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CAPELATO, Maria Helena Rolim. Imagens e espetáculo do poder no varguismo e no peronismo. In: Multidões em cena: propaganda política no varguismo e no peronismo. 2ª edição. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

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Dayane Soares da Silva
CAPELATO, Maria Helena Rolim. Imagens e espetáculo do poder no varguismo e no peronismo. In: Multidões em cena: propaganda política no varguismo e no peronismo. 2ª edição. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
ANOTAÇÕES DE LEITURA
A importância da função simbólica nas ditaduras.
“Na tirania moderna, o poder é forçado a flertar com as massas.
A importância dos teóricos para animais politicamente as imagens, os gestos, os ritos.
Propósitos explícitos em romances, manuais escolares, escritos jornalísticos e etc.
O discurso ideológico se funde com a cultura do país.
Imagens simbólicas do varguismo e peronismo onde a função simbólica foi mais importante do que nos regimes militares, brasileiro e argentino.
“A função do símbolo [...] tem que ser entendida dentro da lógica de dominação posta em prática pelos diferentes regimes, levando em conta a importância que cada qual atribuiu à manipulação e ao consentimento” (pág.47-8).
Embora as ditaduras tenham se atentado a propaganda, usaram a força como principal recurso de poder, enquanto o varguismo e o peronismo demonstraram certa preocupação com o consentimento popular, buscando o apoio e legitimidade nas massas, daí a utilização de símbolos na luta pela manutenção do poder.
Esculturas, objetos, bandeiras, cartazes, composições
“Imagens do trabalho, mas, sobretudo, das realizações materiais foram reproduzidas para evocar progresso econômico e proteção social” (pág.50).
Símbolos difundidos nas escolas com o objetivo de formar a consciência do pequeno cidadão.
Comparando os dois regimes é possível constatas que a simbologia varguista foi mais modesta que a peronista, e as imagens do último tinham força política maior.
O privilégio das imagens fotográficas no Brasil “revela a preferencia pela representação mais objetiva da realidade, que talvez possa ser explicada como um traço da cultura política brasileira, fortemente marcada pelo positivismo [...] assim como a explicação também pode ser buscada na ênfase que o Estado Novo atribuiu às realizações materiais, meta primeira do governo para concretização do progresso” (pág.51).
“Os dois regimes tinham objetivos comuns em relação propaganda política, ou seja, conquistar o apoio da sociedade. Mas a prioridade dessa proposta não era igual, tendo sido muito mais forte na Argentina” (Idem).
“[...] cada um dos regimes apesentou uma maneira própria de valer-se imagens e dos símbolos com sentido politico” (Idem).
No Brasil, o descontentamento com a “República Velha" [...] preparou o terreno para o advento do Estado Novo. Na Argentina, a “década infame" [...] criou descontentamentos profundos em amplos setores da sociedade e expectativa de solução dos problemas por outros caminhos. O peronismo veio do encontro desses anseios” (pág.51-2).
“O uso dos signos nesses regimes produziu um imaginário politico em que se define, com igual força, os aliados e os inimigos [...] O signo fascina os olhares, mobiliza as energias, compensa as frustrações e infla as vaidades. Por um jogo de identificações, ele encadeia a some dos amigos do líder e, no mesmo tempo, catalisa a violência, permitindo descarrega-la sobre os inimigos, "bodes expiatórios" do momento.” (pág.52).
O anticomunismo: Representações negativas do comunismo na Era Vargas
A polarização na Argentina é bem visível nas imagens dicotômicas: peronistas x antiperonistas. “A representação dos "peronistas" como sinônimo de argentinos e dos “antiperonistas" como inimigos da pátria demonstra a dimensão da luta política do momento” (pág.53).
Acontecimento-mito; os descamisados (o que se sente povo, povo culturalmente inferior, etc.)
“‘As representações da justiça social, traço marcante da propaganda peronista, também revelam diferença em relação à propaganda estadonovista, na qual o tema é pouco retratado” (pág.55).
“Getúlio Vargas e Perón eram considerados pai, mas Perón era também amigo. Os dois termos indicam situações distintas: enquanto o primeiro deixa implícita a autoridade do “líder pai" em relação ao “povo criança", a segunda procura mostrar proximidade do líder em relação aos trabalhadores” (p.56).
Brasil > massa de excluídos do mercado de trabalho > “pobres” > cabia ao “pai”, chefe da nação, transformá-los em trabalhadores organizados e produtivos > trabalhador como peça fundamental na engrenagern da maquina do estado e construtora do progresso material.
Argentina > trabalhadores já eram uma categoria consolidada > organização e força política já demonstradas pela capacidade de conduzir ao poder um representante ao qual se identificavam > em troca de apoio Perón lhes ofereceu “justiça social”, que implicava na melhoria das condições de vida e trabalho.
Menor necessidade de apoio popular ao governo de Vargas > menor preocupação à mobilização das massas.
A-propaganda politica enfatizava a busca da harmonia social e a eliminação dos conflitos. As mensagens indicavam a construção de uma sociedade fraterna, via Estado, e com base nessa utopia criou-se a imagem da sociedade em festa", coesa e unida em torno do líder” (pág.58). 
Uma imagem harmônica para ocultar as praticas repressivas exercidas para manter o controle social; coerção ideológica.
Comemoração induzida pelos órgãos oficiais
Festa como um signo que faz parte de um ritual. Normas, regras e doutrinas não são suficientes para fundamentar o consenso social.
Festas oficiais x utopia da sociedade feliz
Diferentes recepção das festividades pelo povo argentino e brasileiro.

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