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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
ENGENHARIA CIVIL 
5º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTONIO DONIZETI GALBERO 
EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES 
CAIQUE SOUSA SANTOS 
GABRIEL TOGNOLLI MARTINS 
JUCILENE CASIMIRO PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2016 
 
 
Página 2 de 46 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
 
 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
 
 
ENGENHARIA CIVIL 
5º SEMESTRE 
CÓDIGO DA DISCIPLINA: 534X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Atividade Prática 
Supervisionada, referente à Visita Técnica 
em uma obra de Alvenaria Estrutural, para 
conhecimento de todos os componentes da 
estrutura e desenvolvimento da construção, 
com a finalidade de trabalhar a 
interdisciplinaridade e inserir o contexto 
prático das disciplinas apresentadas no 
quinto módulo do curso de engenharia civil.
 
 
São Paulo – SP 
2016 
 
ANTONIO DONIZETI GALBERO RA: C1275E-7 TURMA: EC5Q39 
EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES RA: T12242-2 TURMA: EC7R39 
GABRIEL TOGNOLLI MARTINS RA: C15574-8 TURMA: EC5Q39 
JUCILENE CASIMIRO PEREIRA RA: B993CG-0 TURMA: EC5P39 
CAIQUE SOUSA SANTOS RA: C115CB-6 TURMA: EC5Q39 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
Página 3 de 46 
 
RESUMO 
 
Existem muitas mudanças no mercado da construção civil e os processos de 
produção são instruídos para adotar medidas de racionalização com novos métodos 
construtivos, essa transformação está associada às novas formas de organização, a 
competitividade de mercado e os desafios que emergem da crise financeira 
brasileira, o que tem gerado um grande estímulo para que as empresas invistam na 
modernização de suas formas de produção, de maneira de obter o aumento da 
produtividade dos serviços, a diminuição da rotatividade da mão-de-obra, a redução 
do retrabalho e a eliminação de falhas pós entrega e, por conseqüência, a redução 
dos custos de produção. 
Essa racionalização construtiva pode ser realizada através das alvenarias 
estruturais, tornado um elemento diferencial na estratégia das empresas e de 
sobrevivência neste cenário de competição do mercado, a alvenaria estrutural é um 
método empregado para minimizar o custo em obra e inserir o conceito de 
planejamento antes da execução. 
Com base no estudo da bibliografia sobre esse método podemos analisar que 
existe a necessidade maior no controle da qualidade na execução, todo seu 
processo deve ser monitorado e executado de forma padronizada. 
No presente trabalho, vamos apresentar um breve histórico, o conceito, as 
propriedades e características dos elementos constituintes deste sistema, 
classificações, aspectos relativos à execução e controle tecnológico, embasado em 
uma pesquisa de campo, através de uma visita técnica em uma obra de alvenaria 
estrutural e aplicando as disciplinas envolvidas inserido no contexto prático 
apresentada no quinto módulo do curso de engenharia civil. 
 
Palavras-chave: Alvenaria Estrutural; Blocos; Racionalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
Página 4 de 46 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO Pág. 09 
1.1 Objetivo geral Pág. 10 
1.2 Objetivos específicos Pág. 10 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Pág. 11 
2.1 Breve Histórico Pág. 11 
2.2 Normas Pág. 13 
2.3 Definição de alvenaria Pág. 13 
2.3.1. Classificação Pág. 15 
2.4 Composição da alvenaria estrutural Pág. 16 
2.4.1. Blocos estruturais Pág. 16 
2.4.2. Argamassa de assentamento Pág. 20 
2.4.3. Micro-concreto (Graute) Pág. 21 
2.4.4. Aço Pág. 21 
2.5 Resistência mecânica de paredes Pág. 22 
2.6 Procedimento de planejamento de projeto Pág. 23 
2.7 Vantagens e desvantagens Pág. 26 
 
3. ESTUDO DE CASO Pág. 28 
3.1 Descrição da obra Pág. 28 
3.1.1. O projeto Pág. 28 
3.2 Tipo de alvenaria utilizada Pág. 31 
3.3 Etapas da execução Pág. 31 
3.4 Tabela de custos Pág. 33 
3.4.1. Composição de custo Pág. 34 
3.6 Relatório fotográfico Pág. 35 
 
 4. DISCUSÃO E RESULTADO Pág. 41 
 
 5. CONCLUSÃO Pág. 42 
 
 6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Pág. 44 
 
 7. ANEXO Pág. 46 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
Página 5 de 46 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 
Diferença da construção convencional e em alvenaria 
estrutural 
Pág. 09 
 Fonte: Artigo Téchne - 2009 
FIGURA 2 Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos Pág. 14 
 Fonte: Grupo Estrutural 
FIGURA 3 Alvenaria estrutural Pág. 15 
 Fonte: Canal Do Engenheiro 
FIGURA 4 Tipos de blocos cerâmicos Pág. 17 
 Fonte: Comercio FK 
FIGURA 5 Tipos de blocos Pág. 19 
 Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – 2006 
FIGURA 6 Projeto da planta – Alvenaria estrutural Pág. 23 
 Fonte: Pauluzzi blocos cerâmicos 
FIGURA 7 Projeto de cortes – Alvenaria estrutural Pág. 24 
 Fonte: Estádio 3 
FIGURA 8 Projeto da planta – Alvenaria estrutural Pág. 25 
 Fonte: Pauluzzi blocos cerâmicos 
FIGURA 9 Localização da obra em relação ao centro São Paulo Pág. 28 
 Fonte: Google Mapas - 2016 
FIGURA 10 Localização da obra Pág. 28 
 Fonte: Planova Planejamento e Construções - 2010 
FIGURA 11 Mapa de visualização do projeto Pág. 29 
 Fonte: Planova Planejamento e Construções - 2010 
FIGURA 12 
Perspectiva dos conjuntos habitacionais que serão 
construídos 
Pág. 30 
 Fonte: Planova Planejamento e Construções - 2010 
FIGURA 13 
Perspectiva dos conjuntos habitacionais que serão 
construídos 
Pág. 30 
 Fonte: Planova Planejamento e Construções - 2010 
FIGURA 14 Colocação da primeira fiada Pág. 31 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
Página 6 de 46 
 
FIGURA 15 Fachada real da obra Pág. 36 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 16 Primeira Fiada Pág. 36 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 17 Primeira Fiada Pág. 37 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 18 
Colocação de formas após a execução das paredes de 
alvenaria 
Pág. 37 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 19 Elevação do 2º pavimento Pág. 38 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 20 Concretagem Pág. 38 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 21 Acabamento Externo Pág. 39 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 22 Acabamento Externo Pág. 39 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 23 Edifício A2 em finalização e Edifício A1 em Elevação Pág. 40 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 24 Acabamento Externo Pág. 40 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
FIGURA 24 Foto de dois integrantes do grupo na Visita Técnica Pág. 43 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
Página 7 de 46 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1 Histórico da alvenaria estrutural Pág. 12 
 
