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Conceitos de Direito Tributário

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	Unidade 1-
	Assunto – Direito Tributário 
Universidade Estácio de Sá.
Disciplina: Direito Tributário.
Assunto: Conceito de Direito Tributário – Princípios do Direito Tributário – Sistema Tributário – Distinção de direito tributário- Direito Financeiro.
São empregadas várias denominações para nominar a matéria, como Direito Financeiro, Direito Fiscal, Direito Tributário, Direito do Imposto.
Direito Financeiro é, na verdade, o gênero que compreende o estudo de todas as receitas e despesas públicas, e o tributo é uma das receitas públicas.
Direito Fiscal é o que diz respeito ao fisco, ao erário (cofree – tesouro) público.
Atualmente, a denominação empregada é o Direito tributário, por dizer respeito ao gênero tributo.
Nesse sentido, a lição do saudoso Rubens Gomes de Sousa:
	“Podemos, portanto, definir o direito tributário como sendo o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre o estado no que se refere |à obtenção (aquisição) de receita que correspondam ao conceito de tributo”.
1.2 – Conceito
Direito Tributário é o conjunto de princípios, de regras e de instituições que regem o poder fiscal do Estado e suas relações tributárias.
1.3 – Receita. (Definição)
Receita é toda a entrada de numerário nos cofres de uma pessoa, Receita pública é toda a entrada de numerário nos do Estado.
1.3.1 – Divisão da Receita.
A receita pública pode ser originária ou derivada.
Receita originária – é a proveniente do patrimônio do Estado, como financeira, comercial, industrial, de aluguel de um bem do Estado etc.
Receita derivada – é a decorrente de imposições do Tributo.
Receita facultativa – é a que depende da vontade da pessoa de contribuir.
Receita compulsória é a que independe da vontade da pessoa de contribuir, como ocorre com o tributo.
Ainda existe o preço público – é número de unidades monetárias que o Estado exige de uma pessoa pela venda de um bem material (ex.: mercadoria) ou imaterial (serviço). É cobrado por meio de tarifa. Preço Público é uma receita não tributária, pois depende da vontade da pessoa de contribuir para adquirir o bem público. Não tem por base o poder fiscal do Estado. Não é compulsório.
2 - Princípios.
 Qual o significado da expressão princípios? Pode o princípio ser definido como a regra básica, implícita (subentendido) ou explícita, que pela sua grande generalidade, ocupa uma posição de destaque no mundo do direito, vinculando o entendimento e aplicação dos atos normativos até os mandamentos constitucionais.
O princípio da legalidade esclarece que não haverá tributo sem prévia determinação legal. Esclarece o inciso I do art. 150 da Constituição que é vedado ao ente público exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. A Lei de definir o fato gerador, a base de cálculo e o contribuinte do Tributo (art. 97 do CTN)
Na atual Constituição Federal, persiste o princípio da legalidade da tributação, o que se pode haurir de dois textos:
O art. 5º, inciso II, da Constituição Federal, cuidando dos direitos e deveres individuais e coletivos, no título referente aos direitos e garantias individuais, dispõe que: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de Lei”
O art. 150, inciso I, da Constituição Federal, por seu turno, já ao tratar especificamente, de matéria tributária, assim dispõe:
“Sem prejuízo de outras garantias ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”.
I – exigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabeleça”
O princípio da anterioridade da lei mostra que nenhum tributo pode ser exigido no mesmo exercício financeiro em que haja publicada a lei que o instituiu ou aumentou (art. 150, III, b, da Constituição). 
Pelo princípio da anterioridade, a lei que cria ou aumenta tributo só vale a partir do dia 1º de janeiro do ano seguinte ao de sua publicação.
Reza o princípio da igualdade tributária que todos são iguais perante a lei para efeito de tributação, não podendo haver exceção entre pessoas que se encontrem na mesma situação. Trata-se de aplicação específica do princípio da igualdade contido genericamente no campus do art. 5º da Constituição. Esclarece o inciso II do art. 150 da Constituição que é vedado ao sujeito ativo instituir tratamento desigual entre contribuinte que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
O princípio da vedação do confisco indica que os tributos não podem ser utilizados com efeitos de confisco. Isso que dizer que a tributação não pode exigir exação (zelo) em porcentual superior a 50% do patrimônio da pessoa, pois importaria a absorção (entrada) pelo Estado da maior parte do patrimônio da pessoa.
Menciona o princípio da uniformidade que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões dos pais. (art. 151, I, da Constituição) 
3 - Noção Geral de Tributos.
Tributo é toda prestação pecuniária obrigatória que vai integrar as receitas derivadas do Estado.
Com previsão, o Código Tributário Nacional (CTN) define tributo da seguinte forma:
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, moeda, ou seja, valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
É prestação pecuniária compulsória – o tributo é obrigatório porque decorre do poder império do Estado sobre o particular. Seu pagamento deve ser efetuado em dinheiro ou bens cujo valor possa exprimir-se em moedas.
Não constitui sanção de ato ilícito – entende-se por ato ilícito aquele que contraria as normas jurídicas, sendo, por isso, punido pelo Estado. O pagamento do Tributo, entretanto, não constitui punição de ato ilícito, portanto, não deve ser encarado como ou penalidade. Assim, pagar tributos não constitui sanção, mas dever - prestação do particular.
É instituído em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada – esse é o princípio da reserva legal tributária segundo o qual não há tributo sem lei anterior que o institua. Isso significa, em outras palavras, que o tributo só pode ser criado pela vontade expressa da Lei. Nesse sentindo, deve-se: 
Ressaltar que a legalidade tributária é tão rigorosa que a cobrança de cada tributo, mesmo depois de sua criação, só pode ser feita mediante atividade administrativa totalmente vinculada à vontade da Lei (lançamento ou cobranças fiscais).
