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Profª Vanessa Abrantes Desenvolvimento do Sistema Digestório INTRODUÇÃO No início da 4ª semana, o intestino primitivo está fechado em sua extremidade cranial pela membrana orofaríngea e na extremidade caudal pela membrana cloacal. INTRODUÇÃO A maior parte do epitélio e das glândulas se origina do endoderma; O epitélio das extremidades deriva do estomodeu e proctodeu. INTRODUÇÃO Tecidos muscular e conjuntivo e as outras camadas da parede do trato digestório são derivados do mesênquima esplâncnico; O intestino é dividido em anterior, médio e posterior; A endoderme sinaliza informações posicionais e temporais para o desenvolvimento do intestino. DESENVOLVIMENTO DOS DENTES O esmalte desenvolve-se a partir do ectoderma oral; Todos os outros tecidos derivam das células da crista neural e do mesênquima circundante (induz a odontogênese); Os primeiros brotos surgem na mandíbula anterior e mais tarde aparecem na região maxilar; Desenvolvimento dos Dentes Lâminas dentárias: espessamento do epitélio oral. Primeira indicação do desenvolvimento dos dentes. 6ª semana. Desenvolvimento dos Dentes – Estágio de broto Crescem brotos dentários para dentro do mesênquima subjacente: são primórdios dos dentes decíduos. Desenvolvimento dos Dentes – Estágio de Broto Os brotos dos dentes permanentes começam a aparecer com 10 semanas, por extensões profundas da lâmina dentária; Molares permanentes não têm predecessores e desenvolvem-se das extensões posteriores da lâmina dentária. Desenvolvimento dos Dentes – Estágio de Capuz O broto dentário é invaginado pelo mesênquima (primórdio da papila dentária) e toma forma de capuz; Forma-se o saco dentário, que é o primórdio do cemento e do ligamento periodontal. Desenvolvimento dos Dentes – Estágio de Sino Com a diferenciação do órgão do esmalte, o dente assume a forma de sino; Células mesenquimais diferenciam-se em odontoblastos (produção de dentina); As células do epitélio interno do esmalte diferenciam-se em ameloblastos; Com o aumento da dentina, a cavidade da polpa se reduz a um canal da raiz; Erupção Dentária Erupção Dentária Quando o dente permanente cresce, a raiz do dente decíduo é reabsorvida pelos osteoclastos. Anomalias Comuns dos Dentes AMELOGENESIS IMPERFECTA – hipocalcificação do esmalte DENTINOGENESIS IMPERFECTA – hipocalcificação da dentina DENTES MANCHADOS – substâncias estranhas incorporadas ao esmalte (tetraciclinas) Pérola de esmalte: massa esférica de esmalte presa ao dente Dente supranumerário DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA Aparece uma elevação no assoalho da faringe primordial, por volta da 4ª semana, a tumefação mediana lingual; Formam-se duas tumefações linguais laterais, que rapidamente crescem por cima da mediana e fusionam-se, formando os dois terços anteriores da língua; Desenvolvimento da Língua As papilas aparecem até o final da 8ª semana; Primeiro aparecem as papilas valadas e foliadas; Botões gustativos desenvolvem-se durante a 11ª e 13ª semanas, por invasão de células nervosas gustativas; O nervo do primeiro arco faríngeo confere o suprimento sensorial da mucosa de quase toda a língua. INTESTINO ANTERIOR Derivados: Faringe primitiva e seus derivados Trato respiratório inferior Esôfago e estômago Parte do duodeno Fígado, sistema biliar e pâncreas Desenvolvimento do Esôfago Alcança seu comprimento relativo final por volta da 7ª semana de desenvolvimento; Epitélio e glândulas derivam do endoderma; A proliferação do epitélio obstrui a luz do esôfago, que é recanalizado ao final da 8ª semana; O músculo estriado deriva do mesênquima do 4º e 6º par de arcos faríngeos; O músculo liso desenvolve-se a partir do mesênquima esplâncnico circundante. Anomalias do Esôfago Estenose esofágica – estreitamento da luz do esôfago. Resulta da recanalização incompleta. Desenvolvimento do Estômago Inicia durante a 4ª semana, por uma dilatação do intestino anterior tubular; A borda dorsal cresce mais rapidamente do que a ventral, o que demarca a grande curvatura do estômago. Rotação do Estômago O estômago gira 90° ao redor do seu próprio eixo; Após a rotação, o maior eixo do estômago fica quase transverso ao maior eixo do corpo. Anomalias do Estômago Estenose pilórica – espessamento muscular do piloro. O estômago torna-se distendido e seu conteúdo é expelido com força. Desenvolvimento do Duodeno Se desenvolve no início da 4ª semana, a partir da extremidade caudal do intestino anterior e da parte cranial do intestino médio; Sua luz é parcialmente obstruída, mas recanalizada no final do período embrionário. Anomalias do Duodeno Estenose