Fonte: Projeto de edifícios de alvenaria estrutural – 2006 
 
 
TABELA 2 
Traços e propriedades das argamassas americanas e 
britânicas 
Pág. 20 
 
Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – 2006 
 
 
TABELA 3 Processos de orçamento Pág. 33 
 Fonte: Blog RExperts.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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SIGLAS 
 
EPI Equipamento de proteção individual 
NBR Norma brasileira regulamentadoraACI American Concrete Institute – Tradução: Instituto Americano do Concreto 
a.C. Antes de Cristo 
Un. Unitário 
m Metro 
cm Centímetro 
E Módulo de elasticidade 
GPa Giga Pascal 
MPa Mega Pascal 
kg Quilograma 
m² Metro quadrado 
m³ Metro cúbico 
“U” Formato de U 
“J” Formato de J 
R Resistência 
h hora 
 
SÍMBOLOS 
 
% Porcentagem (por cento) 
* Multiplicação 
/ Divisão 
- Subtração ou indicado na frente de um número é a indicação de negativo. 
+ Soma ou indicado na frente de um número é a indicação de positivo. 
º Graus 
= Igual 
≈ Aproximado 
˃ Menor 
˂ Maior 
R$ Reais 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
No Mundo, existem diferentes sistemas construtivos estruturais a serem 
empregados em uma obra, porém devemos ter essa concepção durante a fase de 
planejamento de projeto, pois temos que analisar a viabilidade, que se dá em função 
do uso da edificação, de custos e recursos. 
O mercado de construção civil é um dos maiores produtores de “lixo”, 
portando nasce à necessidade da diminuição de desperdício de obra, pensando 
nisso, entra a racionalização no método construtivo, onde possui um escopo maior 
de planejamento antes da execução, um exemplo disso á a alvenaria estrutural. 
A alvenaria estrutural é um conceito de sistema construtivo, onde toda a 
estrutura está envolvida diretamente as sustentações de uma obra, numa obra 
convencional existem lajes, vigas e pilares, os blocos são apenas para vedação sem 
função estrutural, esses blocos por sua vez, são responsáveis por parcela 
expressiva do desperdício verificado nas obras de construção de edifícios, as perdas 
de tijolos e blocos estão entre 15% e 20%, de toda obra. Como podemos verificar na 
figura a seguir: 
 
 
Figura 1 – (a) convencional - desperdício, sujeira e tijolos assentados quebrados; 
(b) alvenaria estrutural - organização e redução de perdas e de consumo 
Fonte: Artigo Téchne - Racionalização de alvenaria: avaliação quantitativa - 2009 
 
Empregando-se as alvenarias de vedação é possível à redução de custos, 
alem do aumento de produtividade, existe a diminuição de problemas patológicos no 
conjunto das esquadrias e das instalações hidrosanitárias e nos revestimentos, os 
quais, juntos, certamente somam de 20% a 40% do custo total dos edifícios. 
Pensando nisso, esse estudo sobre alvenaria estrutural é importante para 
entendermos sobre suas vantagens e desvantagens, adquirir concepção sobre seu 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
Página 10 de 46 
 
uso em obra, na fase de execução e se é realmente viável, em relação ao custo 
geral da obra. 
 
1.1. OBJETIVO GERAL 
 
O presente trabalho tem como objetivo principal, através de uma visita a uma 
obra de alvenaria estrutural, desenvolver o conceito e apresentar todos os processos 
e técnicas utilizados para a execução, desde o tipo de material a ser empregado até 
a entrega final da obra. E com base nas informações, analisar os pontos positivos e 
negativos desse método construtivo. 
 
1.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS 
 
Os objetivos específicos desse trabalho são integrar os alunos de engenharia 
em uma obra, ambientar os alunos, que saíram do ciclo básico, em assuntos 
específicos na área, como organização de um canteiro em obra, organização e 
distribuição de materiais, segurança do trabalho com o uso de EPI’s, funcionamento 
de elevadores e cremalheiras, coordenação entre os engenheiros e colaboradores, e 
observar o contexto total de uma obra, uma espécie de análise em campo do 
conhecimento adquirido em sala de aula, aplicação em prática das matérias de 
gerenciamento de obras civis, materiais naturais e artificiais, resistência dos 
materiais civil e metodologia do trabalho acadêmico, aplicando todos os 
conhecimentos adquiridos no 5º semestre do curso de engenharia civil, além do 
desenvolvimento do trabalho em grupo, onde auxilia na comunicação interpessoal e 
divisão de tarefas executivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1. BREVE HISTÓRICO 
 
A alvenaria estrutural é um sistema utilizado a milhões de anos, porém eram 
feitas com rochas, a partir do ano 4.000 a.C. a argila passou a ser trabalhada 
possibilitando a produção de tijolos, porem a execução era bem diferente dos dias 
atuais, inicialmente se realizava o simples empilhamento de unidades, tijolos ou 
blocos e os vãos eram executados com peças auxiliares, como vigas de madeira ou 
pedra. Ramalho e Corrêa citam as Pirâmides de Guize, grandes monumentos da 
antiguidade, que mobilizaram inúmeras pessoas para sua execução utilizando 
blocos de pedra. A maior entre as três pirâmides é o túmulo do faraó Quéops, com 
146 metros de altura e 230 metros de lado. 
Segundo o Prof. Dr. Jefferson Sidney Camacho, até o final do século XIX, a 
alvenaria era um dos principais materiais de construção utilizados pelo homem. As 
construções da época eram então erguidas segundo regras puramente empíricas, 
baseadas nos conhecimentos adquiridos ao longo dos séculos. Porém com o 
surgimento do concreto, a função estrutural das alvenarias se perdeu. 
Em meados do século XX, houve uma necessidade de mudança devido à 
busca de novas tecnologias de sistemas construtivos, com isso a alvenaria 
estrutural, foi retrabalhada a partir daí um grande número de pesquisas foi 
desenvolvido em muitos países, permitindo que fossem criadas normas, e adotados 
critérios de cálculo baseados em métodos racionalizados. 
No Brasil, a introdução da Alvenaria Estrutural se deu no final da década de 
60, porém hoje embora muito empregada nos grandes centros urbanos, não é muito 
conhecida em locais que o uso não é muito técnico, devido ao medo de inovação de 
uma alternativa relativamente nova no Brasil. 
A seguir apresentamos uma tabela, descrevendo as etapas históricas 
passadas pela alvenaria estrutural, sua fase inicial, com recursos naturais, como 
pedras e tijolos simples, sem muitos estudos, e após o uso de normas específicas de 
cálculos. 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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Ano Acontecimento 
Alvenaria estrutural “antiga” com recursos naturais (sem base de cálculo) 
2551 a 2528 a.C. Pirâmides de Góes. 
 480 a 323 a.C. Construção do Parthenon, na Grécia. 
1368 a 1644 Muralha da China. 
Alvenaria estrutural “atual” com blocos estruturais e/ou armações 
1889 
Edifício Monadnock, em Chicago, tem 16 pavimentos e 65 metros de 
altura. 
 
