Existencialismo no Século XX

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Filosofia e Ética
José Guatemozin
Aula 8
Existencialismo
		No século XX, surge o existencialismo como uma das mais senão a mais importante corrente filosófica daquele século. Primeira grande guerra de 14-18, tinha desiludido uma geração dos que tinham nascido na virada do século para quem os ideais burgueses dos seus pais tinham deixado de existir, pois perderam o valor, e a Igreja permanecia muda. 
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Existencialismo
		Para eles, o homem na busca do sentido da existência só conta consigo próprio. A liberdade de escolher a própria vida e o perigo de errar na escolha são temas centrais nas obras dos filósofos existencialistas. 
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Existencialismo
		Somos nós que devemos criar nossos valores através de nossa própria liberdade e sob nossa própria responsabilidade. Quando Sartre diz que a existência precede a essência, quer mostrar que a liberdade é a essência do homem: "A liberdade do para-si aparece como seu ser."
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Existencialismo
		A filosofia existencialista é centrada sobre a existência e sobre o homem. Ela privilegia a oposição entre a existência e a essência. Quanto ao homem, ele e aquilo que cada um faz de sua vida,nos limites das determinações físicas, psicológicas ou sociais que pesam sobre ele. Mas não existe uma natureza humana da qual nossa existência seria um simples desenvolvimento. 
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Existencialismo
		O cerne do existencialismo é a liberdade, pois cada indivíduo é definido por aquilo que ele faz, daí o interesse pela política: somos responsáveis por nós mesmos e por aquilo que nos cerca, notadamente, a sociedade: aquilo que nos cerca é nossa obra. Como o pensamento filosófico (abstrato e generalizante) não apreende a existência individual, na qual a angústia tem um papel preponderante. 
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Kierkegaard (1813- 1855)
		O dinamarquês Sören Kierkegaard, conhecido como Sócrates Dinamarquês, precursor do existencialismo, compreendeu a angústia do homem diante da própria existência quando ao agir descobre a ausência de justificação diante das inúmeras possibilidades que desfilam a sua frente.
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Kierkegaard (1813- 1855)
 		  Em sua obra Estágios do Caminho da Vida formula uma doutrina de três níveis de consciência:
 
		O nível estético, no qual o indivíduo busca a felicidade no prazer, cuja fugacidade entretanto leva ao desespero inevitável; 
 
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Kierkegaard (1813- 1855)
		O nível ético que alcança a felicidade pelo cumprimento do dever, sendo no entanto condenado ao eterno arrependimento por suas faltas; 
		O nível religioso, em que o homem busca Deus, entretanto a verdadeira fé é a angústia da distância de Deus.
		
		
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Jean-Paul Sartre (1905-1980)
	 Assim como Kierkegaard, Jean-Paul Sartre, um dos filósofos existencialistas mais importantes do século XX, compreende a angústia relacionada à liberdade: 
	"Eu vou emergindo sozinho, e, na angústia diante do projeto único e primeiro que constitui meu ser, todas as barreiras, todos os parapeitos desabam, 
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Sartre
 	nadificados pela consciência de minha liberdade: não tenho nem posso ter qualquer valor a recorrer contra o fato de que sou eu que mantenho os valores no ser; 
 nada pode me proteger de mim mesmo; separado do mundo e de minha essência por esse nada que eu sou, tenho que realizar o sentido do mundo e de minha essência: eu decido, sozinho, injustificável e sem desculpas”.
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Sartre
	"Na angústia a liberdade está em seu Ser colocando-se a si mesma em questão". Visto que “o que há de comum entre a arte e a moral é que, nos dois casos, temos criação e invenção. Não podemos decidir a priori sobre o que há a fazer”. 
	Temos a moral situada.
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Sartre
	 “O que acontece ao homem quando se percebe "para-si", aberto à possibilidade de construir ele próprio a sua existência? Descobre que, não havendo essência ou modelo para lhe orientar o caminho, seu futuro se encontra disponível e aberto, estando, portanto irremediavelmente "condenado a ser livre.“(Aranha)
 
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Sartre
	Famosa é a passagem em que o próprio Sartre cita a frase de Dostoievski em Os irmãos Karamazov: "Se Deus não existe, então tudo é permitido", para relembrar que os valores não são dados nem por Deus nem pela tradição: só ao próprio homem cabe inventá-los”. 
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Sartre
		Sartre desenvolveu e organizou as ideias de Husserl e Heidegger, em um único corpo de pensamento coerente, que ficou conhecido como “existencialismo”, nas suas obras que envolvem romances, peças de teatro e atividade política, preocupou-se com uma filosofia da decisão, uma filosofia da liberdade, ele quis trazer a filosofia para as ruas.
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Husserl
		"Husserl não se cansa de afirmar que não se pode dissolver as coisas na consciência".
		 "Husserl mostrou que a consciência é um eterno movimento para fora de si, para além de si, ao que não é si mesmo, e essa necessidade de existir como consciência de outra coisa que não ela mesma, ele a chama de intencionalidade" (Situations I)
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Sartre
	 Assim “queremos dizer que o homem primeiro existe, isto quer dizer que o homem é inicialmente aquilo que se lança para um futuro, e o que é consciente de se projetar no futuro. O homem é, antes de mais nada, um projeto que se vive subjetivamente (...); nada
existe anteriormente a este projeto”.
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Martin Heidegger (1889-1976)
		Heidegger é sem duvida um dos filósofos mais importantes do Seculo XX, sendo que sua ampla ação , naquele século, somente é comparável a de Wittgenstein, embora o acesso á sua filosofia , seja difícil devido a linguagem utilizada, que exige uma boa formação filosófica. 
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Ser e Tempo ( 1927 )
		A obra Ser e Tempo é a análise da existência humana (ser-aí) e a sua temporalidade. Discípulo de Husserl, ele estuda as estruturas fundamentais da existência humana, os existenciais. Estes descrevem em primeiro lugar, uma relação do homem com o espaço e o tempo, que se distingue fundamentalmente do modo de ser das coisas. 
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Heidegger
		O ser-aí está no mundo, o que implica numa relação com um dado meio, meio esse que com aquela relação constitui sempre para o ser aí uma situação muito específica. O Dasein (ser-aí) não escolhe através de processos, ele é atirado ao mundo. 
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Filosofia e Ética
Prof. José Guatemozin
Aula 8
Atividade
		 O existencialismo é uma moral da ação, porque considera que a única coisa que define o homem é o seu ato. Ato livre por excelência, mesmo que o homem sempre esteja situado em determinado tempo ou lugar. Não importa o que as circunstâncias fazem do homem, "mas o que ele faz do que fizeram dele“?
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