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Resumo sociocultural

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Ementa da Disciplina Analisar o fenômeno educativo, compreendendo-o como atividade humana por excelência, a partir de seus fundamentos sociais e culturais. A partir disso: • a educação como processo histórico, cultural e socialmente construído. • a influência do pensamento sociológico e antropológico sobre o fenômeno educativo e as correntes pedagógicas • problemas e desafios da educação contemporânea Organização da Disciplina Aula 1– A educação como fenômeno humano, social e cultural Aula 2 – Temáticas contemporâneas: multiculturalismos e interculturalidade Aula 3 – Revisão Aula 4 – Concepções clássicas da sociologia e sua correlação com a educação Aula 5 – Tendências pedagógicas e suas bases socioculturais Aula 6 - Revisão A Educação como Fenômeno Humano, Social e Cultural Organização da Aula Introdução: A sociedade é o fundamento primordial do ser humano. O fundamento do ser social, ou seja, do homem em sociedade é o trabalho. Ao constituir a sociedade com base no trabalho, os homens, ao mesmo tempo, construíram o que se chama de cultura. O homem em sociedade cria, pelo trabalho coletivo, um mundo à sua imagem e semelhança. Aula 1– A educação como fenômeno humano, social e cultural O processo educativo, é justamente a ação socialmente construída de transmissão dos conhecimentos de uma geração as demais que surgem, essencial para a perpetuação da humanidade e veículo de humanização. Cada indivíduo apropria-se daquilo que é produto do trabalho humano e expresso nos conteúdos da cultura, da arte, da linguagem, da técnica e tecnologia, assim como da história, da política, da economia, etc. Compreender a educação como um processo de humanização Debater a relação educação e cultura Verificar como a educação e a escola atuam como importantes mecanismos de sociabilização dos indivíduos . Durkheim não é somente o “pai da sociologia”, mas também o pioneiro da sociologia da educação. Durkheim: com relação ao fato social: é objetivo, exterior ao indivíduo e transmitido pela educação. Durkheim: o indivíduo, ao nascer, encontra prontas as regras sociais, as normas de convivência, as tradições e as relações sociais, assim como os valores e crenças. Estas são impostas como algo superior ao indivíduo, reatando a única alternativa é que se adaptem a essas regras, valores, normas e relações sociais. Coerção---------- Sanções Sociais -----------Implícitas, Explícitas, Pela Legislação. Implícita – desprezo Explícitas – nas reações de adversidade dos outros diante de uma situação diferente Pela legislação – cabendo neste caso, sanções violentas, como a retirada da liberdade. Durkheim: conceitua fato social como “toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então, ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando existência própria, independe das manifestações individuais que possa ter.” Não interessam as manifestações individuais dos fatos sociais, mas apenas as coletivas. Ações individuais como o impulso ao casamento, ao suicídio, à natalidade. O fato social não é explicado pelas manifestações particulares. O fato social, constitui imposição de valores, crenças, hábitos, normas e regras sociais constituídas independemente da ocorrência e da vontade individual. A educação como um motor da coerção social. Toda educação consiste num esforço contínuo para impor as crianças maneiras de ver, de sentir e de agir às quais elas não chegariam expontâneamente. A educação como impositora de valores, “imposição” para perpetuação da sociedade. Durkheim: a consciência coletiva pode ser definida como o “ conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros da mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria”. A ação de cada um para melhorar a sociedade objetiva melhorar a si mesmo. Solidariedade mecânica: mais simples, marcada pela semelhança social entre os homens, que patilham uma consciência comum no que se refere aos modos de pensamentos, crenças, etc. (comunidades rurais). Solidariedade orgânica: sociedades mais complexas, em que a divisão social do trabalho social é amplamente disseminada, diferenciando indivíduos e grupos pelas suas funções sociais, tais como o corpo humano. (Sociedade capitalista). Na sociedade capitalista, o trabalho torna-se mais complexo e gera a necessidade de cooperação, necessidade de especialistas. Os laços sociais da sociedade capitalista são mais elásticos e as relações sociais não são apenas relações coercitivas, mas também de interdependência entre os indivíduos e grupos. Conviver com a diferenças. A solidariedade orgânica e a divisão do trabalho na sociedade leva ao individualismo. Funções da educação: Função acadêmica: socialização das crianças, adaptação das novas gerações, construções intelectuais. Função distributiva: educação passa a ter um papel de seleção social (status social e educacional) Função econômica: capital humano, maior escolaridade, maior a produtividade do trabalhador, o que resulta em uma maior igualdade na distribuição de renda na sociedade. Produtividade e competividade. Função política: alinhar e fortalecer a convivência social. Não estimular os indivíduos à crítica do sistema social. Durkheim: educação de uma forma diferenciada para diferentes papéis sociais, educa-se uma elite e civiliza-se o conjunto das massas. É uma ilusão acreditar que podemos educar nossos filhos como queremos. Luzuriaga, a transmissão daquilo que existe de uma geração a outra pela linguagem é uma das mais importantes características distintivas do homem em relação aos animais. Libâneo, separou a educação em educação intencional e não intencional: Educação: Formal - escola Intencional Não Formal – Igrejas, sindicatos, movimentos sociais Não Intencional --- Informal -- Influências de idéias, valores e práticas Libâneo, fundador da pedagogia crítico social dos conteúdos. Educação na sociedade capitalista: CapitalismoModo de produçãoSistema de ---------- Desenvolvimento das Relação de poder forças produtivas Segundo Marx, chamou de cooperação- a primeira forma de produção capitalista do século XIV. Em síntese, o que caracteriza o capitalismo é o uso do capital na exploração da mão de obra para a geração da mais-valia na produção de mercadorias e seu desenvolvimento no mercado. É possível traçar as funções da educação no âmbito do sistema capitalista, partindo da divisão de classes, fundamental entre os que possuem privadamante os meios de produção e os que nada possuem a não ser a força de tralhado para vender no mercado. (Melo; Urbanets, 2008). Segundo Saviani: Educação no mundo antigo. Educação dos homens livres: centrada nas atividades intelectuais, na arte da palavra e nos exercícios físicos de caráter lúdico e militar. Educação dos escravos e serviçais: assimilada ao próprio processo de trabalho. A educação dos homens livres deu origem a escola. A palavra escola deriva do grego e significa, etimologicamente, o lugar do ócio, tempo livre. Era pois, o lugar para onde iam os que dispunham de tempo livre. Com a revolução industrial, a educação tornou-se uma questão de Estado, o qual passou a se responsabilizar pela formação dos trabalhadores para a produção, numa clara parceria e compromisso dos governantes com as classes dominantes. Dessa forma o Estado começou a promover uma educação adaptativa ao invés de emancipatória para as classes trabalhadoras. Cultura: Como ser “racional”, o homem produziria cultura e, portanto, as técnicas, as artes, os costumes que poderiam envim, ser reproduzidos pela linguagem, ou, então, conteúdos que poderiam ser ensinados aos mais novos. Aos animais, restaria ao instinto, que é o limite orgânico e genético. Marcos culturais: 1ª guerra mundial – noção de cultura para noção de culturas com o avanço dos estudos antropológicos.
