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Fundamentos e métodos da pesquisa epidemiológica I

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Fundamentos e métodos de estudos da Pesquisa epidemiológica
Profa. Marília Brasil Xavier
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O nascimento do saber científico
Para sobreviver e facilitar sua existência o homem confrontou-se com a necessidade do dispor do saber
EX: um raio queimou o mato, fez fogo e calor. Como conservar o fogo?
Diversos saberes
	
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O saber racional:
		o homem sentiu a fragilidade do saber fundamental, intuitivo ou tradicional e desenvolveu o desejo de obter conhecimentos mais confiáveis
	 A trajetória foi longa entre os primeiros desejos e a concepção do saber racional, que se estabeleceu no ocidente há apenas um século, com uma forma dita científica.
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Observação das experiencias da realidade e interpretação pela mente, colocando à prova, recorrendo às ciências matemáticas
Conjunção da razão e experiência
O saber não é somente especulação
Apogeu no século XIX - o triunfo da ciência – nas ciências da natureza
Positivismo nas ciências humanas
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apesar de a ciência possuir critérios que, são aceitos por todos os cientistas (intersubjetividade por ex.) nem todos os cientistas partem,para a realização do seu trabalho, de uma mesma concepção do que seja o conhecimento científico.
visões de ciência ou em tendências metodológicas são, diferenças no modo de entender e produzir o conhecimento No século XVII constituiu-se um ramo da filosofia - a epistemologia
os pressupostos a respeito do que seja o homem, a natureza e/ou a sociedade e o próprio modo de produzir conhecimento não precisam ser os mesmos para todos os cientistas.
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Neopositivismo
Luta contra o pensamento metafísico, linguagens tradicionais e históricas
O sujeito produtor do conhecimento deve e afastar do objeto de modo que possa representá-lo como ele é
O conhecimento legítimo é baseado em experiência empírica e pelo método da análise lógica, 
Produção de conhecimento atrelada a uma transformação racional da ordem social
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Fenomenologia
Se opõe à separação entre o sujeito produtor do conhecimento e o objeto da pesquisa
O conhecimento é o resultado da interação entre o sujeito que observa e o sentido que fornece à coisa percebida
Não admite que existam fatos que por si só garantam a objetividade da ciência
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Estruturalismo
Formuladas inicialmente no campo da linguística
Estrutura: conjunto de elementos que mantêm relações necessárias entre si
Perspectiva estruturalista para análise de fenômenos culturais 
Tendencia antropológica
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Através das leis que procura estabelecer, a ciência pretende, construir de forma dinâmica, um modelo inteligível e ao mesmo tempo, o mais simples, preciso, completo e verificável do mundo em que vivemos, que deve ser eficaz , para que ajude a fazer previsões e utilizar meios apropriados para controlar fenômenos.
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Para estabelecer leis, a ciência formula hipóteses, que são suposições para orientar o pesquisador na busca e na descoberta dos fatos e das relações que existem entre eles.
Se a formulação da hipótese preencher determinadas condições e for verificada, tranforma-se-á então em lei
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A tríade do método
Formulação de problemas.
Formulação de hipóteses.
Comprovação de hipóteses.
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Pesquisa na área da Saúde
Melhorar a qualidade de vida do homem e sua relação com o meio ambiente
Busca de novas e melhores formas de prevenir, diagnosticar , controlar e tratar doenças
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Organização das pesquisas
numerosas maneiras de investigação e como conseqüência, diversos métodos, comuns à outros ramos da ciência e mais adequados conforme situações específicas 
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Organização das pesquisas
complexidade do assunto métodos de estudo advém da existência de várias classificações, com terminologias diversificadas conforme o ângulo de classificação. 
Possuem vantagens e limitações , conhecê-los permite avaliar melhor a escolha e antecipar dificuldades e facilidades assim como se a teoria foi convenientemente aplicada 
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Pesquisa epidemiologica
O uso de populações diferencia a epidemiologia da medicina clínica e outras ciências biomédicas, as quais em geral, observam pequeno número de indivíduos, tecidos ou órgãos
Razões para o uso de populações em epidemiologia:
Embora o nível primário de interesse seja o indivíduo, o objetivo final da epidemiologia é melhorar o perfil de saúde das populações
Do ponto de vista metodológico, populações são necessárias para se fazer inferências sobre a relação entre determinados fatores e a ocorrência de doenças
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Objeto da epidemiologia
Doenças infecciosas
Doenças não-infecciosas
Genéticas
Cárdio-vasculares e neurológicas
Violência
Outras: ocupacionais, da poluição, psico-sociais, etc.
