Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Fundamentos e métodos de estudos da Pesquisa epidemiológica Profa. Marília Brasil Xavier * * * O nascimento do saber científico Para sobreviver e facilitar sua existência o homem confrontou-se com a necessidade do dispor do saber EX: um raio queimou o mato, fez fogo e calor. Como conservar o fogo? Diversos saberes * * * O saber racional: o homem sentiu a fragilidade do saber fundamental, intuitivo ou tradicional e desenvolveu o desejo de obter conhecimentos mais confiáveis A trajetória foi longa entre os primeiros desejos e a concepção do saber racional, que se estabeleceu no ocidente há apenas um século, com uma forma dita científica. * * * Observação das experiencias da realidade e interpretação pela mente, colocando à prova, recorrendo às ciências matemáticas Conjunção da razão e experiência O saber não é somente especulação Apogeu no século XIX - o triunfo da ciência – nas ciências da natureza Positivismo nas ciências humanas * * * apesar de a ciência possuir critérios que, são aceitos por todos os cientistas (intersubjetividade por ex.) nem todos os cientistas partem,para a realização do seu trabalho, de uma mesma concepção do que seja o conhecimento científico. visões de ciência ou em tendências metodológicas são, diferenças no modo de entender e produzir o conhecimento No século XVII constituiu-se um ramo da filosofia - a epistemologia os pressupostos a respeito do que seja o homem, a natureza e/ou a sociedade e o próprio modo de produzir conhecimento não precisam ser os mesmos para todos os cientistas. * * * * * * Neopositivismo Luta contra o pensamento metafísico, linguagens tradicionais e históricas O sujeito produtor do conhecimento deve e afastar do objeto de modo que possa representá-lo como ele é O conhecimento legítimo é baseado em experiência empírica e pelo método da análise lógica, Produção de conhecimento atrelada a uma transformação racional da ordem social * * * Fenomenologia Se opõe à separação entre o sujeito produtor do conhecimento e o objeto da pesquisa O conhecimento é o resultado da interação entre o sujeito que observa e o sentido que fornece à coisa percebida Não admite que existam fatos que por si só garantam a objetividade da ciência * * * Estruturalismo Formuladas inicialmente no campo da linguística Estrutura: conjunto de elementos que mantêm relações necessárias entre si Perspectiva estruturalista para análise de fenômenos culturais Tendencia antropológica * * * Através das leis que procura estabelecer, a ciência pretende, construir de forma dinâmica, um modelo inteligível e ao mesmo tempo, o mais simples, preciso, completo e verificável do mundo em que vivemos, que deve ser eficaz , para que ajude a fazer previsões e utilizar meios apropriados para controlar fenômenos. * * * Para estabelecer leis, a ciência formula hipóteses, que são suposições para orientar o pesquisador na busca e na descoberta dos fatos e das relações que existem entre eles. Se a formulação da hipótese preencher determinadas condições e for verificada, tranforma-se-á então em lei * * * A tríade do método Formulação de problemas. Formulação de hipóteses. Comprovação de hipóteses. * * * Pesquisa na área da Saúde Melhorar a qualidade de vida do homem e sua relação com o meio ambiente Busca de novas e melhores formas de prevenir, diagnosticar , controlar e tratar doenças * * * Organização das pesquisas numerosas maneiras de investigação e como conseqüência, diversos métodos, comuns à outros ramos da ciência e mais adequados conforme situações específicas * * * Organização das pesquisas complexidade do assunto métodos de estudo advém da existência de várias classificações, com terminologias diversificadas conforme o ângulo de classificação. Possuem vantagens e limitações , conhecê-los permite avaliar melhor a escolha e antecipar dificuldades e facilidades assim como se a teoria foi convenientemente aplicada * * * Pesquisa epidemiologica O uso de populações diferencia a epidemiologia da medicina clínica e outras ciências biomédicas, as quais em geral, observam pequeno