2ª guerra mundial – a antropologia ficou impossibilitada de explorar as sociedades isoladas. Cultura como um elemento diferenciador da prática humana em relação aos animais, prática esta que produz o que chamamos de cultura material, mas tambémque produz as tradições do grupo, as regras sociais e, inclusive, a influência na configuração dos indivíduos pertencentes a determinada sociedade; é também identitário, homogeneidade de grupo. Também é identitária é oposto a diferenciadora, aquilo que produz contraste entre “eu” e o “outro”. Cinco operadores da cultura descritos por Laraia: A cultura condiciona a visão de mundo A cultura interfere no plano biológico Participação dos indivíduos na cultura A cultura apresenta uma lógica própria A cultura é dinâmica Mudanças na cultura descrito por Laraia: Interna, que é o resultado da dinâmica da própria sociedade e que pode se dar de forma mais lenta. Externa, resultante dos contatos entre sociedades, como, por exemplo, o contato dos indígenas com os brancos, que resultou em mudanças bruscas ou no extermínio cultural. A característica humana é por excelência ser um ser social, fadado a viver em sociedade, depender dos outros, aprender com os demais, especialmente com os mais velhos. Socializar um indivíduo é adaptá-lo à vida em sociedade. Socialização primária, a família como agente social, é o processo de transformação da criança em ser social. A socialização secundária é o processo específico de adaptação aos diversos meios sociais específicos, como é o caso da escola. O determinismo geográfico e biológico que classificam culturas em inferiores e superiores são equivocados e preconceituosos, já esteve em voga no Brasil – Faz parte da idéia errada de que uma matriz europeia e tomo o clima frio como ideal para o desenvolvimento da cultura. Contextualização Educação e Humanização Nós já nascemos humanos? Ou melhor, existe uma natureza humana inata a cada um de nós? Saviani (2010, p. 11) • A natureza humana não é dada ao homem, mas é produzida sobre a base da natureza biofísica A ação dos animais e vegetais é sempre a mesma, cada animal está adaptado a um ambiente em que vive, e a mudança de ambiente do animal pode leva-lo a morte. A natureza humana é processual e adaptativa. Vídeo Primeiro Engenheiro – 2001 – Uma Odisseia no Espaço. Disponível em: <https://www.youtube.com/w atch?v=gOmBcTNZyZI>. O ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades humanas é o que conhecemos sob o nome de trabalho O trabalho carrega intencionalidade, tudo é intencional. Melo (2011) • O trabalho com fundamento do ser social, isto é, do homem em sociedade “Trabalho educativo: é o ato de produzir direta e intencionalmente em cada indivíduo singular a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” (SAVIANI, 1991, p. 21). Na concepção humana começa-se ensinar matemática a criança pela soma, ao passo que em comunidades indígenas começa ensinar matemática pela divisão. Caracterizando a intencionalidade na educação. Nosso mundo muda pelo trabalho e nós também mudamos pelo trabalho. O nosso trabalho também nos condiciona a forma de ver o mundo. O advogado fala juridiquês, alterando a formação dos próprios filhos dos advogados. O homem não nasce sabendo ser homem. A produção do homem (humanização) é, ao mesmo tempo, a formação do homem, isto é, um processo educativo. O homem necessita aprender a ser homem. A essência humana é um feito humano. É um trabalho que se desenvolve, ao longo do tempo: é um processo histórico. Na comunidade primitiva, a educação era plenamente identificada com o processo de trabalho. A criança acompanha o pai no trabalho e aprende o processo. A divisão dos homens em classes provocou também uma divisão da educação. As pessoas são mais ou menos valorizadas de acordo com a profissão, um pedreiro ganha muito menos que um dentista. O trabalho faz ser o que o indivíduo é. Se a humanização passa pela apropriação dos produtos sociais existentes, é possível afirmar que, em nossa sociedade, todos os indivíduos são igualmente humanizados? Uma resposta afirmativa pressuporia condições equitativas no acesso a tais produtos. Fato que não se confirma Risco: tomar tal questão acriticamente pode nos levar à perigosa classificação hierárquica dos sujeitos (“mais” e “menos” humanos) Duarte (1993) • Individualidade em si • Formação omnilateral (oposto a formação unilateral) Conceitualização Relação entre Educação e Cultura O que é cultura? Criação humana, produtos materiais (objetos, construções) e imateriais (ideias, costumes, crenças, modos de vida etc.) . Cultura é tudo aquilo criado para melhorar as condições de vida, alimentação, maneira de vestir, idioma, obras artísticas, livros... é tudo aquilo que identificamos como um problema e tentamos resolver. É qualquer coisa que o homem produziu que não é natural. Tudo aquilo que foi feito, desde uma enxada até uma obra de arte como a monalisa. “Pressupomos o trabalho sob forma exclusivamente humana. Uma aranha executa operações semelhantes a de um tecelão, e a abelha supera mais de um arquiteto ao construir uma colmeia. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o projeto que tinha conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade”. (Karl Marx) Uma teia de aranha, uma colmeia será feita da mesma maneira amanhã e daqui a 50 anos. A obra do homem não, as obras serão diferentes. Sociologia da cultura • Kultur X civilização • Grande cultura • Vestígios materiais Antropologia “Clássica” • Cultura X natureza • Povos “primitivos” • Sentido evolutivo (cultura civilização) Antropologia (Leví-Strauss, Geertz) • Não apenas cultura X natureza • Plural e multifacetada (culturas) • Compõe identidade(s) • Delimita alteridades Assinala as diferenças e similitudes de diversos indivíduos no mesmo espaço, como o território nacional ou, em nosso caso específico, o escolar A cultura deve ser compreendida como um elemento dinâmico. Seus valores não são estáticos, mas encontram-se em contínua transformação Homem – vive em sociedade/ transmite conhecimentos = cultura (processo nunca linear) A compreensão da diversas faces da cultura dá-se pela ciência - produção sistematizada de conhecimento, nós somos cientistas sociais, estamos pesquisando a educação. Estudamos os conhecimentos históricos para poder reproduzir e inovar no nosso cotidiano. Relações de poder, está ligado as possibilidades de inovações e modificações no sistema atual quando tratamos de modificar ou propor novas idéias para a educação. “A criação da cultura e a criação do homem são na verdade duas faces de um só e mesmo processo [...]”. (Pinto, 2008, p. 122). Conhecer aquilo que foi produzido historicamente e produzir com melhor qualidade ampliar aquilo que foi feito. Essa ideia de produzir e criar faz parte de um mesmo processo. Cinco operadores da cultura (LARAIA, 2001) 1. Condiciona nossa visão de mundo - em função daquilo com que nós nos preocupamos, que gera uma certa orientação da realidade. As preocupações de um advogado, de um dentista, de um professor são diferentes. Logo cada um tem uma visão de mundo. 2. Interfere no plano biológico – nos nossos gostos, nossa fala, no que nós comemos, no horário de dormir. 3. Participação dos indivíduos na cultura – quem faz parte, quem troca algo, quem tem acesso (ideia da exclusão), quem produz alguma coisa. 4. Apresenta uma lógica própria – cada cultura tem as suas respostas aos seus problemas. Resposta
da cultura brasileira é diferente da cultura alemã. 5. A dinâmica cultural = cada cultura apresenta uma dinâmica própria enquanto os relacionamentos contínuos dos sujeitos participantes da cultura em função de certos processos e objetivos. Educação e Socialização A característica humana por excelência é de ser um ser social Socializar é adaptar o indivíduo à vida em sociedade Envolve: hábitos, costumes, regras, comportamentos, linguagens etc. Agentes sociais significativos (pais,professores, etc.). Socialização primária: valores básicos da vida social, como a língua (família). Socialização secundária: adaptação a meios sociais específicos (exemplo: escola) “[...] o conteúdo que se transmite na educação é sempre alguma coisa que nos precede, nos ultrapassa e nos institui enquanto sujeitos humanos, pode-se perfeitamente dar-lhe o nome de cultura”. (FORQUIM, 1993, p.10) Logo: Somos aquilo que nos antecedeu, aquilo que nós fazemos, e aquilo que fazemos com aquilo que fizeram da gente. Uma função de socialização fundamental da escola: mediar a aquisição e o domínio da linguagem escrita Aspecto essencial em uma sociedade baseada na escrita Aplicação Prática Como as culturas podem influenciar no trabalho educativo no ambiente escolar? Elas são compreendidas da mesma maneira pela escola? Tais questões são perceptíveis também nos conteúdos privilegiados? Hierarquias • Cultura hegemônica – porque alguns padrões culturais passam a ser mais importantes e interessantes que outros. • Compreensão de cultura como aspecto elitizado • Negação da cultura popular e de outras variáveis – se não aproveitarmos o que o aluno traz para a sala de aula, e a partir disso construímos algo novo, a educação passa a ser menos produtiva Quanto aos conteúdos: “[... ] todos os professores e todas as escolas fazem seleções de um tipo ou de outro no interior da cultura.” (FORQUIN, 1993, p. 25) “A escola não ensina senão uma parte extremamente restrita (pequena, reduzida, resumida) de tudo o que constitui a experiência coletiva, a cultura viva de uma comunidade humana.” (FORQUIN, 1993, p. 15) Educação formal e informal, educação primária e secundária. A educação formal da escola é muito pontual, muito do que o aluno vive está fora da escola. A internet por exemplo possibilita ao aluno já tem uma outra dinâmica, acontece em um outro momento. O que traz uma exigência ao educador de tratar os conteúdos em uma dinâmica que os tornem mais interessantes. Como educadores, assumimos o papel de agentes sociais significativos, de modo a influir tanto no processo de socialização quanto na percepção dos indivíduos sobre o mundo Ainda que a escola estabeleça recortes no interior do universo cultural é nosso trabalho