Buscar

Aula 08 - Plantas Tóxicas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Plantas Tóxicas 
Professora: Maria Carolina Anholeti 
Universidade Federal Fluminense 
Curso: Medicina 
Disciplina: Biologia Geral – Botânica Aplicada 
 
“Todas as substâncias são venenos, não existe nada que não seja 
veneno. Somente a dose correta diferencia o veneno do remédio” 
 
Paracelso (1493-1591) 
Fitotoxicologia 
• Intoxicações provocadas por plantas – Grave problema tanto para a 
saúde da população quanto para a economia do país; 
• Os acidentes com plantas tóxicas representam a quarta causa de 
intoxicação no Brasil com perda de vidas humanas, atingindo 
principalmente crianças; 
• Os acidentes podem ocorrer de 2 formas: 
▫ Direta: Provocada pela ingestão acidental, por uso inadequado, uso de 
drogas de abuso ou ainda por imprudência; 
▫ Indireta: Provocada pelo consumo de animais que tenham ingerido 
plantas tóxicas cujos princípios possam estar acumulados no leite ou na 
carne. 
Princípios tóxicos 
• Substância ou conjunto de substâncias responsáveis total ou 
parcialmente pelos efeitos tóxicos de algumas plantas; 
• As classes de substâncias que mais frequentemente apresentam 
toxidez são os alcalóides, os glicosídeos cardioativos, compostos 
calcinogênicos e cianogênicos; 
Princípios tóxicos - Alcalóides 
• Os alcalóides que se constituem em princípios tóxicos são alcalóides 
endofíticos (ergolínicos e tremorgênicos), pirrolizidínicos, 
indolizidínicos e tropânicos; 
• Os alcalóides de origem endofítica estão compreendidos em 2 
classes químicas: 
▫ Indólico-terpenos (indolterpênicos) dotados de ação tremorgênica; 
▫ Ergolínicos de ação vasoconstrictoras e alucinógenos; 
▫ Esses alcalóides provocam efeitos negativos sobre os neuroreceptores, o 
que resulta em problemas de neurotransmissão e vasoconstricção 
(ergotismo), além da inibição da prolactina em humanos e a ocorrência 
de alucinações. 
“Ergot” (Claviceps purpurea) 
Muitos desses alcalóides têm forte ação 
vaoconstritora e, em altas doses, podem atuar 
nos vasos sanguíneos, especialmente aqueles 
localizados nas extremidades do corpo, 
causando a intoxicação conhecida por 
ergotismo, caracterizada por necrose dos 
tecidos e gangrena. 
Princípios tóxicos – Substâncias cardioativas 
• O emprego de plantas que possuem substâncias cardioativas é 
referido na literatura desde a época das civilizações egípcia e 
romana, como tônico cardíaco, mas sempre acompanhado de 
registros de graves acidentes tóxicos; 
• Poucas horas após a ingestão da dose tóxica aparecem os primeiros 
sinais de intoxicação, principalmente no sistema cardiovascular, 
caracterizados por: disritmia cardíaca, extrassístole, diminuição da 
frequência cardíaca, fibrilação ventricular, depressão e bloqueio do 
coração, seguido de morte; 
• No aparelho digestivo os sintomas são: salivação excessiva, 
gastrenterite hemorrágica, dor abdominal e diarréia; 
• Mesmo pequenas doses podem resultar em disritmia ou em 
bradicardia. Os sintomas podem permanecer durante 4 a 5 dias, 
mesmo sem haver nova ingestão. 
Princípios tóxicos – Glicosídeos cianogênicos 
• São constituídos de moléculas hidrolisáveis em meio aquoso, que na 
presença de enzimas do grupo das betaglicosidases fornecem como 
produto da reação o ácido cianídrico (HCN), um açúcar simples e 
uma cetona ou aldeído, geralmente o benzaldeído; 
• A hidrólise ocorre quando os tecidos da planta são desagregados por 
trituração, mastigação ou infestação por fungos, o que põe em 
contato íntimo a substância cianogênica com a enzima responsável 
pela hidrólise; 
• Cerca de 2 mil espécies vegetais, compreendidas em sete famílias 
têm registro sobre a presença destas substâncias, embora poucas 
sejam portadoras de teor perigosamente elevado. 
Princípios tóxicos – Outros grupos químicos 
• Outros grupos químicos presentes em vegetais que provocam 
diversas reações tóxicas são os ésteres do forbol, as 
furanocumarinas, os taninos, nitratos e cristais de oxalato de cálcio; 
• Estas substâncias encontram-se presentes nos tecidos de plantas de 
cerca de 220 famílias e são responsáveis por acidentes tóxicos ou 
traumáticos 
Cristas de oxalato de Cálcio 
de Diffembachia 
Drusas Ráfides 
Como reconhecer uma planta tóxica? 
Allamanda cathartica L. 
Nerium oleander L. 
Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don 
Como classificar uma espécie como tóxica? 
• Do ponto de vista visual não existe um critério para a identificação, 
embora o sistema CAL seja tradicionalmente empregado no dia-a-
dia de muitas comunidades, onde: 
 
