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Técnico Administrativo
Gestão Pública
Profª Giovanna Carranza
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Gestão Pública
Professora Giovanna Carranza
www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital
GESTÃO PÚBLICA: Administração Estratégica. e trabalho em equipe. Gestão de conflitos. Go-
vernança na gestão pública.
BANCA: CESPE
CARGO: Técnico Administrativo
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Sumário
ADMINISTRAÇÃO GERAL............................................................................................................09
Conceitos Básicos........................................................................................................................09
Porque a Administração é importante?......................................................................................10
Principais Funções Administrativas.............................................................................................10
Passos do planejamento.............................................................................................................18
Organização...............................................................................................................................19
Direção.......................................................................................................................................20
Controle.....................................................................................................................................22
Processo Organizacional............................................................................................................23
Estratégia Empresarial: Origem e Evolução................................................................................48
Conceito de Grupo Social............................................................................................................66
Trabalho em Equipe....................................................................................................................67
Comunicação Organizacional......................................................................................................71
Processo Organizacional.............................................................................................................77
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA........................................................................................................122
Modelos Teóricos da Administração Pública.............................................................................122
Evolução dos Modelos/Paradigmas da Gestão a nova Gestão Pública......................................126
Experiência de Reformas Administrativas.................................................................................137
Governabilidade/Governança/Accountability...........................................................................138
Estruturas Organizacionais e Departamentalização...................................................................139
Questões..................................................................................................................................151
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Gestão Pública 
ADMINISTRAÇÃO GERAL
De acordo com Di Pietro, Administração Pública, em sentido subjetivo (formal), é o conjunto de 
entes (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos) que têm a incumbência de exercer uma das 
funções do Estado: a função administrativa. Em outras palavras, é o conjunto de órgãos institu-
ídos para consecução dos objetivos do governo.
No sentido objetivo (material), designa a natureza da atividade exercida pelos referidos entes. 
Nesse sentido, a Administração Pública é a própria função administrativa que incumbe, predo-
minantemente, ao Poder Executivo; é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos 
em geral. Em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos 
serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa visão 
global, a Administração Pública é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realiza-
ção de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.
Conceitos Básicos
A Administração (do latim: administratione) é o conjunto de atividades voltadas à direção de 
uma organização utilizando-se de técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de forma 
eficaz, com responsabilidade social e ambiental.
E o que são as organizações?
Segundo a nossa banca favorita, o Cespe, “uma organização é o produto da combinação de es-
forços individuais, visando à realização de propósitos coletivos. Por meio de uma organização, é 
possível perseguir ou alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa”.
Organizações são, portanto, empreendimentos coletivos, com um fim comum. No sentido clás-
sico da Administração Geral, podem ser considerados organizações: empresas (uma padaria ou 
o Google), órgãos públicos, partidos políticos, igrejas, associações de bairro e outros agrupa-
mentos humanos.
Uma característica essencial das organizações é que elas são sistemas sociais, com divisão de 
tarefas. 
Lacombe (2003) diz que a essência do trabalho do administrador é obter resultados por meio 
das pessoas que ele coordena. A partir desse raciocínio de Lacombe, temos o papel do Gestor 
Administrativo, que, com sua capacidade de gestão de pessoas, consegue obter os resultados 
esperados. Para Drucker (1998), administrar é manter as organizações coesas, fazendo-as fun-
cionar.
 
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O processo de administrar implica planejar, organizar, dirigir e controlar organizações e/ou ta-
refas, tendo como objetivo maior a produtividade e/ou a lucratividade. Para se chegar a isso, o 
administrador avalia os objetivos organizacionais e desenvolve as estratégias necessárias para 
alcançá-los. Esse profissional, no entanto, não tem apenas função teórica, ele é responsável 
pela implantação de tudo que planejou e, portanto, vai ser aquele que define os programas e 
os métodos de trabalho, avaliando os resultados e corrigindo os setores e os procedimentos 
que estiverem com problemas. Como é função do administrador que a produtividade e/ou lu-
cros sejam altos, ele também terá a função de fiscalizar a produção e, para isso, é necessário 
que fiscalize cada etapa do processo, controlando inclusive os equipamentos e os materiais 
envolvidos na produção, para evitar desperdícios e prejuízos para a organização.
Porque a Administração é importante?
A realidade das empresas de hoje é muito diferente das empresas administradas no passado. 
Com o surgimento de várias inovações tecnológicas e com o próprio desenvolvimento intelec-
tual do homem, tornou-se necessário muito mais do que intuição e percepção das oportuni-
dades. A administração necessita de um amplo conhecimento, bem como da aplicação correta 
dos princípios técnicos até agora formulados, a necessidade de combinar os meios e objetivos 
com eficiência e eficácia.
Principais funções administrativas
 • Fixar objetivos ;
 • Analisar: conhecer os problemas;
 • Solucionar problemas;
 • Organizar e alocar recursos (financeiros, materiais, ambientais, humanos e tecnológicos);
 • Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar);
 • Negociar;
 • Tomar as decisões;
 • Mensurar e avaliar (controlar). 
Objetivos e Metas
Objetivo é um resultado desejado que se pretende alcançar dentro de determinado período. 
Os objetivos organizacionais podem ser rotineiros, inovadores e de aperfeiçoamento. A partir 
dos objetivos, é estabelecida a estratégia adequada para alcançá-los. Enquanto os objetivos são 
qualitativos, as metas são quantitativas. Ex.: Determinada empresa estabeleceu como objetivo 
aumentar as vendas, e a meta é de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), os objetivos só serão 
alcançados se as vendas chegarem às metas estabelecidas.
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Estratégias
Estratégia organizacional refere-se ao comportamento global e integrado da empresa em re-
lação ao ambiente externo. A estratégia é formulada a partir da missão, visão e objetivos or-
ganizacionais, da análise ambiental (o que há no ambiente) e da análise organizacional (o que 
temos na empresa) para definir o que devemos fazer. A estratégia é a maneira racional de apro-
veitar as oportunidades externas e de neutralizar as ameaças externas, bem como de aprovei-
tar as forças potenciais internas e neutralizar as fraquezas potenciais internas. 
Geralmente, a estratégia organizacional envolve os seguintes aspectos fundamentais:
 • É definida pelo nível institucional da organização;
 • É projetada a longo prazo e define o futuro e destino da organização;
 • Envolve a empresa na sua totalidade;
 • É um mecanismo de aprendizagem organizacional.
Missão e Visão
As organizações não existem a esmo. Todas elas têm uma missão a cumprir. Missão significa 
uma incumbência que se recebe, a razão de existência de uma organização. A missão funciona 
como o propósito orientador para as atividades de uma organização e para aglutinar os esfor-
ços dos seus membros. Enquanto a missão define o credo da organização, a visão define o que 
a organização pretende ser no futuro. 
A visão funciona como o projeto do que a organização gostaria de ser, ou seja, define os objeti-
vos organizacionais mais relevantes. 
Politicas Organizacionais
Apesar de seu uso corriqueiro, a maioria das pessoas encontra dificuldades em expressar o sig-
nificado da palavra “política”. As definições apresentadas pelos especialistas contribuem ainda 
mais para aumentar a confusão, em virtude de, muitas vezes, mostrarem-se conflitantes, o que 
dificulta fortemente o entendimento do termo. Mesmo com todas essas contradições, torna-se 
necessário sair do senso comum e abordar o assunto de forma mais estruturada e científica, de 
modo a melhorar sua compreensão no contexto das organizações de trabalho, o que vem ocor-
rendo por meio do estudo do construto “políticas organizacionais”.
Uma das primeiras abordagens a esse fenômeno foi realizada por Burns (1961, citado por KA-
CMAR; BARON, 1999, p. 39), ao considerar político “o uso do comportamento alheio como re-
curso em situações competitivas”. Desde então, várias foram as definições oferecidas para a 
expressão políticas organizacionais.
Para o seu concurso, políticas organizacionais são normas orientadoras do comportamento 
para o auxílio no alcance das metas.
 
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Cultura organizacional
A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e crenças estabelecidos 
por meio de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhadas por todos os membros da 
organização. Ela refere-se ao sistema de significados compartilhados por todos os membros e 
que distingue uma organização das demais. 
Clima organizacional
A definição mais usada de clima organizacional é a de um conjunto de propriedades mensurá-
veis do ambiente de trabalho percebido, direta ou indiretamente, pelos indivíduos que vivem 
e trabalham neste ambiente e que influencia a motivação e o comportamento dessas pessoas.
Clima organizacional é o indicador de satisfação dos membros de uma empresa, em relação a 
diferentes aspectos da cultura ou realidade aparente da organização, tais como: políticas de 
RH, modelo de gestão, processo de comunicação, valorização profissional e identificação com a 
empresa.