3.1 - Principais Espécies de Tributo. 
As principais espécies tributo são impostos: impostos, taxas e contribuições de melhoria (art. 5º do CTN). Vamos estudá-los separadamente:
Imposto.
Considerado “a viga mestra da arrecadação tributária”, o imposto é o tributo que apresenta a seguinte característica fundamental: o Contribuinte, ao pagar imposto, não recebe do Estado uma contraprestação imediata e específica em troca do seu pagamento. Assim, quando uma pessoa paga Imposto de Renda , por exemplo, não recebe do Estado benefício específico em seu favor. O dinheiro do imposto não se reverte imediatamente em prol do contribuinte, porque se destina, de modo geral, ao bem comum.
	O Código Tributário Nacional, no art. 16, faz a seguinte definição de imposto.
	Imposto – é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
A definição apresentada pelo Código Destaca os dois elementos básicos de imposto:
é tributo cobrada de modo genérico;
não obriga oEstado a uma contraprestação específica em favor do contribuinte.
Taxas.
A taxa caracteriza-se por se tributo vinculado a uma contraprestação direta de Estado em benefício do contribuinte. Dessa maneira, o Estado só pode cobrar taxas com base em serviço público específico ou em função do exercício regular do poder de polícia.
 Poder de polícia é o poder de promover o bem público limitado e regulamentado o uso da liberdade e da propriedade (Ernst Freund)
Como exemplo de taxas, podemos citar o tributo pelo serviço de águas, pela coleta domiciliar do lixo etc.. Observe que, nesses casos, o contribuinte, ao pagar a taxa, recebe do Estado um benefício específico em seu favor.
É importante salientarmos que o pagamento da taxa é obrigação, seja pelo serviço público prestado ao contribuinte, seja simplesmente posto à sua disposição ainda que não utilizado.
Contribuições de melhoria.
As contribuições de melhoria são o tributo cobrado pelo Estado dos proprietários de imóveis benefícios por obras públicas. Assim, para fazer frente aos custos da obra, é justo que o Estado cobre Tributos dos proprietários que diretamente se beneficiaram com ela.
A contribuição de melhoria terá como limite total a despesa realiza na construção da obra pública beneficiadora. Deve existir, portanto, uma vinculação entre a obra pública provoca benefícios (valorização) aos imóveis por ela tangenciados. Dependendo da sua natureza, poderá provocar uma depreciação dos referidos imóveis. Nesses casos, não terá ocorrido, evidentemente, o fato gerador da contribuição de melhoria, porque não houve benefício algum aos proprietários.
 
4- Espécies de Tributo.
. Os Tributos (Gênero) classificam-se cientificamente em duas espécies tributos não vinculados e tributos vinculados.
4.1 - Tributos não vinculados.
São os que, uma vez instituídos por lei, são devidos, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte. Portanto, não estão vinculados a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito passivo.
Trata-se da espécie denominada IMPOSTO, definindo no art. 16 do CTN:
“Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”
O imposto é de competência privativa, distribuída pela CF: ou seja, é exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal (arts. 153 a 156 da CF)
4.2 – Tributos Vinculados – Taxas e Contribuições de Melhoria
São os que, uma vez instituídos por Lei, são devidos apenas quando houver atividade estatal prestada ou colocada à disposição do contribuinte.
São eles a taxa e a contribuição de melhoria.
4.2.1 – Taxa.
Está definido nos arts. 77 e 78 do CTN e tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviços público, específica e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte (art. 77).
Poder de Polícia é a atividade da administração pública que limita e disciplina direito, interesse ou liberdade em razão do interesse público, concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção, do mercado, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (art. 78)
Assim, embora todo cidadão seja livre para estabelecer se com uma indústria, não pode, entretanto, instalá-la em um bairro estritamente residencial. O poder administração pública de limitar esse direito de instalar indústria chama-se poder de polícia. Polícia, no caso, refere-se à possibilidade de fiscalizar e autorizar determinada atividade, limitando-a em razão do interesse público, relativo à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes etc. de conformidade com a art. 78 do CTN.
Pelo serviço prestado pela administração pública de verificar as condições do local em que se pretende instalar uma indústria e por sua autorização para funcionamento paga-se uma taxa. No caso da Prefeitura Municipal de São Paulo, a Taxa de Licença de Instalação e Funcionamento
A Taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos ao imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas (parágrafo único do Art. 77).
- Contribuição de melhoria.
Esse tributo pode ser cobrado pelo ente federativo que realizar obra pública da qual decorra valorização imobiliária. Os contribuintes ou sujeitos passivos são os proprietários dos imóveis valorizados pela obra pública.
O tributo tem como base o custo total da obra, que será rateado entre os beneficiários na prestação na proporção da propriedade, em relação ao total da área objeto da obra pública.
Essa contribuição é anterior à instituição das contribuições especiais que forma introduzidas no Sistema Tributário Nacional por meio do art. 149 da CE, com vigência a partir de 1º 03 89. O art. 5º do CTN dispõe:
“Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.”
Logo, desde a edição do CTN (1966), já estava especificada como um tributo, diferentemente de imposto e da taxa, portanto uma terceira espécie.
O CTN dispõe que só podem ser cobradas se, em virtude de obra pública, decorrer valorização imobiliária para o contribuinte (arts. 81 e 82):
“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiada.
