Buscar

60015 Resumo Aula 02 D Consumidor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
1. Sumário 
1. Sumário ................................................................................................................... 1 
1. Direitos básicos dos consumidores ........................................................................ 2 
1.1. Proteção da vida, saúde e segurança ............................................................... 2 
1.2. Educação ........................................................................................................... 2 
1.3. Informação ........................................................................................................ 3 
1.4. Publicidade ........................................................................................................ 4 
1.5. Contratos .......................................................................................................... 7 
1.6. Danos ................................................................................................................ 7 
1.7. Acesso aos órgãos judiciários e administrativos .............................................. 8 
1.8. Facilitação dos meios de defesa do consumidor .............................................. 8 
1.9. Serviços públicos ............................................................................................... 9 
2. Vício do produto ou serviço ................................................................................. 11 
 
 
 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
2 
www.cursoenfase.com.br 
1. Direitos básicos dos consumidores 
1.1. Proteção da vida, saúde e segurança 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
Produtos ou serviços não poderão produzir ou oportunizar riscos (possibilidade de 
danos) aos consumidores. Essa afirmação inaugura a fase preventiva do CDC. 
O recall, por exemplo, existe para que se evite um dano. 
O artigo 6º, I pode ser correlacionado aos artigos 8º, 9º e 10 do CDC, que tratam da 
proteção à vida, saúde e segurança do consumidor. 
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos 
à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis 
em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer 
hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as 
informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam 
acompanhar o produto. 
Observação: Produtos ou serviços não podem gerar riscos, salvo os normalmente 
previsíveis. Existem serviços e produtos perigosos na sua essência. 
Exemplo: esportes radicais, como saltar de paraquedas (risco para cardíacos), prática 
de rafting (risco de hipotermia), paintball (risco de hematomas). 
Cumpre ressaltar que quando normais e previsíveis deve existir uma clara informação 
dos referidos riscos. 
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde 
ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua 
nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em 
cada caso concreto. 
 
1.2. Educação 
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, 
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; 
A educação para o consumo zela por um consumo consciente, uma escolha 
conscienciosa. 
É a intervenção do Estado até mesmo no momento das fusões das empresas, porque 
esse inciso assegura a liberdade de escolha e igualdade nas contratações. Isso produz um 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
3 
www.cursoenfase.com.br 
sentimento na sociedade de que deve existir um zelo até mesmo antes de se colocar um 
produto no mercado de consumo. 
Para se promover liberdade de escolha e igualdade nas contratações devem-se 
fiscalizar as empresas que fornecem os produtos. 
Ao falar-se das fusões, quando as empresas produzem um monopólio de mercado, 
viola-se a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações. 
Exemplo: a Sadia tentou fundir com a Perdigão, porém, para ocorrer a fusão, o 
Conselheiro do CADE determinou que elas se desfizessem de algumas marcas de produtos. 
Exemplo2: A Nestlé tentou fundir com a Garoto, e o Conselheiro do CADE não 
autorizou a fusão. Imagina-se que o motivo seja a monopolização do mercado, em prejuízo 
ao consumidor, pois não haveria outras opções de consumo ao consumidor comum. 
Exemplo3: Ambev
1. Diante da fusão com a Interbrew e a compra de diversas marcas 
de cerveja do mercado mundial, ela “poderia” inclusive praticar dumping, abaixando 
agressivamente o preço de seus produtos para quebrar a concorrência. Se o preço da 
Brahma fosse a R$0,12 e o da Antartica fosse a R$0,13, ninguém compraria Itaipava, Belco 
etc. Essas empresas quebrariam e depois a Ambev “poderia” vender seus produtos ao preço 
que quisesse, monopolizando o mercado. 
O art. 6º, II serve mais para uma ação civil pública, sendo bastante difícil a colocação 
em prática pelo consumidor individual, pois ele não tem como interferir no cotidiano de uma 
empresa. 
 
1.3. Informação 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos 
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 
12.741, de 2012) Vigência 
Os consumidores devem ser adequadamente educados e informados acerca das 
condições gerais das contratações e de todas as características dos produtos ou serviços 
colocados no mercado de consumo. 
 