número de indivíduos, tecidos ou órgãos Razões para o uso de populações em epidemiologia: Embora o nível primário de interesse seja o indivíduo, o objetivo final da epidemiologia é melhorar o perfil de saúde das populações Do ponto de vista metodológico, populações são necessárias para se fazer inferências sobre a relação entre determinados fatores e a ocorrência de doenças * * * Objeto da epidemiologia Doenças infecciosas Doenças não-infecciosas Genéticas Cárdio-vasculares e neurológicas Violência Outras: ocupacionais, da poluição, psico-sociais, etc. Condições fisiológicas e hábitos/comportamentos. Em populacoes * * * Objetivos da pesquisa epidemiológica Descrever frequência, distribuição, padrão e tendencia temporal de eventos ligados à saúde em populações específicas e/ou subpopulações Explicar a ocorrência de doenças e distribuição de indicadores de saúde, identificado as causas e os determinantes da sua distribuição, tendência e modo de transmissão nas populações Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Marcos Historicos: John Snow (1849-1854) - Formulou e exitosamente testou a hipótese sobre a epidemia de cólera ocorrida em Londres (experimento natural): Em Londres, varias empresas de água distribuíam água de beber aos residentes; Snow comparou as taxas de mortalidade por cólera entre os residentes recebendo água de três dessas grandes empresas; Observou que a mortalidade era muito maior naquelas pessoas recebendo água de duas dessas três empresas que recolhiam água com detritos de Londres do Rio Tamisa... O agente etiologico so’ foi descoberto em 1883. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Marcos Historicos: John Snow (1855) – “.... Cada empresa oferta água para ricos e pobres, grandes e pequenas casas, não existe diferenças nas condições ou na ocupação das pessoas recebendo água das diferentes empresas ... mas um grupo vem sendo servido com água contendo detritos de Londres, e nela o que mais tenha vindo dos pacientes com cólera, e outro vem recebendo água livre de impurezas. Para confirmar esse experimento, tudo o que e’ necessário e’ saber qual e’ a fonte de água de cada casa onde um caso fatal de cólera tenha ocorrido....” * * * Cólera em Londres, 1854 Abastecimento Óbitos por Taxa de água No. Casas Cólera (10.000 casas) Southwark 40.046 1.263 315,4 & Vauxhall Lambeth 26.107 98 37,5 Outras fontes de agua em outras partes Londres 256.423 1.422 55,4 Snow, 1855 * * * O mapa da cólera de Snow John Snow (1855) – ... a proporção de casos fatais de cólera por 10.000 casas foi a seguinte: das empresas A e B foi 315 e da empresa C foi 37. A cólera foi, então, 8,5 vezes mais “freqüente” nesse período entre as casas consumindo água impura das empresas A e B do que entre aquelas recebendo água pura da empresa C... Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Marcos Historicos: Meados dos anos 50 - grandes estudos foram conduzidos e o arsenal metodologico da epidemiologia aprimorado: ESTUDO CASO-CONTROLE: Doll & Hill, Wynder & Graham (~1952) Doll & Hill (1952) - primeiro importante estudo de caso-controle (hábito de fumar e câncer de pulmão): Obtiveram informações sobre historia de tabagismo e outras variáveis relacionadas a saúde de 700 pessoas com ca de pulmão e de outras 700 pessoas hospitalizados por condições “não-malignas”. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Marcos Historicos: Com esse desenho de estudo, os autores foram capazes de rapidamente testar hipóteses de forma valida, rápida e eficiente (e verificaram o excesso de tabagismo entre os pacientes com ca de pulmão vs os controles) Confirmaram suspeitas existentes desde antes de 1800 (John Hill) antes mesmo que houvesse qualquer evidência de que as substâncias do cigarro eram cancerígenas (DOLL & PETO, 1981). Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Marcos Historicos: ESTUDO CASO-CONTROLE Wynder & Graham (1952) - Exposicao Homens com ca pulmao Fumantes 584 (96,5%) Nao Fumantes 21 605 Homens com outras doencas 575 (73,7%) 205 780 Estudar cancer de pulmão era muito diferente de estudar doencas infecciosas (agudas e com curto períodos de incubação e indução), o que demandou o desenvolvimento de metodologias especificas (ex. estudos de caso-controle). [OR~10] Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Marcos Historicos: ESTUDO DE COORTE: Dawber (1949- ) - Conduziu um dos primeiros e mais importantes estudos de longo seguimento (coorte) nos EUA (The Framingham study; DAWBER et al. 1957; McKEE et al. 1971): Contribuição para compreender os fatores de risco das doencas cardiovasculares. Seguimento de cerca de 5.200 residentes de Framingham (Massachusetts - EUA) por mais de 35 anos para explorar a relacao entre fatores de risco e doencas cardiovasculares. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Marcos Historicos: ENSAIO CLINICO: Vacina de poliomielite (FRANCIS et al. 1957): Cerca de 1 milhão de escolares foram aleatoriamente alocados para receber a vacina ou um placebo inerte. Esse ensaio claramente demonstrou a eficácia e segurança da vacina e foi a base para a prevenção da poliomielite. Intervenção em comunidades com o uso de suplementação de flúor na água feito em 1940 nos EUA levou a iniciativa de ampla introdução desta medida como prevenção de cáries dentárias (AST, 1965). Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Producao de conhecimento em Epidemiologia: Suspeitas apartir da : prática clínica, observações de padrões de distribuição das doenças es de resultados de pesquisas básicas de laboratório (ex. in vitro ou com modelos animais), especulação teórica, estudos descritivos e outros estudos epidemiológicos. Formulação de hipóteses Realização de estudos que permitam testar as hipóteses formuladas O estudo dá evidências da plausibilidade da hipótese formulada? O total de evidências suporta uma determinada intervenção? Avaliação da intervenção Intervenção? Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Pesquisa básica de laboratório (modelos animal ou in vitro) = manipulação completa do fator a ser estudado (fatores de exposição), de todos os demais fatores que possam interferir no experimento (temperatura, umidade, luz, nutrição das células ou animais, etc) e às vezes até de fatores genéticos. Porém, devido a várias especificidades (diferenças genéticas, fisiológicas, de comportamento, entre outras) o uso destes resultados para os seres humanos é por vezes bastante limitado. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Populações humanas O controle desejável que se obtém nos estudos experimentais de laboratório, não é mais possível, principalmente por limitações éticas. Necessita-se de uma ciência que forneça as bases teóricas e metodologicas para lidar com a compreensão dos processos de saúde/doença em populações humanas: a Epidemiologia. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * alguns estudos epidemiológicos podem interferir nas políticas de saúde mesmo antes que a pesquisa básica de laboratório tenha qualquer evidência ... Estudos epidemiológicos em 1964 já eram convincentes o suficiente para alertarem os assessores do governo americano de que haviam claras evidências de que o hábito de fumar era um fator causal do câncer de pulmão (U.S.DHEW, 1964), antes mesmo que houvesse qualquer evidência de que as substâncias do cigarro eram cancerígenas (DOLL & PETO, 1981). Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Populações humanas = O controle desejável que se obtém nos estudos experimentais de laboratório, não é mais possível, principalmente por limitações éticas. Necessita-se de uma ciência que forneça as bases teóricas e metodologicas para lidar com a compreensão dos processos de saúde/doença em populações humanas: a Epidemiologia. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * alguns estudos epidemiológicos podem interferir nas políticas de saúde mesmo antes que a pesquisa básica de laboratório tenha qualquer evidência ... Estudos epidemiológicos em 1964 já eram convincentes o suficiente para alertarem os assessores do governo americano de que haviam claras evidências de que o hábito de fumar era um fator causal do câncer de pulmão (U.S.DHEW, 1964), antes mesmo que houvesse qualquer evidência de que as substâncias do cigarro eram cancerígenas (DOLL & PETO, 1981). Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * USOS: Análise e planejamento em saúde organização dos serviços, vigilância em saude Investigação etiológica Avaliação de impacto de tecnologias, programas e políticas em saude Determinação de riscos, prognostico, e valor de procedimentos diagnósticos Análise critica e uso das evidências Epidemiologia descritiva Epidemiologia Analitica Avaliacao em saude Epidemiologia clinica Saude Coletiva e Medicina baseada em evidencias Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * EXEMPLOS DE USOS: Contribuir no planejamento para atendimento de demandas a partir da estimativa da magnitude um de um agravo e vigilancia em saude; Gerar hipóteses de causalidade a serem verificadas em novos estudos; Identificar fatores de risco e grupos de risco para e esclarecer aspectos da etiologia de doenças Quantificar a magnitude do benefício ou impacto de uma intervenção; Fazer predições prognósticas e testar e avaliar a utilidade de novas técnicas de diagnóstico; Quantificar e comparar a eficácia, efetividade e eficiência de procedimentos terapêuticos ou preventivos Fornecer subsídios para a definição de programação, planejamento e políticas públicas de saúde e para a pratica da medicina. Epidemiologia descritiva Epidemiologia Analitica Avaliacao em saude Epidemiologia clinica Saude Coletiva e Medicina baseada em evidencias * * * Estudos epidemiológicos * * * Os desenhos de estudos são denominados segundo vários ângulos A escolha de um tipo de desenho depende do objetivo dentro da epidemiologia descritiva ou analítica * * * Parte da complexidade do assunto métodos de estudo advém da existência de várias classificações, com terminologias diversificadas conforme o ângulo de classificação. * * * Cada método tem vantagens e limitações e conhecê-los permite avaliar melhor a escolha e antecipar dificuldades e facilidades assim como se a teoria foi convenientemente aplicada * * * Principais estratégias empregadas na investigação de um tema de saúde Estudo de caso Investigação laboratorial Pesquisa Populacional * * * Estudo de casos De enfoque qualitativo e exploratório. Fácil de ser realizado, baixo custo, pode além da descrição de características, sugerir explicações sobre elementos pouco conhecidos, de grande valia para a clínica de doenças. Dificuldades: número pequeno dos indivíduos incluídos e a falta de indivíduos controle para comparação de resultados * * * Investigação laboratorial Local ideal para estudos experimentais. O grau de subjetividade na aferição de resultados pode ser reduzido, pela adoção de controles rigorosos. Na maioria das vezes por motivos éticos, o foco da avaliação ocorre sobre os animais, embora possa realizado com pessoas Quando realizado em animais, a questão problemática é a extrapolação de resultados para seres humanos * * * Pesquisa populacional Constitui a abordagem central da pesquisa clínico epidemiológica, sendo também aplicada em outras áreas do conhecimento * * * Revisão bibliográfica Apresentadas na forma de artigos longos, trazem o resumo da literatura sobre determinado tema Mostra a evolução do conhecimento, discute falhas e acertos No Br alguns aceitam como dissertação de mestrado * * * Meta-análise Técnica de revisão sistemática da literatura Utiliza critérios de qualidade para inclusão e exclusão dos artigos Aplicam-se estudos estatísticos aos resultados de um conjunto específicos de estudos selecionados Tira uma conclusão baseada em uma série de bons artigos * * * CRITÉRIOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS EMPREGADOS EM EPIDEMIOLOGIA * * * MUITOS SÃO CRITÉRIOS EMPREGADOS PARA CLASSIFICAR OS MÉTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA, ENTRE OS QUAIS: * * * * O PROPÓSITO GERAL, QUE DISTINGUE OS ESTUDOS DESCRITIVOS E OS ANALÍTICOS (ESSES TAMBÉM DITOS COMPARATIVOS OU DE TESTE DE HIPÓTESES); * * * O MODO DE EXPOSIÇÃO DAS PESSOAS AO FATOR EM FOCO, PELO QUAL SÃO SEPARADOS OS ESTUDOS DE OBSERVAÇÃO E