flexibilizá-las atentando o máximo possível para a pluralidade de culturas, especialmente dentro do ambiente escolar Como destaca Dewey (1971), o professor é o responsável por organizar as experiências dos alunos Os resultados do trabalho docente “não são necessariamente imediatos, mas sim prolongados pela vida toda.” (MELO, 2011, p. 75) Síntese Três pontos chaves: - Relação homem-natureza: uma relação mediada pelo trabalho – pelo trabalho dos outros e pelo nosso trabalho, que constrói a realidade e nos constrói como sujeitos. Trabalho tem que ser pensado como construtor de realidades, potencializador de elementos que nos tornam aquilo que nos somos. Nos transformam como sujeitos e coletividades. - Trabalho como dominação e como emancipação – Conotação positiva ou negativa. Negativa, trabalho como um peso, sacrifício. Positiva, como forma de melhorar como pessoa, melhorar o mundo, emancipação. Fazer o que os outros mandam ou pensar uma perspectiva de trabalho. - Cultura, socialização e educação: limites e perspectivas- ao mesmo tempo que elas imitam, tem as perspectivas de melhorar, de evoluir, modificar segundo nossos interesses e perspectivas. Educação com um importante mecanismo de humanização Transformação da ideia de cultura; sua percepção múltipla, diversa, dinâmica e não hierárquica A escola como mecanismo de socialização e do educador como agente social mediador de experiências. Capítulo 2 do livro base _ Analisar alguns conceitos e concepções-chave, como multiculturalismo, interculturalidade e etnocentrismo. Contextualização _ Como podemos perceber a pluralidade cultural no ambiente escolar? _ Por que a temática da diversidade cultural ganhou visibilidade nas últimas décadas? _ As diferenças são um problema? Começando pela Segunda _ Situações que transcendem as questões socioeconômicas e, em sua maioria, não podem ser explicadas somente por elas: racismo; homofobia; xenofobia; violências de gênero, religiosas, étnicas etc. Para Pensar _ Experimento Revela que o Racismo é Mais Forte do que Todos Pensam (LEGENDADO). Disponível em: <https://www.youtube.com/wa tch?v=Sq4z2Vq2K1w>. Conceitualização Focos _ Multiculturalismo _ Interculturalidade _ Etnocentrismo Multiculturalismom: em geral é entendido como a luta pelo respeito ás diferenças e pela igualdade aos direitos sociais (Melo, 2011, p. 89) (origens e causas) não tem origem no meio acadêmico: _ Traumas e debates Pós-Guerra (Holocausto; Descolonização da África) e também de alguns confrontos durante a Guerra Fria (exemplo: Vietnã). _ Lutas por direitos de diversos movimentos sociais discriminados ao longo do século XX Alguns Casos Emblemáticos _ Movimento Negro (EUA, 1960). _ Feminismo _ Maio de 1968 francês (Reforma Universitária/posições políticas libertárias) _ Contracultura; movimento hippie. _ Revolução sexual Nos Planos Teórico e Epistemológico _ Crise dos paradigmas macro-explicadores e de sua capacidade de contemplar as transformações verificadas na sociedade _ Crise dos conceitos fixos de identidade e cultura _ Ainda não se estabeleceu plenamente no meio acadêmico Mas afinal o que é o multiculturalismo? _ Em geral é entendido como a luta pelo respeito às diferenças e pela igualdade aos direitos sociais (MELO, 2011, p. 89) _ Uma característica do multiculturalismo que provém da sua gestação no cerne dos movimentos sociais é ser polissêmico (possui várias interpretações). Multiculturalismo: Diferentes Perspectivas _ Assimilacionista _ Diferencialista ou plural _ Interativa ou intercultural – mais adequada (CANDAU, 2008) Assimilacionista _ A priori: não existe igualdade na sociedade multicultural (quase hierárquico) _ Cultura hegemônica (base dominante) – da qual todos deveriam participar que todos deveriam assumir seus conteúdos. _ Não critica as bases da sociedade, mas as reforça e reproduz. Assimilacionismo e Educação _ Universalização da educação (um caminho único a todos) _ Caráter currículo monocultural, padrão mínimo e todos tem que seguí-lo. _ Sistema escolar desconsidera as diferenças e assume um padrão cultural a ser assimilado pelos alunos “ No caso da educação, promove-se uma política de universalização da escolarização, todos são chamados a participar do sistema escolar, mas sem que se coloque em questão o caráter monocultural presente na sua dinâmica, tanto no que se refere aos conteúdos do currículo quanto às relaç~eos entre os diferentes atores, às estratégias utilizadas nas salas de aula, aos valores privilegiados,etc.” Hegemonia em Gramsci, definimos como o domínio e direção intelectual e moral de uma classe sobre a outra ou sobre a sociedade como um todo. Os aparelhos de hegemonia contribuem para esse fim, como a mídia, a escola, a justiça, as forças armadas, a religião, os sindicatos, etc. Luta contra-hegemônica: uma luta entre classes que querem tomar o domínio e a direção intelectual e moral, como, por exemplo, as lutas empreendidas pela classe trabalhadora. Diferencialista ou Plural _ Opõe-se ao modelo anterior _ Respeito às diferenças (excessivo), perigo
da valoriazação excessiva criando os chamados guetos, grupos radicais. _ Valorização de identidades e manutenção de matrizes culturais Diferencialista e Educação _ Currículos descentralizados _ Visão essencialista de Identidade, problema de como se constitui uma identidade. _ Risco: criação de guetos sociais e culturais (CANDAU) Perspectiva Intercultural Perpectiva Intercultural ou Multiculturalismo Interativo - Interculturalismo _ Interação entre grupos culturais diferentes: Promoção do hibridismo Cultural, participa de 2 concepções de mundo diferenciadas, 2 identidades exemplo: uma mulher negra que milita no movimento negro e que participa do movimento feminista. Não significa que a pessoa faça parte exclusiva de uma única identidade. _ Concepção de cultura dinâmica,construção e reconstrução, sem negar suas raízes: Transformação das relações sociais e culturais, como ao longo do tempo podemos compreender estas dinâmicas, entender as relações que se dão nestas dinâmicas e a partir daí entender o impacto destas compreensões de mundo na área educacional e como estas concepções podem e devem ser trabalhadas. _ Afirmação da hibridização cultural, como veículos da constituição de identidades culturais abertas, negação a pureza cultural que sempre resultou em processos extremamente violentos como o nazismo. - Consciência de que as relações socioculturais são, também, relações de poder: sempre há interesse, preocupação que dos ganhos simbólicos e de poder. Poder de grupos hegemônicos sobre grupos subalternos.. _ A perspectiva intercultural não separa diferença e desigualdade e não reduz um ao outro, compromisso com a diferença e justiça social. (CANDAU, 2008). : desigualdade tem a ver com exclusão, alguém que sai perdendo no processo; diferença nem sempre incorre em desigualdade, apesar de diferentes ambos podem ser relevantes e importantes. _ A falta de uma crítica à sociedade capitalista faz com que as diferenças se reduzam ou desapareçam, dando lugar a indiferença característica de nosso tempo (MELO, 2011, p. 93). Crítica a diferença de ganhos dos negros no Brasil, porque os negros ganham menos? O desinteresse por estas questões dão origem a indiferença. Fazem parte da manutenção do sistema capitalista, a indiferença, que é um comportamento estático e apático em relação a situação dos outros. Interculturalismo e Educação intercultural _ Reconhecimento do outro – reconhecimento e o diálogo dos grupos culturais e sociais, o eu a autora chama de negociação cultural. conhecer e reconhecer dando status de igualdade.. _ Construção de uma sociedade democrática (pressupõe um processo de negociação cultural na formulação de um projeto comum) - _ Política de igualdade somada à política de identidade Umas das Principais Críticas à Perspectiva Intercultural _ A falta de uma crítica à sociedade capitalista faz com que as diferenças se reduzam ou desapareçam, dando lugar a indiferença característica de nosso tempo (MELO, 2011, p. 93) Educação Intercultural Desafios e preocupações, Candau 2008. Desconstrução dos paradigmas preconceituosos, monoculturais e etnocêntricos das práticas escolares. Articulação entre igualdade e diferença nas políticas e práticas educativas Resgate das identidades culturais, individuais e coletivas Promoção da experiência de interação entre as culturas Empoderamento dos atores sociais discriminados, dar voz, dar vez. Formação para uma cidadania aberta e interativa, vista, repensada, revisada. É possível igualdade em uma sociedade capitalista? Sociedade capitalista Sociedade de classes Divisão técnica do trabalho – pessoas especializadas e pessoas sem especialização Lógica da desigualdade Reprodução das desigualdades Separação entre teoria e prática Gramsci e Educação Conceito de hegemonia cultural Escola Unitária Etnocentrismo _ É uma visão do mundo onde nosso próprio grupo (religião, cultura, costumes, etc) é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossas definições do que é a existência (ROCHA, 2004, p. 7) - visão que deve ser superada; _ Breve histórico _ Perspectiva evolucionista/ associação as teorias racialistas: Morgan divide a evolução em três etapas – selvageria,barbárie e civilização. _ Um aspecto-chave: o contato com o outro _ Nesse debate, além dos trabalhos antropológicos de Lévi-Strauss, Geertz e Malinowski, podemos atentar para a contribuição de outras variáveis • Diáspora • Orientalismo _ “A estranheza não começa nos limites da água, mas nos da pele.” (GEERTZ, 2001, p. 74) Escola funcionalista: Radcliffe-Brown discordou desta vinculação que existia entre a compreensão do presente de uma cultura e o estudo do seu passado. O presente não se precisava ser necessariamente explicado pelo passado. Em termos mais técnicos a sincronia – presente – não está submetida à diacronia – histórica. Funcionamento: as sociedades estudadas, conceitos de função, estrutura, processo entre outros. Esquemas funcionalistas, com o trabalho de campo. O antropólogo viajasse até o “outro”, em busca dele, para conhecê-lo, interpretá-lo, e, especialmente, reconhece-lo. Malinowski inaugurou o trabalho de