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DOMESTICAÇÃO DAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS - aula II

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CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA 
DISCIPLINA: ZOOTECNIA GERAL “S” 
PROFESSOR: ALMIR CHALEGRE 
1. CONCEITO: 
 
 
1.1 DOMESTICAÇÃO 
 Segundo DOMINGUES (1960) a DOMESTICAÇÃO é o ato de 
tornar domésticos os animais selvagens. 
 
 
1.2 ANIMAL DOMÉSTICO 
 Por animal doméstico, do latim domus = casa, se entende todo 
animal que criado e reproduzido pelo homem, perpetua tais condições 
através de gerações por hereditariedade, oferecendo utilidades e 
prestando serviços em mansidão (TORRES, 1990). 
 
 
1.2 ANIMAL DOMÉSTICO 
 É aquele criado e reproduzido pelo homem, em estado de 
cativeiro e de mansidão natural, com o fim de obter uma utilidade ou 
um serviço (DOMINGUES, 1960). 
 
 São aqueles animais que através de processos tradicionais e 
sistematizados de manejo e melhoramento zootécnico tornaram-se 
domésticas, possuindo características biológicas e comportamentais 
em estreita dependência do homem, podendo inclusive apresentar 
aparência diferente da espécie silvestre que os originou (IBAMA, 2005). 
 
 
1.3 DOMESTICIDADE 
 É o estado de SIMBIOSE na qual se acham os animais 
domésticos e o homem (DOMINGUES, 1960). 
 
1.4 ASSELVAJAMENTO 
 São as espécies que apresentam relativa facilidade de voltarem 
à vida selvagem. Denominados de semidomésticos. 
 
1.5 SILVESTRE 
 São aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e 
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou 
parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Território 
Brasileiro e sua águas juridicionais, cujo acesso, uso e comércio é 
controlado pelo IBAMA (IBAMA, 2005). 
 
1.6 EXÓTICO 
 São aqueles cuja distribuição geográfica não inclui o Território 
Brasileiro (IBAMA, 2005). 
 
 
2. ATRIBUTOS DO ANIMAL DOMÉSTICO 
 
• SOCIABILIDADE: É a conduta associativa que leva os animais à vida 
em grupos. Determinou a aproximação entre o animal e o homem. 
Como exceção a esta peculiaridade, pode ser citado o gato que, 
mesmo sendo doméstico, prefere a vida sem formação de grupos. 
 
 
• MANSIDÃO HEREDITÁRIA: Animais individualmente mansos são 
semidomésticos. Os animais domésticos devem transmitir a 
característica de domesticidade aos descendentes. A mansidão é o 
regulador do grau de domesticidade das espécies, sendo destacada 
como a principal característica que distingue os animais selvagens 
dos domésticos. 
 
• FECUNDIDADE EM CATIVEIRO: Responsável pelo aumento 
populacional dos animais domésticos. Como exceção a esta 
peculiaridade, pode ser citado o coelho, que apresentou redução da 
fecundidade quando da domesticação. A fecundidade nem sempre 
se consegue nos animais amansados, quando mantidos em 
cativeiro. 
 
• FUNÇÕES ESPECIALIZADAS: Sendo a domesticação um processo que 
implica no aproveitamento dos produtos e trabalhos dos animais em 
função do homem, houve, portanto, tal pré-condição para 
alcançarem a domesticidade. 
 
• FACILIDADE DE ADAPTAÇÃO AMBIENTAL: Os animais de origem 
múltipla geralmente apresentam melhor poder de adaptação que 
aqueles de origem monofilética. 
 