OS DE INTERVENÇÃO (OU DE EXPERIMENTAÇÃO); * * * * A DIREÇÃO TEMPORAL DAS OBSERVAÇÕES, QUE DIFERENCIA OS ESTUDOS PROSPECTIVOS (COORTE), RETROSPECTIVOS (CASO-CONTROLE) E TRANSVERSAIS; * * * *A UNIDADE DE OBSERVAÇÃO, QUE DIVIDE AS PESQUISAS EM DOIS TIPOS: AQUELAS EM QUE A UNIDADE É O INDIVÍDUO E AS QUE TÊM COMO UNIDADE DE OBSERVAÇÃO UM GRUPO DE INDÍVIDUOS: POR EXEMPLO, DE UM MUNICÍPIO OU PAÍS. ESTAS ÚLTIMAS SÃO DITAS PESQUISAS ECOLÓGICAS, ESTATÍSTICAS, COMUNITÁRIAS OU DE AGREGADOS; Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Descritivo e analítico TIPOS DE ESTUDO Longitudinal e transversal De observação e de intervenção De indivíduos e de grupos (estatísticos) Controlado e não controlado Coorte e caso controle Experimental e quase experimental Prospectivo e retrospectivo * * * TIPOS DE ESTUDOS * ESTUDOS DESCRITIVOS *ESTUDOS ANALÍTICOS -ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO -ESTUDO DE COORTE -ESTUDO DE CASO-CONTROLE - ESTUDO TRANVERSAL ANALÍTICO OU SECCIONAL *ESTUDO ECOLÓGICOS(OU ESTATÍSTICOS) * * * ESTUDOS DESCRITIVOS Informam sobre a distribuição de um evento na população São estudos de incidência ou prevalência Não há formação de grupo controle para comparação de resultados * * * Estudos descritivos Prevalência de hepatite B em doadores de sangue Cobertura vacinal de pré escolares de um município frente à poliomielite Padrão de crescimento e desenvolvimento de crianças acometidas por sífilis neonatal * * * Metodologia do estudo descritivo para traçar o perfil do tema escolhido, o pesquisador observa a distribuição do evento ( o que?) características das pessoas atingidas pelo evento (quem?) num determinado local (onde?) numa determinada época (quando?) Fonte dos dados: estatísticas rotineiras levantamento em prontuários inquéritos * * * Uso dos resultados dos estudos descritivos Identificar grupos de risco, base da prevenção e planejamento em saúde Sugerir explicação para variação de frequencias – serve de base para o prosseguimento da pesquisa através dos estudos analíticos Ex: CA de colo e prevalência do HPV * * * Estudos analíticos Estão usualmente subordinados a uma ou mais questões científicas , as “hipóteses”, que relacionam eventos: uma suposta causa e um dado efeito Possuem um grupo controle formado simultaneamente com o grupo de estudo, que serve para comparação dos resultados O modo como os grupos de estudo e controle são formados , gera os diversos tipos de estudos analíticos Em todos haverá formação de pelo menos dois grupos : expostos (grupo de estudo) e não expostos (grupo controle) * * * Taxonomia de estudos Comparabilidade : observacional e experimental Estratégia de observação Seccional – um momento de observação Longitudinal – pelo menos dois momentos de observação Esquema de seleção: completa quando todos os elementos da base populacional de onde surgem os casos são selecionados (censo), incompleta quando uma fração dos não-casos da base populacional Unidade de observação- individuo ou agregado relação cronológica - concorrente ou prospectivo (no curso da investigação), não concorrente ou retrospectivo (relato ou registro) * * * Estudos analíticos A investigação de uma relação “exposição – doença” pode ser feita de três modos , em função do ponto de partida da observação ser a causa ou o efeito * * * EXPOSIÇÃO DOENÇA ESTUDOS DE COORTE ESTUDO DE CASO-CONTROLE ESTUDO TRANSVERSAL Estudos analíticos observacionais * * * ESTUDOS DE COORTE A investigação parte da causa, em direção ao efeito. Os grupos são formados por observação das situações . EX: grupos de funcionários sedentários X grupo de funcionários que se exercitam regularmente foram observados 10 anos e concluiu-se que a atividade física estava inversamente relacionada ao risco de morrer por doença coronariana * * * Delineamento de um estudo de coorte Parte da exposição em relação ao efeito A exposição não é aplicada aleatóriamente, no sentido estatístico, Geralmente são prospectivos A questão científica é : quais são os efeitos da exposição ? Ex: expostos ao hábito de fumar? expostos ao H. pylori? * * * DOENTES NÃO-DOENTES EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS ANÁLISE DOS DADOS AMOSTRA PARA ESTUDO POPULAÇÃO FORMAÇÃO DOS GRUPOS POR OBSERVAÇÃO DA EXPOSIÇÃO MEDIÇÃO DOS EFEITOS ou grupo de estudo ou grupo-controle DOENTES NÃO-DOENTES ESTUDOS DE COORTE * * * Classificação Prospectivo: a exposição é medida no momento de seleção dos sujeitos e o(s) evento(s) durante o seguimento; Retrospectivo: informação sobre a exposição (e às vezes também sobre o(s) evento(s) são coletadas através de registros já existentes. * * * Vantagens É o melhor método para se conhecer com precisão a história natural de uma doença, assim como sua incidência; O fator de exposição é definido no início do estudo; Permite estudo de múltiplos efeitos de um mesmo fator de exposição; Permite o estudo de fatores de exposição pouco freqüentes; Variáveis confundidoras são mais facilmente controladas. * * * Desvantagens Impróprio para estudo de doenças raras e com longo período de latência; Pode haver mudança no estado de exposição entre os dois grupos; Pouco adequado para o estudo de múltiplas causas de um evento específico; Caro, devido à longa duração e com existência implícita de perdas. * * * Estudo de caso controle Este estudo parte do efeito para elucidar as causas, O grupo de estudo é escolhido porque têm a consequência (efeito) e o grupo controle por não possuir o efeito São investigados para saber se foram expostas á fatores de risco, Embora o objetivo seja o mesmo do de coorte (esclarecer a relação exposição- efeito), é alcançado de maneira oposta, isto é, olha-se para trás em busca de exposições para explicar a doença * * * DOENTES (GRUPO DE CASOS) ANÁLISE DOS DADOS NÃO-EXPOSTOS EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS EXPOSTOS NÃO-DOENTES (GRUPO DE CONTROLES) AMOSTRA DE CASOS AMOSTRA DE CONTRO-LES MENSURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO FORMAÇÃO DOS GRUPOS PELA CONSTATAÇÃO DA PRESENÇA OU NÃO DA DOENÇA POPULAÇÃO DE CASOS E DE CONTROLES Estudo de caso controle * * * Estudo de caso controle Especificar critérios de inclusão e exclusão, definir caso, de preferência incluir casos novos Escolher controles adequados, isto é, com o máximo de semelhança com o grupo de estudo Protocolo de investigação para obter dados confiáveis para evitar vieses * * * Estudo transversal ou seccional Pesquisa mais simples, onde a relação exposição doença é examinada numa população em momento específico, pontual, na data da coleta dos dados Bom método para detectar frequencias da doença e de fatores de risco Somente na análise dos dados formam-se os grupos , pois é nessa fase que são conhecidos os indivíduos expostos e não expostos * * * Estudo transversal Questões científicas: Quais são as frequencias do fator de risco e da doença? A exposição ao fator de risco e à doença estão associadas? * * * EXPOSTOS E DOENTES EXPOSTOS E NÃO-DOENTES NÃO-EXPOSTOS E DOENTES NÃO-EXPOSTOS E NÃO-DOENTES ANÁLISE DOS DADOS POPULAÇÃO AMOSTRA PARA ESTUDO Estudo transversal * * * Estudos experimentais Investigação laboratorial Ensaio clínico randomizado (experimentais) Estudo quase experimentais ( não há aleatorização) * * * Ensaio clínico randomizado Os indivíduos são alocados aleatóriamente para grupos chamados de estudo (ou experimental) e controle (ou testemunha) de modo a serem submetidos ou não `a uma intervenção (vacina, medicamento ou a outro procedimento) Os efeitos são avaliados em condições controladas de observação (taxa de doença, elevação de anticorpos, melhora clínica ou outro desfecho) * * * ou grupo experimental ou grupo-controle Ensaio clínico randomizado * * * Ensaio clínico randomizado Questão central: Quais são os efeitos da intervenção? Método “padrão ouro” Produz evidências mais diretas e inequívocas para esclarecer causa-efeito A característica mais marcante é a randomização, isto é, a distribuição aleatória formando dois grupos com características semelhantes, que evita vieses * * * Ensaio clínico randomizado A escolha dos participantes ocorre em função de serem portadores de características especificadas de interesse para a hipótese