Art.82 – A Lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos:
Memorial descritivo do projeto;
Orçamento do custo da obra;
Determinação da parcelado custo da obra a ser financiada pela contribuição;
Delimitação da zona beneficiada;
Determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nelas contidas;
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.”
5- Discriminação de Rendas Tributárias.
5.1 – Compete à União instituir impostos sobre:
Importação de produtos estrangeiros;
Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
Renda e proventos de qualquer natureza;
Produtos industrializados;
Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
Propriedade territorial rural;
Grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
5.2 – Impostos dos Estados e do Distrito Federal.
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transportes interestaduais e intermunicipais e de comunicação (ICMS), ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
Propriedade de veículos auto-motores (IPVA).
5.3 – Impostos dos Municípios.
Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
Propriedade predial e territorial urbana (IPTU):
Transmissão inter vivos, a qualquer título,por ato oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
Serviços de qualquer natureza (ISS), não compreendidos no ICMS, definidos em lei complementar.
O IPTU poderá ser progressivo, nos termos de lei municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.
O Imposto de transmissão inter vivos:
Não incide sobrea transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens.
 Universidade Estácio de Sá.
Aula II - 
Unidade I – Revisão – Quais são os Tributos e Unidade II
Professora – Célia Regina.
Assunto da Unidade II Obrigações Tributária.
Quais são os Tributos?
Há textos legais que dividem os tributos em impostos, taxas e contribuições de melhoria (CF, art. 145; CTN, art. 5º)
Por isso, na verdade, dividem-se os tributos em três categorias:
impostos;
 taxas;
E contribuição de melhoria.
IMPOSTO
Imposto é um tributo de caráter genérico que independente de qualquer atividade ou serviço do poder público em relação ao contribuinte.
O Imposto é simplesmente exigido, sem contraprestação e sem indicação previa sobre a sua destinação. A aplicação posterior será para o custeio da administração, e para serviços em benefício de toda a comunidade, em geral, como ocorre, por exemplo, com os serviços de saúde pública, sem destinatário específico.
Dispõe o art. 16 do Código Tributário Nacional que “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fator gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
TAXA
Taxa é um tributo relacionado com a prestação de algum serviço público para um benefício identificado ou identificável. O serviço pode ser efetivo ou potencial, considerando-se como potencial o serviço posto à disposição, ainda que não utilizado.
A Taxa pode também estar relacionada com atividade estatal de polícia 
(poder de polícia), que abrange licenciamentos e fiscalizações em geral.
	Como dispõe o art. 77 do Código Tributário Nacional, taxa é o tributo cobrado em razão de atos decorrentes do poder de polícia ou da utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
	Serviço específico é um serviço definido e delimitado a uma determinada pessoa ou grupo de pessoas. Ou, como dizem os, autores, serviço específico é o de espécie definida e prestada em unidades autônomas, uma para cada contribuinte.
	Serviço divisível é o que pode ser medido, de acordo com o que foi prestado a cada beneficiário.
			Ilustração
	Nota. O pedágio. Há uma certa dúvida sobre a natureza do pedágio. A maioria entende que se trata de taxa de serviço (serviço de conservação de via pública). Para outros, porém, o pedágio é uma taxa de uso de bem público, e para outros ainda, uma contribuição especial.
	No CTN não há previsão para taxas de uso, só para taxas de serviço e de polícia (art. 77). Como, porém, o pedágio é previsto na CF (art. 150, V) pode-se admitir a existência de uma terceira espécie de taxa, a taxa de uso (ao lado das taxas de serviço e de polícia), pelo menos na forma restrita ao pedágio.	
Empréstimo compulsório é um imposto qualificado pela promessa de restituição. De acordo com uma corrente, o empréstimo compulsório teria natureza de contrato, embora ditado ou coativo. A maioria, porém, coloca o empréstimo compulsório entre os tributos.
Contribuição de melhoria é um tributo sobre a valorização de imóvel particular, em decorrência de obras públicas realizadas.
“A Contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realiza e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado” (art. 81 do CTN)
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.
Fato gerador - é o fato ou situação que gera ou cria a obrigação tributária.
O fato gerador, de acordo com a doutrina tradicional, tem dois aspectos.
Primeiramente, temos o fato gerador no sentido de concepção abstrata, de descrição em tese, feita pela lei, de um fato ou situação que fará surgir a obrigação tributária (se ocorrer o fato X, incidirá o tributo Y).
Em segundo lugar, temos o fato gerador no sentido de ocorrência concreta, existente no mundo real, conforme foi descrito na lei (o fato X ocorreu; deu-se, portanto, a incidência do Tributo Y).
	
Elementos da Obrigação Tributária.
É a relação jurídica pela qual o Estado (fisco – contabilizar)) tem o direito de exigir do contribuinte uma prestação, por exemplo, o pagamento de um tributo. Nesse caso, esta prestação constitui a obrigação principal. No entanto, pode haver outras obrigações tributárias, como: prestar informações ao fisco, emitir notas fiscais, escriturar um livro etc.
			Obrigação Tributária – Elementos.
A obrigação tributária caracteriza-se pelos seguintes elementos:
		Obrigação Tributária - Elementos.
Legislação Fato gerador Sujeito ativo Sujeito passivo.
Vamos conhecer e analisar os elementos da obrigação tributária para melhor compreende-la:
a- Legislação tributária - A legislação constitui a fonte principal da obrigação tributária. De fato, não existe tributo que não seja criado e exigido em função de lei. Em outras palavras, é por intermédio da lei que os tributos nascem, pois compete a ela descrever os fatos de conteúdo econômico capazes de gerar a obrigação tributária.