1
AB InBev é uma companhia de bebidas Belga-Brasileira formada em 2004 pela da fusão da empresa 
brasileira Ambev e a belga Interbrew. A InBev controla 14% do mercado mundial de cervejas. É a cervejaria 
dominante na Bélgica, Brasil e grande parte da Europa Ocidental. A empresa detém mais de duzentas marcas 
de bebidas como: Stella Artois, Brahma, Skol, Antarctica, Beck's e Leffe. Emprega 150.000
 
pessoas e opera em 
32 países da América, Europa e Ásia. Em julho de 2008, comprou a fabricante de cervejas americana Anheuser-
Busch, dona da cerveja mais vendida dos EUA, a Budweiser, formando a maior cervejaria do mundo. Sua 
produção é de 39,9 bilhões de litros por ano, com 20,2% do mercado mundial. Fonte: Wikipedia. 
 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
4 
www.cursoenfase.com.br 
Exemplos: Bebida H2OH!
2; informações nutricionais (até mesmo do copo de água 
mineral, que deve ter um PH neutro), quantidade de sódio em bebidas e o mal que faz no 
organismo; airbag (quando ele é acionado e quando não é). 
 
1.4. Publicidade 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos 
ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento 
de produtos e serviços; 
Inicialmente, é importante destacar a diferença entre publicidade e propaganda. 
Propaganda visa a informar, a propagar uma mensagem, à difusão de uma ideia ou 
de um ideal. Propaganda é gênero. A publicidade visa ao lucro, à venda de um bem de 
consumo. 
A mensagem do Estado “o que fazer para evitar a dengue” é uma propaganda. 
O anúncio de um novo veículo da Mercedes é publicidade. 
Há uma sanção chamada “imposição de contrapropaganda”, para avisar aos 
consumidores sobre os riscos oportunizados pelos produtos e serviços. Isso é aplicado às 
indústrias do cigarro, da bebida etc. 
O professor recomenda leitura do artigo “O Abuso de Direito na Concessão de 
Crédito”, da lavra da Desembargadora do TJRJ Cristina Gaulia, o qual foi publicado na Revista 
da EMERJ, v. 12, nº 47, 20093. No referido artigo ela cita o seguinte trecho de Kotler4: 
“Homens de marketing não criam necessidades, elas já existem antes deles. Os 
homens de marketing, juntamente com outros influenciadores da sociedade, influenciam os 
desejos, ou seja, sugerem aos consumidores que um Cadillac satisfaria as necessidades de 
status social de uma pessoa. Homens de marketing não criam a necessidade de status social, 
mas tentam mostrar como certo bem específico pode satisfazer aquela necessidade.” 
Acrescenta ainda um texto de Frei Beto5: 
 
2
 Por considerar que o consumidor pode adquirir os produtos H2OH! e Aquarius Fresh pensando ser 
água, o Ministério Público Federal no Distrito Federal ajuizou ação civil pública para tentar proibir a 
comercialização dos refrigerantes. Eles são produzidos pela Pepsi Cola Indústria da Amazônia Ltda (Pepsico) e 
Coca-Cola do Brasil, respectivamente. Fonte: www.conjur.com.br. 
3
 http://www.emerj.rj.gov.br/revistaemerj_online/edicoes/revista47/Revista47_94.pdf 
 