1923 
A Brebner publica os resultados de ensaios realizados ao longo de dois 
anos. Este marco é considerado o início da alvenaria estrutural armada. 
1948 
Foi publicada a primeira norma para o cálculo de alvenaria de tijolos na 
Inglaterra. 
1951 
Em 1951, o primeiro edifício em Alvenaria Estrutural não Armada é 
construído na Suíça, com 13 pavimentos e 41 m de altura. 
1966 
Editado o primeiro código americano de Alvenaria Estrutural 
(Recommended Building Code Requirements for Engineered Brick 
Masonry). 
1978 
Editada uma nova norma inglesa, que trabalha com o método 
semiprobabilístico, abandona-se o critério das tensões admissíveis. 
Alvenaria estrutural “atual” no Brasil 
1966 
Início da Alvenaria Estrutural Armada, no Brasil, com a construção do 
conjunto habitacional "Central Parque da Lapa", em São Paulo, 
edifícios de quatro pavimentos em blocos de concreto. 
1977 
Início da Alvenaria Estrutural Não Armada, no Brasil, com a construção 
de um edifício de nove pavimentos em São Paulo, usando blocos sílico-
calcáreos. 
Década de 80 
 
Introdução de blocos cerâmicos na Alvenaria Estrutural.1988 
Construção, em São Paulo, de quatro edifícios de 18 pavimentos em 
blocos de concreto, os mais altos da América do Sul, na época. 
 
Tabela 1 – histórico da alvenaria estrutural 
Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – Prof. Dr. Jefferson S. Camacho – 2006 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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2.2. NORMAS 
 
Norma Nacional: 
• NBR 10837: Cálculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de 
Concreto. 1989. Trata do cálculo da alvenaria estrutural, armada e não armada, de 
blocos vazados de concreto. 
• NBR 8798: Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de 
blocos vazados de concreto. 1985. Fixa as condições exigíveis que devem ser 
obedecidas na execução e no controle de obras. 
 
Norma Norte Americana: 
• ACI Manual Building Code Requirements and Specifications for 
Masonry Structures and Related Commentaries. 530/530.1-05. 
 
Norma Européia: 
• Design of masonry structures. 
Tradução: Projeto de estruturas de alvenaria 
 
2.3. DEFINIÇÃO DE ALVENARIA 
 
Alvenaria é um componente construtivo usado para paredes estruturais, 
fechamentos, divisórias, muros de arrimo, fundações etc., compostos de tijolos ou 
blocos unidos entre si por elementos de ligação ou argamassa, formando um 
conjunto rígido e homogêneo. Especificamente as alvenarias de vedação são 
aquelas destinadas a compartimentar espaços, preenchendo os vãos de estruturas 
de concreto armado, aço ou outras estruturas. Assim sendo, devem suportar tão 
somente o peso próprio e cargas de utilização, como armários, rede de dormir e 
outros, porem devem apresentar adequada resistência às cargas laterais estáticas e 
dinâmicas, por exemplo, da atuação do vento, impactos acidentais e outras. 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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Figura 2 - Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos 
Fonte: Grupo Estrutural 
 
As alvenarias têm sido empregadas desde a antiguidade, porém o 
conhecimento adquirido ao longo dos anos tem hoje pouco valor relativo, em função 
das transformações sofridas pela construção: os edifícios atuais atingem alturas de 
dezenas de metros, as estruturas foram "flexibilizadas", com o surgimento das 
estruturas pilar-laje, eliminou-se grande parte das vigas, em algumas obras os 
contrapisos vêm sendo eliminados, com esse avanço surge também à alvenaria 
estrutural. 
O que é a alvenaria estrutural? A alvenaria estrutural é conceituada onde os 
elementos que desempenham a função estrutural são as alvenarias, ou seja, possui 
uma dupla função: 
 
• Vedação, como parede; 
• Resistência, peça de suporte as cargas de toda a estrutura; 
 
Existe a necessidade de um planejamento de projeto, com dimensionamento 
de acordo com a necessidade da obra, por procedimentos racionais de cálculo para 
suportar cargas além de seu peso próprio e devem ser executados de forma 
racional, ou seja, deve-se observar o projeto para a execução, eliminando os erros. 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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Figura 3 - Alvenaria estrutural 
Fonte: Canal Do Engenheiro 
 
2.3.1. CLASSIFICAÇÃO 
 
A alvenaria estrutural pode ser classificada de acordo com a NBR 10837: 
cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto, que atriubui a 
separação, quanto ao processo construtivo empregado, sendo eles: 
 
• Alvenaria Estrutural Não Armada 
Aquela construída com blocos vazados de concreto, assentados com 
argamassa, e que contém armaduras com finalidade construtiva ou de amarração, 
não sendo esta ultima considerada na absorção dos esforços calculados. 
 
• Alvenaria Estrutural Armada 
Aquela construída com blocos de concreto, assentados com argamassa, na 
qual certas cavidades são preenchidas com micro-concreto (graut), contendo 
armaduras envolvidas o suficiente para absorver os esforços calculados, algumas 
daquelas armaduras com finalidade construtiva e/ou amarração. 
 
• Alvenaria Estrutural Parcialmente Armada 
Aquela em que algumas paredes são construídas, segundo as 
recomendações da alvenaria armada, com blocos vazados de concreto, assentados 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
Página 16 de 46 
 
com argamassa, a que contem armaduras localizadas em algumas cavidades 
preenchidas com micro-concreto (graut), para resistir os esforços calculados, e 
algumas com finalidade construtiva ou de amarração sem paredes restantes 
consideradas não armadas. De uma forma geral, essa definição é empregada 
somente no Brasil. 
 
• Alvenaria Estrutural Protendida: 
É o processo construtivo em que existe uma armadura ativa de aço contida no 
elemento resistente. Alvenaria Estrutural de Tijolos ou de Blocos: função do tipo das 
unidades. Alvenaria Estrutural Cerâmica ou de Concreto: conforme as unidades 
(tijolos ou blocos) sejam de material cerâmico ou de concreto. 
 
2.4. COMPOSIÇÃO DA ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
Os componentes utilizados na alvenaria estrutural são os blocos estruturais, 
argamassa, micro-concreto (graute) e o aço. 
 
2.4.1. BLOCOS ESTRUTURAIS 
 
É o elemento principal da alvenaria estrutural, são peças industrializadas de 
dimensões e peso que as fazem manuseáveis, além disso, os blocos estruturais por 
apresentarem furos na vertical, possibilitam a passagem de tubulações e instalações 
elétricas sem a necessidade de quebras posteriores, suas paredes lisas possibilitam 
a aplicação direta de gesso ou textura direto dispensando o chapisco e reboco. 
As Canaletas "U", para vergas, Canaletas "J" e Canaletas Compensadoras 
proporcionam o perfeito acabamento no respaldo (cinta) para receber o apoio da 
laje. 
As principais propriedades dos blocos são a resistência à compressão, 
estabilidade dimensional, vedação, absorção e adequação de modulação. 
Podem ser classificados de acordo com a composição dos materiais: 
• Blocos de concreto; 
• Blocos cerâmicos. 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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• Blocos cerâmicos 
 
A NBR 7171 – Bloco cerâmico para alvenaria define bloco cerâmico como um 
componente da alvenaria que possui furos prismáticos e/ou cilíndricos 
perpendiculares às faces que contém. 
Os blocos cerâmicos são compostos pela principal matéria prima, a argila, e 
está ligada a qualidade do bloco, definindo maior ou menor resistência, porém existe 
a necessidade de ser realizados testes, pois segundo a NBR 7171, considerando o 
valor mínimo da resistência característica à compressão dos blocos cerâmicos 
estruturais, sendo a partir de 3,0 MPa, referida à área bruta. 
No processo de produção são utilizados máquinas estruturas, e os blocos 
cerâmicos tem que ser submetidos à secagem e à queima em temperaturas 
elevadas. 
 
