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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS ANCHIETA “ALVENARIA ESTRUTURAL” ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS ENGENHARIA CIVIL 5º SEMESTRE ANTONIO DONIZETI GALBERO EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES CAIQUE SOUSA SANTOS GABRIEL TOGNOLLI MARTINS JUCILENE CASIMIRO PEREIRA São Paulo – SP 2016 Página 2 de 46 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS ANCHIETA “ALVENARIA ESTRUTURAL” ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS ENGENHARIA CIVIL 5º SEMESTRE CÓDIGO DA DISCIPLINA: 534X Trabalho de Atividade Prática Supervisionada, referente à Visita Técnica em uma obra de Alvenaria Estrutural, para conhecimento de todos os componentes da estrutura e desenvolvimento da construção, com a finalidade de trabalhar a interdisciplinaridade e inserir o contexto prático das disciplinas apresentadas no quinto módulo do curso de engenharia civil. São Paulo – SP 2016 ANTONIO DONIZETI GALBERO RA: C1275E-7 TURMA: EC5Q39 EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES RA: T12242-2 TURMA: EC7R39 GABRIEL TOGNOLLI MARTINS RA: C15574-8 TURMA: EC5Q39 JUCILENE CASIMIRO PEREIRA RA: B993CG-0 TURMA: EC5P39 CAIQUE SOUSA SANTOS RA: C115CB-6 TURMA: EC5Q39 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 3 de 46 RESUMO Existem muitas mudanças no mercado da construção civil e os processos de produção são instruídos para adotar medidas de racionalização com novos métodos construtivos, essa transformação está associada às novas formas de organização, a competitividade de mercado e os desafios que emergem da crise financeira brasileira, o que tem gerado um grande estímulo para que as empresas invistam na modernização de suas formas de produção, de maneira de obter o aumento da produtividade dos serviços, a diminuição da rotatividade da mão-de-obra, a redução do retrabalho e a eliminação de falhas pós entrega e, por conseqüência, a redução dos custos de produção. Essa racionalização construtiva pode ser realizada através das alvenarias estruturais, tornado um elemento diferencial na estratégia das empresas e de sobrevivência neste cenário de competição do mercado, a alvenaria estrutural é um método empregado para minimizar o custo em obra e inserir o conceito de planejamento antes da execução. Com base no estudo da bibliografia sobre esse método podemos analisar que existe a necessidade maior no controle da qualidade na execução, todo seu processo deve ser monitorado e executado de forma padronizada. No presente trabalho, vamos apresentar um breve histórico, o conceito, as propriedades e características dos elementos constituintes deste sistema, classificações, aspectos relativos à execução e controle tecnológico, embasado em uma pesquisa de campo, através de uma visita técnica em uma obra de alvenaria estrutural e aplicando as disciplinas envolvidas inserido no contexto prático apresentada no quinto módulo do curso de engenharia civil. Palavras-chave: Alvenaria Estrutural; Blocos; Racionalização. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 4 de 46 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO Pág. 09 1.1 Objetivo geral Pág. 10 1.2 Objetivos específicos Pág. 10 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Pág. 11 2.1 Breve Histórico Pág. 11 2.2 Normas Pág. 13 2.3 Definição de alvenaria Pág. 13 2.3.1. Classificação Pág. 15 2.4 Composição da alvenaria estrutural Pág. 16 2.4.1. Blocos estruturais Pág. 16 2.4.2. Argamassa de assentamento Pág. 20 2.4.3. Micro-concreto (Graute) Pág. 21 2.4.4. Aço Pág. 21 2.5 Resistência mecânica de paredes Pág. 22 2.6 Procedimento de planejamento de projeto Pág. 23 2.7 Vantagens e desvantagens Pág. 26 3. ESTUDO DE CASO Pág. 28 3.1 Descrição da obra Pág. 28 3.1.1. O projeto Pág. 28 3.2 Tipo de alvenaria utilizada Pág. 31 3.3 Etapas da execução Pág. 31 3.4 Tabela de custos Pág. 33 3.4.1. Composição de custo Pág. 34 3.6 Relatório fotográfico Pág. 35 4. DISCUSÃO E RESULTADO Pág. 41 5. CONCLUSÃO Pág. 42 6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Pág. 44 7. ANEXO Pág. 46 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 5 de 46 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Diferença da construção convencional e em alvenaria estrutural Pág. 09 Fonte: Artigo Téchne - 2009 FIGURA 2 Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos Pág. 14 Fonte: Grupo Estrutural FIGURA 3 Alvenaria estrutural Pág. 15 Fonte: Canal Do Engenheiro FIGURA 4 Tipos de blocos cerâmicos Pág. 17 Fonte: Comercio FK FIGURA 5 Tipos de blocos Pág. 19 Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – 2006 FIGURA 6 Projeto da planta – Alvenaria estrutural Pág. 23 Fonte: Pauluzzi blocos cerâmicos FIGURA 7 Projeto de cortes – Alvenaria estrutural Pág. 24 Fonte: Estádio 3 FIGURA 8 Projeto da planta – Alvenaria estrutural Pág. 25 Fonte: Pauluzzi blocos cerâmicos FIGURA 9 Localização da obra em relação ao centro São Paulo Pág. 28 Fonte: Google Mapas - 2016 FIGURA 10 Localização da obra Pág. 28 Fonte: Planova Planejamento e Construções - 2010 FIGURA 11 Mapa de visualização do projeto Pág. 29 Fonte: Planova Planejamento e Construções - 2010 FIGURA 12 Perspectiva dos conjuntos habitacionais que serão construídos Pág. 30 Fonte: Planova Planejamento e Construções - 2010 FIGURA 13 Perspectiva dos conjuntos habitacionais que serão construídos Pág. 30 Fonte: Planova Planejamento e Construções - 2010 FIGURA 14 Colocação da primeira fiada Pág. 31 Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 6 de 46 FIGURA 15 Fachada real da obra Pág. 36 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 16 Primeira Fiada Pág. 36 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 17 Primeira Fiada Pág. 37 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 18 Colocação de formas após a execução das paredes de alvenaria Pág. 37 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 19 Elevação do 2º pavimento Pág. 38 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 20 Concretagem Pág. 38 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 21 Acabamento Externo Pág. 39 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 22 Acabamento Externo Pág. 39 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 23 Edifício A2 em finalização e Edifício A1 em Elevação Pág. 40 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 24 Acabamento Externo Pág. 40 Fonte: Arquivo pessoal (2016) FIGURA 24 Foto de dois integrantes do grupo na Visita Técnica Pág. 43 Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 7 de 46 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Histórico da