Condições fisiológicas e hábitos/comportamentos.
Em populacoes
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Objetivos da pesquisa epidemiológica
Descrever frequência, distribuição, padrão e tendencia temporal de eventos ligados à saúde em populações específicas e/ou subpopulações
Explicar a ocorrência de doenças e distribuição de indicadores de saúde, identificado as causas e os determinantes da sua distribuição, tendência e modo de transmissão nas populações
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Marcos Historicos:
John Snow (1849-1854) - Formulou e exitosamente testou a hipótese sobre a epidemia de cólera ocorrida em Londres (experimento natural):
Em Londres, varias empresas de água distribuíam água de beber aos residentes; Snow comparou as taxas de mortalidade por cólera entre os residentes recebendo água de três dessas grandes empresas;
Observou que a mortalidade era muito maior naquelas pessoas recebendo água de duas dessas três empresas que recolhiam água com detritos de Londres do Rio Tamisa...
O agente etiologico so’ foi descoberto em 1883. 
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Marcos Historicos:
John Snow (1855) – 
“.... Cada empresa oferta água para ricos e pobres, grandes e pequenas casas, não existe diferenças nas condições ou na ocupação das pessoas recebendo água das diferentes empresas ... mas um grupo vem sendo servido com água contendo detritos de Londres, e nela o que mais tenha vindo dos pacientes com cólera, e outro vem recebendo água livre de impurezas. Para confirmar esse experimento, tudo o que e’ necessário e’ saber qual e’ a fonte de água de cada casa onde um caso fatal de cólera tenha ocorrido....”
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Cólera em Londres, 1854
Abastecimento		Óbitos por	Taxa
		de água	No. Casas	Cólera	(10.000 casas) 
Southwark	40.046	1.263	315,4 & Vauxhall
Lambeth		26.107	98	37,5
Outras fontes de agua
em outras partes Londres	256.423	1.422	55,4
Snow, 1855
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 O mapa da cólera de Snow
John Snow (1855) – 
 ... a proporção de casos fatais de cólera por 10.000 casas foi a seguinte: das empresas A e B foi 315 e da empresa C foi 37. A cólera foi, então, 8,5 vezes mais “freqüente” nesse período entre as casas consumindo água impura das empresas A e B do que entre aquelas recebendo água pura da empresa C... 
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Marcos Historicos:
Meados dos anos 50 - grandes estudos foram conduzidos e o arsenal metodologico da epidemiologia aprimorado:
ESTUDO CASO-CONTROLE: Doll & Hill, Wynder & Graham (~1952)
Doll & Hill (1952) - primeiro importante estudo de caso-controle (hábito de fumar e câncer de pulmão): 
Obtiveram informações sobre historia de tabagismo e outras variáveis relacionadas a saúde de 700 pessoas com ca de pulmão e de outras 700 pessoas hospitalizados por condições “não-malignas”. 
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Marcos Historicos:
	Com esse desenho de estudo, os autores foram capazes de rapidamente testar hipóteses de forma valida, rápida e eficiente (e verificaram o excesso de tabagismo entre os pacientes com ca de pulmão vs os controles) 
Confirmaram suspeitas existentes desde antes de 1800 (John Hill) antes mesmo que houvesse qualquer evidência de que as substâncias do cigarro eram cancerígenas (DOLL & PETO, 1981).
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Marcos Historicos:
ESTUDO CASO-CONTROLE
Wynder & Graham (1952) - 
Exposicao	Homens com ca pulmao
Fumantes	 584 (96,5%)
Nao Fumantes	 21
				 605
Homens com outras doencas
	575 (73,7%)
		205
		780
Estudar cancer de pulmão era muito diferente de estudar doencas infecciosas (agudas e com curto períodos de incubação e indução), o que demandou o desenvolvimento de metodologias especificas (ex. estudos de caso-controle). [OR~10]
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Marcos Historicos:
ESTUDO DE COORTE:
Dawber (1949- ) - Conduziu um dos primeiros e mais importantes estudos de longo seguimento (coorte) nos EUA (The Framingham study; DAWBER et al. 1957; McKEE et al. 1971): 
Contribuição para compreender os fatores de risco das doencas cardiovasculares.