campo na radicalidade. Deu exemplo de como relativizar o olha para conhecer o outro pelo outro. Percebemos que o outro é tão complexo como nós. Aplicação Prática _ É possível escapar ao etnocentrismo? _ Diante das limitações impostas pela sociedade capitalista, como podemos lidar com o projeto intercultural? Desafios da Educação Intercultural _ Desconstrução dos paradigmas preconceituosos _ Articulação entre igualdade e diferença nas políticas e práticas educativas _ Resgate das identidades culturais, individuais e coletivas _ Promoção de experiência de interação entre as culturas _ Empoderamento dos atores sociais discriminados _ Formação para uma cidadania aberta e interativa Educação: indígena, rural, quilombola, em comunidades ribeirinhas, populações tradicionais. Educação e diversidade étnica, religiosa, sexual. Cibercultura – globalização, tecnologia tem mudado a compreensão e visão sobre a realidade surgem como problema e desafio. Tentar construir um trabalho, uma metodoligia, valorizar, prestigiar a diversidade. Reflexão, trabalho, organização curricular dos conteúdos de modo a atender as necessidades destes grupos de pessoas. Síntese _ Certificamos o surgimento da perspectiva multicultural a partir dos próprios movimentos sociais _ Debatemos as diferentes concepções sobre o multiculturalismo e sua relação com a educação, principalmente a vertente intercultural _ Analisamos o conceito de etnocentrismo, sua transformação e permanência para os debates a respeito da cultura _ Verificamos alguns dos desafios, ainda presentes e irresolutos, que envolvem tais temáticas, e o processo educativo. Multiculturalismo e suas perspectivas no contexto educacional. Diversidade social, etnocentrismo e educação. Escola inclusiva, consciência da multiculturalidade, combate ao preconceito e racismo. Capítulo 2.3 PCN PCN –Plano Curricular Nacional Ideologia – que é a abstração da realidade e, consequentemente, o ofuscamento de sua compreensão. Discurso ideológico dos PCN´s, lacunar que esconde, ou mostra de uma forma invertida uma versão da realidade que não corresponde a realidade real. Esconde o problema das escolas, ameniza,esconde os problemas das escolas. Temas Contemporâneos da Relação entre educação e cultura Análise crítica dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s): - A diversidade cultural e a escola - Crítica ao mito da democracia racial PCN´s Contextualização - Neoliberalismo – foram constituídos no contexto neoliberal, novo liberalismo, com propósito de diminuir o papel do estado, desresponsabilizar o estado dos problemas que acontecem nas escolas. Sendo que o ônus da causa dos problemas sempre recaem sobre os professores
como único responsável. Proposta de avaliação dos professores com critérios duvidosos. Sendo a avaliação uma prática importante somente quando feita de modo a mostrar a realidade. - Política educacional – PCN´s: Concepção de Cultura - Brasil: um país pluricultural – faz parte objetivamente de nossa realidade - Desigualdade cultural – os grupos são tratados de maneira diferenciada, excludente, discriminatória. PCN´s: O papel da Escola - Primeiro lugar a convivência cultural – que permitam que as desigualdades efetivamente sejam superadas. Construa uma ideia de justiça a partir de diferentes identidades existentes em cada contexto. - Segundo lugar o contato com as regras sociais- como que isso acaba ocorrendo, como repercute no ambiente escolar. Qual a correlação com o conhecimento sistematizado, como as práticas escolares ajudam a pensar a respeito. Regras para o convívio democrático com a diferença. - Terceiro lugar a relação com o conhecimento sistematizado: exemplo dos livros de históriaque estudam basicamente a europa. Qual os conhecimentos que temos das culturas asiáticas, oriente médio, da áfrica. Classifica-se o Brasil como país de 3º mundo. Leva-se a copiar modelos externos e não se valoriza o que o país tem de bom. Valoriza-se as marcas estrangeiras de roupas e outros produtos. Livros com autores estrangeiros são mais valorizados do que os autores nacionais. Trata a europa como o centro do mundo. Sobre o Brasil e o mundo, e aí a realidade plural de uma país como o Brasil fornece subsídio para debates e discussões em torno das questões sociais. Responsabilidade da escola – PCN´s - Há atitudes discriminatórias entre alunos, professores e funcionários administrativos. Questão do preconceito, negação das diferenças. Como que a questão da multiculturalidade pode ser trabalhada dentro do ambiente escolar, considerando todos participantes da escola, desde merendeiras, funcionários administrativos, professores, alunos. Crítica aos PCN´s - Ameniza o papel do Estado na contrução histórica da educação brasileira. Parece que há uma responsabilização dos problemas direcionando-os aos professores. Daí a importância de sindicalização, melhoria das relações nas associações de pais e mestres. Há poucas escolas com grêmios estudantis. - Análise cultural silencia os problemas macroestruturais da sociedade brasileira. Uma visão histórica dos manuais da educação no Brasil. A cultura indígena e a cultura negra nunca foi tratada. - Não aborda as contradições da história brasileira. Instrumentalização História do Brasil - Aculturação dos indígenas – quando se obriga um grupo a integralizar valores, concepções de mundo que acabam apagando traços culturais próprios. Indíos a usarem roupas, falar português... - Escravidão - - Mito da “democracia racial”- 1930 Gilberto Freire, integração do negro na realidade brasileira. Discurso até hoje recorrente. A idéia de que o Brasil é um país pacífico também é um mito. Mito da interação social. A partir do trabalho intenso de antropólogos, igrejas a população indígena voltou a crescer no Brasil. Lei 10639/2003 – obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira Institui o dia 20 de novembro domo dia da Consciência Negra. Diversidade Cultural e a Escola - O convívio com a diversidade: acirramento das relações sociais - A necessidade de direcionar o trabalho pedagógico para a inclusão, para o respeito e valorização das diferenças. - Superar o paradigma igualitarista – é você tratar todos de uma maneira tábua-rasa. Tendo pessoas surdo-mudas ou cegas na sala de aula, questiona-se quais são as práticas especiais para tratar esta diferença, o professor não altera a prática pedagógica, o modo didático, continua fazendo a mesma coisa tradicional sem mudar nada. O excluído continua excluído. - Inclusão precária = exclusão - As diferenças não terminam ao de colocar alunos diferentes na escola. Como dar uma formação diferenciada ao professor para que ensine também os surdo-mudos? As escolas de formação de professores já inseriu a disciplina de Libras. Quais escolas que tem disponível interpretes para surdo-mudos? Ainda é precário nas escolas brasileiras. Revisão e aprofundamento das aulas 1 e 2 Organização da aula A educação como fenômeno humano, histórico e social Educação e cultura: relações em contínua transformação Multiculturalismo: questões e Desafios Educação como fenômeno Humano [...] Apenas o ser humano trabalha e educa (SAVIANI, 2008) Educação como fenômeno Humano Como atividade humana, só podemos compreender a educação a partir de seu próprio “fazer-se” (Thopson), isto é, em sua prática histórica e social https://www.youtube.com/watch?v= qxXk9ZWrXTc Por que a educação (formal ou não) é um importante mecanismo de humanização? De que forma ela se relaciona com a ideia abrangente de cultura? A educação visa transmitir a existência coletiva, o que nada mais é do que o modo especificamente humano de conservação da espécie. A transmissão do que existe de uma geração a outra pela linguagem (LUZURIAGA, 1971) Em sentido amplo, a educação compreende os processos formativos que ocorrem no meio social, nos quais os indivíduos estão envolvidos de modo necessário e inevitável pelo simples fato de existirem socialmente (LIBÂNEO, 1994, p. 17) Contínua relação entre o fenômeno educativo e um projeto de sociedade (dimensão política) (LIBÂNEO) Intencional e não intencional No primeiro caso: formal e não formal Formal = Escola Cultura Conceito antropológico Polissêmica: diversa, múltipla e Dinâmica Delimita nossa visão de mundo (maneiras de ver e sentir) Compõe identidades e alteridades Permeia nossa compreensão de Educação Multiculturalismo Conceito gestado a partir de questionamentos oriundos de diversos movimentos sociais Respeito as diferenças/lutas equidades ou equiparação de direitos a partir das diferenças Crítica: suposto Relativismo Perspectivas de trabalho Assimilacionista (um modelo de cultura dominante ao qual os demais de vem se integrar) Diferencialista (demarcam-se e valorizam-se as diferenças) Intercultural (interação entre as diferentes matrizes culturais. Hibridismo) Como percebemos essas questões na ESCOLA? Diversidade Cultural e a Escola O convívio com a diversidade: acirramento das relações sociais A escola como microcosmo da sociedade A necessidade de direcionar o trabalho pedagógico para a inclusão, para o respeito e valorização das diferenças Superar o paradigma totalitário Indígenas e afrodescendentes Relações de gênero e educação Pessoas com deficiência Educação de jovens e adultos (EJA) Educação para a terceira idade As diferenças não terminam ao colocar alunos diferentes na escola Inclusão precária = exclusão? https://www.youtube.com/watch? v=bDFhUlO-G-c https://www.youtube.com/watch?v=E D1HNWDhKaE Aplicação Prática Para pensar Dentro do nosso sistema educativo ainda é possível incluir? Em caso positivo, como fazê-lo? Em um sentido amplo, a inclusão refere-se apenas aos alunos com alguma deficiência? Paulo Freire (1921-1997) Um dos mais importantes educadores brasileiros Método de alfabetização de adultos Prática que estimule o senso crítico para transformação da realidade: usando palavras da própria realidade do aluno. https://www.youtube.com/watc h?v=ZC1ruqUnX7I “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.” (Paulo Freire) Síntese Apreendemos da educação como um fenômeno humano. Como tal, só pode ser percebida a partir de sua própria historicidade e no interior das relações sociais Debatemos a diversidade no espaço escolar, atentando para possibilidades de trabalho sob uma perspectiva crítica e inclusiva No Brasil,
