Buscar

FUNDAMENTOS DE GESTÃO CONTEÚDOS JUNTOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 75 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1ª AULA – FUNDAMENTOS DE GESTÃO
Conversa Inicial 
Olá aluno, é com muita satisfação que iniciamos juntos esta disciplina que busca entender os Fundamentos de Gestão. Quando pensamos em uma empresa, naturalmente nosso pensamento é direcionado ao gestor desta organização. E a partir desse pensamento, podemos perceber a abrangência dos temas dessa disciplina.
Você já parou para pensar que sua vida é dirigida, controlada e envolvida por organizações? E como isso nos interessa, estudaremos as definições de organização no primeiro tema desta aula. Para que uma organização consiga sobreviver em um mercado tão competitivo, ela precisa ser eficiente e eficaz. Mas qual a diferença entre esses conceitos? Falaremos disso no segundo tema. E para finalizar, faremos uma viagem no tempo, onde buscaremos a etimologia e o significado da palavra “administração”. Sem esquecer de explanar as funções e as habilidades do gestor, é claro. 
Como gestor é importante conhecer para decidir corretamente, concorda? E para conhecer precisamos estudar. Adentrando nesse incrível mundo do conhecimento da gestão, você irá entender a gênese da administração. E por meio dela, entenderá o funcionamento de diversos tipos de organizações, desde a que você trabalha até as demais, que fazem parte do seu cotidiano. 
Fique por dentro desses temas assistindo à apresentação da professora Aline Eberspacher no material online
Contextualizando
Se você fosse indagado sobre “O que é uma Organização”, o que você responderia? Uma organização poderia ser a empresa em que você trabalha; o modo de distribuição de tarefas em sua rotina doméstica; a associação de moradores do bairro; uma Igreja; ou ainda, uma função administrativa. Assim percebe-se que a palavra organização passa a ter alguns significados e você, como futuro gestor precisa dominá-los, já que a “Administração é um todo do qual a organização é uma das partes” (CHIAVENATO, 2003).
De certo modo, podemos dizer que, a organização é o objeto da administração. Também podemos dizer que a administração é um dos aspectos fundamentais que diferenciam as organizações de outras formas de sistemas sociais. Ou seja, enquanto no passado a sociedade era constituída de pequenos sistemas sociais desorganizados, nos dias atuais, conforme afirmam Prestes Motta e Bresser Pereira (1980), quem domina o panorama social contemporâneo são as organizações, sendo elas cada vez maiores e com estruturas melhores. 
Dificilmente o seu dia a dia estará isento de organizações, pois são elas que coordenam o seu trabalho, o seu estudo, seus interesses e suas reivindicações (PRESTES MOTTA; BRESSER PEREIRA, 1980). Sem dúvida, as organizações estão em nossa volta, do momento do nosso nascimento, em hospitais, à nossa morte, em cemitérios, ou seja, sempre estamos “absorvidos pelas organizações”, por isso nos tornamos uma “sociedade de organizações” (PERROW, 1991). Todavia, não seria mais fácil dizer que vivemos em um mundo de empresas? Aliás, são as empresas o objeto de atuação da administração, não é mesmo? Na verdade, essa ideia é falha, pois apesar de toda empresa ser uma organização, nem toda organização é uma empresa. Quer saber por quê? 
O termo “empresa” é limitado, pois caracteriza um tipo específico de organização, a de natureza econômica. Também temos organizações com outras finalidades, tais como repartições públicas, igrejas, clubes, Organizações Não-Governamentais (ONGs), sindicatos, etc. Todos estes exemplos se referem a organizações, e todas elas precisam de administração e de seus processos como o planejamento, a organização, a direção e o controle. 
Qual a razão da existência de uma organização? A organização existe para que as tarefas que uma pessoa não pode realizar sozinha sejam realizadas por várias, de forma eficaz e eficiente (HALL, 2004). Mais adiante, voltaremos a estes termos. Por hora, basta entender que eles representam os bons resultados de um trabalho coletivo pensado conscientemente para o atingimento de objetivos específicos.
Vamos fazer um exercício? Pense em todas as atividades que você participa durante o dia. Quais dentre elas, se é que existe alguma, não são influenciadas por uma organização? Por exemplo: este material foi preparado pela Uninter, e provavelmente você o está lendo por causa de algum tipo de exigência organizacional de sua carreira. O meio de transporte que você utilizou para chegar até o trabalho, a faculdade ou sua casa, foi fabricado em um ambiente organizacional. Até mesmo em seus momentos de lazer você precisa de organizações para tornar o seu divertimento maravilhoso (HALL, 2004). Prestes Motta e Bresser Pereira (1980) declaram a importância do estudo das organizações ao afirmar que elas caracterizam a sociedade moderna, pois uma das características desta época é o grande número de organizações em relação aos demais tipos de sistema social. 
Para Laumann e Knoke (1978), a sociedade vive em um “estado organizacional”. Hall (2004) afirma que é necessário que as organizações sejam estudadas de forma que seja possível entender a sociedade e o que acontece nela. Para Prestes Motta e Bresser Pereira (1980), a relevância do entendimento e estudo das organizações também reside na sociedade em que vivemos, principalmente pelo fato das organizações serem responsáveis pela formação do homem moderno e pelo desenvolvimento econômico, político e social dos países.
Problematização
“Copacabana Palace mudou para sobreviver”
“O barulho das marretas denuncia. O vizinho está em obras. A reforma é num endereço conhecido e já dura 17 anos: Copacabana Palace. As transformações, porém, não se restringem às fachadas e a infraestrutura. Desde 1989, o hotel passou por um processo de reestruturação, fundamental para a sobrevivência do negócio. 
A despeito de sua história repleta de glamour, tradição, sofisticação e dos serviços impecáveis que atraiu personalidades como Orson Wells, Carmem Miranda, príncipe Charles e princesa Diana, Bill Clinton, Robert De Niro, entre outros, desde 1923, o “Copa” ficou imerso em uma crise a partir dos anos 1970. Faltava investimento, gestão profissional e a concorrência com redes internacionais relegaram o hotel a competir com similares de três estrelas. 
“A palavra decadência é um pouco forte, mas não encontro outro adjetivo para explicar a situação encontrada aqui”, diz Philip Carruthers, Gerente-geral do Copacabana Palace e representante do grupo Orient-Express no Brasil, que comprou o hotel da família Guinle em 1989. Na época, o hotel era um senhor de 69 anos na UTI. Para chegar aos 83 transpirando saúde e vigor, Carruthers promoveu um choque de gestão, uma reforma comercial e financeira, de marketing e do prédio, da fachada aos elevadores com a vida útil ultrapassada. Até hoje, foram investidos US$ 60 milhões. O grupo renegociou contratos com fornecedores e operadoras de viagem, focou seus esforços na vocação de luxo do hotel, no turismo de lazer e no mercado externo. “O hotel já nasceu com características únicas. Não tinha o que inventar aqui. O objetivo era trazer de volta o glamour”, afirma o executivo em entrevista ao Mundo do Marketing. “Não consideramos que as mudanças estão terminadas, pois é um ciclo que não termina. Só assim vamos nos manter na ponta”, ressalta o Gerente. Sim, o “Copa” está na ponta e os ilustres visitantes estão de volta. 
As contas foram equilibradas em 1995 e em 1997 o hotel apresentou o primeiro lucro. Isso só aconteceu porque, depois de todas as mudanças realizadas, o “Copa” pôde cobrar por uma experiência única. “A diária média hoje é de US$ 340,00, enquanto na década de 1960 estava em torno de US$ 60,00”, explica Carruthers. “O hotel tem uma história que não foi inventada através de estratégias de marketing, mas que é uma grife”, completa. O reposicionamento do Copacabana Palace também tem como missão a melhoria contínua. “O que está bom hoje, amanhã pode não estar”, aponta o Gerente que coloca mais de dois funcionários para cuidar de cada um dos 225 apartamentos e suítes do hotel.
“O consumidorprocura por um serviço diferenciado. Por isso, tudo é feito para superar a expectativa do cliente”, diz. 
Fonte: https://casesdesucesso.files.wordpress.com
 
Após a leitura do estudo de caso sobre o Copacabana Palace, reflita: quais foram as ações tomadas pela direção do Hotel para reestruturar o negócio? 
Depois de elaborar a sua resposta, confira as considerações da professora Aline Eberspacher sobre esta questão no seu material digital. 
Este case nos apresenta conceitos que iremos tratar nesta rota: as funções do gestor (planejamento, organização, direção e controle), as habilidades do gestor (técnica, humana e conceitual) e a eficiência e a eficácia organizacional. Pronto para começar?
Tema 1: Organizações: Definição
Antes de entendermos o conceito de “organização” do ponto de vista da Administração, é importante diferenciarmos os principais conceitos de organização. Conforme já mencionado, na ciência da Administração, há duas formas básicas de considerar este termo: quanto à entidade social e quanto à função administrativa. A entidade social é sinônimo do empreendimento criado para atingir à objetivos pré-estabelecidos (como as empresas que constituem um empreendimento criado para dar lucro, nos moldes do capital, ou um hospital público criado para atender a população em seus problemas de saúde), enquanto que a função administrativa faz parte do processo administrativo, ou seja, a alocação de recursos e estruturação das responsabilidades em uma gestão.
Analise as frases, a seguir, e entenda melhor esses dois sentidos da palavra “organização”. 