4
 Kotler, P.; Administração de marketing – Análise, planejamento, implementação e controle, 1995, Ed. 
Atlas, SP, p. 33. 
5
 Gosto da Uva – Escritos selecionados, Frei Betto, Garamond, p. 39. 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
5 
www.cursoenfase.com.br 
“Essa apropriação religiosa do mercado é evidente nos shopping centers. Quase todos 
possuem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas. São os templos do deus mercado. 
Percorrem-se os seus claustros marmorizados ao som do gregoriano pós-moderno, aquela 
musiquinha de esperar dentista. Ali dentro, tudo evoca o paraíso: não há mendigos nem 
pivetes, pobreza ou miséria. Com olhar devoto, o consumidor contempla as capelas que 
ostentam, em ricos nichos, os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas 
sacerdotisas. Quem pode pagar à vista, sente-se no céu; quem recorre ao cheque especial ou 
ao crediário, no purgatório; quem não dispõe de recurso, no inferno. Na saída, todos se 
irmanam na mesa ‘eucarística’ do Mc Donald’s.” 
Tudo isso para demonstrar a influência da propaganda, da publicidade no mercado 
de consumo. 
A publicidade pode ser: 
a) Enganosa: em seu teor há mensagem falsa. 
O professor recomenda o filme “Amor por Contrato”. Há uma família bonita, que vai 
para uma pequena cidade e seus hábitos de consumo são copiados por toda a cidade. E essa 
família senta com os fornecedores para falar sobre o aumento da venda dos produtos após a 
sua chegada à cidade; e várias famílias são espalhadas dolosamente pelo mundo para 
estimular a venda de produtos. 
b) Abusiva: induz o consumidor a se comportar de forma prejudicial à sua integridade. 
Exemplo2: a que desrespeita valores ambientais, publicidade de bebidas alcoólicas, 
do tabaco (não existe mais no Brasil). 
c) Enganosa por omissão: deixa de informar sobre um dado essencial do bem de 
consumo. 
Exemplo3: encarte de imobiliária com a publicidade de um imóvel que omite 
informações como sol da tarde, localizado sobre o playground, ao lado da piscina, coisas que 
desvalorizam o imóvel. 
As práticas comerciais abusivas são as práticas do comércio e estão previstas no 
artigo 39 do CDC. 
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas 
abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro 
produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; 
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas 
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; 
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou 
fornecer qualquer serviço; 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
6 
www.cursoenfase.com.br 
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, 
saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços; 
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; 
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do 
consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes; 
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no 
exercício de seus direitos; 
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com 
as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não 
existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada 
pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); 
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha 
a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação 
regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 
11.6.1994) 
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em 
inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999 
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação 
de seu termo inicial a seu exclusivo critério (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995). 
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente 
estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999) 
O ato ilícito pode surgir de uma ação ou omissão voluntária que cause um dano e que 
tenha um nexo de causalidade. Ou ainda pode ser constituído de um abuso de direito. A 
prática comercial abusiva é um abuso de direito, rompem a linha do exercício regular do 
direito. 
O rol de práticas abusivas é exemplificativo, assim como qualquer rol do CDC, que é 
principiológico. 
O inciso I trabalha com a prática de venda casada. Não se pode condicionar a compra 
de um produto/serviço à compra de outro produto/serviço, bem como a imposição de limite 
quantitativo. 
Na imposição de limite quantitativo o fornecedor força o consumidor a adquirir 
quantidade maior ou menor do que gostaria. Já na venda casada ao comprarum produto é 
obrigado a levar outro. 
Exemplo4: Não dá para comprar 1 danoninho, 1 yakult (imposição de limite 
quantitativo). 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
7 
www.cursoenfase.com.br 
Exemplo5: Medicamento. Há uma lista da ANS dos medicamentos que podem ser 
fracionados, mas, muitas vezes o consumidor não consegue comprar a quantidade que vai 
utilizar, compra a mais. 
O inciso III do art. 39 veda o envio de produto ou prestação de serviços sem prévia 
solicitação do consumidor. O parágrafo único do artigo 39 do CDC prescreve que o serviço 
prestado ou o produto enviado sem a solicitação do consumidor será considerado amostra 
grátis. 
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao 
consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, 
inexistindo obrigação de pagamento. 
Observação: Cartão de crédito enviado sem solicitação, se o consumidor 
desbloqueou e o utilizou, não pode alegar amostra grátis. No entanto, pode exigir o não 
pagamento da anuidade. 
Também é vedado (inciso IX) negar a venda de bens ou a prestação de serviços 
diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento. 
Pode o fornecedor escolher a forma de pagamento, recusando cheque ou cartão, 
desde o consumidor seja informado ao entrar em seu estabelecimento ou antes de pedir o 
produto/serviço. 
Exemplo6: Posto de gasolina com placa “só aceitamos dinheiro”. 
Ainda no inciso IV do art. 6º, cláusulas abusivas são aquelas que estejam em 
desacordo com o princípio da boa fé objetiva. 
 
1.5. Contratos 
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivamente onerosas; 
O inciso V fala sobre contratos. O estudo dos contratos hoje é mais amplo, atingindo 
as fases pré-contratual, pós-contratual e contratual. 
 