A apuração do nível de satisfação dos colaboradores faz-se necessária para:
 • Indicar e apoiar as decisões dos gestores;
 • Mensurar como está a qualidade de vida no trabalho dos colaboradores. 
Assim, se a qualidade do trabalho for pobre, conduzirá à alienação, à insatisfação e à má vonta-
de do empregado, ao declínio da produtividade, a comportamentos contraproducentes (como 
absenteísmo, rotatividade, roubo, sabotagem, militância sindical, etc.),
Estabelecer referências confiáveis sobre um ambiente específico para implementar ações, onde 
cresça a motivação, gerando um espírito participativo, efetivo, levando a empresa a atingir ex-
celentes níveis de produtividade e comprometimento. 
O clima organizacional é uma variável que influi diretamente na produtividade, pois o grau de 
salubridade de uma organização depende de sua atmosfera psicológica. Essa atmosfera é fruto 
do conjunto de percepções das pessoas que compartilham seu dia a dia com a organização. 
Se a qualidade do trabalho for boa, conduzirá a um clima de confiança e respeito mútuo, no 
qual o indivíduo tenderá a aumentar suas contribuições e elevar suas oportunidades de êxito 
psicológico, e a administração tenderá a reduzir mecanismos rígidos de controle social.
Clientes internos e externos
É todo aquele (pessoas, segmentos e organização) que mantém contato com a empresa ou 
a quem são direcionados os serviços e/ou produtos. Somente o cliente pode determinar se 
a qualidade de um serviço é boa ou não e dizer-nos que quem ou com quem. Os clientes são 
identificados como:
Cliente externo: Também conhecidos como clientes finais; são os que mantém financeiramente 
a organização, adquirindo produtos ou serviços;
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Cliente interno: É o diretor, o gerente, o chefe ou o colega do trabalho; são as pessoas a quem 
direcionamos os nossos serviços ou que recebe algum tipo de produto necessário à realização 
do nosso trabalho.
Os clientes internos devem estar comprometidos, treinados e motivados, para que atendam 
de forma satisfeita os clientes externos e estes mantenham um forte relacionamento de longo 
prazo com a empresa. Além disso, a empresa precisa saber o que esses clientes esperam e de-
sejam para satisfazer suas expectativas. Para tanto, utilizam-se das pesquisas de satisfação para 
saber o que esses clientes pensam a respeito dos serviços.
Centralização e Descentralização
Vantagens da centralização:
1. As decisões são tomadas por administradores que tem uma visão global da empresa;
2. Tomadores de decisão situados no topo e geralmente melhor treinados e preparados do 
que os que estão nos níveis mais baixos;
3. Eliminação dos esforços duplicados reduz os custos operacionais;
4. Certas funções (como compras), quando centralizadas, provocam maior especialização e 
aumento de habilidades;
5. Decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais.
Desvantagens da centralização:
1. As decisões não são tomadas por administradores que estão próximos dos fatos;
2. Tomadores de decisão situados no topo raramente têm contato com os trabalhadores e 
com as situações envolvidas;
3. As linhas de comunicação mais distanciadas provocam demoras prolongadas;
4. Administradores nos níveis mais baixos são frustrados porque estão fora do processo deci-
sório.
Vantagens da descentralização:
1. Decisões são tomadas mais rapidamente pelos próprios executores;
2. Tomadores de decisão são os que têm mais informação sobre a situação;
3. Maior envolvimento na tornada de decisões cria maior moral e motivação entre os admi-
nistradores médios;
4. Proporciona bom treinamento para os administradores médios.
 
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Desvantagens da descentralização:
1. Pode ocorrer a falta de informação e de coordenação entre departamentos; 
2. Maior custo por administrador devido ao melhor treinamento, melhor salário dos adminis-
tradores nos níveis mais baixos;
3. Administradores tendem a uma visão estreita e podem defender mais o sucesso de seus 
departamentos em detrimento da empresa como um todo; 
4. Políticas e procedimentos podem variar enormemente nos diversos departamentos
Eficiência e Eficácia Organizacionais
Dois conceitos simples:
→ Eficiência: fazer certo;
→ Eficácia: fazer a coisa certa.
Exemplo: Suponha que o gerente publicitário de uma empresa de cartões de crédito tem pla-
nos para aumentar o número de associados que se beneficiam com o cartão oferecido.
Procurando atingir um público que pode adquirir o cartão, ele elabora um material que será 
remetido pelo correio a centenas de residências. Visando comunicar a existência do cartão, 
as vantagens que este oferece e os benefícios para o associado, o gerente elabora uma carta e 
prospectos contendo fotos e desenhos coloridos – tudo sendo feito utilizando recursos de com-
putação gráfica.
Centenas de correspondências com este material são remetidas. É esperado um aumento do 
número de associados em torno de 4% em dois meses.
Passado esse período, verificou-se que o número de associados subiu apenas 1,5 %. A ideia da 
emissão desse material via correio não atingiu plenamente o objetivo.
Observamos que o gerente, no momento em que elaborou a carta e os prospectos, fez um 
excelente trabalho. Havia clareza de comunicação, ilustrações e fotos expositivas que comple-
mentavam as informações. Utilizou-se papel metalizado com impressões em fotolito. Apesar de 
ser um trabalho de boa qualidade, não atingiu o objetivo almejado, que seria alcançar 4% no 
aumento de associados.
Podemos afirmar, então, que o gerente publicitário foi eficiente, porém não foi eficaz. Ao mon-
tar a carta e os prospectos, realizou uma boa tarefa, "fez tudo certo". Embora o material tenha 
apresentado boa qualidade, não foi uma ideia que conseguiu atrair o número desejado de no-
vos associados. Não atingiu o objetivo. A ideia do envio dessa correspondência não foi "a coisa 
certa a ser feita" a fim de conseguir 4% de aumento do número de associados. Uma ideia me-
lhor poderia ter sido, talvez, fazer anúncios em revistas, jornais, TV, etc.
Eficiência significa fazer um trabalho correto, sem erros e de boa qualidade. Eficácia é fazer um 
trabalho que atinja um resultado esperado.
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Ao elaborar um material excelente, o gerente foi eficiente, mas este trabalho não alcançou os 
resultados esperados, então não foi eficaz.
Um administrador, no decorrer de suas atividades, deve alcançar ao mesmo tempo a eficiência 
e a eficácia. Primeiramente, seu trabalho precisa alcançar o que se espera, os objetivos alme-
jados, e esse trabalho não deve conter erros demasiados – deve estar o mais correto possível.
Se o administrador é eficaz, mas não é eficiente, ou seja, faz o trabalho certo para alcançar uma 
meta, mas esse trabalho apresenta diversos erros, então os objetivos têm chances remotas de 
serem alcançados.
Se o administrador é eficiente mas não é eficaz, ou seja, faz os seus trabalhos com um mínimo 
de erros, mas nunca realiza um trabalho que levará ao alcance das metas, então os objetivos 
nunca serão alcançados.
O administrador que é eficiente, porém não é eficaz, nunca alcança os resultados, ao passo que 
aquele que é eficaz mas não é eficiente tem algumas chances de atingir bons resultados.
Por fim, o administrador que é eficiente e é eficaz sempre atinge resultados positivos.
Administrador Eficiente Administrador Eficaz
Faz as coisas de maneira certa Faz as coisas certas
Resolve os problemas Produz alternativas criativas
Cuida dos recursos Alcança objetivos
Cumpre seu dever Obtém resultados
Reduz custos Aumenta os lucros
As funções do administrador são: planejamento, organização, direção e controle.
1. Planejar: ato de visualizar o futuro e traçar programas de ação;
2. Organizar: ato de compor a estrutura funcional da empresa;
3. Direção: ato de orientar e dirigir o pessoal;
4. Controlar: ato de verificar se as ações estão ocorrendo dentro das normas estabelecidas. 
 
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Planejamento
Planejamento é um processo que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, 
coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a 
tomada de decisões antecipadamente. Essas ações devem ser identificadas de moda a permitir 
que elas sejam executadas de forma adequadamente e considerando aspectos como prazo, 
custos, qualidade, segurança, desempenho e outras condicionantes. Um planejamento bem 
realizado oferece inúmeras vantagens, tais como:
 • Controle apropriado;
 • Produtos e serviços entregues conforme requisitos exigidos pelo cliente;
 • Melhor coordenação das interfaces do projeto;
 • Resolução antecipada de problemas e conflitos; e
 • Grau mais elevado de assertividade nas tomadas de decisão.
Analisando estritamente o planejamento público, podemos citar que ele é motivado devido a:
 • Falhas no mercado: o sistema de mercado não pode ser capaz de resolver sozinho todos 
os problemas econômicos de uma população, como a existência de monopólios ou falta de 
capital para atividades estratégicas;
 • Subdesenvolvimento econômico: em países subdesenvolvidos, o planejamento público 
pode ser justificado pela busca, por parte da sociedade, de fatos econômicos que possibili-
tem um rápido desenvolvimento.
