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COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO DA ESCRITA TÉCNICO PROFISSIONAL

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Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Identificar os processos metafóricos e metonímicos;
2. relacionar esses processos nos textos técnicos;
3. diferenciar denotação e conotação nos textos.
É importante o Assistente Social perceber o conceito de conotação, pois o sentido conotativo difere de uma cultura para outra, de uma classe social para outra, de uma época a outra e esse profissional lidará com essas diversidades.
Metáfora e metonímia são dois processos de transferência semântica. Nelas, sempre um sentido substitui outro. A metáfora constrói-se com a mistura de duas grandezas, que, no caso, são duas isotopias, que mantêm entre si uma relação de analogia, de similaridade, de interseção.
A metáfora e a metonímia não são processos apenas da linguagem verbal (JAKOBSON, 1969, p. 63). Em todas as outras linguagens (a pintura, a publicidade etc.) usam-se metáforas e metonímias. Estamos acostumados a considerar a metáfora e a metonímia figuras de palavras. No entanto, não é relevante na sua determinação a dimensão em que operam. Podem, portanto, ter a dimensão de uma palavra, de uma frase, de um texto.
Aristóteles define metáfora como “a transposição do nome de uma coisa para outra, transposição do gênero para a espécie, ou da espécie para o gênero, ou de uma espécie para outra, por via de analogia” (ARISTÓTELES, 1959, p. 312)
A metáfora relaciona-se com a ambiguidade, pois quase sempre provoca o sentido literal e o sentido metafórico em uma só sentença, como por exemplo: “Abrace o planeta.”
A sentença está em sentido metafórico, que é o de abraçar no sentido de cuidar do planeta e, temos então, o sentido literal, o de abraçar (com os braços) o planeta.
Assim, o conteúdo semântico de uma categoria não precisa ser unitário, sendo antes construído por interrelações de sentidos. Por conseguinte, os sentidos de um determinado item não são dados, antes se constroem, sendo “interpretações” que surgem de um contexto particular.
Exemplo:
• A criança faz beicinho (quando não se lhe faz a vontade). Nesse caso, “beicinho” tem o sentido de, simultaneamente, descontentamento e desapontamento.
• O político entrou e saiu sem abrir a boca (“abrir a boca” tem o sentido de “falar”).
Na metáfora “homens são lobos”, não se vê somente homens e lobos, mas também se vê o domínio das relações sociais humanas como análogo ao domínio dos animais. Ou seja, nota-se uma característica, como a predatória, que se aplica a um domínio (animais/lobos) sendo análoga à característica competitividade, que se aplica a outro domínio (humanos/homens).
Assim, de acordo com essa concepção teórica, o conceito de analogia é importante para a construção da metáfora, contribuindo para a correlação entre sistemas de diferentes domínios semânticos.
As metáforas do dia a dia destacam-se pelo seu lado intuitivo tornando-se facilmente parte do senso comum em nossa sociedade, “que é mais óbvio do que parece”. As metáforas do cotidiano encontram-se camufladas, bastante interiorizadas nos nossos hábitos diários para que consigamos ter a distância suficiente para repararmos nelas.
A metáfora supõe capacidade de substituição, operando por semelhanças, as mais longínquas. Isso acontece porque a experiência e o espírito de observação nos ensinam que os objetos, seres, coisas presentes na natureza – fonte primacial das nossas impressões – impõem-se-nos aos sentidos por certos traços distintos.
Hipótese associa capacidade de compreender metáforas a neurônios que representam nossas ações
O que você diria da frase-síntese com que William Shakespeare descreveu o alumbramento de Romeu por Julieta? “Julieta é o Sol”. Ou da descrição que Carlos Drummond de Andrade fez do seu sentimento:
“O mar batia em meu peito, já não batia no cais.” Você entenderia perfeitamente que o escritor inglês quis descrever a beleza luminosa e quente de Julieta, na percepção de Romeu, e não que ela fosse realmente o nosso astro-rei. E que o nosso poeta maior enfatizava a emoção que lhe fazia bater forte o coração, e não a sua presença física na praia. Esse é o poder das metáforas, que se baseiam na nossa capacidade de associar conceitos aparentemente não relacionados, buscando o que têm em comum.
A metonímia realiza a triagem de um traço para denotar um dado significado. Esse traço pertence à mesma isotopia do significado expresso, havendo entre os dois sentidos uma relação de implicação: contiguidade, coexistência, pertença, na metonímia em sentido estrito, ou inclusão e englobamento.
A metonímia opera por associação de significações dentro do mesmo plano. Classicamente é definida “como a parte pelo todo”. Então, o que é a metonímia? É uma amostra da realidade, uma pequena parte daquela realidade inteira que ela representa. Por exemplo: quando vamos ao cinema, o que estamos vendo é uma metonímia do realizador do filme, uma parte representando o todo.
A ideia da metonímia é que quando estamos vendo um noticiário, um filme ou mesmo fazendo um relato oral, estamos dando nossa perspectiva, ou seja, nosso ponto de vista sobre aquele determinado acontecimento. Não podemos transportar toda a realidade daquele evento, fazemos um recorte daquele evento e esse recorte é nosso ângulo de visão, nossa perspectiva de vista. 
Daí a importância de entendermos esse processo linguístico, pois ao lidarmos com pacientes, temos de ter o cuidado de observar a perspectiva desse paciente, o recorte que ele está fazendo de sua realidade assim como temos de nos distanciarmos para não impregná-lo com nossa própria perspectiva.
Se observarmos os noticiários, estes, muitas vezes, produzem metonímias que (des) favorecem o grupo A ou B, pois ao selecionar a metonímia, está se determinando o resto da imagem que construiremos daquele acontecimento.
Em resumo, como mostra Jakobson, todos os processos simbólicos humanos, sejam eles sociais ou individuais, organizam-se metafórica e metonimicamente.
Exemplos de metonímia
Ele é o cabeça da casa.
Ele tem pulso forte.
Ele é bamba em palavras-cruzadas.
Aula 1: O conceito de ética e a definição de Filosofia
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. Identificar os conceitos ética e filosofia;
2. Reconhecer a noção de ética a partir de um caso prático.
O clássico livro Ética (1980), de Adolfo Sánchez Vázquez, já esclarece o primeiro ponto que iremos explorar: os costumes que adotamos no dia-a-dia tornam-se parâmetros para nos orientar, diante de certos problemas. Só que pequenas palavras podem esconder grandes problemas, ou grandes questões, e assim damos início à disciplina Filosofia e Ética.
Quando pensamos em como nos comportar diante de situações que envolvam e afetem nossos semelhantes, deparamo-nos, em princípio, com normas que guiam nossas ações para a realização do que é verdadeiro, digno e correto.
	