A legislação tributária compreende a Constituição, as leis, os tratados e as convenções internacionais, etc., versem, no todo ou em parte, sobre tributos e as relações jurídicas a eles referentes (CTN. Art. 96).
b- Fato gerador – Fato gerador é o evento descrito pela Lei e que, ao ser praticado por alguém, dá origem à obrigação de pagar determinado tributo.
	c – Sujeito ativo – O sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de Direito Público titular da competência para exigir o seu cumprimento. As pessoas jurídicas de Direito Público são: União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Somente essas pessoas, portanto, podem ser sujeito ativo da obrigação tributária.
	d– Sujeito passivo – Sujeito passivo – O sujeito passivo da obrigação é a pessoa que realizou a situação descrita como fato gerador da obrigação tributária.
	
	Em regra, o sujeito passivo da obrigação tributária é o contribuinte, isto é, aquele que praticou o fato gerador, estando ligada, de modo concreto, ao fato tributado. “Portanto, a qualidade de contribuinte é uma decorrência da realização do fato gerador, ou, em outras palavras, a pessoa que realiza o fato previsto na lei como tributável, adquire o status de contribuinte”.
	Dissemos em regra, porque o sujeito passivo pode ser o responsável tributário (o responsável, definido em lei, pela prestação tributária), mas não ser exatamente o contribuinte. No caso, o responsável tem uma ligação indireta com o fato gerador do tributo. Exemplo: os pais são responsáveis pelos tributos devidos pelos filhos menores, que são os verdadeiros contribuintes.
			Questionário.
1 – Responda.
a- Quais os objetivos fundamentais do Brasil, conforme a Constituição Federal?
b- O que o Estado faz para atender a esses objetivos?
c – Dê e explique as principais espécies de tributo
d – Cite dois exemplos de taxa.
2 – Escreva o termo que corresponde à definição de cada item:
a – Nome genérico da soma total dos recursos econômicos com que o Estado custeia sua realizações nos diversos setores em que atua.(....................)
b – Recurso econômico que provém diretamente do patrimônio do particular, sendo constituído, basicamente, pela arrecadação dos tributos.(......................)
c – Recurso econômico proveniente diretamente do patrimônio do Estado, isto é, da própria Administração. (..............................)
3 – Reescreva a frase substituindo os termos destacados pelas expressos correspondentes.
“A obtenção das receitas derivadas ocorre por meio de relações jurídicas que se estabelecem entre o Estado e o particular.”
4 – Nas relações jurídicas paraa obtenção da receita derivada, quem assume a posição de:
Sujeito ativo da obrigação tributária?
Sujeito passivo da obrigação tributária?
Noção geral de tributos.
5-Aponte as características básicas de todo tributo:
a – Constitui sanção de ato ilícito.
b- Não tem caráter punitivo.
c- Pode ser criado somente por lei.
d- Não deve ser criado por lei.
e. è prestado pecuniária.
f- Não é prestado pecuniária.
g – È cobrado mediante atividade administrativa vinculada à lei.
h- É obrigatório
6– Indique as frases verdadeiras:
O Tributo é obrigatório porque decorre do poder de impe´rio do Estado.
O pagamento do tributo deve ser encarado como penalidade imposta a todos os cidadãos.
O tributo pode ser criado por qualquer órgão do governo.
Segundo o principio da reserva legal tributária, não há tributo sem lei anterior que o institua.
Atenção
	 Atividade de Campus.
Prazo para entrega: no dia da Prova da AV1 – Trabalho digitado 
	
	A – Sintetize, com o menor número de palavras possível, a definição de TRIBUTO apresentada pelo Código Tributário Nacional:
	
	“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
B – Explique a afirmação: “O Estado só pode cobrar taxas com base em serviços, ou em função do exercício regular do poder de polícia”.
C – Pesquise e responda: “Nem sempre a obra pública provoca benefícios (valorização), aos imóveis por ela tangenciados”. Nesse caso, os proprietários de imóveis têm direito à restituição das contribuições de melhorias?
			ATENÇÃO
		Interpretação do Textos.
Trabalho realizado em dupla
Entrega: no dia da AV1
Vale 1 (um) Ponto – representa uma questão da Prova.
Leia os textos a seguir e responda às questões:
Primeiro
	“ O caminho não é o de aumentar ainda mais os tributos, o que elevará ainda mais a sonegação, mas reduzi-los e simplificá-los para que caia a sonegação e aumente a arrecadação.
	Estou convencido de que o correto caminho de uma reforma fiscal adequada passa, necessariamente, a – pela redução do tamanho de Federação e do Estado; b – simplificação do sistema tributário, para diminuir os custos das empresas e do governo e facilitar a fiscalização; c – redução da carga tributária nas Leis, para que se evite a sonegação e se aumente a arrecadação.”
Ives Gandra da Silva Martins, Folha de . Paulo , 19 / 06 / 2009
Segundo
“ È premente a regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas, previsto na Constituição. Esse seria o primeiro imposto a incidir exclusivamente sobre os ricos e que não oneraria a classe média e os trabalhadores.
“Queremos um sistema fiscal que, lado da arrecadação, cobre proprocionalmente mais dos setores de renda e patrimônio elevados e, do da despesa, seja transparente e tenha como prioridade as necessidades da população, definidas da forma mais democrática”.
Eduardo Matarazzo Suplicy, Folha de São Paulo 20 / 12 / 2009
Responda.
A – Quais as preocupações básicas presentes nos dois textos?
B – Há idéias divergentes entre eles? Justifique.
C – Você está mais de acordo com as idéias de Ives Gandra da Silva Martis ou com as de Eduardo Matarazzo Suplicy? Ou concorda com ambas?. Explique
Universidade Estácio – Nova América e Madureira.
