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DIREITO EMPRESÁRIAL (1)

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1ª ETAPA
	2ª ETAPA
	3ª ETAPA
	1ª) Art. 150 – despesas decorrente da falência (administração)
	CRÉDITO EXTRACONCURSAL ART. 84
	CRÉDITO CONCURSAL
CONCURSO DE CREDORES ART. 83
	2º) art. 151 - Créditos Trabalhistas, cada trab recebe os últimos 3 salários até 5 salários mínimos antes da decretação falimentar ( sal de urgência). Serão pagos quando tiver disponibilidade no caixa.
	1ª) Remuneração do administrador judicial, auxiliares, trabalhista, trabalhista – acidente de trabalho e relativos a serviço prestado APOS a FALÊNCIA, se houver dinheiro em caixa recebe normalmente.
	1º) Trabalhista até 150 salários mínimos por trabalhador e acidente do trabalho valor ilimitado PRÉ- FALÊNCIA 
	3º) Ação de restituição art. 85 – o proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição. Parágrafo único. Tbem pod ser pedida a restituição da coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada.
	2º) Valore fornecidos a massa pelos credores
	2º Credor com garantia real; no limite do bem gravado
	Art. 150 despesas indispensáveis decorrente da falência; o administrador é quem julga quais são essas despesas. Ex: vale transporte, limpeza, manutenção... segurança. 
	3º ) despesas com administração, arrecadação e realização do ativo (pgto) e custas judiciais do proc falimentar q pod ser (posterga) o valor das custas p/ o final, mas ñ é obrigado.
	3º ) Tributo pré-falência, exceto multa.
	
	4º) custas judiciais de ações ou execuções q a massa falida perder 
	4º) Privilégio Especial art. 964 CC.
Honorários advocatícios entram como verbas trabalhista.
	
	5º) Tributo pós-falência + obrigações assumidas na recuperação judicial. Atos 
	5º ) Privilégio Geral art. 965
	
	
	6º) Credores Quirografários - sobras de verbas trabalhistas e sobras de verbas de credores com garantia real vão para pagar estes credores.
	
	
	7º) Multa Contratual: contrato, tributária, etc. Todas as multas . Crédito trabalhista se torna quirografários, inclusive de acidente d trab.
 PAGAMENTO DE CREDORES NA FALÊNCIA
	
	
	8º) Subordinado – sócio ou administrador que empresta dinheiro pessoal p/ empresa
Fase Pré-falimentar
A Fase Pré-falimentar inicia-se com o pedido de falência e finaliza-se com a sentença declaratória, dando início ao processo de falência em si.  .
Conforme a lei de falência (11.101/2005) estará sujeita a sua estipulação o empresário e a sociedade empresária. O art. 2º traz os casos em que não se aplica a lei de falência.
O artigo 97 traz os sujeitos ativos, ou seja, quem tem legitimidade para propor a ação.
1.    O próprio empresário/devedor nas formas dispostas nos artigos 105 a 107
2.    Qualquer credor seja ele pessoa física ou jurídica, porém no caso de pessoa jurídica o credor deverá apresentar certidão do registro público de empresas que comprovem a regularidade de suas atividades, ou seja, provar que existe regularmente; do contrário não poderá ajuizar a ação de falência.
3.    Cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante.
4.    O cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade.
Requisitos
Quando pode ser ajuizada a ação de falência? Art. 94
Inciso I
Insolvência clássica ou impontualidade injustificada: Ocorre quando o empresário deixa de pagar obrigação líquida (é aquela que é certa quanto a sua existência e quantia, ou seja, o devedor sabe que deve e quanto deve) de modo injustificado. Assim havendo a dívida de modo justificado não poderá ser requerida a ação de falência. Ex: Cheque clonado e nota fria. A dívida deve ser de título executivo seja ele judicial ou extrajudicial. Deve haver o protesto do título e essa dívida precisa ter valor superior a 40 salários mínimos.
Inciso II
Execução frustrada: Ocorre quando existe um processo de execução em curso e o empresário ou a sociedade empresária não faz os pagamentos dentro do prazo legal nem nomeia bens a penhora, frustrando a execução. Nessa hipótese estará legitimado o pedido de falência independente da quantia líquida. Para fundamentar o pedido o autor pode solicitar a certidão do processo de execução.