3. MOTIVOS DA DOMESTICAÇÃO 
 
 Os principais motivos para a domesticação dos animais estão 
ligados à necessidade de SOBREVIVÊNCIA do homem, sendo 
destacados: 
 
a) ALIMENTAÇÃO: Necessidade de manter "reservas" alimentares para 
os períodos de escassez. 
 
b) SOBREVIVÊNCIA AMBIENTAL: Necessidade de agasalhos para 
proteção, principalmente na época das glaciações. 
 
c) APROVEITAMENTO DA FORÇA MOTRIZ: Inicialmente os animais 
foram utilizados para transporte de cargas ou para remover objetos 
pesados e, posteriormente, para tração e como montaria. 
 
d) INSPIRAÇÃO RELIGIOSA: A companhia de animais junto ao homem 
pode ter decorrido de fatores religiosos ou até mesmo por lazer. 
 
4. MÉTODOS OU PROCESSOS EMPREGADOS NA DOMESTICAÇÃO 
 
a) PACÍFICO: Por instinto de sociabilidade, os animais procuraram a 
convivência do homem, encontrando alimento e proteção. São 
exemplos, o cão e o suíno. 
 
b) VIOLENTO: Houve violência do homem para aprisionamento, 
amansamento e domesticação dos animais domésticos atuais, 
através da violência, força, fome, aprisionamento e castigos 
corporais. Neste caso, se tem como exemplo a domesticação do 
cavalo, que ocorreu apenas na Idade dos Metais, quando a 
disponibilidade de utensílios de metal foi possível. 
 
c) INTERMEDIÁRIOS: Quando animais que mais facilmente teriam 
permitido a aproximação do homem eram aprisionados. São 
exemplos os bovinos, os caprinos, os ovinos, os zebuínos, os 
bubalinos e as aves. 
5. FASES DA DOMESTICAÇÃO 
 Considerando a variação nas épocas de domesticação, TORRES 
(1990) apresenta as seguintes fases históricas da domesticação: 
 
a) REMOTA: No fim do Paleolítico Superior (15.000 anos a.C.). O homem 
deve ter começado a domesticar o lobo. 
 
b) PRIMÁRIA: Fase correspondente ao neolítico. A domesticação do cão 
prosseguiu e há 10.000 anos a.C. foram domesticados os ovinos, os 
caprinos, os zebuínos, os asininos, os eqüinos e o gato. 
 
c) SECUNDÁRIA: Final dos tempos históricos, em que foram domesticados 
vários animais, como o suíno, os galináceos, o coelho, o dromedário, o 
camelo, a abelha, a lhama e a alpaca. 
 
d) ATUAL: Animais recentemente domesticados, como a avestruz, o 
capote, a cobaia, o peru, assim como grande número de animais 
criados para fins científicos, para produção de peles, ou mesmo de 
alimentos, que se encontram em processo de domesticação. 
 
 No processo de domesticação, os animais passam por fases 
distintas até atingirem a domesticidade: 
a) CATIVEIRO: Fase inferior. O homem mantém o animal aprisionado 
sem obter lucro ou serviço, eventualmente utilizando-o para o 
abate. 
Ex: Animais de parques ou zoológicos. 
 
b) MANSIDÃO, DOMAÇÃO OU AMANSAMENTO: Ocorre convivência 
pacífica entre o animal e o homem. Fase em que o animal está 
muito próximo à domesticidade, podendo prestar serviços. 
Ex: O elefante quando aprisionado novo apresenta-se manso a idade 
adulta. 
 
c) DOMESTICIDADE: Estado de simbiose entre o animal doméstico e o 
homem. 
Ex: Cães, Caprinos, Ovinos, Bovinos, Suínos, etc. 
 
