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2013 Universidade Estacio de Sá Campus Norte Shopping 05/11/2013 Trabalho de Treliças TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 1 TRABALHO DE MECANICA Engenharias: Civil Elétrica e Petróleo e Gás Turno: Matutino Período: 3° Professor Miguel Grupo de Aluno Participantes: André Luiz Sousa Mat: 20120224030-5 Nathalia Lourenço Mat: 20130729634-3 Carlos Reis Mat: 20120224030-5 Gabriela Bavier Mat: 20120226885-4 Simone Mat: 20120224030-5 Maxuel Mat: 20120224030-5 TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 2 INTRODUÇÃO Para problemas que tratam do equilíbrio de estruturas feitas de várias partes unidas, as forças internas, assim como as forças externas devem ser determinadas. Para a interação de partes unidas, a terceira lei de Newton estabelece que as forças de ação e reação entre corpos que estão em contato têm a mesma intensidade, a mesma linha de ação e sentidos opostos. Três categorias de estruturas de engenharia serão consideradas: a)Treliças: consistem em elementos retos sujeitos a duas forças e unidos em nós localizados nas extremidades de cada elemento. b)Estruturas: contêm ao menos um elemento sujeito a múltiplas forças, ou seja, um membro sobre o qual atuam 3 ou mais forças. c)Máquinas: estruturas que contêm partes móveis e que são projetadas para transmitir e modificar forças. Uma treliça consiste em elementos retos unidos por nós. Nenhum elemento é contínuo através de um nó. É comum supor que elementos unidos por meio de conexões aparafusadas ou soldadas sejam unidos por pinos. Portanto, as forças que atuam em cada uma das extremidades de um elemento se reduzem a uma única força sem binário. A maioria das estruturas reais é feita de várias treliças unidas para formar uma estrutura espacial. Cada treliça sustenta cargas que atuam em seu plano e, portanto, pode ser tratada como uma estrutura bidimensional. Quando as forças tendem a estirar o elemento, ele está sob tração. Quando as forças tendem a comprimir o elemento, ele está sob compressão. TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 3 DEFINIÇÃO Definição de treliças - Armação formada pelo cruzamento de ripas ou tubos. Quando tem função estrutural, chama-se viga treliça e pode ser feita de madeira, metal ou alumínio. Treliças são tipo barras de madeira.que se ligam uma na outra para fazer uma estrutura e essa ligações são chamadas de nós. A treliça é uma estrutura de elementos ligados pelas extremidades comumente utilizadas em construções, com finalidade de desenvolver resistência a uma certa força resultante aplicada, funcionando como distribuidora de forças, sendo que em uma barra de treliça só pode existir dois tipos de forças: uma que comprime a barra e outra que traciona. De maneira geral, os materiais utilizados nas treliças devem possuir boa resistência mecânica e, sua resistência a tração é maior do que a compressão, isso possibilita que as treliças tracionadas sejam delgadas, permitindo uma boa economia na construção. Existem inúmeras formas de treliças e de acordo com o modelo utilizado, a inversão da direção diagonal de uma treliça muda completamente a sua funcionalidade, podendo deixar de sofrer compressão e vim a sofrer tração. TIPOS DE TRELIÇAS Treliças simples: A treliça será simples se puder ser obtida a partir de configurações indeformáveis pela adição de duas a duas barras partindo nós já existentes para novos nós (um novo nó para cada duas novas barras) Treliças Composta: A treliça é composta quando for formada por duas treliças simples ligadas por 3 barras não simultaneamente concorrentes ou paralelas, ou por um nó e uma barra sendo que esta barra não concorre no nó citado. A resolução de uma treliça composta pode recair no caso de duas treliças simples, mediante o cálculo prévio dos esforços nos elementos de ligação, o que permitirá isolá-las para fins de cálculo estático. Formas mais utilizadas: Treliça Pratt possui os elementos diagonais voltados para o centro da treliça e, com este tipo de estrutura os elementos diagonais sofrem tração e os verticais,compressão. Treliça Howe é o