Figura 4 – Tipos de blocos cerâmicos 
Fonte: Comercio FK 
 
• Bloco de concreto simples 
 
De acordo com a norma NBR 6136 - Blocos vazados de concreto simples 
para alvenaria estrutural, este se define como um elemento de alvenaria cuja área 
líquida é igual ou inferior a 75% da área bruta1, podendo ser classificado como: 
 
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“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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• Classe AE: uso geral, como paredes externas acima ou abaixo do nível do 
solo, que podem estar expostas à umidade ou intempéries, e que não recebem 
revestimento de argamassa; 
• Classe BE – limitada ao uso acima do nível do solo, em paredes externas 
com revestimento de argamassa e em paredes não expostas às intempéries. 
 
As dimensões nominais deste componente podem ser de 20x20x40cm, 
20x20x20 cm, 15x20x40 cm e 15x20x20 cm, e apresentam classes de resistência 
que variam desde 4,5 MPaaté 16 MPa. A classe de resistência 4,5 MPa tem uso 
restrito à classe BE. Outras limitações do teor máximo de 10% param a absorção de 
água, e retração por secagem menor ou igual a 0,065%. 
A determinação da resistência deve ser efetuada com um mínimo de seis 
amostras de um mesmo lote, separado a partir de blocos que devem ter as mesmas 
características aparentes, em quantidade nunca superior a 100.000 unidades, a 
partir de a expressão a seguir: 
 
 
Os blocos de concreto devem ser fabricados a partir de uma dosagem 
racional de cimento Portland, água, agregados e aditivos e adições. Ao contrário dos 
blocos cerâmicos, os de concreto apresentam deformações dimensionais 
significativas quando submetidos a variações higroscópicas (até 1mm/m), e 
pequenas em variações térmicas (1/5 deste valor). 
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Figura 5 – Tipos de blocos 
Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – Prof. Dr. Jefferson S. Camacho – 2006 
 
 
 
 
 
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“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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2.4.2. ARGAMASSA PARA ASSENTAMENTO 
 
É o componente de ligação da alvenaria que age como um adesivo selante. 
As suas principais funções são: composição e união solidária dos tijolos ou blocos 
com conseqüente aumento da resistência a esforços laterais; distribuição das cargas 
atuantes uniformemente por toda a área do bloco; deformação necessária e 
suficiente para que os blocos sofram uma ação atenuada destes esforços; 
isolamento hidráulico das juntas contra penetração de água, especialmente da 
chuva. 
Segundo Fioritto, a dosagem utilizada para assentamento deve limitar as 
proporções de areia solta e úmida, em volume, a um mínimo de 2,25 e máximo de 
3,0 vezes a soma dos volumes dos aglomerantes isoladamente. Por exemplo, para 
uma alvenaria estrutural pode-se utilizar dosagem, em volume, no traço de 
1,0:1/2:(2,8 a 3,775), de cimento, cal hidratada e areia. 
As normas americanas especificam quatro tipos de argamassas mistas, 
designadas por M, S, N e O, assim como a britânica tem suas correspondentes i, ii, 
iii, e iv, conforme tabelas que seguem: 
 
 
Tabela 2 – Traços e propriedades das argamassas americanas e britânicas 
Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural – Prof. Dr. Jefferson S. Camacho – 2006 
 
A aplicação da argamassa tipo M, é recomendada para alvenaria em contato 
com o solo, tais como fundações, muros de arrimo, etc., já a argamassa tipo S, para 
alvenaria sujeita aos esforços de flexão, a argamassa tipo N, seu uso é para 
alvenarias expostas, sem contato com o solo e a argamassa tipo O pode ser usada 
em alvenaria de unidades maciças onde a tensão de compressão não ultrapasse 
0.70 MPa e não esteja exposta em meio agressivo. 
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O procedimento para produção da argamassa depende do tipo que será 
utilizado: quando se trata apenas de cimento e areia, estes materiais são misturados 
com água direto na betoneira, por um mínimo de 3 e máximo de 10 minutos, estando 
assim pronta para aplicação; quando levar cal ou saibro, estes devem ser pré 
misturados à areia com antecedência mínima de 16 horas, e na hora da aplicação 
envolvidos com cimento e água, devendo ser usada em 2 horas. 
 
2.4.3. MICRO-CONCRETO (GRAUTE) 
 
O micro-concreto (graute) é um concreto, ou seja, tem a mesma mistura de 
materiais, porém as diferenças estão no tamanho do agregado (mais fino, 100% 
passando na peneira 12,5 mm) e na relação água/cimento, sendo sua composição 
total: 
CIMENTO + CAL HIDRATADA + AGREGADO MIÚDO + 
AGREGADO GRAÚDO + ÁGUA 
 
Deve-se aplicar o micro-concreto, nos vazados dos blocos, com a principal 
função, de proporcionar a integração da armadura com a alvenaria e aumentar a 
resistência da parede, ele deve proporcionar um desempenho estrutural compatível 
com a alvenaria armada e ainda assegurar a aderência à armadura vertical e 
horizontal além de protegê-las contra corrosão. 
Seu modo de preparo pode ser de misturado em obra, fornecido por central 
de concreto e industrializado. 
 
2.4.4. AÇO 
 
O aço utilizado nos elementos de concreto armado são as mesmas utilizadas 
na alvenaria estrutural, porém sempre envolvidos por graute, para garantir a 
integração do sistema. 
 
 
 
 
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“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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2.5. RESISTÊNCIA MECÂNICA DE PAREDES 
 
A avaliação do desempenho mecânico de uma parede de alvenaria é de 
importância primordial para a predição do seu desempenho, fazendo-se necessário 
o adequado conhecimento a respeito da influência de cada componente envolvido, 
especificações e métodos de ensaios previstos. 
De um modo geral, a resistência à compressão das paredes e dos pilares de 
alvenaria depende de muitos fatores, entre os quais se destacam: 
• Resistência das unidades; 
• Resistência da argamassa; 
• Qualidade da mão-de-obra; 
• Esbeltez do elemento. 
 