Disciplina – Direito Tributário.
Assunto Tributos Direitos e Indiretos.
Professora – Célia Regina 
UNIDADE III / 2010 / 1º
Quadro Sinótico.
Sistema Tributário Nacional.
Tributo.
“È toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
Classificação.
Não Vinculados - Impostos.
Vinculados – Taxas Contribuição de melhoria.
Diretos – Incidentes sobre o patrimônio e a renda.
Indiretos – Incidentes sobre venda ou serviços.
Exercícios.
1 – O tributo pode ser pago com a entrega por outro tipo de bem que não seja dinheiro? Em caso positivo ou negativo, quem pode autorizar essa forma de pagamento?
2 – Qual a diferença jurídica entre tributo e multa?
3 Quem pode distribuir a competência tributária entre os entes federativos?
4 – Qual a diferença entre tributo vinculado r tributo não vinculado. Dê exemplos.
5 – Certa prefeitura resolve realizar obra da qual vai decorrer valorização dos imóveis situados a seu redor. O custo da obra é de R$ 8.300.000,00 e a área beneficiada por ela é de 2.000.000m2. Que tipo de tributo pode ser cobrado?
Tributos direitos e Indiretos.
Os tributos, em relação à pessoa que suporta o ônus da carga tributária classificam-se em direitos e indiretos.
Tributos indiretos.
São os que recaem sobre a pessoa física ou jurídica que tem relação pessoal e direta com o fato gerador. Esses tributos incidem sobre o patrimônio e a renda, e são considerados tributos de responsabilidade pessoal. Exemplo: Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) , Imposto Territorial Rural (ITR), Imposto sobre a Propriedade a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) etc.
Tributos indiretos.
São os que incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e são repassados para o preço, pelo produtor, vendedor ou prestador de serviço.
Os encargos tributários recaem sobre o preço da venda de mercadorias ou serviços prestados, razão pela qual o consumidor final e o contribuinte de fato, pois, ao pagar o preço, está pagando também todos os tributos nele contidos.
No entanto, a pessoa jurídica que produz, vende bens ou presta serviços é contribuinte de direito responsável pelo recolhimento perante o Fisco.
Exemplos : Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Serviços de qualquer natureza de competência do município (ISS)
Universidade Estácio de Sá Campus Nova América e Madureira.
Continuação da Unidade III. 2010 / 1º
Assunto. – Fato gerador. Elementos do Tributo.
Professora: Célia Regina.
Fato Gerador.
Denomina-se fato gerador a concretização da hipótese de incidência tributária prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária.
Exemplo de fatos geradores: 
A-prestar serviços = ISS; B – fazer circular mercadorias = ICMS; 
C – receber renda = IR etc.
O CTN o define nos arts. 114 e 115.
“Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência
Art. 115 Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou à abstenção de ato que não configure obrigação principal.”
O fato gerador da obrigação tributária pode ser instantâneo, periódico, complexivo ou persistente.
O Fato gerador instantâneo – é o que se concretiza em um único ato. Exemplo: a venda de um imóvel com pagamento à vista è fato gerador do ITBI
O fato gerador periódico é o que, embora possa ocorrer diariamente, a lei determina que o montante do tributo seja apurado em determinado período. Exemplo: ICMS – apuração mensal; IPI, apuração decendial; PIS-COFINS apuração mensal.
O fato gerador complexivo – é a que depende de uma série de operações para se apurar a base de cálculo e o montante do tributo devido. Exemplo O Imposto de Renda da Pessoa Física. Para apurar se o indivíduo realizou o fato gerador desse tributo, ou seja, se obteve renda, são necessários cálculos que irão determinar a diferença entre as receitas e3 despesas por ele apreciadas durante o período compreendido entre!º de janeiro e 31 de dezembro de determinado ano. O mesmo ocorre com o IPTU, IPVA etc.
		Quadro sinótico.
Fato gerador: concretização da hipótese de incidência prevista na Lei.
Instantâneo
Periódico
ComplexivoPersistente.
Exercício de Fixação.
A – O IPI é um tributo vinculado ou não vinculado? Direto ou Indireto?
B- A proprietário de um imóvel na zona urbana de São Paulo-SP - Francisco alienou o imóvel para O Senhor Manoel , representa que espécie de fator gerador?
C - Dê exemplos de fatos geradores instantâneos, periódicos e complexivo.
Universidade Estácio – Campus Madureira – Nova América.
Continuação da Unidade III.
Disciplina – Direito Tributário.
Professora: Célia Regina.
Revisão. Conceito de Obrigação Tributária.
Obrigação é a relação jurídica que se estabelece entre um sujeito ativo (credor), que pode exigir de um sujeito passivo (devedor) uma prestação de caráter patrimonial (objeto), em virtude de uma causa que pode ser a vontade da parte ou a vontade da Lei.
	A obrigação cuja causa é a vontade das partes é de direito privado. Já a que surge por determinação legal é de direito público. A obrigação tributária tem com causa a lei. A obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato gerador, estabelecendo uma relação jurídica que vincula o sujeito ativo (Estado), que pode exigir do sujeito passivo ( particular) patrimonial ( dinheiro), em virtude da vontade da lei que institui o tributo.
	Pelo STN, em vigor, uma simples obrigação de direito privado pode, às vezes, gerar até quatro diferentes obrigações de direito público. Por exemplo:
A – Obrigação de direito privado: venda de mercadoria a prazo – sujeito ativo / credor – o vendedor; sujeito passivo/devedor – o comprador: Objeto – o pagamento do preço; causa – vontade das partes;
Obrigação Principal e Acessória.
