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Resenha sobre o filme "O Patriota"

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Lançado em julho de 2000, mês que se comemora a independência dos Estados Unidos, “O Patriota”, longa-metragem dirigido pelo alemão Roland Emmerich, tem na composição do seu elenco atores consagrados como: Mel Gibson, Heath Ledger, Jason Isaacs, Joely Richardson, entre outros.
A película passa-se na Carolina do Sul no ano de 1776. Benjamin Martin (Mel Gibson), ex-herói da “guerra dos 7 anos” (conflito entre a Inglaterra e a França), reluta em entrar na guerra contra as tropas britânicas lideradas pelo coronel Tavington (Jason Isaacs). Mas os conflitos chegam à sua fazenda, e ele decide juntar-se ao exército revolucionário. Para vingar sua família, ele parte para a guerra ao lado de seu filho Gabriel (Heath Ledger), jovem idealista e patriota.
O filme possui um efeito didático positivo, porque possibilita a visualização do contexto que culminou na independência americana. É claro que possui todo um caráter romântico (típico dos filmes que desejam não apenas retratar um momento, mas também despertar emoções no público) que talvez não seja aplicável ao contexto. No entanto, uma análise histórica faz percebe-se a referência a pontos que, de fato, marcaram o processo de conscientização colonial, passando pelos grupos sociais envolvidos, e chegando à revolução em si. 
“O Patriota” elucida muito bem a indignação de alguns moradores das Treze colônias elucidando as medidas tomadas pela Coroa Britânica. Logo no início do filme é possível perceber isso quando os colonos pedem a morte do rei Jorge. Nesse sentindo aborda-se a questão dos impostos e da não representatividade colonial no Parlamento inglês que estaria ferindo, assim, os direitos de tais colonos. Uma segunda questão abordada é a do patriotismo despertado entre os colonos. Tal sentimento, ainda que incipiente e imediato, é forte o suficiente para conduzir a uma revolução que defende, sobretudo, a causa da liberdade e a independência de uma nação: a nação americana. 
Esse patriotismo é visível no desejo de se alistar no Exército Continental e na sobreposição de questões pessoais pela questão da independência, ambos retratados no filme. A participação do negro na revolução e o racismo são, também, pontos bem trabalhados, principalmente no que tange ao dilema sobre o conceito da liberdade usado na época, criado em torno do personagem Occam (Jay Arlen Jones). Essa liberdade, tão preconizada e defendida, culminaria na independência, mas tardaria a conceber o fim total da escravidão. 
Questões secundárias, mas não menos importantes, são: a formação de milícias que têm sua importância pela atuação constante na guerra; a existência de colonos anti-separatistas, os famosos tories, já mencionados acima, e que lutaram ao lado do exército britânico contra a independência; e o envolvimento de estrangeiros no conflito, como os franceses que apoiaram e lutaram ao lado do exército norte-americano.
“O Patriota” foi um sucesso de crítica e público arrecadando milhões e virou um símbolo do patriotismo americano. Porém, é preciso salientar o contexto em que o filme foi produzido. Nos anos 2000, os Estados Unidos já estava envolvido em muitos conflitos no Oriente Médio e precisava mais do que nunca do exército norte-americano ao lado do Estado, que passava por uma diminuição no número de alistamentos para servir as forças armadas norte-americanas, dessa forma, o longa-metragem serve muito bem para exaltar o sentimento patriótico dos Estados Unidos e quem sabe incentivar os jovens a lutar por seu país.

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