6. ANIMAIS SEMIDOMÉSTICOS OU ASSELVAJAMENTO 
 
 No processo de domesticação há algumas espécies que 
atingem a última fase, embora apresentem uma facilidade muito 
grande de voltarem à vida selvagem, são as espécies semidomésticas. 
Ex: Coelho, Búfalo, Capote, Faisão. 
7. GRAU DE DOMESTICIDADE 
 
 Quanto ao grau de domesticidade, os animais domésticos estão 
assim agrupados: 
 
GRUPO 1 Cão, Caprino, Ovino, Taurino, Suíno, Bicho-da-seda, Gato, 
Galinha, Eqüino, Asinino, Camelo e Dromedário. 
GRUPO 2 Zebuíno, Marreco, Ganso, Peru, Pombo, Cisne, Pavão, Cobaia e 
Lhama. 
GRUPO 3 Búfalo, Rena, Capote, Avestruz, Pato, Faisão, Alpaca e Coelho. 
GRUPO 4 Abelha e Carpa. 
8. MODIFICAÇÕES DOS CARACTERES MORFOLÓGICOS, 
FISIOLÓGICOS E ETOLÓGICOS DAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS 
 
 O processo de domesticação predispõe os animais a 
modificações nos caracteres morfológicos e fisiológicos. O princípio da 
diferenciação dos caracteres refere que "quanto mais o animal se 
afastou do ambiente de origem e quanto mais aperfeiçoados os 
métodos zootécnicos de exploração, maior a diferenciação dos 
caracteres morfológicos e fisiológicos". 
 
 Os animais selvagens sofrem seleção natural, enquanto os 
animais domésticos são submetidos à seleção artificial, estando os 
primeiros sujeitos à variação espontânea, ocorrendo modificação de 
atributos; enquanto, a seleção artificial é responsável pela conservação 
dos atributos modificados durante a variação espontânea. 
 
 Como já ficou evidenciado, os animais domesticados sofrem 
modificações, as quais podem ser de natureza INDIRETA (clima,ambiente artificial e seleção artificial) ou DIRETA (variações 
espontâneas e misturas de espécies e de raças). 
 A seguir são enumeradas algumas modificações decorrentes do 
processo de domesticação: 
 
a) MORFOLÓGICAS: Atingem a estrutura do organismo dos animais, 
com conseqüências sobre suas funções fisiológicas. 
 
• QUALIDADE DOS PELOS: Geralmente são grosseiros nos animais 
selvagens, mal distribuídos e, às vezes, mais concentrados em torno 
da cintura escapular. Nos animais domésticos são, em geral, mais 
finos e sedosos, distribuídos uniformemente sobre o corpo, às vezes 
com características próprias, como nos ovinos e em algumas raças 
de caprinos e coelhos, formando lã. 
 
• COLORAÇÃO DA PELAGEM: Os animais selvagens apresentam 
pelagem uniforme, discreta, parda, curta, podendo mudar com a 
estação do ano, ou mesmo apresentar fenômenos de mimetismo, 
enquanto os animais domésticos a apresentam variada. 
 
• PORTE E DIMENSÕES CORPORAIS: Os animais selvagens apresentam 
porte uniforme, ocorrendo muitas vezes maior desenvolvimento da 
cintura escapular. Os animais domésticos apresentam porte variado 
com a raça e inclusive dentro das raças. 
 
• ORELHAS: Nos animais selvagens geralmente são pequenas e 
bastante móveis, denotando função auditiva aguçada. Nos animais 
domésticos apresentam morfologia, dimensões e posicionamento 
variados. 
• ÓRGÃOS DE DEFESA: Os cornos, garras e dentes dos animais 
domésticos sofreram redução ou desapareceram, em decorrência da 
seleção artificial. 
 
• ESQUELETO ÓSSEO: Os animais domésticos quando comparados aos 
animais selvagens apresentam ossos mais curtos, espessos, 
relativamente finos e com saliências articulares mal distintas. 
 
• PANÍCULO ADIPOSO: Nos animais selvagens destina-se 
prioritariamente ao suprimento das necessidades nos períodos 
críticos, enquanto os animais domésticos apresentam panículo 
adiposo desenvolvido e muitas vezes exagerado, como nas nádegas 
e na cauda de algumas raças de ovinos. 
 
b) FISIOLÓGICAS: São as modificações mais notáveis, pelo fato da 
exploração animal depender de maior intensidade fisiológica. 
 
