Curso completo de estradas - AULA 03 - Estradas

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DISCIPLINA – PROJETO DE 
ESTRADAS
AULA 03
2016
CAMADAS DO PAVIMENTO
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
CAMADAS DO PAVIMENTO
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
CAMADAS DO PAVIMENTO
RÍGIDO
CAMADAS DO PAVIMENTO
RÍGIDO
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE 
PAVIMENTOS
• EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS, SENDO 
QUE APESAR DAS LIMITAÇÕES EM FUNÇÃO DOS DIVERSOS TIPOS DE 
MATERIAIS QUE SÃO EMPREGADOS, TRADICIONALMENTE NO BRASIL 
OS PAVIMENTOS SÃO CLASSIFICADOS EM FUNÇÃO DO TIPO DE 
REVESTIMENTO APLICADO SOBRE AS CAMADAS SUBJACENTES DA 
ESTRUTURA.
• TIPOS DE ESTRUTURAS USUAIS:
• PAVIMENTO FLEXÍVEL;
• PAVIMENTO RÍGIDO;
• PAVIMENTO SEMI-RÍGIDO;
• PAVIMENTO FULL DEPTH;
• PAVIMENTO INVERTIDO.
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE 
PAVIMENTOS
PAVIMENTO FLEXÍVEL
• O PAVIMENTO FLEXÍVEL RECEBE A REFERIDA CLASSIFICAÇÃO EM 
FUNÇÃO DO SEU COMPORTAMENTO MECÂNICO ONDE A ABSORÇÃO 
DE ESFORÇOS OCORRE DE FORMA DIVIDIDA ENTRE VÁRIAS CAMADAS, 
ONDE O COMPORTAMENTO ELÁSTICO SE MOSTRA DE FORMA MAIS 
PRONUNCIADO, E GERALMENTE O REVESTIMENTO É ASFÁLTICO.
PAVIMENTO RÍGIDO
• O PAVIMENTO RÍGIDO RECEBE A REFERIDA CLASSIFICAÇÃO EM 
FUNÇÃO DO SEU COMPORTAMENTO MECÂNICO ONDE UMA CAMADA 
ABSORVE GRANDE PARCELA DE ESFORÇOS SOLICITANTES, GERANDO 
PRESSÕES VERTICAIS BASTANTE ALIVIADAS E BEM DISTRIBUÍDAS NAS 
CAMADAS INFERIORES
PAVIMENTO RÍGIDO
• O TERMO PAVIMENTO RÍGIDO ESTÁ RELACIONADO AO 
COMPORTAMENTO, LOGO, DEVE-SE OBSERVAR QUE APESAR DESTE 
TIPO DE PAVIMENTO GERALMENTE ESTAR ASSOCIADO Á EXECUÇÃO DE 
PLACAS DE CONCRETO SOBRE UMA SUB-BASE, SE UM REVESTIMENTO 
ASFÁLTICO FOR MUITO ESPESSO OU VIER A APRESENTAR MÓDULO DE 
RESILIÊNCIA MUITO ACIMA DOS PADRÕES NORMAIS, PODERÁ 
CONCEDER COMPORTAMENTO RÍGIDO AO PAVIMENTO.
PAVIMENTO SEMI-RÍGIDO
• O PAVIMENTO SEMI-RÍGIDO RECEBE A REFERIDA CLASSIFICAÇÃO EM 
FUNÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS, E É COMPOSTO POR 
REVESTIMENTO ASFÁLTICO E BASE EM MATERIAL TRATADO COM 
CIMENTO DE ELEVADA RIGIDEZ.
PAVIMENTO INVERTIDO
• O PAVIMENTO INVERTIDO SE CARACTERIZA PELA ESTRUTURA QUE 
APRESENTA REVESTIMENTO ASFÁLTICO, BASE GRANULAR, E SUB-BASE 
TRATADA COM CIMENTO.
PAVIMENTO FULL DEPTH
• COMPOSTO EXCLUSIVAMENTE POR CAMADAS DE MISTURAS 
ASFÁLTICAS APLICADAS SOBRE O SUBLEITO.
• A EXPRESSÃO INDICA O TIPO DE MATERIAL PRESENTE EM CAMADAS, E 
DEPENDENDO DAS ESPESSURAS E DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS 
PODERÁ SER RÍGIDO OU FLEXÍVEL.
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS 
ASFÁLTICOS
• DIMENSIONAR UM PAVIMENTO SIGNIFICA DETERMINAR 
ESPESSURAS DE CAMADAS E OS TIPOS DE MATERIAIS A SEREM 
APLICADOS EM SUA CONSTRUÇÃO DE FORMA A CONCEBER UMA 
ESTRUTURA CAPAZ DE SUPORTAR AS TENSÕES SOLICITANTES SOB 
DETERMINADAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS.
• OS TIPOS DE RUPTURA DO PAVIMENTO QUE ALIMENTAM OS 
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO OCORREM QUANDO SE 
VERIFICA QUE A ESTRUTURA DO PAVIMENTO APRESENTA 
DEFORMABILIDADE PLÁSTICA, O QUE CARACTERIZA UMA 
RUPTURA PLÁSTICA E ESTRUTURAL.
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS 
ASFÁLTICOS
• A RUPTURA DE NATUREZA ESTRUTURAL MAIS VISÍVEL EM 
MUITOS MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO É A RUPTURA POR 
FADIGA.
• QUANDO O PAVIMENTO NÃO SERVE MAIS AO USUÁRIO, EM 
TERMOS DE CONFORTO E SEGURANÇA AO ROLAMENTO, MESMO 
NÃO APRESENTANDO ANOMALIAS DE ORDEM ESTRUTURAL, FICA 
CARACTERIZADA UMA RUPTURA DE NATUREZA FUNCIONAL.