Em termos de planejamento governamental, em vez do planejamento tradicional, que valo-
riza o produto e o plano, faz-se uso do planejamento estratégico, que destaca o processo. Um 
governo que elabore objetivos em conjunto com a sociedade (planejamento com ênfase nas 
necessidades dos atores sociais – stakeholders) faz uma política de melhor qualidade e, quanto 
maior a governabilidade decorrente da boa atuação política, mais factível torna-se a execução 
do planejamento.
As atividades de planejamento podem ser separadas em dois subconjuntos:
 • Diagnóstico: atividades que têm por objetivo analisar o passado e o presente e que oferece 
dados e fatos históricos que servirão como base para o planejamento.
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A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de am-
biente), sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou 
empresa, mas podendo, devido à sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise 
de cenário, desde a criação de um blog até a gestão de uma multinacional.
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da em-
presa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um pro-
jeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da 
revista Fortune das 500 maiores corporações.
O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e significa Forças (Strengths), Fraquezas 
(Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
Essa análise de cenário se divide em:
Ambiente interno (Forças e Fraquezas): Engloba os principais aspectos que diferenciam a em-
presa dos seus concorrentes (decisões e níveis de performance que se pode gerir).
Ambiente externo (Oportunidades e Ameaças): Corresponde às perspectivas de evolução de 
mercado. FImplica fatores provenientes de mercado e meio envolvente (decisões e circunstân-
cias externas ao poder de decisão da empresa). As forças e fraquezas são determinadas pela 
posição atual da empresa e relacionam-se, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunida-
des e as ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos.
 
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O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é re-
sultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Dessa 
forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao 
máximo; e, quando for percebido um ponto fraco, a organização
deve agir para controlá-lo ou, 
pelo menos, minimizar seu efeito.
Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não po-
der controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo com frequência, de forma a aprovei-
tar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto, 
pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos.
A combinação destes dois ambientes, interno e externo, e das suas variáveis, forças e fraque-
zas; oportunidades e ameaças vão facilitar a análise e a procura para tomada de decisões na 
definição das estratégias de negócios da empresa.
Forças e Oportunidades: Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo 
as oportunidades detectadas;
Forças e Ameaças: Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os efeitos das ame-
aças detectadas;
Fraquezas e Oportunidades: Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos negativos dos 
pontos fracos e que, simultaneamente, aproveitem as oportunidades detectadas;
Fraquezas e Ameaças: As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos 
e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças.
Como podemos verificar, a matriz SWOT ajuda a empresa na tomada de decisão ao nível de 
poder maximizar as oportunidades do ambiente em torno dos pontos fortes da empresa e mi-
nimizar os pontos fracos e reduzir os efeitos dos pontos fracos das ameaças.
Essa análise deve ser complementada com um quadro que ajude a identificar qual o impacto 
(elevado, médio e fraco) que os fatores podem ter no negócio e qual a tendência (melhorar, 
manter e piorar) futura que estes fatores têm no negócio.
 • Prognóstico: atividades que visam o comportamento futuro da economia, empresa, orga-
nização, etc.
Passos do planejamento
1. Definir objetivos;
2. Verificar qual é a situação atual em relação aos objetivos;
3. Desenvolver premissas quanto às condições futuras;
4. Analisar as alternativas de ação;
5. Escolher um curso de ação entre as várias alternativas;
6. Implementar o plano e avaliar os resultados.
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Níveis Organizacionais
Nível Conteúdo Tempo Amplitude
Estratégico Genérico e abrangente Longo prazo
Macroorientado: 
aborda a empresa 
como uma totalidade
Tático Menos genérico e mais detalhado Médio Prazo
Aborda cada unidade 
da empresa separada-
mente
Operacional Detalhado e específico Curto Prazo
Microorientado: abor-
da apenas cada tarefa 
ou operação.
Organização
Em sentido geral organização é o modo como se organiza um sistema. É a forma escolhida para 
arranjar, dispor ou classificar objetos, documentos e informações.
Em Administração, organização tem dois sentidos:
1. Grupo de indivíduos associados com um objetivo comum. Exemplo: empresas, associa-
ções, órgãos do governo, ou seja, qualquer entidade pública ou privada. As organizações 
são compostas de estrutura física, tecnológica e pessoas.
2. Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho.
Segundo Montana (2003, p. 170) organizar é o processo de reunir recursos físicos e humanos 
essenciais à consecução dos objetivos de uma empresa.
A estrutura de uma organização é representada através do seu organograma.
Uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos 
financeiros e outros. A organização então é o resultado da combinação de todos estes elemen-
tos orientados a um objetivo comum.
Organizar compreende atribuir responsabilidades às pessoas e atividades aos órgãos (unidades 
administrativas). A forma de organizar esses orgãos chama-se de departamentalização (vere-
mos esse assunto adiante).
→ Formas de Organização
 • Organização formal – deliberada pelos administradores, segundo o planejamento adequado.
 • Organização informal – iniciativa das pessoas de acordo com seus interesses ou conveniências.
 
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O aspecto formal da organização abrange problemas de estruturas, normas, métodos e pro-
cessos de trabalho, como concebidos pelos criadores da organização. Por outro lado, quase 
sempre o quadro real do comportamento e de reações apresentada pelos membros de uma 
organização se afasta, ligeira ou amplamente, do plano formal de duas maneiras:
 • O plano formal pode estar incompleto – pode não compreender integralmente o padrão 
de comportamento efetivamente seguido, e algumas partes do padrão de comportamento 
podem estar em contradição com o plano;
 • Assim, emerge o outro ângulo, a organização informal, que envolve o padrão de compor-
tamento adotado – a maneira pela qual os membros da organização realmente se compor-
tam, à medida que esses padrões não coincidem com o plano formal.
Segundo Chester Bernard, a organização formal é um sistema de atitudes ou de forças de duas 
ou mais pessoas, coincidentemente coordenadas, enquanto a organização informal é um agre-
gado de contatos e integrações pessoais e os agrupamentos de pessoas associadas.
A distinção entre a organização formal e a informal é que, enquanto a primeira é uma orga-
nização planejada, a segunda constitui o resultado da interação espontânea dos membros da 
organização, o impacto das personalidades dos atores sobre os papéis que lhe foram destina-
dos. Portanto, não existe organização formal sem a sua informal contrapartida, pois o plano 
administrativo formal não reflete adequada ou completamente a organização completa a qual 
se refere, pela razão óbvia que de nenhum plano abstrato pode descrever exaustivamente uma 
totalidade empírica. Embora os objetivos de uma organização formal sejam mais explícitos, al-
gumas vezes pode ocorrer que a estrutura informal tenha uma influência tão penetrante que 
leve a uma definição da estrutura formal. Não se deve esquecer que as estruturas podem tor-
nar-se um competidor em vez de um complemento da estrutura formal.
Direção
Para o empregado de hoje, ter sucesso significa alcançar a realização pessoal, social e financei-
ra, ser interdependente, contribuir para a solução de problemas, encontrar desafios e atingir 
metas. As pessoas querem sentir que seus esforços são valorizados e que seu trabalho é o dife-
rencial que contribui para o sucesso da empresa em que trabalha.
O líder de hoje pode se perguntar: “Quais as habilidades essenciais que preciso ter para obter 
a lealdade e o comprometimento da minha equipe? Como posso ser ainda mais útil para cada 
pessoa do meu time?”. 
Esse assunto será aprofundado na aula de liderança, com a intenção de estimular seu pensa-
mento e suas ações, desenvolvendo as habilidades necessárias para adotar comportamentos 
de liderança e ao mesmo tempo se dar bem na prova de Gestão, pois esse tema é muito cobra-
do em concursos.
A fim de conquistar o comprometimento de uma equipe, é necessário que o líder inspire – e 
não exija – respeito e confiança. Cada pessoa se compromete quando é tratada como se fizesse 
parte da equipe – quando sabe que sua contribuição é importante. Quando a pessoa percebe 
que é considerada, compreendida e reconhecida, sua percepção de comprometimento cresce. 
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Um líder que forma outros líderes ensina que são seis os passos que criam condições para o 
desenvolvimento da lealdade e do comprometimento: 
1. Comunicação franca e aberta; 
2. Envolvimento e potencialização dos colaboradores; 
3. Desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores;
4. Demonstrar o reconhecimento; 
5. Liderar com ética e imparcialidade; 
6. Promover o bem-estar no ambiente de trabalho.
A liderança nas empresas pode ser de duas maneiras:
a) liderança decorrente de uma função (cargo com autoridade de decisão);
b) liderança como
uma qualidade pessoal (conjunto de atributos e atitudes que tornam uma 
pessoa um líder).