 A organização em que trabalho é excelente; 
 A Igreja Católica é uma organização muito antiga; 
 A organização de minha empresa é funcional; 
 É preciso modificar a organização do departamento de engenharia. 
Assim, torna-se evidente que o sentido de “organização” nas duas primeiras frases não é o mesmo que nas últimas. Em sua primeira acepção, organização é um tipo de sistema social, é uma instituição objetivamente existente, enquanto que, no segundo sentido, organização é a forma pela qual determinada coisa se estrutura, é inclusive o modo pelo qual as organizações em seu primeiro sentido se ordenam (PRESTES MOTTA; BRESSER PEREIRA, 1980). Agora nosso foco está em entender a Organização enquanto entidade social. Vamos lá? 
Etzioni (1964) define organização como “entidade social ou agrupamento humano que é criada objetivando metas específicas”. 
Já para Daft (2008) “organizações são entidades sociais orientadas por metas, projetadas como sistemas de atividade deliberadamente estruturados e coordenados e ligadas ao ambiente externo”. 
Ou seja, a organização é conceituada como uma entidade social que está direcionada para o cumprimento de objetivos pré-determinados. Quer alguns exemplos? Veja quais são os objetivos das seguintes organizações. 
Instituição de Ensino: o objetivo de uma instituição de ensino é formar seus alunos para o mercado e para a vida. 
Hotel: o objetivo de um hotel é atender hóspedes oferecendo bons serviços, de forma a atingir sua capacidade máxima de ocupação dos leitos. 
Prisão: o objetivo de uma prisão é manter presos condenados pela justiça, salvaguardando seus direitos civis e garantindo segurança para o resto da população. 
Então, entendemos o conceito de organização do ponto de vista de entidade social. Mas, em sua opinião, grupos como família, amigos, povos, tribos, entre outras, seriam organizações? Para responder este questionamento, é preciso diferenciar o uso dado ao termo “organizações sociais”. 
Quando se fala de organizações sociais refere-se às maneiras pelas quais a conduta humana se organiza socialmente, sendo que dois aspectos básicos estão presentes: a estrutura das relações sociais em um grupo ou coletividade e as crenças e orientações compartilhadas que unem os membros da coletividade e guiam sua conduta (BLAU; SCOTT, 1970). 
Vamos a um exemplo: sua turma da faculdade está indo fazer uma visita técnica aos estúdios da instituição. Vocês são um grupo, pois há toda uma relação social que os une em uma estrutura social (as relações de estudo, a instituição de ensino, a amizade...), enfim vocês são diferentes de passageiros de um ônibus qualquer, que não possuem nenhuma estrutura de relação social estabelecida. Toda sociedade tem uma estrutura social e uma cultura complexa, que serve para organizar a conduta humana dentro da coletividade. 
Contrastando com a organização social que aparece sempre que seres humanos vivem juntos, existem organizações estabelecidas, deliberadamente, para um certo fim. Se a conquista de um objetivo requer um esforço coletivo, funda-se uma organização destinada a coordenar as atividades de incentivo para que unir as pessoas e conquistar esse objetivo. Por exemplo: fábricas são estabelecidas para que se produzam mercadorias que possam ser vendidas com lucro, e os operários organizam sindicatos para aumentarem seu poder de barganhar com os patrões. 
Nesses casos, as finalidades a serem atingidas, as regras a que os membros da organização devem obedecer e a estrutura da posição que define as relações entre eles (esquema organizacional) não surgiram espontaneamente durante o curso da interação social, mas foram designadas conscientemente, a priori, para antecipar e guiar a interação e as atividades (BLAU; SCOTT, 1970). Ou seja, existem organizações que foram criadas para atingir a objetivos específicos, de modo que “como a característica distinta dessas organizações é a de que elas foram formalmente estabelecidas com o propósito explícito de conseguir certas finalidades, usa-se o termo ‘organizações formais’ para designá-las” (BLAU; SCOTT, 1970), critério esse que a distingue da organização social em geral.
O aspecto formal da organização foi destacado por Max Weber, sociólogo alemão e pioneiro da Teoria Burocrática. Segundo Hall (2004), para Weber, a natureza formal das organizações vem da divisão de trabalho e da hierarquia de autoridade que define estritamente quem serão os indivíduos designados para a função. Além disso, para Weber, a definição de organização reside em realizar “um tipo específico e contínuo de atividades direcionadas à um propósito [...] As organizações são criadas para fazer algo” (WEBER, 1947, p.151-152 apud HALL, 2004). 
“O formalismo (...) expressa-se no fato de que a autoridade deriva de um sistema de normas sociais, escritas e exaustivas, que definem com precisão as relações de mando e subordinação, distribuindo as atividades a serem executadas de forma sistemática, tendo em vista os fins visados. Sua administração é formalmente planejada, organizada, e sua execução se realiza através de documentos escritos” (PRESTES MOTTA; BRESSER PEREIRA, 1980).
Por fim, sua missão aqui, enquanto estudante e futuro gestor, é reconhecer o papel das organizações formais para o pensamento administrativo, tendo em vista que ela ainda se faz presente em nosso dia a dia e suas características foram fundamentais para a ordem estrutural e o progresso de nossas empresas. 
Leitura Obrigatória: 
Leia: HALL, Richard H. Organizações: estruturas, processos e resultados. 8. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. Capítulo 1: O Impacto das organizações. p. 1-24 
Quer aprofundar os seus conhecimentos sobre este assunto? Então, assista à explicação da professora Aline Eberspacher no material online. 
Saiba Mais 
Quer se divertir um pouco? Então assista um trecho de um episódio do programa “Junto e Misturado”, da Rede Globo, em que são retratadas as disfunções da burocracia, que é a representação máxima da formalidade nas organizações. 
https://www.youtube.com/watch?v=W0rbXSBbbiU
 
Em seguida, para ampliar essa discussão, reflita sobre a organização que você trabalha. Ela apresenta características que se assemelham à Organização Formal? Se sim, quais são elas? Se não, quais são as características que as diferenciam?
Tema 2: Eficiência e Eficácia
A eficiência não é uma necessidade atual, ela existe desde a Antiguidade. No Egito faraônico, paraas grandes construções das pirâmides, Tyldesley (2005) relata que a necessidade de eficiência nas pedreiras já era um fator de atenção. O autor cita, como exemplo, a Pirâmide de Degraus de Djoser.
O faraó Djoser (2.636 a 2.611 a.C.) reinou no período em que o Egito não enfrentava carência de mão-de-obra e poderia solicitar, caso quisesse, ajuda de todo camponês sadio no reino, para a construção das pirâmides de Degraus de Djoser. A única limitante na época, para a construção das pirâmides, seria o fornecimento de blocos de pedras. Apesar disso, a construção se tornou uma grande prova de uma administração eficiente, tendo em vista que o Faraó conseguiu deter total controle sobre os recursos de sua edificação e, mesmo frente as limitantes construiu o que ficou conhecido como o primeiro edifício monumental em pedra do mundo. 
Como definir Eficiência? 
Bio (1996) define eficiência como o modo correto de fazer as tarefas. Para o autor, uma organização só é eficiente quando alcança a meta de volume de produção com a menor quantidade de recursos gastos possíveis, ou seja, ao menor custo por unidade produzida. 
Megginson, Mosley e Pietri Júnior (1998) seguem o mesmo raciocínio, pois, para os autores, a eficiência é um conceito matemático, é a relação entre o insumo e o produto (input e output). Ou seja, um administrador eficiente faz produtos, com melhores resultados de produtividade e desempenho em relação aos insumos utilizados para sua produção. Para Daft (1999), a eficiência é limitada na medida em que trata das características internas da organização. “Eficiência organizacional é o volume de recursos utilizados para produzir uma unidade de produto. Ela pode ser medida como a razão entre as entradas e as saídas”. 
Para o autor, uma organização apenas pode ser considerada eficiente quando é capaz de alcançar um determinado nível de sua produção com uma menor utilização de recursos que a concorrente. Entretanto, nas organizações, a eficiência é tão importante quanto a eficácia. Chiavenato (1994) lembra que toda organização deve ser desenvolvida a partir dos conceitos de eficácia e eficiência. 
Eficácia é uma medida normativa do alcance dos resultados, enquanto eficiência é uma medida normativa da utilização dos recursos nesse processo. (...) A eficiência é uma relação entre custos e benefícios. Assim, a eficiência está voltada para a melhor maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou executadas (métodos), a fim de que os recursos sejam aplicados da forma mais racional possível. (Chiavenato, 2004). 
Chiavenato define eficiência como relação entre custo e benefício, e eficácia como o melhor alcance de seus resultados. Daft (1999) declara que, por vezes, a eficácia pode ser conduzida pela eficiência, mas que em algumas organizações os dois conceitos não têm relação, podendo a empresa não alcançar suas metas (lucro). Por exemplo, uma empresa pode produzir produtos de baixa demanda e ser altamente eficiente, desde que tenha uma produção com custos reduzidos, ou então, em sua ineficiência, alcançar bons lucros. O importante aqui é que o conceito de eficiência fique bem claro. Eficiência é o método, os meios para se atingir determinados fins, trata-se de todo o esforço e dedicação que temos para que atinjamos um resultado desejado. 
E o que significa Eficácia? 
Eficácia para Frasson (2001) é a capacidade de atingir as metas e objetivos já estabelecidos e para Cohen e Franco (1998) é o grau de alcance dos objetivos no projeto em determinado período, independente dos custos. Para Wagner III e Hollenbeck (2006), eficácia organizacional é a meta do desempenho da organização, é o alcance de seus objetivos ou alvos, como rentabilidade, participação no mercado, crescimento, qualidade, estabilidade e eficiência. 