 
 
 
 
• Esse sistema é falho, pois muitas plantas tóxicas não apresentam 
estas características! 
C = Cabeluda 
A = Amarga 
L = Leitosa 
Como classificar uma espécie como tóxica? 
• Para que uma planta seja apontada como espécie tóxica, sua toxidez 
deve ser comprovada experimentalmente; 
• Para isso, é empregado como método principal a experimentação 
com animais, que inicialmente deve ser feita na espécie animal 
afetada sob condições naturais e com a planta fresca recém-colhida, 
administrada por via oral, considerando que esta é a via natural de 
intoxicação por plantas; 
• É válido salientar que os testes para avaliação de plantas visando 
testar efeitos tóxicos deve seguir a seguinte sequência: teste in vitro, 
e testes in vivo, com animais de laboratório, seguido da realização 
dos testes de toxidez na espécie alvo; 
• Nos estudos de toxidez realizam-se testes de toxidez aguda e 
crônica. 
Sinitox – Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas 
• 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem 
com crianças menores de nove anos, e 80% deles são acidentais; 
• Para ajudar na prevenção desses acidentes o Sistema Nacional de 
Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), em parceria com os 
centros de Belém, Salvador, Cuiabá, Campinas, São Paulo e Porto 
Alegre, criou, em junho de 1998, o Programa Nacional de 
Informações sobre Plantas Tóxicas; 
• A elaboração e distribuição de material educativo, de prevenção e 
tratamento, são as principais metas do programa; 
• O primeiro trabalho é a divulgação das 16 plantas que mais causam 
intoxicação em nosso país. Além da elaboração de um manual de 
tratamento das intoxicações por plantas, um vídeo, uma base de 
dados com a codificação das plantas tóxicas brasileiras e um atlas. 
Dieffenbachia seguine (Jacq.) Schott. (Araceae) 
• Nome popular: comigo ninguém pode 
• Parte tóxica: todas as partes da planta. 
• Princípios tóxicos: Substância 
hipersensibilizante com perfil toxicológico 
semelhante ao da histamina (protease 
tóxica), conduzida pelos cristais de oxalato 
de cálcio. 
• Sintomas: a ingestão e o contato provoca 
irritação com forte edema de lábios, boca e 
língua, náuseas, vômitos, diarréia, 
salivação abundante, dificuldade de engolir 
e asfixia; o contato com os olhos pode 
provocar irritação e lesão da córnea. 
 
