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rec2200 2016 aula03

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REC 2200 
Contabilidade Social
1º SEMESTRE 2016
AMAURY GREMAUD
Aula 03: Fluxo circular da renda e a identidade produto , renda e dispêndio
Agregados Macroeconômicos 
Aula passada : Crescimento, tamanho de uma economia: Produção, Produto
Aula passada : Crescimento, tamanho de uma economia: Produção, Produto
Produção algo continuo 
 Medida de produto é um fluxo : por um período de tempo – ano, mês 
Produção: diferentes bens e serviços 
Medida de produto: agrega-se por meio do valores – preços
Produto medido em unidades monetárias (problema – o que varia a produção ou a unidade de medida – preços)
Produção de bens que são usados na produção de outros bens 
Medida – cuidado com o problema da dupla contagem ou dos produtos intermediários
Produto é o Valor monetário dos produtos finais produzidos dentro de um país em determinado período de tempo
Produto é o Valor monetário da produção liquida em um dado período de tempo 
Produção Líquida: produção total excluindo-se os bens e serviços utilizados como insumo para a produção de outros evitando-se assim a dupla contagem 
Produto é a soma dos valores (rendas) agregados em cada estágio de produtivo
Empresa 1 produz sementes (R$ 500) e vende para empresa 2 
Empresa 2 produz trigo (R$ 1500) e: 
vende para a empresa 3
Fica com um parte da produção
Empresa 3 produz farinha (R$ 1400) e vende para a empresa 4
Empresa 4 produz pães (R$ 1680) todos vendidos 
Valor total da produção: R$ 5080
Produto (bens finais): R$ 2180 (pães e trigo não vendido)
R$ 500
R$ 1000
R$ 500
R$ 1400
Valor adicionado
R$ 500
R$ 1000
R$ 400
RS 280
Total = Produto R$ 2180
Note-se que o conceito de “bem final” não decorre de nenhuma natureza intrínseca à mercadoria, significando tão-somente que esta não foi utilizada no processo produtivo (na geração do produto). 
Cruzado
Real
Taxa de Variação do PIB Brasileiro (1950 – 2015)
O PIB encerrou o ano de 2015 com recuo de 3,8% em relação a 2014. 
No acumulado do ano, o PIB em valores correntes totalizou R$ 5.904,3 bilhões,
 dos quais R$ 5.055,4 bilhões se referem ao VA a preços básicos e R$ 849,0 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. 
Em decorrência desta queda, o PIB per capita alcançou R$ 28.876 (em valores correntes) em 2015, após ter recuado (em termos reais) 4,6% em relação ao ano anterior
PIB corrente de 2014 (revisto) R$ 5.687.309
 o que nos dá um crescimento nominal de 3,8%, mas dado o deflator de 7,6% temos a queda de 3,8% no crescimento real
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Lado da Oferta
O Fluxo Circular da Renda (1)
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O Fluxo Circular da Renda (FCR) é uma representação (modelo) de uma economia simplificada - FCR mais simples 
A produção de produtos e serviços (bens) é o “motor” desta economia
Produção é a combinação de uma série de elementos chamados de fatores de produção para o provimento de bens e serviços a serem consumidos 
Existem apenas dois grupos de “agentes”, quais sejam, as famílias e as empresas.
Famílias são detentoras dos fatores de produção, mas não consomem fatores de produção
As empresas produzem os bens consumidos pelas famílias
As empresas são vistas como uma “caixa preta” que possuem apenas a “vontade” de produzir. Para que possam produzir bens, é necessário contratar os fatores de produção
As famílias fornecem para as empresas os fatores de produção em troca do recebimento de rendas
As famílias utilizam as rendas para adquirir os produtos e serviços produzidos pelas empresas
Fatores de produção:
Terra
Trabalho 
Capital
Rendas:
Alugueis
Salários 
Juros/lucros
Fatores de produção:
Terra
Trabalho 
Capital
Renda é a remuneração pelo uso dos fatores de produção
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Fluxo Circular da Renda: Fluxograma Empresas – Famílias (físico)
Empresas 
(combinam trabalho
e capital no
processo de produção)
Famílias 
(consomem bens/
Serviços)
Fatores de produção
(Trabalho, Terra e Capital)
Bens e serviços finais produzidos
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Fluxo circular da renda: Fluxograma empresas-família (com fluxos monetários) 
 Trabalho e capital 
Empresas
(produção)
Famílias
(consumo)
Salários e lucros ($)
Bens e serviços finais
Renda dispendida (dispêndio, demanda($)
Mercado de fatores
Mercado de bens
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Introduzindo o dinheiro na economia: trocas são intermediadas por dinheiro
Agora, para cada fluxo de bens e serviços completos, haverá uma contrapartida de um fluxo monetário!
A ótica da renda considera os membros da sociedade na sua condição de proprietários de fatores de produção
CONSIDERANDO O FUNCIONAMENTO AGREGADO DA ECONOMIA, EM TERMOS EX-POST, O TOTAL DO PRODUTO E DE RENDA MEDIDOS EM MOEDA EM UM DETERMINADO PERÍODO SE EQUIVALEM. ISSO OCORRE PORQUE A QUANTIDADE TOTAL DE MOEDA FLUINDO NUMA DIREÇÃO DEVE SER IGUAL À QUANTIDADE DE PRODUTOS FÍSICOS OU FATORES REAIS DE PRODUÇÃO FLUINDO NA DIREÇÃO OPOSTA.
