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Aula 4 Farmacodinâmica Mecanismo de ação

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Mecanismos Gerais de 
Ação dos Fármacos
Prof. Thales Pinheiro
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Mecanismo de ação dos fármacos
TEORIAS DA INTERAÇÃO DROGA/RECEPTOR:
1878 Langley - Lei da ação das massas
1910 Ehrlich – Postulou a existência dos receptores 
1926 Clark - Teoria da ocupação dos receptores
Paul Ehrlich
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A LIGAÇÃO DAS MOLÉCULAS DE DROGAS COM AS CÉLULAS
Moléculas de uma droga devem exercer alguma influência química em um ou mais constituintes das células para produzir resposta farmacológica – sendo para isso necessário que as moléculas da droga fiquem tão próximas a estas moléculas celulares a ponto de alterar sua função
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Mecanismo de ação dos fármacos
TEORIA DA OCUPAÇÃO DOS RECEPTORES 
(Clark, 1926):
" A resposta farmacológica de uma droga é proporcional ao número de receptores ocupados pela droga"
Fármacos não criam funções; apenas modificam as já existentes
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Mecanismo de ação dos fármacos
 K1
 D + R DR Resposta	
 K2
 
Droga Receptor Complexo 
livre livre droga/receptor
Receptor
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A formação do complexo fármaco-receptor leva à resposta biológica, e a magnitude da resposta é proporcional ao número de complexos fármaco-receptores:
Droga + Receptor = complexo D-R
 efeito
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As ações de alguns poucos fármacos não são mediadas por receptores específicos, mas dependem de interações químicas ou físicas. 
Ex: quanto aos gases anestésicos, acredita-se que eles alterem a estrutura da membrana.
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O LIGANTE PODE FUNCIONAR COMO AGONISTA OU COMO ANTAGONISTA.
Agonistas – ativam receptores, induzindo respostas celulares e moleculares do receptor.
Antagonistas – podem se combinar aos mesmos receptores sem causar ativação, impede a resposta do agonista.
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Lei de Ação das Massas: a velocidade de uma reação química é proporcional ao produto das concentrações dos reagentes.
De acordo com a constante de equilíbrio para a reação de ligação, KA = k2/k1
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A constante de equilíbrio KA, é igual à concentração da droga necessária para ocupar 50% dos sítios em equilíbrio.
0
1
0
5
0,5
Ocupação fracionária
Concentração (escala linear)
KA=1,0
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A intensidade do efeito produzido por uma droga é uma função da quantidade da droga administrada.
CURVA CONCENTRAÇÃO AGONISTA-EFEITO
CURVA DE CONCENTRAÇÃO EFEITO (In Vitro)
CURVA DE DOSE-RESPOSTA (In Vivo)
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Efeitos Mediados nos Receptores
Efeito
Log [Droga]
Agonista
Agonista Parcial
Antagonista
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Interacões entre drogas
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AGONISMO:
É a produção de uma resposta molecular e celular a uma interação entre droga (agonista) e um receptor ativando desta forma o receptor. A atividade intrínseca de um agonista total é, por definição, igual a 1.
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AGONISMO:
O agonismo parcial ocorre quando uma droga interage com um receptor produzindo, em média, uma resposta inferior a 1 unidade de resposta molecular. A atividade intrínseca molecular média é da ordem de 0 a 1.
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O antagonismo ocorre quando uma droga interage com um receptor inibindo a ação do agonista. A atividade molecular intrínseca é 0.
Antagonista competitivo/ não-competitivo (alostérico): O antagonista competitivo atua no mesmo receptor que o agonista impedindo ele de se encaixar, enquanto o antagonista alostérico atua em outro receptor mas que tem efeitos atenuantes dos efeitos desencadeados pelo agonista
ANTAGONISMO
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A diferença entre agonistas totais e parciais reside na relação entre ocupação e resposta. 
AGONISTAS PARCIAIS E O CONCEITO DE EFICÁCIA
O agonista parcial não pode produzir uma resposta máxima mesmo com uma ocupação de 100%.
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Definições:
AFINIDADE: É a tendência de ligação aos receptores.
EFICÁCIA: É a capacidade de uma vez ligado, de provocar alterações que produzem efeitos.
ATIVIDADE INTRÍNSECA: É a capacidade de um único complexo droga-receptor em induzir uma resposta.
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Sensibilização/Desensibilização
A estimulação constante de um receptor por um agonista resulta em um estado de progressiva dessensibilização, ou seja, o efeito se torna cada vez menor. Diversos mecanismos podem ser responsáveis por este fenômeno, tais como, alteração do receptor, sua destruição, relocalização na célula. Por outro lado a administração contínua de um antagonista gera um estado de hiperreatividade e supersensibilidade cada vez maior do receptor ao agonista.
A supersensibilização dos receptores associados a dor é uma das possíveis causas de fibromialgia.
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 Exemplos de Antagonismo
Contraceptivos orais com antibióticos
Antiácido com antiinflamatório
Serotonina com alossetrona, cetanserina e a ondansetrona, que são ansiolíticos
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Museu Oscar Niemeyer- Curitiba
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Mecanismo de ação dos fármacos
1921 - Otto Loewi – Vagusstoff
1936 Nobel Prize 
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Um caso clássico consiste na mistura de contraceptivos orais com antibióticos: os antibióticos aceleram o metabolismo hepático dos anticoncepcionais, aumentando consequentemente o risco da gravidez; os antibióticos também reduzem a flora bacteriana gastrointestinal residente, responsável pela degradação das cápsulas dos contraceptivos orais, reduzindo a absorção do fármaco9 .
Outro exemplo de interação medicamentosa com efeito antagonístico surge quando se toma um antiácido simultaneamente com um anti-inflamatório - o pH do estômago precisa ser ácido para absorver o anti-inflamatório, diminuindo assim a absorção do medicamento4 9 .
Os antagonistas são muito usados intencionalmente para diminuir o efeito de compostos químicos prejudiciais. Se um paciente tem excesso de serotonina existem vários medicamentos (como a alossetrona, cetanserina e a ondansetrona) que vão se ligar a um dos tipos de receptores da serotonina sem ativá-los, impedindo que a própria serotonina de se ligar e os ativar, diminuindo o efeito desse tipo de receptor no organismo.
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