Seguimento de cerca de 5.200 residentes de Framingham (Massachusetts - EUA) por mais de 35 anos para explorar a relacao entre fatores de risco e doencas cardiovasculares. 
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Marcos Historicos:
ENSAIO CLINICO:
 
	Vacina de poliomielite (FRANCIS et al. 1957):  Cerca de 1 milhão de escolares foram aleatoriamente alocados para receber a vacina ou um placebo inerte. Esse ensaio claramente demonstrou a eficácia e segurança da vacina e foi a base para a prevenção da poliomielite.
	Intervenção em comunidades com o uso de suplementação de flúor na água feito em 1940 nos EUA levou a iniciativa de ampla introdução desta medida como prevenção de cáries dentárias (AST, 1965). 
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Producao de conhecimento em Epidemiologia:
Suspeitas apartir da : prática clínica, observações de padrões de distribuição das doenças es de resultados de pesquisas básicas de laboratório (ex. in vitro ou com modelos animais), especulação teórica, estudos descritivos e outros estudos epidemiológicos.
Formulação de hipóteses
Realização de estudos que permitam
testar as hipóteses formuladas
O estudo dá evidências da plausibilidade da 
hipótese formulada? O total de evidências suporta
 uma determinada intervenção?
Avaliação da intervenção Intervenção?
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Pesquisa básica de laboratório (modelos animal ou in vitro) = manipulação completa do fator a ser estudado (fatores de exposição), de todos os demais fatores que possam interferir no experimento (temperatura, umidade, luz, nutrição das células ou animais, etc) e às vezes até de fatores genéticos.
Porém, devido a várias especificidades (diferenças genéticas, fisiológicas, de comportamento, entre outras) o uso destes resultados para os seres humanos é por vezes bastante limitado.
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Populações humanas 
O controle desejável que se obtém nos estudos experimentais de laboratório, não é mais possível, principalmente por limitações éticas.
Necessita-se de uma ciência que forneça as bases teóricas e metodologicas para lidar com a compreensão dos processos de saúde/doença em populações humanas: 
a Epidemiologia. 
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alguns estudos epidemiológicos podem interferir nas políticas de saúde mesmo antes que a pesquisa básica de laboratório tenha qualquer evidência ...
        Estudos epidemiológicos em 1964 já eram convincentes o suficiente para alertarem os assessores do governo americano de que haviam claras evidências de que o hábito de fumar era um fator causal do câncer de pulmão (U.S.DHEW, 1964), 
antes mesmo que houvesse qualquer evidência de que as substâncias do cigarro eram cancerígenas (DOLL & PETO, 1981).
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Populações humanas = 
O controle desejável que se obtém nos estudos experimentais de laboratório, não é mais possível, principalmente por limitações éticas.
Necessita-se de uma ciência que forneça as bases teóricas e metodologicas para lidar com a compreensão dos processos de saúde/doença em populações humanas: 
a Epidemiologia. 
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alguns estudos epidemiológicos podem interferir nas políticas de saúde mesmo antes que a pesquisa básica de laboratório tenha qualquer evidência ...
        Estudos epidemiológicos em 1964 já eram convincentes o suficiente para alertarem os assessores do governo americano de que haviam claras evidências de que o hábito de fumar era um fator causal do câncer de pulmão (U.S.DHEW, 1964), 
antes mesmo que houvesse qualquer evidência de que as substâncias do cigarro eram cancerígenas (DOLL & PETO, 1981).