A obrigação principal tem por objeto o pagamento de tributo.
A acessória refere-se a deveres administrativos. Por exemplo: Inscrever-se no CNPJ, emitir documentos fiscais, escritura os livros fiscais e contábeis, preencher guias de recolhimentos etc.
A obrigação acessória, portanto, não importa em pagamento de tributo. È apenas um meio de a autoridade administrativa controlar a forma pela qual foi determinado o montante do tributo.
Não obstante, seu descumprimento gera imposição de multa, que não é tributo. Apesar de ser uma prestação pecuniária compulsória, ela é a sanção de ato ilícito que não se confunde com tributo, pela clara definição do art. 3º do CTN.
Portanto, a obrigação tributária principal refere-se ao pagamento do tributo, cuja arrecadação é classificação em Receita Tributária.
A obrigação principal relativa ao pagamento da multa é de natureza não tributária e sua arrecadação é classificada em Receitas Diversas.
Responsável.
Denomina-se responsável a pessoa que a lei escolher para responder pela obrigação tributária, em substituição ao contribuinte de fato, dada a maior complexidade para alcançá-lo.
O responsável não arca com o ônus tributário, que é suportado pelo contribuinte de fato. Atua como uma espécie de agente arrecadador do Fisco e como seu depositário. Cabe-lhe recolher as importâncias descontadas ou cobradas do contribuinte de fato, ao Fisco, nos prazos de lei. Não o fazendo, será declarado depositário infiel, sujeito a pena de prisão, ou réu de crime de apropriação indébita previdenciária.
Exemplos:
A – Imposto de Renda Retido na fonte;
B – IPI cobrado do comprador na nota fiscal (depositário infiel)
C–INSS descontado do empregado (apropriação indébita previdenciária).
Exemplificando : a empresa contrata serviços profissionais de um contador ( contribuinte individual), combinando pagar-lhe honorários de R$ 2.000,00.
Por ocasião do pagamento, a lei determina que ela, como responsável desconte o IRRF devido sobre essa remuneração de trabalho sem vínculo empregatício. Vamos supor, no caso, que a alíquota progressiva seja de 15% (quinze por cento), que aplicada sobre R$ 2.000,00 representa IRRF de R$ 300,00. Paga-se ao prestador do serviço a importância líquida de R$ 1.700,00
A empresa do exemplo desembolsa exatamente a despesa combinada, ou seja, R$ 2.000,00, dividindo, entretanto, esse valor em dois pagamentos: R$ 1.700 para o contador e R$ 300,00 para a Receita Federal, sem ônus financeiro, portanto, para ela.
Se a empresa cumpriu com a determinação legal de responsável pelo IRRF; retendo e recolhendo esse imposto no prazo, não arcará com nenhum ônus. Foi simples intermediário entre o contribuinte de fato e o Fisco.
Se não retiver o IRRF; será responsável por seu pagamento, acrescido de multa, juros e correção monetária.
Se pagou os honorários contábeis de R$ 2.000,00, sem deduzir o IRRF; arcará com ônus desse tributo, acrescido de multa e juros, o que importará e, considerável ônus financeiro, pois sua despesa será de:
							R$
Honorários contábeis pagos 2.000,00
IRRF por responsabilidade 300,00
Multa 20% 60,00
 -------------
Despesa total 2.360,00 
Substituto Tributário.
A EC nº. 3 / 93 acrescentou o § 7º ao art. 150 da CE, introduzindo no Sistema Tributário Nacional a substituição tributária “para frente”, ou seja, a lei pode atribuir ao sujeito passivo da obrigação tributária a condição de substituto e responsável pelo pagamento do imposto ou contribuição cujo fato gerador deverá ocorrer posteriormente. Portanto, um fato gerador futuro e presumido. Assim, a lei pode estabelecer que os produtores de determinados bens fixem o preço de venda ao consumidor final, nele incluindo os impostos ou contribuições incidentes sobre esse preço, já na saída do bem do estabelecimento produtor. 
Exemplos: automóvel, tintas e produtos farmacêuticos, gasolina etc.
Dessa forma, o produtor já recolher ou contribuição incidente no preço final de revenda ao consumidor, ou seja, sobre o fato gerador que só ocorrerá posteriormente. Por isso, diz-se “para frente”.
			Quadro Sinótico 
									
 			Obrigação Tributária			
Obrigação Tributária: relação jurídica com os seguintes elementos:
Sujeito ativo / credor
Sujeito passivo / devedor
Objeto: pagamento do tributo
Causa: a lei.
Obrigação
Principal: Pagamento de tributos ou sanção (multa / juros)
Acessória: deveres administrativos, escrituração fiscal e contábil, informações e declarações etc.
Sujeito ativo: pessoa jurídica de direito público.
Sujeito passivo: particular, ou seja, pessoa física ou jurídica de direito privado.
Contribuinte: relação pessoal e direta com o fato gerador.
Responsável: escolhido pela Lei
Substituto tributário: indicado pela Lei para antecipar o recolhimento do tributo cujo fato gerador é futuro e presumido.
Universidade Estácio – Campus Nova América e Madureira.
Disciplina: Legislação Tributária.
Professora: Célia Regina.
Unidade III – Continuação
Responsabilidade Tributária.
Somente a lei pode atribuir de modo expresso, a responsabilidade pelo crédito tributário, a terceira pessoa, que não contribuinte, mas que de alguma maneira está vinculada ao fato gerador da obrigação.