Inciso III
Prática de Atos de Falência: Os atos estão descritos nas alíneas do inciso terceiro e como exemplo citarei a alínea “a”... Liquidação precipitada: O empresário começa a se desfazer dos bens da empresa e não o substitui; o credor percebendo que a empresa está sumindo aos poucos poderá ajuizar a ação de falência; pois com essa atitude de má gestão o empresário mostra que não tem condições de prosseguir no mercado. Assim visando proteger o mercado a lei de falência sanciona essa atitude.
Do ajuizamento
Será feita a petição inicial conforme estipula o artigo 282 CPC
Endereçamento para o juízo competente: conforme o art. 3º será “o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.”
Qualificação das partes:
Réu: Será o devedor
Autor: Poderá ser o devedor; os credores ou demais hipóteses previstas no art. 97.
Causa de pedir: Deve ser uma das modalidades presentes no art.94.
- Impontualidade injustificada/ Insolvência clássica.
- Execução frustrada.
- Prática de atos de falência.
Pedido: Declaração de falência
Valor da ação: estará relacionado ao valor da dívida que deu ensejo a ação.
Provas: a petição deve trazer provas documentais e se necessário requerimento de perícia e testemunhas.
Levada a petição ao fórum a mesma será distribuída e quando chegar ao juiz ele fará a citação do réu, que terá o direito de se manifestar a respeito. Possibilidades que o devedor tem ao ser citado:
- Depósito elisivo: art.98 §1º
Assim poderá fazer o depósito para pagamento da dívida reclamada e nesse caso terá que pagar também juros, correção monetária e os honorários advocatícios. E se assim o fizer o juiz estará impedido de decretar a falência.
- Realizar contestação no prazo de 10 dias.
- Solicitar recuperação judicial, dentro do prazo da contestação.
- Alegar que se trata de excludente de pagamento conforme art. 96
Da sentença
Analisado o caso o juiz decidirá se o pedido de falência é procedente ou improcedente.
Se procedente: a sentença será considerada declaratória, dando valia ao processo. (cabe agravo de instrumento).  
Se improcedente: a sentença será considerada denegatória. (cabe apelação).
Em ambos os casos caberá recurso sendo na sentença declaratória cabível o agravo de instrumento e na sentença denegatória a apelação.
FALÊNCIA: PROCESSO FALIMENTAR
Se o juiz julgar procedente a ação ajuizada por qualquer um dos legitimados previsto no art.97da Lei 11.101./2005 ele dará sentença declaratória de falência como vimos no resumo anterior. A partir disso dará início ao processo de falência.
Órgãos da Falência
- Administrador Judicial: O juiz fará a nomeação do administrador judicial, que será um auxiliar no processo de falência cumprindo as burocracias necessárias e pertinentes a sua função; como o próprio nome sugere irá administrar a falência, com fiscalização do juiz e do comitê de credores. Fará o levantamento dos bens; a identificação dos credores junto ao devedor montará o quadro de credores que será útil para classificação dos créditos e cuidará dos interesses da massa falida realizando o levantamento do ativo com arrecadação dos bens do devedor e montando inventário para venda. 
As características do administrador judicial estão presentes no art.21 da lei de falência.
“Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. 
Parágrafo único. Se o administrador judicial nomeado for pessoa jurídica, declarar-se-á, no termo de que trata o art. 33 desta Lei, o nome de profissional responsável pelacondução do processo de falência ou de recuperação judicial, que não poderá ser substituído sem autorização do juiz.”
- Assembleia de credores: Terá a função de instituir o comitê de credores, indicar as formas de realização do ativo, ou seja, decidir sobre a forma de alienação dos bens na falência e decidir matérias de interesse dos credores.
- Comitê de Credores: O comitê de credores é órgão facultativo, sua função é supervisionar o administrador judicial; na ausência do comitê o juiz e os credores desempenharão essa função. O juiz poderá inclusive destituir o administrador de ofício. O comitê será composto por um representante das modalidades de crédito mais dois suplentes. Será instituído pela assembleia de credores.