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS 
ASFÁLTICOS
• OS MÉTODOS DE PROJETO EXISTENTES FORAM CONCEBIDOS DE 
DUAS MANEIRAS DISTINTAS, OU SEJA, COM BASE NO 
DESEMPENHO OBSERVADO AO LONGO DO TEMPO, OBTIDOS 
PELAS EXPERIÊNCIAS DE CAMPO (MODELOS EMPÍRICOS) OU A 
PARTIR DA TEORIA ELÁSTICA CONSIDERADA ADEQUADA PARA A 
INTERPRETAÇÃO DOS FENÔMENOS QUANTIFICADOS EM CAMPO 
(MODELOS SEMIEMPÍRICOS OU MECANÍSTICOS-EMPÍRICOS). 
PRINCIPAIS MÉTODOS:
• A) MÉTODO DO CBR;
• B) MÉTODO DO DNER (SOUZA, 1981);
• C) MÉTODO DA AASHTO (1986 e 1993);
• D) MÉTODO DA AASHTO (2002).
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS 
ASFÁLTICOS
• OS MODELOS EMPÍRICOS SÃO AQUELES ORIUNDOS DA 
OBSERVAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO ESTADO DE CONDIÇÃO DOS 
PAVIMENTOS, SENDO OS PARÂMETROS MEDIDOS EM CAMPO 
ASSOCIADOS A GRANDEZAS COMO A REPETIÇÃO DE CARGAS E A 
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS. SUA EXPRESSÃO MAIS INTENSA É O 
MÉTODO DA AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND 
TRANSPORTATION OFFICIALS, ORIUNDO DA AASHO ROAD TEST.
• OS CRITÉRIOS EMPÍRICOS APRESENTAM A LIMITAÇÃO DO SEU 
CAMPO DE ATUAÇÃO, POIS É RESTRITA A ÁREAS COM CONDIÇÕES 
NATURAIS SEMELHANTES ÀS ÁREAS DA EXPERIMENTAÇÃO.
AASHO ROAD TEST
• EM 1950 NOS ESTADOS UNIDOS, FOI CONCEBIDO UM GRANDE 
PLANO DE PAVIMENTAÇÃO PARA A LIGAÇÃO ENTRE OS ESTADOS 
AMERICANOS DE CIDADES DE MÉDIO E GRANDE PORTE, 
DENOMINADO INTERSTATE SYSTEM, QUE CULMINOU NO 
PLANEJAMENTO DOS EXPERIMENTOS REALIZADOS PELA AASHO 
(ATUAL AASHTO).
• OS ENGENHEIROS DA AASHO CONCEBERAM UMA PESQUISA 
SOBRE O DESEMPENHO DE PAVIMENTOS, COMPREENDENDO SEIS 
PISTAS EXPERIMENTAIS COM DEZENAS DE SEÇÕES DE 
PAVIMENTOS, EMPREGANDO DIVERSOS TIPOS DE MATERIAIS.
AASHO ROAD TEST
AASHO ROAD TEST
AASHO ROAD TEST
• EM 1958 INICIOU-SE A CONSTRUÇÃO E A MONITORAÇÃO DA 
PISTA EXPERIMENTAL DA AASHO, INICIANDO TAMBÉM OS 
CONCEITOS DE MODELAGEM FÍSICO-EMPÍRICA DO DESEMPENHO 
DOS PAVIMENTOS. ESSE EXPERIMENTO CUSTOU US$ 27 MILHÕES 
EM 1960.
• A AASHO ROAD TEST ESTUDOU O DESEMPENHO DE PAVIMENTOS 
ASFÁLTICOS COM REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS CONVENCIONAIS 
USINADOS A QUENTE (25 mm A 150 mm), BASES EM BRITAS 
GRADUADAS (ATÉ 230 mm), SUB-BASES EM MISTURAS DE AREIA 
E CASCALHO, SENDO O SUBLEITO LOCAL DOS TESTES 
CLASSIFICADO COMO A-6 NO CRITÉRIO HRB-AASHO. OS 
PAVIMENTOS DE CONCRETO FORAM CONSTRUÍDOS COM 
CONCRETOS RESISTENTES À TRAÇÃO NA FLEXÃO DE 5 MPa.
AASHO ROAD TEST
• TEMPERATURAS E CLIMA: VARIAÇÃO DE 24,5 a -2,8º C,
• ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO ANUAL: 837 mm;
• PROFUNDIDADE MÉDIA DE CONGELAMENTO: 711 mm
• PISTAS: SEIS CIRCUITOS, SENDO QUE O CIRCUITO 01, AVALIADO 
APENAS PARA ESTUDOS DE EFEITOS DO CLIMA E OS CIRCUITOS 2 
a 6 SUBMETIDOS AO TRÁFEGO;
• AVALIAÇÕES: IRREGULARIDADE, SERVENTIA, DEFEITOS, 
DEFLEXÕES E DEFORMAÇÕES.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BARNETT, J. – TRANSITION CURVES FOR HIGHWAYS. Public Road 
Administration, Washington, D.C., 1940;
• BALBO, J.T. – PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: MATERIAIS, PROJETO E 
RESTAURAÇÃO. São Paulo, Oficina de Textos, 2012.
• BORGES, A.C – TOPOGRAFIA. Editora Edgard Blücher Ltda, São Paulo, 
1977;
• PONTES FILHO, G. – ESTRADAS DE RODAGEM; PROJETO GEOMÉTRICO . 
São Carlos, 1998;
• Y.SUZUKI, C. ; MARTINS,A.A.; ISSA,K.J.F. – DRENAGEM SUBSUPERFICIAL 
DE PAVIMENTOS, CONCEITOS E DIMENSIONAMENTO, Oficina de Textos, 
2013.