institui tributo: Regra > Lei Ordinária, Exceção ocorre quando está expressa na redação da norma 
(Complementar Delegada) 
 
- Atualização monetária da base de cálculo não é considerada majoração do tributo, exemplo: Atualização da base de 
cálculo do IPTU/IPVA geralmente a cada exercício a fim de recuperar o valor da moeda. Secretário de Fazenda - 
Resolução = Governador/Prefeito - Decreto. 
 
- Tudo que se enquadra no conceito de tributo, suas características gerais é tributo. Gênero Tributo: Art. 145 CF > 
Impostos, Taxas, Contribuição de Melhorias; Art. 148 CF > Empréstimos Compulsórios; Contribuições Especiais (Art. 
149 195 CF > Contribuições Sociais / Art. 149 CF > Contribuições Para-Fiscais / Art. 149 CF 177 Par. 4 CF > CIDE / Art. 
149 A CF > Contribuição de Iluminação Pública). 
 
- OAB não tem relação com direito público, mais também não é privado, é Suis Gênere, ela não cobra tributo, então 
salvo a Ordem, todas as entidades de categorias profissionais incidem Contribuições Para-Fiscais. 
- Regulamentação das normas gerais de direito tributário - Lei Complementar - Art. 146 III CF. 
 
Exceção 1: Norma que tenha status de lei ordinária poderá majorar ou instituir tributo (Art. 62 Par. 2 / Tratados e 
Convenções Internacionais. 
 
Exceção 2: Lei Complementar 
 
> Empréstimos Compulsórios Art. 148 I II CF - Originário 
> IGF Art. 153 VII CF - Originário 
> Impostos Residuais Art. 154 I CF - Originário 
> Contribuição Social do Art. 195 CF / EC 42 / Exemplo: LC 110 - Derivado 
 
Obs.. 1: O princípio da legalidade tributária, também chamado de princípio da reserva legal nos informa que o 
tributo tem natureza jurídica ex legem, ou seja, em regra, sua instituição ou majoração advém de lei ordinária ou 
norma com esse status. 
 
Obs.. 2: Haja vista o que dispõe o Art. 97 Par. 2 CTN, a atualização monetária da base de cálculo do tributo não 
configura o seu aumento, desde que tal atualização não utilize um índice superior ao índice de inflação oficial 
(Entendimento Jurisprudencial) - Súmulas 160 STJ / 667 STF, logo, não se atendo ao princípio da legalidade. 
 
Obs.. 3: O princípio da legalidade tributária capitulado no Art. 150 I CF, se consubstancia numa garantia do 
contribuinte, que limita o poder de tributar do Estado, assim, somente podendo ser ampliada, em hipótese alguma 
poderá ser suprimida ou mitigada, cláusula pétrea que é, haja vista o que dispõe o Art. 60 Par. 4 VI CF. 
 
Aula 3 - 27/02/2013 
 
Princípio da Tipicidade 
 
A norma que institui tributo deve ter, no mínimo, 4 elementos: 
 
O princípio da Tipicidade, na seara Tributária, tem com exegese a mesma intelecção do Direito Penal, qual seja o 
conceito de Tatbestand, advindo do Direito germânico. 
No universo Tributário, parte da doutrina entende que a Tipicidade, em verdade, seria apenas um sub princípio do 
princípio da legalidade tributária. Todavia a maioria absoluta da doutrina tributária de escol (Primeira linha) entende 
26 
 
que a Tipicidade é de fato um princípio, que se consubstancia, em suma síntese, no entendimento de que a norma 
instituidora de tributo (Lei ou norma com status de lei) deve em seu bojo trazer, no mínimo, quatro elementos 
essenciais. 
Tal conceito se coagula perfeitamente com o conceito do que seja lançamento. Assim, podemos afirmar que o 
princípio da Tipicidade é o garantidor da efetivação da cobrança do tributo, por intermédiode atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
A norma que institui tributo tem que ter esses requisitos mínimos, Ex legem. 
- Base de Cálculo: 
- Alíquota (Percentual): 
- Identificação do Sujeito Passivo: 
- Descrição do Fato Gerador (Abstrato Hipótese de incidência tributária): 
 
Relação Jurídica Tributária Obrigacional Principal 
 
> Pólo Ativo: Sempre uma pessoa, um ente público, pessoa jurídica de direito público, fisco/Fazenda Pública, Art. 
119 CTN, obrigação de fazer consubstanciado no Direito dever de cobrar o tributo e/ou prestação pecuniária. 
 