• VELOCIDADE DE LOCOMOÇÃO: Mais desenvolvida nos animais 
selvagens, pela necessidade de defesa. Nos animais domésticos, 
com exceção do dromedário e de algumas raças de eqüinos e de 
cães, é bastante reduzida. 
 
• VÔO: Devido ao aumento de peso, as aves domésticas perderam 
parcial ou totalmente a capacidade de vôo. 
 
• FERTILIDADE: Os animais selvagens tendem a apresentar cios 
estacionais, dependendo da disponibilidade de alimentos, inclusive 
com anestro, o que não ocorre com a maioria dos animais 
domésticos, mais férteis e geralmente com ciclo estral contínuo. 
 
• PROLIFICIDADE: Os animais domésticos são mais prolíficos, como 
exemplo cita-se a galinha poedeira que produz de 200 a 300 ovos 
por ano, enquanto a galinha selvagem apresenta duas posturas de 
15 ovos por ano, devido à necessidade de proteção das crias. 
 
• LACTAÇÃO: Nos mamíferos selvagens restringe-se às necessidades 
das crias, tendo sido aumentada nos domésticos, tanto em 
quantidade diária quanto em período de lactação. 
 
• CHOCO: Característica própria das aves para incubar os ovos, 
utilizando o calor e a umidade corporal. Vem desaparecendo em 
algumas espécies domésticas, notadamente nas galinhas de alta 
produtividade. 
 
• VELOCIDADE DE CRESCIMENTO: É muito lenta nos animais 
selvagens, e rápida nos animais domésticos, sobretudo nos para 
corte, que chegam a apresentar altos índices de conversão 
alimentar. 
 
• CONSTITUIÇÃO ORGÂNICA: Os animais selvagens apresentam 
constituição rústica, enquanto os animais domésticos, em geral, 
apresentam constituição débil. 
 
 
 
c) ETOLÓGICAS: Referem-se ao comportamento individual e social dos 
animais. 
• INSTINTO DE DEFESA: Nos animais selvagens é bastante aguçado. A 
visão e o olfato são muito evoluídos e adaptados, por necessidade 
de proteção. O inverso ocorre aos animais domésticos, chegando a 
ocorrer algumas espécies ou raças incapazes de sobreviver em 
ambiente natural. 
 
• COMPORTAMENTO SEXUAL: Os animais selvagens são na maioria 
monógamos, mantêm o ciclo reprodutivo estacional, podendo 
ocorrer competição pela fêmea. Nos animais domésticos, a 
hierarquia social nem sempre é bem estabelecida, com exceção das 
aves, o que deve decorrer da ausência de predadores. Como 
exemplo destaca-se o marreco, que quando selvagem é monógamo 
e quando doméstico passa a ser polígamo, numa relação de um 
macho para três a quatro fêmeas. 
• RELACIONAMENTO COM O HOMEM: Nos animais domésticos, em 
virtude da intensa observação, tratos e direcionamento da criação, a 
interação homem/animal é constante, podendo ser admitida 
dependência de espécies altamente produtivas. 
 
 Inicialmente, admitia-se que todas as espécies domésticas 
teriam se originado na Ásia, entretanto, com os trabalhos de 
paleontologia desenvolvidos ficou esclarecido que, embora os asiáticos 
tivessem domesticado grande parte das espécies domésticas atuais e, 
que naquele continente tivessem grande número de espécies se 
originado, em outros continentes surgiram e foram domesticadas 
espécies de interesse zootécnico. 
 
 A seguir, são apresentadas as principais espécies domésticas 
de interesse zootécnico, com possíveis origens e ancestrais. 
 
 
1. CAVALO (Equus caballus) 
 
 Originado na América, onde 
não sobreviveu, e domesticado na 
Ásia na Idade dos Metais, cerca de 
3500 anos a.C. 
 O Eohippus (em grego, "aurora 
do cavalo"), também conhecido como 
Hyracoterium, é considerado o 
antepassado mais remoto do cavalo. 
Apresentava quatro dedos nos 
membros anteriores e três nos 
posteriores e estatura em torno de 
0,40m. 
 