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USOS:
Análise e planejamento em saúde organização dos serviços, vigilância em saude
Investigação etiológica 
Avaliação de impacto de tecnologias, programas e políticas em saude 
Determinação de riscos, prognostico, e valor de procedimentos diagnósticos
Análise critica e uso das evidências
Epidemiologia descritiva
Epidemiologia Analitica
Avaliacao em saude
Epidemiologia clinica
Saude Coletiva e Medicina baseada em evidencias
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EXEMPLOS DE USOS:
Contribuir no planejamento para atendimento de demandas a partir da estimativa da magnitude um de um agravo e vigilancia em saude;
Gerar hipóteses de causalidade a serem verificadas em novos estudos;
Identificar fatores de risco e grupos de risco para e esclarecer aspectos da etiologia de doenças
Quantificar a magnitude do benefício ou impacto de uma intervenção; 
Fazer predições prognósticas e testar e avaliar a utilidade de novas técnicas de diagnóstico;
Quantificar e comparar a eficácia, efetividade e eficiência de procedimentos terapêuticos ou preventivos
Fornecer subsídios para a definição de programação, planejamento e políticas públicas de saúde e para a pratica da medicina. 
Epidemiologia descritiva
Epidemiologia Analitica
Avaliacao em saude
Epidemiologia clinica
Saude Coletiva e Medicina baseada em evidencias
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Estudos epidemiológicos
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Os desenhos de estudos são denominados segundo vários ângulos
A escolha de um tipo de desenho depende do objetivo dentro da epidemiologia descritiva ou analítica 
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Parte da complexidade do assunto métodos de estudo advém da existência de várias classificações, com terminologias diversificadas conforme o ângulo de classificação. 
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Cada método tem vantagens e limitações e conhecê-los permite avaliar melhor a escolha e antecipar dificuldades e facilidades assim como se a teoria foi convenientemente aplicada 
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Principais estratégias empregadas na investigação de um tema de saúde
Estudo de caso
Investigação laboratorial
Pesquisa Populacional
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Estudo de casos
De enfoque qualitativo e exploratório. Fácil de ser
realizado, baixo custo, pode além da descrição de características, sugerir explicações sobre elementos pouco conhecidos, de grande valia para a clínica de doenças. 
Dificuldades: número pequeno dos indivíduos incluídos e a falta de indivíduos controle para comparação de resultados
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Investigação laboratorial
Local ideal para estudos experimentais. O grau de subjetividade na aferição de resultados pode ser reduzido, pela adoção de controles rigorosos. Na maioria das vezes por motivos éticos, o foco da avaliação ocorre sobre os animais, embora possa realizado com pessoas Quando realizado em animais, a questão problemática é a extrapolação de resultados para seres humanos
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Pesquisa populacional
Constitui a abordagem central da pesquisa clínico epidemiológica, sendo também aplicada em outras áreas do conhecimento
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Revisão bibliográfica
Apresentadas na forma de artigos longos, trazem o resumo da literatura sobre determinado tema
Mostra a evolução do conhecimento, discute falhas e acertos
No Br alguns aceitam como dissertação de mestrado
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Meta-análise
Técnica de revisão sistemática da literatura
Utiliza critérios de qualidade para inclusão e exclusão dos artigos
Aplicam-se estudos estatísticos aos resultados de um conjunto específicos de estudos selecionados
Tira uma conclusão baseada em uma série de bons artigos
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CRITÉRIOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS EMPREGADOS EM EPIDEMIOLOGIA
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MUITOS SÃO CRITÉRIOS EMPREGADOS PARA CLASSIFICAR OS MÉTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA, ENTRE OS QUAIS:
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* O PROPÓSITO GERAL, QUE DISTINGUE OS ESTUDOS DESCRITIVOS E OS ANALÍTICOS (ESSES TAMBÉM DITOS COMPARATIVOS OU DE TESTE DE HIPÓTESES);
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O MODO DE EXPOSIÇÃO DAS PESSOAS AO FATOR EM FOCO, PELO QUAL SÃO SEPARADOS OS ESTUDOS DE OBSERVAÇÃO E OS DE INTERVENÇÃO (OU DE EXPERIMENTAÇÃO);