alvenaria estrutural Pág. 12 Fonte: Projeto de edifícios de alvenaria estrutural – 2006 TABELA 2 Traços e propriedades das argamassas americanas e britânicas Pág. 20 Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – 2006 TABELA 3 Processos de orçamento Pág. 33 Fonte: Blog RExperts.com.br ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 8 de 46 SIGLAS EPI Equipamento de proteção individual NBR Norma brasileira regulamentadoraACI American Concrete Institute – Tradução: Instituto Americano do Concreto a.C. Antes de Cristo Un. Unitário m Metro cm Centímetro E Módulo de elasticidade GPa Giga Pascal MPa Mega Pascal kg Quilograma m² Metro quadrado m³ Metro cúbico “U” Formato de U “J” Formato de J R Resistência h hora SÍMBOLOS % Porcentagem (por cento) * Multiplicação / Divisão - Subtração ou indicado na frente de um número é a indicação de negativo. + Soma ou indicado na frente de um número é a indicação de positivo. º Graus = Igual ≈ Aproximado ˃ Menor ˂ Maior R$ Reais ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 9 de 46 1. INTRODUÇÃO No Mundo, existem diferentes sistemas construtivos estruturais a serem empregados em uma obra, porém devemos ter essa concepção durante a fase de planejamento de projeto, pois temos que analisar a viabilidade, que se dá em função do uso da edificação, de custos e recursos. O mercado de construção civil é um dos maiores produtores de “lixo”, portando nasce à necessidade da diminuição de desperdício de obra, pensando nisso, entra a racionalização no método construtivo, onde possui um escopo maior de planejamento antes da execução, um exemplo disso á a alvenaria estrutural. A alvenaria estrutural é um conceito de sistema construtivo, onde toda a estrutura está envolvida diretamente as sustentações de uma obra, numa obra convencional existem lajes, vigas e pilares, os blocos são apenas para vedação sem função estrutural, esses blocos por sua vez, são responsáveis por parcela expressiva do desperdício verificado nas obras de construção de edifícios, as perdas de tijolos e blocos estão entre 15% e 20%, de toda obra. Como podemos verificar na figura a seguir: Figura 1 – (a) convencional - desperdício, sujeira e tijolos assentados quebrados; (b) alvenaria estrutural - organização e redução de perdas e de consumo Fonte: Artigo Téchne - Racionalização de alvenaria: avaliação quantitativa - 2009 Empregando-se as alvenarias de vedação é possível à redução de custos, alem do aumento de produtividade, existe a diminuição de problemas patológicos no conjunto das esquadrias e das instalações hidrosanitárias e nos revestimentos, os quais, juntos, certamente somam de 20% a 40% do custo total dos edifícios. Pensando nisso, esse estudo sobre alvenaria estrutural é importante para entendermos sobre suas vantagens e desvantagens, adquirir concepção sobre seu ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 10 de 46 uso em obra, na fase de execução e se é realmente viável, em relação ao custo geral da obra. 1.1. OBJETIVO GERAL O presente trabalho tem como objetivo principal, através de uma visita a uma obra de alvenaria estrutural, desenvolver o conceito e apresentar todos os processos e técnicas utilizados para a execução, desde o tipo de material a ser empregado até a entrega final da obra. E com base nas informações, analisar os pontos positivos e negativos desse método construtivo. 1.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS Os objetivos específicos desse trabalho são integrar os alunos de engenharia em uma obra, ambientar os alunos, que saíram do ciclo básico, em assuntos específicos na área, como organização de um canteiro em obra, organização e distribuição de materiais, segurança do trabalho com o uso de EPI’s, funcionamento de elevadores e cremalheiras, coordenação entre os engenheiros e colaboradores, e observar o contexto total de uma obra, uma espécie de análise em campo do conhecimento adquirido em sala de aula, aplicação em prática das matérias de gerenciamento de obras civis, materiais naturais e artificiais, resistência dos materiais civil e metodologia do trabalho acadêmico, aplicando todos os conhecimentos adquiridos no 5º semestre do curso de engenharia civil, além do desenvolvimento do trabalho em grupo, onde auxilia na comunicação interpessoal e divisão de tarefas executivas. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 11 de 46 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. BREVE HISTÓRICO A alvenaria estrutural é um sistema utilizado a milhões de anos, porém eram feitas com rochas, a partir do ano 4.000 a.C. a argila passou a ser trabalhada possibilitando a produção de tijolos, porem a execução era bem diferente dos dias atuais, inicialmente se realizava o simples empilhamento de unidades, tijolos ou blocos e os vãos eram executados com peças auxiliares, como vigas de madeira ou pedra. Ramalho e Corrêa citam as Pirâmides de Guize, grandes monumentos da antiguidade, que mobilizaram inúmeras pessoas para sua execução utilizando blocos de pedra. A maior entre as três pirâmides é o túmulo do faraó Quéops, com 146 metros de altura e 230 metros de lado. Segundo o Prof. Dr. Jefferson Sidney Camacho, até o final do século XIX, a alvenaria era um dos principais materiais de construção utilizados pelo homem. As construções da época eram então erguidas segundo regras puramente empíricas, baseadas nos conhecimentos adquiridos ao longo dos séculos. Porém com o surgimento do concreto, a função estrutural das alvenarias se perdeu. Em meados do século XX, houve uma necessidade de mudança devido à busca de novas tecnologias de sistemas construtivos, com isso a alvenaria estrutural, foi retrabalhada a partir daí um grande número de pesquisas foi desenvolvido em muitos países, permitindo que fossem criadas normas, e adotados critérios de cálculo baseados em métodos racionalizados. No Brasil, a introdução da Alvenaria Estrutural se deu no final da década de 60, porém hoje embora muito empregada nos grandes centros urbanos, não é muito conhecida em locais que o uso não é muito técnico, devido ao medo de inovação de uma alternativa relativamente nova no Brasil. A seguir apresentamos uma tabela, descrevendo as etapas históricas passadas pela alvenaria estrutural, sua fase inicial, com recursos naturais, como pedras e tijolos simples, sem muitos estudos, e após o uso de normas específicas de cálculos. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 12 de 46 Ano Acontecimento Alvenaria estrutural “antiga” com recursos naturais (sem base de cálculo) 2551 a 2528 a.C. Pirâmides de Góes. 480 a 323 a.C. Construção do Parthenon, na Grécia. 