Fonte: www.phphorse.com 
2. ASININO (Equus asinus) 
 Originado na África (Núbia e 
Etiópia) e na Ásia (Tibé), onde foi 
encontrado em estado selvagem. 
 Na escala evolutiva do 
Eohippus, chegou-se ao Hipparium, 
que viveu na América, Ásia e África, e 
deu origem aos asininos e zebras. 
 O Equus taeniopus, africano, é 
a possível espécie selvagem originária 
dos asininos, ainda sobrevivente. 
 Possivelmente, foi 
domesticado antes dos eqüinos, no 
vale do Nilo, na África, cerca de 5000 
anos a.C. 
 
Fonte: www.afmaal.com 
3. SUÍNO (Sus domesticus) 
 Descende provavelmente 
de duas espécies primitivas, uma 
delas sobrevivente, o Sus scrofa 
ou Javali europeu; e o Sus indicus 
ou javali asiático, forma selvagem 
desco-nhecida, que apresenta Sus 
vittatus como forma sobrevivente, 
em extensa área da China. 
 Domesticado inicialmente 
na China, cerca de 4000 anos a.C. 
Fonte:www.agrocave.com.br 
4. CAMELO (Camelus bactrianus) 
 Originado e domesticado na Ásia, possivelmente na Bactriana, 
atual Afeganistão, após o ano 1000 a.C. 
 Possui como ancestral o Camelus bactrianus. 
 
Fonte: www.canaryzoo.com 
5. DROMEDÁRIO (Camelus dromedarius) 
 Originado e domesticado na 
Arábia ou Sudoeste da Ásia, cerca de 
1200 anos a.C. Sua origem está ligada 
diretamente ao Macrauchenia, que viveu 
no continente americano e chegou à 
Ásia pelo istmo de Bering. 
 
Fonte: www.scientific-web.com 
6. LHAMA (Lama glama) 
 Originada e domesticada na Cordilheira dos Andes, na Bolívia e 
Peru, pelos Incas. O guanaco (Lama guanicoe) é a possível forma 
selvagem que originou a lhama, que tem origem a partir do Auchenia. 
 
Fonte: www.animaldiversity.ummz.umich.edu 
7. ALPACA (Lama pacos) 
 Originada e domesticada 
na Cordilheira dos Andes, na 
Bolívia e Peru, pelos Incas. Tem 
origem a partir do Auchenia. 
 
Fonte: www.animalesdetodoelmundo.files.wordpress.com 
8. RENA (Rangifer tarandus) 
 Originada e domesticada nas Regiões Árticas da Ásia.Possui 
como forma selvagem o Rangifer tarandus fennicus, que existe na 
Sibéria como subespécie. 
 
Fonte: www.alaska-in-pictures.com 
9. CAPRINO (Capra hircus) 
 Segunda espécie a ser domesticada e primeiro animal leiteiro 
domesticado, superando os ovinos em prioridade quanto à maior 
abundância de fósseis (DOMINGUES, 1968), possivelmente no Oriente 
Médio, tendo-se sugerido a Pérsia ou a Palestina como locais (HEISER 
JUNIOR, 1977). 
 
Fonte: www.cookislands.bishopmuseum.org 
 Quanto à origem da cabra, há duas hipóteses: 
a) Hipótese da origem única: a partir da Capra aegagrus, ou cabra-
bezoar, dos planaltos ocidentais da Ásia. 
b) Hipótese da origem polifilética ou poligênica: a partir de três 
espécies selvagens: 
1 - Capra aegagrus, ou cabra bezoar, dos planaltos ocidentais da Ásia; 
2 - Capra falconeri, da Ásia oriental e indiana; de cornos espiralados; 
3 - Capra prisca, de ADAMETZ, extinta, possível tronco primitivo. 
 