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* A DIREÇÃO TEMPORAL DAS OBSERVAÇÕES, QUE DIFERENCIA OS ESTUDOS PROSPECTIVOS (COORTE), RETROSPECTIVOS (CASO-CONTROLE) E TRANSVERSAIS; 
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*A UNIDADE DE OBSERVAÇÃO, QUE DIVIDE AS PESQUISAS EM DOIS TIPOS: AQUELAS EM QUE A UNIDADE É O INDIVÍDUO E AS QUE TÊM COMO UNIDADE DE OBSERVAÇÃO UM GRUPO DE INDÍVIDUOS: POR EXEMPLO, DE UM MUNICÍPIO OU PAÍS. ESTAS ÚLTIMAS SÃO DITAS PESQUISAS ECOLÓGICAS, ESTATÍSTICAS, COMUNITÁRIAS OU DE AGREGADOS;
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Descritivo e analítico
TIPOS DE ESTUDO
Longitudinal e transversal
De observação e de intervenção
De indivíduos e de grupos (estatísticos)
Controlado e não controlado
Coorte e caso controle
Experimental e quase experimental
Prospectivo e retrospectivo
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TIPOS DE ESTUDOS
* ESTUDOS DESCRITIVOS
*ESTUDOS ANALÍTICOS
 -ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
 -ESTUDO DE COORTE
 -ESTUDO DE CASO-CONTROLE
 - ESTUDO TRANVERSAL ANALÍTICO OU SECCIONAL
*ESTUDO ECOLÓGICOS(OU ESTATÍSTICOS)
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ESTUDOS DESCRITIVOS
Informam sobre a distribuição de um evento na população 
São estudos de incidência ou prevalência
Não há formação de grupo controle para comparação de resultados 
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Estudos descritivos
Prevalência de hepatite B em doadores de sangue
Cobertura vacinal de pré escolares de um município frente à poliomielite
Padrão de crescimento e desenvolvimento de crianças acometidas por sífilis neonatal
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Metodologia do estudo descritivo
 para traçar o perfil do tema escolhido, o pesquisador observa a distribuição do evento ( o que?) características das pessoas atingidas pelo evento (quem?) num determinado local (onde?) numa determinada época (quando?)
Fonte dos dados: estatísticas rotineiras
				 levantamento em prontuários
			 inquéritos
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Uso dos resultados dos estudos descritivos
Identificar grupos de risco, base da prevenção e planejamento em saúde
Sugerir explicação para variação de frequencias – serve de base para o prosseguimento da pesquisa através dos estudos analíticos
	Ex: CA de colo e prevalência do HPV
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Estudos analíticos
Estão usualmente subordinados a uma ou mais questões científicas , as “hipóteses”, que relacionam eventos: uma suposta causa e um dado efeito
Possuem um grupo controle formado simultaneamente com o grupo de estudo, que serve para comparação dos resultados
O modo como os grupos de estudo e controle são formados , gera os diversos tipos de estudos analíticos
Em todos haverá formação de pelo menos dois grupos : expostos (grupo de estudo) e não expostos (grupo controle)
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Taxonomia de estudos
Comparabilidade : observacional e experimental
Estratégia de observação
Seccional – um momento de observação
Longitudinal – pelo menos dois momentos de observação
Esquema de seleção: completa quando todos os elementos da base populacional de onde surgem os casos são selecionados (censo), incompleta quando uma fração dos não-casos da base populacional 
Unidade de observação- individuo ou agregado
relação cronológica - concorrente ou prospectivo (no curso da investigação), não concorrente ou retrospectivo (relato ou registro)
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Estudos analíticos 
A investigação de uma relação “exposição – doença” pode ser feita de três modos , em função do ponto de partida da observação ser a causa ou o efeito
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EXPOSIÇÃO
DOENÇA
ESTUDOS 
DE COORTE
ESTUDO DE 
CASO-CONTROLE
ESTUDO TRANSVERSAL
Estudos analíticos observacionais
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ESTUDOS DE COORTE
A investigação parte da causa, em direção ao efeito. Os grupos são formados por observação das situações .
EX: grupos de funcionários sedentários X grupo de funcionários que se exercitam regularmente foram observados 10 anos e concluiu-se que a atividade física estava inversamente relacionada ao risco de morrer por doença coronariana
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Delineamento de um estudo de coorte 
Parte da exposição em relação ao efeito
A exposição não é aplicada aleatóriamente, no sentido estatístico,
Geralmente são prospectivos
A questão científica é : quais são os efeitos da exposição ? 
	Ex: expostos ao hábito de fumar?
		expostos ao H. pylori?