duodenal – recanalização incompleta do duodeno; Atresia duodenal - oclusão completa do duodeno. Falha na recanalização da luz. “Sinal da dupla bolha”. Desenvolvimento do Fígado e Sistema Biliar Surgem a partir do divertículo hepático – porção caudal do intestino anterior – no início da 4ª semana; O divertículo divide-se em duas partes: a maior, cranial, é o primórdio do fígado e a porção caudal, menor, se torna o sistema biliar; Endoderme origina hepatócitos e epitélio do sistema biliar; Desenvolvimento do Fígado e Sistema Biliar Espaços revestidos por endotélio originam os sinusóides hepáticos; Mesênquima origina as células de Kupffer; A hematopoese começa no fígado durante a 6ª semana; A formação da bile pelas células hepáticas começa durante a 12ª semana; Desenvolvimento do Fígado e Sistema Biliar A porção caudal do divertículo hepático se torna a vesícula biliar; a haste forma do ducto cístico; A haste que conecta os ductos hepático e cístico ao duodeno se transforma no ducto biliar. Anomalias do Fígado e Ductos Biliares Ductos hepáticos acessórios; Atresia biliar extra-hepática – falha na canalização dos ductos biliares. Icterícia neonatal Desenvolvimento do Pâncreas Desenvolve-se a partir dos brotos pancreáticos dorsal e ventral, que surgem da porção caudal do intestino anterior; A parte dorsal do broto forma a maior parte do pâncreas; Desenvolvimento do Pâncreas Quando o duodeno sofre rotação, carrega dorsalmente a parte ventral, que acaba se fundindo à parte dorsal; Posição final: parede abdominal dorsal; Desenvolvimento do Pâncreas O tecido conjuntivo se origina do mesênquima esplâncnico circundante Anomalias do Pâncreas Pâncreas anular – crescimento de um broto pancreático ventral bífido ao redor do duodeno, que se fusionam com o broto dorsal, formando um anel pancreático. INTESTINO MÉDIO Derivados: Intestino delgado Ceco Apêndice Colo ascendente Metade direita ou 2/3 do colo transverso Intestino Médio Não há espaço suficiente no abdome para o intestino médio em crescimento acelerado; Na 6ª semana, ocorre uma herniação umbilical fisiológica, por onde se projeta a alça do intestino médio em crescimento, que tem forma de U. Intestino Médio A porção cranial da alça do intestino forma a maior parte do intestino médio e a porção caudal forma o ceco e o apêndice. Rotação da Alça do Intestino Médio Quando está no cordão umbilical, a alça do intestino médio gira90º no sentido anti-horário. Intestino Médio Durante a 10ª semana, com o aumento da cavidade abdominal, os intestinos retornam ao abdome (redução da hérnia); O intestino delgado retorna primeiro; Quando o intestino grosso retorna, ele sofre uma rotação adicional de 180° em sentido anti-horário. Fixação dos Intestinos Anomalias do Intestino Onfalocele congênita – persistência da herniação do conteúdo abdominal na parte proximal do cordão umbilical. Anomalias do Intestino Hérnia Umbilical – quando os intestinos herniam através de um umbigo que não está completamente fechado. A hérnia se projeta para fora durante o choro, o esforço físico e a tosse. Anomalias do Intestino Gastrosquise e Hérnia Epigástrica Congênita – as vísceras são projetadas para a cavidade amniótica e são banhadas pelo líquido amniótico. Anomalias do Intestino Não rotação do intestino médio – o intestino delgado se posiciona do lado direito do abdome e o intestino grosso inteiro do lado esquerdo. Ceco e Apêndice O primórdio dessas estruturas aparece na 6ª semana, como uma protuberância da porção caudal da alça do intestino médio; Inicialmente, o apêndice é um divertículo do ceco, que aumenta de tamanho; A posição do apêndice pode variar, devido ao alongamento do colo ascendente. Anomalias do Intestino Ceco e apêndice sub-hepáticos – o ceco adere à superfície inferior do fígado. INTESTINO POSTERIOR Derivados: 1/3 esquerdo à metade do colo transverso; Colo ascendente e colo sigmoide; Reto Parte superior do canal anal Epitélio da bexiga e maior parte da uretra Cloaca Parte terminal expandida do intestino posterior; Câmara revestida por endoderma; Recebe o alantóide ventralmente; Cloaca É dividida em parte dorsal (reto e parte cranial do canal anal) e ventral (seio urogenital) pelo septo urorretal; Cloaca A membrana anal se rompe ao final da 8ª semana. Canal Anal Os 2/3 superiores são derivados do intestino posterior; O 1/3 inferior desenvolve-se a partir do proctodeu; O epitélio deriva do ectoderma do proctodeu e do endoderma do intestino posterior; As demais camadas da parede do canal anal derivam do mesênquima esplâncnico. Anomalias do Canal Anal Ânus imperfurado
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