Por fim, a NBR 8949, prescreve um método de ensaio de paredes estruturais 
constituídas com blocos de concreto, blocos cerâmicos ou tijolos, de modo que se 
analisam também os prismas, a argamassa de assentamento e, eventualmente, o 
graute. 
Para este ensaio são preparadas paredes de 120x260 cm (largura x altura), 
nas quais são acoplados deflectômetros para medição das deformações. Trata-se de 
um ensaio de difícil execução, especialmente devido às grandes dimensões do 
corpo de prova, de modo que a resistência admitida é a média encontrada após o 
ensaio apenas com 3 amostras. 
Na expressão dos resultados, além dos valores correspondentes às tensões 
de ruptura individuais dos blocos, argamassa de assentamento, carga de surgimento 
da primeira trinca, deve-se apresentar gráficos: carga x encurtamento e carga x 
flecha, além de outros itens. 
Com base em diversas pesquisas realizadas, algumas das principais 
conclusões obtidas a partir dos ensaios de compressão em paredes são: 
• A resistência à compressão é inversamente proporcional à quantidade de 
juntas de assentamento; 
• As paredes com juntas em amarração são mais resistentes que as paredes 
com juntas aprumadas; 
• A espessura ideal das juntas situa-se em torno de 10 mm. 
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• A resistência da parede não varia linearmente com a resistência dos blocos 
e, especialmente, da argamassa de assentamento, a qual tem influência 
relativamente pequena na estabilidade global do conjunto. 
Por fim, a normalização brasileira para cálculo de alvenaria estrutural simples, 
não armada, apresenta a expressão a seguir indicada para a determinação da 
resistência estimada da parede, a partir da resistência do prisma correspondente. 
 
 
2.6. PROCEDIMENTO DE PLANEJAMENTO DE PROJETO 
 
Juntamente ao projeto das alvenarias deve ser realizada a coordenação de 
todos os projetos necessários para a execução da obra. As interferências dos 
projetos arquitetônico, estrutural e de instalações devem ser cuidadosamente 
analisadas e resolvidas na fase de anteprojeto. 
 
 
Figura 6 – Projeto da planta – Alvenaria estrutural 
Fonte: Pauluzzi blocos cerâmicos 
 
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Figura 7 – Projeto de cortes – Alvenaria estrutural 
Fonte: Estádio 3 
 
A modulação do projeto arquitetônico e estrutural, apesar de ser importante, 
não é imprescindível para a utilização da alvenaria racionalizada, porém um projeto 
modulado e que utiliza a menor quantidade de tipos de bloco possível com certeza 
agiliza a execução e facilita a logístico e o estoque dentroda obra. 
Para projetos não modulados na concepção em uma malha de 15 cm, a 
Pauluzzi disponibiliza famílias de componentes com blocos compensadores, que 
permitem a elaboração de projetos de alvenaria que podem ser adaptáveis a uma 
grande variedade de vãos. 
Itens importantes a serem considerados nos diversos projetos: 
 
Projeto estrutural: 
• Dimensões dos elementos estruturais (lajes, vigas e pilares) 
• Distâncias de face-a-face dos pilares que definem os vãos de paredes 
utilizados na sua paginação e a altura do pé-direito estrutural. 
 
Projeto elétrico e de comunicações: 
• Locação de eletrodutos verticais para a passagem por dentro dos furos 
dos blocos 
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• Locação de shafts verticais nas prumadas das áreas comuns 
• Locação dos pontos de luz, tomadas e interruptores 
• Locação de quadros medidores 
 
Projeto de instalações hidrosanitárias: 
• Locação de shafts verticais para as tubulações de água e esgoto 
• Locação de ramais hidráulicos 
• Locação de peças sanitárias. 
Devem ser analisados também os projetos de instalação de gás, proteção 
contra incêndio e impermeabilização. 
 
O projeto de alvenaria: 
• Planta de numeração das paredes 
• Planta de primeira e segunda fiadas 
• Locação da primeira fiada 
• Paginação de cada parede 
• Definição quanto ao uso de vergas e contravergas 
• Especificação dos componentes da alvenaria: blocos e dosagem da 
argamassa de assentamento 
• Características das juntas entre blocos (espessura) 
• Detalhamento das ligações alvenaria-estrutura. 
 
 
Figura 8 – Projeto da planta – Alvenaria estrutural 
Fonte: Pauluzzi blocos cerâmicos 
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A elevação de cada parede deve contemplar os tipos de blocos, a quantidade 
de cada um, as dimensões das aberturas, a posição de vergas e contravergas, o 
posicionamento de eletrodutos e caixas de luz, telefone, antena, internet e outros, 
além dos detalhes de ligação entre paredes e entre as paredes e a estrutura. A 
sobreposição de projetos em versão digital pode ser utilizada e, assim, todos os 
componentes da parede podem ser identificados com maior facilidade. 
Para um projeto executivo de elevação das alvenarias é importante que o 
mesmo contemple todos os detalhes que possam ser úteis na execução. Entre os 
itens importantes podemos destacar: 
 
• Paginação dos blocos 
• Instalações elétricas, hidráulicas, telefonia, ar-condicionado, internet. 
• Dimensões de vãos 
• Determinação de vergas e contravergas 
• Quantitativo de blocos por tipo de bloco 
• Numeração das fiadas 
• Detalhe da amarração pilar/bloco 
 
Os projetos de arquitetura, e até mesmo alguns projetos de alvenaria, têm se 
restringido ao comportamento mecânico e à coordenação dimensional das paredes 
com outros elementos da obra, como caixilhos e vãos estruturais. Na realidade, as 
alvenarias devem ser enfocadas de forma mais ampla, considerando-se aspectos do 
desempenho termo-acústico, resistência à ação do fogo, produtividade e outros. Sob 
o ponto de vista da isolação térmica ou da inércia térmica das fachadas, por 
exemplo, as paredes influenciam a necessidade ou não de condicionamento artificial 
dos ambientes internos, com repercussão no consumo de energia ao longo de toda 
a vida útil do edifício. 
 
2.7. VANTAGENS E DESVANTAGENS 
 
A pesquisa mostra que a alvenaria estrutural pode trazer as seguintes 
vantagens: 
• Redução de custos; 
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• Menor diversidade de materiais empregados; 
• Redução da diversidade de mão-de-obra especializada; 
• Maior rapidez de execução; 
• Tubulações externas, fácil manutenção; 
• Robustez estrutural, maior resistência a danos patológicos decorrentes 
de movimentações; 
• Obra mais limpa e menos desperdício, blocos vazados permitem a 
passagem das tubulações elétricas e hidráulicas; 
• Reserva de segurança frente a ruínas parciais. 
 
É no contexto econômico, que aparecem as vantagens da alvenaria 
estrutural, por ser uma maneira simples, rápida e barata de se construir. Porém 
possuem algumas desvantagens: 
 
• Limitação do projeto arquitetônico pela concepção estrutural, que não 
permite a construção de obras arrojadas; 
• Impossibilidade de adaptação da arquitetura para um novo uso; 
• Tubulações externas, podendo causar riscos a segurança; 
• Proibido recortes nas paredes para colocação de novas tubulações; 
• Necessidade de um projeto. 
 
De acordo com o engenheiro da UFPR, essa é uma das principais limitações. 
“Se o projeto não for elaborado especificamente para alvenaria, deixa de ser 
compensador, porque a alvenaria pressupõe padronização”, avalia Dalledone. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. ESTUDO DE CASO 
 
3.1. DESCRIÇÃO DA OBRA 
 
A obra que realizamos a visita técnica está localizada na Rua Duarte 
Murtinho, no bairro Jardim Silvina Audi, na cidade de São Bernardo do Campo, esta 
sendo realizada pela Construtora Planova Planejamento e Construções, que são 
integrantes do Projeto de Urbanização Integrada do Complexo de Assentamentos 
Precários do Jardim Silvina Audi. 
 