 1 2 3 
Fonte: www4.inra.fr 
10. OVINO (Ovis aries) 
 Domesticado na Ásia no 
mesmo período que os caprinos. 
 São destacadas três fontes 
remotas das modernas raças: 
 
1 - Ovis musimon, Musimão, 
Mouflon, ou carneiro selvagem da 
Europa. 
2 - Ammontragus tragelaphus, 
pseudovino que deve ter 
originado os carneiros africanos. 
3 - Ovis arkal ou Arcal, de cauda 
longa, das estepes asiáticas. 
Ancestral mais antigo. 
 Fonte: www.iapg.cas.cz 
1 
2 
3 
11. TAURINO (Bos taurus) 
 Todos os bovidae, domésticos ou não, descendem de um 
tronco filogênico comum, o "Antílope" do Mioceno e Plioceno, o qual 
originou todos os cavicórneos: Ovis, Capra, Antilope, Bos, Bubalus, etc. 
 Dentre os animais domésticos primitivos, são Bos taurus e Bos 
indicus, os de mais difícil determinação da origem, superados apenas 
pela dificuldade de determinação de origem do cão. 
 
Fonte: www.genome.ucsc.edu 
 Os Taurinos, possivelmente foram domesticados após o Cão, a 
Cabra e o Carneiro, entre 6000 a 4000 anos a.C.; possivelmente na 
Índia, Oriente Próximo e Egito. 
 Supõe-se que o bovino selvagem europeu que originou as 
espécies domesticáveis foi o Bos primigenius, na Suíça, Grécia, Itália e, 
ainda, na África (Argélia) e Ásia. 
 Seu sobrevivente teria sido o Auroque, denominado Urus pelos 
Alemães. Até 1627 ainda sobrevivia no Jardim Zoológico da Masóvia, 
na Alemanha. 
 
Fonte: www.itsnature.org 
12. ZEBUÍNO (Bos indicus) 
 Os Zebuínos, espécie diferente dos taurinos, foram 
domesticados possivelmente no Egito, antes dos taurinos. 
 A possível origem dos zebuínos parece ser o Bos namandicus, 
encontrado na forma fóssil no vale do Nerouda, na Índia. 
 
Fonte: www.cubradio.com 
13. BÚFALO (Bubalus bubalis) 
 Originado e domesticado 
na Ásia. 
 Possivelmente descende 
do Arni (Bubalus indicus). 
 A época da domesticação 
é imprecisa, embora na cultura do 
Mohenjo Daro na Índia (2500 
anos a.C.) e na China (1000 anos 
a.C.) já era conhecido prestando 
utilidade. 
 
Fonte: Arquivo Pessoal 
14. GATO (Felis domestica) 
 Há dúvidas quanto à 
origem geográfica e zoológica do 
gato. Admite-se ter se originado 
a partir do Felis catus, europeu, 
ou do Felis maniculata, africano 
(da Núbia e Abissínia). Foi 
domesticado no Egito, cerca de 
3000 anos a.C., onde foi 
considerado deus Bast. 
 
Fonte: www.brainmaps.org 
15. CÃO (Canis familiaris) 
 A mais antiga espécie doméstica é o cão. Domesticada no 
Neolítico, no Velho Mundo, e utilizada possivelmente, no início, para 
alimentação e depois como auxiliar do homem na caça. 
 Quanto à origem do cão há duas hipóteses: 
a) Hipótese da origem única: Baseada na esterilidade entre espécies 
selvagens de cães e na fecundidade entre as raças domésticas. 
Também fundamenta-se no hábito de latir, próprio dos cães 
domésticos. Neste caso, o cão seria originado do pequeno lobo 
indiano, do Chacal, do Lobo, ou ainda, de alguma espécie selvagem 
extinta. 
 