	Logo, ao nos depararmos com o dever de cumprir uma promessa, denunciarmos um amigo traidor ou dizermos sempre a verdade, estamos diante de comportamentos moldados pela pressão de valores justos que regulam nosso modo de ser individual e social: três ocorrências que envolvem regras para nossas ações, ou três problemas morais.
	 
	
	Circunstâncias especiais podem nos levar a rever uma promessa (quando vivemos uma situação de desespero, por exemplo), ocultar a traição de alguém conhecido (quando ela é o único meio de sobrevivência de quem a cometeu, por exemplo), ou omitir informações (não revelarmos a um conhecido seu estado terminal de saúde, por exemplo). A esta reflexão que nos leva a decidir que juízos ou ponderações devem nos orientar numa situação e a justificarmos a decisão tomada, chamamos reflexão ética. 
Ética e moral
Ao longo da História da Filosofia, a Ética, englobando o conceito de realidade moral, chega à seguinte definição: “ciência que se ocupa dos objetos morais em todas as suas formas, a filosofia moral” (cf. FERRATER MORA:1965,595). Mas o que é moral? Selecionamos dois autores que assim a definem (clique nos livros):
Para Lalande (1999,705), a conceituação de moral abrange:(a) os costumes, ou “regras de conduta admitidas numa sociedade determinada”, sendo a observação e constatação de seu conjunto e os juízos sobre os mesmos o que se entende por “realidade moral”; 
(b) o “estudo filosófico do bem e do mal”; 
(c) o “conjunto das regras de conduta admitidas numa época ou por um grupo de homens”; 
(d) o “conjunto das regras de conduta tidas como incondicionalmente válidas”.
Para Sánchez Vázquez (2002, 84), “a moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livre e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal”
Moral distingue-se do que é investigado no campo ético, na medida em que “este último domínio se ocupa de uma moral ligada aos fatos, incorporando valores aceitos pelos homens ao se interrelacionarem socialmente” (SKLAR:2008). Seguindo este sentido, Sánchez Vázquez (2002, 23) define a ética como “teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade”.
A definição de filosofia
A Filosofia no Ocidente tem suas raízes históricas na Grécia Antiga. Entre os séculos XX a.C e II a.C, podemos reconhecer a presença dessas raízes através dos seguintes períodos:
LEITURA
 BOHADANA, E.; SKLAR, S. Lições Introdutórias de Filosofia e Educação. Rio de Janeiro: CTRL C, 2007.
2) FERRATER MORA, José. Diccionario de Filosofia, tomo I. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1971. 
3) LALANDE, André. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
4) NASH, Laura. Ética nas Empresas. São Paulo: Makroon Books, 2004. 
5) SÁNCHEZ VÁZQUEZ, Adolfo. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. 22ed. 6) SKLAR, Sergio. Ética: Conceito, história, essência e objeto. Dimensões éticas em Bioética. In: RAMOS, Dalton, FRANÇA, Luiz Paulo de, SKLAR, Sergio. Ética na Saúde. Rio de Janeiro: GEN/Grupo Editorial Nacional, Programa do Livro Universitário (Estácio Ensino Superior), 2008

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