articula-se muito em educação, mas os próprios responsáveis pela política brasileira não estão muito preocupados com os resultados da educação. A educação é vista somente como uma força política para angariar votos. Para a realização de uma Educação Emancipadora, é preciso que se considere a posição dos educadores, funcionários, alunos e suas famílias na estrutura produtiva. Essa concepção parte de uma análise sobre a emancipação humana que, compreendida a partir da transformação das relações capitalistas, atenda para a tarefa histórica dos agentes sociais na construção de uma alternativa ao sistema social vigente em prol de uma sociedade cada vez com menos desigualdade social. A proposta de educação emancipadora compreende sua inclusão no contexto mais amplo da globalização e pretende abrir espaços de diálogo acerca das contradições expostas pelo capitalismo, voltados para o avanço da consciência de professores, alunos e comunidade, em uma proposta que dê conta de refletir sobre as necessidades inscritas na vida das camadas populares, tendo como norte, a desnaturalização da desigualdade social. A idéia de passarmos por um processo de escolarização, é aceitar que as coisas sempre foram desta maneira, limita a possibilidade de pensar o diferente. Estamos tão acostumados a seguir certas ordens, ficadifícil desenvolver o senso crítico. - A diversidade epistemológica do mundo - A produção do (des) conhecimento - Pluralidade de saberes - Pluralidade de modos de conhecimento - Especialista X Leigo - Livro “Conhecimento prudente para uma vida decente” Concepções clássicas da sociologia e sua correlação com a Educação Organização da aula Apresentar e debater algumas correntes sociológicas clássicas Verificar a concepções de educação presentes em cada vertente Pensar a educação e a nossa prática enquanto educadores a partir das contribuições da sociologia Contextualização Por que recorrer a sociologia para compreender a Educação? Como os autores do século XIX e início do XX ainda podem nos ajudar a pensar o fenômeno educativo e nossa prática enquanto educadores? Refletir tanto sobre o desenvolvimento histórico das sociedades humanas, quanto sobre nosso sistema educacional e as bases conceituais e metodológicas que modulam nosso conhecimento (sobretudo em uma sociedade capitalista) Capítulo 3 As Concepções Clássicas da Sociologia Émile Durkheim Max Weber Karl Marx e Friedrich Engels Estruturalismo: trabalha as questões que não podem ser mudadas, como uma viga de um prédio; Funcionalista: trabalha as questões que podem ser alteradas em uma sociedade, quais as justificativas que motivam a mudança. Conceitualização Émile Durkheim (1858-1917) Nasceu em Épinal, França, em 1858, e morreu em Paris, em novembro de 1917 - Concepção funcionalista de sociedade, educação como fato social, (OBJETIVIDADE). - fato social como objeto da sociologia: acontecimentos, ações da sociedade que merecem ser estudados. Quais acontecimentos de uma sociedade que mereciam ser estudados e outros que são tão banais que não merecem um estudo. Exterior ao indivíduo (você não escolhe), geral (acontece em toda sociedade) e coercitivo (sansão, obrigação). Sociedade se impõe sobre o indivíduo. consciência coletiva: (solidariedade) a- solidariedade mecânica – laços familiares fortes, laços religiosos, consciência coletiva, vida em grupo. Na área agrícola, as propriedades se distinguem por famílias. b- solidariedade orgânica – Poucos vínculos familiares, característica do meio urbano, pouca interação, individualidade, distanciamento das pessoas, perda de autoridade, baixo respeito mútuo, disciplina fraca, desagregação da sociedade. Pensamento sociológico Teoria do fato social Sociologia objetiva e científica – sociologia como um disciplina de educação Características do fato social e educação Coerção - Toda educação consiste em um esforço contínuo para impor às crianças maneiras de ver, de sentir e de agir às quais elas não chegariam espontaneamente. (Durkheim, 1984, p. 5) Sanções sociais Exterior ao indivíduo Generalidade O fato social éra uma “coisa”, objetiva, exterior aos indivíduos e que lhes coagia a se modelar as normas e valores da sociedade. Da tradição durkheimiana que surgem as formulações funcionalistas, como as ideias de “função” e “totalidade” Corpo social = conjunto orgânico Max Weber (1864-1920) Nasceu na cidade de Erfurt Filho de pais protestantes e Industriais Uma ideia central: Ação Social ( SUBJETIVIDADE) A sociologia é o estudo da “ação social” A ação social – orientada pelas ações de outras pessoas, que podem ser passadas, presentes ou esperadas como futuras ( vingança por ataques anteriores, réplica a ataques presentes, medidas de defesa diate de ataques futuros). Os outros podem ser individualizados, ou então uma pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente desconhecidos. O motor da sociedade é a ação dos indivíduos. O ponto de partida está justamente no indivíduo, que passa a ser compreendido como o motor das relações sociais. A sociedade é composta por uma infinidade de significados Toda ação social possui um sentido subjetivamente elaborado. Porque quando pensamos um acontecimento, ele tem uma explicação, tem uma parcela de vontade do indivíduo. Por mais que o professor tenha uma estrutura, há espaço para a subjetividade, como reajo, como interajo com as determinações sociais. É na caracterização das motivações das ações sociais que reside o trabalho do sociólogo. Não se qualifica como social, uma ação de massa. A ação social […] orienta-se pelas ações dos outros, que podem sem passados, presentes ou esperadas como futuras […] Os “outros” podem ser individualizados e conhecidos, ou então, indeterminados e completamente desconhecidos (WEBER, 1977, p. 139) A conduta individual guia-se pelas ações de outros indivíduos, motivadas ou pela moda ou pela tradição, mas que, de qualquer forma, são ações que ganha sentido, tanto pelo indivíduo que age quanto para os outros que compartilham o significado desta ação na sociedade. Relação social Relação social = ação de maneira recíproca (pressupõe um agir correlato entre os indivíduos ≠ intenção individual/subjetiva) Relaçao social: conduta de vários, reciprocamente conforme seu conteúdo significativo, orientando-se por essa reciprocidade. Sendo a probabilidade de que se agirá socialmente numa forma indicável (com sentido). Probabilidade de que outras pessoas agirão de determinada forma como exemplo é o mercado financeiro. Estudos de Probabilidade social As pessoas assumem diferentes papéis de acordo com a posição que ocupam nas relações sociais: podemos ser, ao mesmo tempo, estudantes pela manhã, trabalhadores a tarde e donos (as) de casa a noite. Expectativas distintas para cada situação social (ações diferentes) em relação a atuação das outras. Tipos Ideais ( o que motiva alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa), tem a ver como uma tentativa de explicação das razões pelas quais se procura de um modo subjetivo uma tentativa de explicação para a realidade. Que acaba explicando melhor o mundo no qual existo. AÇÔES SOCIAIS: (WEBER) Ação racional com relação aos fins – atingir um dado objetivo específico, exemplo fazer um curso de pedagogia para formar-se como professor. Esta mesma pessoa se submete a ir trabalhar em outro país como lavador de pratos, faxineiro com o intuito de gerar uma poupança e voltar ao país de origem para abrir uma escola de inglês. O indivíduo planeja e calcula todos os movimentos dele até as consequências possíveis de seu ato. Ação social racional com relação aos Valores- não é no sentido monetário, é no sentido moral. Alunos que iniciam um curso superior em idade avançada com o intuito de satisfazer um desejo pessoal, ação valorativa. Religião, ação social nos finais de semana. Refere-se a valores como dignidade,
a beleza, a sabedoria religiosa, a piedade ou a importância de uma causa. Presente nas atitudes religiosas, ações militares, manutenção da cultura (menonitas) avessos as tecnologias, os ativistas contra a globalização. Não tem como objetivo último uma finalidade, mas a incorporação do indivíduo a uma situação de convicção. Ação tradicional- questões relativas ao convívio da família, filho de professor se torna professor também, filho de médico se torna médico. Ação dos menonitas de manter as tradições, a vida simples do campo sem tecnologias. No mundo globalizado vemos tradições preservadas como o casamento. Porte de um diploma de um determinado curso em uma determinada instituição, constitui não somente uma ação racional de família, mas também uma tradição passada a novas gerações. Muito próximo da fronteira racional, ocorre quando os indivíduos levam em conta hábitos arraigados, repetidos ao longo dos tempos, de modo a transformarem em costumes. Ação afetiva – escolha de um curso porque alguém com quem tem afetividade escolheu este curso também. Neste tipo de ação, que também se encontra na fronteira do racional, exprimem-se afetos, alegrias, complacências, tristeza, ódio, etc. Morte de um ente querido, grande perda nacional, choro de alegria a conquista de um capeonato. Ainda sobre Weber A educação no pensamento de Weber, a dominação. Influência com caráter de dominação é muito maior do que parece a primeira vista. Na escola que se reflete nas formas de linguagem oral e escrita consideradas ortodoxas [...]. Mas a dominaçãoexercida pelos pais e pela escola. Formais até a formação do caráter dos jovens. A associação doméstica constitui a célula reprodutora das relações tradicionais de domínio. Impõe-se às novas gerações. Foi um dos grandes teóricos da burocracia entendida como forma de dominação Educação como sistema educacional (lócus de reprodução cultural e domínio social) Weber destaca três tipos de educação tradiconal: 1. Humanística – forma de dominação tradicional. Para Souza, a educação humanística tem por propósito cultivar um determinado modo de vida que comporta particulares atitudes de comportamentos, seja de caráter mundano, seja de caráter religioso. Tipo de educação praticada pelas elites, em escolas especialmente destinadas a seus filhos. 