1.6. Danos 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos; 
 
 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
8 
www.cursoenfase.com.br 
O inciso VI fala sobre os danos, seja de ordem material ou moral. 
 
1.7. Acesso aos órgãos judiciários e administrativos 
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou 
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada 
a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; 
Após a CRFB/88 o CDC foi a primeira lei que tratou explicitamente de dano moral. 
O inciso VII fala do acesso aos órgãos judiciários e administrativos, antes mesmo do 
surgimento dos juizados especiais (1995), já existiam os juizados especiais de defesa do 
consumidor. 
 
1.8. Facilitação dos meios de defesa do consumidor 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, 
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
O inciso VIII é muito importante, trata sobre a inversão do ônus da prova. 
Em processo civil, o ônus da prova cabe a quem alega. No CDC, o fornecedor deve 
fazer a contraprova do seu direito. A inversão do ônus da prova é uma das formas de facilitar 
a defesa do consumidor. 
Essa inversão tem uma característica própria. Para ser concedida, a alegação deve ser 
verossímil (aparenta ser verdadeira) ou o consumidor deve ser hipossuficiente. 
Exemplo1: Consumidor tem um problema com a empresa de energia elétrica, a 
energia será cortada e a empresa está alegando uma cláusula contratual. O consumidor não 
possui o contrato de prestação de serviços com a empresa de energia elétrica. Nessa 
situação, a critério do juiz, poderá ser invertido ônus da prova, pois a alegação parece 
verdadeira segundo as regras ordinárias de experiência comum (qualquer um do povo, não 
dotado de qualquer expertise consegue dizer se a alegação é verdadeira ou falsa). 
O hipossuficiente é o sujeito que tem dificuldade de provar seu direito. 
Hipossuficiência guarda relação com relação de prova. 
Exemplo2: O consumidor raramente pode provar que a compra foi recusada mesmo 
tendo sido efetuado o pagamento da fatura, ou que o caixa eletrônico engoliu seu cartão ou 
que fez o saque, mas o dinheiro não saiu da máquina. 
A inversão da prova pode ser de ofício. O CDC é norma de ordem pública, e seus 
benefícios podem ser concedidos de ofício. 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
9 
www.cursoenfase.com.br 
Atenção: a súmula 381 do STJ tira da aplicação de ofício as cláusulas de contrato 
bancário. 
STJ, Súmula 381. Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da 
abusividade das cláusulas. 
� O juiz poderá ou deverá inverter o ônus da prova? 
O CDC utilizou um elemento subjetivo ao dizer que “ao critério do juiz” o ônus da 
prova poderá ser invertido. Se assim é, ele não tem o dever, mas a faculdade de invertê-lo, 
podendo fazê-lo inclusive de ofício. 
O momento da inversão do ônus da prova é o do despacho saneador ou, se no 
Juizado Especial, na AIJ. 
Essa é uma espécie de inversão do ônus da prova. A inversão pode ser ope judicis 
(por força do direito) ou ope legis (por força da lei). 
A inversão que acabamos de estudar é ope judicis. 
O CDC também trabalha com a hipótese do art. 38, que estabelece como inversão 
ope legis os casos de informação publicitária, que caberá a quem a patrocinar. 
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação 
publicitária cabe a quem as patrocina. 
Exemplo3: Oferta (publicidade enganosa) não cumprida. O fornecedor deve levar aos 
autos o material publicitário demonstrando que a publicidade não trazia a oferta indicada 
pelo consumidor. Se houver interpretação dúbia, deve-se adotar a mais favorável ao 
consumidor. 
A publicidade é contrato, pelo princípio da vinculação da publicidade. Todo meio de 
informação suficientemente preciso que foi fornecido antes se torna contrato. 
Toda vez que se falar em publicidade, a inversão está garantida, é inversão ope legis. 
Há uma construção no sentido de que não é somente na publicidade que há inversão 
ope legis, mas também no art. 12, §3º e 14, §3º (fato do produto ou do serviço). 
Nesse caso, a inversão não precisa ser dada no despacho saneador, pois já foi dada 
pela lei. 
 