* Bitributação: Mesmo tributo cobrado de uma mesma pessoa, mesmo sujeito passivo, mesmo fato gerador, mesmo 
período de arrecadação, mas cobrados por sujeitos ativos distintos. Exemplo: Tenho imóvel em divisa de municípios 
e chegam dois carnes de IPTU, do sujeito ativo A e B. 
* Bis in Idem: Mesmo tributo cobrado de uma mesma pessoa, mesmo sujei passivo, mesmo fato gerador, mesmo 
período de arrecadação, sendo o mesmo sujeito ativo cobrando novamente o tributo. Exemplo: Previdência 
complementar, servidor ganhará Previdência pública, mais a Previdência complementar na qual ele contribuiu, leão 
cobrava a cada contribuição, após o início do recebimento da pensão o leão começa a cobrar novamente alegando 
remuneração de proventos de qualquer natureza, aí ocorre o bis in idem. 
 
> Pólo Passivo: Obrigação de dar, pagar o tributo e/ou a penalidade tributária, um ou mais sujeito (s) passivo (s) 
(Compra de imóvel compartilhada entre Marcelo e Icaro), sujeitos passivos se consubstanciam em espécies > Gênero 
 
>Contribuinte: Gerador do tributo devido / Responsável: E o sujeito que mesmo sem se revestir da condição de 
contribuinte, mesmo sem fato gerador de tributo, deverá pagar o tributo por ser declarado expressamente em lei, 
(Exemplo: Estampilha do cigarro) (Art. 121CTN). Contribuinte é um conceito adstrito a tributo, já o Responsável só 
figurará caso o Objeto da Relação Jurídica Obrigacional seja um determinado imposto ou contribuição. Art. 157, Par. 
7 “Ocorrer posteriormente...” - Logo o pagamento é antecipado. 
 
Obs.. 1: A figura do responsável é Constitucional, haja vista o que dispõe o Art. 150 Par. 7 da CF/88, e sua mens legis 
se justificam na necessidade facilitar a fiscalização e a arrecadação dos tributos. Exemplo: Trabalhador, contra 
cheque, desconto sobre imposto de renda e contribuição INSS, responsável tributário é o empregador. 
Quem pode figurar o sujeito passivo? 
- Todo mundo! Até mesmo os incapazes; 
- Basta apenas cometer o fato gerador; 
- Ou mesmo sem cometer o fato gerador - Responsável. 
 
O 'Cara' no Direito Tributário é o fato gerador! O resto dane-se! 
 
Arts. CTN = 
- 4: 
- 118: 
-123: Contratos e avenças entre particulares não podem ser opostas à fazenda pública. 
- 126: Capacidade tributária passiva, inciso 3 o rapa. 
- 144: 
- 174: Prescrição da cobrança de crédito tributário. 
 
Prescrição Tributária:Art. 174 Par. - Volta a contar do zero. 
 
 
 
 
27 
 
Aula 4 - 06/03/2013 
 
Fato Gerador 
 
Conceito: Fato Gerador deve sempre ser um fato jurídico de cunho econômico. Tal conceito se revela em 
consonância com o Princípio da Tipicidade. Isto porque a norma instituidora de tributo precisa possibilitar a 
efetivação de sua cobrança, logo, um fato jurídico de cunho econômico permite a fixação dos elementos mínimos 
necessários à instituição de um tributo, em especial, a fixação da base de cálculo, o que permite calcular o montante 
do tributo devido 
Cumpre salientar que o direito tributário positivo não faz expressa diferenciação entre o fato gerador e a hipótese de 
incidência tributária sempre tratando ambos os institutos jurídicos por fato gerador. Cabe ao intérprete da norma, 
tem em vista o seu conceito diferencia-los. 
Neste contexto, vale ressaltar que o fato gerador abstrato (Hipótese de Incidência Tributária) somente se reputa 
ocorrido (Produzindo seus efeitos no mundo dos fatos) quando absolutamente TUDO o que está descrito na norma 
realmente ocorre por completo no mundo dos fatos, momento em que verifica-se o fato gerador concreto, nascendo 
para o sujeito passivo à obrigação tributária principal, que para ele se consubstancia na obrigação de dar (Pagar o 
tributo). 
Nesta esteira, vale ressaltar que são duas as obrigações em direito tributário: Principal e Acessória (Independentes). 
Assim, são diferentes os conceitos de seus respectivos fatos geradores. 
 