ARRECADAÇÃO DOS BENS
O administrador judicial fará o levantamento dos bens do devedor/falido e dos sócios com responsabilidade ilimitada e colocará o inventário a disposição da massa falida; a assembleia escolherá a forma de alienação do bem podendo ser, por exemplo, por leilão, Pregão ou proposta fechada. Essa venda deve ser feita de forma pública a terceiros não interessados; qualquer outra forma de venda deverá ser submetida à aprovação da assembleia dos credores.
Porém ao fazer o levantamento dos bens e fechar ou lacrar a empresa pela declaração de falência pode acontecer que sejam incluídos bens de terceiros que estavam nas dependências da empresa ou na posse do falido, mas que não pertençam ao mesmo. Caberá ao seu proprietário ingressar com ação de restituição na qual deverá provar ser o proprietário do bem; se por algum motivo esse bem perecer o juiz fará a restituição do valor assim que tiver dinheiro em caixa, ou seja, não precisa esperar pelo processo de falência. Vale salientar que nesse caso não há que se falar em indenização, pois o juiz agiu no exercício regular do direito. Terá direito a restituição também o fornecedor que entregou mercadoria até 15 dias antes da declaração de falência, se ainda não foi alienada. Do contrário não observado o prazo e tiver sido alienado passará a ser crédito quirografário.
Habilitação dos créditos
É o momento em que o administrador faz o levantamento dos credores e formula o “quadro geral de credores” sendo etapa importantíssima, pois alinhará a ordem de pagamento dos créditos. Os credores terão 15 dias para requerer a modificação dos valores dos seus créditos ou de outros credores.
- Os bens a serem restituídos: serão habilitados mediante ação de restituição.
- Os demais credores: poderão ser habilitados pelo próprio devedor que nomeia seus credores, e caso não seja nomeado terá 15 dias para se habilitar sem necessidade de advogado conforme art.9º
- Credores retardatários: A habilitação atrasada é permitida, mas o que já foi decidido antes não será alterado. Art.10.§3º
- Credores de ação separada em andamento: art.6º este credor não deve ser incluído imediatamente já que seu direito ainda está sendo julgado; porém poderá pedir reserva do valor ao juiz que está julgando sua ação que comunicará ao juiz da falência. Assim não se habilita.
- Efeitos da decretação da sentença de falência.
De modo geral os efeitos são:
Responsabilização dos sócios com responsabilidade ilimitada: Quando se fala em falido deve se pensar no empresário, na sociedade empresária e também nos sócios de responsabilidade ilimitada. Diferentemente da lei anterior à nova lei de falência 11.101.2005 traz essa novidade incluindo o sócio de responsabilidade ilimitada na condição de falido também.
Art. 190. Todas as vezes que esta Lei se referir a devedor ou falido, compreender-se-á que a disposição também se aplica aos sócios ilimitadamente responsáveis.
Fixação do termo legal: Esse termo, que é um lapso de tempo, poderá retroagir até 90 dias contados do pedido de falência ou do primeiro protesto por falta de pagamento. Isso ocorre visando resguardar a massa falida, estando os atos do falido propensos à nulidade, ou seja, os atos praticados nesse período são revogáveis.
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
  II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
Confecção de lista dos credores: No processo de falência o administrador judicial terá que montar o quadro de credores; que deverá compor além daquele que solicitou a ação de falência todos os credores do falido. Esse quadro será estruturado com base nas nomeações feitas pelo próprio falido indicando quem são seus credores e também pela habilitação de crédito. Ou ainda pelos mecanismos abaixo:
Art. 7º A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas.
Indicação do prazo para habilitação do crédito: Quando o administrador fizer o quadro de credores o mesmo deverá ser divulgar para que no prazo de 15 dias os credores não mencionados habilitem seus créditos ou corrijam informações, mediante prova da existência do crédito obviamente.
Art. 7º § 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.
Suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido: Como os bens do falido respondem no processo de falência para pagar os credores, é entendível que todas as ações contra o credor sejam unas e corram perante o juiz universal. Exceções:
  Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.