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Fluxo circular da renda: Fluxograma empresas-família (com fluxos monetários) 
 Trabalho e capital 
Empresas
(produção)
Famílias
(consumo)
Salários e lucros ($)
Bens e serviços finais
Renda despendida ($)
Produto (Oferta)
Renda 
Dispêndio (Demanda)
=
=
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Introduzindo o dinheiro na economia: trocas são intermediadas por dinheiro
Agora, para cada fluxo de bens e serviços completos, haverá uma contrapartida de um fluxo monetário!
A ótica da renda considera os membros da sociedade na sua condição de proprietários de fatores de produção
CONSIDERANDO O FUNCIONAMENTO AGREGADO DA ECONOMIA, EM TERMOS EX-POST, O TOTAL DO PRODUTO E DE RENDA MEDIDOS EM MOEDA EM UM DETERMINADO PERÍODO SE EQUIVALEM. ISSO OCORRE PORQUE A QUANTIDADE TOTAL DE MOEDA FLUINDO NUMA DIREÇÃO DEVE SER IGUAL À QUANTIDADE DE PRODUTOS FÍSICOS OU FATORES REAIS DE PRODUÇÃO FLUINDO NA DIREÇÃO OPOSTA.
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A identidade Produto ≡ Dispêndio ≡ Renda significa que para avaliar o produto de uma economia num determinado período, é possível:
somar o valor de todos os bens finais produzidos, ou, 
somar os valores adicionados em cada unidade produtiva ou, 
somar as remunerações pagas a todos os fatores de produção ou,
Somar a forma como as famílias usam as suas rendas
Somar o destino que é dados aos bens finais 
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Em particular, o FCR simples que usamos aqui assumiu algumas simplificações:
Produz, apenas, bens de consumo, não existem bens intermediários
Ausência de poupança
Logo, toda a renda gerada pelas empresas é distribuída às famílias, e toda a renda recebida pelas famílias é consumida sob a forma de bens de consumo
Logo, não há investimentos: não há produção de bens de capital (ou bens de produção), nem formação de estoques
Ausência de depreciação do capital
Economia fechada
Economia sem governo
Depois, vamos relaxar estes pressupostos para que, do FCR, seja possível constituir o Sistema de Contas Nacional
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Associando o fluxo circular de renda com as 3 óticas de medida do produto:
A ótica do produto (da oferta) refere-se à atividade dos membros da sociedade como produtores, ou seja, das empresas, o que produzimos 
A ótica da renda: refere-se à geração de renda decorrente da remuneração dos fatores de produção da economia, necessários para produzir, de onde vem a renda das famílias 
A ótica do dispêndio (ou do gasto ou da demanda) refere-se à atuação dos setores compradores do produto nacional agregado
PRODUTO ≡ RENDA ≡ DISPÊNDIO
No caso particular o Dispêndio foi até agora apenas consumo 
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Vamos complicar ....
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No modelo simplificado
A Produção gera (obviamente) um Produto mas ao mesmo tempo gera uma Renda na forma de remuneração dos fatores de produção
A Renda recebida gera Demanda (Dispêndio) pelo Produto
No exemplo mais simples Demanda é igual ao Consumo das famílias 
Produto = Renda = Demanda (Dispêndio)
Num exemplo um pouco mais complexo temos a inclusão da poupança
Poupança é a renda não consumida 
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Produtores
Mercado de Bens
Mercado de Fatores
Famílias
Poupança
Salários, juros e aluguéis 
Demanda por insumos intermediários
Receitas de vendas 
Consumo privado
Fluxo Circular da Renda: a inclusão da poupança
Bens estocados 
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No modelo simplificado
A Produção gera (obviamente) um Produto mas ao mesmo tempo gera uma Renda na forma de remuneração dos fatores de produção
A Renda recebida gera Demanda (Dispêndio) pelo Produto
No exemplo mais simples Demanda é igual ao Consumo das famílias 
Produto = Renda = Demanda (Dispêndio)
Num exemplo um pouco mais complexo temos a inclusão da poupança
Poupança é a renda não consumida 
A poupança não muda o produto e nem a Renda em determinado momento, mas parte do Produto não foi consumido, houve a geração de estoque, assim a Demanda ou o Dispêndio será constituído agora por consumo das famílias e formação (ou variação) de estoques 
Ou seja a Renda (Y) terá dois destinos o consumo e a poupança: Y = C +S
E o Produto (Y) terá duas utilizações o consumo e os estoques: Y + C + D estoques
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Agora: Incluindo Investimentos 
Investimentos ampliação da capacidade produtiva da economia 
Formação Bruta de capital fixo
Num primeiro momento isto não muda a renda e nem o produto
Mas agora parte da Produção é Consumida, parte é Investida, além da formação de estoques
Y = C + D estoques + FKCF 
Como Y (renda ) = C + S
	 Y (produto) = C + I
Y = C + Investimento
S = I (poupança = Investimento)
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Produtores
