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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – ICET BACHARELADO EM ENGENHARIA SANITÁRIA Alan Lopes da Costa Gabriel dos Anjos Guimaraes Gleyson Barbosa França Klivía Lúcia Glória Pantoja Marco Antônio de Souza Queiroz Raylson Silva de Oliveira EXPERIMENTO COM GERADOR DE VAN DER GRAAF, GERADOR DE WIMSHURST E GARRAFA DE LEYDEN Itacoatiara-AM 2016 Alan Lopes da Costa Gabriel dos Anjos Guimaraes Gleyson Barbosa França Klivía Lúcia Glória Pantoja Marco Antônio de Souza Queiroz Raylson Silva de Oliveira RELATÓRIO ACADÊMICO EXPERIMENTO COM GERADOR DE VAN DER GRAAF, GERADOR DE WIMSHURST E GARRAFA DE LEYDEN Trabalho solicitado pela disciplina ITE - 013 Eletricidade Geral e Experimental do Curso Bacharelado em Engenharia Sanitária, na Universidade Federal do Amazonas – UFAM, para obtenção de nota parcial na disciplina ministrada pela professora EDILANE MENDES DOS SANTOS Itacoatiara-AM 2016 Sumário INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4 OBJETIVO .................................................................................................................................. 4 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................................... 4 Eletricidade Estática ............................................................................................................... 4 Formas de Eletrização ............................................................................................................ 5 Eletrização por Atrito ............................................................................................................ 5 Eletrização por Contato ......................................................................................................... 5 Eletrização por Indução ......................................................................................................... 5 DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................................ 6 Materiais Utilizados ................................................................................................................ 6 Procedimento Experimental ................................................................................................... 6 1º Experimento – Gerador de Van der Graaf ........................................................................ 6 2º Experimento – Gerador de Wimshurst .............................................................................. 6 3º Experimento – Garrafa de Leyden .................................................................................... 7 RESULTADOS E DISCURSÕES.............................................................................................. 7 1º Experimento - Gerador de Van der Graaf ............................................................................ 7 2º Experimento – Gerador de Wimshurst .................................................................................. 7 3º Experimento – Garrafa de Leyden ........................................................................................ 8 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 9 INTRODUÇÃO Desde a Grécia Antiga conhecia-se que a fricção podia produzir calor e também produzir eletricidade estática em alguns corpos. Por outro lado, por volta do início do século XVIII, era de conhecimento geral que a eletrização de um corpo não produzia aumento apreciável de sua temperatura. Nessa época ainda não se sabia com certeza se os fenômenos relacionados com o calor ou com a eletricidade eram distintos, ou se a eletricidade era simplesmente uma manifestação dos fenômenos do calor. A história registra que as primeiras observações dos fenômenos elétricos ocorreram na Grécia Antiga de Tales de Mileto (640-546 a.C.) este foi o primeiro a constatar que o âmbar, ao ser friccionado, adquiria uma propriedade peculiar que era a de atrair corpos leves. Por volta de 1745, o Abade Jean-Antoine Nollet (1700-1770) passou a atribuir a origem dos fenômenos elétricos ao movimento em sentidos opostos de 388 Cinda, J. L. e Teixeira, O. P. B. duas correntes de fluidos muito sutis e inflamáveis. Nollet supôs que esses fluidos estivessem presentes em todos os corpos sob quaisquer circunstâncias. Quando um material dielétrico era excitado por fricção, parte do fluido escapava de seus poros, formando uma emanação ou um eflúvio. Com essa suposição, deu uma explicação para o fato de que alguns corpos são atraídos e outros repelidos por um corpo previamente eletrizado. Robert Symmer (1707-1763) foi um cientista inglês que, por volta de 1860, também passou a defender a hipótese dos