 
Figura 9 – Localização da obra em relação ao centro São Paulo 
Fonte: Google Mapas - 2016 
 
Figura 10 – Localização da obra 
Fonte: Planova Planejamento e Construções – 2010 
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3.1.1. O PROJETO 
 
Desde 2009 a Prefeitura de São Bernardo do Campo estabeleceu a habitação 
como prioridade e se organizou institucionalmente para desenvolver uma política 
abrangente que prioriza a intervenção nos assentamentos precários, dentro de dos 
projetos investidos, está o projeto em estudo, projeto de urbanização integrada do 
complexo de assentamentos precários do Silvina Audi, que foi desenvolvido com o 
objetivo geral de assegurar o direito à moradia adequada e a eliminação de riscos à 
vida para as famílias residentes nos assentamentos precários do Jardim Silvina. 
 
Figura 11 – Mapa de visualização do projeto 
Fonte: Planova Planejamento e Construções – 2010 
 
A empresa responsável pelo projeto desenvolvido foi a Boldarini Arquitetos 
Associados, a construção é composta de dois prédios interligados por uma área em 
comum ao centro, na altura da parte superior do bairro. Cada andar possui seis 
apartamentos de 51,25 m³, com sala, cozinha, banheiro, área de serviço e dois 
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dormitórios, e dois apartamentos de 61,72 m², localizados nas laterais, com a 
mesma composição, mas com três dormitórios. 
Os Conjuntos Habitacionais A1 e A2 serão formados por um total de 120 
unidades habitacionais, quatro unidades comerciais, duas áreas de lazer 
condominiais cobertas e duas salas de leitura, distribuídas por duas edificações 
denominadas Edifício A1 e Edifício A2 as duas edificações terão nove pavimentos. 
 
 
 Figura 12 – Perspectiva dos conjuntos habitacionais que serão construídos 
Fonte: Planova Planejamento e Construções – 2010 
 
 
Figura 13 – Perspectiva dos conjuntos habitacionais que serão construídos 
Fonte: Planova Planejamento e Construções – 2010 
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3.2. TIPO DE ALVENARIA UTILIZADA 
 
Os edifícios serão construídos em estrutura mista, na maior parte concebida 
em sistema de alvenaria estrutural. Em regiões do embasamento das edificações, 
reservatórios de água inferiores e salões comerciais,é prevista transição entre o 
sistema de alvenaria estrutural e o sistema de concreto armado composto por pilares 
e vigas moldados in loco. 
 
3.3. ETAPAS DA EXECUÇÃO 
 
Numa obra nova começamos com o gabarito de tabua corrida para identificar 
os eixos, após a fixação dos sarrafos ao longo de onde vai ser feita o baldrame, que 
segue a linha onde futuramente será executada a alvenaria, será compactada uma 
camada de brita, após será colocada uma camada de concreto (traço 1:3:6) com 
cerca de 3 cm e colocamos as barras de ferro, colocado as barras de ferro e será 
complementado com concreto, isso para que as futuras alvenarias não afundem. 
Se por algum acaso houver alagamento nas nos alicerces, terá que ser 
drenado toda a agua antes de prosseguirmos com a operação. 
A primeira fiada será colocada de boca para cima e preenchida com concreto, 
nesse caso pode-se usar bloco canaleta apesar de ser mais caro. 
 
Figura 14 – Colocação da primeira fiada 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
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Os blocos geralmente são assentados um dia depois de a primeira fiada ser 
concretada. 
Essas canaletas deverão conter uma barra de ferro e preenchida com 
concreto (1:2,5:4), sempre deixando o arranque. Observar sempre se será preciso 
uma drenagem para que não ocorra alagamento nos alicerces. 
Após toda essa execução começamos com o posicionamento do bloco 
estrutural que vão substituir os pilares e vigas de concreto convencional. 
Esses blocos são padronizados e com grande resistência para que suportem 
a carga. Geralmente a um preenchimento somente em um dos furos do bloco a cada 
de 3,5m e não necessariamente nos cantos. 
A altura do alicerce depende do tipo de terreno. 
As fiadas acimas são com bloco 14 cm de largura, sempre sendo a ultima 
fiada um bloco canaleta ou “J” onde será preenchido de concreto. 
No alicerce será feito uma impermeabilização com tinta betuminosa afim de 
não deixar passar umidade, após a impermeabilização será feito o aterro e em 
seguida a colocação da parte hidráulica, e deixando os pontos onde indicado no 
projeto ai será feito ai concretagem do contra piso, para que a obra se mantenha 
limpa e de fácil locomoção de pessoas e materiais, além de recuperar a argamassa 
que venha a cair no piso. 
Após a secagem do contra piso será feito a elevação da alvenaria estrutural, o 
assentamento dos blocos se dará das extremidades para o centro. Os desencontros 
das juntas são muito importantes para a distribuição de peso. 
Na montagem da alvenaria estrutural a cada cinco fiadas serão preenchida as 
colunas (furos dos blocos com uma barra de ferro), para manter a estabilidade da 
alvenaria. 
Nos vãos das portas e janelas será feito uma verga e contra verga para 
assentamento das mesmas. 
Na fase final da alvenaria será feito a laje usando bloco em “J” no final da 
alvenaria que servirá de arremate em toda a lateral da laje. 
Na laje antes da concretagem são distribuídos os conduites para passagem 
da fiação da parte elétrica, após a distribuição será feito a concretagem estando 
sempre atento para não amassa os conduites dificuldade da passagem dos fios. 
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Logo após a concretagem da laje será feito a estrutura do telhado, poderá ser 
feito com madeira ou de estrutura metálica, as telhas geralmente são tipo romana, 
mas nada impede de serem usados outros tipos. 
O revestimento externo poderá ser de bloco aparente pintado ou chapisco, 
emboço e reboco, sendo que interno poderá ser usado gesso, ou chapisco, emboço 
e reboco, sendo que o gesso para parte interna é mais barato e rápido. 
 
3.4. TABELA DE CUSTOS 
 
Ao iniciar uma obra deve-se ter um planejamento de custo efetivo, desde a 
elaboração deste projeto até a sua finalização. A obra tem que obedecer este prazo 
e o custo estimado em sua execução. Segue abaixo, um processo de orçamento e 
suas classificações apresentado pelo Blog RExperts.com.br caracterizando uma 
eficiente aplicação. 
Se nós pudéssemos classificar os custos de uma construção do início ao fim, 
podemos separá-los em cinco grupos para facilitar o processo de orçamento: 
• Projetos e consultorias; 
• Custos diretos de obras civis; 
• Despesas indiretas; 
• Remuneração da construtora; 
• Impostos e taxas. 
 