Fonte: www.cache2.artprintimages.com 
b) Hipótese da origem polifilética: Baseada na grande diversidade de raças 
e nas semelhanças entre raças domésticas e determinadas espécies 
selvagens em diversas regiões da terra. Dessa forma, o cão teria se 
originado, conforme a região que habita, tendo como ancestrais: 
 
1 - Canis pallipes ou pequeno lobo indiano; 
2 - Canis lupus ou lobo europeu; 
3 - Canis aureus ou Chacal dourado (originou cães de pequeno porte); 
4 - Canis sinensis, da Abissínia (originou raças de Galgos); 
5 - Canis lupus occidentalis ou lobo americano (originou cães dos índios 
americanos); 
6 - Canis latrans ou coiote americano (originou cães dos índios americanos); 
7 - Canis ingae ou cão dos Incas; 
8 - Canis cancrivorus ou cão selvagem das Guianas; 
9 - Canis mesomelas ou Chacal de dorso preto, da África meridional; 
10-Canis adustus ou Chacal listrado. 
16. COELHO (Oryctolagus cuniculus) 
 Descende do Oryctolagus cuniculus, de origem européia. 
Provavelmente foi domesticado na Península Ibérica. 
 
17. COBAIA (Cavia cobaya) 
 Descende de Cavia aperea ou preá, forma selvagem encontrada 
na América do Sul. Domesticada pelos Incas. 
 
Fonte: www.farm4.static.flickr.com 
18. GANSO (Anser domesticus) 
 Descende provavelmente das espécies selvagens Anser 
cygnoides ou ganso Chinês; Anser canadensis ou ganso do Canadá; e 
Anser cinereus ou Anser ferus, o ganso europeu, e mais importante 
descendente. Sua domesticação deve ter ocorrido em vários locais, 
como China, Índia e Egito. 
 
19. MARRECO (Anas boschas) 
 Descende da espécie selvagem Anas boschas, sobrevivente no 
norte da Europa, Ásia, América do Norte e África. De domesticação 
recente, não se conhecendo formas pré-históricas dos marrecos. Era 
criado em cativeiro pelos romanos que, provavelmente, o 
domesticaram. 
 
Fonte: www.floridanature.org 
20. PATO (Cairina moschata) 
 Descende da espécie selvagem Cairina moschata, sobrevivente 
em lagoas e banhados da América do Sul. Possivelmente domesticado 
na Europa (DOMINGUES, 1968), embora HEISER JUNIOR (1977) admita 
sua domesticação na América do Sul. 
 
Fonte: www.floridanature.org 
21. CISNE (Cygnus olor) 
 Descende do Cygnus olor, de origem européia. Domesticado 
provavelmente no fim da Idade Média, na Europa. 
 
Fonte: www.wikipedia.com.br 
22. GALINHA (Gallus domesticus1) 
 Originada na Índia e domesticada na Índia, China e Pérsia. 
Possui como antepassado direto o Gallus bankiva2 ou galinha 
selvagem da Índia e Indochina, ainda sobrevivente. 
 Podendo serem incluídas como ancestrais da galinha 
doméstica, devido à interfecundidade, três espécies selvagens da Ásia 
meridional, Gallus sonnerati ou galinha parda da Índia, Gallus lafayetti 
ou galinha do Ceilão e Gallus varius ou galinha de Java. 
 
Fonte: www.nationalgeographicstock.com 
1 2 
23. FAISÃO (Phasianus colchicus) 
 Descende da espécie selvagem Phasianus colchicus, da região 
do Rio Phase, na antiguidade, limite entre Europa e Ásia. Não 
considerada espécie perfeitamente doméstica. Provavelmente, os 
Gregos persistiram na sua domesticação, complementada pelos 
Ingleses, pelo que a espécie é também conhecida como faisão inglês. 
 