oposto da Pratt; Os elementos diagonais neste caso, passam a sofrer compressão; enquanto os verticais passam a sofrer tração. Percebam que com uma simples mudança de posição, muda-se completamente o funcionamento dos elementos da treliça. Por isso, um bom entendimento sobre o assunto é de fundamental importância. Mostraremos abaixo o funcionamento de distribuição de forças em uma estrutura treliçada: TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 4 CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUANTO AO EQUILÍBRIO ESTÁTICO a) Estruturas ISOSTÁTICAS Todos os esforços internos e externos podem ser determinados com a aplicação das equações de equilíbrio estático: Σ Fx = 0, Σ Fy = 0 e Σ M(i) = 0. b) Estruturas HIPERESTÁTICAS Quando não é possível a determinação de todos os esforços externos e internos apenas com a aplicação das equações das equações de equilíbrio da Mecânica Geral recorre-se a equações de compatibilidade das deformações. Incógnitas hiperestáticas (ou redundantes): são os esforços externos ou internos que existem a mais do que aqueles que podem ser determinados com as equações de equilíbrio. b.1) Hiperestaticidade externa: é o número de reações de apoio superior a três. b.2) Hiperestaticidade interna: é o número de incógnitas hiperestáticas supondo conhecidas todas as reações. Ocorre em geral quando um conjunto de barras não todas articuladas entre si, formam uma poligonal fechada. b.3) Hiperestaticidade total: é a soma da externa mais a interna. c) Estruturas HIPOSTÁTICAS Quando o número de vínculos é insuficiente. TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 5 DISTRIBUIÇÃO DE FORÇAS NUM SISTEMA DE TRELIÇA A Primeira Lei de Newton afirma que um objeto em repouso permanecerá em repouso desde que não seja submetido a uma força que provoque desequilíbrio. Em outras palavras, se um objeto não está se movendo, o total de forças agindo sobre ele deve ser zero. Então, quando você aplica uma força em uma treliça e ela não se move, a força resultante sobre ela deve ser zero. Com base nesses conhecimentos rápidos passados, poderemos obter algumas estimativas de quanto a nossa ponte poderá suportar. Ao lado uma estrutura montada no solidWorks para se ter uma melhor ideia de treliça, podendo ver as aplicações do que falamos acima sobre as divisões de forças e da estrutura treliçada. Ao lado uma noção de uma ponte treliçada realizada no SolidWorks Exemplo de Cálculo: Determine as forçasque atuam em todos os elementos da treliça mostrada na figura e indique se os elementos estão sob tração ou compressão. TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 6 Solução: Equações de equilíbrio nó B. Equações de equilíbrio nó C. Representação dos esforços nos elementos da treliça. TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 7 GRAUS DE ESTATICIDADE - TRELIÇAS Uma estrutura composta de barras e nós (os vínculos podem ser representados por barras) é uma treliça. Chamando de b o número de barras e n o número de nós (apoio móvel substituído por uma barra e o fixo por duas) tem-se: b < 2n treliça indeterminada ou móvel b = 2n treliça isostática b > 2n treliça hiperestática A expressão b = 2n é necessária, mas não suficiente para a determinação geométrica de uma treliça Existem “casos excepcionais” em que as treliças apresentam mobilidade apesar de verificada a expressão b = 2n. Os casos mais simples de excepcionalidade podem ser reconhecidos intuitivamente e os mais complexos, através do determinante dos coeficientes do sistema de equações de equilíbrio Δ = 0 (bastante trabalhoso). Observe que são necessárias 3 vinculações de apoio, portanto, internamente → bint = 2n – 3 Observe que a treliça (d) é uma vez hiperestática internamente, ou seja, tem uma barra a mais. Para que a treliça seja internamente determinada (isostática), vamos considerar uma treliça base, sem os vínculos de apoio, composta por 3 barras e 3 nós. A este triângulo podemos acrescentar outros nós, porém, sempre vinculados a duas barras. As treliças que formarmos através deste processo serão internamente isostáticas. Veja a construção da treliça (d) abaixo. TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 8 ALGUNS SISTEMAS COMERCIAIS No mundo, diversos sistemas foram desenvolvidos e patenteados. Dentre estes, é possível citar alguns dos mais utilizados: Destes sistemas, o de maior utilização mundial até hoje é o sistema MERO. No Brasil, a utilização de alguns destes sistemas se reduz basicamente a algumas poucas obras feitas com o sistema MERO. Isto se deve ao baixo custo que sistemas não patenteados aqui utilizados, oferecem. Dentre estes o mais comum é um sistema composto de barras de seção transversal circular (tubos) com as extremidades 6 amassadas, que se unem através de um parafuso, formando um nó. As Figuras abaixo trazem algumas ilustrações deste sistema. Vista parcial de treliça espacial com nó formado por parafuso e tubos prensados. TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 9 Esquema de sistema com nó formado por parafuso e tubos No entanto, sobre este sistema não são conhecidos estudos que comprovem a validade das hipóteses de cálculo assumidas. É possível notar, nas Figuras, variações de rigidez nas extremidades das barras assim como excentricidades nas ligações. A execução de coberturas, utilizando-se esse sistema, tem permitido aos diversos fabricantes o aprendizado do comportamento estrutural com a própria prática. É frequente a ocorrência de problemas decorrentes da adoção, no cálculo estrutural, de algumas premissas que não são verificadas não se tem uma avaliação do nível de segurança que estas estruturas possam ter. TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 10 DESCRIÇÃO DE ALGUMAS OBRAS COM TRELIÇAS Centro de Exposições Anhembi - Brasil A cobertura do pavilhão de exposições do Anhembi construída no final dos anos 60, talvez seja o exemplo de maior relevância no uso do sistema em treliça espacial no Brasil. Para o mundo, trata-se da maior área coberta em estrutura de alumínio. Projetada por Cedric Marsh, esta estrutura cobre uma área de 260m x 260m e é composta de 48.000 barras em alumínio com diâmetros variando de 60 a 150mm, com razão altura da treliça/vão de 1/25. Para montagem desta estrutura foi utilizada a técnica de lift-slab. Durante seu içamento, que durou cerca de 27 horas, ventos de 50 km/h foram verificados. É interessante ressaltar o esquema de apoios adotado nesta cobertura. Foram utilizados 25 cavaletes com as extremidades articuladas de modo a restringir os deslocamentos em apenas uma das direções e dispostos de maneira a permitir os deslocamentos radiais, diminuindo-se, assim, os esforços provocados por dilatação ou contração térmica. A Figura abaixo mostra um esquema com a disposição destes apoios. Disposição dos apoios adotada no Centro de Exposições Anhembi TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 11 Estádio Coberto de Toronto - Canadá A cobertura do estádio de Toronto, no Canadá, também é um exemplo interessante de utilização do sistema estrutural espacial, pois trata-se da maior cobertura retrátil do mundo. Este estádio possui uma capacidade para 54.000 pessoas sentadas, podendo atingir 65.000 pessoas em shows e concertos. A cobertura é composta por 4 (quatro) módulos, sendo 3 (três ) deles móveis, com vão máximo de 207,8 m. Quando a cobertura está completamente aberta, 91% dos assentos são expostos. Nas Figuras abaixo, estão mostradas algumas vistas desse estádio Vista geral do Estádio Coberto de Toronto TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 12 Para as barras, foram utilizados tubos de seção transversal quadrada com dimensões para as arestas de 202 mm a 304 mm. Com exceção do módulo 4, que é fixo, todos os outros possuem uma altura constante para a treliça (distância entre banzos) de 4,2 m. Vista parcial com a cobertura recolhida. A Figura abaixo apresenta um esquema geral do reticulado, onde é possível perceber as dimensões gerais da estrutura. Dimensões gerais para os diversos módulos da cobertura. TRABALHO DE TRELIÇAS - Matéria Mecânica - 3° Período Universidade Estácio de Sá Norte Shopping Pag: 13 Abaixo Imagens com as Treliças estudadas:
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