dois fluidos elétricos. Um dispositivo capaz de armazenar a eletricidade acabava de ser encontrado, é a chamada garrafa de Leyden, que seria então o primeiro capacitor, descoberto por Pieter Van Musschenbroek (1692- 1761), na cidade de Leyden, na Holanda, por volta de 1745. OBJETIVO Mostrar através dos experimentos a existência da eletricidade estática e as formas de eletrização: atrito, contato e indução. REFERENCIAL TEÓRICO Eletricidade Estática A Energia estática é a carga elétrica de um corpo cujos átomos apresentam um desequilíbrio em sua neutralidade. A eletrostática é o ramo da eletricidade que estuda os comportamentos e as propriedades das cargas elétricas em repouso, em um corpo que de alguma forma ficou eletricamente carregado, também denominado de eletrizado. O fenômeno da eletricidade estática ocorre quando os átomos de um determinado corpo perdem ou ganham elétrons, ficando dessa forma carregado positivamente ou negativamente (TIPLER, A.; MOSCA, G., 2006). O estudo da eletrostática teve início com Tales de Mileto no século VI a.C. Tales fez experimentos com o âmbar, uma resina amarelada, com o intuito de explicar o fenômeno da atração que ocorria com o material. Os gregos, também no século VI, utilizavam o âmbar como meio para atrair pequenos objetos como, por exemplo, pedaços de palha. Os gregos atritavam o âmbar com um pedaço de pano, dessa forma ele atraía os objetos (HOME, 1992, p. 204). O estudo da eletrostática é dividido em três partes, que correspondem aos tipos de eletrização. São elas: eletrização por atrito, eletrização por contato e eletrização por indução (HALLIDAY et al., 2007). Formas de Eletrização Eletrizar um corpo significa torná-lo portador de carga elétrica líquida, seja positiva ou negativa, e é sinônimo de carregar o corpo. As maneiras mais comuns de se fazer isso são: atrito, contato ou indução. Eletrização por Atrito: Pode-se eletrizar um corpo atritando-o á outro, fazendo com que um deles perca elétrons, e consequentemente deixando-o com carga elétrica (positiva ou negativa). As cargas dos corpos eletrizados desse modo possuem carga de sinais opostos. Um exemplo é quando passamos um pente várias vezes no cabelo, o pente fica carregado, podemos perceber isso o aproximando a pequenas partículas de papel. Funciona com qualquer coisa de plástico que se esfrega no cabelo. Eletrização por Contato: Ao se pegar um corpo eletrizado e encostá-lo em um neutro, este cede uma partede sua carga ao corpo neutro, deixando-o com carga de mesmo sinal que o primeiro. Suponhamos que uma das esferas seja a esfera "A" e a outra, esfera "B", digamos que a esfera "A" está eletrizada negativamente e a esfera "B" está neutro, ao entrarem em contato, os elétrons em excesso na esfera "A", espalham-se pelo conjunto. Assim, "A" continua negativa, mas com um menor número de elétrons em excesso e "B", que estava neutro inicialmente, eletriza-se negativamente. Logo, como as duas esferas estão eletrizadas com cargas de mesmo sinal elas se repelem saindo do contato. Mas, se considerarmos as esferas "A" e "B" como condutores de mesmas dimensões, após o contato eles terão cargas iguais. Eletrização por Indução: Na eletrização por atrito e por contato, há obrigatoriamente a necessidade do contato físico entre os corpos. Na eletrização por indução isso já não é necessário e é por isso que esse processo recebe esse nome. Quando dois corpos, A e B, sendo A positivamente eletrizado e B um corpo eletricamente neutro, são colocados próximos um do outro sem haver contato. As cargas positivas de A atraem as cargas negativas de B. Se aterrarmos o corpo B, as cargas elétricas negativas da terra vão se deslocar para o corpo B. Retirando o condutor que aterra o corpo B só depois afastar o corpo A. Temos então que o corpo B fica negativamente eletrizado. Este processo é chamado de eletricidade por indução. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL Materiais Utilizados Gerador de Van der Graaf Gerador Wimshurst Garrafa de Leyden Torniquete Eletrostático Base Isolante Lâmpada Fluorescente Procedimento Experimental 1º Experimento – Gerador de Van der Graaf Foi realizado três experimentos utilizando o Gerador de Van der Graaf. O primeiro, com o aparelho desligado, acoplou-se o torniquete eletrostático na parte superior do gerador, e posteriormente ligou-se o gerador e em seguida observou-se o fenômeno estático. O segundo, sobre a base isolante, um aluno com cabelos secos e com o auxílio das mãos entrou em contato com a esfera de Van der Graaf e observou-se o fenômeno do cabelo eletrizado. O terceiro, foi realizado com o aparelho ligado e com o auxílio de uma lâmpada fluorescente, onde aproximou-se a mesma da superfície da esfera de Van der Graaf e observou-se o mesmo. 