Mercado de Bens
Mercado de Fatores
Famílias
Poupança
Salários, juros e aluguéis 
Demanda por insumos intermediários 
Receitas de vendas 
Consumo privado
Fluxo Circular da Renda: a inclusão da formação bruta de capital
Bens estocados e FBK fixo
Mercado
 financeiro
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Produtores
Mercado de Bens
Mercado de Fatores
Famílias
Poupança
Salários, juros e aluguéis 
Demanda por insumos intermediários 
Receitas de vendas 
Consumo privado
Fluxo Circular da Renda: a inclusão do governo
Bens estocados e FBK fixo
Mercado
 financeiro
Y = C + Investimento
Governo
impostos
Consumo do Governo
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Incluindo o governo
A renda (Y) agora é destinada ao consumo das famílias (C) , à poupança (S) e ao pagamento de impostos (T)
O Produto (Y) agora é destinado para o consumo das famílias, a formação bruta de capital e a variação de estoques (investimento) e o consumo (gasto) do governo (G)
Y = C + S + T
Y = C + I + G
 S + T = I + G
 
Se: S = I
 G= T
Se: G maior que T, I menor que S
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Produtores
Mercado de Bens
Mercado de Fatores
Famílias
Poupança
Salários, juros e aluguéis 
Demanda por insumos intermediários 
Consumo privado interno
Fluxo Circular da Renda: a inclusão do resto do mundo
Bens estocados e FBK fixo
Mercado
 financeiro
Governo
impostos
Consumo do Governo
Resto do Mundo
Exportações 
Importações 
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Incluindo o resto do mundo 
A renda (Y) agora é destinada ao consumo das famílias no mercado doméstico(C) , à poupança (S), ao pagamento de impostos (T) e a aquisição de bens importados (M)
O Produto (Y) agora é destinado para o consumo das famílias internamente, a formação bruta de capital e a variação de estoques (investimento), o consumo (gasto) do governo (G) e à venda para exterior (exportações)
Uma outra forma de ver é dizer que no país foram ofertados os produtos produzidos internamente Y mais os produtos importados (M), e esta oferta foi destina ao consumo das famílias, a os investimentos as compras do governo e as exportações 
Y = C + S + T + M
Y = C + I + G + X
Y + M = C + I + G + X
Y = C + I + G + X - M
na Industria, agricultura etc.
Outros conceitos importantes ...
Parte I Capítulo 2
Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr.
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Preço de Mercado x Custo de Fatores ou Preços Básicos
Preço de Mercado – “o que se paga”: embute impostos indiretos e subsídios
Custo de Fatores ou Valores Básicos – o que remunera os fatores de produção - não considera impostos indiretos e subsídios
Impostos indiretos – os que incidem sobre os produtos 
VA a preços básicos (PIBcf) = PIBpm – impostos indiretos + subsídios concedidos
Interno x Nacional
PIB (RIB) x PNB (RNB)
Parcela dos fatores de produção utilizados no país é de propriedade de não residentes, assim esta parcela da renda é remetida ao exterior, mas parcela dos fatores de produção de residentes é utilizada no resto do mundo, o que gera uma renda recebida do resto do mundo.
Produto (Renda) Interno – valor do produto gerado dentro das fronteiras do país
Produto (Renda) Nacional – valor da renda que fica com os residentes
Assim existe 
uma renda enviada ao exterior (para as famílias do exterior) decorrente de fatores de produção de não residentes (REE)
Uma renda recebida do exterior (para as famílias residentes no pais) decorrentes de fatores de produção de residentes no exterior (RRE)
Existe um renda liquida enviada do exterior (RLE = REE – RRE)
De modo que a RNB (ou PIB) menos a renda enviada ao exterior (REE) mais a renda recebida do exterior é igual a RNB (PNB)
Ou: PIB – RLE = RNB
Se país envia mais renda ao exterior do que recebe 
PIB é maior que PNB
Se país recebe mais renda do exterior do que envia
PNB é maior que PIB
Hoje não se usa RIB e nem PNB, usa-se PIB ou RNB
PIB = Produto interno
RNB = rendas recebidas pelos residentes
Parte I Capítulo 2
Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr.
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Bruto e Liquido: a questão da depreciação
Investimento - bens de produção, de capital ou intermediários, que visam aumentar a oferta de produtos no período seguinte. (ampliação do fator de produção)
Ex: máquinas, equipamentos, edifícios, etc. 
Depreciação - corresponde à parcela dos bens de capital que é consumida a cada período produtivo. (redução do fator de produção)
Devemos então diferenciar o Investimento Bruto (IB) e o Investimento Líquido (IL): 
IL = IB – depreciação.
PILpm = PIBpm – Depreciação
Diferentes medidas de produto
Medida Original
Transformação
Medida Resultante
Bruto
Menos Depreciação
Líquido
Preços de Mercado
Menos Impostos Indiretos mais Subsídios
Custo de Fatores
Interno
Menos Renda Líquida Enviada ao Exterior
Nacional

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