2. Especializada - forma de dominação racional-legal. Destinada a formar o especialista ou expert como um produto da instrução e se define socialmente pelos saberes concretos. Aproxima-se do modelo tecnicista no Brasil. 3. Carismática - forma de dominação carismática. Formadora dos estamentos medievais como guerreiros e sacerdotes. Formam líderes cuja característica está depositada no carisma individual e seus súditos seguem tanto na política quanto na religião ou outra forma de dominação. A educação tradicional é ser BUROCRÁTICA. A ordem e a disciplina aparecem dotados de neutralidade, mas de fato correspondem a uma vontade de dominação dos mais velhos sobre os mais novos. Weber: - refletir sobre os valor dos certificados - pensar escola como mecanismo burocrático - compreender o tipo de autoridade exercida pelo professor Tríade clássica da sociologia: Weber, Marx e Engels. Marx e Engels tem a teoria que se assenta no materialismo. Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) “Conhecemos apenas uma única ciência, a ciência da história” (MARX; ENGELS, 1987, p. 23) Leis do movimento históricos são compostas pela dialética relação histórico-social dos homens entre sí e destes em suas relações com a natureza. Para existir história, é necessário que existam seres humanos vivos e em condições de realizar essa história. O que os indivíduos são coincide com sua produção (MARX; ENGELS, 2007). Podemos distinguir homens dos animais pela consciência , pela religião – por tudo o que quiser. Mas eles começam a distinguir-se dos animais assim que começam a produzir as seus meios de vida, passo este que é condicionado pela sua organização física. Ao produzirem os seus meios de vida, os homens produzem indiretamente a sua própria vida material. Os homens, na concepção materialista, não se distinguem dos animais por serem racionais. Na verdade, constituiem-se como racionais a partir do momento em que a sua existência passa a depender da sua própria ação para que se reproduza, por meio do trabalho. As condições materiais também são dadas pela natureza. Condições de subverter a natureza as suas necessidades. A conquista que extrapola as condições naturais em que vivem os homens, embora estes nunca possam viver sem a natureza como recurso. A ilusão de que não dependemos da natureza é consolidada pela vida nas grandes cidades. Os homens são considerados não como eles se veem, mas como são realmente em suas relações sociais. Os homens são aquilo que produzem, homens reais são determinados por essa produção. Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência. O capitalismo ganha esse nome devido a sua relação econômica primordial, o capital. De um lado está a burguesia que detém os meios de produção, de outro o proletariado, que se apresenta nessa relação dotado de sua força de trabalho. Estamentos: senhores feudais e o clero. Produção do estamento inferior da sociedade, em que eram os servos. A Revolução Francesa, representa o ápice da derrota da sociedade feudal e a vitória da burguesia, que então se posicionou como classe dominante de uma nova sociedade, a sociedade capitalista. Burguesia: força que nasceu no seio do feudalismo e que se opôs a este por um tempo. A burguesia foi obrigada a trazer consigo uma outra classe social que lhe deu sustentação moral e material, o proletariado. O trabalho realizado socialmente gera riquezas de proporções monstruosas e suficientes para todos, mas esta não é socializada na mesma proporção, o que pode vir a ser um fator de contradição e derrota desse sistema, Tonet denomina de decadência ideológica. A ética na sociedade capitalista é impossível de ser concretizada. A educação sozinha não é capaz de garantir eticidade na prática educativa. COOPERAÇÃO: A primeira forma capitalista de produção, não se distinguia do processo artesanal. Antigos artesãos passaram a vender a sua força de trabalho a um capitalista, que os organizava numa oficina. A produção capitalista só começa realmente quando um mesmo capital particular ocupa um número considerável de trabalhadores. O processo de trabalho amplia sua escala e fornece produtos em maior quantidade. Grande número de trabalhadores no mesmo local. Rompimento com o valor da mercadoria, que no artesanato era calculado pelo tempo de trabalho do artesão individualmente. Nas oficinas organizadas pelo capitalista o valor da mercadoria passa ser calculado pela destreza média. O costureiro, o serralheiro, o correeiro perdem pouco a pouco, com o costume , a capacidade de exercer seu antigo ofício em toda a extensão. O artesão para a manufatura passa a executar não mais a sua atividade original, mas uma parcela do trabalho total. Expropriação do trabalhador: expropriado de seus conhecimentos e ofícios anteriores, é expropriado da autonomia de trabalhar para si. A manufatura já não conseguia mais corresponder aos aumentos da demanda, risco o processo de trabalho estar na mão dos trabalhadores. Surgem as máquinas e sua generalização: a maquinaria, eliminando o ofícioi manual. O centro da produção deixa de ser o trabalhador e converge para a máquina. Máquina – maior produtividade – uma radicalização da desqualificação do trabalhador. Agora meros auxiliares de máquinas – têm que executar, assim, dissolve a hierarquia dos trabalhadores especializados. Máquina a vapor por Watt, a máquina mecanizada. A produção dá um salto na exploração da mais-valia, pois o ritmo de produção da máquina faz aumentar geometricamente a produção de cada trabalhador individual durante sua jornada de trabalho. Consequências da maquinaria: uso do trabalho infantil
e das mulheres. Prolongamento da jornada de trabalho, a intensificação do trabalho, o aumento da velocidade das máquinas e a ampliação do número de máquinas por trabalhador. Escolas capitalistas: vinculada estritamente às demandas da produção, uma instituição voltada para a formação unilateral, subordinada a formação do trabalhador para o trabalho cada vez mais desqualificado. Materialismo histórico-dialético. Crítico de Marx: a- economia (Smith/Ricardo)- se a riqueza está na produção ou na comercialização é uma discussão que perde o foco porque o problema está na distribuição, no bem estar da sociedade como um todo. b- utopismo anarquista – grupo separado da sociedade com ausência do governo, marx critica que a sociedade é necessária porque nos encontramos dentro dela. c- idealismo – pressuposição de que as coisas se iniciam pela idéia, teoria criticado por marx porque as coisas são criadas pelas necessidades, pelo materialismo, para fazer uma cadeira primeiro se fez um banco, depois colocou-se estofamento, depois reduziu-se o banco para uma pessoa que surgiu a cadeira. d- pensamento burguês positivista: pressupõe que as coisas amanha serão melhor que hoje, as coisas estão evoluindo. A critica é de quantas pessoas tem acesso a isso, técnica não significa viver melhor. e- propriedade privada: as coisas tem que ser de acesso a todos. f- religião – a religião acaba colocando algumas imposições sobre as pessoas, as pessoas não podem depender da idéia de outros. Idéias de Karl Marx: Materialismo Histórico-dialético Superestrutura • (ideias, cultura) Sociedade, ( luta de classes ) Infraestrutura (base material) Infraestrutura = Modo de produção forças produtivasrelações sociais de produção Modos de Produção da Vida Material Alienação: fazer ou falar de algo que não compreendemos / alienação econômica é você dispor de alguma coisa que não é sua (ter um carro alienado) - salário/lucro - Mais-valia (absoluta e relativa) – diferença entre aquilo que você recebe e aquilo que você produz; - Materialismo (histórico e dialético) que é uma interpretação crítica da sociedade Ilha das Flores (Brasil, 1989) https://www.youtube.com/watch?v= e7sD6mdXUyg Segundo o materialismo histórico-dialético Os homens não se distinguem dos animais por serem racionais, mas por produzirem sua própria existência. E isso fazem pelo trabalho. Exemplos de Modos de Produção Primitivo Asiático Escravista Feudal Capitalista Socialista Antônio Gramsci (1891- 1937) Hegemonia Relação trabalho educação O princípio educativo do trabalho Educação omnilateral (formação do indivíduo em toda sua potencialidade) Gramsci – vinculou as esferas da produção e da educação, o princípio educativo do trabalho. Produção Educação == Possibilidade Revolucionária Positivismo: Gramsci, a relação entre trabalho e educação carrega a positividade de ser uma possibilidade revolucionária, pela superação da subalternidade da classe trabalhadora, vítima da hegemonia burguesa, que impõe a essa classe o sendo comum como forma dominante de conhecimento. Conceito liberal: oculta o poder do Estado como poder de classe. Gramsci amplia o conceito de Estado através da incorporação da hegemonia [...]