Exemplo: no caso de pagamento de serviços prestados, com ou sem vínculo empregatício, por pessoa física ou jurídica, à pessoa jurídica, esta fica responsável pela retenção e recolhimento do imposto de renda na fonte, do ISS, da Cofins. Como já foi visto a responsabilidade não traz ônus tributário para o responsável, a não ser que descumpra a lei. Portanto, a obrigação do contribuinte de fato ( que sofreu o impacto da carga tributária em sua renda) fixa excluída a ser responsabilidade da pessoa jurídica que efetuou o pagamento dos serviços prestados e a retenção do IRRF.
Solidariedade.
O art. 124 do CTN dispõe:
	“São solidariamente obrigadas”:
I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafoúnico. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem”
	O primeiro grande enunciado sobre a solidariedade está disposto no Código Civil: “A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes”.
	Por essa razão, os casos de solidariedade devem estar expressamente previstos na legislação tributária. Não há possibilidade legal de a Fazenda Pública presumir solidariedade em caso não descrito na lei.
	Diz, ainda, o Código Civil, no art. 264: “Há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigação à dívida toda”.
	Na legislação tributária, não há possibilidade de mais de um credor.
	Os tributos têm como credor apenas o ente federado competente para instituí-lo e cobra-lo, competência essa que lhe foi dada pela CF:
	A solidariedade passiva não comporta benefício de ordem. Por exemplo: o sócio minoritário, mas que tem bens para pagar o tributo, não pode alegar o benefício de ordem contra o sócio majoritário.
Responsabilidade dos sucessores.
A sucessão tributária é a transferência da responsabilidade tributária do obrigado original para outrem. Portanto, o sucessor é aquele a quem se transferem direitos ou deveres do sucedido. A sucessão tributária é definida no CTN.
A responsabilidade dos sucessores aplica-se tanto aos créditos definitivamente constituídos, quanto aos em curso de constituição, até a data em que ocorreu a sucessão. Ou seja, o sucessor responde também pelos créditos que ainda não foram constituídos, desde que o direito do Fisco não tenha decaído.
Quanto aos tributos que tenham como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis (impostos), se incluído as taxas pela prestação de serviços a esses bens e a contribuição de melhoria devida, os respectivos créditos tributários sub-rogam-se na pessoa do adquirente, a não ser que no título de aquisição conste a prova da quitação dos tributos (certidão negativa de débito fiscal).
Nos casos de arrematação em hasta pública, o preço é a base de cálculo dos tributos devidos e da constituição do crédito tributário, que sub-roga-se na pessoa do arrematante.
Em caso de inventário ou arrolamento, os tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação são de responsabilidade pessoal do sucessor a qualquer título – herdeiro ou legatário -, e do Cônjuge meeiro.
Responsabilidade do adquirente.
Considera-se também que há sucessão quando a pessoa natural ou jurídica adquire, a qualquer título (compra e venda doação, etc), o fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar na exploração (sob a mesma ou outra razão social ou firma individual), responde como sucessor pelos tributos devidos até a data da aquisição.
Entretanto, se o alienante prossegue na exploração ou inicia, dentro de seis meses, nova atividade no mesmo ramo ou em outro ramo de comércio, indústria ou atividade, essa responsabilidade do adquirente passa a ser subsidiária.
Significa, nesse caso, que o crédito tributário será cobrado do alienante, e se não for possível o pagamento por este dos tributos devidos, o adquirente responderá subsidiariamente. Exemplo: se o crédito tributário for de R$ 100.000,00 e do alienante o Fisco só conseguir cobrar R$80.000,00, o adquirente responde pelo R$20.000,00 faltantes.
Aviso - Prezados alunos, estou enviando um questionário, para reposição da aula, na minha ausência em virtude do falecimento do meu genitor. Peço também compreensão; realizando o exercício no período da aula, para ser entregue.
A missa de 7º dia do meu pai será no sábado dia 01/05/2010, na Igreja do Engenho de Dentro – São José – Av. Amaro Cavalcante – Estação do Engenho de Dentro – Horário 8.00hs.
Questionário.
1ª Questão : Responda:
A – Qual a pessoa que responde pela obrigação tributária?
B – O que significa a expressão “depositário Infiel”?
C – Quem está sujeito ao crime de apropriação indébito previdenciário?
D – Exemplifique os Impostos, que o sujeito responsável, responde por crime de apropriação indébito previdenciário.
E – Esclareça o termo “para frente” introduzido no Sistema Tributário Nacional. Exemplifique.
F – Quem pode atribuir de modo expresso, a responsabilidade pelo crédito tributário?
G – Explique a expressão da sucessão tributária
2ª Questão :Preencha a lacuna.
A – Na ocasião da arrematação em hasta pública os tributos devidos, são sub-rogado para.............................................................................................
B – Em caso de Inventário, os tributos devidos pelo “de cujus” até a data da partilha são de responsabilidade..................................................................................
3ª Questão: Leia cada uma das assertivas abaixo,e, a seguir diga se é verdadeiro ou falso justificando brevemente a opção:
A – O responsável arca com o ônus tributário.
(...) Falso (...) Verdadeiro
B – A solidariedade sempre é presumida; resulta da lei ou da vontade das partes.
(...) Falso (...) Verdadeiro
C – A solidariedade Passiva comporta benefício de ordem.
(...) Falso (...) Verdadeiro
4 ª Questão : Faça um breve comentário sobre o assunto “Responsabilidade do adquirente”
Universidade Estácio.
Disciplina: Direito Tributário.
Unidade: IV - Domicílio, Responsabilidade do adquirente na recuperação judicial e na falência,
Professora: Célia Regina.
Domicílio Tributário.