        § 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.
        § 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença.
# Nos casos acima descritos não haverá a suspensão.
Indisponibilidade de bens: Assim que for decretada a falência o falido perde o direito de administrar e dispor de seus bens, sendo essa prerrogativa agora responsabilidade do administrador judicial; porém o falido poderá fiscalizar como está sendo gerenciada a falência e observar se estão sendo destinados ao fim legal, podendo inclusive entrar com recurso cabível, pois ainda é proprietário dos bens.
Anotação do termo falido: A partir da decretação da sentença o falido fica inabilitado de exercer qualquer atividade empresarial até se extinguir suas obrigações. Essa é mais uma consequência da decretação da sentença e inclusive está muito claro na lei.
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei;
Inabilitação do falido: como descrito acima!! A partir da decretação da sentença o falido fica inabilitado de exercer qualquer atividade empresarial até se extinguir suas obrigações.
Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, respeitado odisposto no § 1o do art. 181 desta Lei.
Parágrafo único. Findo o período de inabilitação, o falido poderá requerer ao juiz da falência que proceda à respectiva anotação em seu registro.
Convocação da Assembleia dos credores: assembleia geral dos credores será convocada pelo juiz, em edital e jornais de grande circulação com antecedência mínima de15 dias a pedido do administrador judicial ou dos próprios credores. Este é o principal órgão do processo e dá força ativa aos credores, além da escolha da forma na qual os bens do falido serão alienados outra atribuição é a formação do comitê de credores que irá fiscalizar o administrador judicial.
Formação da massa falida objetiva: Arrecadação de todos os bens do devedor exceto os empenhoráveis, para formação do ativo destinado ao pagamento dos credores. 
Observação: Existem outros efeitos causados pela decretação da falência, uma boa dica é consultar a página do livro Curso de Direito Empresarial esquematizado de André Ramos Santa Cruz na página 556. Pois lá ele fez um quadro relacionando os efeitos quanto ao falido, quanto aos bens do falido, quanto aos contratos dos credores e quanto aos credores.
Classificação dos créditos
Os créditos são classificados em extraconcursais e concursais. A ordem de pagamento dos créditos está definida na lei 11.101/2005.
Extraconcursais: São créditos que surgem depois ou em virtude da declaração da falência e estão descritos no artigo 84. Porém antes do pagamento dos créditos extraconcursais presentes no artigo 84 existem créditos que possuem uma preferência maior, a saber:
Art. 151. Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa. (Veja que é imediato)
Art. Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição. 
Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada. 
Art. 149. Fala a respeito da reserva para credores de ação separada em andamento, até o julgamento definitivo do crédito; se a sentença disser que o autor não tem direito ao valor pleiteado a quantia será rateada entre os demais credores. 
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a: I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência; 
II – quantias fornecidas à massa pelos credores; 
 III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência; 
 IV custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida; 
 V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.
 Concursais: Art. 83
- Trabalhistas até 150 salários mínimos, o credor poderá ajuizar o valor integral, porém será prioridade até 150 salários mínimos (R$788 x 150 = R$118,200) o que exceder será considerado como crédito quirografário. Está na mesma paridade de preferência os créditos referentes a acidente de trabalho, porém nesse caso o legislador não estipulou valor.
- Credor com garantia real: Nesse caso será considerado como garantia real o valor do bem. Exemplo: Hipoteca – Divida de R$100mil e bem avaliado em R$80mil valerá como garantia real o valor do bem, ou seja, 80mil e o que exceder será crédito quirografário. Assim R$80mil em garantia real e R$20mil em crédito quirografário.
-Crédito tributário aqui independe quando o tributo foi gerado mesmo que seja antes da declaração de falência deverá ser pago. O que não irá entrar agora serão as multas, pois seguem ordem de pagamento diferente.
-Crédito de privilégio especial art. 964 da Lei 10.406/ 2002;
- créditos com privilégio geral art. 965 da Lei 10.406/2002;
- Créditos quirografários: serão créditos não previstos nas modalidades anteriores e os excedentes trabalhistas e de garantia real.
-Subquirografários: Recorrentes de multas (Tributárias, administrativas, contratuais etc.).