Tabela 3 – Processos de orçamento 
Fonte: Blog RExperts.com.br 
 
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3.4.1. COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS 
 
Um conceito bem simples para entender o funcionamento dos CPU’s é o 
de Insumos vs. Serviços: 
Insumos: existem três tipos de insumos: 
• Material: pedra, areia, cimento, barra de aço, lata de tinta, folha de 
porta, etc. 
• Mão-de-obra: pedreiro, servente, armador, pintor, carpinteiro, 
eletricista, etc. 
• Equipamentos: furadeiras, lixadeiras, betoneira, rolo compactador… 
Serviço: é a combinação de um conjunto de insumos para entregar um 
“pacote de trabalho” mensurável. 
 
Por exemplo, para se fazer 1 m² de parede o serviço seria “Execução de 
alvenaria em blocos cerâmicos de 14 cm com a seguinte composição de insumos: 
• 14 blocos cerâmicos de vedação (14x19x39cm) 
• 0,0133 m³ de argamassa mista 
• 1,1 hora de servente 
• 1,4 hora de pedreiro 
Se você tem o preço unitário de cada insumo, você terá o custo unitário de 1 
m² do serviço: 
Blocos cerâmicos de vedação (14x19x39cm) – R$ 1,81/unidade x 14 = R$ 
25,40 
• Argamassa mista – R$ 418,94/m³ x 0,0133 = R$ 5,57 
• Servente – R$ 12,63/h x 1,1 = R$ 13,89 
• Pedreiro – R$ 15,86/h x 1,4 = R$ 22,21 
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Total = 25,40+5,57+13,89+22,21 = R$ 67,07/m² de alvenaria em bloco 
cerâmico 
Se você possui uma tabela com todos os preços de insumos da sua obra e 
outra tabela com os consumos de todos os serviços a serem executados com todas 
as quantidades, você tem condição de orçar todos os custos diretos. 
 
Caso prático 1: Você precisa fazer uma parede de 10 metros de comprimento 
com 3 metros de altura. Um empreiteiro se oferece a fazer o serviço por R$ 1.000 – 
O preço está caro ou barato com relação ao mercado? 
Solução: 
Com a composição detalhada acima, temos que cada m² de alvenaria tem um 
custo de R$ 36,10 (R$ 13,89 de servente + R$ 22,21 de pedreiro) 
A parede tem 10m x 3m = 30 m² 
30 m² x R$ 36,10 = R$ 1.083,00 
Logo, o serviço oferecido por R$ 1.000 parece estar adequado com o 
mercado e você aceita. 
 
Caso prático 2: Supondo que você feche negócio com o empreiteiro acima, 
qual o prazo estimado de execução se ele disponibilizar 2 pedreiros e 2 serventes? 
30 m² de alvenaria precisa de: 
• 1,1h x 30 = 33h de servente 
• 1,4h x 30 = 42h de pedreiro 
• Supondo uma jornada de trabalho de 8 horas diárias: 
• 33h de servente ÷ 2 serventes ÷ 8 horas = 2,0 dias 
• 42h de pedreiro ÷ 2 pedreiros ÷ 8 horas = 2,6 dias 
Com os cálculos acima, vemos que o gargalo é o número de pedreiros e que 
a tarefa irá consumir quase 3 dias de trabalho. 
Você percebeu um recurso extra ao utilizar as composições de custo? 
Sim, é possível ter uma estimativa de quanto tempo cada tarefa 
consumirá para um dado tamanho de equipe. Você também pode definir um prazo 
e dimensionar a equipe com essas informações em mãos. 
 
 
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3.5. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 
 
 
Figura 15 – Fachada atual real 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
Figura 16 – Primeira Fiada 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
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Figura 17– Primeira Fiada 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
 
Figura 18 – Colocação de Formas para laje, após a execução da parede de alvenaria 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
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Figura 19 – Elevação 2° Pavimento 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
Figura 20 – Concretagem 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
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Figura 21 – Acabamento Externo 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
Figura 22 – Acabamento Externo 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
 
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Figura 23 – Edifício A2 em finalização e Edifício A1 em Elevação 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
 
Figura 24 – Acabamento Externo 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
 
 
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4. DISCUSSÕES E RESULTADOS 
 
4.1.1. TEMPO DE EXECUÇÃO 
 
A Licitação foi concebida para a Construtora Planova Planejamento e 
Construções em 2013 onde nesse período realizou algumas remoções, no início de 
2014 deram-se por introduzir a obra. A data prevista para a entrega do projeto é 
para o final de 2016. 
 
4.1.2. DIFICULDADES 
 
O projeto como um todo encontra constantemente várias objeções, desde o 
estudo do caso, a realização do projeto até a execução do mesmo. Por se tratar de 
uma comunidade e devido a sua localidade, houve e ainda há muitos contratempos 
diários na obra. Para a realização deste projeto, foram necessárias a mobilização e 
remoções de famílias desta localidade, onde a Prefeitura de São Bernardo do 
Campo os beneficia com um auxílio aluguel até a entrega dos apartamentos para 
cada família, porém alguns moradores entraram com ação judicial contra a Prefeitura 
assim dificultando sua remoção. 
 Outro fator importante foi à declinação do terreno, com algumas intempéries 
desde a descoberta de uma mina de água, dificuldade de acesso dos materiais e 
principalmente a perturbação da comunidade perante a obra. 
 
4.1.3. APRENDIZAGEM 
 
O trabalho desenvolvido é o primeiro especifico na área de construção civil, 
pois nos proporcionou a conhecer um canteiro de obra e várias atividades 
desenvolvidas. 
Além de estar dentro do nosso futuro ambiente de trabalho, podemos 
conhecer um tipo de construção diferenciada da convencional, na pesquisa 
bibliográfica, podemos ter o conhecimento teórico, do surgimento, função e 
elementos que compõe a estrutura de alvenaria estrutural, complementado com o 
estudo de caso, a visita técnica nos permite conhecer visualmente e na pratica todo 
o processo de execução. 
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Ao analisar, o conhecimento adquirido nas matérias de gerenciamento de 
obras, materiais naturais e artificiais e resistência dos materiais, podem fazer uma 
“ponte” entre o teórico e o prático, onde todos do grupo puderam observar a 
execução dos ensinamentos em sala de aula e implantado no canteiro de obra. 
 