Eficácia diferencia-se de efetividade no momento que o último é a capacidade de promover os resultados desejados através do método de execução, independentemente das falhas de orientação e especificação dos objetivos (MARINHO; FAÇANHA, 2001) ou seja, efetividade é a capacidade de produção de mudanças duradouras e significativas aos beneficiários (FRASSON, 2001). Para Albuquerque (2010), se uma organização não atinge suas metas, não cumpre seus propósitos e é ineficaz. 
Castro (2006) declara que a organização eficaz é aquela preocupada com os fins e para alcançar os seus objetivos foca nos seus aspectos externos. Uma empresa que escolhe a solução certa para uma necessidade ou problema, como colocar o volume de um produto de acordo com a necessidade de seus clientes, por exemplo, é considerada uma organização eficaz (BIO, 1996). 
Para Chiavenato (1994), a organização não deve ser analisada apenas no aspecto de eficácia como também de eficiência, pois eficácia é a normatização dos resultados alcançados e eficiência os custos e benefícios relacionados. Chiavenato (1994) ainda exemplifica os dois conceitos: eficácia é ganhar o jogo de futebol, enquanto eficiência é jogar com arte. 
Assim sendo, um funcionário que atinge todas as metas estipuladas pelo empregador é um empregado eficaz, pois atingiu seus objetivos; um funcionário que atrasa para entregar suas metas, porém não comete erros durante o processo e ainda economiza os insumos é eficiente, mas não eficaz. Ou seja, eficiência e eficácia andam juntas, mas não são necessariamente requisitos uma para a outra. É possível ser eficiente, sem ser eficaz e vice e versa. Analise as principais características da eficiência e da eficácia.
Em suma, uma organização eficaz é aquela que faz as coisas certas, tendo seus objetivos alcançados. Uma organização eficiente é aquela que realiza os objetivos com a menor quantidade de recursos gastos possíveis, ou seja, eficiência é a relação entre custo e benefício e eficácia é o melhor alcance dos resultados.
Leitura Obrigatória: 
Diante do exposto, leia o artigo: 
CASTRO, R. B. de. Eficácia, Eficiência e Efetividade na Administração Pública. In: Encontro da associação nacional de pós-graduação e pesquisa em administração, 30, Salvador, 2006. Anais... Salvador: 30 EnANPAD, 2006. 
Fique por dentro dos principais aspectos da eficiência e da eficácia assistindo à explanação da professora Aline Eberspacher no material digital. 
Saiba Mais 
Quer entender ainda mais sobre este conteúdo? No vídeo, indicado a seguir, Raniere Rodrigues, diretor geral da Drucker Society of Brazil, explica o papel da eficiência na Administração Moderna. Não perca! 
http://www.administradores.com.br/tv/adm-talks/quem-foi-peter-drucker/5/
Ferramenta 
Na tentativa de explicar aos meus alunos as diferenças entre eficiência e eficácia muitas vezes recorro à metáfora do médico tipo “mauricinho”, o qual bem vestido e apresentável tentou justificar a morte de um paciente aos seus parentes. Ele alegou que a operação transcorrera na mais absoluta tranquilidade e os equipamentos funcionaram perfeitamente, mas, infelizmente, o paciente não resistiu. Trata-se de um médico eficiente; ou seja, fez tudo certinho, embora não tenha alcançado o resultado (recuperação do paciente). 
Nesse momento, outro médico acaba de sair do centro cirúrgico com o guarda-pó completamente manchado de sangue, com o estetoscópio pendurado apenas de um lado, todo suado e totalmente descabelado. 
Ao observar sua aparência, os familiares do paciente que estava sendo operado por ele se desesperaram. Porém, o médico desalinhado informou-os que o paciente se recuperava e estava em perfeitas condições. Trata-se de um médico eficaz; ou seja, faz a coisa certa e obteve o resultado. 
Fonte: http://ogerente.com.br/rede/gestao-empresarial/eficiencia-e-eficacia-nas-empresas
Tema 3: Administrar: Etimologia e Significado
Você já pensou qual é a origem e o significado da palavra “administração”? A administração como conhecemos hoje é o resultado da história e da integração de vários indivíduos que pensaram a organização da sociedade e das atividades humanas, entre eles engenheiros, sociólogos, economistas e até mesmos empresários. A soma de cada conhecimentoproduzido em épocas diferentes permite ao administrador atual explorar melhor suas técnicas e habilidades, entendendo como e porque cada princípio administrativo surgiu.
Assim, responda a seguinte pergunta: você sabe o que é Administração? Esta é uma palavra muito utilizada por nós, mas nem sempre conhecemos realmente o significado das palavras que usamos, não é mesmo? Quer uma dica? Antes de tudo, é preciso saber o significado desta palavra. 
Etimologia: origem da palavra 
Etimologia é o estudo da origem da palavra, algo que é feito pelos linguistas para conhecer melhor como os termos evoluem a partir da primeira vez que eles foram ditos. É importante conhecer a origem de uma palavra para entender o que ficou deste significado inicial, mas também, o que mudou com o passar do tempo e porquê. 
É muito comum que as palavras evoluam com a sociedade. À medida que as coisas vão se tornando mais complexas, as palavras que as retratam precisam incorporar novos significados e sentidos. Foi exatamente isso que aconteceu com a palavra “administração”. 
A palavra administração tem origem no latim, do termo administer um conjugado de dois termos: “Ad” que significa “direção para”, “tendência”, “junto de” e “Minister” que é um termo comparativo de inferioridade, em que o sufixo “ter“ representa subordinação e obediência. Assim sendo, administer, na Roma Antiga, era aquele que realizava uma função de direção sob o comando de outrem. 
A palavra “administração” era expressa no latim como administratione, que segundo Dicionário Michaelis significa: ato de administrar; governo; direção de estabelecimento; casa onde se trata de assuntos de administração pública ou particular.
É interessante entender que, na origem, a administração significava a capacidade de comandar em nome de alguém. 
Vamos pensar no significado atual do termo “ministro”, que é uma palavra muito próxima do termo etimológico conjugado minister. O ministro, no governo, administra em nome do presidente ou do chefe de estado. Mesmo na religião, o ministro administra em nome de um interesse maior (a Igreja ou o ministério divino). Isso significa dizer que a função da administração é alcançar os objetivos estabelecidos por interesses de outro, seja ele um rei ou, principalmente, uma coletividade. 
E o que significa a palavra “administração”? 
Intuitivamente ou empiricamente as práticas relacionadas à administração sempre estiveram presentes na história da humanidade. Vamos refletir? Pense no modelo mais primitivo de sociedade: as sociedades tribais. Neste tipo de agrupamento humano, predominavam as atividades voltadas para a autoprodução que visa a subsistência, ou seja, tudo que era consumido vinha da própria produção. 
Nesta sociedade, destacava-se o papel do chefe militar, que geralmente era o guerreiro com mais habilidades. Conforme apontam Vizeu e Gonçalves (2010), além do comando militar, a este líder cabia exercer as funções de organizar sua tribo, planejar as ações de caça, pesca, criação, entre outras, e ainda dirigir e controlar os membros da tribo em suas atividades cotidianas. Assim sendo, ainda que de modo intuitivo, sob responsabilidade destes líderes residiam como funções básicas para a sobrevivência de suas tribos o planejamento, a organização, a direção e o controle das mesmas. 
À medida que as sociedades tribais se tornaram maiores, sua necessidade por mais administração também cresceu. E com tal complexidade, o corpo militar destas civilizações careceu de ordenação e estruturação mais elaboradas. E é justamente na constituição das estratégias da Antiguidade, nos grandes exércitos, que os conceitos de gestão passaram a ser cada vez mais necessários.
Imagine a dificuldade em organizar um exército com milhares de soldados, alimentando-os e deslocando-os por centenas e milhares de quilômetros. É possível empreender tal feito sem adequadas maneiras de planejamento, organização, comando, coordenação e controle? A ordem e a estrutura requeridas fizeram surgir a necessidade de um comando sólido, e o general passou então a ser “peça chave” para a eficaz organização do corpo militar. Neste sentido, como sugerem Vizeu e Gonçalves (2010), o general nada mais era do que o administrador do exército. Sejam em sociedades tribais ou nas civilizações da Antiguidade, onde destacam-se as atividades militares, seja nas sociedades atuais e mesmo em atividades comuns de nosso dia a dia, o planejamento, a organização, a direção e o controle se fazem presentes. 
Na Administração, tais conceitos foram apresentados pela primeira vez por Henri Fayol, considerado o pioneiro da Teoria Clássica da Administração. Para ele, a Administração era um processo dinâmico que compreenderia cinco funções interligadas: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Mais tarde, as funções comandar e coordenar foram consideradas partes de um mesmo processo, denominado como direção. Para os administradores alcançarem os objetivos definidos pela organização, é preciso executar cada uma destas funções, que são inter-relacionadas (SOBRAL; PECI, 2013).
Considerando a importância dos quatro processos do PODC, a Administração pode ser definida como o conjunto das atividades integradas que realiza estes quatro processos. Para Chiavenato (2004), na busca de alcançar os objetivos globais de maneira eficiente e eficaz, a Administração é todo o processo de planejamento, organização, direção e controle das ações organizacionais. 
