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05/11/2012 1 A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA “Gravidez com evolução desfavorável para o feto e prejuízos no prognóstico materno”. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 10-20% grávidas de alto-risco Principais causas de GAR: Pós-maturidade (42 sem) Doença hemolítica perinatal Toxemia gravídica (pré-eclampsia e eclampsia) Hipertensão arterial aguda e crônica Nefropatia hipertensiva Doença vascular Diabetes A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Cardiopatias Anemia Pneumopatia Hipertireoidismo Crescimento intra-uterino retardado História obstétrica de natimorto Gravidez acima de 40 anos Descolamento prematuro da placenta Gravidez gemelar Amniorrexe prematura A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 1) Toxemia gravídica: 10% das gestações. Pré-eclâmpsia: proteinúria hipertensão edema Eclâmpsia: proteinúria hipertensão edema + crises convulsivas Etiologia: desconhecida. Crises convulsivas: etiologia desconhecida. “Considera-se que a eclâmpsia ocorre quando a PAm [PAS+(PADx2)] 3 excede o limite superior da auto-regulação do FSC”.2 2. BARACHO,E.Fisioterapia aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia,2007,p. 105. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Fatores predisponentes: primíparas; jovens; multíparas idosas; gemelidade; diabetes; doença hipertensiva vascular e renal; incompatibilidade pelo fator Rh. Tratamento clínico: conservador com medicamentos e repouso no leito, em dec. lateral esquerdo. Restringir atividades físicas. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Fisioterapia (na Pré-eclâmpsia): Relaxamento Progressivo Jacobson Técnicas de respirações associadas Posicionamento em fowler e decúbito lateral esquerdo Contrações perineais leves (Kegel) Orientações posturais; orientações aleitamento materno. 05/11/2012 2 A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 2) Descolamento prematuro da placenta: em torno de 3,5 % das gestações. Separação da placenta implantada no corpo do útero. Não confundir com placenta prévia. Gestações de 20 ou mais semanas completas. Freqüência: multíparas e gestantes jovens (< 20 anos). A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA História do acidente em gestação anterior. Tratamento obstétrico: Repouso Cesariana (concepto vivo) Aceleração do parto vaginal: (concepto morto) Tratar a hemorragia pós-parto (se houver). A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Fisioterapia: atuação limitada!!! Repouso, segundo orientações médicas Relaxamento + resp.profunda/calma Orientações posturais (de acordo com grau de repouso ou limitações). Preferir o decúbito lateral esquerdo. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 3) Cardiopatias: 1-2% das gestações. Cerca de 85% etiologia reumática; 10% anomalias congênitas; restante: associado à hipertensão arterial crônica. Classificação das grávidas cardiopatas: Classe I: assintomática, sem limitação à atividade física. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Classe II: sintomática mediante exercício acentuado. Classe III: sintomática mediante exercício leve; assintomática em repouso. Classe IV: qualquer atividade física realizada com desconforto; sinais de descompensação cardíaca, mesmo em repouso. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Tratamento clínico: diagnóstico precoce da ICC; repouso freqüente e impedir atividade física exagerada; ♦ prevenir anemia, infecções. Quadro clínico da ICC: dispnéia, taquipnéia (> 24 rpm); taquicardia (> 110 bpm); estertores crepitantes e subcrepitantes nas regiões basais dos pulmões: estase de jugulares (dec. dorsal). 05/11/2012 3 A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Fisioterapia: vai depender da classificação sintomatológica (graus da ICC): Em geral: Repouso no leito, cabeceira elevada – diminuir retorno venoso Relaxamento com imagens mentais, por exº Técnicas de respirações Orientações posturais; orientações técnicas aleitamento materno NÃO realizar contrações isométricas! Dependendo grau, exercícios leves de Kegel A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 4) Aminiorrexe prematura: 4-8% das gestações. Em 70% das vezes ocorre em gravidez a termo. Responsável pela mortalidade e morbidade materna e perinatal (concepto) Perinatal: infecção amniótica; prematuridade; prolapso e circulares de cordão; apresentação pélvica; sofrimento fetal. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Materna: infecção anteparto e puerperal. Etiologia: 85% dos casos não se consegue identificar. Operações genitais prévias; incompetência istmocervical; placenta prévia; traumas (relações sexuais / exame pélvico); infecções do colo uterino; tabagismo. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Tratamento clínico/obstétrico: o objetivo principal é extrair o concepto antes que se desenvolva infecção. Em aproximadamente 95% das gestações com mais de 34 semanas esperar que o parto espontâneo ocorra dentro de 72 horas. A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Fisioterapia: atuação limitada! Repouso, segundo orientações médicas Relaxamento Progressivo Jacobson Técnicas de respirações associadas Orientações posturais (de acordo com grau de repouso ou limitações). Preferir o decúbito lateral esquerdo Orientar buscar auxílio médico-hospitalar A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 5) Diabetes Mellitus Gestacional “Intolerância glicêmica variável diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez”.3 3 a 8% das gestantes com DMG - repercussões materno- fetais Gravidez como fator de risco ao DMG: hormônios HCG, HLP, estrogênios e progesterona = contra-insulinêmicos (estado hiperglicemiante). Mecanismo de compensação metabólica – glicose como fonte de energia para o feto Equipe multiprofissional: obstetra; endrocrinologista; nutricionista; psicólogo e fisioterapeuta. 3. BARACHO,E.Fisioterapia aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia,2007,p. 105. 05/11/2012 4 A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Diabetes e Exercício Físico (EF): O EF potencializa receptores de insulina do organismo, reduzindo a insulinemia O EF potencializa o efeito hipoglicemiante da insulina No indivíduo normal a redução de insulina decorrente da atividade física promove também melhor utilização da glicose Melhor exercício: aeróbico 3 a 4 vezes/semana Intensidade moderada: 65% e 75% da FCmáx Duração de 15 a 30 minutos A GESTAÇÃO DE ALTO-RISCO (GAR) ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Modalidade do EF: realizados com os membros superiores (remar) e inferiores (caminhada e bicicleta ergométrica) (BARACHO,2007,p.118 e 119). Sinais de alerta para interrupção do EF (BARACHO,2007,p.119).: Sangramento vaginal Dispnéia antes do esforço Cefaléia Algia no peito Fadiga muscular Contrações uterinas rítmicas (*mais de 3 contrações em 10 minutos) Trabalho de parto pré-termo Diminuição dos movimentos fetaisPerda de líquido aminiótico Sintomas de hipoglicemia
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