1.9. Serviços públicos 
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
10 
www.cursoenfase.com.br 
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou 
sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços 
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. 
Parágrafo único. Nos casos dedescumprimento, total ou parcial, das obrigações 
referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os 
danos causados, na forma prevista neste código. 
Os serviços públicos deverão ser prestados de maneira eficaz e adequada e, quanto 
aos essenciais, de forma contínua. 
Como exemplos de serviço público essencial podem ser citados o de água, luz, 
esgoto, os descritos na lei da greve. Outros serviços públicos podem se equiparar e se 
apresentar de forma tão essencial quanto, tais como o de internet. 
Serviço contínuo: em um primeiro momento entendeu-se que não poderia haver o 
corte do serviço essencial porque isso feriria a dignidade da pessoa humana, e a cobrança 
deveria ser feita por protesto, ação judicial; outra corrente entendeu que poderia haver o 
corte, pois concessionaria de serviço público não se confunde com entidade beneficente, e a 
inadimplência poderia gerar um impacto social muito maior. Como essa segunda opção tem 
uma vertente econômica importante, foi a corrente vencedora, adotada pelo STJ. Existem 
alguns critérios a serem adotados para que haja o corte: a inadimplência deve ser superior a 
30 dias, o consumidor deve ser cientificado por via própria (na própria conta) do débito. 
Observação: Quando a vida estiver em risco, o corte não poderá ser feito. Logo, não 
pode haver corte de água em escola, creche e hospital. A pessoa que esteja em home care 
deverá avisar o fornecedor dessa situação para que não ocorra o corte. 
Dica: o artigo 6º do CDC funciona como um índice do CDC. 
ART. 6º CORRELAÇÃO COM DEMAIS ARTIGOS 
I- vida, saúde, segurança Art. 8, 9, 10 
II - educação Art. 30 a 35 
III - informação Art. 30 a 35 
IV – publicidade Art. 36, 37, 38 
IV – práticas comerciais abusivas Art. 39 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
11 
www.cursoenfase.com.br 
 
Para resolver qualquer questão de prova, deve-se identificar a relação de consumo, 
com as figuras do consumidor standard (art. 2º) ou por equiparação (art. 17 e 29), do 
fornecedor (art. 3º), o serviço (art. 3º, §2º) ou produto (art. 3º, §1º). Por fim, citar os 
aspectos constitucionais, que estão no art. 1º, e os princípios, no art. 4º. 
 