. O Estado é concebido como sociedade política mais sociedade civil, o que significa coerção do consenso. A dominação de classe exerce por meio dele, cuja função coercitiva não se separa de sua função adaptativa, que procura adequar ao aparelho produtivo a moralidade das massas populares. Classes parasitárias, resquícios medievais e aristocráticos, corpo de funcionários públicos que vivem na esfera do Estado. Para Gramsci, as classes parasitárias e sua influência na sociedade retiram dela a racionalidade necessária para o desenvolvimento capitalista. Fordismo: O sistema fordista faz moldar um homem de novo tipo, um homem capaz de adaptar-se às condições de trabalho na linha de montagem, num ritmo veloz e repetitivo. Este homem deveria ser um indivíduo moralmente condicionado à sociedade, um perfeito cidadão monogâmico e fiel a sua família, concentrado na produção. Daí a luta de Ford contra os vícios de seus empregados. A história do individualismo sempre foi uma luta contínua contra o elemento “animalidade” do homem. O fordismo imperou hegemonicamente articulado ao período de ouro do capitalismo no século XX, caracterizado pelo welfare state. Toyotismo também denominada de produção flexível. Um grupo de trabalhadores passa a se responsabilizar pelo processo de produção como um todo. O papel dos trabalhadores nas células de produção passa a ser o gerenciamento de máquinas microeletrônicas, que incorporam em seu funcionamento diversas operações antes realizadas pelos trabalhadores nas máquinas eletromecânicas. Toyotismo: cada vez menor elite de trabalhadores as tarefas mais complexas de manutenção, dada a sua complexidade, exigem deles profundos conhecimentos científicos, que são sumariamente negados a essa classe. Toyotismo: o trabalhador polivalente não significou avanços para a classe trabalhadora em termos de remuneração. Flexibilização significa “intensificação do trabalho, comprometimento e polivalência”. CCQ´s: Aprendizado imposto de cima – definindo normas para a convivência social em que a harmonia, a cooperação e a colaboração são as utopias necessárias. Dupla exploração: não reduz significativamente o esforço muscular, explora o esforço intelectual dos trabalhadores. Os próprios trabalhadores passam a vigiar e cobrar uns dos outros, o que é uma ótima estratégia do capital para a manutenção da produtividade, da ordem e do conformismo. Toyotismo – acumulação flexível, trabalhador generalista, especialistas generalistas, visão global e fidelidade a empresa. O capital, por sua vez, conta com um poder de convencimento tal que faz os trabalhadores acreditarem na flexibilidade, na cooparação e na adaptação como as “ utopias necessárias” para uma vida nessa sociedade. Aplicação Prática Os processos escolares reproduziam, de modo geral, esta concepção, objetivando a memorização de conteúdos compreendidos enquanto produtos do conhecimento humano, sobre os quais a inteligência do aluno não intervém, apenas observa, memoriza e reproduz. A pedagogia do trabalho taylorista-fordista priorizou os modos de fazer e o disciplinamento, considerando desnecessário ao trabalhador ter acesso ao conhecimento científico que lhe propiciasse o domínio intelectual das práticas sociais e produtivas e a construção de sua autonomia. Formação precarizada para os trabalhadores e e uma forma de qualidade propedêutica para a burguesia. Primado do saber tácito sobre o conhecimento científico, a formação dava-se muito mais sobre a experiência adquirida na prática cotidiana da produção que no acúmulo teórico. No Brasil, a ascenção do chamado tecnicismo na educação. Adestramento em massa da população para o trabalho, lei 5692/1971, universalizou o ensino técnico. Como pensar as contribuições desses autores no trabalho educativo? Ou ainda: como pensar suas contribuições sob o nosso contexto (brasileiro, no séc. XXI) específico? Verificar se seus apontamentos sob a educação como elemento transformador e/ou reprodutor ainda se verificam em nossa realidade particular, especialmente no contexto de uma sociedade capitalista multicultural Síntese Visitamos alguns dos autores clássicos da sociologia, atentando para suas diferentes contribuições Verificamos as percepções quanto à educação e ao sistema educacional Debatemos como as interpretações que constroem sobre a sociedade, especialmente em sua forma capitalista, se manifestam no contexto educativo escolar Weber: ação social e da burocracia, diplomas e certificados são fatores de status. Marx: método dialético, educação como parte da superestrutura ideológica da sociedade. Gramsci: demandas produtivas e a formação educativa.
CAPITULO 4 Tendências Pedagógicas e suas Bases Socioculturais Organização da aula Apresentar algumas das tendências pedagógicas mais conhecidas Identificar as particularidades históricas, sociais e culturais de cada vertente Debater o impacto dessas correntes no trabalho cotidiano do educador no sistema educacional brasileiro Contextualização O que são tendências pedagógicas? Por que elas são importantes para o trabalho educativo? Como elas impactam sobre a nossa prática como educadores? De acordo com Melo (2011), a tendência pedagógica pode ser entendida como um “conjunto de concepções sociais, psicológicas, antropológicas, históricas, econômicas que pautam a prática pedagógica em um período determinado. Cada momento histórico teremos problemas específicos e temos problemas que se repetirão ao longo da história. Entender os problemas que sugiram em cada momento e as respostas que foram dadas para solução dos problemas. Com base na análise destas respostas, entender o contexto em que surgiram, entender a importância dos fundamentos socioantropologicos, importância da sociologia, da psicologia, os teóricos, pensadores de cada época para solução dos problemas e as respostas oferecidas nos diferentes momentos e contextos históricos são interessantes para encontrarmos alternativas para os problemas contemporâneos e a prática educacional. ” Para compreender as diferentes correntes pedagógicas, é necessário refletir a partir dos espaços e contextos de criação, (...) (...) isto é, sobre o lugar em que as suas ideias-base foram geridas e a maneira com que dialogavam com cenário político, social e econômico nos quais foram gestados. Algumas das tendências que abordaremos a seguir PHC: Pedagogia Histórico Crítica. Abordada no capítulo 1. Escola Tradicional : novas tecnologias; teoria e prática em sala de aula – apesar de usar o powerpoint, a prática continua a ser tradicional. A tecnologia não muda nada.Perspectiva essencialista e conteúdo mínimo. A pedagogia tradicional deveria se basear em fundamentos morais, de autogoverno, para que cada um pudesse guiar a própria vida, de maneira disciplinada. Se comparado ao servilismo medieval, pode ser considerado um grande avanço. A educação deve servir ao cultivo dos valores que a nação, como espírito universal, subordinar-se à razão do Estado. É a alma da cultura, fim é a formção humana dentro dos mais altos padrões éticos da Nação. O processo de formação humana se dá pela via intelectual, isto é, pela instrução educativa, Herbart. Escolarizar todos os homens era condição de converter os servos em cidadãos, condição para participação do processo político, consolidação da ordem democrática burguesa, Saviani. Professor como centro do processo, considerado por Herbart como um arquiteto da mente do aluno. Cinco passos: a preparação, a apresentação, a assimilação, a generalização e a aplicação. Escola Nova : pragmatismo; Anisio Teixeira e a educação contemporânea no Brasil. Pretendia que a educação ganhasse um contorno mais pragmático, e atendesse certas demandas do sistema escolar. Intituto Ed. Anisio Teixeira, que ainda está presente, faz parte do cotidiano. Jogos de empresa, situações problema, fazer com que nossos alunos trabalhem com estas situações problema, fazem parte deste sistema pragmatista (pragmático - para que que eu uso tal conhecimento?). A escola nova surge nos fins do século XIX e adentra as primeiras décadas do século XX, Jhon Dewel. Corrente filosófica pragmatista, a verdade encontra-se na ação que produz resultados. Defendia a formação das crianças física, intelectual e emocionalmente, tendo a escola o papel de prepara-las para a vida. O foco está na subjetividades, no indivíduo com autoformação autônoma. Agora, a questão era o convencimento de que a vida na sociedade dependeria da luta entre os indivíduos. E era preciso que a formação se desse pela iniciativa própria, mais que pela tutela do professor transmissor de conhecimentos. Aprendizado autônomo do aprender a aprender e a autonomia o centro do projeto formativo humano e social da escola nova. Escola como mediadora da formação para a vida social, imbuída da formação para a autonomia. Escola Tecnicista : os currículos de ensino médio e superior. Os currículos e cursos superiores tem uma visão tecnicista, principalmente os cursos de gestão de curta duranção conhecidos como cursos tecnólogos. Têm suprimido os conteúdos. Capital internacional prevaleceu sobre o nacionalismo. A demanda da mão de obra representada pelas multinacionais. A importação do modelo de formação utilizado na pátria mãe. É um modelo alienado. Aumento da produtividade, via racionalização. Objetivo de promover o desenvolvimento econômico pela qualificação da mão de obra, pela redistribuição da renda pela maximização da produção. Conciência política indispensável a manutenção do estado autoritário. O acesso a escola se expandiu grandemente, inclusive para o ensino superior. A escola tecnicista é a implantação de uma lógica empresarial no seio da escola, desde a gestão até os currículos, a didática e a avaliação. Perfil humano desejado estava na produtividade. A teoria que melhor se adaptou a esse cenário formativo foi a teoria do capital humano, Shultz. Ideologia desenvolvimentista e da ideologia da segurança nacional da Escola Superior de Guerra. Escola Construtivista : discurso e contexto. Qual é a relação entre o discurso e o contexto? Trouxe muitas contribuições no sentido de pensar as mais diversas práticas pedagógicas sob o enfoque “crítico”. O aprender a aprender deve levar em consideração o desenvolvimento bio-psico-social da criança. Em que sentido esta forma acaba formatando, limitando, dando um foco unidirecional as possibilidades de compreensão do mundo. Acaba limitando as possibilidades de práticas e metodologias de que você pode trabalhar as crianças. Para Piaget, o homem é contruído de três dimensões: biológico, psicológica e social (ser bio-psico-social), sendo que a dimensão psicológica é a mediadora entre a dimensão biológica e a social. As crianças obtém conhecimentos por mio de suas próprias descobertas. A relação entre o indivíduo e o meio é a adaptação, sendo a assimilação e a acomodação partes desse processo. O conhecimento como um caso particular das trocas entre sujeito e objeto. Piaget vai ao encontro das características da sociedade democrática moderna [...]. O sistema democrático pede cooperação. Levar em conta o ponto de vista alheio, respeitá-lo, fazer acordos, negociações, contratos com o outro, admitir e respeitar as diferenças individuais, conviver com a pluralidade de opiniões, de crenças, de credos. Esta teoria não contempla é que a sociedade capitalista é uma sociedade “essencialmente” contraditória forjada nas lutas ente as classes sociais. Klein(2000) menciona que Marx denomina esse tipo de pensamento de materialismo abstrato: é materialista porque tem suas bases materiais na biologia, mas é abstrato no sentido de afastar-se da concretude das relações sociais, histórica e socialmente determinadas, além de contraditoriamente constituídas. Apenas experiências viáveis permanecem, com Moretto. Nossa sociedade, na verdade não é, senão o acúmulo de indivíduos que lutam pela conveniência num mundo de limitações. As limitações cada vez mais amplas, chegando ao limite de faltar comida, saneamento básico, saúde e educação de qualidade, entre outros itens evidenciados pelas estatísticas sociais. De uma forma indireta, tal proposição, queiram ou não seus defensores, é consonante com a concepção social dominante na nossa sociedade – que privilegia a competitividade ente os indivíduos – as linhas que criticam os postulados modernos da razão e da verdade, para os construtivistas, encontra-se na cabeça de cada indivíduo, conforme suas conveniências. Estes modelos são importantes ainda hoje? Parte de uma análise dos conteúdos dos PPP das escolas. Conceitualização Escola Tradicional