4.1.4. RESULTADO 
 
Resumindo, o resultado foi plenamente satisfatório, pois conseguiu atingir o 
objetivo principal, pois através de da visita técnica em uma obra de alvenaria 
estrutural, conseguimos desenvolver todo o conceito aprendido e apresentamos em 
forma desse trabalho os processos e técnicas utilizados para a execução. 
Com todo esse conhecimento adquirido, podemos definir que a técnica de 
alvenaria estrutural, possui muito mais vantagens do que desvantagens ao ser 
empregado em uma obra, construções com alvenaria estrutural é mais rápida, 
econômica e segura, assim se torna uma excelente opção de construção. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Entre todas as coisas mais importantes dentro da engenharia civil, a estrutura 
merece destaque, ela é responsável por transmitir de maneira igualitária as cargas 
em todo o edifício até chegar ao solo, onde é usado fundações para transmitir as 
cargas da estrutura para o solo. 
Com o sistema de alvenaria estrutural, o peso é distribuído sobre as paredes, 
que são autoportantes, ou seja, além de ter a função de vedação, possui a função 
de sustentar as cargas provenientes a edificação, o sistema se difere do convencial, 
por não possuir pilares e vigas, o que faz com que os projetos, cálculos e execução 
das paredes, sejam de extrema importância, para assim ter um melhor 
dimensionamento da estrutura e erro zero, pois qualquer erro pode fazer com que a 
estrutura se desestabilize e caia, podendo ou não matar civis. 
Entre as principais qualidades desse método está à redução de duração da 
obra, a redução de custos e a sustentabilidade, coma a redução de resíduos, 
tornando uma obra mais viável e limpa. 
 Pode-se concluir que o método de construção em alvenaria estrutural é bem 
antigo, porem com a descoberta do concreto armado, caiu em desuso, sendo 
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empregada novamente somente no século XX e foi se aprimorando ao longo dos 
anos, nos dias de hoje, está em constante crescimento e sempre se modernizando, 
com isso ela se torna cada vez mais visível e importante no nosso dia a dia, reduz 
substancialmente o custo numa obra sem deixar que a estrutura se comprometa ou 
menos eficiente que o concreto armado, podendo competir diretamente com o 
método convencional hoje mais utilizado nas obras. 
Com a oportunidade de realizar a visita técnica, em uma obra em execução 
dessa técnica, nos possibilitou a aprender sobre cada passo da execução e 
planejamento, analisar as normas técnicas regentes para esse tipo de obra, como 
por exemplo, a mais importante delas é a que não se pode remover nenhuma 
parede de alvenaria, pois isso poderá comprometer a resistência de todas as 
paredes no pavimento inferior e sobrecarregar a estrutura completa. 
Concluímos que com o trabalho obtemos a aplicação de todo os 
conhecimentos adquiridos em sala de aula, dentro do canteiro de obras, a 
organização e os cuidados necessários durante toda a obra. 
E o ultimo ponto que gostaríamos de ressaltar, é o que cada um do grupo 
conseguiu analisar um pouco mais da área de construção civil, durante a execução 
desse trabalho, com isso nos faz se sentir mais perto do mercado profissional nessa 
área, nos permitindo sermos estudantes, já com bases e conhecimentos de 
profissionais na área. 
 
 
Figura 25 – Foto de dois integrantes do grupo na Visita Técnica 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
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6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
ALVES, C. O. de.; PEIXOTO, E. J. S. dos. Estudo comparativo de custo 
entre alvenaria estrutural e paredes de concreto armado moldadas. Trabalho de 
Conclusão de Curso, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade da 
Amazônia, Belém, 2011. Disponível em http://www.unama.br/graduacao/engenharia-
civil/tccs/2011/estudo%20comparativo%20de%20custo%20entre%20alvenaria%20e
strutural%20e%20paredes%20de%20concreto%20armado%20moldadas%20no%20
l.pdf, acesso em 15 de maio de 2016. 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - NBR6136: Bloco 
vazado de concreto simples para alvenaria estrutural. 2007. 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - NBR15270-2: 
Componentes Cerâmicos - Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia 
e Requisitos. 2005. 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - NBR 7171 – Bloco 
cerâmico para alvenaria – Condições exigíveis no recebimento de blocos. 2007 
 
CAMACHO, PROF. DR. JEFFERSON S. - Projeto de Edifícios de AlvenariaEstrutural - Ilha Solteira - SP – 2006. Disponível em 
http://www.nepae.feis.unesp.br/Apostilas/Projeto%20de%20edificios%20de%20alven
aria%20estrutural.pdf, acesso em 15 de maio de 2016. 
 
Cerâmicas FK, Blocos cerâmicos de alvenaria estrutural, disponível em: 
http://www.fkct.com.br/bloco_ceramico_alvenaria_estrutural.html, acesso em 17 de 
maio de 2016. 
 
Cimento Itambé, acervo técnico – o espaço conquistado pela alvenaria 
estrutural, 26 de julho de 2010, entrevista com Roberto Dalledone Machado, 
Engenheiro civil graduado pela Universidade de Brasília (UnB), Disponível em: 
http://www.cimentoitambe.com.br/o-espaco-conquistado-pela-alvenaria-estrutural/, 
acesso em 15 de maio de 2016. 
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“ALVENARIA ESTRUTURAL” 
 
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DUARTE. R. B., Recomendações para o Projeto e Execução de Edifícios de 
Alvenaria Estrutural. Porto Alegre: 1999. Disponível em: 
http://web.set.eesc.usp.br/static/data/producao/1992ME_ValdirOliveiraJunior.pdf, 
acesso em 16 de maio de 2016. 
 
Estádio 3 Engenharia de Estruturas, 2011 – Disponível 
em:http://www.estadio3.com.br/proj_alv_estrut_vista_black.htm, acesso em 15 de 
maio de 2016. 
 
FIORITTO, A.J.S.I. Manual de Argamassas e Revestimentos: Estudos e 
procedimentos de execução. São Paulo, Pini, 1994. Disponível em: 
https://pt.scribd.com/doc/162704935/Manual-de-Argamassas-e-Revestimentos-Ed02, 
acesso em 10 de maio de 2016. 
 
Portal RExperts - Online Real Estate School. Composição de Preço - 2015. 
Disponível em: http://rexperts.com.br/composicao-de-precos-unitarios-cpu/, 
acessado em 20 de maio de 2016. 
 
TAUIL, C. A.; NESE, F. J. M. Alvenaria Estrutural. São Paulo: PINI, 2010, 
disponível em: file:///C:/Users/evelyn/Downloads/Carlos%20Alberto%20Tauil%20-
%20Alvenaria%20Estrutural.pdf, acesso em 10 de maio de 2016. 
 
Téchne, Artigo - Racionalização de alvenaria: avaliação quantitativa - Edição 
149 - Agosto/2009, disponível em http://techne.pini.com.br/engenharia-
civil/149/artigo286624-2.aspx, acesso em 10 de maio de 2016. 
 
 
Documentos técnicos da obra: 
 
Boldarini Arquitetos Associados – Memorial Descritivo e Anexos – Revisão 
00 – 2015. Projeto de urbanização integrada do complexo de assentamentos 
precários do Jardim Silvina Audi. Secretaria municipal de habitação de São Bernardo 
do Campo – SEHAB. 
 
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Conteúdo das matérias: 362R GERENCIAMENTO DE OBRAS CIVIS 
381X MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIAIS 
514X RESISTENCIA DOS MATERIAIS CIVIL 
627R METODOLOGIA DO TRAB. ACADEMICO 
 
7. ANEXOS 
 
7.1. ANEXO I 
Projeto planta – Alvenaria estrutural 
 
7.2. ANEXO II 
Projeto Cortes A e B – Alvenaria estrutural 
 
7.3. ANEXO II 
Projeto Cortes C, D E e F – Alvenaria estrutural 
 
7.4. ANEXO II 
Projeto das Armações das paredes 
 
7.5. ANEXO II 
Catálogo Grupo Planova

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