→ Diferença entre PODER e AUTORIDADE
Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Quantas vezes você já ouviu (ou disse) essa resignada frase? Independentemente da situação 
ou do motivo, uma coisa é certa: alguém estava fazendo alguma coisa contrariada e, conse-
quentemente, de má vontade. Possivelmente imaginando que era uma tarefa menor, sem valor 
nem sentido, ou que deveria ser feita por outra pessoa. Ou tudo isso junto.
Dilemas assim surgem quando você tem que seguir uma ordem só porque alguém quer assim 
– em vez de concordar que essa é a coisa certa a fazer*. É aí que começam as confusões entre 
poder e autoridade.
Para muita gente, ambas as palavras são sinônimas, ou seus significados são tão parecidos que 
não faz muito sentido separá-los. Mas entender tais diferenças pode nos possibilitar enxergar a 
liderança de outra forma, para melhor ou para pior.
Partindo do termo mais amplo, poder traduz-se na “habilidade de influenciar outras pessoas. 
Nas organizações, isso, muitas vezes, significa fazer com que as tarefas sejam realizadas (…) 
apesar da resistência dos outros”. A maneira de se alcançar isso é que pode variar de acordo 
com as ferramentas empregadas. Uma delas é a autoridade, ou o poder legítimo, que, pela 
força da hierarquia, determina que pessoas sigam ordens.
Em bom corporativês, a autoridade espelha as linhas de comando explícitas num organogra-
ma: o presidente manda nos diretores, que dão ordens aos gerentes, que são atendidos pelos 
analistas, que distribuem tarefas aos estagiários – que obedecem, fazer o quê…?
 
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Controle
Controle é uma das funções que compõem o processo administrativo. A função controlar consiste 
em averiguar se as atividades efetivas estão de acordo com as atividades que foram planejadas.
Oliveira (2005) explica que controlar é comparar o resultado das ações com padrões previa-
mente estabelecidos, com a finalidade de corrigi-las se necessário.
A função administrativa de controle está relacionada com a maneira pela qual os objetivos devem ser 
alcançados por meio da atividade das pessoas que compõem a organização. O planejamento serve 
para definir os objetivos, traçar as estratégias para alcançá-los e estabelecer o plano de ação. A orga-
nização serve para estruturar as pessoas e os recursos de maneira a se trabalhar de forma organizada 
e racional. A direção mostra os rumos e dinamiza as pessoas para que utilizem os recursos da melhor 
maneira possível. Por fim, o controle serve para que tudo funcione da maneira certa e no tempo certo.
Nesse sentido, o controle consiste basicamente em um processo que guia a atividade exercida 
para um fim previamente determinado. O processo de controle tem quatro etapas ou fases:
 • estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho;
 • avaliação ou mensuração do desempenho atual;
 • comparação do desempenho atual com os objetivos ou padrões estabelecidos;
 • tomada de ação corretiva para corrigir possíveis desvios ou anormalidades.
O processo de controle caracteriza-se pelo seu aspecto cíclico e repetitivo. Na verdade, o con-
trole deve ser visualizado como um processo sistêmico em que cada etapa influencia as demais 
e épor elas influenciada.
Características do Controle
O administrador deve compreender que um sistema eficaz de controle precisa reunir os seguin-
tes aspectos:
 • Orientação estratégica para resultados: o controle deve apoiar planos estratégicos e foca-
lizar as atividades essenciais que fazem a real diferença para a organização;
 • Compreensão: o controle deve apoiar o processo de tomada de decisões apresentando dados em 
termos compreensíveis. O controle deve evitar relatórios complicados e estatísticas enganosas;
 • Orientação rápida para as exceções: o controle deve indicar os desvios rapidamente, atra-
vés de uma visão panorâmica sobre o local em que as variações estão ocorrendo, e o que 
deve ser feito para corrigi-los adequadamente;
 • Flexibilidade: o controle deve proporcionar um julgamento individual e que possa ser mo-
dificado para adaptar-se a novas circunstâncias e situações.
 • Autocontrole: o controle deve proporcionar confiabilidade, boa comunicação e participa-
ção entre as pessoas envolvidas;
 • Natureza positiva: o controle deve enfatizar o desenvolvimento, a mudança e a melhoria. 
Deve alavancar a iniciativa das pessoas e minimizar o papel da penalidade e das punições;
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 • Clareza e objetividade: o controle deve ser imparcial e acurado para todos. Deve ser res-
peitado como um propósito fundamental: a melhoria do desempenho.
Quanto aos tipos de controle temos:
 • Preliminar: é exercido antes da execução de uma função;
 • Concomitante: é aquele que se estabelece ao mesmo tempo em que as ações vão se de-
senvolvendo;
 • Pós-controle: é exercido após a execução de uma função.
É necessário estudar também: 
 • Controle familiar: é utilizado em empresas cuja menor dimensão ou estabilidade do contexto 
social permitem um controle mais informal, com ênfase nas relações pessoais. A limitada des-
centralização, característica dessa forma de controle, reduz a necessidades de controles. O con-
trole de gestão está baseado na utilização de mecanismos de controle informais, na liderança 
do gerente (que pode ser o proprietário), na centralização das decisões, na delegação de auto-
ridade baseada na amizade pessoal e no desenvolvimento de uma cultura que promova a leal-
dade e a confiança. Este modelo de empresa é muito condicionado às características do líder.
 • Controle burocrático: é comum de ser encontrado em ambientes estáveis e pouco competiti-
vos. Baseia-se em regras e normas rígidas, com predomínio de medidas financeiras, com uma 
forte estrutura funcional e limitado grau de autonomia. Como consequência, tende a gerar e 
manter uma cultura organizacional avessa a mudanças. É próprio da administração pública.
 • Controle ad hoc: baseia-se na utilização de instrumentos informais que promovem o au-
tocontrole. São próprios de ambientes dinâmicos e complexos, valendo-se de estruturas 
descentralizadas. Embora possam utilizar medidas financeiras, essas organizações realizam 
atividades que dificultam a formalização de procedimentos e de comportamentos por não 
possuírem características repetitivas e cujos fatores críticos não são de caráter financeiro. 
Exemplos podem ser encontrados nas empresas de alta tecnologia, centro de pesquisa e 
desenvolvimento ou departamentos de marketing. 
Processo Organizacional
PLANEJAMENTO
O trabalho do administrador não se restringe ao presente, ao atual, ao corrente. Ele precisa extra-
polar o imediato e se projetar para frente. O administrador precisa tomar decisões estratégicas e 
planejar o futuro de sua organização. Ao tomar decisões, o administrador configura e reconfigu-
ra continuamente a sua organização ou a unidade organizacional que administra. Ele precisa saber 
qual rumo deseja que sua organização siga, precisa tomar as decisões necessárias e elaborar os pla-
nos para que isso realmente aconteça. O planejamento está voltado para o futuro. E o futuro requer 
uma atenção especial. É para ele que a organização deve estar preparada a todo instante.
 
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Planejamento é a função administrativa que define objetivos e decide sobre os recursos e as tare-
fas necessárias para alcançá-los adequadamente. Como principal decor-rência do planejamento, 
estão os planos. Os planos facilitam a organização no alcance de suas metas e objetivos. Além 
disso, os planos funcionam como guias ou balizamentos para assegurar os seguintes aspectos:
1. Os planos definem os recursos necessários para alcançar os objetivos organizacionais;
2. Os planos servem para integrar os vários objetivos a serem alcançados em um esquema 
organizacional que proporciona coordenação e integração;
3. Os planos permitem que as pessoas trabalhem em diferentes atividades consistentes com 
os objetivos definidos. Eles dão racionalidade ao processo. São racionais porque servem de 
meios para alcançar adequadamente os objetivos traçados;
4. Os planos permitem que o alcance dos objetivos possa ser continuamente monitorado e 
avaliado em relação a certos padrões ou indicadores a fim de permitir a ação corretiva ne-
cessária quando o progresso não for satisfatório.
O primeiro passo do planejamento consiste na definição dos objetivos para a organização. Ob-
jetivos são resultados específicos que se pretende atingir. Os objetivos são estabelecidos para 
cada uma das subunidades da organização, como suas divisões ou departamentos, etc. Uma 
vez definidos, os programas são estabelecidos para alcançar os objetivos de maneira sistemáti-
ca e racional. Ao selecionar objetivos e desenvolver programas, o administrador deve conside-
rar sua viabilidade e aceitação pelos gerentes e funcionários da organização.
Planejar significa olhar para a frente, visualizar o futuro e o que deverá ser feito, elaborar bons 
planos e ajudar as pessoas a fazer hoje as ações necessárias para melhor enfrentar os desafios 
do amanhã. Em outros termos, o planejamento constitui uma responsabilidade essencial em 
qualquer tipo de organização ou de atividade.
O planejamento constitui a função inicial da administração. Antes que qualquer função admi-
nistrativa seja executada, a administração precisa planejar, ou seja, determinar os objetivos e 
os meios necessários para alcançá-los adequadamente.