Os autores das teorias administrativas, e em especial Fayol, empregaram o termo “função” para definir os fundamentos essenciais do trabalho administrativo, ou seja, as atividades associadas aos processos de planejamento, organização, direção e controle. Dito de outra forma, as funções administrativas são adotadas para relacionar “a atuação do administrador ao seu contexto de trabalho, ou seja, mostrar o resultado do seu trabalho administrativo para a sua unidade organizacional” (TEIXEIRA, 1981). 
Leitura Obrigatória: 
CARAVANTES, G.R.; PANNO, C.C; KLOECKNER, M.C. Administração: teoria e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. Cap. 19- A organização, a Administração e o Administrador (p.383-390). 
No material online a professora Aline Eberspacher explica detalhadamente os principais aspectos da etimologia e do significado da palavra “administração”. Não perca! 
Saiba Mais 
Quer conhecer melhor o meio de organização da sociedade tribal? Clique no link a seguir! 
http://sociologia-ifma.blogspot.com.br/2012/04/o-trabalho-na-sociedade-tribal.html
 
Para ver a aplicação das funções administrativas no cotidiano das empresas assista ao filme: “Chocolate”, e analise de que forma a personagem principal faz uso das funções administrativas em seu novo negócio. 
Acesse o trailer deste filme (em inglês) clicando no link a seguir! 
https://www.youtube.com/watch?v=zH3dNtJGcn8
Tema 4: Funções do Administrador/Gestor
O Conceito de Planejamento 
Lewis Carroll, autor do célebre romance infantil de “Alice no País das Maravilhas”, já dizia que “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Pois bem, para que os objetivos organizacionais sejam atingidos, em primeiro lugar é importante que se faça um bom planejamento. 
O planejamento corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras (organização, direção e controle). Na realidade é difícil separar e sequenciar as funções administrativas, mas pode-se considerar que, de maneira geral, o planejamento aparece na ponta do processo. Planejar faz parte de qualquer processo, e seu objetivo é estabelecer um caminho que será seguido durante a execução de um projeto. 
Tomemos como exemplo um planejamento familiar que visa ter filhos. O primeiro ponto é quantificar o objetivo, definir com clareza, quantos filhos, quando e como, em seguida há de se considerar as etapas: gravidez, acompanhamento da gestação, nascimento, o cuidar e educar, e ainda, há que se considerar a situação econômica e a capacidade do casal para instalar adequadamente o seu filho.Assim, planejamento é a ideia de futuro, ele envolve a capacidade de estimar tendências e acontecimentos prováveis, prescrevendo situações desejadas e o que deve ser feito para concretizá-las, de modo a antecipar os efeitos e consequências para a organização. Então, ao pensarmos em uma organização, podemos dizer que ela sempre precisará de um planejamento que direcione e impulsione o seu desenvolvimento e garanta a sua prosperidade de forma sustentável e contínua. 
O planejamento consiste na especificação dos objetivos a serem atingidos, na definição das estratégias e ações que permitem alcançá-los, e no desenvolvimento de planos que integrem e coordenem as atividades da organização. O planejamento permite que os administradores e trabalhadores tenham sua ação orientada para determinados objetivos, permitindo-lhes concentrar sua atenção no que é mais importante para a organização (SOBRAL; PECI, 2013). 
Planejamento é a definição dos objetivos e metas, e as ações pretendidas para sua realização, antecipando tendências e acontecimentos prováveis, de forma que se estime consequências e efeitos para a organização e seja possível um controle do futuro. Segundo Fayol, a função da administração nesse momento é a de prever e traçar um programa de suas ações ao visualizar o futuro (CHIAVENATO, 2014). Para o sucesso do planejamento empresarial, o gestor precisa saber aonde a empresa quer chegar, e traçar os objetivos a serem alcançados, pois cabe a ele escolher o caminho a ser seguido pelos colaboradores e pelas partes envolvidas. 
A ausência de planejamento pode levar a grandes inconvenientes. Vejam, por exemplo, o caso mais amargo em nossa memória, a Copa do Mundo que ocorreu no Brasil em 2014, quando estádios, aeroportos, estradas, hotéis, ainda estavam em fase de construção nas vésperas da Copa, quase inviabilizando a realização da mesma. Outro exemplo recente é a falta de água em São Paulo, que se tornou aguda no fim de 2014. Como explicar que um país como o Brasil, o segundo maior detentor de água doce do mundo, passe por um período de racionamento de água, em um dos maiores sistemas de captação e tratamento de água, que é o sistema Cantareira, da cidade de São Paulo? A ausência de planejamento, somados a falta de uma política de novos investimentos para aumentar a captação e, ainda, uma diminuição das chuvas ocasionaram esse racionamento (MENTOR, 2014). 
Desse modo, é preciso que se saiba que com o planejamento adequado, a organização maximizará os resultados e minimizará as deficiências. Através desses aspectos, o planejamento procura proporcionar a empresa uma situação de eficiência e eficácia. 
O Conceito de Organização 
Diferentemente do conceito de planejamento, o conceito de Organização pode confundir em relação a sua especificidade. Primeiro, porque é muito comum as pessoas confundirem organização e planejamento. É claro que existe muita proximidade entre ambos os conceitos, afinal, fazem parte de um mesmo sistema; entretanto, organização se difere do planejamento em certos pontos fundamentais.
Organização é a função da administração que faz a distribuição das tarefas e dos recursos entre os membros da organização, define quem tem autoridade sobre quem e quando e onde devem tomar decisões. A organização procura distribuir o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros da organização para que estes alcancem os objetivos estabelecidos eficientemente. O resultado do processo de organização é a estrutura organizacional (SOBRAL; PECI, 2013). 
É pela organização que a estrutura da empresa é definida, onde distribui-se as tarefas e recursos e define-se a autoridade dos membros de forma a alcançar os objetivos e permitir que os resultados e metas organizacionais sejam atingidos com eficiência. Podemos entender estrutura organizacional como “a distribuição, em várias linhas, de pessoas entre posições sociais que influenciam os relacionamentos entre os papéis dessas pessoas” (BLAU, 1974). 
Para Chiavenato (2014), a estrutura organizacional estabelece uma cadeia de comando, que são as posições da organização interligadas por uma linha de autoridade e que define a subordinação. É dentro desta função que se estabelece o organograma de uma empresa, uma representação gráfica que é utilizada para representar a sua estrutura e deixar claro seus níveis hierárquicos. 
Outra confusão que se faz a respeito da organização é o fato desta palavra representar tanto o processo administrativo (a ação) quanto a coisa que se administra (o objeto). 
A ausência de organização gera impactos para a estrutura das empresas. Um exemplo clássico brasileiro é sentido na gestão do serviço público, onde percebe-se ausência de políticas de gestão de pessoas, o sucateamento de maquinários e equipamentos, a precariedade dos prédios públicos, ausência absoluta de mecanismos de controle de estoques e do desempenho de veículos, dentre outros. 
O Conceito de Direção 
Dentro do processo administrativo, o próximo conceito é a Direção. Depois de ser feito um planejamento de onde se pretende chegar e estabelecer a organização, é preciso que as ações estipuladas aconteçam da forma esperada. Para tanto, é preciso mobilizar os esforços das pessoas, e esta é a essência da direção. 
Dirigir significa liderar, motivar e coordenar os trabalhadores no desenvolvimento de suas tarefas e atividades. Dirigir também significa selecionar o canal de comunicação mais adequado e resolver conflitos entre os subordinados. É uma função que exige mais ação do que o planejamento ou a organização. O responsável por uma equipe ou grupo, o líder, tem a responsabilidade de proporcionar um ambiente propício à execução de um trabalho de qualidade e no qual os trabalhadores se sintam satisfeitos. (SOBRAL; PECI, 2013) 
Assim, dos três conceitos de PODC até agora apresentados, o mais prático, baseado na ação, é o da Direção. Para Sobral e Peci (2013), a direção é a função relacionada com a tomada de decisões e a responsável por fazer com que as ações realizadas fiquem alinhadas com o planejamento. Por esse motivo a comunicação e as outras habilidades interpessoais que melhoram as relações entre o subordinado e o líder são tão importantes. 
Direção é a função administrativa de gerir a organização à medida em que esta executa os planos ativamente. Um diretor é comparável a um piloto dirigindo seu avião para um objetivo, ou um capitão na ponte de comando do navio, à medida em que navega em direção ao porto. Do mesmo modo, na fase “operacional”, a administração empenha-se em dirigir e motivar a organização à medida em que esta procura ativamente converter os planos em resultados (JUCIUS; SCHLENDER, 1972; apud TEXEIRA). 
Ou seja, a direção é quem dará o norte de ação para a organização. Então, podemos dizer que direção é sinônimo de execução, pois é esta que converterá o planejamento e a organização em resultados. Alguns autores também costumam dizer que a essência da direção é a liderança. Na verdade, a grande habilidade de bons líderes é justamente a capacidade de motivar as pessoas em relação aos objetivos esperados. Sejam em uma organização formal ou mesmo em uma situação comum do dia-a-dia, os verdadeiros líderes dão o rumo para seus liderados. 
A direção possui alguns princípios definidos, sendo eles: unidade de comando (em que cada subordinado tem seu superior), delegação (tarefas e responsabilidades designadas), amplitude de controle (que limita a quantidade de membros supervisionados por cada líder) e coordenação ou relações humanas (que trata dos esforços individuais para o alcance de um objetivo). (CHIAVENATO, 2014). Um exemplo de ausência de direção é percebido principalmente em empresas familiares, quando a direção é obrigada a se afastar por algum motivo grave (doença, falecimento, etc.) e os demais membros se perdem na condução da organização, podendo levar à falência da mesma. 