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DOENTES
NÃO-DOENTES
EXPOSTOS 
NÃO-EXPOSTOS
ANÁLISE DOS 
DADOS
AMOSTRA PARA ESTUDO
POPULAÇÃO
FORMAÇÃO DOS GRUPOS POR OBSERVAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
MEDIÇÃO DOS
EFEITOS
ou grupo de estudo
ou grupo-controle
DOENTES
NÃO-DOENTES
ESTUDOS DE COORTE
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Classificação
 Prospectivo: a exposição é medida no momento de seleção dos sujeitos e o(s) evento(s) durante o seguimento;
 Retrospectivo: informação sobre a exposição (e às vezes também sobre o(s) evento(s) são coletadas através de registros já existentes.
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Vantagens
 É o melhor método para se conhecer com precisão a história natural de uma doença, assim como sua incidência;
 O fator de exposição é definido no início do estudo;
 Permite estudo de múltiplos efeitos de um mesmo fator de exposição;
 Permite o estudo de fatores de exposição pouco freqüentes;
Variáveis confundidoras são mais facilmente controladas. 
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Desvantagens
Impróprio para estudo de doenças raras e com longo período de latência;
 Pode haver mudança no estado de exposição entre os dois grupos;
Pouco adequado para o estudo de múltiplas causas de um evento específico;
 Caro, devido à longa duração e com existência implícita de perdas.
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Estudo de caso controle
Este estudo parte do efeito para elucidar as causas, 
O grupo de estudo é escolhido porque têm a consequência (efeito) e o grupo controle por não possuir o efeito
São investigados para saber se foram expostas á fatores de risco, 
Embora o objetivo seja o mesmo do de coorte (esclarecer a relação exposição- efeito), é alcançado de maneira oposta, isto é, olha-se para trás em busca de exposições para explicar a doença
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DOENTES (GRUPO DE CASOS)
ANÁLISE DOS 
DADOS
NÃO-EXPOSTOS
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
EXPOSTOS
NÃO-DOENTES (GRUPO DE CONTROLES)
AMOSTRA DE CASOS
AMOSTRA DE CONTRO-LES
MENSURAÇÃO
DA EXPOSIÇÃO
FORMAÇÃO DOS GRUPOS
PELA CONSTATAÇÃO
DA PRESENÇA OU
NÃO DA DOENÇA
POPULAÇÃO DE CASOS E DE CONTROLES
Estudo de caso controle
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Estudo de caso controle
Especificar critérios de inclusão e exclusão, definir caso, de preferência incluir casos novos
Escolher controles adequados, isto é, com o máximo de semelhança com o grupo de estudo
Protocolo de investigação para obter dados confiáveis para evitar vieses
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Estudo transversal ou seccional
Pesquisa mais simples, onde a relação exposição doença é examinada numa população em momento específico, pontual, na data da coleta dos dados 
Bom método para detectar frequencias da doença e de fatores de risco
Somente na análise dos dados formam-se os grupos , pois é nessa fase que são conhecidos os indivíduos expostos e não expostos
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Estudo transversal
Questões científicas:
	Quais são as frequencias do fator de risco e da doença?
	A exposição ao fator de risco e à doença estão associadas?
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EXPOSTOS
E
DOENTES
EXPOSTOS
E
NÃO-DOENTES
NÃO-EXPOSTOS
E
DOENTES
NÃO-EXPOSTOS
E
NÃO-DOENTES
ANÁLISE DOS DADOS
POPULAÇÃO
AMOSTRA PARA ESTUDO
Estudo transversal
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Estudos experimentais
Investigação laboratorial
Ensaio clínico randomizado (experimentais)
Estudo quase experimentais ( não há aleatorização)
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Ensaio clínico randomizado
Os indivíduos são alocados aleatóriamente para grupos chamados de estudo (ou experimental) e controle (ou testemunha) de modo a serem submetidos ou não `a uma intervenção (vacina, medicamento ou a outro procedimento)
Os efeitos são avaliados em condições controladas de observação (taxa de doença, elevação de anticorpos, melhora clínica ou outro desfecho)
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ou grupo experimental
ou grupo-controle
Ensaio clínico randomizado
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Ensaio clínico randomizado
Questão central: Quais são os efeitos da intervenção?