-Crédito subordinado: são créditos dos sócios e administradores sem vínculo empregatício. Ex. O sócio fez um empréstimo a empresa; ele poderá receber, mas só depois dos demais.
Havendo o pagamento dos credores encerra-se o processo falimentar.
   DIREITO EMPRESARIAL - RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
Principio da proteção da atividade empresarial 
 O princípio da proteção da atividade empresarial fortalece a ideia da importância social que a empresa possui, entendendo que a manutenção da empresa beneficia não apenas seus sócios ou a empresários, mas sim, a toda uma coletividade que depende desta empresa e de modo geral a sociedade.
Deste princípio entendemos o principal objetivo da recuperação empresarial; que é a manutenção desta unidade geradora de empregos, renda, produtos, serviços e de todos os interesses envolvidos.
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir  manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica (Art. 47, da Lei 11.101/05).
Recuperação Judicial 
A recuperação judicial é um instrumento legal que permite ao devedor apresentar em juízo plano para pagamento de seus credores e ainda manter a empresa. Permite-se assim que a empresa se reorganize e possa se fortalecer evitando a falência que, como vimos acima afeta não apenas os empresários e sócios, mas todos aqueles que se beneficiam da mesma e por fim a sociedade. Assim a recuperação judicial é um instrumento legal para que empresa possa superar crise econômica e financeira visando evitar a falência. 
Legitimados 
- O empresário;
- A sociedade empresária;
- O cônjuge sobrevivente;
- Os herdeiros;
- O inventariante;
- O sócio remanescente.
Requisitos 
   Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
        I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
        II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
        III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;      
        IV – não ter sido condenado ou não ter, como administradorou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
São incluídos na recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.
O pedido 
Conforme explica André Luiz Santa cruz Ramos, o empresário sabe quando está em crise ou percebe quando a empresa não está indo bem. Assim coerentemente a recuperação judicial é pedida pelo devedor; porém pode também ser uma opção quando um credor pede a falência deste empresário ou empresa que para não falir faz o pedido de recuperação judicial.  O devedor não pode desistir do pedido depois do deferimento da recuperação judicial, SALVO, se obtiver aprovação da assembleia de credores. (Art. 52, § 4º).
Competência 
O pedido de recuperação judicial deve ser feito na justiça por meio da petição inicial observando os requisitos do art. 282, CPC, além das informações que compõem o pedido exigidas pela lei 11.101/2005 em seu art 51, incisos I a IX. A competência será do foro onde localiza-se o estabelecimento principal do devedor ou da filial da empresa que tenha sede fora do país.
Da análise do pedido 
Analisando a documentação e as informações apresentadas no pedido de recuperação judicial, o juiz irá aceitá-lo ou não.
- Se o juiz identificar que a documentação não está completa, faltando informações; ele deverá intimar o devedor para que complete / emende o pedido (art.106 da lei 11.101/2005) . Teoricamente o prazo obedecerá a estipulação do art. 284,CPC, porém se para obter as informações o devedor precise deslocar-se para outros estados da federação o juiz lhe dará prazo razoável. 
                             
Depois de preenchidas as lacunas será dado despacho para início do processamento da recuperação judicial, O QUE NÃO SIGNIFICA,  deferimento do pedido. O despacho APENAS abre a fase de verificação da possibilidade de ser concedida a oportunidade de recuperação judicial para o devedor. Após o despacho o devedor terá o praz decadencial de 60 dias para apresentar o PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
- Se o pedido não obedecer os requisitos da lei 11.101/2005 o juiz decretará a falência do devedor e  isto ocorrerá também se o mesmo não apresentar o plano de recuperação judicial no prazo de 60 dias após o despacho.
Plano de recuperação judicial
Após o despacho o devedor terá 60 dias para apresentação do plano de recuperação judicial. Neste plano o devedor apresentará sua estratégia para sair da crise que enfrenta e como pretende adimplir sua dívida perante seus credores. 
  Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, e deverá conter:
        I – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo;
          II – demonstração de sua viabilidade econômica; e
        III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.
        Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos credores sobre o recebimento do plano de recuperação e fixando o prazo para a manifestação de eventuais objeções, 
Meios de Recuperação Judicial 
O art. 50 da lei em análise traz alguns mecanismos que podem servir como plano para recuperação do devedor, tais como: cisão, incorporação, fusão etc, a leitura do artigo lhe trará inúmeras possibilidades. 
Qualquer dos credores pode se opor ao plano judicial no prazo de 30 dias. Havendo objeção o juiz fará a convocação da assembleia geral de credores.
Composição da Assembleia de credores 
 Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes de credores:
 I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho;
 II – titulares de créditos com garantia real;
 III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados.
 IV - titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. 
Quórum 
Depois de apresentado o plano de recuperação o juiz submeterá este plano a aprovação dos credores. A assembleia geral de credores tem a função de decidir as matérias de interesse destes e será responsável por aprovar ou não o plano de recuperação judicial. (Art. 35,I, a).
-Voto favorável de credores que representam mais da metade do valor dos créditos presentes.
- Aprovação de pelo menos duas classes.
- Na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1o e 2o do art. 45 desta Lei.
Art. 42. Considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos favoráveis de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia-geral, exceto nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial nos termos da alínea a do inciso I do caput do art. 35 desta Lei, a composição do Comitê de Credores ou forma alternativa de realização do ativo nos termos do art. 145 desta Lei.
Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as classes de credores referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta.
        § 1o Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes.
        § 2o Na classe prevista no inciso I do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito.
        § 2o  Nas classes previstas nos incisos I e IV do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito.        (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
        § 3o O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de verificação de quorum de deliberação se o plano de recuperação judicial não alterar o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito.
  Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembléia-geral de credores na forma do art. 45 desta Lei.
        § 1o O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido, de forma cumulativa:
        I – o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembléia, independentemente de classes;
        II – a aprovação de 2 (duas) das classes de credores nos termos do art. 45 desta Lei ou, caso haja somente 2 (duas) classes      com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas;
        III – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1o e 2o do art. 45 desta Lei.
        § 2o A recuperação judicial somente poderá ser concedida com base no § 1o deste artigo se o plano não implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado.
Para complementar o entendimento sugiro a leitura dos artigos comentado como dica de site segue o link abaixo :
http://www.direitocom.com/lei-de-falencias-lei-11-101-comentada/capitulo-ii-disposicoes-comuns-a-recuperacao-judicial-e-a-falencia-do-artigo-05-ao-46-lei-de-falencias-lei-11-101-comentada/artigo-45-6
Efeitos da concessão da recuperação (Obs: abaixo estão apenas alguns exemplos)
Nomeação do administrado judicial:
O juiz fará a nomeação do administrador judicial, que será um auxiliar na recuperação judicial cumprindo as burocracias necessárias e pertinentesa sua função. 
Art. 21 II – na recuperação judicial:
        a) fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial;
        b) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação;
        c) apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das atividades do devedor;
        d) apresentar o relatório sobre a execução do plano de recuperação, de que trata o inciso III do caput do art. 63 desta Lei;
Suspensão das ações e execuções contra o devedor:
Art. 52, III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o do art. 6o desta Lei ( Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.
        § 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.
        § 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença )e as relativas a créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei (§ 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4o do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.
        § 4o Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei.);
Obrigações e valores inexigíveis:
 Art. 5o Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência:
        I – as obrigações a título gratuito;
        II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
Dica!!!!!!!!
Sugiro que vejam os links abaixo com questões respondidas para ampliar o conhecimento e ajudar a ter uma visão mais prática quanto ao assunto.
http://br.advfn.com/bolsa-de-valores/empresas/recuperacao-judicial
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/10/veja-perguntas-e-respostas-sobre-recuperacao-judicial.html
http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_4/2009/03/22/em_noticia_interna,id_sessao=4&id_noticia=103486/em_noticia_interna.shtml
Fontes
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI140719,21048-Breves+consideracoes+acerca+do+principio+da+preservacao+da+empresa
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm
http://www.infoescola.com/direito/falencia-recuperacao-judicial-e-extrajudicial/
Fontes: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm

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