Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Desenvolvimento dos Esqueletos Axial e Apendicular Profª Vanessa Abrantes SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO • Inicia-se a partir da formação dos somitos, originados do mesoderma paraxial que se forma lateralmente à notocorda; • Cada somito se diferencia em duas partes: – Ventromedial: esclerótomo (forma as vértebras e as costelas); – Dorsolateral: dermomiótomo (miótomo – mioblastos; dermátomo – fibroblastos - derme). • A partir das cristas neurais deriva um mesênquima que dá origem aos ossos e ao tecido conjuntivo de estruturas craniofaciais. DESENVOLVIMENTO DAS ARTICULAÇÕES • Aparecimento do mesênquima interzonal durante a sexta semana; • Assemelham-se a articulações adultas ao final da oitava semana. Cartilagem • Articulações Fibrosas • O mesênquima interzonal diferencia-se em tecido fibroso denso; • Ex: suturas do crânio Osso • Articulações Cartilaginosas • O mesênquima interzonal diferencia-se em cartilagem hialina (articulações costocondrais) ou em fibrocartilagem (sínfise púbica). Osso Mesênquima condensado • Articulações Sinoviais • Aparecem no início do período fetal • O mesênquima interzonal diferencia-se da seguinte forma: • Forma cápsula articular perifericamente; • Desaparece centralmente, formando a cavidade sinovial ou articular; • Na conexão da cápsula articular com as superfícies articulares, forma a membrana sinovial, que secreta o líquido sinovial. Osso Cartilagem Mesênquima Frouxo DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO AXIAL DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO AXIAL • Constituído pelo crânio (caixa craniana), coluna vertebral, costelas e esterno; • Durante a 4ª semana, as células dos esclerótomos circundam o tubo neural e a notocorda; • Desenvolvimento da Coluna Vertebral • No estágio pré-cartilaginoso, as células dos esclerótomos encontram- se em 3 regiões: ao redor da notocorda, circundando o tubo neural e na parede corporal. • Em 4 semanas, os esclerótomos aparecem como condensações de células ao redor da notocorda. Cranialmente, há células frouxamente arranjadas e caudalmente há células densamente agrupadas: • As células densas se movem cranialmente, em direção oposta ao centro do miótomo, onde formam o disco intervertebral; • As células densamente agrupadas remanescentes fundem-se com as frouxas do esclerótomo imediatamente caudal para formar o centrum mesenquimal, que é o corpo da vértebra primitiva. • No tórax, as artérias intersegmentares dorsais tornam-se artérias intercostais. • Ao redor do local onde se desenvolvem os corpos vertebrais, a notocorda degenera e desaparece; • Entre as vértebras, a notocorda torna-se o núcleo pulposo; • Posteriormente, esse núcleo é envolvido por fibras circulares, formando o anel fibroso • O mesênquima ao redor do tubo neural forma o arco neural (arco vertebral primitivo); • O mesênquima da parede do corpo forma os processos costais, que formam as costelas na região torácica. • Estágio Cartilaginoso do Desenvolvimento Vertebral • Durante a 6ª semana, centros de condrificação aparecem em cada vértebra mesenquimal; • O processo de condrificação é mantido até a coluna cartilaginosa ser formada. • Estágio Ósseo do Desenvolvimento Vertebral • A ossificação de uma vértebra típica inicia-se durante o período embrionário e, geralmente, termina aos 25 anos; • A ossificação torna-se evidente durante a 8ª semana. • Ao nascimento, cada vértebra consiste de partes ósseas conectadas por cartilagem; • As metades ósseas do arco vertebral normalmente se fundem durante os primeiros 3 a 5 anos de vida; • As articulações neurocentrais cartilaginosas permitem que os arcos cresçam com o aumento da medula espinal; • Essas articulações desaparecem quando os arcos se unem ao centrum, durante o 3º ao 6º ano. • Após a puberdade, aparecem cinco centros secundários de ossificação nas vértebras: • Um para a extremidade do processo espinhoso; • Um para cada processo transverso; • Duas epífises anulares no corpo vertebral, uma superior e outra inferior SÍNDROME DE KLIPPEL-FEIL “Síndrome do