Qual é a sensação que você sente quando seu chefe não está presente na empresa? Liberdade, leveza? O conceito de liberdade deve ter passado por sua imaginação,tendo em vista que quando não temos alguém para nos observar e orientar os nossos passos, tendemos a nos sentir mais livres e soltos, o que pode nos levar, muitas vezes, a nos perder em nossas atividades rotineiras, pois se não há cobrança, não há resultados imediatos, concordam? 
O Conceito de Controle 
Após todas as demais funções da administração serem realizadas, é necessário verificar as ações para visualizar se os rumos da organização estão de acordo com o planejamento. 
O controle é a função da administração que assegura que os objetivos estão sendo alcançados. Consiste na monitoração e na avaliação do desempenho da organização, na comparação deste com os objetivos planejados e na correção dos desvios verificados. (SOBRAL; PECI, 2013). 
A função de controle envolve: a definição de medidas de desempenho, a verificação sistemática do desempenho efetivo, a comparação entre os padrões e objetivos planejados e o desempenho efetivamente observado, e, finalmente, o estabelecimento de medidas corretivas, no caso da verificação de desvios significativos. É por meio da função de controle que a organização se mantém no rumo pretendido ou planeja mudanças (SOBRAL; PECI, 2013). Trata-se de uma checagem das ações tomadas para comparar com os objetivos e conferir se as metas estipuladas serão atingidas, de forma que estas ações possam ser corrigidas ou melhoradas. Controle é a função administrativa de regular e restringir as atividades. O piloto e o capitão alcançaram o porto certo? E o fizeram em tempo hábil? E com um mínimo ou justificável desvio da rota planejada? E foram levados em consideração os desejos dos passageiros? Ou seja, após a execução (direção) é preciso analisar os resultados obtidos, de modo a observar se o planejamento, organização e a direção foram devidamente executados, e caso necessário readequar o rumo da organização, iniciando novamente o PODC. 
Para Mockler (1984), controle é um esforço para comparar o padrão, os planos e as metas com o desempenho e determinar se o mesmo está de acordo, e caso não esteja, tomar a ação corretiva necessária na garantia dos recursos serem utilizados com eficácia e eficiência. 
Por exemplo, a verificação diária da quantidade de itens produzidos por funcionário em uma linha produtiva. Toda semana o supervisor precisa verificar os níveis de produção, e com estes dados, decidir por manter o ritmo de trabalho (caso as metas sejam cumpridas) ou realizar ações corretivas (caso a produção esteja aquém do necessário). Neste caso, a ausência de controle levaria a perdas financeiras altíssimas, pois a produção poderia estar além da quantidade necessária à venda, gerando acúmulo de estoques na empresa, o que proporcionaria prejuízos financeiros ainda maiores. 
Os conceitos “Planejar”, “Organizar”, “Dirigir” e “Controlar” são referentes às funções do gestor. E você como gestor, pratica essas funções junto à sua equipe? Agora que você já sabe a diferença e a importância destes conceitos, é só colocá-los em prática na sua vida. Pense nisto! 
Leitura Obrigatória: 
CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. 5. ed. Barueri. SP: Manoela, 2014.
Agora é com a professora Aline Eberspacher! No material online ela explica com detalhes as funções do administrador. Confira!
Tema 5: O Gestor e o CHA
Já observamos que a vida acontece através das organizações, sejam elas lucrativas ou não. Nascemos, vivemos e convivemos em organizações. Por isso é importante destacar que as empresas, e as organizações, precisam de gestores. E o desempenho do gestor não depende somente da sua formação técnica, mas também depende de algumas habilidades.
Segundo Maximiano (2008) “as habilidades são competências que determinam o grau de sucesso do gerente no cargo e na organização”. Para o renomado pesquisador Robert L. Katz, que se aprofundou nas teorias de Fayol, as habilidades gerenciais podem ser divididas em três categorias. Clique nos botões, a seguir, e conheça cada uma delas. 
Habilidade Técnica: a habilidade técnica é referente ao conhecimento específico que o gestor deve ter em relação à função que desempenha. Conhecimentos, métodos e equipamentos necessários para a realização da tarefa, estão dentro desta especialidade. Por exemplo, um diretor comercial necessita conhecer bem o produto, o preço de venda, os canais de distribuição, os clientes e os mercados e as técnicas de venda. 
Habilidade Humana: a habilidade humana, como o próprio nome diz, envolve o lado humano. Significa compreender as pessoas, suas necessidades, seus interesses e suas atitudes. É a capacidade de entender, liderar e trabalhar com pessoas. Por exemplo, um diretor comercial também deve se preocupar em conhecer sua equipe, ouvir suas necessidades e tentar encontrar a melhor maneira de motivá-los. 
Habilidade Conceitual: a habilidade conceitual envolve a capacidade de relacionar, compreender e lidar com a complexidade de dados da organização, e de usar o intelecto para formular estratégias. Ou seja, criatividade, planejamento, raciocínio abstrato e entendimento do contexto fazem parte desta habilidade. Por exemplo, um diretor comercial deverá saber utilizar as informações da empresa para planejar o aumento de suas vendas. 
Katz diz que essas três habilidades são fundamentais. Entretanto, segundo ele, quanto mais próximo da gestão de primeira linha o gestor estiver, mais ele precisará de habilidades técnicas. Ao mesmo tempo, a habilidade humana é mais demandada pelos gestores de nível intermediário. E as habilidades conceituais são demandas pelo gestor superior. Em suma, o nível de habilidades necessárias a cada gestor segue a seguinte tabela.
É importante também estudar a abordagem das habilidades gerenciais pesquisadas de H. Mintzberg. Segundo ele, a formação do gerente reside no desenvolvimento das habilidades, que precisa ir além da transmissão de conhecimentos e do oferecimento de oportunidades para os outros crescerem. Mintzberg associa as habilidades do gestor com papéis gerenciais que ele mesmo criou. (MAXIMIANO, 2008). As habilidades propostas por Mintzberg são oito.
 Habilidade de relacionamento com colegas: nessa categoria está toda a capacidade de estabelecer e manter relações formais e informais com os colegas, especialmente do mesmo nível hierárquico, para atender a seus próprios objetivos ou servir a interesses recíprocos. 
 Habilidade de liderança: essa habilidade é necessária para a realização das tarefas que envolvem a equipe de subordinados do gerente: orientação, treinamento, motivação, uso da autoridade. De acordo com Mintzberg, as habilidades dessa categoria estão associadas intimamente com a personalidade do gerente. 
 Habilidade de resolução de conflitos: incluem-se nessa categoria a habilidade interpessoal de arbitrar conflitos entre pessoas e a habilidade de tomar decisões para resolver distúrbios. A utilização dessas habilidades produz tensão. Portanto, essa habilidade exige outra: a tolerância a tensões. 
 Habilidade de processamento de informações: para Mintzberg, os estudantes e praticantes da administração devem aprender a construir redes informais e desenvolver habilidades de comunicações, como expressar eficazmente suas ideias e falar oficialmente como representante de uma organização empresarial. 
 Habilidade de tomar decisões em condições de ambiguidade: em sua maior parte, as situações que o gerente enfrenta não são estruturadas. São situações imprevistas, que precisam ser diagnosticadas e que exigem do gerente a capacidade de decidir, e até mesmo se é preciso decidir. Além disso, o gerente não lida com uma decisão de cada vez. Frequentemente, o gerente enfrenta inúmeros problemas e precisa tomar muitas decisões em curtos períodos. Ambiguidade é o que acontece quando o gerente tem poucas informações para lidar com essas situações. Para Mintzberg, a ambiguidade é inerente a muitas decisões gerenciais. 
 Habilidade de alocações de recursos: os gerentes lidam com recursos limitados que devem ser usados para atender a necessidadesque concorrem entre si. Eles devem decidir a quais atividades alocar seu tempo, ou a quais projetos alocar funcionários. Assim, a habilidade de alocação de recursos fornece ao gerente os critérios para a definição de prioridades a fim de que as escolhas sejam as melhores. 
 Habilidade empresarial: segundo Mintzberg, essa habilidade envolve a busca de problemas e oportunidades e a implementação controlada de mudanças organizacionais. Embora as escolas de administração dediquem pouca atenção a esse assunto, é possível criar o clima para encorajar o espírito empresarial. 
 Habilidade de introspecção: para Mintzberg, essa habilidade relaciona-se com a capacidade de reflexão e autoanálise. O gerente deve ser capaz de entender seu cargo e seu impacto sobre a organização. Para Mintzberg, a capacidade de aprender com a própria experiência está acima de qualquer outra técnica de aprendizagem. 
Leitura Obrigatória: 
Fique por dentro do assunto, lendo o texto “Administrador: habilidades e características”, do site Administradores, que está disponível no link a seguir. 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/administrador-habilidades-e-caracteristicas/13089/
 
O que será que a professora Aline Eberspacher tem a dizer sobre as habilidades do administrador? Descubra no seu material digital. 
Saiba Mais 
O equilíbrio entre as competências é a base da distinção entre o papel do maestro e o do cirurgião na atividade dos gerentes. O “gerente maestro” é capaz de fazer um conjunto de pessoas produzir um resultado coletivo, utilizando técnicas que ele conhece. Porém, nesse caso, as pessoas são mais competentes que seu gerente na dimensão técnica. Outro exemplo disso é o técnico de futebol. Ele não joga, nem é bom jogador, mas isso não o impede de administrar a equipe. A competência dos “gerentes maestros” é dirigir a equipe, e não executar a tarefa. Muitos cargos gerenciais, especialmente na média e alta administração, exigem esse tipo de gerente. 