Segundo o texto do art. 127 do Código Tributário Nacional, o domicílio tributário deve ser:
Eleito pelo contribuinte ou responsável;
Para as pessoas naturais, a sua residência habitual ou o centro habitual da sua atividade;
Para as pessoas jurídicas de direito privado, a sua sede ou estabelecimento;
Para as pessoas jurídicas de direito público, qualquer das repartições no território da entidade tributante.
Responsabilidade do adquirente na recuperação judicial e na falência.
A nova lei de Falência aplica-se somente ao empresário e à sociedade empresária.
Por empresário deve-se entender o estabelecido com firma individual, com responsabilidade ilimitada, que, para efeito da Legislação do IR, é equiparado a pessoa jurídica, como empresa individual.
Atualmente, o estabelecimento do empresário ou da sociedade empresária é designado genericamente de estabelecimento empresarial, abrangendo tanto o industrial quanto o comercial.
A regra geral do art. 133 dispõe que, na aquisição de fundo de comércio ou estabelecimento industrial, comercial ou profissional, o adquirente pessoa natural ou jurídica é responsável por todos os tributos devidos até a data do ato.
Ressalte-se que não considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores (parágrafo único do art. 966 do Código Civil).
Portanto, para o esclarecimento desses profissionais, não se aplicam às normas da lei de falências e o adquirente de estabelecimento profissional assume a responsabilidade pelos tributos devidos até a data da venda.
Um dos meios permitidos pela lei para a recuperação judicial consiste em alienar o estabelecimento de filial ou unidade produtiva isolada, mediante venda, incorporação, cisão, fusão etc. (art. 50 da Lei de Falências).
O produto dessa alienação é destinado ao pagamento dos credores habilitados. O mesmo ocorre no processo de falência.
È evidente que, se o adquirente assumisse a responsabilidade pelos tributos existentes até a data do ato de alienação judicial, ninguém compraria empresa, filial ou unidade produtiva autônoma de pessoa jurídica em processo de recuperação judicial ou de falência.
Por essa razão foram acrescentados os §§ 1º a 3º ao art. 133 do CTN, para excepcionar os casos tratados nesses parágrafos da regra geral e viabilizaras supracitadas operações de alienação de empresa, filial ou unidade produtiva autônoma.
Logo, nos casos do § 1º, incisos I e II, o crédito tributário permanece exigível da empresa em recuperação judicial ou da massa falida. A pessoa natural ou jurídica que adquirir o estabelecimento empresarial, nesses casos, não assumirá a responsabilidade pelos tributos devidos até a data do ato.
Entretanto, a disposição desse § 1º não se aplica nos casos em que o adquirente seja sócio de sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial.
O produto da alienação de empresa, filial ou unidade produtiva isolada, em processo de falência, permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo da falência, pelo prazo de um ano, e só poderá ser utilizado para os pagamentos de créditos extraconcursais ou restituições ou de outros créditos que preferem ao tributário (3º)
Responsabilidade de terceiros.
O CTN atribui à responsabilidade tributária a terceiros no caso de impossibilidade de exigir que o contribuinte cumpra a obrigação tributária.
Vale, entretanto, ressaltar que, em relação às penalidades pecuniárias, só podem ser exigidas as de caráter moratório, ou seja, por atraso no pagamento do tributo, e não as relativas às infrações fiscais.
As disposições sobre a responsabilidade de terceiro estão no art. 143 do CTN.
“art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida.
V – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio.
VI – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
As pessoas que, no exercício de cargos ou funções, bem como os mandatários, praticarem atos com excesso de poder, ou seja, além daqueles que lhes foram conferidos pelo cargo, função ou mandato, passam a ser pessoalmente responsáveis pelos créditos tributários desses excessos.
O excesso de poderes, geralmente, implica infração da lei, ou do contrato social ou dos estatutos.
São elencados nessa responsabilidade pessoal também os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
A lei das sociedade por ações, em seu art. 158 , dispõe que:
	“ O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gestão: responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder;
I – dentro de suas atribuições ou poderes com culpa ou dolo;
II – com violação da lei ou estatuto.”
Nesses casos, a Lei nº. 8.866 / 94, em seu art. 7º, estende essa responsabilidade dos administradores aos crimes de depositário infiel:
“Quando o depositário infiel for pessoa jurídica, a prisão referida no parágrafo 2º do art. 4º será decretada contra seus diretores, administradores, gerentes ou empregados que movimentem recurso financeiros, isolada ou conjuntamente.
Parágrafo único – tratando-se de empresa estrangeira, a prisão recairá sobre seus representantes leais, dirigentes e empregados no Brasil que se revistam da condição mencionada neste artigo.
		Questionário de Fixação.
			18 / 05/ 2010.
1ª Questão.
O que significa a palavra domicílio tributário?
Qual entendimento jurídico da palavra “empresário”?
Quem fica responsável pelos tributos na aquisição de fundo de comércio ou de estabelecimento industrial, comercial ou profissional?
Tem aplicabilidade as normas de falência para os profissionais liberais.
Qual o meio que está previsto para a recuperação judicial?
Qual o destino do produto alienado na lei de falência?
Quais os tributos que são assumindo, pelos adquirentes na ocasião da alienação?
Qual o prazo previsto para utilização do produto de alienação no processo de recuperação judicial?
Quando é atribuindo a responsabilidade de terceiros?
2ª Questão.
Marque Falso ou Verdadeiro. E Justifique sua resposta.
O estabelecimento do empresário ou da sociedade empresária é designado genericamente de estabelecimento empresarial.
(...)Falso (...)Verdadeiro 
São empresário quem exerce atividade profissional de caráter intelectual.
(...)Falso (....)Verdadeiro
	
	Professora: Célia Regina.

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