Fato Gerador da Obrigação Tributária Principal 
 
Conceito: Fato Gerador da Obrigação Tributária Principal é a situação definida em lei (Ou norma com status de lei) 
como necessária e suficiente a sua ocorrência, conforme dispõe o Art. 114 CTN (Lei Federal 5172/66), que tem status 
de lei complementar, haja vista o Princípio da Recepção Constitucional. 
 
Fato Gerador da Obrigação Tributária Acessória 
 
Conceito: A Obrigação Tributária Acessória tem como fato gerador a qualquer situação que, na forma da legislação 
(Legislação Tributária - Ver Arts 96 100 CTN), impõe a prática ou há abstenção de ato que não configurem obrigação 
principal ... 
... 
 
Fato Gerador é aquilo que está descrito na norma como sendo uma ação ou omissão. 
Fato Gerador tem que ser um fato jurídico, mas sendo fato jurídico tem de ser de cunho econômico. 
 
Exemplo: Casamento é um fato jurídico, porém sem cunho econômico, em uma situação esgrucha, pagamento de 
tributo caso sujeitos de casem, quem irá pagar, quanto seria pago? Não é possível fazer isso. 
 
Exemplo 2: Pagando IPVA, temos fato gerador e cunho econômico, proporcionalidade, é possível. 
 
Na norma temos o: 
 
- Fato Gerador Abstrato: Escrito na norma instituidora de tributo. 
- Hipótese de Incidência Tributária: Norma produzido efeitos no mundo jurídico. 
 
Exemplo: Sujeito Passivo comete no mundo real o que está descrito na norma, temos a ocorrência do fato gerador, 
quando esse fato gerador abstrato passa ao mundo real temos a mudança de status para fato gerador concreto. 
 
Exemplo 2: Niterói institui tributo que em caso professor x em tal situação pagará o tal tributo, neste momento 
temos a hipótese de incidência tributária, caso este fato gerador ocorra de forma concreta, nascerá para o sujeito à 
obrigação de pagar o tributo. 
 
Aula 4 - 06/03/2013 (Bárbara) 
 
Fato gerador é aquilo que está descrito na norma, sendo por ação ou omissão que se realizada faz nascer à obrigação. 
A norma precisa descrever a pessoa que deve pagar, a base de cálculo, alíquota e o fato gerador. 
FATO GERADOR DIFERENTE DE HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTARIA 
28 
 
Na norma o fato gerador escrito é chamado pela doutrina de fato gerador abstrato, que é sinônimo de HIT. Enquanto 
o FG só surge efeitos no mundo jurídico, apenas descrito na norma, enquanto for intangível ele é abstrato, é HIT. 
 
Já no mundo real tem alguém que vai cometer o fato (sujeito passivo) o que está descrito na norma tem-se a 
ocorrência do fato gerador. Acontece no mundo real e passa a produzir efeitos no mundo real, aí tem-se a incidência 
do tributo para esse sujeito passivo e nasce a obrigação de tributo. Quando ocorre no mundo real é chamado pela 
doutrina pelo fato gerador concreto. 
 
Exemplo: Niterói crie uma nova taxa, e diga que professor que de aula no centro de Niterói, as quartas, de direito 
tributário, de calça jeans e sentado em uma cadeira azul deve pagar tal taxa. Ela foi aprovada mas continua sendo 
abstrata, já que para o Marcelo não está obrigado ao pagamento por não ter feito todos os atos previstos na norma. 
Quando sentou na cadeira azul passou de ser fato gerador abstrato para concreto. Nasce para a obrigação de pagar 
tributo. Tem que ocorrer no todo. 
 
FATO GERADOR 
 
Fato: - Natural 
 
- Jurídico (Para ocorrência do fato, ele deve ser jurídico, porque caso fosse natural poderia inviabilizar a cobrança de 
tributo; por exemplo: Se chover eu cobro tributo;

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