Dieffenbachia seguine (Jacq.) Schott. (Araceae) 
• Tratamento: Em caso de lesões oculares é 
necessário lavar imediatamente os olhos 
com água morna e soro fisiológico, seguido 
de exame oftalmológico minucioso; 
• O tratamento sintomático propicia bons 
resultados; 
• Em caso de mastigação e reação 
hiperalérgica local, é aconselhada a 
prometazina 2 mg/kg ou difenidramina 
4mg/kg. 
Outras espécies pertencentes à família Araceae com 
características tóxicas semelhantes: 
Tinhorão 
Caladium bicolor Vent. 
Taioba-brava 
Colocasia antiquorum Schott. 
Copo-de-leite 
Zantedeschia aethiopica Spreng. 
Brugmansia suaveolens (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Bercht. & J. Presl 
(Solanaceae) 
• Nome popular: trombeteira 
• Parte tóxica: todas as partes da planta. 
• Princípios tóxicos: alcalóides tropânicos, 
principalmente hiosciamina eescopolamina. 
• Sintomas: a ingestão pode provocar forte dilatação 
das pupilas, febre, pele seca, diminuição ou falta de 
salivação, dificuldade de urinar, inibição do 
peristaltismo e da acomodação ocular. 
• Tratamento: Alguns cuidados podem ser tomados 
na ausência de um médico: O intoxicado deve 
ingerir sucos ricos em taninos para diminuir a 
solubilidade e absorção dos alcalóides, ou ainda pó 
de café com farta quantidade de água até provocar 
vômitos. 
• Cuidados profissionais: lavagem gástrica, injeção 
I.V. de fisostigmina, compressas com álcool diluído 
para a febre e administração de diazepam. 
 
Euphorbia tirucalli L.(Euphorbiaceae) 
• Nome popular: avelós. 
• Parte tóxica: todas as partes da planta. 
• Princípios tóxicos: ésteres do forbol. 
• Sintomas: o contato do látex com a pele e 
mucosas, especialmente os olhos, causa reação 
alérgica e inflamatória podendo resultar em 
cegueira temporária por até 7 dias ou mesmo 
permanente; casos de ingestão são raros e 
resultam em rápido aparecimento de irritação da 
mucosa bucal e do estômago, acompanhados por 
dor e algumas vezes náusea, vômitos e diarréia. 
 
Euphorbia tirucalli L.(Euphorbiaceae) 
• Tratamento: Caso haja contato com o látex, as 
mãos devem ser lavadas com bastante água e 
sabão; 
• Em caso de lesões mais graves, é sugerido o uso 
de corticóides, anti-histamínicos e antissépticos; 
• Em caso de contato com os olhos, efetuar lavagem 
imediatamente e, a seguir, a utilização de colírios 
antissépticos; 
• Nos casos de ingestão do látex são indicados os 
recursos rotineiros de controle sintomático, 
compreendendo lavagem gástrica, balanceamento 
hidrolítico e monitoramento das funções 
respiratórias e circulatórias. 
 
 
Outras espécies pertencentes à família Euphorbiaceae 
com características tóxicas semelhantes: 
Bico-de-papagaio 
Euphorbia pulcherrima Willd. 
ex Klozsch 
Coroa-de-Cristo 
Euphorbia milii L. 
Nerium oleander L. (Apocynaceae) 
• Nome popular: espirradeira. 
• Parte tóxica: todas as partes da planta. 
• Princípios tóxicos: cardenolídeos 
estruturalmente semelhantes aos de Digitalis 
spp. (glicosídeos cardiotóxicos) 
• Sintomas: distúrbios de locomoção, 
perturbações digestivas caracterizadas por 
náuseas, vômitos, cólicas e diarréia 
mucosanguinolenta. Ocorrem também edema 
pulmonar hipercalemia, midríase, torpor e 
coma. As perturbações cardiológicas 
manifestam-se por pulso irregular e 
fraco,hipotensão, bradicardia ou taquicardia e 
disritmia ventricular. 
 
