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Aula comunidades tradicionais

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05/06/2013 
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COMUNIDADES TRADICIONAIS 
BRASILEIRAS 
Indígenas 
Faxinalenses 
Caiçaras 
Quilombolas 
Jangadeiros Catadores 
de 
caranguejo 
Ribeirinhos 
Ribeirinhos 
ENTRE OUTROS... 
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Povos e comunidades tradicionais: reconhecimento 
formal e políticas públicas 
O reconhecimento jurídico-formal das denominadas 
“comunidades tradicionais”, reivindicado por diferentes 
movimentos sociais e afirmado no texto constitucional de 
outubro de 1988, conheceu um incremento a partir de 2002 
através de uma série de medidas governamentais que tem 
intensificado sua efetivação. Para além das alocuções e 
discursos oficiais tais medidas podem ser enumeradas do 
seguinte modo: implementação de dispositivos 
constitucionais, atos de ratificação de convenções 
internacionais e iniciativas operacionais do poder executivo, 
por meio de comissões e / ou grupos de trabalho 
interministeriais, instituídos por portarias e decretos. 
 
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Em junho de 2002, evidenciando a força das 
reivindicações dos movimentos sociais e ressaltando o 
caráter aplicado do conceito de “terras tradicionalmente 
ocupadas”, o governo brasileiro ratificou por meio do 
decreto legislativo n0 143, assinado pelo presidente do 
senado federal, a Convenção 169 da Organização 
Internacional do Trabalho (OIT). Esta convenção, que é de 
junho de 1989, reconhece como critério fundamental os 
elementos de auto-identificação, reforçando, em certa 
medida, a lógica de atuação dos movimentos sociais 
orientados principalmente por fatores étnicos e pelo 
advento de novas identidades coletivas. 
Decreto n.º 80.978, de 12 de dezembro de 1977- Promulga a 
Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio Mundial, 
Cultural e Natural, de 1972; 
 
Decreto n.º 2.519, de 16 de março de 1998- Promulga a 
Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada no Rio de 
Janeiro, em 5 de junho de 1992; 
 
Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (2001) 
 
Decreto n.º 5.051, de 19 de abril de 2004- Promulga a 
Convenção n.º 169 da Organização Internacional do Trabalho 
– OIT sobre Povos Indígenas e Tribais; 
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Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das 
Expressões Culturais (2005); 
 
Decreto de 27 de dezembro de 2004-Cria a Comissão 
Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades 
Tradicionais e dá outras providências; 
 
Decreto de 13 de julho de 2006- Altera a denominação, 
competência e composição da Comissão Nacional de 
Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Tradicionais; 
 
Decreto n.º 6.040, de 7 de fevereiro de 2007- Institui a 
Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e 
Comunidades Tradicionais. 
A noção de “comunidades locais”, que antes denotava 
principalmente um tributo ao lugar geográfico e a um 
suposto “isolamento cultural”, tornou-se relacional e 
adstrita ao sentido de “tradicional”, enquanto 
reivindicação atual de grupos sociais e povos face ao 
poder do Estado e enquanto direito manifesto através de 
uma diversidade de formas de autodefinição coletiva. 
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Assiste-se, em decorrência, a uma redefinição dos significados 
de categorias antes referidas às “comunidades locais”, tais 
como “primitivo” e “natureza”. O termo “primitivo” e suas 
inúmeras derivações, que designavam principalmente sujeitos 
biologizados, tem sido deslocados pelo advento de sujeitos 
coletivos, organizados em movimentos sociais. 
A noção de “natureza” passou a ser recolocada por 
meio de um intenso processo de mobilização, 
compreendendo diversas práticas de preservação dos 
recursos naturais apoiadas em uma consciência 
ambiental aguda, e pela oposição manifesta dos 
movimentos sociais a interesses de empreendimentos 
econômicos predatórios. 
 
Direito dos povos e das comunidades tradicionais 
no Brasil (Joaquim Shiraishi Neto, 2007) 
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a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável 
dos Povos e Comunidades Tradicionais tem por 
objetivo específico promover o citado 
“desenvolvimento sustentável” com ênfase no 
reconhecimento, fortalecimento e garantia dos seus 
direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e 
culturais das comunidades tradicionais. 
Em seu texto encontra-se a seguinte definição para o 
conceito comunidades tradicionais: 
 Grupos culturalmente diferenciados e que se 
reconhecem como tais, possuidores de formas 
próprias de organização social, ocupantes e usuários 
de territórios e recursos naturais como condição à sua 
reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e 
econômica, utilizando conhecimentos, inovações e 
práticas gerados e transmitidos pela tradição. 
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