O PLANEJAMENTO COMO UMA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
O planejamento pode estar voltado para a estabilidade, no sentido de assegurar a continuidade 
do comportamento atual em um ambiente previsível e estável. Também pode estar voltado 
para a melhoria do comportamento para assegurar a reação adequada a frequentes mudanças 
em um ambiente mais dinâmico e incerto. Pode ainda estar voltado para as contingências no 
sentido de antecipar-se a eventos que podem ocorrer no futuro e identificar as ações apropria-
das para quando eles eventualmente ocorrerem.
Como todo planejamento se subordina a uma filosofia de ação, Ackoff aponta três tipos de filo-
sofia do planejamento:
1. Planejamento conservador: é o planejamento voltado para a estabilidade e para a manu-
tenção da situação existente. As decisões são tomadas com o intuito de obter bons resul-
tados, mas não necessariamente os melhores possíveis, pois dificilmente o planejamento 
procurará fazer mudanças radicais na organização. Sua ênfase é conservar as práticas atual-
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mente vigentes. O planejamento conservador está mais preocupado em identificar e sanar 
deficiências e problemas internos do que em explorar oportunidades ambientais futuras. 
Sua base é predominantemente retrospectiva, pois visa aproveitar a experiência passada e 
projetá-la para o futuro.
2. Planejamento otimizante (retrospectivo): é o planejamento voltado para a adaptabilidade e a 
inova-ção dentro da organização. As decisões são tomadas no sentido de obter os melhores resul-
tados possíveis para a organização, seja minimizando recursos para alcançar determinado desem-
penho ou objetivo, seja maximizando o desempenho para melhor utilizar os recursos disponíveis. 
O planejamento otimizante geralmente está baseado em uma preocupação em melhorar as prá-
ticas atualmente vigentes na organização. Sua base é predominantemente incremental, pois visa 
melhorar continuamente, tornando as operações melhores a cada dia que passa. 
3. Planejamento adaptativo (ofensivo): é o planejamento voltado para as contingências e para o 
futuro da organização. As decisões são tomadas no sentido de compatibilizar os diferentes interes-
ses envolvidos, elaborando uma composição capaz de levar a resultados para o desenvolvimento 
natural da empresa e ajustá-la às contingências que surgem no meio do caminho. O planejamento 
adaptativo procura reduzir o planejamento retrospectivo voltado para a eliminação das deficiên-
cias localizadas no passado da organização. Sua base é predominantemente aderente, pois visa 
ajustar-se às demandas ambientais e preparar-se para as futuras contingências.
Em todos os casos, o planejamento consiste na tomada antecipada de decisões. Trata-se de 
decidir agora o que fazer antes da ocorrência da ação necessária. Não se trata simplesmente da 
previsão das decisões que deverão ser tomadas no futuro, mas também da tomada de decisões 
que produzirão efeitos e consequências futuras.
O PROCESSO DE PLANEJAMENTO
O planejamento é um processo constituído de uma série sequencial de seis passos, a saber:
 • Definir os objetivos. O primeiro passo do planejamento é o estabelecimento de objetivos 
que se pretende alcançar. Os objetivos da organização devem servir de direção a todos os 
principais planos, servindo de base aos objetivos departamentais e a todos os objetivos das 
áreas subordinadas. Os objetivos devem especificar resultados desejados e os pontos finais 
onde se pretende chegar, para conhecer os passos intermediários.
 • Verificar qual a situação atual em relação aos objetivos. Simultaneamente à definição dos 
objetivos, deve-se avaliar a situação atual em contraposição aos objetivos desejados, verifi-
cando onde se está e o que precisa ser feito.
 • Desenvolver premissas quanto às condições futuras. Premissas constituem os ambientes 
esperados dos planos em operação. Como a organização opera em ambientes complexos, 
quanto mais pessoas estiverem atuando na elaboração e na compreensão do planejamento 
e quanto mais se obter envolvimento para utilizar premissas consistentes, tanto mais 
coordenado será o planejamento. Trata-se de gerar cenários alternativos para os estados 
futuros das ações, analisando o que pode ajudar ou prejudicar o progresso em direção 
aos objetivos. A previsão é um aspecto importante no desenvolvimento de premissas. A 
previsão está relacionada com pressuposições antecipatórias a respeito do futuro.
 
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 • Analisar as alternativas de ação. O quarto passo do planejamento é a busca e a análise 
dos cursos alternativos de ação. Trata-se de relacionar e avaliar as ações que devem ser 
tomadas, escolher uma delas para perseguir um ou mais objetivos e traçar um plano para 
alcançar os objetivos.
 • Escolher um curso de ação entre as várias alternativas. O quinto passo é selecionar o cur-
so de ação adequado para alcançar os objetivos propostos. Trata-se de uma tomada de de-
cisão, em que se escolhe uma alternativa e se abandona as demais. A alternativa escolhida 
transforma-se em um plano para o alcance dos objetivos.
 • Implementar o plano e avaliar os resultados. Implica fazer aquilo que o plano determina e 
avaliar cuidadosamente os resultados para assegurar o alcance dos objetivos, seguir o ca-
minho planejado e tomar as ações corretivas à medida que se tornarem necessárias.
Nem sempre o planejamento é feito por administradores ou por especialistas trancados em salas 
e em apenas algumas épocas predeterminadas. Embora seja uma atividade voltada para o futuro, 
o planejamento deve ser contínuo e permanente e, se possível, abrangendo o maior número de 
pessoas na sua elaboração e implementação. Em outras palavras, o planejamento deve ser cons-
tante e participativo. A descentralização proporciona a participação e o envolvimento das pessoas 
em todos os aspectos do seu processo. É o chamado planejamento participativo.
Para fazer o planejamento, é vital que se conheça o contexto em que a organização está inse-
rida. Em outras palavras, é fundamental conhecer qual é o seu microambiente, qual é a sua
missão e quais são os seus objetivos básicos – sobretudo, quais os fatores-chave para o seu 
sucesso. A partir daí, pode-se começar a pensar em planejamento.
FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO
Para que o planejamento seja bem-sucedido, é necessário verificar quais os fatores críticos de 
sucesso para atingir os objetivos propostos. Os fatores críticos de sucesso são os elementos 
condicionantes no alcance dos objetivos da organização, ou seja, são aspectos ligados direta-
mente ao sucesso da organização. Se eles não estiverem presentes, os objetivos não serão al-
cançados. Para identificar os fatores críticos de sucesso em qualquer negócio, deve-se fazer a 
seguinte pergunta: o que se deve fazer para ser bem-sucedido? Em uma empresa lucrativa, o 
sucesso significa fazer lucros. Os fatores críticos de sucesso dependerão de quais negócios que 
geram lucro. Se o negócio é produzir roupas a baixo custo, os fatores críticos de sucesso estarão 
localizados em operações de baixo custo e elevado volume de vendas. Se o negócio é produzir 
vestidos de luxo, os custos não serão tão importantes quanto a alta qualidade dos materiais, da 
confecção aprimorada e do desenho criativo. Em uma empresa de pesquisa e desenvolvimento 
orientada para o futuro, altos lucros hoje não são aspectos críticos, mas sim o desenvolvimento 
de uma tecnologia de ponta capaz de produzir no futuro novos produtos inovadores e construir 
uma boa reputação que atraia investidores.
A identificação dos fatores críticos de sucesso é fundamental para a realização dos objetivos 
organizacionais. Existem duas maneiras de identificar os fatores críticos de sucesso. A primeira 
é dissecar os recursos organizacionais e o mercado de maneira imaginativa para identificar os 
segmentos que são mais decisivos e importantes. A segunda é descobrir o que distingue as or-
ganizações bem-sucedidas das organizações malsucedidas e analisar as diferenças entre elas. 
Aqui se aplica o benchmarking.
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BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO
As organizações defrontam-se com uma variedade de pressões provindas de muitas fontes. Ex-
ternamente, existem as regulamentações governamentais, a tecnologia cada vez mais comple-
xa, a incerteza decorrente de uma economia globalizada e a necessidade de reduzir custos de 
investimentos em trabalho, capital e outros recursos importantes. Internamente, há a neces-
sidade de operar com maior eficiência, novas estruturas organizacionais e novos arranjos de 
trabalho, maior diversidade da força de trabalho e uma infinidade de desafios administrativos. 
Como se poderia prever, planejamento oferece uma série de vantagens nessas circunstâncias, 
inclusive melhorando a flexibilidade, a coordenação e a administração do tempo. Vejamos cada 
uma dessas vantagens do planejamento.