Método “padrão ouro”
Produz evidências mais diretas e inequívocas para esclarecer causa-efeito
A característica mais marcante é a randomização, isto é, a distribuição aleatória formando dois grupos com características semelhantes, que evita vieses
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Ensaio clínico randomizado
A escolha dos participantes ocorre em função de serem portadores de características especificadas de interesse para a hipótese em estudo
Pode-se aumentar a isenção dos pesquisadores empregando técnica duplo-cega
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ESTUDO ECOLÓGICO
► a unidade de observação não é o indivíduo, mas um grupo de pessoas. 
► área geográfica definida: estado, cidade, setor censitário.
► realizados combinando-se arquivos de dados existentes em grandes populações→ mais baratos e mais rápidos.
► Avaliam o contexto social e ambiental→medidas coletadas a nível individual muitas vezes são incapazes de refletir os processos que ocorrem em um nível coletivo
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ESTUDO ECOLÓGICO
OBJETIVOS:
► Gerar ou testar hipóteses etiológicas→ explicar a ocorrência.
► Avaliar a efetividade de intervenções na população→ testar a aplicação do conhecimento adquirido para promoção da saúde. 
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ESTUDO ECOLÓGICO
VANTAGENS:
► Baixo custo e rápida execução→ dados disponíveis: SIM, SINASC, SINAN, IBGE.
► Estudos de nível individual não conseguem estimar bem os efeitos de uma exposição, quando ela varia pouco na área de estudo.
► Mensuração de um efeito ecológico→ implantação de um novo programa de saúde ou uma nova legislação em saúde na melhoria das condições de saúde.
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ESTUDO ECOLÓGICO
DESVANTAGENS:
► Incapacidade de associar exposição e doença no nível individual
► Dificuldade de controlar os efeitos de potenciais fatores de confundimento
► Dados de estudos ecológicos representam níveis de exposição média ao invés de valores individuais reais
► Dados de diferentes fontes, o que pode significar qualidade variável da informação
► Falta de disponibilidade de informações relevantes é um dos mais sérios problemas na análise ecológica
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Pesquisa qualitativa
Apresenta de maneira não quantitativa, explora o subjetivo, discute valores, pensares e comportamentos não quantificáveis
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Elementos de uma hipótese epidemiológica
A população- características da população às quais a hipótese se aplica
A exposição – a causa hipotética
A doença ( ou outro efeito )
A relação dose resposta, isto é, o tanto de causa necessário para produzir o efeito
A relação tempo-resposta, ou seja, o período entre a exposição e o aparecimento do efeito
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Amostra
Tipo de seleção amostra
 seleção ao acaso/ sistemática/ estratificada
Tamanho da amostra
	amostra de conveniência – cuidados com a inferência
 depende da variabilidade nas respostas – pode-se calcular a partir da variância (calculada a partir da literatura ou amostra piloto)
	
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*
Divulgação da pesquisa
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*
Forma de apresentação de um artigo científico
Abstract: resume o conteúdo básico do artigo; há também, a tradução do sumário, em idioma estrangeiro, colocada no fim do artigo.
*
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*
Forma de apresentação de um artigo científico
INTRODUÇÃO: indica claramente o problema e contém revisão sucinta do assunto e do objetivo do estudo.
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*
*
Forma de apresentação de um artigo científico
MATERIAL E MÉTODOS: constam da descrição do processo de seleção dos indivíduos, inclusive o tamanho do grupo, dos métodos e procedimentos empregados, com suficiente detalhamento para que outros possam repetir a metodologia e chegar a resultados equivalentes: nesta seção devem constar, por exemplo, o tipo de estudo, os detalhes da amostragem, da aleatorização, da intervenção, das mensurações e as outras questões referentes às coletas dos dados, à confiabilidade das informações e ás técnicas estatísticas empregadas.
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*
*
Forma de apresentação de um artigo científico
RESULTADOS: informa a seqüência lógica dos achados, sob a forma de texto, tabelas e ilustrações.
DISCUSSÃO: realça os achados importantes do estudo, as conclusões pertinentes e as suas implicações ou aplicações; compara-os com o conhecimento já existente; sugere explicações para possíveis discrepâncias encontradas e inclui comentários sobre as limitações da investigação.
CONCLUSÃO: 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: lista de obras referidas no artigo.
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Validade em estudos epidemiológicos
Atenção para evitar conclusões espúrias
Erros metodológicos na concepção, desenho, implementação do estudo ou análise de dados
Livre de tais erros, trata-se de um estudo válido
Validus = forte

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