pescoço curto”: baixa implantação do couro cabeludo, movimentos restritos do pescoço; Na maioria dos casos, o número de corpos vertebrais cervicais é menor que o normal. • Desenvolvimento das Costelas • A partir de processos costais mesenquimais das vértebras torácicas, que tornam-se cartilaginosos no período embrionário e ossificam-se durante o período fetal; • O sítio de união dos processos costais com as vértebras é substituído pelas articulações sinoviais costovertebrais; • 7 pares de costelas (verdadeiras) conectam-se ao esterno por suas cartilagens; • 3 pares (falsos) conectam-se ao esterno por cartilagens de outra(s) costela(s); • Os últimos dois pares de costelas (flutuantes) não se conectam ao esterno. • Desenvolve-se do mesênquima ao redor do encéfalo em desenvolvimento; • Neurocrânio: revestimento protetor para o encéfalo; • Viscerocrânio: esqueleto da face • DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO • Neurocrânio Cartilaginoso • Ossos da base do crânio; • Osso occipital, corpo do esfenoide, osso etmoide,´parte petrosa e mastoidea do osso temporal • Neurocrânio Cartilaginoso • Em torno da extremidade cranial da medula espinal crescem extensões que formam os limites do forame magno. • Neurocrânio Membranoso • A abóbada craniana ou calvária se forma por ossificação intramembranosa; • Durante a vida fetal, os ossos da calvária são separados por membranas de tecido conjuntivo denso que formam as articulações fibrosas (suturas); • Neurocrânio Membranoso • As fontanelas são áreas fibrosas onde as suturas se encontram; • A calvária pode sofrer modificações em sua forma durante o parto (modelagem do crânio fetal); • Ossos frontais tornam-se planos, osso occipital torna-se proeminente e um osso parietal, ligeiramente, se sobrepõe sobre o outro. • Viscerocrânio Cartilaginoso • Derivado dos arcos faríngeos; • Martelo, bigorna, estribo, processo estilóideo do osso temporal e osso hioide. • Viscerocrânio Membranoso • Ossos temporal, maxilar, zigomático e mandíbula • O Crânio do Recém-nascido • É grande em relação ao restante do esqueleto; • Face pequena quando comparada à calvária; • Tamanho reduzido na maxila, na ausência virtual dos seios paranasais (aéreos) e no subdesenvolvimento dos ossos faciais. • Crescimento Pós-Natal do Crânio • O encéfalo e a calvária conseguem crescer devido à presença das suturas fibrosas, tendo aumento mais acentuado nos 2 primeiros anos; • A calvária se expande para acompanhar o crescimento do encéfalo até ~ 16 anos; • Crescimento da face pela maxila; • Alargamento das regiões frontal e facial; • Aumento do tamanho dos seios paranasais. ACRANIA A calvária encontra-se ausente e vários defeitos na coluna estão presentes; É associada à meroencefalia (anencefalia) – ocorre quando o crânio e o tubo neural não se fecham durante a 4ª semana, resultando na falha da formação da calvária. DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO APENDICULAR DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO APENDICULAR • Formado pelas cinturas peitoral e pélvica e pelos ossos dos membros; • Durante a 6ª semana, os moldes ósseos mesenquimais sofrem condrificação e formam os moldes ósseos de cartilagemhialina. Mesênquima frouxo Mesênquima condensado Cartilagem Ectoderma • A ossificação endocondral inicia-se nos ossos longos na 8ª semana; • Por 12 semanas, centros primários de ossificação aparecem próximo aos ossos dos membros; • As clavículas são os primeiros ossos a iniciar ossificação, seguidas pelo fêmur; • Os centros secundários de ossificação dos ossos do joelho são os primeiros a aparecer no útero, já os do fêmur e tíbia aparecem no último mês de gestação; • Centros secundários de outros ossos aparecem após o nascimento Feto corado com alizarina MALFORMAÇÕES ESQUELÉTICAS GENERALIZADAS Acondroplasia: membros curvados e curtos. Distúrbios na ossificação endocondral dos discos de cartilagem epifisária. Tronco curto, cabeça grande, abaulamento na testa. Doença autossômica dominante. A frequência aumenta com a idade paterna. Encurtamento ósseo. Não afeta o crescimento em espessura.
Compartilhar