1368 a 1644 Muralha da China. Alvenaria estrutural “atual” com blocos estruturais e/ou armações 1889 Edifício Monadnock, em Chicago, tem 16 pavimentos e 65 metros de altura. 1923 A Brebner publica os resultados de ensaios realizados ao longo de dois anos. Este marco é considerado o início da alvenaria estrutural armada. 1948 Foi publicada a primeira norma para o cálculo de alvenaria de tijolos na Inglaterra. 1951 Em 1951, o primeiro edifício em Alvenaria Estrutural não Armada é construído na Suíça, com 13 pavimentos e 41 m de altura. 1966 Editado o primeiro código americano de Alvenaria Estrutural (Recommended Building Code Requirements for Engineered Brick Masonry). 1978 Editada uma nova norma inglesa, que trabalha com o método semiprobabilístico, abandona-se o critério das tensões admissíveis. Alvenaria estrutural “atual” no Brasil 1966 Início da Alvenaria Estrutural Armada, no Brasil, com a construção do conjunto habitacional "Central Parque da Lapa", em São Paulo, edifícios de quatro pavimentos em blocos de concreto. 1977 Início da Alvenaria Estrutural Não Armada, no Brasil, com a construção de um edifício de nove pavimentos em São Paulo, usando blocos sílico- calcáreos. Década de 80 Introdução de blocos cerâmicos na Alvenaria Estrutural.1988 Construção, em São Paulo, de quatro edifícios de 18 pavimentos em blocos de concreto, os mais altos da América do Sul, na época. Tabela 1 – histórico da alvenaria estrutural Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – Prof. Dr. Jefferson S. Camacho – 2006 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 13 de 46 2.2. NORMAS Norma Nacional: • NBR 10837: Cálculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto. 1989. Trata do cálculo da alvenaria estrutural, armada e não armada, de blocos vazados de concreto. • NBR 8798: Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto. 1985. Fixa as condições exigíveis que devem ser obedecidas na execução e no controle de obras. Norma Norte Americana: • ACI Manual Building Code Requirements and Specifications for Masonry Structures and Related Commentaries. 530/530.1-05. Norma Européia: • Design of masonry structures. Tradução: Projeto de estruturas de alvenaria 2.3. DEFINIÇÃO DE ALVENARIA Alvenaria é um componente construtivo usado para paredes estruturais, fechamentos, divisórias, muros de arrimo, fundações etc., compostos de tijolos ou blocos unidos entre si por elementos de ligação ou argamassa, formando um conjunto rígido e homogêneo. Especificamente as alvenarias de vedação são aquelas destinadas a compartimentar espaços, preenchendo os vãos de estruturas de concreto armado, aço ou outras estruturas. Assim sendo, devem suportar tão somente o peso próprio e cargas de utilização, como armários, rede de dormir e outros, porem devem apresentar adequada resistência às cargas laterais estáticas e dinâmicas, por exemplo, da atuação do vento, impactos acidentais e outras. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 14 de 46 Figura 2 - Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos Fonte: Grupo Estrutural As alvenarias têm sido empregadas desde a antiguidade, porém o conhecimento adquirido ao longo dos anos tem hoje pouco valor relativo, em função das transformações sofridas pela construção: os edifícios atuais atingem alturas de dezenas de metros, as estruturas foram "flexibilizadas", com o surgimento das estruturas pilar-laje, eliminou-se grande parte das vigas, em algumas obras os contrapisos vêm sendo eliminados, com esse avanço surge também à alvenaria estrutural. O que é a alvenaria estrutural? A alvenaria estrutural é conceituada onde os elementos que desempenham a função estrutural são as alvenarias, ou seja, possui uma dupla função: • Vedação, como parede; • Resistência, peça de suporte as cargas de toda a estrutura; Existe a necessidade de um planejamento de projeto, com dimensionamento de acordo com a necessidade da obra, por procedimentos racionais de cálculo para suportar cargas além de seu peso próprio e devem ser executados de forma racional, ou seja, deve-se observar o projeto para a execução, eliminando os erros. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 15 de 46 Figura 3 - Alvenaria estrutural Fonte: Canal Do Engenheiro 2.3.1. CLASSIFICAÇÃO A alvenaria estrutural pode ser classificada de acordo com a NBR 10837: cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto, que atriubui a separação, quanto ao processo construtivo empregado, sendo eles: • Alvenaria Estrutural Não Armada Aquela construída com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, e que contém armaduras com finalidade construtiva ou de amarração, não sendo esta ultima considerada na absorção dos esforços calculados. • Alvenaria Estrutural Armada Aquela construída com blocos de concreto, assentados com argamassa, na qual certas cavidades são preenchidas com micro-concreto (graut), contendo armaduras envolvidas o suficiente para absorver os esforços calculados, algumas daquelas armaduras com finalidade construtiva e/ou amarração. • Alvenaria Estrutural Parcialmente Armada Aquela em que algumas paredes são construídas, segundo as recomendações da alvenaria armada, com blocos vazados de concreto, assentados ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 16 de 46 com argamassa, a que contem armaduras localizadas em algumas cavidades preenchidas com micro-concreto (graut), para resistir os esforços calculados, e algumas com finalidade construtiva ou de amarração sem paredes restantes consideradas não armadas. De uma forma geral, essa definição é empregada somente no Brasil. • Alvenaria Estrutural Protendida: É o processo construtivo em que existe uma armadura ativa de aço contida no elemento resistente. Alvenaria Estrutural de Tijolos ou de Blocos: função do tipo das unidades. Alvenaria Estrutural Cerâmica ou de Concreto: conforme as unidades (tijolos ou blocos) sejam de material cerâmico ou de concreto. 2.4. COMPOSIÇÃO DA ALVENARIA ESTRUTURAL Os componentes utilizados na alvenaria estrutural são os blocos estruturais, argamassa, micro-concreto (graute) e o aço. 2.4.1. BLOCOS ESTRUTURAIS É o elemento principal da alvenaria estrutural, são peças industrializadas de dimensões e peso que as fazem manuseáveis, além disso, os blocos estruturais por apresentarem furos na vertical, possibilitam a passagem de tubulações e instalações elétricas sem a necessidade de quebras posteriores, suas paredes lisas possibilitam a aplicação direta de gesso ou textura direto dispensando o chapisco e reboco. As Canaletas "U", para vergas, Canaletas "J" e Canaletas Compensadoras proporcionam o perfeito acabamento no respaldo (cinta) para receber o apoio da laje. As principais propriedades dos blocos são a resistência à compressão, estabilidade dimensional, vedação, absorção e adequação de modulação. Podem ser classificados de acordo com a composição dos materiais: • Blocos de concreto; • Blocos cerâmicos. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 17 de 46 • Blocos cerâmicos A NBR 7171 – Bloco cerâmico para alvenaria define bloco cerâmico como um componente da alvenaria que possui furos prismáticos e/ou cilíndricos perpendiculares às faces que contém. Os blocos cerâmicos são compostos pela principal matéria prima, a argila, e está ligada a qualidade do bloco, definindo maior ou menor resistência, porém existe a necessidade de ser realizados testes, pois segundo a NBR 7171, considerando o valor mínimo da resistência característica à compressão dos blocos cerâmicos estruturais, sendo a partir de 3,0 MPa, referida à área bruta. No processo de produção são utilizados máquinas estruturas, e os blocos cerâmicos tem que ser submetidos à secagem e à queima em temperaturas elevadas. Figura 4 – Tipos de blocos cerâmicos Fonte: Comercio FK • Bloco de concreto simples De acordo com a norma NBR 6136 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural, este se define como um elemento de alvenaria cuja área líquida é igual ou inferior a 75% da área bruta1, podendo ser classificado como: ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 18 de 46 • Classe AE: uso geral, como paredes externas acima ou abaixo do nível do solo, que podem estar expostas à umidade ou intempéries, e que não recebem revestimento de argamassa; • Classe BE – limitada ao uso acima do nível do solo, em paredes externas com revestimento de argamassa e em paredes não expostas às intempéries. As dimensões nominais deste componente podem ser de 20x20x40cm, 20x20x20 cm, 15x20x40 cm e 15x20x20 cm, e apresentam classes de resistência que variam desde 4,5 MPaaté 16 MPa. A classe de resistência 4,5 MPa tem uso restrito à classe BE. Outras limitações do teor máximo de 10% param a absorção de água, e retração por secagem menor ou igual a 0,065%. A determinação da resistência deve ser efetuada com um mínimo de seis amostras de um mesmo lote, separado a partir de blocos que devem ter as mesmas características aparentes, em quantidade nunca superior a 100.000 unidades, a partir de a expressão a seguir: Os blocos de concreto devem ser fabricados a partir de uma dosagem racional de cimento Portland, água, agregados e aditivos e adições. Ao contrário dos blocos cerâmicos, os de concreto apresentam deformações dimensionais significativas quando submetidos a variações higroscópicas (até 1mm/m), e pequenas em variações térmicas (1/5 deste valor). ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 19 de 46 Figura 5 – Tipos de blocos Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – Prof. Dr. Jefferson S. Camacho – 2006 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 20 de 46 2.4.2. ARGAMASSA PARA ASSENTAMENTO É o componente de ligação da alvenaria que age como um adesivo selante. As suas principais funções são: composição e união solidária dos tijolos ou blocos com conseqüente aumento da resistência a esforços laterais; distribuição das cargas atuantes uniformemente por toda a área do bloco; deformação necessária e suficiente para que os blocos sofram uma ação atenuada destes esforços; isolamento hidráulico das juntas contra penetração de água, especialmente da chuva. Segundo Fioritto, a dosagem utilizada para assentamento deve limitar as proporções de areia solta e úmida, em volume, a um mínimo de 2,25 e máximo de 3,0 vezes a soma dos volumes dos aglomerantes isoladamente. Por exemplo, para uma alvenaria estrutural pode-se utilizar dosagem, em volume, no traço de 1,0:1/2:(2,8 a 3,775), de cimento, cal hidratada e areia. As normas americanas especificam quatro tipos de argamassas mistas, designadas por M, S, N e O, assim como a britânica tem suas correspondentes i, ii, iii, e iv, conforme tabelas que seguem: Tabela 2 – Traços e propriedades das argamassas americanas e britânicas Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – Prof. Dr. Jefferson S. Camacho – 2006 A aplicação da argamassa tipo M, é recomendada para alvenaria em contato com o solo, tais como fundações, muros de arrimo, etc., já a argamassa tipo S, para alvenaria sujeita aos esforços de flexão, a argamassa tipo N, seu uso é para alvenarias expostas, sem contato com o solo e a argamassa tipo O pode ser usada em alvenaria de unidades maciças onde a tensão de compressão não ultrapasse 0.70 MPa e não esteja exposta em meio agressivo. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 21 de 46 O procedimento para produção da argamassa depende do tipo que será utilizado: quando se trata apenas de cimento e areia, estes materiais são misturados com água direto na betoneira, por um mínimo de 3 e máximo de 10 minutos, estando assim pronta para aplicação; quando levar cal ou saibro, estes devem ser pré misturados à areia com antecedência mínima de 16 horas, e na hora da aplicação envolvidos com cimento e água, devendo ser usada em 2 horas. 2.4.3. MICRO-CONCRETO (GRAUTE) O micro-concreto (graute) é um concreto, ou seja, tem a mesma mistura de materiais, porém as diferenças estão no tamanho do agregado (mais fino, 100% passando na peneira 12,5 mm) e na relação água/cimento, sendo sua composição total: CIMENTO + CAL HIDRATADA + AGREGADO MIÚDO + AGREGADO GRAÚDO + ÁGUA Deve-se aplicar o micro-concreto, nos vazados dos blocos, com a principal função, de proporcionar a integração da armadura com a alvenaria e aumentar a resistência da parede, ele deve proporcionar um desempenho estrutural compatível com a alvenaria armada e ainda assegurar a aderência à armadura vertical e horizontal além de protegê-las contra corrosão. Seu modo de preparo pode ser de misturado em obra, fornecido por central de concreto e industrializado. 2.4.4. AÇO O aço utilizado nos elementos de concreto armado são as mesmas utilizadas na alvenaria estrutural, porém sempre envolvidos por graute, para garantir a integração do sistema. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 22 de 46 2.5. RESISTÊNCIA MECÂNICA DE PAREDES A avaliação do desempenho mecânico de uma parede de alvenaria é de importância primordial para a predição do seu desempenho, fazendo-se necessário o adequado conhecimento a respeito da influência de cada componente envolvido, especificações e métodos de ensaios previstos. De um modo geral, a resistência à compressão das paredes e dos pilares de alvenaria depende de muitos fatores, entre os quais se destacam: • Resistência das unidades; • Resistência da argamassa; • Qualidade da mão-de-obra; • Esbeltez do elemento. Por fim, a NBR 8949, prescreve um método de ensaio de paredes estruturais constituídas com blocos de concreto, blocos cerâmicos ou tijolos, de modo que se analisam também os prismas, a argamassa de assentamento e, eventualmente, o graute. Para este ensaio são preparadas paredes de 120x260 cm (largura x altura), nas quais são acoplados deflectômetros para medição das deformações. Trata-se de um ensaio de difícil execução, especialmente devido às grandes dimensões do corpo de prova, de modo que a resistência admitida é a média encontrada após o ensaio apenas com 3 amostras. Na expressão dos resultados, além dos valores correspondentes às tensões de ruptura individuais dos blocos, argamassa de assentamento, carga de surgimento da primeira trinca, deve-se apresentar gráficos: carga x encurtamento e carga x flecha, além de outros itens. Com base em diversas pesquisas realizadas, algumas das principais conclusões obtidas a partir dos ensaios de compressão em paredes são: • A resistência à compressão é inversamente proporcional à quantidade de juntas de assentamento; • As paredes com juntas em amarração são mais resistentes que as paredes com juntas aprumadas; • A espessura ideal das juntas situa-se em torno de 10 mm. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 23 de 46 • A resistência da parede não varia linearmente com a resistência dos blocos e, especialmente, da argamassa de assentamento, a qual tem influência relativamente pequena na estabilidade global do conjunto. Por fim, a normalização brasileira para cálculo de alvenaria estrutural simples, não armada, apresenta a expressão a seguir indicada para a determinação da resistência estimada da parede, a partir da resistência do prisma correspondente. 2.6. PROCEDIMENTO DE PLANEJAMENTO DE PROJETO Juntamente ao projeto das alvenarias deve ser realizada a coordenação de todos os projetos necessários para a execução da obra. As interferências dos projetos arquitetônico, estrutural e de instalações devem ser cuidadosamente analisadas e resolvidas na fase de anteprojeto. Figura 6 – Projeto da planta – Alvenaria estrutural Fonte: Pauluzzi blocos cerâmicos ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 24 de 46 Figura 7 – Projeto de cortes – Alvenaria estrutural Fonte: Estádio 3 A modulação do projeto arquitetônico e estrutural, apesar de ser importante, não é imprescindível para a utilização da alvenaria racionalizada, porém um projeto modulado e que utiliza a menor quantidade de tipos de bloco possível com certeza agiliza a execução e facilita a logístico e o estoque dentroda obra. Para projetos não modulados na concepção em uma malha de 15 cm, a Pauluzzi disponibiliza famílias de componentes com blocos compensadores, que permitem a elaboração de projetos de alvenaria que podem ser adaptáveis a uma grande variedade de vãos. Itens importantes a serem considerados nos diversos projetos: Projeto estrutural: • Dimensões dos elementos estruturais (lajes, vigas e pilares) • Distâncias de face-a-face dos pilares que definem os vãos de paredes utilizados na sua paginação e a altura do pé-direito estrutural. Projeto elétrico e de comunicações: • Locação de eletrodutos verticais para a passagem por dentro dos furos dos blocos ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 25 de 46 • Locação de shafts verticais nas prumadas das áreas comuns • Locação dos pontos de luz, tomadas e interruptores • Locação de quadros medidores Projeto de instalações hidrosanitárias: • Locação de shafts verticais para as tubulações de água e esgoto • Locação de ramais hidráulicos • Locação de peças sanitárias. Devem ser analisados também os projetos de instalação de gás, proteção contra incêndio e impermeabilização. O projeto de alvenaria: • Planta de numeração das paredes • Planta de primeira e segunda fiadas • Locação da primeira fiada • Paginação de cada parede • Definição quanto ao uso de vergas e contravergas • Especificação dos componentes da alvenaria: blocos e dosagem da argamassa de assentamento • Características das juntas entre blocos (espessura) • Detalhamento das ligações alvenaria-estrutura. Figura 8 – Projeto da planta – Alvenaria estrutural Fonte: Pauluzzi blocos cerâmicos ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 26 de 46 A elevação de cada parede deve contemplar os tipos de blocos, a quantidade de cada um, as dimensões das aberturas, a posição de vergas e contravergas, o posicionamento de eletrodutos e caixas de luz, telefone, antena, internet e outros, além dos detalhes de ligação entre paredes e entre as paredes e a estrutura. A sobreposição de projetos em versão digital pode ser utilizada e, assim, todos os componentes da parede podem ser identificados com maior facilidade. Para um projeto executivo de elevação das alvenarias é importante que o mesmo contemple todos os detalhes que possam ser úteis na execução. Entre os itens importantes podemos destacar: • Paginação dos blocos • Instalações elétricas, hidráulicas, telefonia, ar-condicionado, internet. • Dimensões de vãos • Determinação de vergas e contravergas • Quantitativo de blocos por tipo de bloco • Numeração das fiadas • Detalhe da amarração pilar/bloco Os projetos de arquitetura, e até mesmo alguns projetos de alvenaria, têm se restringido ao comportamento mecânico e à coordenação dimensional das paredes com outros elementos da obra, como caixilhos e vãos estruturais. Na realidade, as alvenarias devem ser enfocadas de forma mais ampla, considerando-se aspectos do desempenho termo-acústico, resistência à ação do fogo, produtividade e outros. Sob o ponto de vista da isolação térmica ou da inércia térmica das fachadas, por exemplo, as paredes influenciam a necessidade ou não de condicionamento artificial dos ambientes internos, com repercussão no consumo de energia ao longo de toda a vida útil do edifício. 2.7. VANTAGENS E DESVANTAGENS A pesquisa mostra que a alvenaria estrutural pode trazer as seguintes vantagens: • Redução de custos; ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 27 de 46 • Menor diversidade de materiais empregados; • Redução da diversidade de mão-de-obra especializada; • Maior rapidez de execução; • Tubulações externas, fácil manutenção; • Robustez estrutural, maior resistência a danos patológicos decorrentes de movimentações; • Obra mais limpa e menos desperdício, blocos vazados permitem a passagem das tubulações elétricas e hidráulicas; • Reserva de segurança frente a ruínas parciais. É no contexto econômico, que aparecem as vantagens da alvenaria estrutural, por ser uma maneira simples, rápida e barata de se construir. Porém possuem algumas desvantagens: • Limitação do projeto arquitetônico pela concepção estrutural, que não permite a construção de obras arrojadas; • Impossibilidade de adaptação da arquitetura para um novo uso; • Tubulações externas, podendo causar riscos a segurança; • Proibido recortes nas paredes para colocação de novas tubulações; • Necessidade de um projeto. De acordo com o engenheiro da UFPR, essa é uma das principais limitações. “Se o projeto não for elaborado especificamente para alvenaria, deixa de ser compensador, porque a alvenaria pressupõe padronização”, avalia Dalledone. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 28 de 46 3. ESTUDO DE CASO 3.1. DESCRIÇÃO DA OBRA A obra que realizamos a visita técnica está localizada na Rua Duarte Murtinho, no bairro Jardim Silvina Audi, na cidade de São Bernardo do Campo, esta sendo realizada pela Construtora Planova Planejamento e Construções, que são integrantes do Projeto de Urbanização Integrada do Complexo de Assentamentos Precários do Jardim Silvina Audi. Figura 9 – Localização da obra em relação ao centro São Paulo Fonte: Google Mapas - 2016 Figura 10 – Localização da obra Fonte: Planova Planejamento e Construções – 2010 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 29 de 46 3.1.1. O PROJETO Desde 2009 a Prefeitura de São Bernardo do Campo estabeleceu a habitação como prioridade e se organizou institucionalmente para desenvolver uma política abrangente que prioriza a intervenção nos assentamentos precários, dentro de dos projetos investidos, está o projeto em estudo, projeto de urbanização integrada do complexo de assentamentos precários do Silvina Audi, que foi desenvolvido com o objetivo geral de assegurar o direito à moradia adequada e a eliminação de riscos à vida para as famílias residentes nos assentamentos precários do Jardim Silvina. Figura 11 – Mapa de visualização do projeto Fonte: Planova Planejamento e Construções – 2010 A empresa responsável pelo projeto desenvolvido foi a Boldarini Arquitetos Associados, a construção é composta de dois prédios interligados por uma área em comum ao centro, na altura da parte superior do bairro. Cada andar possui seis apartamentos de 51,25 m³, com sala, cozinha, banheiro, área de serviço e dois ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 30 de 46 dormitórios, e dois apartamentos de 61,72 m², localizados nas laterais, com a mesma composição, mas com três dormitórios. Os Conjuntos Habitacionais A1 e A2 serão formados por um total de 120 unidades habitacionais, quatro unidades comerciais, duas áreas de lazer condominiais cobertas e duas salas de leitura, distribuídas por duas edificações denominadas Edifício A1 e Edifício A2 as duas edificações terão nove pavimentos. Figura 12 – Perspectiva dos conjuntos habitacionais que serão construídos Fonte: Planova Planejamento e Construções – 2010 Figura 13 – Perspectiva dos conjuntos habitacionais que serão construídos Fonte: Planova Planejamento e Construções – 2010 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 31 de 46 3.2. TIPO DE ALVENARIA UTILIZADA Os edifícios serão construídos em estrutura mista, na maior parte concebida em sistema de alvenaria estrutural. Em regiões do embasamento das edificações, reservatórios de água inferiores e salões comerciais,é prevista transição entre o sistema de alvenaria estrutural e o sistema de concreto armado composto por pilares e vigas moldados in loco. 3.3. ETAPAS DA EXECUÇÃO Numa obra nova começamos com o gabarito de tabua corrida para identificar os eixos, após a fixação dos sarrafos ao longo de onde vai ser feita o baldrame, que segue a linha onde futuramente será executada a alvenaria, será compactada uma camada de brita, após será colocada uma camada de concreto (traço 1:3:6) com cerca de 3 cm e colocamos as barras de ferro, colocado as barras de ferro e será complementado com concreto, isso para que as futuras alvenarias não afundem. Se por algum acaso houver alagamento nas nos alicerces, terá que ser drenado toda a agua antes de prosseguirmos com a operação. A primeira fiada será colocada de boca para cima e preenchida com concreto, nesse caso pode-se usar bloco canaleta apesar de ser mais caro. Figura 14 – Colocação da primeira fiada Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 32 de 46 Os blocos geralmente são assentados um dia depois de a primeira fiada ser concretada. Essas canaletas deverão conter uma barra de ferro e preenchida com concreto (1:2,5:4), sempre deixando o arranque. Observar sempre se será preciso uma drenagem para que não ocorra alagamento nos alicerces. Após toda essa execução começamos com o posicionamento do bloco estrutural que vão substituir os pilares e vigas de concreto convencional. Esses blocos são padronizados e com grande resistência para que suportem a carga. Geralmente a um preenchimento somente em um dos furos do bloco a cada de 3,5m e não necessariamente nos cantos. A altura do alicerce depende do tipo de terreno. As fiadas acimas são com bloco 14 cm de largura, sempre sendo a ultima fiada um bloco canaleta ou “J” onde será preenchido de concreto. No alicerce será feito uma impermeabilização com tinta betuminosa afim de não deixar passar umidade, após a impermeabilização será feito o aterro e em seguida a colocação da parte hidráulica, e deixando os pontos onde indicado no projeto ai será feito ai concretagem do contra piso, para que a obra se mantenha limpa e de fácil locomoção de pessoas e materiais, além de recuperar a argamassa que venha a cair no piso. Após a secagem do contra piso será feito a elevação da alvenaria estrutural, o assentamento dos blocos se dará das extremidades para o centro. Os desencontros das juntas são muito importantes para a distribuição de peso. Na montagem da alvenaria estrutural a cada cinco fiadas serão preenchida as colunas (furos dos blocos com uma barra de ferro), para manter a estabilidade da alvenaria. Nos vãos das portas e janelas será feito uma verga e contra verga para assentamento das mesmas. Na fase final da alvenaria será feito a laje usando bloco em “J” no final da alvenaria que servirá de arremate em toda a lateral da laje. Na laje antes da concretagem são distribuídos os conduites para passagem da fiação da parte elétrica, após a distribuição será feito a concretagem estando sempre atento para não amassa os conduites dificuldade da passagem dos fios. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 33 de 46 Logo após a concretagem da laje será feito a estrutura do telhado, poderá ser feito com madeira ou de estrutura metálica, as telhas geralmente são tipo romana, mas nada impede de serem usados outros tipos. O revestimento externo poderá ser de bloco aparente pintado ou chapisco, emboço e reboco, sendo que interno poderá ser usado gesso, ou chapisco, emboço e reboco, sendo que o gesso para parte interna é mais barato e rápido. 3.4. TABELA DE CUSTOS Ao iniciar uma obra deve-se ter um planejamento de custo efetivo, desde a elaboração deste projeto até a sua finalização. A obra tem que obedecer este prazo e o custo estimado em sua execução. Segue abaixo, um processo de orçamento e suas classificações apresentado pelo Blog RExperts.com.br caracterizando uma eficiente aplicação. Se nós pudéssemos classificar os custos de uma construção do início ao fim, podemos separá-los em cinco grupos para facilitar o processo de orçamento: • Projetos e consultorias; • Custos diretos de obras civis; • Despesas indiretas; • Remuneração da construtora; • Impostos e taxas. Tabela 3 – Processos de orçamento Fonte: Blog RExperts.com.br ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 34 de 46 3.4.1. COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS Um conceito bem simples para entender o funcionamento dos CPU’s é o de Insumos vs. Serviços: Insumos: existem três tipos de insumos: • Material: pedra, areia, cimento, barra de aço, lata de tinta, folha de porta, etc. • Mão-de-obra: pedreiro, servente, armador, pintor, carpinteiro, eletricista, etc. • Equipamentos: furadeiras, lixadeiras, betoneira, rolo compactador… Serviço: é a combinação de um conjunto de insumos para entregar um “pacote de trabalho” mensurável. Por exemplo, para se fazer 1 m² de parede o serviço seria “Execução de alvenaria em blocos cerâmicos de 14 cm com a seguinte composição de insumos: • 14 blocos cerâmicos de vedação (14x19x39cm) • 0,0133 m³ de argamassa mista • 1,1 hora de servente • 1,4 hora de pedreiro Se você tem o preço unitário de cada insumo, você terá o custo unitário de 1 m² do serviço: Blocos cerâmicos de vedação (14x19x39cm) – R$ 1,81/unidade x 14 = R$ 25,40 • Argamassa mista – R$ 418,94/m³ x 0,0133 = R$ 5,57 • Servente – R$ 12,63/h x 1,1 = R$ 13,89 • Pedreiro – R$ 15,86/h x 1,4 = R$ 22,21 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 35 de 46 Total = 25,40+5,57+13,89+22,21 = R$ 67,07/m² de alvenaria em bloco cerâmico Se você possui uma tabela com todos os preços de insumos da sua obra e outra tabela com os consumos de todos os serviços a serem executados com todas as quantidades, você tem condição de orçar todos os custos diretos. Caso prático 1: Você precisa fazer uma parede de 10 metros de comprimento com 3 metros de altura. Um empreiteiro se oferece a fazer o serviço por R$ 1.000 – O preço está caro ou barato com relação ao mercado? Solução: Com a composição detalhada acima, temos que cada m² de alvenaria tem um custo de R$ 36,10 (R$ 13,89 de servente + R$ 22,21 de pedreiro) A parede tem 10m x 3m = 30 m² 30 m² x R$ 36,10 = R$ 1.083,00 Logo, o serviço oferecido por R$ 1.000 parece estar adequado com o mercado e você aceita. Caso prático 2: Supondo que você feche negócio com o empreiteiro acima, qual o prazo estimado de execução se ele disponibilizar 2 pedreiros e 2 serventes? 30 m² de alvenaria precisa de: • 1,1h x 30 = 33h de servente • 1,4h x 30 = 42h de pedreiro • Supondo uma jornada de trabalho de 8 horas diárias: • 33h de servente ÷ 2 serventes ÷ 8 horas = 2,0 dias • 42h de pedreiro ÷ 2 pedreiros ÷ 8 horas = 2,6 dias Com os cálculos acima, vemos que o gargalo é o número de pedreiros e que a tarefa irá consumir quase 3 dias de trabalho. Você percebeu um recurso extra ao utilizar as composições de custo? Sim, é possível ter uma estimativa de quanto tempo cada tarefa consumirá para um dado tamanho de equipe. Você também pode definir um prazo e dimensionar a equipe com essas informações em mãos. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 36 de 46 3.5. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO Figura 15 – Fachada atual real Fonte: Arquivo pessoal (2016) Figura 16 – Primeira Fiada Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 37 de 46 Figura 17– Primeira Fiada Fonte: Arquivo pessoal (2016) Figura 18 – Colocação de Formas para laje, após a execução da parede de alvenaria Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 38 de 46 Figura 19 – Elevação 2° Pavimento Fonte: Arquivo pessoal (2016) Figura 20 – Concretagem Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 39 de 46 Figura 21 – Acabamento Externo Fonte: Arquivo pessoal (2016) Figura 22 – Acabamento Externo Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 40 de 46 Figura 23 – Edifício A2 em finalização e Edifício A1 em Elevação Fonte: Arquivo pessoal (2016) Figura 24 – Acabamento Externo Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 41 de 46 4. DISCUSSÕES E RESULTADOS 4.1.1. TEMPO DE EXECUÇÃO A Licitação foi concebida para a Construtora Planova Planejamento e Construções em 2013 onde nesse período realizou algumas remoções, no início de 2014 deram-se por introduzir a obra. A data prevista para a entrega do projeto é para o final de 2016. 4.1.2. DIFICULDADES O projeto como um todo encontra constantemente várias objeções, desde o estudo do caso, a realização do projeto até a execução do mesmo. Por se tratar de uma comunidade e devido a sua localidade, houve e ainda há muitos contratempos diários na obra. Para a realização deste projeto, foram necessárias a mobilização e remoções de famílias desta localidade, onde a Prefeitura de São Bernardo do Campo os beneficia com um auxílio aluguel até a entrega dos apartamentos para cada família, porém alguns moradores entraram com ação judicial contra a Prefeitura assim dificultando sua remoção. Outro fator importante foi à declinação do terreno, com algumas intempéries desde a descoberta de uma mina de água, dificuldade de acesso dos materiais e principalmente a perturbação da comunidade perante a obra. 4.1.3. APRENDIZAGEM O trabalho desenvolvido é o primeiro especifico na área de construção civil, pois nos proporcionou a conhecer um canteiro de obra e várias atividades desenvolvidas. Além de estar dentro do nosso futuro ambiente de trabalho, podemos conhecer um tipo de construção diferenciada da convencional, na pesquisa bibliográfica, podemos ter o conhecimento teórico, do surgimento, função e elementos que compõe a estrutura de alvenaria estrutural, complementado com o estudo de caso, a visita técnica nos permite conhecer visualmente e na pratica todo o processo de execução. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 42 de 46 Ao analisar, o conhecimento adquirido nas matérias de gerenciamento de obras, materiais naturais e artificiais e resistência dos materiais, podem fazer uma “ponte” entre o teórico e o prático, onde todos do grupo puderam observar a execução dos ensinamentos em sala de aula e implantado no canteiro de obra. 4.1.4. RESULTADO Resumindo, o resultado foi plenamente satisfatório, pois conseguiu atingir o objetivo principal, pois através de da visita técnica em uma obra de alvenaria estrutural, conseguimos desenvolver todo o conceito aprendido e apresentamos em forma desse trabalho os processos e técnicas utilizados para a execução. Com todo esse conhecimento adquirido, podemos definir que a técnica de alvenaria estrutural, possui muito mais vantagens do que desvantagens ao ser empregado em uma obra, construções com alvenaria estrutural é mais rápida, econômica e segura, assim se torna uma excelente opção de construção. 5. CONCLUSÃO Entre todas as coisas mais importantes dentro da engenharia civil, a estrutura merece destaque, ela é responsável por transmitir de maneira igualitária as cargas em todo o edifício até chegar ao solo, onde é usado fundações para transmitir as cargas da estrutura para o solo. Com o sistema de alvenaria estrutural, o peso é distribuído sobre as paredes, que são autoportantes, ou seja, além de ter a função de vedação, possui a função de sustentar as cargas provenientes a edificação, o sistema se difere do convencial, por não possuir pilares e vigas, o que faz com que os projetos, cálculos e execução das paredes, sejam de extrema importância, para assim ter um melhor dimensionamento da estrutura e erro zero, pois qualquer erro pode fazer com que a estrutura se desestabilize e caia, podendo ou não matar civis. Entre as principais qualidades desse método está à redução de duração da obra, a redução de custos e a sustentabilidade, coma a redução de resíduos, tornando uma obra mais viável e limpa. Pode-se concluir que o método de construção em alvenaria estrutural é bem antigo, porem com a descoberta do concreto armado, caiu em desuso, sendo ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 43 de 46 empregada novamente somente no século XX e foi se aprimorando ao longo dos anos, nos dias de hoje, está em constante crescimento e sempre se modernizando, com isso ela se torna cada vez mais visível e importante no nosso dia a dia, reduz substancialmente o custo numa obra sem deixar que a estrutura se comprometa ou menos eficiente que o concreto armado, podendo competir diretamente com o método convencional hoje mais utilizado nas obras. Com a oportunidade de realizar a visita técnica, em uma obra em execução dessa técnica, nos possibilitou a aprender sobre cada passo da execução e planejamento, analisar as normas técnicas regentes para esse tipo de obra, como por exemplo, a mais importante delas é a que não se pode remover nenhuma parede de alvenaria, pois isso poderá comprometer a resistência de todas as paredes no pavimento inferior e sobrecarregar a estrutura completa. Concluímos que com o trabalho obtemos a aplicação de todo os conhecimentos adquiridos em sala de aula, dentro do canteiro de obras, a organização e os cuidados necessários durante toda a obra. E o ultimo ponto que gostaríamos de ressaltar, é o que cada um do grupo conseguiu analisar um pouco mais da área de construção civil, durante a execução desse trabalho, com isso nos faz se sentir mais perto do mercado profissional nessa área, nos permitindo sermos estudantes, já com bases e conhecimentos de profissionais na área. Figura 25 – Foto de dois integrantes do grupo na Visita Técnica Fonte: Arquivo pessoal (2016) ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 44 de 46 6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ALVES, C. O. de.; PEIXOTO, E. J. S. dos. Estudo comparativo de custo entre alvenaria estrutural e paredes de concreto armado moldadas. Trabalho de Conclusão de Curso, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade da Amazônia, Belém, 2011. Disponível em http://www.unama.br/graduacao/engenharia- civil/tccs/2011/estudo%20comparativo%20de%20custo%20entre%20alvenaria%20e strutural%20e%20paredes%20de%20concreto%20armado%20moldadas%20no%20 l.pdf, acesso em 15 de maio de 2016. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - NBR6136: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural. 2007. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - NBR15270-2: Componentes Cerâmicos - Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia e Requisitos. 2005. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - NBR 7171 – Bloco cerâmico para alvenaria – Condições exigíveis no recebimento de blocos. 2007 CAMACHO, PROF. DR. JEFFERSON S. - Projeto de Edifícios de AlvenariaEstrutural - Ilha Solteira - SP – 2006. Disponível em http://www.nepae.feis.unesp.br/Apostilas/Projeto%20de%20edificios%20de%20alven aria%20estrutural.pdf, acesso em 15 de maio de 2016. Cerâmicas FK, Blocos cerâmicos de alvenaria estrutural, disponível em: http://www.fkct.com.br/bloco_ceramico_alvenaria_estrutural.html, acesso em 17 de maio de 2016. Cimento Itambé, acervo técnico – o espaço conquistado pela alvenaria estrutural, 26 de julho de 2010, entrevista com Roberto Dalledone Machado, Engenheiro civil graduado pela Universidade de Brasília (UnB), Disponível em: http://www.cimentoitambe.com.br/o-espaco-conquistado-pela-alvenaria-estrutural/, acesso em 15 de maio de 2016. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS “ALVENARIA ESTRUTURAL” Página 45 de 46 DUARTE. R. B., Recomendações para o Projeto e Execução de Edifícios de Alvenaria Estrutural. Porto Alegre: 1999. Disponível em: http://web.set.eesc.usp.br/static/data/producao/1992ME_ValdirOliveiraJunior.pdf, acesso em 16 de maio de 2016. Estádio 3 Engenharia de Estruturas, 2011 – Disponível em:http://www.estadio3.com.br/proj_alv_estrut_vista_black.htm, acesso em 15 de maio de 2016. FIORITTO, A.J.S.I. Manual de Argamassas e Revestimentos: Estudos e procedimentos de execução. São Paulo, Pini, 1994. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/162704935/Manual-de-Argamassas-e-Revestimentos-Ed02, acesso em 10 de maio de 2016. Portal RExperts - Online Real Estate School. Composição de Preço - 2015. Disponível em: http://rexperts.com.br/composicao-de-precos-unitarios-cpu/, acessado em 20 de maio de 2016. TAUIL, C. A.; NESE, F. J. M. Alvenaria Estrutural. 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ANEXO II Projeto Cortes A e B – Alvenaria estrutural 7.3. ANEXO II Projeto Cortes C, D E e F – Alvenaria estrutural 7.4. ANEXO II Projeto das Armações das paredes 7.5. ANEXO II Catálogo Grupo Planova
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