O “gerente cirurgião” está na situação oposta. Ele é o especialista que se cerca de assistentes ou auxiliares, e desempenha o papel de técnico principal e o de chefe de uma equipe ao mesmo tempo. Outro exemplo disso é o piloto de avião, que é também o chefe da tripulação. Esse papel é característico nos supervisores de equipes técnicas situadas na base da pirâmide organizacional. Setores de pesquisa, desenvolvimento de produtos, sistemas de informações, projetos de arquitetura e engenharia são algumas situações que exigem os chamados “gerentes cirurgiões”. 
Fonte: Adaptado de https://pt.scribd.com
 
Na Prática 
Agora é com você! 
Busque um projeto, uma atividade ou algo que necessite de Planejamento, Organização, Direção e Controle e reflita como cada um desses processos pode ser elaborado de forma eficiente e eficaz. 
Quer algumas dicas de como vencer este desafio? 
 Busque livremente uma atividade, como uma partida de futebol, por exemplo. 
 Planeje cada processo, considerando a data, hora e local do evento; participantes e coparticipantes; material necessário, tempo e destaque nas regras. 
 Prepare um organograma dos participantes, descrevendo a responsabilidade de cada um deles, tanto no jogo como no evento. 
 Determine as regras especiais (diferentes da do jogo em si) pelo bom relacionamento no evento e para a garantia de diversão. 
 Aplique essas regras, bem como deve ser a orientação aos demais. 
 Aponte no cronograma o controle do evento. 
 Aponte as falhas durante cada processo. 
No material online, a professora Aline Eberspacher traz algumas considerações sobre esta atividade. Acesse-o!
Síntese 
O que achou dos conceitos apreendidos nesta rota? Aposto que ficou surpreso em saber como tais teorias são aplicadas ao seu dia a dia, tanto na vida pessoal quanto profissional, certo? 
Como você viu, intuitivamente ou empiricamente as práticas relacionadas à administração sempre estiveram presentes na história da humanidade. E na prática administrativa é importante que você saiba que o planejamento significa a previsão das ações futuras, que a organização é a estruturação da rotina organizacional, que a direção é sinônimo de mobilização de pessoas (seja as liderando, motivando ou coordenando) e que o controle é o contínuo acompanhamento do processo para mantê-lo sempre no rumo organizacional. 
Você aprendeu que também chamamos de organização a empresa, a repartição pública, a Igreja, a fábrica, a loja, a padaria, ou seja, o sistema social e produtivo que se pretende organizar. E que, desta forma, existem organizações que foram criadas para atingir a objetivos específicos, sendo que, para atingi-los, elas foram organizadas formalmente por meio de diretrizes, normas e regulamentos. E por fim você aprendeu as funções e as habilidades do gestor, e como elas são importantes tanto para o seu desenvolvimento profissional como para a empresa. Para finalizar, assista à síntese do professor Aline Eberspacher a respeito dos temas abordados nesta rota. Basta acessar o seu material online.
2ª AULA – FUNDAMENTOS DE GESTÃO
Conversa Inicial 
Seja bem-vindo estimado aluno! Nesta aula nós viajaremos no tempo e apreenderemos mais algumas teorias administrativas.
Começamos a primeira parada da nossa viagem no começo do século XX, com as grandes transformações que ocorreram na sociedade. Nela, você conhecerá a Administração Científica e seu principal pensador Frederick Taylor. Depois, você estudará as ideias do empresário Henry Ford, criador da marca de automóveis Ford. Foi ele quem desenvolveu a linha de produção, que busca a otimização de tempo. Na sequência estudará as ideias de Henri Fayol, que se preocupou com a estrutura da empresa. Ele é o pioneiro em apresentar as funções do administrador e a divisão estrutural da empresa. 
Em um terceiro momento, iremos abordar a Teoria da Burocracia, baseada nas ideias do sociólogo, jurista e economista alemão Max Weber. Além disso, você aprenderá sobre o modelo japonês da administração (e um pouco da história da empresa Toyota, já que ela é a grande referência desse modelo de gestão). E para finalizar, estudaremos as escolas de qualidade por meio dos principais pensadores da qualidade total. Venha aprender e descobrir as principais teorias administrativas que transformaram o modo de administrar uma empresa, e continuam influenciado os grandes gestores até os dias de hoje! Bons Estudos! 
Assista à contextualização da professora Aline Eberspacher sobre esse assunto no material online.
Problematização
Pense no seu cotidiano, no seu modo de agir. Analise seu local de trabalho e faça uma análise de suas atividades diárias. Depois, liste cinco delas e reflita em como você as desempenha, verificando os elementos necessários para a execução de cada uma. Quanto tempo você leva de deslocamento? Esses materiais estão próximos de você? Como você os utiliza? Quanto tempo você necessita para realizar cada atividade?
Após essas anotações, analise a possibilidade de desenvolver essas atividades de modo mais prático e produtivo. Para orientá-lo nesta proposta, a professora Aline Eberspacher passa algumas dicas interessantes no seu material online. Confira!
Tema 1: Taylor e Ford
A produção em alta escala, por meio do processo de produção em série, nem sempre existiu. Você sabe quais foram os administradores, empresários e pensadores que impulsionaram o surgimento deste tipo de produção? Então, venha viajar no tempo e conhecer a história dos princípios administrativos através das principais ideias do administrador Frederick Taylor e do empresário Henry Ford.
Quem foi Taylor?
O americano Frederick Winslow Taylor nasceu em 1856, na Pensilvânia, e faleceu em 1915. Filho de uma família abastada financeiramente, apesar de ter sido aprovado no curso de Direito de Harvard, optou por se tornar um trabalhador manual. Ele aprendeu o ofício de torneiro, em um fábrica de bombas hidráulicas onde trabalhou entre os anos de 1874 e 1878. Durante esse período,começou a observar o desempenho dos colaboradores e o “corpo-mole” que faziam durante o processo produtivo. A análise de Taylor incluía a relação entre os gerentes e os funcionários, principalmente de como a má relação entre eles prejudica a produtividade. 
Em 1878, Taylor começou a trabalhar na usina siderúrgica Midvale. Iniciou sua carreira como trabalhador e terminou como engenheiro chefe, lá permaneceu durante 12 anos. 
Enquanto trabalhava na empresa Midvale (1878 e 1890), Taylor observou alguns problemas no processo produtivo que acabaram o inspirando em suas pesquisas. 
 Não havia uma noção clara da divisão de trabalho da administração nem do trabalhador; 
 Não havia incentivos para o trabalhador melhorar seu desempenho; 
 Muitos trabalhadores não faziam suas funções; 
 As decisões dos administradores eram apoiadas em intuições e palpites; 
 Não havia integração entre os departamentos das empresas; 
 Os trabalhadores não tinham aptidão para as tarefas que realizavam. 
 Havia conflitos entre supervisores e operários sobre a quantidade de produção. 
Essas observações de Taylor sobre o desempenho dos funcionários, remuneração ou mesmo falhas administrativas, permitiram o início do Movimento da Administração Científica, que teve início na Sociedade Americana dos Engenheiros Mecânicos (ASME), fundada em 1880, da qual Taylor era sócio e chegou a presidente.
A Administração Científica é marcada por três fases. Na primeira fase, a preocupação de Taylor era referente ao salário pago aos trabalhadores. Na época o pagamento era realizado por dia ou peça produzida. Em ambos os casos isso desmotivava o trabalhador. Se a remuneração fosse por dia produzido, a quantidade produzida não era considerada; e se a remuneração fosse por peça produzida, o valor de cada peça poderia ser reduzido com o aumento da produção. Esse contexto desmotivava o trabalhador, pois ele não obtinha vantagens em produzir mais. 
Em 1895, Taylor apresentou uma proposta de remuneração de piece rate system (sistema de pagamento por peça). A ideia era estudar o tempo exato de produção de cada peça por meio da divisão das tarefas, o cronometrar da montagem e registro das informações. A partir disso, pôde ser definido o tempo padrão de produção dos elementos básicos. Esse procedimento foi chamado de Sistema de Administração de Tarefas. 
A Administração Científica surgiu com o estudo do tempo, ou seja, a determinação da duração de cada atividade (quanto tempo leva e o quanto custa para a empresa). A partir deste estudo, foi possível determinar o tempo médio de produção. Na segunda fase da pesquisa, as experiências profissionais de Taylor permitiram realizar obserações sobre o comportamento humano e o rendimento da produtividade dos trabalhadores, bem como a necessidade de aprimoramento na seleção dos funcionários. 
A seguir, algumas constatações de Taylor: 
 O trabalhador deve ser remunerado conforme a sua produtividade; 
 Para aumentar a produtividade, é necessário um estudo do tempo de produção do trabalhador; 
 É necessário realizar uma seleção científica dos funcionários, ou seja, o trabalhador deve estar preparado para a tarefa que ele realizará; 
 É necessário treinar cientificamente os funcionários, para que todos realizem suas atividades de modo padrão; 
 A produtividade na empresa aumentará se houver um ambiente de cordialidade entre funcionários e gerentes. 