Foco e flexibilidade
O planejamento permite aumentar o foco e a flexibilidade. Foco é o ponto de convergência dos 
esforços. Flexibilidade é a maleabilidade e a facilidade de sofrer adaptações e ajustamentos à 
medida que o andamento das coisas requeira. Uma organização com foco conhece o que ela 
faz melhor, conhece as necessidades de seus clientes e conhece como servi-las bem. Uma orga-
nização com flexibilidade opera dinamicamente e com um senso do futuro. Ela é rápida e ágil, 
podendo mudar em resposta a, ou antecipar-se em relação a problemas emergentes ou opor-
tunidades. O planejamento ajuda o administrador, em todos os tipos de organização, a alcançar 
o melhor desempenho, porque:
1. o planejamento é orientado para resultados, cria um senso de direção, isto é, de desempe-
nho orientado para metas e resultados a serem alcançados;
2. o planejamento é orientado para prioridades, assegurando que os aspectos mais importan-
tes receberão atenção principal;
3. o planejamento é orientado para vantagens, ajudando a alocar e a dispor recursos para sua 
melhor utilização e desempenho;
4. o planejamento é orientado para mudanças, ajudando a antecipar problemas que certa-
mente aparecerão e a aproveitar oportunidades à medida que surgem novas situações.
Melhoria na coordenação
O planejamento melhora a coordenação. Os diferentes subsistemas e grupos nas organizações, 
em que cada qual persegue uma variedade de objetivos em um dado período, precisam ser 
adequadamente coordenados. Uma hierarquia de objetivos é uma série de objetivos interliga-
dos de modo que os objetivos em níveis mais elevados são apoiados e suportados por objetivos 
de nível mais baixo. Quando definidos ao longo de uma organização, os objetivos hierarquiza-
dos criam uma rede integrada de cadeias de meios fins. Os objetivos de nível mais elevado – os 
fins – são claramente interligados aos objetivos de nível mais baixo – que são os meios – para o 
seu alcance.
 
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Melhoria no controle
O planejamento melhora o controle. O controle administrativo envolve a medição e a avaliação 
dos resultados do desempenho e a tomada de ação corretiva para melhorar as coisas quando 
necessário. O planejamento ajuda a tornar isso possível mediante a definição dos objetivos – 
resultados de desempenho desejados – e a identificação das ações específicas por meio das 
quais eles devem ser perseguidos. Se os resultados estiverem abaixo do esperado, os objetivos 
ou os planos de ação, ou ambos, devem ser ajustados ao processo de controle. Naturalmente, 
ambos os processos, de planejamento e controle, funcionam melhor se os objetivos são clara-
mente estabelecidos em primeiro lugar. O progresso em relação ao alcance dos objetivos pode 
ser facilmente medido para assegurar que eles estão sendo cumpridos antes da data prefixada.
Administração do tempo
O planejamento melhora a administração do tempo. É difícil balancear o tempo disponível 
para atender às responsabilidades e aproveitar as oportunidades pela frente. A cada dia, o 
administrador é bombardeado por uma multiplicidade de tarefas e demandas em um conjunto 
de frequentes interrupções, crises e eventos inesperados. Isso facilita o esquecimento da trilha 
dos objetivos e a perda de tempo precioso com atividades não essenciais e que tumultuam a 
atividade do administrador. Além da melhoria do foco e da flexibilidade, da coordenação e do 
controle, o planejamento permite uma forma de administrar o tempo.
TIPOS DE PLANEJAMENTO
O planejamento é feito por planos. O administrador deve saber lidar com diferentes tipos de 
planos. Esses tanto podem incluir períodos de longo a curto prazo, como podem envolver a 
organização inteira, uma divisão ou departamento ou ainda uma tarefa. O planejamento é uma 
função administrativa que se distribui entre todos os níveis organizacionais. Embora o seu con-
ceito seja exatamente o mesmo, o planejamento apresenta características diferentes em cada 
nível organizacional.
O planejamento envolve uma volumosa parcela da atividade organizacional. Isso significa que 
toda organização está sempre planejando: o nível institucional elabora genericamente o pla-
nejamento estratégico, o nível intermediário segue-o com planos táticos e o nível operacional 
traça detalhadamente os planos operacionais – cada qual dentro de sua área de competência 
e em consonância com os objetivos globais da organização. O planejamento impõe racionali-
dade e proporciona o rumo às ações da organização. Além disso, estabelece a coordenação e 
a integração de suas várias unidades, que proporcionam harmonia e sinergia à organização no 
caminho em direção aos seus objetivos principais.
Os planos podem abranger diferentes horizontes de tempo. Os planos de curto prazo cobrem 
um ano ou menos, os planos intermediários, um a dois anos e os planos de longo prazo abran-
gem cinco ou mais anos. Os objetivos do planejamento devem ser mais específicos no curto 
prazo e mais abertos no longo prazo. As organizações precisam de planos
para todas as exten-
sões de tempo. O administrador do nível institucional está mais voltado para planos de longo 
prazo que atinjam a organização inteira para proporcionar aos demais administradores um sen-
so de direção para o futuro.
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Uma pesquisa desenvolvida por Elliot Jaques mostra como as pessoas variam em sua capacida-
de de pensar, organizar e trabalhar com eventos situados em diferentes horizontes de tempo. 
Muitas pessoas trabalham confortavelmente com amplitudes de apenas três meses, um pe-
queno grupo trabalha melhor com uma amplitude de tempo de um ano e somente poucas pes-
soas podem enfrentar o desafio de 20 anos pela frente. Como o administrador pode trabalhar 
em vários níveis de autoridade, ele deve planejar em função de diferentes períodos de tempo. 
Enquanto o planejamento de um su-pervisor desafia o espaço de três meses, um gerente pode 
lidar com períodos de um ano, enquanto um diretor lida com uma amplitude que pode atingir 
três, cinco, dez anos ou mais. O progresso nos níveis mais elevados da hierarquia administrativa 
pressupõe habilidades conceituais a serem trabalhadas, bem como uma visão projetada a lon-
go prazo de tempo.
Planejamento estratégico
O planejamento estratégico é um processo organizacional compreensivo de adaptação por 
meio da aprovação, da tomada de decisão e da avaliação e procura responder a questões bási-
cas, como por que a organização existe, o que ela faz e como faz. O resultado do processo é um 
plano que serve para guiar a ação organizacional por um prazo de três a cinco anos. 
O planejamento estratégico apresenta cinco características fundamentais.
1. O planejamento estratégico está relacionado com a adaptação da organização a um ambiente 
mutável. Está voltado para as relações entre a organização e seu ambiente de tarefa e, portan-
to, sujeito à incerteza a respeito dos eventos ambientais. Por se defrontar com a incerteza, tem 
suas decisões baseadas em julgamentos e não em dados concretos. Reflete uma orientação 
externa que focaliza as respostas adequadas às forças e às pressões externas à organização.
2. O planejamento estratégico é orientado para o futuro. Seu horizonte de tempo é o longo 
prazo. Durante o curso do planejamento, a consideração dos problemas atuais é dada ape-
nas em função dos obstáculos e das barreiras que eles possam provocar para um desejado 
lugar no futuro. É mais voltado para os problemas do futuro do que àqueles de hoje.
3. O planejamento estratégico é compreensivo. Ele envolve a organização como uma totali-
dade, abarcando todos os seus recursos, no sentido de obter efeitos sinergísticos de todas 
as capacidades e potencialidades da organização. A resposta estratégica da organização 
envolve um comportamento global, compreensivo e sistêmico.
4. O planejamento estratégico é um processo de construção de consenso. Dada a diversi-
dade dos interesses e necessidades dos parceiros envolvidos, o planejamento oferece um 
meio de atender a todos eles na direção futura que melhor convenha a todos. 
5. O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem organizacional. Como está orien-
tado para a adaptação da organização ao contexto ambiental, o planejamento constitui uma 
tentativa constante de aprender a ajustar-se a um ambiente complexo, competitivo e mutável. 
O planejamento estratégico assenta-se sobre três parâmetros: a visão do futuro, os fatores am-
bientais externos e os fatores organizacionais internos. Começa com a construção do consenso 
sobre o futuro que se deseja: é a visão que descreve o mundo em um estado ideal. A partir daí, 
examinam-se as condições externas do ambiente e as condições internas da organização.
 
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Planejamento tático
Enquanto o planejamento estratégico envolve toda a organização, o planejamento tático envol-
ve determinada unidade organizacional: um departamento ou uma divisão. Enquanto o primei-
ro se estende ao longo prazo, o planejamento tático estende-se ao médio prazo, geralmente 
o exercício de um ano. Enquanto o primeiro é desenvolvido pelo nível institucional, o planeja-
mento tático é desenvolvi-do pelo nível intermediário. Na verdade, o planejamento estratégi-
co é desdobrado em vários planejamentos táticos, que se desdobram em planos operacionais 
para sua realização.