2º Experimento – Gerador de Wimshurst Foi realizado através de duas etapas. A primeira etapa, ajustou-se os terminais esféricos do gerador de Wimshurst com uma distância de aproximadamente 10cm. E na segunta etapa, ajustou-se para uma distância de aproximadamente 1,0cm. E após os ajustes em cada etapa, girou-se a manivela e observou-se o fenômeno entre as esferas. 3º Experimento – Garrafa de Leyden De forma voluntária, inicialmente formou-se um circuito aberto com o grupo de alunos conectados pelas mãos, em seguida por indução eletrizou-se a garrafa de Leyden aproximando-se da superfície da esfera de Van der Graaf, logo após um aluno na extremidade do circuito segurou a garrafa, e outro entrou em contato com o condutor do capacitor, formando um circuito fechado. RESULTADOS E DISCURSÕES 1º Experimento - Gerador de Van der Graaf Referente ao primeiro experimento que ocorreu entre o gerador de Van der Graaf e o torniquete eletrostático obteve o resultado em que o torniquete começou a girar. Então partindo da Lei de Coulomb, o que explica esse fenômeno no qual o torniquete gira ao redor de seu eixo no sentido oposto ao indicado pelas pontas é a idéia de que em suas pontas estão eletricamente carregadas, o que originam campos elétricos capazes de ionizar moléculas de ar próximas, ou seja, as pontas positivas atraem elétrons negativos e repelem íons positivos de moléculas do ar resultantes da ionização. No segundo experimento o que explica o fenômeno do cabelo eletrizado é o fato de que há o contato entre o gerador de Van der Graaf e o aluno, com isso faz com que por indução se acumulem nos cabelos cargas de sinais iguais o da esfera, ou seja, as cargas presentes nos fios de cabelos são iguais, então ocorre uma força de repulsão entre os mesmos, com isso faz com que os fios se arrepiem. O terceiro experimento em que obteve-se como resultado, na interação entre o gerador de Van der Graaf e a lâmpada fluorescente, foi que ao aproximarmos a lâmpada do gerador, a mesma se acendeu. Então o fato que explica esse fenômeno é que, o potencial elétrico gerado pela esfera carregada tem simetria radial, com isso a lâmpada recebe uma carga, sofrendo em sua região interna uma diferença de potência que eletriza o gás da lâmpada liberando energia em forma de luz. 2º Experimento – Gerador de Wimshurst No experimento do Gerador de Wimshurst no qual foi realizado através de duas etapas obteve-se resultados distintos, onde na primeira etapa não foi possível observar o faiscamento entre as esferas metálicas, mas na segunda etapa em que as esferas estavam mais próximas, o resultado foi notório, ocorrendo o salto de faíscas entre as esferas. Então o que explica esse fenômeno na segunda etapa é o fato de que, há uma acumulação de cargas, onde as mesmas são geradas no momento em que as placas metálicas do disco são friccionados com as escovas de arame, e através do fenômeno da indução eletrostática as cargas chegam nas esferas de metal, fazendo que as faíscas de eletricidade estática saltem. 3º Experimento – Garrafa de Leyden Neste experimento obteve-se como resultado uma descarga elétrica que acarretou em um choque em todos os alunos no círculo fechado. E o motivo por isso ter acontecido foi porque a garrafa estava carregada eletricamente e a mesma era o capacitor, quando os alunos fecharam o círculo no momento em que o aluno da extremidade encosta o dedo no terminal central do capacitor, o corpo de todos os alunos passa a ser um condutor, o que permite um fluxo de elétrons. CONCLUSÃO Portanto, a execução dos experimentos mostrou-se satisfatória, pois, em cada experimento realizado observou-se a existência da eletricidade estática e suas formas de eletrização, e de forma especifica o atrito e a indução foram mais notórios no gerador de Wimshurst no momento em que ocorre o atrito entre as escovas e as placas metálicas do disco, assim como as cargas que chegam nas esferas de metal através da indução eletrostática. O contato estático foi notório no instante em que o aluno entra em contato com o terminal central do capacitor, com isso também foi possível notar que o corpo humano é considerado um condutor que permite o fluxo de elétrons. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HOME, R. W. The effluvial theory of electricity. New York: Arno Press, 1981. TIPLER, P. A. & MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. Vol 3. 5a ed. Rio Janeiro: LTC, 2006 HALLIDAY, D., RESNICK, R. & WALKER, J. Fundamentos de Física 3 – Eletromagnetismo. 7a ed. Rio Janeiro: LTC, 2007.
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