Nerium oleander L. (Apocynaceae) 
• Tratamento: Pode ser iniciado por lavagem 
gástrica, ventilação, administração de carvão 
ativado para reduzir a absorção de parte da 
substância ativa que ainda não foi absorvida; 
• A seguir devem ser feitos o controle dos níveis 
de eletrólitos e o acompanhamento 
eletrocardiográfico; 
• No caso de bloqueio cardíaco em animais foi 
comprovada a eficácia do sulfato de atropina 
(10 mg/kg, i.p.). Se a resposta não for 
satisfatória é indicado também o uso de 
isoproterenol, propranolol, fenitoína, 
metaclopramina e epinefrina; 
• Os sintomas gastrointestinais devem ser 
controlados com reposição de líquidos e 
eletrólitos, antieméticos e analgésicos. 
 
Outras espécies pertencentes à família Apocynaceae com 
características tóxicas semelhantes: 
Chapéu-de-Napoleão 
Thevetia peruviana (Pers.) K. 
Schum. 
Unha-do-cão 
Cryptostegia grandiflora R. Br. 
Manihot esculenta Crantz (Euphorbiaceae) 
• Nome popular: mandioca-brava. 
• Parte tóxica: raiz e folhas. 
• Princípios tóxicos: glicosídeos cianogênicos 
(linamarina e lotautralina). 
• Sintomas: dores de cabeça, fraqueza, tontura, 
náuseas, respiração difícil, vômito e cianose, 
seguido de batimentos cardíacos fracos e 
irregulares, causando perda de consciência, 
convulsões e morte. 
• Observações: Dose letal de cianeto para o 
homem: 1 mg/kg de peso corporal. Apenas 1 kg 
de mandioca brava pode liberar durante seu 
processamento para a fabricação de farinha, 
cerca de 0,5 g de HCN, suficiente para matar até 
3 homens por intoxicação aguda. 
 
Manihot esculenta Crantz (Euphorbiaceae) 
• Tratamento: Em casos de intoxicação aguda,o 
tratamento deve ser iniciado imediatamente 
devido à rapidez com que o veneno atua; 
• Em caso de ingestão recente é indicada a 
lavagem gástrica, seguida de inalação de nitrito 
de amila por 3 segundos a cada 2 minutos e 
repiração artificial; 
• A seguir é recomendado administrar por via 
intravenosa uma solução de nitrito de sódio a 3% 
(10 ml em adultos). Também é aconselhada a 
administração de de hidroxicobalamina 
(vitamina B12) e em alguns casos solução de 
glicose por via endovenosa; 
• A melhora pode ser observada dentro de 
minutos, especialmente se ao mesmo tempo for 
administrada cafeína e vitamina C. 
 
Ricinus communis L. (Euphorbiaceae) 
• Nome popular: mamona. 
• Parte tóxica: sementes. 
• Princípios tóxicos: ricinina (alcalóide) e ricina 
(lecitina de natureza glicoprotéica altamente 
tóxica). 
• Sintomas: a ingestão de 1 a 6 sementes por 
crianças pode ser fatal devido à liberação de 
ricina durante a mastigação. Os sintomas 
clínicos da intoxicação incluem náusea, vômito, 
dor abdominal intensa e diarréia sanguinolenta. 
Em casos agudos podem ocorrer convulsões, 
apneia e coma seguido de morte. 
• Tratamento: Não existe antídoto, o tratamento é 
sintomático e de suporte, iniciando com lavagem 
gástrica e administração de carvão ativado. 
 
Medidas preventivas 
1. Manter as plantas venenosas fora do alcance das crianças. 
2. Conhecer as plantas venenosas existentes em casa e arredores pelo nome e 
características. 
3. Ensinar as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos 
(fazer comidinhas, tirar leite, etc.). 
4. Não preparar remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica. 
5. Não comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Não há regras ou testes seguros para 
distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a 
toxidez da planta. 
6. Tomar cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele e 
principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a 
ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas usar 
luvas e lavar bem as mãos após esta atividade. 
7. Em caso de acidente, procurar imediatamente orientação médica e guardar a planta 
para identificação. 
8. Em caso de dúvida ligar para o Centro de Intoxicação de sua região.

Outros materiais

Outros materiais