Assim, o planejamento tático é o planejamento focado no médio prazo e que enfatiza as atividades 
correntes das várias unidades ou departamentos da organização. O médio prazo é definido como o 
período que se estende por um ano. O administrador utiliza o planejamento tático para delinear o 
que as várias partes da organização, como departamentos ou divisões, devem fazer para que a orga-
nização alcance sucesso no decorrer do período de um ano de seu exercício. Os planos táticos geral-
mente são desenvolvidos para as áreas de produção, marketing, pessoal, finanças e contabilidade. 
Para ajustar-se ao planejamento tático, o exercício contábil da organização e os planos de produção, 
de vendas, de investimentos, etc. abrangem geralmente o período anual. 
Os planos táticos geralmente envolvem:
1. Planos de produção. Envolvem métodos e tecnologias necessárias para as pessoas em seu tra-
balho arranjo físico do trabalho e equipamentos como suportes para as atividades e tarefas.
2. Planos financeiros. Envolvem captação e aplicação do dinheiro necessário para suportar as 
várias operações da organização.
3. Planos de marketing. Envolvem os requisitos de venda e distribuição de bens e serviços no 
mercado e atendimento ao cliente.
4. Planos de recursos humanos. Envolvem recrutamento, seleção e treinamento das pessoas 
nas várias atividades dentro da organização. Recentemente, as organizações estão também 
se preocupando com a aquisição de competências essenciais para o negócio por meio da 
gestão do conhecimento corporativo.
Contudo, os planos táticos podem também se referir à tecnologia utilizada pela organização (tec-
nologia da informação, tecnologia de produção, etc.), investimentos, obtenção de recursos, etc.
Políticas
As políticas constituem exemplos de planos táticos que funcionam como guias gerais de ação. 
Elas funcionam como orientações para a tomada de decisão. Geralmente refletem um objetivo 
e orientam as pessoas em direção a esse objetivo em situações que requeiram algum julgamen-
to. As políticas servem para que as pessoas façam escolhas semelhantes ao se defrontarem 
com situações similares. As políticas constituem afirmações genéricas baseadas nos objetivos 
organizacionais e visam oferecer rumos para as pessoas dentro da organização.
As políticas definem limites ou fronteiras dentro dos quais as pessoas podem tomar suas de-
cisões. Nesse sentido, as políticas reduzem o grau de liberdade para a tomada de decisão das 
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pessoas. As organizações definem uma variedade de políticas, como de recursos humanos, de 
vendas, de produção, de crédito, etc. Cada uma dessas políticas geralmente é desdobrada em 
políticas mais detalhadas. As políticas de recursos humanos são divididas em políticas de sele-
ção, de remuneração, de benefícios, de treinamento, de segurança, de saúde, etc. As políticas 
de vendas são divididas em políticas de atendimento ao cliente, de pós-vendas, de assistência 
técnica, de garantia, etc. Em cada política, a organização especifica como os funcionários deve-
rão se comportar frente ao seu conteúdo.
Planejamento operacional
O planejamento operacional é focalizado para o curto prazo e abrange cada uma das tarefas ou 
operações individualmente. Preocupa-se com "o que fazer" e com o "como fazer" as atividades 
quotidianas da organização. Refere-se especificamente às tarefas e às operações realizadas no 
nível
operacional. Como está inserido na lógica de sistema fechado, o planejamento operacio-
nal está voltado para a otimização e a maximização de resultados, enquanto o planejamento 
tático está voltado para a busca de resultados satisfatórios.
O planejamento operacional é constituído de uma infinidade de planos operacionais que pro-
liferam nas diversas áreas e funções dentro da organização. Cada plano pode consistir em mui-
tos subplanos com diferentes graus de detalhamento. Os planos operacionais cuidam da ad-
ministração da rotina para assegurar que todos executem as tarefas e as operações de acordo 
com os procedimentos estabelecidos pela organização, a fim de que esta possa alcançar os seus 
objetivos. Os planos operacionais estão voltados para a eficiência (ênfase nos meios), pois a 
eficácia (ênfase nos fins) é problema dos níveis institucional e intermediário da organização.
Apesar de serem heterogéneos e diversificados, os planos operacionais podem ser classificados 
em quatro tipos, a saber:
1. Procedimentos: são os planos operacionais relacionados com métodos;
2. Orçamentos: são os planos operacionais relacionados com dinheiro;
3. Programas (ou programações): são os planos operacionais relacionados com tempo; 
4. Regulamentos: são os planos operacionais relacionados com comportamentos das pessoas.
Cada um desses quatro tipos de planos operacionais merece uma explicação.
Procedimentos
O procedimento é uma sequência de etapas ou passos que devem ser rigorosamente seguidos 
para a execução de um plano. Constitui séries de fases detalhadas indicando como cumprir 
uma tarefa ou alcançar uma meta previamente estabelecida. Assim, os procedimentos são sub-
planos de planos maiores. Devido ao seu detalhamento, são geralmente escritos para perfeita 
compreensão por parte daqueles que devem utilizá-los.
Os procedimentos constituem guias para a ação e são mais específicos do que as políticas. Em 
conjunto com outras formas de planejamento, os procedimentos procuram ajudar a dirigir to-
das as atividades da organização para objetivos comuns, a impor consistência ao longo da orga-
nização e a fazer economias eliminando custos de verificações recorrentes e delegando autori-
 
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dade às pessoas para tomar decisões dentro de limites impostos pela administração. Enquanto 
as políticas são guias para pensar e decidir, os procedimentos são guias para fazer. Referem-se 
aos métodos para executar as atividades quotidianas. Um método descreve o processo de exe-
cutar um passo ou uma etapa do procedimento e pode ser considerado um plano de ação, mas 
é geralmente um subplano do procedimento.
Os procedimentos são geralmente transformados em rotinas e expressos na forma de fluxogra-
mas.
Fluxogramas são gráficos que representam o fluxo ou a sequência de procedimentos ou rotinas. 
Orçamentos
São planos operacionais relacionados com dinheiro em determinado período. Também são de-
nominados budgets. São gráficos de dupla entrada: nas linhas, estão os itens orçamentários e, 
nas colunas, os períodos de tempo, em dias, semanas, meses ou anos. No nível operacional, os 
orçamentos têm geralmente a extensão de um ano, cor-respondendo ao exercício fiscal da orga-
nização. Podem também se referir a determinado serviço ou atividade. Quando os valores finan-
ceiros e os períodos de tempo se tornam maiores, ocorre o planejamento financeiro, definido e 
elaborado no nível intermediário da organização. Suas dimensões e seus efeitos são mais amplos 
do que os or-çamentos, cuja dimensão é meramente local e cuja temporalidade é limitada.
O fluxo de caixa (cash flow), os orçamentos departamentais de despesas, os de encargos sociais 
referentes aos funcionários, os de reparos e manutenção de máquinas e equipamentos, os de 
custos diretos de produção, os de despesas de promoção e propaganda, etc. constituem exem-
plos de orçamentos no nível operacional.
Programas
Programas ou programações constituem planos operacionais relacionados com o tempo. Con-
sistem em planos que correlacionam duas variáveis: tempo e atividades que devem ser execu-
tadas ou realizadas. Os métodos de programação variam amplamente, indo desde programas 
simples (em que pode utilizar apenas um calendário para agendar ou programar atividades) 
até programas complexos (que exigem técnicas matemáticas avançadas ou processamento de 
dados através de computador, para ana-lisar e definir intrincadas interdependências entre va-
riáveis que se comportam de maneiras diferentes). A programação, seja simples ou complexa, 
constitui uma importante ferramenta de planejamento no nível operacional das organizações.
Os programas podem ser de vários tipos. Os mais importantes são o cronograma, o gráfico de 
Gantt e o PERT.
1. Cronograma. O programa mais simples é denominado cronograma (do grego, cronos: tem-
po; grama: gráfico): um gráfico de dupla entrada em que as linhas configuram as ativida-
des ou tarefas a serem executadas, e as colunas definem os períodos, geralmente dias, 
semanas ou meses. Os traços horizontais significam a duração das atividades ou tarefas, 
com início e término bem definidos, conforme sua localização nas colunas. O cronograma 
permite que os traços horizontais que definem a duração das atividades sejam sólidos para 
o que foi planejado e cortados para o que foi realmente executado. Isso permite uma fácil 
comparação visual entre o planeja-mento e a sua execução. 
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2. Gráfico de Gantt. É um tipo de plano operacional igual ao cronograma simples, em que as 
colunas são predeterminadas em semanas, dispensando a utilização de calendário para a 
sua execução.