(pensamento essencialista, todo mundo precisa saber alguma coisa) - Integração à sociedade de classes – surgimento do capitalismo tinha uma massa populacional agrária que não estavam habilitadas, preparada para o trabalho nas fábricas. Desde a leitura de manuais até conhecimentos técnicos mais apurados. A idéia então era, a função da escola era formar homens para a nascente sociedade capitalista. - Escolarização em Massa (grande número de pessoas) - Formação igual para Todos (formação básica) Johann Friedrich Herbart (1776-1841) Pilares da Pedagogia Tradicional • Instrução educativa - básica de acesso a leitura • Governo – idéia de hierarquia • Disciplina – idéia de horários, respeito as regras, passividade Pink Floyd - Another Brick In The Wall Part. 2 (Legendado Em Português). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v =sXqUBASxQLU>. Escola Nova Escola Tradicional X Escola Nova Formação psicológica e individual Foco na subjetividade dos indivíduos A função da escola era formar o indivíduo competitivo: o sistema educacional incentivaria a competição dos melhores alunos, disputa. Modelo de conhecimento com o uso de ferramentas de jogos. O aluno daria conta da realidade com maior objetividade. Concepção de aprendizado autônomo: “aprender a aprender” John Dewey (1859-1952) Corrente pragmatista Interesses suscitados na prática – trabalhava muito com jogos. A partir de uma situação problema, motivaria o aluno a buscar soluções que ajudariam a resolver este problema, e compreender assim o sentido daquilo que ele está estudando. Formar para a vida social e para a autonomia Escola Tecnicista ( focos específicos) Formação com focos específicos, especialização. Os trabalhadores deveriam se tornar especialistas que irão gerar a riqueza do país, estarão em constante atualização porque as tecnologias tendem a se tornar obsoletas. Brasil: contexto da ditadura militar (1964-1985) A função da escola era formar um quadro competente de trabalhadores para o desenvolvimento do país Objetiva implantar uma lógica empresarial na escola:a idéia é a técnica, não está preocupado com a formação universal do sujeito. Teoria do Capital Humano- sujeito capaz de fazer algumas coisas específicas Formar o trabalhador produtivo – questiona-se para quem? Como? Porque o indivíduo se interessa em uma certa formação em detrimento de outras. Enquadramento do professor (transmissor de conteúdos) Ênfase excessiva no material didático Específico Teoria do Capital Humano A ideia fundamental da teoria é que o trabalho corresponde a mais do que apenas um fator de produção, devendo ser considerado um tipo de capital: o capital humano Ele é mais produtivo quanto maior for sua qualidade, que é dada pela intensidade de treinamento técnico científico e gerencial que cada trabalhador adquire ao longo da vida A melhoria da qualidade do capital humano: • aperfeiçoaria o desempenho individual de um trabalhador • incrementaria sua remuneração • é fator decisivo para a geração e riqueza e de crescimento econômico Construtivismo Matriz teórica baseada nas obras do psicólogo Jean Piaget (1896- 1980) As competências dos seres humanos teriam um certo desenvolvimento intelectual dependendo do desenvolvimento físico, evolução biológica, do cérebro. Como que a superfície física do cérebro vai suportando a geração do conhecimento. - O homem é constituído de três dimensões: bio-psico-social - Adaptação: define a relação entre o indivíduo e o meio de modo que o processo educacional se consolide da melhor maneira possível. - A assimilação e a acomodação são partes desse processo: como o crescimento da personalidade da pessoa acaba gerando, demandando uma certa perspectiva de realidade. Em termos políticos apresenta um viés conservador: temos que respeitar essa evolução em etapas, processo que se dá ao longo da história que é contínuo, constante. Mais ou menos como o processo educacional se dá de uma forma homogeneizada que dá um tom conservador. Não é uma revolução, não é um movimento crítico, a idéia e seguir uma sequenciação do processo de conhecimento. Os sujeitos desenvolvem estruturas cognitivas para adaptarem-se ao mundo dependem de um suporte empírico (processo interno). Uma outra perspectiva: Interacionismo Lev Vygotsky (1896-1934): • ênfase no social (relação com o outro e com o meio) • aprendizagem Mediada Foco na linguagem Zona de desenvolvimento proximal Aplicação Prática Para pensar Charlie Brown e a turma do Snoopy. Vida escolar!! Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=auq_3eL87C8>. Como essas diferentes concepções de escola e educação são perceptíveis no espaço escolar atual? Nossa prática, dentro de objetivos específicos, debate criticamente com elas? O trabalho educativo deve dialogar com a proposta pedagógica da escola e com as necessidades específicas dos alunos. A partir das diferentes contribuições e contradições, desenvolver uma metodologia de ensino condizente com as necessidades sociais e cognitivas Síntese Analisamos crítica e comparativamente algumas das diferentes tendências pedagógicas Observamos essas tendências de acordo com o seu contexto histórico social específico de produção Problematizamos essas questões a partir dos desafios e configurações atuais do trabalho educativo Escola tradicional, a formação do cidadão e do trabalhador para o capitalismo. Escola nova, a formação do indivíduo adaptado às mudanças sociais, focado na autonomia. Escola tecnicista, formar mão de obra para o desenvolvimento capitalista, técnica e especializada. Escola construtivista, é a concepção de um indivíduo como ser bio-psico-social e socialmente adaptado às mudanças do capitalismo. Revisão Organização da aula Retomar algumas das principais contribuições das correntes sociológicas clássicas para a educação (aula 4) Debater as proximidades e diferenças entre algumas das principais correntes pedagógicas do último século (aula 5) As Concepções Clássicas da Sociologia Émile Durkheim (1858-1917) Fato social Consciência coletiva Externos 2 Solidariedade mecânica X Solidariedade orgânica Contexto: sociedade Capitalista Toda educação consiste num esforço contínuo para impor às crianças maneiras de ver, de sentir e de agir, às quais elas não chegariam espontaneamente (DURKHEIM,1984, p. 5). Dimensão geracional Educação como mecanismo de coerção social Instituição socializadora Concepção Funcionalista Max Weber (1864-1920) Sociologia como o estudo da Ação Social Dimensão subjetiva (pressupõe a relação entre indivíduos com motivações distintas) Indivíduo – motor das relações Sociais Tipos Ideais (parâmetros de analise das ações em diferentes situações) Racional l Tradicional Afetiva Fins Valores Percepção de um Sistema Educacional: a educação passa a servir ao poder e a dominação burocrática A escola como lugar de reprodução (e não de transformação) cultural e domínio social de um determinado grupo Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820- 1895) O homem se diferencia dos animais a partir do momento em que começa a produzir seus meios de vida O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual (MARX, 2008, p. 47) Algumas ideias importantes • Modos de produção • Classe • Luta de classes Modelo de uma sociedade estruturada a partir do materialismo e das relações de produção (base/superestrutura) Significado restrito da educação na sociedade capitalista Capitalismo: modo de produção, composto por um determinado desenvolvimento de forças produtivas e um determinado sistema (...) (...) de relações de produção, que são as formas que os homens se dividem em Em uma sociedade em que a manutenção das diferenças
socioeconômicas é fundamental para a sua conservação, podemos afirmar que há um projeto educativo único para todos? Os diferentes grupos são compreendidos pelo sistema educacional da mesma maneira? As classes sociais são educadas da mesma forma? NÃO Responder objetivamente a tais questões não é difícil. O desafio reside em refletirmos sobre os fatores que as permeiam, como se configuram em nossa sociedade e imaginar maneiras de como podemos superá-las como educadores. Alguns modelos Escola Tradicional Escola Nova Escola Tecnicista Escola Construtivista Escola Nova. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v =Lr5xe2LXoqs>. Especial Escolas: Escola Construtivista (3/7). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v =CBNq3Ty- Z4c&list=PL00CF5FB5CCEFA71F>. Construtivismo Piaget • Ser biopsicossocial • Relação indivíduo-meio (adaptação) • Capacidade de aprender/estágios Cognitivos • Domínio de um aspecto biológico sobre elementos históricos e culturais Lev Vigotski. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v =_BZtQf5NcvE>. Interacionismo No contexto brasileiro mais amplo, em qual dessas perspectivas nos inserimos e com o qual temos contato? Elas se aplicam plenamente? Como podemos tratar essas questões em nossa prática educacional e escolar?

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