Na terceira fase, em 1911, Taylor lança o livro “The Principles of Scientific Management” (Princípios da Administração Científica) e apresenta as técnicas da administração científica, que são: 
 O estudo dos tempos e movimentos; 
 A padronização de ferramentas e instrumentos; a padronização de movimentos e a conveniência de uma área de planejamento; 
 A inserção dos cartões de instrução, o sistema de pagamento de acordo com o desempenho e o cálculo de custos. 
Em suas pesquisas sobre a administração científica, Taylor apresenta a importância de separar a administração do processo de fabricação. O planejamento é responsabilidade da administração e a execução é responsabilidade da fábrica (Maximiano, 2011). Taylor salienta que para a maioria das pessoas os interesses dos empregadores e empregados são antagônicos. Entretanto, para a Administração Científica os interesses de ambos são únicos e com a mesma direção. A prosperidade do empregador não pode existir a longo prazo se não for acompanhado pela prosperidade do empregado. 
Para Taylor, a Administração Científica consiste em 4 princípios básicos: planejar, preparar, controlar e executar. 
Princípio do Planejamento: substituir a improvisação pela ciência por meio do planejamento do método. 
Princípio de Preparo: selecionar e preparar os trabalhadores de acordo com suas aptidões para produzir mais e melhor. 
Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. 
Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja mais disciplinada. 
Taylor é considerado o pai da Administração Científica. Seu trabalho e suas contribuições foram direcionadas para o processo produtivo e a execução de tarefas. Para aprofundar a sua aprendizagem assista ao filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, que demonstra o dia a dia de uma fábrica. Acesse-o no link a seguir.
https://www.youtube.com/watch?v=ieJ1_5y7fT8
Henry Ford
Agora vamos abordar a história e as ideias de Henry Ford, o empresário que deixou uma grande contribuição à prática da produção em série. Ele foi o fundador da marca de carro Ford e criador da linha de montagem. Que tal entendermos o contexto em que isso ocorreu? Vamos novamente viajar no tempo, e conhecer um pouco dessa história.
O americano Henry Ford (1863-1947) nasceu no estado de Michigan, iniciou sua vida profissional como mecânico, e posteriormente, tornou-se empresário. Projetou um modelo de carro, e em 1899, fundou sua primeira fábrica de automóveis, que logo depois foi fechada. Em 1903 fundou a “Ford Motor Company” e entre 1905 e 1910 promoveu uma das grandes inovações industriais: as linhas de montagem. Ford também ficou conhecido como o inventor do carro popular. No início do século XX os carros já não eram novidade, mas eram acessíveis apenas às pessoas com maior poder aquisitivo, pois eram caros e cada um deles era fabricado artesanalmente. 
Quando a Ford adotou a primeira linha de montagem, os funcionários não precisavam de tanta qualificação, pois ao lado da esteira rolante cada funcionário adicionava uma peça ao corpo do carro.
O barateamento foi brutal, o modelo T que originalmente era vendido a 800 dólares, teve o preço reduzido para 290 dólares. Ford aumentou o salário dos trabalhadores para 5 dólares ao dia. Afinal, isso também estimularia o consumo e vendas de automóveis.
Quer conhecer uma famosa frase de Ford que se eternizou na história da indústria? 
“O cliente pode escolher a cor que desejar, desde que seja preta." Henry Ford.
Essa famosa frase faz referência ao Ford Modelo T, que era produzido apenas na cor preta. Você sabe o porquê da escolha dessa cor? A tinta preta era a única com secagem mais rápida no mercado de 1913. 
Propostas de Ford 
Além de seu nome estar ligado à criação da linha de montagem, Henry Ford foi quem mais elevou os dois princípios da produção em massa: a fabricação de peças padronizadas e o trabalho especializado (MAXIMIANO, 2005). A linha de montagem adotada por Ford objetivava agilizar o trabalho para possibilitar o aumento da produção. Essa racionalização proporcionou uma linha de montagem que permite a produção em massa, com as seguintes características de padronização: o maquinário, o material, a mão-de-obra, o design do produto e o custo mínimo (CHIAVENATO, 2004). 
Segundo Maximiano (2005), a produção em massa se baseia em peças padronizadas e na especialização do trabalhador. 
Peças padronizadas: 
 Máquinas especializadas; Sistema universal de fabricação e calibragem; 
 Controle da qualidade; 
 Simplificação das peças; 
 Simplificação do processo produtivo. 
Trabalhador especializado: 
 Uma única tarefa (ou um pequeno número); 
 Posição fixa dentro de uma sequência de tarefas; 
 O trabalho vem até o trabalhador; 
 As peças e as máquinas ficam no posto de trabalho. 
Sobre os princípios da produção em massa, Maximiano (2005) destaca que para alcançar a padronização, Ford passou a utilizar o mesmo sistema de calibragem para todas as peças em todo o processo de manufatura. Isso gerou o que atualmente conhecemos como controle da qualidade. 
Ford também buscou tornar o processo produtivo mais simplificado, com a diminuição do número de peças de seus produtos. Por exemplo, o bloco do motor de seus automóveis era uma única peça fundida, enquanto que o motor dos produtos concorrentes era constituído de várias peças separadas. 
Na produção em massa, cada etapa do processo produtivo é realizada por um trabalhador diferente, assim, cada pessoa e cada grupo tem uma tarefa fixa dentro de um processo bem definido. Por isso, as qualificações do trabalhador se resumem aos conhecimentos para a execução de uma determinada tarefa. Sob uma perspectiva crítica, podemos considerar isso como um trabalho alienado, em que o trabalhador não tem controle do processo produtivo e nem dos resultados do seu trabalho. 
Segundo Chiavenato (2004), Ford adotou três princípios para acelerar a produção: o princípio da intensificação, o princípio da economicidade e o princípio da produtividade. Veja quais são os objetivos de cada um. 
Princípio da Intensificação: diminuir o tempo de duração da produção com a utilização imediata dos equipamentos e matérias-primas, e a rápida colocação do produto no mercado. 
Princípio da Economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque de matéria-prima em transformação, para que o automóvel fosse pago à empresa antes do prazo de pagamento dos salários e da matéria-prima adquirida. 
Princípio da Produtividade: aumentar a capacidade de produção do homem por meio da especialização e da linha de montagem. 
Na atualidade, as linhas de montagem carregam todos os tipos de produtos, em diferentes níveis e estágios. Engenheiros de produção e outros profissionais da área continuam estudando e analisando formas de tornar a produção mais eficiente. Hoje temos robôs, computadores, cronômetros, sistemas de vídeo, mas na essência os princípios da linha de montagem concebidos por Ford continuam vivos. 
Leitura Obrigatória: 
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. (p. 55-80) 
Quer saber mais sobre as influências de Taylor e Ford na Administração? Então, confira a explicação da professora Aline Eberspacher no material online! 
Saiba Mais 
Para conhecer um pouco mais a história de Ford, assista ao filme “Ford, o Homem e a Máquina” disponível no link a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=oTxWtcWB07w
Tema 2: Fayol e o Processo Administrativo
Você percebeu que até agora só estudamos o processo produtivo? A maior preocupação naquela época era referente ao que nós chamamos de “chão de fábrica”, ou seja, no modo de produção. Contrapondo-se a essa concentração de conhecimentos, Henri Fayol estudou e analisou a estrutura da empresa e apresentou a divisão organizacional e a função do administrador, temas que até então não haviam sidos abordados.
Quem foi Henry Fayol?
O francês e engenheiro de minas Henry Fayol (1841-1925), iniciou sua carreira profissional em 1860, em uma empresa metalúrgica e de produção de carvão. Aposentou-se na mesma empresa em 1918, onde ingressou em 1888 (SCATENA, 2012). Fayol foi contemporâneo à Taylor, contudo diferentemente deste (que trabalhou nos níveis operacionais da fábrica) Fayol começou na cúpula administrativa, buscando a definição das funções administrativas, que, segundo ele, era a habilidade mais requerida pela direção de uma organização (KWASNICKA, 2009). Seu trabalho foi considerado uma das maiores contribuições para o campo da gerência e da administração.
Em 1908 publicou “Os Princípios da Administração” em que mostra as possibilidades de formar administradores e criar o ensino formal de administração. Nesta obra ele também trata de forma mais clara os cinco elementos primários da administração: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar (POCCC). 
Para Fayol, a administração é uma atividade comum a qualquer empreendimento humano, a qual exige planejamento, organização, direção, coordenação e controle. Assim, ele considerava que todos deveriam estudá-la, o que demandaria a estruturação, e consequentemente o ensino, de uma Teoria Geral da Administração. 
Para cumprir esse objetivo, Fayol criou e divulgou sua própria teoria e dividiu a empresa em seis atividades (ou funções) que são: função técnica, função comercial, função financeira, função segurança, função contabilidade e função administração. Veja os principais elementos de cada uma delas. 
Função Técnica: produção e manufatura 
Função Comercial: compra, venda, troca 
Função Financeira: procura e utilização de capital 
Função Segurança: proteção da propriedade e das pessoas 
Função Contabilidade: registro de estoques, balanços, custos, estatísticas 
Função Administração: planejamento, organização, direção, coordenação e controle. 
Fayol fortalece o papel do gerente e sua capacidade de tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes da organização, a fim de que as atividades de previsão, organização, comando, coordenação e controle tenham uma sequência apropriada. 