3. PERT (Program Evaluation Review Technique). A técnica de avaliação e revisão de progra-
mas é outro modelo de planejamento operacional. É bastante utilizada em atividades de 
produção e projetos de pesquisa e desenvolvimento. O modelo básico de PERT é um siste-
ma lógico baseado em cinco elementos principais, a saber: uma rede básica, a alocação de 
recursos, considerações de tempo e de espaço, a rede de caminhos e o caminho crítico. A 
rede básica é um diagrama de passos sequenciais que devem ser executados a fim de rea-
lizar um projeto ou uma tarefa. A rede consiste em três componentes: eventos, atividades 
e relações. Eventos representam os pontos de decisão ou cumprimento de alguma tarefa 
(são os círculos do PERT com números dentro deles). As atividades ocorrem entre os even-
tos, constituem os esforços físicos ou mentais requeridos para completar um evento e são 
representadas por flechas com números. As relações entre as tarefas básicas são indicadas 
pela sequência desejada de eventos e de atividades na rede. Para sua elaboração, o gráfico 
de PERT exige a montagem inicial de um quadro preparatório.
O PERT é um plano operacional que também permite acompanhar e avaliar o progresso dos pro-
gramas e projetos em relação aos padrões de tempo predeterminados, constituindo também um 
esquema de controle e avaliação. Além de uma ferramenta de planejamento, serve como ferra-
menta de controle, por facilitar a localização de desvios e indicar as ações corretivas necessárias 
para redimensionar toda a rede que ainda não foi executada. Embora não possa impedir erros, 
atrasos, mudanças ou eventos imprevistos, o PERT dá margem a ações corretivas imediatas.
Vamos aprofundar porque não é fácil!!!!
(GESTÃO ESTRATÉGICA) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O planejamento corresponde à primeira das quatro funções administrativas (planejar, organi-
zar, dirigir e controlar) e consiste num processo para estabelecer objetivos e definir a maneira 
adequada para alcançá-los. É um processo que congrega princípios teóricos, procedimentos 
metodológicos e técnicas que auxiliam as organizações a mudar uma situação com vistas a al-
cançar algum objetivo futuro.
O planejamento trata de decisões e ações presentes e futuras e também questiona e avalia os 
resultados dessas ações e decisões.
O planejamento é inerente ao trabalho do administrador e não se restringe ao presente, proje-
ta-se para o futuro – por isso, as decisões do administrador voltadas para o futuro devem resul-
tar de um processo que sintetize e apresente, de forma organizada, as principais informações 
da organização, tanto internas quanto externas.
De acordo com o Dicionário Aurélio (2010), planejamento é o ato ou efeito de planejar. Pode 
ser definido como um processo articulado de definição de objetivos e de escolha dos meios 
para atingi-los. O planejamento é um processo de análise e decisão racional que antecede e 
acompanha a ação da organização na procura por solução para os problemas, ou com vistas a 
aproveitar as oportunidades, com eficiência, eficácia e constância.
 
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Segundo Paludo (2009), planejamento é um processo racional para a tomada de decisão, com 
vistas a selecionar e executar um conjunto de ações, necessárias e suficientes, que possibilita-
rão partir de uma situação atual existente e alcançar uma situação futura desejada.
O planejamento estratégico é uma metodologia de planejamento gerencial de longo prazo, 
criada nos Estados Unidos em meados de 1960. Sua principal funcionalidade é estabelecer a 
direção a ser seguida pela organização. É um formato de planejamento que foca maior grau de 
interação com o ambiente, ou seja, que tem em vista uma melhora na relação entre a organiza-
ção e o ambiente externo no qual ela se encontra inserida.
Essa metodologia desenvolveu-se inicialmente nas grandes corporações privadas mundiais 
como um aperfeiçoamento do planejamento tradicional, passando rapidamente a ser utilizada 
em grande escala por empresas em geral, e, mais recentemente, vem sendo aplicada em vários 
órgãos e entidades da Administração Pública – principalmente nos níveis federal e estadual.
Para Philip Kotler, o planejamento estratégico é uma metodologia gerencial que permite estabe-
lecer a direção a ser seguida pela organização, visando maior grau de interação com o ambiente. 
Segundo Djalma Oliveira, é o processo que proporciona suporte metodológico para definir a 
melhor direção a ser seguida, objetivando a otimização do grau de interação com o ambiente e 
atuando de forma inovadora e diferenciada. 
Na visão de Idalberto Chiavenato, o planejamento estratégico é um processo organizacional com-
preensivo de adaptação, mediante a aprovação, a tomada de decisão e a avaliação. Procura res-
ponder a questões básicas como: por que a organização existe, o que ela faz e como faz. O resul-
tado do processo é um plano que serve para guiar a ação organizacional por um prazo de três a 
cinco anos.
O planejamento estratégico não se confunde com o tradicional planejamento de longo prazo, 
que, basicamente, projeta para o futuro as mesmas situações vivenciadas no passado. Ele aponta 
o caminho a ser seguido pela organização, como forma de responder às mudanças no ambiente. 
É o planejamento mais amplo e abrangente da organização e é de responsabilidade dos níveis 
mais altos da empresa. Ele é projetado para o longo prazo, tendo seus efeitos e suas consequên-
cias estendidos por vários anos à frente. Envolve a empresa em sua totalidade, abrange todos os 
recursos e as áreas de atividade e preocupa-se em atingir os objetivos em nível organizacional.
Querido aluno, preste atenção na seguinte frase de Chiavenato e Paludo:
Atenção → O planejamento estratégico é diferente e mais amplo do que o planejamento de 
longo prazo.
Se cair assim, você já sabe que a afirmação é verdadeira.
Para obter êxito, esse planejamento exige forte comprometimento e participação da cúpula 
da organização em todas as fases do processo – desde sua concepção, mas especialmente na 
elaboração e implementação, visto que se trata do plano maior, do direcionamento fundamen-
tal ao qual todos os demais planos estarão subordinados e ao qual toda a ação da organização 
deverá se submeter.
O planejamento estratégico exige uma mudança cultural do "eu" (área/setor) para o "nós" (or-
ganização) e torna-se uma conquista para as organizações, pois aumenta a visão da empresa 
sobre o futuro e possibilita alcançar melhores resultados, antecipando-se às mudanças futuras 
e aproveitando as oportunidades identificadas.
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O planejamento estratégico compreende o processo de formulação das estratégias que a or-
ganização utilizará para direcionar e fortalecer seu desempenho e sua posição competitiva e 
como essas estratégias são desdobradas em planos de ação e metas para todas as áreas da 
organização. Além disso, examina como o processo de formulação e operacionalização das es-
tratégias pode ser reavaliado e melhorado.
Esse processo de construção da estratégia é baseado na análise conjunta das forças e fraquezas 
internas à instituição e das ameaças e oportunidades evidenciadas pelo ambiente externo. Estraté-
gia é o caminho escolhido pela organização para alcançar seus objetivos ou superar algum desafio. 
Esse caminho deve ser condizente com as competências próprias de cada organização e deve balizar 
um comportamento global, compreensivo e sinérgico de todos os seus componentes. A estratégia 
deve estar alinhada com a missão e a visão e corresponde a um conjunto de decisões definidas para 
orientar a execução das ações que possibilitarão o alcance dos objetivos fixados no plano. 
De acordo com Albuquerque, Medeiros e Feijó (2008), a estratégia é a principal referência da 
instituição em suas ações cotidianas. As ações nos níveis tático e operacional deverão ser pro-
cedidas de modo a garantir que a instituição evolua dentro da estratégia traçada.
Assim, o planejamento estratégico tem a função de, por meio da estratégia, orientar a gestão 
das organizações e influenciar o processo decisório de seus dirigentes.
Características do planejamento estratégico
O planejamento estratégico apresenta as seguintes características fundamentais:
 • O planejamento estratégico está relacionado com a adaptação da organização a um am-
biente mutável. Está, portanto, sujeito a incertezas no que se refere aos eventos ambien-
tais. Por se defrontar com a incerteza, tem suas decisões baseadas em julgamentos e não 
em dados concretos.
 • O planejamento estratégico é orientado para o futuro e seu horizonte de tempo é o longo 
prazo. É mais voltado para os problemas do futuro do que para aqueles de hoje: a conside-
ração dos problemas atuais é dada apenas em função dos obstáculos e das barreiras que 
eles possam provocar, em relação a um lugar no futuro que se deseja alcançar.
 • O planejamento estratégico é compreensivo. Ele envolve a organização como uma totalidade, 
abarcando todos os seus recursos, no sentido de obter sinergia das capacidades e potencialida-
des da organização, com vistas a obter um comportamento global, compreensivo e sistêmico.
 • O planejamento estratégico é um processo de construção de consenso. Em face da diver-
sidade de interesses e necessidades dos parceiros envolvidos, esse planejamento oferece 
um meio de atender a eles na direção futura que melhor convier a todos.
 • O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem organizacional. Como está orien-
tado para a adaptação da organização ao contexto ambiental, o planejamento constitui uma 
tentativa constante de aprender a ajustar-se a um ambiente complexo, competitivo e mutável.
 • O planejamento estratégico contribui para a maior eficiência, eficácia e efetividade das 
ações da organização. As ações realizadas devem maximizar os resultados positivos com 
vistas ao pleno alcance dos objetivos estabelecidos.
 
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