2. Vício do produto ou serviço 
A matéria está prevista nos artigos 18 a 21 do CDC. 
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por 
aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da 
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes 
de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no 
parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. 
Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, 
por meio de manifestação expressa do consumidor. 
IV – cláusulas abusivas Art. 51 
V - contratos Art. 46 a 54 
VI – danos Art. 12 a 17 
VII – acesso ao Judiciário e órgãos 
administrativos 
Art. 5º 
VIII – inversão do ônus da prova Art. 38 
X – serviços públicos Art. 22 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
12 
www.cursoenfase.com.br 
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo 
sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder 
comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar 
de produto essencial. 
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não 
sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, 
marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual 
diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo. 
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o 
consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor. 
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: 
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; 
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, 
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em 
desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; 
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se 
destinam. 
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do 
produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu 
conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, 
rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente 
e à sua escolha: 
I - o abatimento proporcional do preço; 
II - complementação do peso ou medida; 
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os 
aludidos vícios; 
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos. 
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior. 
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o 
instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais. 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem 
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes 
da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, 
podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, 
por conta e risco do fornecedor. 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
13 
www.cursoenfase.com.br 
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que 
razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas 
regulamentares de prestabilidade. 
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer 
produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes 
de reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas 
dofabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidor. 
O vício pode ser de qualidade ou de quantidade. 
a) De qualidade: é a frustração da expectativa do consumidor, ou seja, é quando o bem 
da vida decepciona o consumidor. 
Exemplo1: Relógio não marca a hora, carro funciona mal. 
b) De quantidade: bem de consumo se apresenta em quantidade inferior àquela 
ofertada. Ou, ainda, quando a quantidade é superior, frustrando o consumidor 
quanto à quantidade informada. 
Exemplo2: Venda de 300 canais, só me fornecem 287 canais. 
Exemplo3: Chef de cozinha utiliza dez pacotes de amido de milho, achando que cada 
um tem 1kg conforme informado, mas tem 1,1kg, e estraga toda a comida que fez. 
Em ambas as espécies de vício, eles podem ser aparentes ou ocultos. O vício 
aparente é aquele de fácil verificação. O vício oculto é o que se manifesta em momento 
posterior. 
O artigo 18 do CDC trouxe o princípio da solidariedade, ao prescrever que os 
fornecedores de produtos ou serviços responderão solidariamente (solidariedade legal) 
pelos vícios de bens de consumo colocados no mercado. Assim, o consumidor tem o direito 
de demandar apenas contra um. 
O fornecedor terá 30 dias para sanar o vício do produto ou serviço (artigo 18, §1º, do 
CDC). 
Exemplo4: X compra uma televisão e ao chegar a casa ela não funciona, X não pode, 
imediatamente, pedir a troca do produto, pois o fornecedor terá 30 dias para sanar o vício. 
Há exceções: se for bem ou produto essencial ou a substituição das partes viciadas 
importar desvalorização do produto, há obrigatoriedade de troca imediata (art. 18, §3º). 
Não sanado o vício no prazo de 30 dias o consumidor poderá alternativamente 
solicitar: 
� Devolução das quantias pagas sem prejuízo de perdas e danos 
� Troca 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
14 
www.cursoenfase.com.br 
� Abatimento proporcional do preço 
O produto deve ser trocado por outro de mesma qualidade, se a qualidade for 
superior, o consumidor deve pagar a diferença, e se for inferior, deve obter o abatimento do 
preço. 
Os trinta dias para sanar o vício são corridos. 
Não existe o direito de troca. Só existe direito de troca quando o produto apresentar 
vício e este não for sanado no prazo de trinta dias, salvo nas hipóteses do §3º do art. 18. O 
fornecedor que efetua a troca o faz por benevolência, e não é obrigado a informar. 
Há outra exceção quando a venda é feita à distância, fora do estabelecimento. E não 
é troca, é devolução. 
A devolução das quantias pagas é sem prejuízo das perdas e danos, qualquer que seja 
(dano intra rem). 
Exemplo5: o veículo fica 30 dias para ser consertado. Se o consumidor precisar alugar 
outro veículo deve ser indenizado. 
Quanto ao abatimento do preço, suponha-se que o consumidor foi iludido pelo 
fornecedor, tendo sido informado que o carro não sairia de linha (não confundir troca de 
modelo com saída de linha – sair de linha é não fabricar mais). O consumidor compra o carro 
e ele é retirado de linha, e depois de 5 anos não há sequer peça para reposição. O carro que 
sai de linha sofre desvalorização. Nesse caso, o consumidor tem direito ao abatimento 
proporcional do preço. 
Observação1: O STJ já decidiu que a alteração de modelo de carro não é considerado 
como vício (ou se travaria o avanço tecnológico) e não dá direito a abatimento proporcional. 
Observação2: Há situações em que o fornecedor já vende o produto com abatimento 
do preço, como na ponta de estoque, produto de mostruário. Isso guarda relação com o 
tempo de vida útil. Na nota fiscal deve haver a discriminação: produto de mostruário. Se 
estiver arranhado, deve constar: produto de mostruário e arranhado. 
Observação3: O abatimento do preço não importa em isenção de responsabilidade. 
Exemplo6: Consumidora comprou um biquíni de uma loja de grife que, por apresentar 
defeito no lacinho, estava sendo vendido com abatimento no preço. Quando foi utilizar o 
biquíni, ao sair da água, o biquíni ficou transparente, revelando defeito no forro. Nesse caso, 
evidenciou-se defeito oculto e a empresa foi condenada a indenizar a consumidora por 
danos morais no valor de R$5.000,00. 
O prazo de trinta dias para sanar vício do produto pode ser flexibilizado, pela sua 
redução para até sete dias ou ampliação para até cento e oitenta dias (há bens que 
demoram mais de trinta dias para serem reparados), porém essa alteração deve ser feita de 
Direito Consumidor 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
15 
www.cursoenfase.com.br 
forma expressa. A redução pode ser feita por contrato de adesão, mas a ampliação não, pois 
deve haver concordância do consumidor.

Outros materiais