Por fim, complementa sua teoria com a proposição de 14 princípios para uma administração eficaz, que são as diretrizes que devem orientar a ação dos administradores. Quer conhecê-los? Então, clique no link a seguir! 
http://172.16.0.8/dev/designer/vivi/ccdd_grad/nucleoComum/fundamentosGST/a2/includes/pdf/fayol.pdf
Leitura Obrigatória: 
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. (p. 81-88) No material online, a professora Aline Eberspacher aborda alguns aspectos interessantes sobre o processo administrativo proposto por Fayol. Não perca! 
Saiba Mais 
Você observou que as teorias de Fayol são diferentes das de Taylor e Ford. Porém, você percebeu como elas são complementares? 
A obra de Fayol só ficou conhecida nos Estados Unidos em 1949, embora tenha sido traduzida para o inglês em 1929. No final de sua vida, Fayol comparou suas ideias com as de Taylor e concluiu que elas deveriam ser complementares. SCATENA (2012)
Tema 3: Escola Burocrática
Você com certeza já passou por algum momento burocrático em sua vida, e provavelmente o definiu como algo muito chato e desnecessário. Mas, afinal quem foi que inventou essa tal de burocracia? Calma! Ao contrário do que parece, a burocracia não apresenta somente características negativas. Ela é um modo de gerir uma empresa, ou até mesmo uma sociedade. Por meio dos princípios burocráticos podemos estabelecer os melhores critérios e elementos para coordenarmos e controlarmos determinados eventos.
Mas, qual é a origem da burocracia? Onde ela começou? E quem pensou nesse modo de organização social? A resposta está a seguir!
Weber e a Teoria da Burocracia
A burocracia nos é apresentada por meio do sociólogo, jurista, historiador e economista alemão Maximilian Carl Emil Weber, conhecido como Max Weber. Seu trabalho foi tão pertinente que outros autores buscaram nele a base para suas pesquisas. Weber nos mostra que os comportamentos e as ações individuais são guiadas por normas coletivas que já foram aceitas e reconhecidas pela sociedade (ou seja, legitimadas).
Conforme Weber, existe uma convenção de regras sociais que orientam e dirigem o comportamento das pessoas e elas são regidas por normas e leis racionalmente determinadas. A palavra chave da burocracia segundo Weber é racionalidade. Quer entender como e porquesurgiu esse pensamento weberiano burocrático? 
A partir da década de 1940 surgiram algumas reflexões e questionamentos sobre as teorias administrativas da época. A primeira crítica foi em relação ao mecanicismo da Teoria Clássica (Taylor e Fayol) e a segunda foi em relação ao chamado romantismo da Escola de Relações Humanas (que estudaremos mais adiante). Essas críticas mostraram que faltava aos administradores uma orientação que permitisse uma nova visão sobre a forma de gestão, e como as organizações estavam em voga na época, a gestão era um tema que chamava atenção dos pesquisadores. 
Tipos de Sociedade 
Em um primeiro momento, Weber faz uma análise e distingue a sociedade em três tipos (CHIAVENATO, 2014): sociedade tradicional, sociedade carismática e sociedade legal, racional ou burocrática. A seguir, conheça as principais características de cada uma delas. 
Sociedade Tradicional: na sociedade tradicional predominam as características das famílias patriarcais e patrimonialistas, como famílias, clãs e sociedade medieval. 
Sociedade Carismática: na sociedade carismática predominam as características místicas, baseadas no poder e no carisma, como grupos revolucionários ou mesmo partidos políticos. 
Sociedade Legal, Racional ou Burocrática: na sociedade legal, racional ou burocrática predominam as normas impessoais e a racionalidade na escolha dos meios, são comuns em grandes empresas, estados modernos e exército. 
Tipos de Autoridade 
“Autoridade significa a probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido”. (CHIAVENATO, 2014). A autoridade representa o poder institucionalizado. Significa dizer que quem tem poder impõe sua vontade, pois possui a legitimidade e o seu poder é aceito e reconhecido. 
Weber apresenta três tipos de autoridades, conforme o tipo de sociedade:
Autoridade Tradicional: a autoridade tradicional prevalece nas sociedades mais tradicionais. Aceita-se o poder porque “sempre foi feito assim”. Está muito presente em organizações como famílias, clãs ou até mesmo empresas familiares. Importante destacar que o poder tradicional não é racional, ele pode ser transmitido por herança e é extremamente conservador. 
Autoridade Carismática: o termo carisma no sentido religioso significa o dom gratuito de Deus, estado da graça. Os subordinados aceitam o poder do superior por causa do seu carisma, da sua capacidade de influenciar, de liderar e sobretudo por se sentirem identificados. Podemos citar como exemplo de líderes carismáticos os políticos Hitler e Kennedy. É importante destacar que o poder carismático não tem base racional, é instável e facilmente adquire características revolucionárias. 
Autoridade Legal, Racional ou Burocrática: neste modelo a autoridade é legitimada. Os subordinados aceitam as ordens porque concordam com os preceitos e as normas que consideram legítimas. É uma autoridade racional, técnica, meritocrática e administrativa. Quando a autoridade é formal, com base nas normas e leis, a obediência acontece a um conjunto de regras previamente estabelecido, e essa relação permite a identificação da autoridade legal. Assim, a burocracia se sustenta e dá aparato à dominação legal, através das normas, leis e métodos dos critérios de seleção. É importante ressaltar que a burocracia é o modo de organização típico da sociedade moderna democrática, e ela está presente na maioria das grandes empresas, sejam elas públicas ou privadas. 
Características da Burocracia 
Depois de entendermos os tipos de sociedade e liderança, vamos entender o que é burocracia e quais são suas características. 
“A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance destes objetivos”. CHIAVENATO (2014) 
A formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo são os pilares que alicerçam a burocracia. Assim, podemos dizer que a burocracia acontece no nosso cotidiano e estamos rotineiramente envolvidos neste processo. É importante lembrar que a base da burocracia é a racionalidade. 
Uma organização que se prevalece da burocracia possui algumas características marcantes. 
 As normas são legalizadas; 
 A comunicação é formal, de modo geral, escrita e impessoal; 
 Os trabalhos são divididos conforme as competências, de modo que cada uma saiba qual a sua função; 
 Os relacionamentos são impessoais, significa dizer que podemos trabalhar com alguém sem nem ao mesmo saber o nome destas pessoas; 
 A hierarquia é atributo das organizações burocráticas, uma vez que cada colaborador sabe qual é seu papel dentro da organização e quem é o seu superior direto; 
 A forma de trabalho está definida através das rotinas e dos procedimentos estabelecidos e documentados, que direcionam o modo de agir dentro da organização; 
 O crescimento e o reconhecimento profissional acontecem através da competência técnica e da meritocracia, ou seja, em uma organização burocrática a pessoa não pode “ganhar um cargo” ou “crescer” profissionalmente por ser “amigo do chefe”, mas sim por ser bom tecnicamente; 
 A Teoria da Burocracia defende que a administração da empresa deve ser feita pelos administradores, que devem estar preparados tecnicamente, e não pelo “dono” que pode se envolver emocionalmente nos negócios. 
A burocracia exige profissionais capacitados, ou seja, tecnicamente preparados para realizar suas funções. É interessante observar que quanto mais racional a sociedade for, mais impessoais e burocráticas as relações serão. 
As características da burocracia proporcionam uma grande vantagem, que é a previsibilidade de como a organização funciona. A consequência disso é a padronização nos desempenhos e uma previsibilidade de comportamento. 
Descubra quais são as bases, as consequências previstas e o objetivo de uma organização burocrática. 
Bases: 
1. Caráter legal das normas. 
2. Caráter formal das comunicações. 
3. Divisão do trabalho. 
4. Impessoalidade no relacionamento. 
5. Hierarquização da autoridade. 
6. Rotinas e Procedimentos 
7. Competência técnica e mérito. 
8. Especialização da administração. 
9. Profissionalização. 
10. Previsibilidade do funcionamento. 
Consequências Previstas: 
1. Previsibilidade do comportamento humano. 
2. Padronização do desempenho dos participantes. 
Objetivo: 
1. Máxima eficiência da organização. 
Disfunções da Burocracia 
Como pudemos observar, a burocracia apresenta inúmeras vantagens, como por exemplo: a uniformidade de rotinas e procedimentos; a confiabilidade nas regras e nos processos conhecidos e o prevalecimento da racionalidade e da rapidez em relação às decisões da organização.
Entretanto, apesar de falarmos sobre os benefícios da burocracia, todos os seus excessos nos fazem mal, pois engessam e dificultam os procedimentos organizacionais. Chamamos esses excessos de disfunções da burocracia. 
A seguir, e analise alguns exemplos de excesso de burocracia: 
 Quando existe uma excessiva internalização das regras e apego aos regulamentos, sem se preocupar com a solução do problema; 
 Valorização do excesso de formalismo e de papéis, o que dificulta a resolução de problemas; 
 Apresentação de uma grande resistência às mudanças, não permitindo inovação; 
 Excesso de formalismo, que despersonaliza os relacionamentos dentro da organização; 
 Superconformidade dos colaboradores em relação às rotinas e aos procedimentos; 
 Excesso de exibição de sinais de autoridade; 
 Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público, esquecendo que ele é a razão de ser da organização. 
A disfunção burocrática é um problema muito sério e muito frequentemente nas organizações, sobretudo no que tange ao atendimento ao público. Clique no link, a seguir, e assista a uma animação que demonstra os problemas dos excessos da burocracia no telemarketing. 
https://www.youtube.com/watch?v=Ch0SCseJ_mQ
 
Como pudemos observar todas as teorias administrativas apresentam características

Outros materiais