em estudo Pode-se aumentar a isenção dos pesquisadores empregando técnica duplo-cega * * * ESTUDO ECOLÓGICO ► a unidade de observação não é o indivíduo, mas um grupo de pessoas. ► área geográfica definida: estado, cidade, setor censitário. ► realizados combinando-se arquivos de dados existentes em grandes populações→ mais baratos e mais rápidos. ► Avaliam o contexto social e ambiental→medidas coletadas a nível individual muitas vezes são incapazes de refletir os processos que ocorrem em um nível coletivo * * * ESTUDO ECOLÓGICO OBJETIVOS: ► Gerar ou testar hipóteses etiológicas→ explicar a ocorrência. ► Avaliar a efetividade de intervenções na população→ testar a aplicação do conhecimento adquirido para promoção da saúde. * * * ESTUDO ECOLÓGICO VANTAGENS: ► Baixo custo e rápida execução→ dados disponíveis: SIM, SINASC, SINAN, IBGE. ► Estudos de nível individual não conseguem estimar bem os efeitos de uma exposição, quando ela varia pouco na área de estudo. ► Mensuração de um efeito ecológico→ implantação de um novo programa de saúde ou uma nova legislação em saúde na melhoria das condições de saúde. * * * ESTUDO ECOLÓGICO DESVANTAGENS: ► Incapacidade de associar exposição e doença no nível individual ► Dificuldade de controlar os efeitos de potenciais fatores de confundimento ► Dados de estudos ecológicos representam níveis de exposição média ao invés de valores individuais reais ► Dados de diferentes fontes, o que pode significar qualidade variável da informação ► Falta de disponibilidade de informações relevantes é um dos mais sérios problemas na análise ecológica * * * Pesquisa qualitativa Apresenta de maneira não quantitativa, explora o subjetivo, discute valores, pensares e comportamentos não quantificáveis * * * Elementos de uma hipótese epidemiológica A população- características da população às quais a hipótese se aplica A exposição – a causa hipotética A doença ( ou outro efeito ) A relação dose resposta, isto é, o tanto de causa necessário para produzir o efeito A relação tempo-resposta, ou seja, o período entre a exposição e o aparecimento do efeito * * * Amostra Tipo de seleção amostra seleção ao acaso/ sistemática/ estratificada Tamanho da amostra amostra de conveniência – cuidados com a inferência depende da variabilidade nas respostas – pode-se calcular a partir da variância (calculada a partir da literatura ou amostra piloto) * * * Divulgação da pesquisa * * * Forma de apresentação de um artigo científico Abstract: resume o conteúdo básico do artigo; há também, a tradução do sumário, em idioma estrangeiro, colocada no fim do artigo. * * * Forma de apresentação de um artigo científico INTRODUÇÃO: indica claramente o problema e contém revisão sucinta do assunto e do objetivo do estudo. * * * Forma de apresentação de um artigo científico MATERIAL E MÉTODOS: constam da descrição do processo de seleção dos indivíduos, inclusive o tamanho do grupo, dos métodos e procedimentos empregados, com suficiente detalhamento para que outros possam repetir a metodologia e chegar a resultados equivalentes: nesta seção devem constar, por exemplo, o tipo de estudo, os detalhes da amostragem, da aleatorização, da intervenção, das mensurações e as outras questões referentes às coletas dos dados, à confiabilidade das informações e ás técnicas estatísticas empregadas. * * * Forma de apresentação de um artigo científico RESULTADOS: informa a seqüência lógica dos achados, sob a forma de texto, tabelas e ilustrações. DISCUSSÃO: realça os achados importantes do estudo, as conclusões pertinentes e as suas implicações ou aplicações; compara-os com o conhecimento já existente; sugere explicações para possíveis discrepâncias encontradas e inclui comentários sobre as limitações da investigação. CONCLUSÃO: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: lista de obras referidas no artigo. * * * Validade em estudos epidemiológicos Atenção para evitar conclusões espúrias Erros metodológicos na concepção, desenho, implementação do estudo ou análise de dados Livre de tais erros, trata-se de um estudo válido Validus = forte
Compartilhar