Fonte: www.nationalgeographicstock.com 
24. CAPOTE (Numida galeata) 
 
 A forma selvagem deve ter 
sido Numida galeata, dispersa na 
África ocidental, Nigéria, Senegal, 
Marrocos e Ilhas de Cabo Verde, 
sendo inclusive conhecida como 
galinha d`angola. 
 Não considerada espécie 
perfeitamente doméstica, embora 
Gregos e Romanos a criavam em 
domesticação. 
 
Fonte: www.triplov.com 
25. PAVÃO (Pavo cristatus) 
 Descende de Pavo cristatus, de origem da Índia e Irã. 
Domesticado na Grécia. 
 
Fonte: www.triplov.com26. PERU (Meleagris gallopavo) 
 Descende da espécie 
selvagem americana Meleagris 
gallopavo, das regiões monta-
nhosas dos EUA e México. 
 
 Domesticada provavel-
mente pelos índios Astecas do 
México, antes de 2000 anos a.C. 
 
Fonte: Arquivo Pessoal 
27. POMBO (Columba livia) 
 Descende do pombo selvagem dos rochedos ou torcaz 
(Columba palimbus), encontrado nas costas meridionais da Noruega, 
Ilhas Canárias e Madeira, costas do Mediterrâneo, Índia e Japão. De 
domesticação remota e em diferentes locais. Como ave de criação é 
reconhecida a partir de 3000 anos a.C., no Egito. 
 
Fonte: www.birding.in 
28. AVESTRUZ (Struthio camelus) 
 Descende das espécies africanas Struthio camelus e Struthio 
australis. Domesticada na África do Sul. 
 
Fonte: www.birding.in 
29. CARPA (Cyprinus carpio) 
 Descende de Cyprinus carpio, da Pérsia e Ásia Menor, onde foi 
iniciada a criação em cativeiro. A domesticação iniciou na China, desde 
2100 anos a.C. 
 
30. BICHO-DA-SEDA (Bombyx mori) 
 Descende de Bombyx religiosae, de origem chinesa, onde foi 
criado inicialmente antes de 2500 anos a.C. 
 
Fonte: www.cbif.gc.ca 
31. ABELHA (Apis mellifera) 
 Descende das subespécies primitivas de Apis mellifera fasciata1 
ou abelha alemã, de Apis mellifera ligustica 2 ou abelha italiana e de 
Apis mellifera adansonii 3 ou abelha africana. A primeira abelha criada 
foi provavelmente a Apis mellifera ligustica. 
 Segundo IOIRISH (1981), antes de domesticar as abelhas, o 
homem pilhava o mel. Há cerca de 5000 a 6000 anos existiam 
colmeias primitivas no Egito, e em outros países da Antiguidade, de 
formas diversas, fixas em argila cozida. Na Grécia antiga, as colmeias 
em forma de vaso eram feitas de bronze; enquanto que na antiga 
Roma, eram de madeira. 
 
Fonte: www.1279honey.com 
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32. CODORNA (Coturnix coturnix japonica) 
 As codornas são originárias do norte da África, da Europa e da 
Ásia, e pertencem à família dos Fasianídeos e da sub-família dos 
Perdicinideos, sendo, portanto, da mesma família das galinhas e 
perdizes. 
 
Fonte: Arquivo Pessoal 
 A codorna européia (Coturnix coturnix coturnix), foi 
introduzida no Japão, no século XI, a partir da China, via Coréia. Os 
primeiros relatos a respeito dessa ave datam do século XII, e registram 
que elas eram criadas em função do seu canto. Os japoneses, a partir 
de 1910, iniciaram estudos e cruzamentos entre as codornas, 
provindas da Europa, e espécies selvagens, obtendo-se, assim, um 
tipo domesticado, que passou a se chamar codorna japonesa (Coturnix 
coturnix japonica), ou codorna doméstica. A partir de então, iniciou-se 
a sua exploração, visando à produção de carne e ovos (REIS, 1980, 
citado por PINTO et al., 2002). 
 
Fonte: www.farm4.static.flickr.com

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